SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 42
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
 

      Biogeoquímico é o resultado dos 
conjuntos de agentes biológicos 
(microorganismos), constituição da litosfera 
(rocha) e degradação química.
 

      A Biogeoquímica é a ciência que estuda a 
troca ou a circulação de matéria entre os 
componentes vivos e físico-químicos da Biosfera 
(Odum, 1971).
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
 
                       
       Ciclos:  representam  a  troca  e  a  circulação  de 
matéria  entre  os  componentes  vivos  e  físico-químicos 
da biosfera.
 
       Bio:  os  organismos  interagem  no  processo  de 
síntese orgânica e na decomposição dos elementos.
 
       Geo: o meio terrestre (solo) é o reservatório dos 
elementos.
 
       Químico:  ciclo  dos  elementos  e  processos 
químicos de síntese e decomposição.
CLASSIFICAÇÃO DOS CICLOS
 
                      
       1. Ciclo da água ou hidrológico.


      2. Ciclos dos macro e micronutrinentes: minerais 
em geral.


     3.  Ciclos  sedimentares:  fósforo,  enxofre,  cálcio, 
magnésio e potássio.


      4.  Ciclos  gasosos:  carbono,  nitrogênio  e 
oxigênio.
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
CICLO HIDROLÓGICO


 
      Aspectos quantitativos:
       evaporação;
       infiltração;
       escoamento superficial.

      Aspectos qualitativos:
      parâmetros de qualidade:   - físico-químicos;
                                  - biológicos.
INTERVENÇÕES DO HOMEM


•   Desmatamento.
•   Pavimentação = taxa de impermeabilização.
•   Utilização de defensivos agrícolas.
•   Despejos de esgotos e efluentes industriais.
•   Eutrofização.
•   Diminuição do teor de oxigênio dissolvido nos rios.
•   Lançamento de substâncias tóxicas perigosas.
•   Poluição atmosférica.
•   Resíduos sólidos.
•   Represamento das águas.
CICLO DO CARBONO

        O  reservatório  de  carbono  é  a  atmosfera,  onde  o 
nutriente  das  plantas  encontra-se  na  forma  de  dióxido  de 
carbono  (CO2),  um  gás  que,  nas  condições  naturais  de 
temperatura  e  pressão  é  inodoro  e  incolor.  O  carbono  é  o 
principal  constituinte  da  matéria  orgânica  (49%  do  peso 
seco).  O  ciclo  do  carbono  é  perfeito,  pois  o  elemento  é 
devolvido  ao  meio  à  mesma  taxa  a  que  é  sintetizado  pelos 
produtores.

       As  plantas  utilizam  o  CO2  e  o  vapor  de  água  da 
atmosfera  para,  na  presença  de  luz  solar,  sintetizar 
compostos  orgânicos  de  carbono,  hidrogênio  e  oxigênio, 
tais como a glicose (C6H12O6).

                    Reação da fotossíntese:

         6CO2 + 6 H2O + energia solar = C6H12O6 + 6O2
CICLO DO CARBONO
 A fixação do carbono em sua forma orgânica indica que a 
fotossíntese é a base da vida na Terra.

  A  energia  solar  é  armazenada  como  energia  química  nas 
moléculas orgânicas da glicose.

        A  energia  armazenada  nas  moléculas  orgânicas  é 
liberada  no  processo  inverso  ao  da  fotossíntese:  a 
respiração.  Nesta,  ocorre  a  quebra  das  moléculas  com  a 
conseqüente  liberação  de  energia  para  a  realização  das 
atividades vitais dos organismos.


