1) O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos e destino para substâncias já proibidas em outros países devido aos seus altos riscos.
2) Estudos mostram que cada dólar gasto na compra de agrotóxicos pode custar até 1,28 dólares ao sistema de saúde para tratar intoxicações.
3) Além de riscos à saúde humana, o modelo agrícola brasileiro tem grandes custos ambientais não contabilizados em sua balança comercial.
O documento discute o uso de agrotóxicos na agricultura brasileira e suas consequências toxicológicas e ambientais. Ele explica que o Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo e que herbicidas são os mais utilizados. Além disso, aborda os riscos de intoxicação para trabalhadores rurais durante o preparo e aplicação de agrotóxicos e os impactos ambientais do uso inadequado destes produtos.
O documento discute o declínio global das populações de abelhas e os fatores que contribuem para isso, principalmente o uso de pesticidas como os neonicotinoides. Os pesticidas enfraquecem o sistema imunológico das abelhas e podem levá-las a perder o caminho de volta para o ninho. Isso tem consequências graves para a polinização de culturas e a produção global de alimentos. Embora outras causas também sejam investigadas, os pesticidas são apontados como o principal fator para o colapso das col
Jornal Contra o Uso de Agrotóxicos, 2011.Feab Brasil
Este documento discute os problemas relacionados ao uso de agrotóxicos no Brasil. Em particular, destaca que o uso de glifosato aumentou drasticamente nas últimas décadas, contrariando afirmações de que seria usado em menor quantidade com a soja transgênica. Também mostra dados sobre o crescimento do consumo de outros agrotóxicos e sobre os riscos que esses produtos representam à saúde humana e ao meio ambiente.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o sistema de aplicação manual de
agrotóxicos utilizado nas culturas da acerola, graviola, mamão e uvas
finas de mesa em relação aos riscos de contaminação ocupacional. Foi
usada a abordagem de avaliaçãoo de risco tanto quantitativa quanto
qualitativa. Para a avaliação nas três primeiras culturas, visitou-se 15
unidades produtoras do litoral sul da Paraíba, e para a cultura da uva
foram visitadas duas unidades produtoras: uma empresa de médio
porte e outra de colono da CODEVASF, no submédio do vale do rio
São Francisco. Sendo realizadas, ao todo quatro simulações de
aplicações de agrotóxicos pelo método europeu de corpo inteiro, sendo
uma para cada cultura, com um pulverizador costal manual, marca
jacto 20 L. Verificaram-se também as práticas anteriores à aplicação,
como a estocagem dos produtos e a preparação das caldas, assim
como as posteriores como os cuidados com o equipamento e com as
roupas de aplicação. Os resultados obtidos apontaram elevados
diferenciais de risco entre as culturas analisadas e práticas de alto
risco tanto para os trabalhadores como para os consumidores
O documento discute a importância da alimentação e do Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro. Apresenta dados sobre insegurança alimentar global e histórico da data. Critica o modelo agrícola convencional e defende a agroecologia como alternativa mais saudável e sustentável.
Trabalho rural e intoxicações por agrotóxicos - Rural work and pesticide pois...Z3P
1. O estudo analisou a incidência de intoxicação por agrotóxicos entre trabalhadores rurais no sul do Brasil.
2. A taxa anual de intoxicação por agrotóxicos foi de 2,2 episódios para cada 100 trabalhadores expostos.
3. Os tipos de exposição mais associados com intoxicação por agrotóxicos foram aplicar pesticidas diretamente, reentrar em áreas tratadas e trabalhar com agrotóxicos em mais de uma propriedade.
Consea divulga documento com propostas para enfrentar agrotóxicosJoão Siqueira da Mata
1) O documento discute propostas para reduzir o uso de agrotóxicos no Brasil, com base em debates no CONSEA e conferências nacionais e internacionais.
2) Ele destaca que o Brasil se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos, contrariando recomendações internacionais, com impactos negativos na saúde humana e meio ambiente.
3) Dados demonstram a necessidade de desconstruir mitos sobre a agricultura convencional em comparação à agroecológica.
O documento discute os riscos e vantagens associados aos transgênicos no Brasil. Apesar das promessas de maior produtividade e redução no uso de agrotóxicos, os transgênicos liberados comercialmente no Brasil ofereceram apenas tolerância a herbicidas e resistência a insetos. Além disso, estudos mostram que os ganhos de produtividade prometidos não foram alcançados e que fatores como adaptação às condições locais são mais importantes para a produtividade do que essas tecnologias.
O documento discute o uso de agrotóxicos na agricultura brasileira e suas consequências toxicológicas e ambientais. Ele explica que o Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo e que herbicidas são os mais utilizados. Além disso, aborda os riscos de intoxicação para trabalhadores rurais durante o preparo e aplicação de agrotóxicos e os impactos ambientais do uso inadequado destes produtos.
O documento discute o declínio global das populações de abelhas e os fatores que contribuem para isso, principalmente o uso de pesticidas como os neonicotinoides. Os pesticidas enfraquecem o sistema imunológico das abelhas e podem levá-las a perder o caminho de volta para o ninho. Isso tem consequências graves para a polinização de culturas e a produção global de alimentos. Embora outras causas também sejam investigadas, os pesticidas são apontados como o principal fator para o colapso das col
Jornal Contra o Uso de Agrotóxicos, 2011.Feab Brasil
Este documento discute os problemas relacionados ao uso de agrotóxicos no Brasil. Em particular, destaca que o uso de glifosato aumentou drasticamente nas últimas décadas, contrariando afirmações de que seria usado em menor quantidade com a soja transgênica. Também mostra dados sobre o crescimento do consumo de outros agrotóxicos e sobre os riscos que esses produtos representam à saúde humana e ao meio ambiente.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o sistema de aplicação manual de
agrotóxicos utilizado nas culturas da acerola, graviola, mamão e uvas
finas de mesa em relação aos riscos de contaminação ocupacional. Foi
usada a abordagem de avaliaçãoo de risco tanto quantitativa quanto
qualitativa. Para a avaliação nas três primeiras culturas, visitou-se 15
unidades produtoras do litoral sul da Paraíba, e para a cultura da uva
foram visitadas duas unidades produtoras: uma empresa de médio
porte e outra de colono da CODEVASF, no submédio do vale do rio
São Francisco. Sendo realizadas, ao todo quatro simulações de
aplicações de agrotóxicos pelo método europeu de corpo inteiro, sendo
uma para cada cultura, com um pulverizador costal manual, marca
jacto 20 L. Verificaram-se também as práticas anteriores à aplicação,
como a estocagem dos produtos e a preparação das caldas, assim
como as posteriores como os cuidados com o equipamento e com as
roupas de aplicação. Os resultados obtidos apontaram elevados
diferenciais de risco entre as culturas analisadas e práticas de alto
risco tanto para os trabalhadores como para os consumidores
O documento discute a importância da alimentação e do Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro. Apresenta dados sobre insegurança alimentar global e histórico da data. Critica o modelo agrícola convencional e defende a agroecologia como alternativa mais saudável e sustentável.
Trabalho rural e intoxicações por agrotóxicos - Rural work and pesticide pois...Z3P
1. O estudo analisou a incidência de intoxicação por agrotóxicos entre trabalhadores rurais no sul do Brasil.
2. A taxa anual de intoxicação por agrotóxicos foi de 2,2 episódios para cada 100 trabalhadores expostos.
3. Os tipos de exposição mais associados com intoxicação por agrotóxicos foram aplicar pesticidas diretamente, reentrar em áreas tratadas e trabalhar com agrotóxicos em mais de uma propriedade.