                    Reação da respiração:

   C6H12O6 + 6O2 = 6CO2 + 6 H2O + 640 kcal / molde glicose
CICLO DO CARBONO

        Por meio da fotossíntese e da respiração, o carbono 
passa de  sua fase  inorgânica  à  fase  orgânica  e  volta  para  a 
fase  inorgânica,  completando  seu  ciclo.  Fotossíntese  e 
respiração  são  processos  de  reciclagem  do  carbono  e  do 
oxigênio  em  várias  formas  químicas  em  todos  os 
ecossistemas.
        A  partir  da  Revolução  Industrial,  o  homem  passou  a 
fazer uso intenso da  energia  armazenada,  e no processo de 
queima  (respiração)  passou  a  devolver  o  CO2  à  atmosfera  a 
uma  taxa  superior  à  capacidade  assimiladora  das  plantas 
(fotossíntese)  e  dos  oceanos  (pela  reação  de  difusão).  Esse 
desequilíbrio  do  ciclo  natural  pode  ter  implicações  na 
alteração  do  efeito estufa,  com  conseqüente  aumento  da 
temperatura  global.  Aproximadamente  50%  do  excesso  de 
CO2 gerado é absorvido pelos oceanos (Perkins, 1974). Difícil 
é prever até que ponto os oceanos suportarão o aumento de 
CO2,  diante  da  multiplicidade  de  fatores  que  intervêm  no 
mecanismo de recuperação do sistema.
CICLO DO CARBONO

        O  carbono  é  um  elemento  químico  presente  na 
estrutura  de  todas  as  moléculas  orgânicas.  É,  portanto, 
essencial para a vida. Na natureza, o carbono encontra-se à 
disposição dos seres vivos na forma de CO2 (gás carbônico), 
na atmosfera ou dissolvido na água. 

        Através  da  fotossíntese,  o  CO2  é  fixado  e 
transformado  em  matéria  orgânica  pelos  produtores.  Já  os 
consumidores  somente  adquirem  carbono  através  da 
nutrição.  Tanto  os  produtores  como  os  consumidores, 
porém,  perdem  carbono  da  mesma  forma:  através  da 
respiração  (que  libera  CO2  para  o  ambiente)  ou  da  cadeia 
alimentar  (ao  servirem  de  alimento  para  um  organismo 
qualquer) ou, ainda, ao fornecerem material que fará parte da 
constituição do húmus (ou detritos orgânicos), pela morte do 
organismo  ou  de  parte  dele  e  pela  eliminação  de  excreções 
ou resíduos digestivos.
CICLO DO CARBONO


        Os  decompositores  atuam  sobre  os  detritos 
orgânicos  liberando  CO2,  que  retorna  à  atmosfera, 
reintegrando-se a seu reservatório natural.
 
        Detritos  orgânicos  ainda  podem  originar  os 
combustíveis  fósseis  que,  através  da  combustão,  eliminarão 
CO2 de volta para a atmosfera. 

Obs.: 

Fotossíntese: CO2 + H2O = > C6H12O6 + H20 + O2 

Respiração: C6H12O6 + O2 = > CO2 + H2O + energia 

Combustão: combustível + energia + O2 = > CO2 + ...(detritos) 
CICLO DO CARBONO
CICLO DO CARBONO


    Aspectos relevantes:

•   O  ciclo  do  carbono  e  o  ciclo  hidrológico  são, 
    provavelmente,  os  dois  ciclos  biogeoquímicos  mais 
    importantes com relação à humanidade.

•   O  pool /  reservatório  atmosférico  é  pequeno  se 
    comparado  com  o  do  carbono  dos  oceanos  e  dos 
    combustíveis fósseis e outros depósitos.

•   Fluxo entre os pools – do continente, da atmosfera e dos 
    oceanos,  que  até  o  início  da  Era  Industrial  estavam  em 
    equilíbrio.
CICLO DO CARBONO

•   Durante  os  últimos  anos,  o  conteúdo  de  CO2  tem-se 
    elevado por causa de novas entradas antropogênicas. A 
    queima de combustível fóssil parece ser a principal fonte 
    de novas entradas, mas a agricultura e o desmatamento 
    também contribuem.

•   Perda  líquida  de  CO2  na  agricultura,  ou  seja,  um 
    acréscimo  de  CO2    na  atmosfera  maior  do  que  sua 
    retirada,  pois  suas  culturas  são  ativas  durante  apenas 
    uma  parte  do  ano,  não  compensando  o  CO2  liberado  do 
    solo (lavouras freqüentes) .