Consea divulga documento com propostas para enfrentar agrotóxicosJoão Siqueira da Mata
1) O documento discute propostas para reduzir o uso de agrotóxicos no Brasil, com base em debates no CONSEA e conferências nacionais e internacionais.
2) Ele destaca que o Brasil se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos, contrariando recomendações internacionais, com impactos negativos na saúde humana e meio ambiente.
3) Dados demonstram a necessidade de desconstruir mitos sobre a agricultura convencional em comparação à agroecológica.
O documento discute os riscos e vantagens associados aos transgênicos no Brasil. Apesar das promessas de maior produtividade e redução no uso de agrotóxicos, os transgênicos liberados comercialmente no Brasil ofereceram apenas tolerância a herbicidas e resistência a insetos. Além disso, estudos mostram que os ganhos de produtividade prometidos não foram alcançados e que fatores como adaptação às condições locais são mais importantes para a produtividade do que essas tecnologias.
Manejo de pragas em hortaliças durante a transição agroecológicaJoão Siqueira da Mata
O desenvolvimento de modelos de produção agrícola de base ecológica tornou-se necessário para suprir a necessidade crescente de alimentos livres de resíduos tóxicos e ao mesmo tempo, respeitar os preceitos da sustentabilidade, da conservação do meio ambiente e do bem-estar do ser humano. A produção orgânica de hortaliças se enquadra neste contexto e no Brasil, cada vez mais, vem conquistando simpatizantes tanto na agricultura familiar como no seguimento empresarial formado por médios e grandes produtores rurais. Também é preconizada por políticas públicas direcionadas a hortas urbanas e periurbanas.
A transição agroecológica refere-se a um processo gradual de mudança na forma de manejo do agroecossistema, que envolve a passagem de um modelo agroquímico de produção, de alta dependência de insumos externos (fertilizantes e agrotóxicos) para outro modelo de agricultura que incorpore princípios, métodos e tecnologias de base ecológica. As mudanças podem ocorrer em vários níveis: começando pela redução no uso de insumos convencionais; passando para a substituição de práticas e insumos convencionais por técnicas e insumos alternativos; e por fim, pela remodelagem de toda a propriedade conforme os princípios agroecológicos, com elevado aproveitamento dos processos naturais e interações ecológicas. Isto pode levar algum tempo, dependendo do tipo de manejo utilizado anteriormente na propriedade, das condições edafoclimáticas locais e das estratégias agroecológicas adotadas para construção do novo modelo de produção agrícola.
O documento discute os impactos dos agrotóxicos e transgênicos na saúde e no meio ambiente no Brasil. Apresenta dados sobre o uso crescente de agrotóxicos na agricultura brasileira e níveis insatisfatórios de resíduos em alimentos. Também mostra imagens de monoculturas dependentes de agrotóxicos e seus efeitos no desmatamento.
1) O documento discute o monitoramento de agrotóxicos na água para consumo humano no Brasil em 2011, com base nos dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano.
2) É apresentado um panorama geral do monitoramento realizado em 2011, mostrando a distribuição espacial e quantitativa dos municípios que realizaram o monitoramento nas diferentes regiões do país.
3) O documento também discute aspectos regulatórios e metodológicos relacionados ao monitoramento de agrot
Agrotóxicos e Trabalho: uma combinação perigosa para a saúde do trabalhador r...Natália Lima
Este documento discute os riscos à saúde dos trabalhadores rurais devido à exposição a agrotóxicos durante o trabalho agrícola. Ele explica como a agricultura moderna depende cada vez mais de agrotóxicos e como a exposição a esses produtos químicos pode causar intoxicações graves e até mortais. Além disso, destaca que a combinação de vários agrotóxicos aumenta os riscos à saúde devido a possíveis interações químicas. Finalmente, argumenta que as condições de trabalho
Este documento discute a segurança no uso de agrotóxicos no Brasil. Ele descreve como as novas tecnologias e culturas levaram a um maior consumo destes produtos e mais intoxicações de trabalhadores rurais. Também aborda a legislação sobre agrotóxicos no Brasil, o mercado destes produtos no país, e medidas para minimizar riscos como o uso de equipamentos de proteção e aplicações mais precisas.
O documento discute defensivos alternativos para agricultura, incluindo:
1) A intenção de difundir tecnologias alternativas e inócuas de combate a pragas e doenças agrícolas.
2) Exemplos de defensivos alternativos como agentes de biocontrole, biofertilizantes líquidos e caldas.
3) A importância de encontrar alternativas aos agrotóxicos para uma agricultura mais sustentável e saudável.
Transgênicos Para Quem? Agricultura, Ciência e Sociedade, 2011.Feab Brasil
1. O documento apresenta um livro sobre transgênicos que discute os aspectos científicos, políticos e sociais desse tema em 3 partes.
2. A primeira parte aborda a saída do reducionismo científico em direção a uma ciência aberta à sociedade, com capítulos sobre poder, ciência e cidadania no contexto dos transgênicos.
3. A segunda parte foca na abordagem multidisciplinar necessária, incluindo embates agronômicos, ecológicos, polític
PLANTAS DOENTES PELO USO DE AGROTÓXICOS Novas bases de uma prevenção contra d...João Siqueira da Mata
Os agricultores, estudantes, técnicos, pesquisadores e professores brasileiros têm, com esta obra, acesso a um texto fundamental e pioneiro para se entender o verdadeiro e complexo processo de proteção das plantas da ação deletéria dos agentes parasitários: insetos, fungos, bactérias, vírus, ácaros, nematódeos, coccídeos.
Francis Chaboussou, ao enunciar, na década de 1970, a teoria da trofobiose, lançou um dos pilares da agroecologia. Com o ciclo do gás etileno no solo e com a teoria da transmutação dos elementos de Kervran, a teoria da trofobiose forma a base em que se apóia a produção de alimentos limpos, sadios, dispensando o uso de agrotóxicos* e de fertilizantes solúveis de síntese química.
Proyecto InterFruta Universidad de AzoresPTMacaronesia
O documento descreve projetos de pesquisa realizados pela Universidade dos Açores relacionados à fruticultura, viticultura e controle de pragas. Os projetos incluem INTERFRUTA II, BIOMUSA, GERMOBANCO II e CABMEDMAC e visam transferir conhecimentos da pesquisa para produtores.
O documento descreve um estudo realizado em 2011 sobre o uso de agrotóxicos por agricultores familiares em um assentamento rural no município de Miracema, Tocantins, Brasil. O estudo observou que os agricultores usavam vários tipos de agrotóxicos de diferentes classes de toxicidade de forma intensiva e muitas vezes inadequada, sem orientação técnica adequada. Isso causou muitos relatos de intoxicação e também contaminação da água da região.
Este documento fornece informações sobre a aplicação segura de agrotóxicos utilizando pulverizadores costais manuais. Ele discute os aspectos gerais dos agrotóxicos, equipamentos de proteção individual, pulverizadores costais manuais e procedimentos de aplicação corretos, incluindo a preparação da calda, aplicação, lavagem do equipamento e descarte de embalagens. O documento visa capacitar trabalhadores rurais sobre a aplicação segura de agrotóxicos.
O documento descreve como um fungo chamado Sigatoka negra vem afetando a produção de bananas no Vale do Ribeira no Brasil desde os anos 2000. Os produtores têm usado fungicidas e monitoramento para controlar o fungo, mas isso aumentou os custos de produção em 50%. Alguns produtores adotaram novas técnicas para controlar o fungo e manter a lucratividade da bananaicultura na região.
1) O documento discute a agricultura moderna e seus impactos ambientais negativos, como erosão do solo, poluição da água e ar, e perda de biodiversidade.
2) Argumenta que as práticas agrícolas predatórias precisam ser superadas por métodos mais sustentáveis, como os da agroecologia.
3) Também destaca os impactos negativos da agricultura moderna no Brasil, especialmente na Mata Atlântica e Cerrado, e a importância deste último bioma para a biodiversidade e meio ambiente.
1. O documento discute espécies exóticas invasoras em Pernambuco, Brasil. 2. Ele fornece uma lista de plantas e animais exóticos invasores na região e caracteriza suas ameaças. 3. Também aborda os impactos das invasões biológicas, como perda de biodiversidade e danos econômicos.
Manejo Sustentável de Moscas-das-Frutas no BrasilPNMF
Palestra proferida no Workshop "Moscas-das-frutas no Brasil: Construção de uma visão de futuro", realizado em Brasília, DF, no período de 8 e 9 de dezembro de 2015.
Controle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificaçõesLeonardo Minaré Braúna
O documento discute o controle biológico de pragas e doenças em agricultura, abordando organismos usados nesse controle, como Trichoderma e Pseudomonas. Também apresenta mecanismos de ação desses organismos, como micoparasitismo, antibiose e competição, e estratégias de controle biológico de doenças em sementes, plântulas, raízes e pós-colheita.
O documento discute a perda global de biodiversidade, iniciativas na Europa para combater isso, e projetos locais no município de Moita em Portugal para promover a conscientização sobre biodiversidade e hábitos de consumo sustentáveis.
Estudos clínicos, citogenéticos e toxicológicos em trabalhadores rurais
expostos a pesticidas em Botucatu, mostraram freqüências de aberrações
cromossômicas significativamente mais altas no grupo exposto quando comparado
ao grupo de controle. Embora usassem vestuário protetor contra névoa de
pesticidas, o qual incluía calças de borracha, botas, luvas, máscara e chapéu, os
resultados clínicos revelaram que os trabalhadores foram contaminados
(BREGA,1998). Pag 38
Este documento fornece um resumo sobre espécies exóticas invasoras em Pernambuco, Brasil. Ele discute a construção de uma estratégia estadual para lidar com espécies invasoras, lista plantas e animais invasores no estado, e examina o problema em unidades de conservação e na ilha de Fernando de Noronha.
Agrotóxicos no brasil uso e impactos ao meio ambiente e a saúde pública dez 12João Siqueira da Mata
O documento discute o uso massivo de agrotóxicos no Brasil e seus impactos à saúde e ao meio ambiente. A política agrícola brasileira desde os anos 1970 incentivou fortemente o uso de agrotóxicos, tornando o Brasil o maior consumidor mundial. Estudos mostram que a maior parte dos agrotóxicos aplicados não atinge o alvo, contaminando o solo, ar e água. Há evidências crescentes ligando o uso de agrotóxicos a doenças como câncer, mal de Parkinson e problemas de desenvolvimento infantil
1) O Brasil bateu recorde no uso de agrotóxicos na última safra e pode superar o recorde na safra de 2010, com crescimento estimado de até 8% no uso.
2) Estudos encontraram níveis de agrotóxicos acima do permitido em alimentos comuns como pimentão, cenoura e alface, colocando em risco a saúde da população.
3) Os agrotóxicos contaminam não apenas os alimentos mas também a água, o solo e o ar, se dispersando no meio ambiente.
Manejo de pragas em hortaliças durante a transição agroecológicaJoão Siqueira da Mata
O desenvolvimento de modelos de produção agrícola de base ecológica tornou-se necessário para suprir a necessidade crescente de alimentos livres de resíduos tóxicos e ao mesmo tempo, respeitar os preceitos da sustentabilidade, da conservação do meio ambiente e do bem-estar do ser humano. A produção orgânica de hortaliças se enquadra neste contexto e no Brasil, cada vez mais, vem conquistando simpatizantes tanto na agricultura familiar como no seguimento empresarial formado por médios e grandes produtores rurais. Também é preconizada por políticas públicas direcionadas a hortas urbanas e periurbanas.
A transição agroecológica refere-se a um processo gradual de mudança na forma de manejo do agroecossistema, que envolve a passagem de um modelo agroquímico de produção, de alta dependência de insumos externos (fertilizantes e agrotóxicos) para outro modelo de agricultura que incorpore princípios, métodos e tecnologias de base ecológica. As mudanças podem ocorrer em vários níveis: começando pela redução no uso de insumos convencionais; passando para a substituição de práticas e insumos convencionais por técnicas e insumos alternativos; e por fim, pela remodelagem de toda a propriedade conforme os princípios agroecológicos, com elevado aproveitamento dos processos naturais e interações ecológicas. Isto pode levar algum tempo, dependendo do tipo de manejo utilizado anteriormente na propriedade, das condições edafoclimáticas locais e das estratégias agroecológicas adotadas para construção do novo modelo de produção agrícola.
O documento discute os impactos dos agrotóxicos e transgênicos na saúde e no meio ambiente no Brasil. Apresenta dados sobre o uso crescente de agrotóxicos na agricultura brasileira e níveis insatisfatórios de resíduos em alimentos. Também mostra imagens de monoculturas dependentes de agrotóxicos e seus efeitos no desmatamento.
1) O documento discute o monitoramento de agrotóxicos na água para consumo humano no Brasil em 2011, com base nos dados do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano.
2) É apresentado um panorama geral do monitoramento realizado em 2011, mostrando a distribuição espacial e quantitativa dos municípios que realizaram o monitoramento nas diferentes regiões do país.
3) O documento também discute aspectos regulatórios e metodológicos relacionados ao monitoramento de agrot
Agrotóxicos e Trabalho: uma combinação perigosa para a saúde do trabalhador r...Natália Lima
Este documento discute os riscos à saúde dos trabalhadores rurais devido à exposição a agrotóxicos durante o trabalho agrícola. Ele explica como a agricultura moderna depende cada vez mais de agrotóxicos e como a exposição a esses produtos químicos pode causar intoxicações graves e até mortais. Além disso, destaca que a combinação de vários agrotóxicos aumenta os riscos à saúde devido a possíveis interações químicas. Finalmente, argumenta que as condições de trabalho
Este documento discute a segurança no uso de agrotóxicos no Brasil. Ele descreve como as novas tecnologias e culturas levaram a um maior consumo destes produtos e mais intoxicações de trabalhadores rurais. Também aborda a legislação sobre agrotóxicos no Brasil, o mercado destes produtos no país, e medidas para minimizar riscos como o uso de equipamentos de proteção e aplicações mais precisas.
O documento discute defensivos alternativos para agricultura, incluindo:
1) A intenção de difundir tecnologias alternativas e inócuas de combate a pragas e doenças agrícolas.
2) Exemplos de defensivos alternativos como agentes de biocontrole, biofertilizantes líquidos e caldas.
3) A importância de encontrar alternativas aos agrotóxicos para uma agricultura mais sustentável e saudável.
Transgênicos Para Quem? Agricultura, Ciência e Sociedade, 2011.Feab Brasil
1. O documento apresenta um livro sobre transgênicos que discute os aspectos científicos, políticos e sociais desse tema em 3 partes.