•   O  desmatamento  poderá  liberar carbono armazenado na 
    madeira,  principalmente  se  a  madeira  for  queimada 
    imediatamente  e  o  uso  se  segue  à  oxidação  do  húmus, 
    se  a  terra  for  usada  para  agricultura  ou  para 
    desenvolvimento  urbano  (rápida  oxidação  do  húmus  e 
    liberação de CO2  gasoso que está retido no solo).
CICLO DO CARBONO


       Desmatamento:


•   Aumento  do  CO2  emitido  em  função  da  emissão  no 
    momento da queima.

•   Redução da taxa fotossintética.

•   Queimadas de florestas.

•   Efeito estufa – intervenções antropogênicas no ciclo 
    do carbono.
CICLO DO CARBONO

       Efeito estufa:

•   Utilização  excessiva  de  combustíveis  fósseis  (falta  de 
    incentivos para a geração de energia alternativa). 

•   Desmatamento.

•   Poluição ambiental.

•   Intensificação do efeito estufa.

•   Mudanças climáticas.

•   Aquecimento global.

•   Mudança nos níveis dos oceanos.
CICLO DO NITROGÊNIO

      O  aumento  acentuado  da  população  humana 
e,  principalmente,  da  taxa  de  crescimento 
populacional  após  a  Revolução  Industrial,  na 
segunda  metade  do  século  XIX,  implicou  um 
aumento da produtividade agrícola para  fazer  frente 
à demanda crescente de alimentos. 

         O  nitrogênio,  assim  como  o  fósforo,  são 
fatores  limitantes  do  crescimento  dos  vegetais  e 
tornaram-se,  por  isso,  alguns  dos  principais 
fertilizantes  utilizados  hoje  na  agricultura.  O 
nitrogênio  desempenha  um  importante  papel  na 
constituição  das  moléculas  de  proteínas,  ácidos 
nucléicos,  vitaminas,  enzimas  e  hormônios, 
elementos vitais aos seres vivos.
CICLO DO NITROGÊNIO


      O ciclo do nitrogênio, assim como o do carbono, 
é um ciclo gasoso. Apesar dessa similaridade, existem 
algumas diferenças notáveis entre os dois ciclos:

  a  atmosfera  é  rica  em  nitrogênio  (78%)  e  pobre  em 
Carbono (0,032%);

  apesar  da  abundância  de  nitrogênio  na  atmosfera, 
somente  um  grupo  seleto  de  organismos  consegue 
utilizar o nitrogênio gasoso;

  o  envolvimento  biológico  no  ciclo  do  nitrogênio  é 
muito mais extenso do que no ciclo do carbono.
CICLO DO NITROGÊNIO


      Grande    parte  do  nitrogênio  existente  nos 
organismos  vivos  não  é  obtida  diretamente  da 
atmosfera,  uma  vez  que  a  principal  forma  de  nutriente 
para os produtores são os nitratos (NO3-).

     No  ciclo  do  nitrogênio  existem               quatro 
mecanismos diferentes e importantes:

     1. fixação do N atmosférico em nitratos;
     2. amonificação;
     3. nitrificação;
     4. desnitrificação.
CICLO DO NITROGÊNIO

       A  fixação  do  nitrogênio  ocorre  por  meio  dos 
organismos simbióticos fixadores de nitrogênio, dentre 
os  quais  destaca-se  o  Rhizobium,  que  vive  em 
associação  simbiótica  (mutualismo)  com  raízes 
vegetais leguminosas (ervilha, soja, feijão, etc.).

       A  fixação  do  nitrato  por  via  biológica  é  a  mais 
importante.  O  nitrogênio  fixado  é  rapidamente 
dissolvido  na  água  do  solo  e  fica  disponível  para  as 
plantas na forma de nitrato. Essas plantas transformam 
os  nitratos  em  grande  moléculas  que  contêm 
nitrogênio  e  outras  moléculas  orgânicas  nitrogenadas, 
necessárias  à  vida.  Inicia-se,  assim,  o  processo  de 
amonificação.
CICLO DO NITROGÊNIO


       Quando  o  nitrogênio  orgânico  entra  na  cadeia 
alimentar,  passa  a  constituir  moléculas  orgânicas  dos 
consumidores  primários,  secundários,  etc  ...  Atuando 
sobre os produtos de eliminação desses consumidores 
e  do  protoplasma  de  organismos  mortos,  as  bactérias 
mineralizam o nitrogênio produzindo gás  amônia  (NH3) 
e  sais  de  amônio  (NH4+),  completando  a  fase  de 
amonificação do ciclo.