2. A primeira parte aborda a saída do reducionismo científico em direção a uma ciência aberta à sociedade, com capítulos sobre poder, ciência e cidadania no contexto dos transgênicos.
3. A segunda parte foca na abordagem multidisciplinar necessária, incluindo embates agronômicos, ecológicos, polític
PLANTAS DOENTES PELO USO DE AGROTÓXICOS Novas bases de uma prevenção contra d...João Siqueira da Mata
Os agricultores, estudantes, técnicos, pesquisadores e professores brasileiros têm, com esta obra, acesso a um texto fundamental e pioneiro para se entender o verdadeiro e complexo processo de proteção das plantas da ação deletéria dos agentes parasitários: insetos, fungos, bactérias, vírus, ácaros, nematódeos, coccídeos.
Francis Chaboussou, ao enunciar, na década de 1970, a teoria da trofobiose, lançou um dos pilares da agroecologia. Com o ciclo do gás etileno no solo e com a teoria da transmutação dos elementos de Kervran, a teoria da trofobiose forma a base em que se apóia a produção de alimentos limpos, sadios, dispensando o uso de agrotóxicos* e de fertilizantes solúveis de síntese química.
Proyecto InterFruta Universidad de AzoresPTMacaronesia
O documento descreve projetos de pesquisa realizados pela Universidade dos Açores relacionados à fruticultura, viticultura e controle de pragas. Os projetos incluem INTERFRUTA II, BIOMUSA, GERMOBANCO II e CABMEDMAC e visam transferir conhecimentos da pesquisa para produtores.
O documento descreve um estudo realizado em 2011 sobre o uso de agrotóxicos por agricultores familiares em um assentamento rural no município de Miracema, Tocantins, Brasil. O estudo observou que os agricultores usavam vários tipos de agrotóxicos de diferentes classes de toxicidade de forma intensiva e muitas vezes inadequada, sem orientação técnica adequada. Isso causou muitos relatos de intoxicação e também contaminação da água da região.
Este documento fornece informações sobre a aplicação segura de agrotóxicos utilizando pulverizadores costais manuais. Ele discute os aspectos gerais dos agrotóxicos, equipamentos de proteção individual, pulverizadores costais manuais e procedimentos de aplicação corretos, incluindo a preparação da calda, aplicação, lavagem do equipamento e descarte de embalagens. O documento visa capacitar trabalhadores rurais sobre a aplicação segura de agrotóxicos.
O documento descreve como um fungo chamado Sigatoka negra vem afetando a produção de bananas no Vale do Ribeira no Brasil desde os anos 2000. Os produtores têm usado fungicidas e monitoramento para controlar o fungo, mas isso aumentou os custos de produção em 50%. Alguns produtores adotaram novas técnicas para controlar o fungo e manter a lucratividade da bananaicultura na região.
1) O documento discute a agricultura moderna e seus impactos ambientais negativos, como erosão do solo, poluição da água e ar, e perda de biodiversidade.
2) Argumenta que as práticas agrícolas predatórias precisam ser superadas por métodos mais sustentáveis, como os da agroecologia.
3) Também destaca os impactos negativos da agricultura moderna no Brasil, especialmente na Mata Atlântica e Cerrado, e a importância deste último bioma para a biodiversidade e meio ambiente.
1. O documento discute espécies exóticas invasoras em Pernambuco, Brasil. 2. Ele fornece uma lista de plantas e animais exóticos invasores na região e caracteriza suas ameaças. 3. Também aborda os impactos das invasões biológicas, como perda de biodiversidade e danos econômicos.
Manejo Sustentável de Moscas-das-Frutas no BrasilPNMF
Palestra proferida no Workshop "Moscas-das-frutas no Brasil: Construção de uma visão de futuro", realizado em Brasília, DF, no período de 8 e 9 de dezembro de 2015.
Controle biológico de pragas e doenças, organismos de controle e especificaçõesLeonardo Minaré Braúna
O documento discute o controle biológico de pragas e doenças em agricultura, abordando organismos usados nesse controle, como Trichoderma e Pseudomonas. Também apresenta mecanismos de ação desses organismos, como micoparasitismo, antibiose e competição, e estratégias de controle biológico de doenças em sementes, plântulas, raízes e pós-colheita.
O documento discute a perda global de biodiversidade, iniciativas na Europa para combater isso, e projetos locais no município de Moita em Portugal para promover a conscientização sobre biodiversidade e hábitos de consumo sustentáveis.
Estudos clínicos, citogenéticos e toxicológicos em trabalhadores rurais
expostos a pesticidas em Botucatu, mostraram freqüências de aberrações
cromossômicas significativamente mais altas no grupo exposto quando comparado
ao grupo de controle. Embora usassem vestuário protetor contra névoa de
pesticidas, o qual incluía calças de borracha, botas, luvas, máscara e chapéu, os
resultados clínicos revelaram que os trabalhadores foram contaminados
(BREGA,1998). Pag 38
Este documento fornece um resumo sobre espécies exóticas invasoras em Pernambuco, Brasil. Ele discute a construção de uma estratégia estadual para lidar com espécies invasoras, lista plantas e animais invasores no estado, e examina o problema em unidades de conservação e na ilha de Fernando de Noronha.
Agrotóxicos no brasil uso e impactos ao meio ambiente e a saúde pública dez 12João Siqueira da Mata
O documento discute o uso massivo de agrotóxicos no Brasil e seus impactos à saúde e ao meio ambiente. A política agrícola brasileira desde os anos 1970 incentivou fortemente o uso de agrotóxicos, tornando o Brasil o maior consumidor mundial. Estudos mostram que a maior parte dos agrotóxicos aplicados não atinge o alvo, contaminando o solo, ar e água. Há evidências crescentes ligando o uso de agrotóxicos a doenças como câncer, mal de Parkinson e problemas de desenvolvimento infantil
1) O Brasil bateu recorde no uso de agrotóxicos na última safra e pode superar o recorde na safra de 2010, com crescimento estimado de até 8% no uso.
2) Estudos encontraram níveis de agrotóxicos acima do permitido em alimentos comuns como pimentão, cenoura e alface, colocando em risco a saúde da população.
3) Os agrotóxicos contaminam não apenas os alimentos mas também a água, o solo e o ar, se dispersando no meio ambiente.
O documento discute os impactos dos agrotóxicos no meio ambiente e na saúde humana, além de alternativas para reduzir seu uso. Ele explica que agrotóxicos são usados para controlar pragas agrícolas, mas também poluem o solo, água e ar, levando a problemas de saúde como câncer. O documento aponta a necessidade de regular melhor seu uso e incentivar alternativas como biopesticidas para tornar a agricultura mais sustentável.
O documento discute os riscos à saúde humana do uso massivo de agrotóxicos no Brasil, o país que mais consome esses produtos químicos no mundo. Aponta que estudos mostram resíduos tóxicos acima do recomendável em plantações, solo, água e peixes em todas as regiões brasileiras, colocando em risco a população. Defende a adoção da agricultura orgânica como alternativa saudável e acessível.
O jornal Correio Popular veiculou matéria, no dia 14 de agosto, com entrevista do pesquisador do IAC, Hamilton Humberto Ramos, sobre o mercado ilegal de agrotóxico e o curso dado pelo Instituto sobre defensivos agrícolas.
Matéria sobre o mercado ilegal de agrotóxicos foi publicada no jornal Correio Popular, em 14 de agosto de 2017. O pesquisador do IAC, Hamilton Humberto Ramos, concedeu as informações.
O documento discute os riscos dos agrotóxicos para a saúde e meio ambiente, notando que o Brasil é o maior consumidor mundial e que resíduos foram encontrados no leite materno. Defende um modelo alternativo de agricultura familiar e agroecológica, sem uso de agrotóxicos, para produzir alimentos mais saudáveis.
O documento resume a posição do Instituto Nacional de Câncer contra o uso de agrotóxicos no Brasil devido aos riscos à saúde que representam, especialmente no desenvolvimento de câncer. O INCA apoia medidas de regulação mais rígidas e a adoção de modelos agroecológicos de produção como alternativa ao uso intensivo de agrotóxicos.
O documento discute os perigos dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente. Ele explica que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos e que esses produtos químicos contaminam a produção de alimentos e a água. Também aponta que o modelo de agronegócio é responsável pelo uso excessivo de agrotóxicos e sua expansão causa desmatamento e envenenamento da população.
1) O documento discute os perigos dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente, criticando o modelo de agricultura baseado na "Revolução Verde" e o domínio das grandes corporações no setor.
2) É defendido que a agricultura ecológica e estratégias locais de produção e consumo são essenciais para combater esse modelo capitalista e construir um desenvolvimento mais sustentável.
3) O livro tem como objetivo armar o leitor para o "bom combate" contra esse modelo ag
1) O documento discute o alto consumo de agrotóxicos no Brasil e seus impactos negativos na saúde e no meio ambiente.
2) O uso excessivo de agrotóxicos está diretamente relacionado ao modelo de agronegócio adotado no país e ao mercado altamente concentrado desses produtos químicos.
3) Mais de 30 entidades lançaram uma Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos para debater esses problemas, propor restrições legais e construir alternativas sustentáveis.
O documento discute as recentes mudanças na legislação brasileira sobre agrotóxicos, apresentando argumentos favoráveis e contrários. A nova lei visa promover concorrência e diminuir o tempo de aprovação de novos produtos, enquanto críticos apontam riscos ao meio ambiente e à saúde devido ao crescimento do uso de agrotóxicos no país.
O documento discute o alto consumo de agrotóxicos no Brasil e seus riscos à saúde humana. Mais da metade dos agrotóxicos usados no país são proibidos em outros locais. Alimentos como pimentão possuem altos níveis de contaminação, colocando em risco a população.
O documento discute o alto consumo de agrotóxicos no Brasil e seus riscos à saúde humana. Mais da metade dos agrotóxicos usados no país são proibidos em outros locais. O brasileiro ingere em média um galão de cinco litros de veneno por ano devido à contaminação dos alimentos.
Este documento discute a regulação internacional e nacional dos agrotóxicos. Apresenta as regulamentações da União Europeia e dos Estados Unidos, destacando os princípios de precaução e ônus da prova. Também descreve a evolução da regulamentação no Brasil desde 1934 e os marcos legais atuais, que envolvem três ministérios. Por fim, discute os impactos dos agrotóxicos na saúde e a importância da vigilância epidemiológica.
Este documento discute os impactos dos agrotóxicos na saúde, meio ambiente e sustentabilidade no Brasil. Apresenta estudos que comprovam danos à saúde humana e contaminação ambiental decorrentes do uso intensivo de agrotóxicos. Também aborda as lutas e resistências de povos do campo contra os efeitos do modelo agrícola atual e experiências de agricultura sustentável.
Este dossiê é um alerta da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrascp) à sociedade
e ao Estado brasileiro. Registra e difunde a preocupação de pesquisadores, professores e
profissionais com a escalada ascendente de uso de agrotóxicos no país e a contaminação do
ambiente e das pessoas dela resultante, com severos impactos sobre a saúde pública e a segurança
alimentar e nutricional da população.
Expressa, assim, o compromisso da Abrasco com a saúde da população e o enfrentamento
da insegurança alimentar e nutricional, no contexto de reprimarização da economia, da expansão
das fronteiras agrícolas para a exportação de commodities, da afirmação do modelo
da modernização agrícola conservadora e da monocultura químico-dependente. Soja, canade-
açúcar, algodão, tabaco e eucalipto são exemplos de cultivos que vêm ocupando cada vez
mais terras agricultáveis, com o objetivo de alimentar o ciclo dos agrocombustíveis, da celulose
ou do ferro-aço, e não as pessoas. Esses cultivos avançam sobre biomas como o cerrado
e Amazônia, impondo limites ao modo de vida e à produção camponesa de alimentos. Eles
consumem cerca de metade dos mais de um bilhão de litros de agrotóxicos anualmente despejados
em nossa Terra.
A identificação de numerosos estudos que comprovam os graves e diversificados danos à
saúde provocados por estes biocidas impulsiona o lançamento deste dossiê. A amplitude da
população à qual o risco é imposto, dado já muito evidenciado em dados oficiais, reforça a relevância
deste documento: são trabalhadores das fábricas de agrotóxicos, da agricultura, da saúde
pública e outros setores; população do entorno das fábricas e das áreas agrícolas; além dos
consumidores de alimentos contaminados – o que representa praticamente toda a sociedade,
que tem seu direito humano à alimentação saudável e adequada violado.
A iniciativa do dossiê nasce dos diálogos da Abrasco com os desafios contemporâneos,
amadurecido em pesquisas, Congressos, Seminários e nos Grupos de Trabalho, especialmente
de Saúde e Ambiente, Nutrição, Saúde do Trabalhador e Promoção da Saúde. Alimenta-se no
intuito de contribuir para o efetivo exercício do direito à saúde e para a consolidação de políticas
públicas responsáveis por esta garantia.
Ao mesmo tempo em que nos instigou a um inovador trabalho interdisciplinar em busca
de compreender as diversas e complexas facetas da questão dos agrotóxicos, a elaboração do
dossiê nos colocou diante da enormidade do problema e da tarefa de abordá-lo adequadamente.
Reconhecendo nossos limites, assumimos abrir mão de preparar um documento exaustivo e
completo, para não postergar a urgente tarefa de trazer a público o problema.
A expectativa é mobilizar positivamente os diferentes atores sociais para a questão, prosseguindo
na tarefa de descrevê-la de forma cada vez mais completa, caracterizar sua determinaçã
Apresentação feita pelo nutricionista Ernane Silveira Rosas durante a 3ª Jornada da Campanha Brasil Inteligente, promovida pela CNTU, em 5 de dezembro de 2012, em São Paulo.
1) O documento descreve um projeto pioneiro de combate à mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans) em Campo Florido, MG, conduzido pela bióloga Taciany Ferreira em parceria com a Usina Coruripe e produtores rurais.
2) O projeto utiliza técnicas de monitoramento e armadilhas para reduzir a população da mosca, conseguindo diminuir a população dela em 40% na área monitorada em cinco meses.
3) A mosca se reproduz nos
Aplicações das radiações à Agroindústria - Conteúdo vinculado ao blog ht...Rodrigo Penna
Applications of radiation in agriculture and livestock. Todo o conteúdo vinculado a este arquivo está descrito, organizado e lincado no nosso blog:
http://fisicanoenem.blogspot.com/
O documento fornece um parecer técnico sobre um projeto de lei que contraria os critérios de licenciamento ambiental da FEPAM para depósitos de agrotóxicos. A FEPAM argumenta que a proposta do projeto de lei, de substituir a distância mínima de 30 metros por filtros, não é suficiente para proteger a saúde das pessoas que vivem perto dos depósitos, devido aos riscos das substâncias tóxicas voláteis. O documento também descreve os riscos à saúde humana causados pela ex
Esta portaria conjunta estabelece prazos e condições para o licenciamento ambiental de depósitos de agrotóxicos e registro de estabelecimentos que comercializam agrotóxicos no Rio Grande do Sul, concedendo autorizações temporárias e definindo critérios para realocação de depósitos situados perto de residências.