        NH4+  e NH3  são convertidos em nitritos (NO2-) e, 
posteriormente, no processo de nitrificação, de nitritos 
em  nitratos  (NO3-)  por  um  grupo  de  bactérias 
quimiossintetizantes.
CICLO DO NITROGÊNIO


       A  síntese  industrial  da  amônia  (NH3)  a  partir  do 
nitrogênio  atmosférico  (N2),  desenvolvida  durante  a 
Primeira      Guerra     Mundial,     possibilitou     o 
aparecimento  dos  fertilizantes  sintéticos,  com  um 
conseqüente  aumento  da  eficiência  da  agricultura. 
Entretanto,  o  ciclo  equilibrado  do  nitrogênio 
depende  de  um  conjunto  de  fatores  bióticos  e 
abióticos  determinados  e,  portanto,  nem  sempre 
está  apto  a  assimilar  o  excesso  sintetizado 
artificialmente.  Esse  excesso,  carregado  para  os 
rios,  lagos  e  lençóis  de  água  subterrâneos  tem 
provocado       o    fenômeno       da    eutrofização, 
comprometendo a qualidade das águas.
CICLO DO NITROGÊNIO


        O  Nitrogênio  (N2)  é  um  elemento  químico  que 
participa  da  constituição  de  ácidos  nucléicos, 
proteínas  e  clorofilas.  Compreende-se,  portanto,  a 
importância  do  estudo  do  ciclo  desse  elemento  na 
natureza,  cujo  reservatório  natural  é  a  atmosfera, 
onde  perfaz  cerca  de  78%  do  ar.  Entretanto,  o  N2  é 
uma  molécula  que  não  constitui  fonte  adequada  do 
elemento  para  a  grande  maioria  dos  seres  vivos.  De 
fato,  com  raras  exceções,  os  seres  vivos  não 
conseguem  fixar  e,  portanto,  incorporar  à  matéria 
viva o N2 atmosférico. 
CICLO DO NITROGÊNIO


•   Ciclo gasoso do tipo complexo. 

•   Interação  dinâmica  entre  os  fluxos  e  diferentes 
    grupos de microorganismos.

•   Ciclo  importante,  pois  limita  ou  controla  a 
    abundância dos organismos.

•   A  atmosfera  contém  80%  do  nitrogênio 
    disponível  na  biosfera  sendo,  dessa  forma,  o 
    maior  reservatório  do  composto  e  a  válvula  de 
    escape do sistema.
CICLO DO NITROGÊNIO


•   O  nitrogênio  entra constantemente  na  atmosfera 
    pela  ação  das  bactérias  desnitrificantes,  e 
    continuamente  retorna  ao  ciclo  pela  ação  das 
    bactérias  ou  algas  fixadoras  de  nitrogênio 
    (biofixação).

•   A  degradação  do  nitrogênio  presente  na  célula 
    (formas  orgânicas  ou  inorgânicas)  acontece 
    pelas     ação     de     espécies     bacterianas 
    especializadas  presentes  no  solo,  as  quais 
    disponibilizam  amônia  e  nitrato.  Essas  duas 
    formas  de  nitrogênio  são  os  compostos 
    facilmente utilizáveis pelas plantas verdes.
CICLO DO NITROGÊNIO

        A fixação biológica do N2

         Na  natureza,  são  poucas  as  formas  vivas  capazes  de 
promover  a  fixação  biológica  do  N2.  Alguns  desses  organismos 
têm  vida  livre,  e  entre  eles  podem-se  citar  certas  algas  azuis, 
como a Nostoc, e bactérias do gênero Azotobacter e Clostridium. 
Outros, considerados os mais importantes fixadores de N2, vivem 
associadas às raízes de leguminosas (feijão, soja, ervilha, alfafa, 
etc.).  Nesse  caso  estão  as  bactérias  Rhizobium,  que  vivem 
normalmente no solo, de onde alcançam o sistema radicular das 
leguminosas  jovens  e  penetram  através  dos  pêlos  absorventes, 
instalando-se  finalmente  nos  tecidos  corticais  das  raízes;  ali  se 
desenvolvem,  fixando  o  N2  atmosférico  e  transformando-o  em 
sais nitrogenados, que são utilizados pelas plantas. O Rhizobium, 
então,  funciona  como  um  verdadeiro  adubo  vivo,  fornecendo  à 
planta os sais de nitrogênio necessários a seu desenvolvimento. 
Em  contrapartida,  a  planta  fornece  matéria  orgânica  para  as 
bactérias,  definindo  uma  relação  de  benefícios  mútuos 
denominada mutualismo. 
CICLO DO NITROGÊNIO
         A nitrificação

         Quando os decompositores atuam  sobre a matéria orgânica 
nitrogenada  (proteína  do  húmus,  por  exemplo)  liberam  diversos 
resíduos  para  o  meio  ambiente,  entre  eles  a  amônia (NH3). 
Combinando-se  com  a  água  do  solo,  a  amônia  forma  hidróxido  de 
amônio que ionizando-se, produz NH4+ (íon amônio) e OH- (hidroxila).
 
         Ao  processo  de  decomposição,  em  que  compostos 
orgânicos  nitrogenados  se  transformam  em  amônia  ou  íon  amônio, 
dá-se  o  nome  de  amonização.  Os  íons  amônio  presentes  no  solo 
seguem  então  duas  vias:  ou  são  absorvidas  pelas  plantas  ou 
aproveitados  por  bactérias  do  gênero  Nitrosomonas  e 
Nitrosococcus. Essas bactérias quimiossintetizantes oxidam os íons 
e, com a energia liberada, fabricam compostos orgânicos a partir do 
CO2  e água, definindo a quimiossíntese. A oxidação dos íons amônio 
produz nitritos como resíduos nitrogenados, que são liberados para 
o  meio  ambiente.  À  conversão  dos  íons  amônio  em  nitritos  dá-se  o 
nome de nitrosação.
CICLO DO NITROGÊNIO

        Os  nitritos  liberados  pelas  bactérias  nitrosas 
(Nitrosomonas  e  Nitrosococcus)  são  absorvidos  e 
utilizados  como  fonte  de  energia  por  bactérias 
quimiossintetizantes  do  gênero  Nitrobacter.  Da 
oxidação  dos  nitritos  formam-se  os  nitratos  que, 
liberados  para  o  solo,  podem  ser  absorvidos  e 
metabolizados  pelas  plantas.  À  conversão  do  nitrito 
(ou ácido nitroso) em nitrato (ou ácido nítrico) dá-se o 
nome de nitratação.
 
        A  ação  conjunta  das  bactérias  nitrosas 
(Nitrosomonas  e  Nitrosococcus)  e  nítricas 
(Nitrobacter)  permite  a  transformação  da  amônia  em 
nitratos.  A  esse  processo  denomina-se  nitrificação  e 
às bactérias envolvidas dá-se o nome de nitrificantes.
CICLO DO NITROGÊNIO

       Resumindo:                                                 

Nitrosação:  conversão  de  íons  amônio  (ou  amônia)  em 
nitritos. 

Nitratação: conversão de nitritos em nitratos.
 
Nitrificação: conversão de íons amônio em nitratos.
 
Bactérias  nitrificantes:  compreendem  as  bactérias  nitrosas 
(Nitrosomonas  e  Nitrosococcus)  e  nítricas  (Nitrobacter). 
No  solo  existem  muitas  bactérias  (Pseudomonas,  por 
exemplo) que, em condições anaeróbicas, utilizam nitratos em 
vez  de  oxigênio  no  processo  respiratório.  Ocorre,  então,  a 
conversão de nitrato em N2, que retorna à atmosfera, fechando 
o ciclo. À transformação dos nitratos em N2  dá-se o nome de 
desnitrificação,  e  as  bactérias  que  realizam  essa 
transformação são chamadas de desnitrificantes.
Resumo dos processos no ciclo do Nitrogênio: 
    Resumo dos processos no ciclo do Nitrogênio:



Nome do Processo Agente                       Equação
                 Bactéria Rhizobium e
Fixação                                       N2 => sais nitrogenados
                 Nostoc (alga cianofícea)
Amonização       Bactérias decompositoras     N orgânico => NH4
                 Bactéria Nitrosomonas
Nitrosação                                    NH4 => NO2
                 e Nitrosococcus
Nitratação       Bactéria Nitrobacter         NO2 => NO3
                 Bactérias Desnitrificantes
Desnitrificação                               NO3 => N2
                 (Pseudomonas)
CICLO DO NITROGÊNIO
PROCESSO DE EUTROFIZAÇÃO 


      Enriquecimento  das  águas  com  nutrientes 
essenciais,  como  o  nitrogênio  e  o  fósforo,  e 
desenvolvimento excessivo do fitoplâncton, provocando 
problemas de consumo de oxigênio e baixa diversidade.



  Consumo  de      oxigênio    pelos    processos    de 
biodegradação. 

 Processos de biodegradação sem oxigênio – liberação 
de H2S e CH4.
CICLO DO ENXOFRE

        O  enxofre  apresenta  um  ciclo  basicamente 
sedimentar,  embora  possua  uma  fase  gasosa,  de  pouca 
importância.  A  principal  forma  de  assimilação  do  enxofre 
pelos  seres  produtores  é  como  sulfato  inorgânico.  O 
processo biológico envolvido nesse ciclo compreende uma 
série  de  microorganismos  com  funções  específicas  de 
redução e oxidação.

        A  maior  parte  do  enxofre  que  é  assimilado  é 
mineralizado  em  processos  de  decomposição.  Sob 
condições  anaeróbias,  ele  é  reduzido  a  sulfetos,  entre  os 
quais  o  sulfeto  de  hidrogênio  (H2S),  composto  letal  à 
maioria  dos  seres  vivos,  principalmente  aos  ecossistemas 
aquáticos  em  grandes  profundidades.  Esse  gás,  tanto  no 
solo  como  na  água,  sobe  a  camadas  mais  aeradas,  onde 
então  é  oxidado,  passando  à  forma  de  enxofre  elementar, 
quando mais oxidado ele se transforma em sulfato.
CICLO DO ENXOFRE

        Sob  condições  anaeróbias  e  na  presença  de 
ferro, o enxofre precipita-se, formando sulfetos férricos 
e  ferrosos.  Esses  compostos,  por  sua  vez,  permitem 
que  o  fósforo  converta-se  de  insolúvel  a  solúvel, 
tornando-se,  assim,  utilizável.  Esse  exemplo  mostra  a 
inter-relação  que  ocorre  em  um  ecossistema  entre 
diferentes ciclos de minerais.

       As ação do homem também interfere nesse ciclo 
por meio de grandes quantidades de dióxido de enxofre 
liberados  nos  processos  de  queima  de  carvão  e  óleo 
combustível  em  indústrias  e  usinas  termoelétricas.  O 
dióxido  de  enxofre  tem  potenciais  efeitos  danosos  ao 
organismo,  além  de  provocar,  em  certas  situações,  a 
chuva ácida e o smog industrial.
CICLO DO ENXOFRE

            INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS

•   O  dióxido  de  enxofre  (SO2)  é  liberado  na  atmosfera 
    pela queima de combustíveis fósseis.
•   O  SO2  interage  com  o  vapor  d’água  produzindo 
    gotículas  de  ácido  sulfúrico  (H2SO4)  diluído,  o  que 
    acarretará a precipitação de chuva ácida.
•   O  excremento  animal  representa  um  fonte  de 
    sulfato reciclado.
•   A    produção        primária    é    responsável    pela 
    incorporação do sulfato à matéria orgânica.
CICLO DO OXIGÊNIO


       O  oxigênio  molecular  (O2),  indispensável  à 
respiração aeróbica, é o segundo componente mais 
abundante da atmosfera, onde existe na proporção 
de cerca de 21%. 