O documento fornece um parecer técnico sobre um projeto de lei que contraria os critérios de licenciamento ambiental da FEPAM para depósitos de agrotóxicos. A FEPAM argumenta que a proposta do projeto de lei, de substituir a distância mínima de 30 metros por filtros, não é suficiente para proteger a saúde das pessoas que vivem perto dos depósitos, devido aos riscos das substâncias tóxicas voláteis. O documento também descreve os riscos à saúde humana causados pela ex
1. Agroecology Militant is a book that discusses contributions from Enio Gutierres regarding agroecology.
2. The book was published in Brazil and includes an ISBN number.
3. The document provides limited other details about the content or purpose of the book.
La definición de bosque de la FAO considera bosque cualquier área con más de 0,5 hectáreas con árboles de más de 5 metros o con potencial de alcanzar esa altura, con más de 10% de cubierta. Esto permite considerar monocultivos como bosques. La definición parece estar más influenciada por la industria maderera y de celulosa que por los pueblos que viven en los bosques, quienes ven los bosques como hogares que les proveen alimento y medicinas. La definición de la FAO tiene grandes implic
1. O documento discute os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico e questiona se eles realmente levam a benefícios sociais e ambientais como muitos afirmam.
2. Há evidências de que o crescimento pode na verdade causar danos ambientais irreversíveis e esgotar recursos, ao invés de resolver problemas ambientais. Além disso, não há uma relação comprovada entre crescimento e maior coesão social.
3. O documento argumenta que o crescimento promove um estilo de vida escravo ao consumo e trabalho
Desertos verdes%26polosdecelulose umquadrodeinsustentabilidadeCentro De Ambientais
O documento discute os impactos ambientais e socioeconômicos dos monocultivos de eucalipto no Rio Grande do Sul, argumentando que eles reduzem a disponibilidade de água e biodiversidade enquanto geram poucos empregos. O Centro de Estudos Ambientais mobilizou a comunidade contra um proposto pólo de celulose na década de 1980 com sucesso.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor processador. O novo aparelho também possui bateria de maior duração e armazenamento expansível. O lançamento do novo modelo está previsto para o último trimestre do ano, com preço sugerido a partir de US$799.
O documento discute a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento sustentável para a América Latina e Caribe, tendo como base a integração regional. O autor argumenta que o desenvolvimento humano sustentável deve ser a perspectiva orientadora e que a integração por meio de iniciativas como a ALBA pode viabilizar tal desenvolvimento.
Este documento resume um estudo de caso sobre os impactos da expansão das monoculturas de eucalipto no Pampa gaúcho, Rio Grande do Sul, Brasil, a partir de entrevistas com vinte e quatro mulheres da região. As monoculturas de eucalipto estão afetando a vida das mulheres locais e destruindo o patrimônio cultural e histórico da região. Embora os impactos atinjam tanto homens quanto mulheres, as mulheres são particularmente afetadas. O estudo visa documentar as experiências das mulheres e apoiar a
Este relatório apresenta uma análise detalhada dos riscos financeiros, legais e de reputação para investidores no Complexo Hidrelétrico de Belo Monte no Rio Xingu. Os riscos incluem a baixa capacidade de geração que sinaliza inviabilidade econômica, deficiências nos processos de avaliação de viabilidade e problemas relacionados à construção e operação do empreendimento em uma região ambiental e socialmente vulnerável. O relatório conclui que o atual projeto de Belo Monte apresenta alto risco para investidores.
Falta de política de conservação e preservação ambiental promove a conve...Centro De Ambientais
1) O Bioma Pampa no Rio Grande do Sul está sendo rapidamente convertido em monoculturas de árvores exóticas como eucalipto, ameaçando a biodiversidade local.
2) Apenas 0,46% do Pampa gaúcho é protegido em Unidades de Conservação, apesar de sua grande riqueza biológica.
3) O governo estadual apoiou projetos de celulose que converteriam o Pampa em "desertos verdes" de eucalipto, ignorando a legislação ambiental e os estudos de zoneamento realizados
O documento discute os perigos dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente. Ele destaca como as grandes empresas lucram à custa da contaminação causada por esses produtos químicos, enquanto os trabalhadores sofrem com doenças e os recursos naturais são degradados. O texto também critica o modelo de agricultura baseado na monocultura e defende a agroecologia como uma alternativa mais sustentável.
O documento contém várias charges humorísticas sobre transgênicos, questionando os riscos à saúde e ao meio ambiente relacionados à engenharia genética e à agricultura transgênica de forma irônica e sarcástica.
Apresentação sobre a precariedade dos trabalho dos guarda-parques-RSCentro De Ambientais
O documento descreve as funções e riscos do trabalho de guarda-parques no Rio Grande do Sul, que atuam para proteger as unidades de conservação do estado. Os guarda-parques enfrentam riscos como incêndios, caçadores ilegais e animais peçonhentos, mas muitas vezes carecem de equipamentos de proteção e treinamento adequados. Seu trabalho é essencial para a conservação do meio ambiente, mas as condições deveriam ser melhoradas.
O documento discute a conferência Rio+20 sobre desenvolvimento sustentável, abordando: 1) A visão antropocêntrica versus a visão de equilíbrio entre seres humanos e natureza; 2) A "economia verde" como nova fase do capitalismo versus alternativas de justiça social e ambiental; 3) A conferência ter privilegiado aspectos pontuais em vez de questões estruturais.
O documento discute a legislação estadual sobre o cadastramento e comercialização de agrotóxicos no Rio Grande do Sul. A nota técnica conclui que a legislação estadual que exige comprovação de uso autorizado nos países de origem dos agrotóxicos não contradiz a legislação federal e é relevante para proteger a saúde e o meio ambiente, portanto o parecer é desfavorável ao PL 78/2012.
Este documento é uma nota técnica do Ministério Público do Rio Grande do Sul sobre o PL 78/2012, que visa alterar a lei estadual que regulamenta o uso de agrotóxicos. A nota argumenta que a proposta legal permitiria o registro de agrotóxicos proibidos nos países de origem, colocando em risco a saúde e o meio ambiente. A nota defende que a lei atual protege melhor esses interesses, em linha com a Constituição.
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
2. CIÊNCIAS AMBIENTAIS
O Brasil é a lixeira tóxica do planeta. Desde 2008, somos os maiores consumidores globais de in-
sumos químicos para agricultura. Mas, diante de uma balança comercial envaidecida por núme-
ros sedutores, discutir os reveses desse modelo agrário tornou-se tabu. A eterna e robusta econo-
mia agroexportadora, baseada em bens primários de baixo valor agregado, insiste em se reafirmar
– ainda que assombrada por uma crise de percepção e acompanhada de temerosas dívidas sociais
e ambientais.
HENRIQUE KUGLER
Ciência Hoje/RJ
Brasil vive um drama: ao acordar do sonho de uma economia agrária pu-
jante, o país desperta para o pesadelo de ser, pelo quinto ano consecuti-
vo, o maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Balança comercial
tinindo; agricultura a todo vapor. Mas quanto custa, por exemplo, uma
saca de milho, soja ou algodão? Será que o preço de tais commodities
– que há tempos são o motor de uma economia primária à la colonialis-
mo moderno – compensa os prejuízos sociais e ambientais negligen-
ciados nos cálculos do comércio internacional?
“Pergunta difícil”, diz o economista Wagner Soares, do Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bolsa de Chicago define o preço da
soja; mas não considera que, para se produzir cada saca, são aplicadas generosas doses de agrotó-
xicos que permanecem no ambiente natural – e no ser humano – por anos ou mesmo décadas. “Ao
final das contas, quem paga pela intoxicação dos trabalhadores e pela contaminação ambiental é a
sociedade”, afirma Soares. Em seu melhor economês, ele garante que as “externalidades negativas”
de nosso modelo agrário continuam de fora dos cálculos.
Segundo o economista do IBGE, que recentemente estudou propriedades rurais no Paraná, cada
US$ 1 gasto na compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos US$ 1,28 em futuros gastos
com a saúde de camponeses intoxicados. Mas este é um valor subestimado. Afinal, Soares contabili-
zou apenas os custos referentes a intoxicações agudas. Levando-se em conta os casos crônicos, acres-
cidos da contaminação ambiental difusa nos ecossistemas, os prejuízos podem atingir cifras assus-
tadoramente maiores. “Estamos há décadas inseridos nesse modelo agrário, e estudos mensurando
seus reais custos socioambientais são raros ou inexistentes”, diz. >>>
Trajando equipamentos de proteção, agricultor pulveriza agrotóxico em
sua lavoura. Segundo economista do IBGE, cada US$ 1 gasto na
compra de agrotóxicos pode custar aos cofres públicos US$ 1,28 em
futuros tratamentos de saúde de camponeses intoxicados
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3. Seja na agricultura familiar, seja nas grandes proprie- Veneno nosso de cada dia_Estão registrados
dades rurais, “os impactos dos agrotóxicos na saúde pú- no mercado brasileiro 434 ingredientes ativos, que, com-
blica abrangem vastos territórios e envolvem diferentes binados, resultam em pelo menos 2.400 formulações
grupos populacionais”, afirma dossiê publicado em abril de agrotóxicos amplamente utilizadas em nossas lavou-
pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), ras. O cardápio é eclético: inseticidas, fungicidas, herbi-
entidade que reúne pesquisadores de diversas univer- cidas, nematicidas, acaricidas, rodenticidas, moluscidas,
sidades do país. Milhares de casos de contaminação formicidas e por aí vai – os responsáveis pela regulação
são registrados todos os anos pelo Sistema Nacional de e controle de tais produtos são os ministérios da Saúde
Informações Tóxico-Farmacológicas, gerido pela Funda- (MS), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
ção Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Sistema de Notifica- e do Meio Ambiente (MMA).
ções em Vigilância Sanitária, da Agência Nacional de Vi- Das 50 substâncias mais usadas em terras brasileiras,
gilância Sanitária (Anvisa). Mas, segundo a Organização 24 já foram banidas nos Estados Unidos, Canadá, Europa
Mundial da Saúde, para cada 50 quadros de intoxica- e, algumas, mesmo na Ásia. Atualmente, apenas 14 delas
ção por agrotóxico no mundo, apenas 1 é notificado. estão em processo de reavaliação pela Anvisa – procedi-
Não são apenas agricultores e suas famílias que inte- mento que se arrasta desde 2008.
gram grupos de risco. Todos os milhares de profissionais Alguns notórios destaques: o endossulfam, amplamen-
envolvidos no comércio e manipulação dessas substân- te utilizado em culturas de soja, café, algodão e cacau, é
cias são potenciais vítimas. E, além deles, “todos nós, dia- sucesso de vendas no Brasil. Se as previsões da Anvisa se
riamente, a cada refeição, ingerimos princípios ativos de concretizarem, seu uso será banido – como já é em 45 paí
agrotóxicos em nossos alimentos”, garante a médica Ra- ses – até 31 de julho de 2013. É um provável desregulador
quel Rigotto, da Universidade Federal do Ceará (UFC). endócrino, responsável também por danos irreparáveis ao
O agricultor Jeferson Matias da Rosa, de Boa Vista das sistema reprodutivo. A cihexatina, empregada até muito
Missões (RS), reafirma: “Hoje, todo mundo come veneno”. recentemente em plantações de café, laranja, maçã, mo-
Nenhuma novidade até aqui. O que nem todos sabem rango e pêssego, também entrou para a lista negra da An-
é que o Brasil é destino certo para insumos agroquímicos visa, e foi proibida somente no final de 2011. Carcinogêni-
que, por elevados graus de toxicidade, já foram banidos em ca e neurotóxica, a substância é ilegal na Austrália, China,
diversos países. Japão, Tailândia, Líbia, Paquistão, Canadá e Estados Uni-
FOTO AS-PTA - PR
Plantação de fumo no Paraná. Ao longo da última
década, o consumo de agrotóxicos no mundo cresceu
93%. Mas, no Brasil, tal crescimento foi de 190%
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4. CIÊNCIAS AMBIENTAIS
dos. Não menos emblemático é o caso do metamidofós,
poderoso genotóxico e neurotóxico, já proibido na Euro-
pa, China, Índia e Indonésia. Usado principalmente em
plantações de alface e tomate, sua comercialização,
A HISTÓRIA SE REPETE
por aqui, só foi proibida em junho último. Uma viagem no tempo. O excerto
Os demais 11 produtos na mira da Anvisa estão devi- que você está prestes a ler foi
damente elencados no relatório da Abrasco, disponí- publicado em Ciência Hoje no
vel no sítio da instituição – que lançou, recentemente, em distante ano de 1986 – e qualquer
parceria com a Fiocruz e dezenas de instituições pelo coincidência com o presente será
mera semelhança com a triviali-
Brasil afora, o Abaixo-assinado por banimento de banidos. dade da história que não hesita
A ideia é cobrar do governo federal a proibição dos prin- em se repetir. “Registram-se no
cípios ativos já vetados em outros países. “É inaceitável Brasil, até hoje, produtos banidos
que o Brasil continue sendo a grande ‘lixeira tóxica’ do de outros países; vendem-se, sem
planeta”, lê-se no documento. restrições, substâncias proibidas;
usam-se, fora dos padrões, vene-
nos perigosos. E pouco se conhece
Agroquímicas na casa da mãe Joana_Se os sobre as consequências: aciden-
princípios ativos permitidos em lei já são motivo de preo- tes e casos de intoxicação são acompanhados de forma assimétrica
cupação, o que dizer de agrotóxicos ilegais, adulterados e (...). É hora de reavaliar as condições de uso desses produtos, cujo
fora da validade? Por mais escabroso que pareça, fiscali- consumo, altamente estimulado por sucessivos governos, saltou, em
10 anos, de 27 mil para 80 mil toneladas.”
zações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Definitivamente, pouco mudou. Exceto pelo fato de que, em 2011, o
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Anvisa vêm, consumo de agrotóxicos no Brasil foi de 936 mil toneladas.
nos últimos anos, sistematicamente encontrando, em
propriedades rurais e nos estoques de indústrias agro-
químicas em todo o Brasil, lotes de insumos fora dos pa-
drões de segurança e toxicidade exigidos em lei. Fiscalizar insumos agrícolas é tarefa desafiadora. Se-
Em fevereiro, o Ibama apreendeu 876 kg de agrotóxi- gundo o engenheiro e economista Victor Pelaez, da Uni-
cos irregulares em São José do Rio Preto (SP). Além de versidade Federal do Paraná (UFPR), uma das maiores
produtos vencidos e misturados de forma inadequada, dificuldades, no Brasil, é a “limitada quantidade de fun-
os fiscais também encontraram brometo de metila – proi- cionários alocados na regulação de agrotóxicos”, mesmo
bido no Brasil desde 1987, quando o país assinou o Pro- sendo o país o maior mercado para esses produtos. Em
tocolo de Montreal, comprometendo-se a banir o uso da recente levantamento, Pelaez contabilizou que, ao to-
substância, empregada em culturas de fumo e hortali- do, temos apenas 77 funcionários para dar conta de gerir
ças. Ao todo, as multas aplicadas nas propriedades fis- e fiscalizar as atividades do setor em todo o território
calizadas somaram R$ 91 mil. nacional (28 na Anvisa, 30 no Ibama e 19 no MAPA). Nos
Fiscais da Anvisa não trouxeram melhores notícias. Estados Unidos, segundo maior mercado mundial de agro-
Operações conduzidas entre 2009 e 2010, em diversos químicos, os quadros técnicos somam 620 funcionários.
estados, encontraram irregularidades em todas as 10 fá- Comparando os dois países, o economista ainda cita
bricas de agrotóxicos vistoriadas naquele período. A lista é outro dado passível de reflexão. Enquanto o registro de
extensa: a empresa agroquímica suíça Syngenta, uma das ingredientes ativos, nos Estados Unidos, custa em média
líderes mundiais do setor, guardava em seus estoques 1,15 US$ 630 mil, no Brasil é cerca de US$ 53 mil a US$ 100
milhão de litros de agrotóxicos adulterados, com direito mil. Além disso, os norte-americanos cobram valores pe-
também a produtos vencidos; a alemã Bayer não ficou pa- riódicos de reavaliação, em torno de US$ 150 mil; enquan-
ra trás, com 1 milhão de litros de insumos com fórmulas to, por aqui, as indústrias são isentas desse tipo de taxa.
adulteradas; e sua conterrânea Basf apresentou 800 mil Falando em isenção, “é notável a generosidade dos
litros de produtos irregulares. Enquanto isso, a norte- governos estaduais e federal em relação aos agrotóxi-
-americana Monsanto foi autuada por omissão de in cos”, lembra Rigotto. Segundo a médica da UFC, em alguns
formações relacionadas ao processo de produção de seus estados, como no Ceará, a isenção fiscal chega a 100%.
agrotóxicos; e, nas fábricas de todas as demais concorren-
tes – Dow AgroSciences, Nufarm, Milenia Agrociências, Números envenenados_Ao longo da última déca-
Ilhabras, Sipicam Isagro Brasil e FMC Química do Brasil da, o consumo de agrotóxicos no mundo cresceu 93%. Mas
– foram encontradas irregularidades análogas. Ao todo, no Brasil, segundo a Anvisa, esse crescimento foi de 190%.
quase 10 milhões de litros de agroquímicos adulterados, Hoje o país consome um quinto da produção mundial de
vencidos ou fora dos padrões de segurança e toxicidade ‘defensivos agrícolas’ – eufemismo publicitário utilizado
exigidos pela Anvisa estavam prestes a ser destinados às para amenizar a negatividade do termo ‘agrotóxico’.
lavouras brasileiras. Os procedimentos administrativos de Na safra de 2011, nossa agricultura consumiu nada
autuação ainda estão em andamento. menos que 936 mil toneladas de insumos químicos, dos >>>
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6. CIÊNCIAS AMBIENTAIS
NA TERRA, NA ÁGUA, NO AR...
No jargão da agronomia, é corrente o uso do termo ‘deriva técnica’. Trata-se
da dispersão do agrotóxico que, após pulverizado, não atinge seu alvo
– espalhando-se, portanto, pelo entorno das propriedades rurais pela ação
dos ventos e das águas. Em seus cálculos, engenheiros agrônomos esti-
mam que tal deriva é, em média, pelo 30%, podendo chegar, em muitos
casos – especialmente nas pulverizações aéreas –, a 70%. Por isso, segun-
do alguns, o chamado ‘uso seguro’ dos referidos insumos químicos não
passa de um mito. “Afinal, não existe aplicação de agrotóxicos sem
contaminação do ambiente que circunda a área tratada e, consequente
mente, das populações que trabalham ou vivem nesse entorno”, afirma
a engenheira agrônoma Flávia Londres.
FOTO CAROLINASMITH / VEER
Comentando sobre a corrente comparação entre os descentralizados têm muito mais condições de produzir (e
dois mundos possíveis, Londres questiona: “Em termos distribuir) alimentos em quantidade e qualidade. “Mas
de capacidade de produção, não podemos comparar de confesso que o cenário é desfavorável”, lamenta. “Com as
igual para igual o agronegócio – que há décadas tem lideranças atuais, incluindo a bancada ruralista que man-
sido agraciado com benefícios econômicos e fiscais do to- da no Brasil, não devemos ir muito longe.”
dos os tipos – com os sistemas de produção alternativos Tal pessimismo é compartilhado por Rigotto. “Basta
– que ainda são marginais e carecem de incentivo e polí- analisar os números oficiais”, sugere a médica da UFC.
ticas públicas expressivas”. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), en-
Mas a pergunta que não quer calar é: será que um mo- carregado das políticas agroecológicas, teve orçamento
delo dito ‘alternativo’ teria potencial para alimentar uma de R$ 16 bilhões em 2011; enquanto o MAPA, encarrega-
população que, até 2050, deverá chegar a 9 bilhões? “Cer- do de fomentar o agronegócio, teve nada menos que R$ 107
tamente tem muito mais potencial do que o agronegócio, bilhões. “É desproporcional”, comenta, mencionando que,
que, hoje, não dá conta de alimentar nem 7 bilhões”, re- enquanto a soma destinada ao agronegócio beneficia pou-
truca a engenheira. Segundo ela, sistemas de produção co mais de 5 mil empresas, o montante destinado à agricul-
tura alternativa fomenta 32 milhões de trabalhadores ru-
rais. Segundo Rigotto, o governo federal está determi-
nado a priorizar o modelo de desenvolvimento agroex-
portador baseado em mercadorias de baixo valor agrega-
BREVE HISTÓRIA DO do, ainda que a altíssimos custos sociais e ambientais.
MUNDO AGROQUÍMICO
Dizem as más línguas que a indústria agroquímica é filha da indústria
da guerra. Intriga da oposição? Não necessariamente. Tamanha a
surpresa dos que navegam pela página virtual da Monsanto e acessam
Sugestões para leitura
a informação nua e crua de que, sim, “a empresa fabricou o agente
laranja de 1965 a 1969”. Junto com a Dow Chemical e outras corpora- LONDRES, F. Agrotóxicos no Brasil: um guia para ação em defesa da vida.
ções do setor – muitas das quais, hoje, atuam no ramo agrícola –, a Rio de Janeiro: AS-PTA, 2011.
Monsanto foi uma das fornecedoras de insumos que o governo norte- PERES, F. (Org.) É veneno ou é remédio? Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003.
-americano utilizava na guerra do Vietnã. Mas, finda a guerra, onde tais HANNIGAN, J. Sociologia ambiental. Lisboa: Instituto Piaget, 1995.
companhias encontrariam semelhante filão de mercado? A agricultura ROBIN, M. Le monde selon Monsanto. Paris: Éditions La Découverte, 2008.
despontava como promissor segmento de atuação.
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