        O oxigênio teria desaparecido da atmosfera, 
não  fosse  o  contínuo  reabastecimento  promovido 
pela  fotossíntese,  principalmente  do  fitoplâncton 
marinho,  considerado  o  verdadeiro  "pulmão"  do 
mundo. 
CICLO DO OXIGÊNIO


      O  oxigênio  pode  ser  consumido  da  atmosfera 
através das seguintes vias: 


   atividade respiratória de plantas e animais; 
   combustão; 
    degradação,  principalmente  pela  ação  de  raios 
  ultravioleta, com formação de ozônio (O3); 
   combinação com metais do solo (principalmente o 
  ferro), formando óxidos metálicos. 
CICLO DO OXIGÊNIO

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Ciclo do carbono
Ciclo do carbonoCiclo do carbono
Ciclo do carbono
 
Ciclos Biogeoquímicos
Ciclos BiogeoquímicosCiclos Biogeoquímicos
Ciclos Biogeoquímicos
 
Aula 4-química do-solo
Aula 4-química do-soloAula 4-química do-solo
Aula 4-química do-solo
 
Ciclo Biogeoquimico
Ciclo BiogeoquimicoCiclo Biogeoquimico
Ciclo Biogeoquimico
 
Aula 7 gestão ambiental empresarial
Aula 7   gestão ambiental empresarialAula 7   gestão ambiental empresarial
Aula 7 gestão ambiental empresarial
 
Ciclo do oxigênio
Ciclo do oxigênioCiclo do oxigênio
Ciclo do oxigênio
 
Clima urbano
Clima urbanoClima urbano
Clima urbano
 
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdf
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdfAula 10 plantas c3 c4 cam pdf
Aula 10 plantas c3 c4 cam pdf
 
Ciclo do Nitrogênio
Ciclo do NitrogênioCiclo do Nitrogênio
Ciclo do Nitrogênio
 
Aula propriedades solo
Aula propriedades  soloAula propriedades  solo
Aula propriedades solo
 
Ciclo Do NitrogêNio
Ciclo Do NitrogêNioCiclo Do NitrogêNio
Ciclo Do NitrogêNio
 
Fotossintese
FotossinteseFotossintese
Fotossintese
 
Ciclo do nitrognio
Ciclo do nitrognioCiclo do nitrognio
Ciclo do nitrognio
 
CICLO DO NITROGENIO
CICLO DO NITROGENIOCICLO DO NITROGENIO
CICLO DO NITROGENIO
 
Biologia nitrogénio Ciclos do nitrogenio
Biologia nitrogénio Ciclos do nitrogenioBiologia nitrogénio Ciclos do nitrogenio
Biologia nitrogénio Ciclos do nitrogenio
 
Origem e formação do solo
Origem e formação do soloOrigem e formação do solo
Origem e formação do solo
 
Ciclos biogeoquímicos e ciclo do oxigenio(minha)
Ciclos biogeoquímicos e ciclo do oxigenio(minha)Ciclos biogeoquímicos e ciclo do oxigenio(minha)
Ciclos biogeoquímicos e ciclo do oxigenio(minha)
 
Ciclos biogeoqumico
Ciclos biogeoqumico Ciclos biogeoqumico
Ciclos biogeoqumico
 
Fatores que dificultam ou impendem o desenvolvimento de plantas .
Fatores que dificultam ou impendem o desenvolvimento de plantas .Fatores que dificultam ou impendem o desenvolvimento de plantas .
Fatores que dificultam ou impendem o desenvolvimento de plantas .
 
Aula 9 fertilidade dos solos
Aula 9   fertilidade dos solosAula 9   fertilidade dos solos
Aula 9 fertilidade dos solos
 

Semelhante a Ciclos biogeoquímico

Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoCiclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoDomingos Oliveira
 
Ciclos biogeoquímicos (2) modulo 9ano
Ciclos biogeoquímicos (2) modulo 9anoCiclos biogeoquímicos (2) modulo 9ano
Ciclos biogeoquímicos (2) modulo 9anobrandshrk
 
Trabalho emas ciclos biogeoquímicos
Trabalho emas   ciclos biogeoquímicosTrabalho emas   ciclos biogeoquímicos
Trabalho emas ciclos biogeoquímicosLowrrayny Franchesca
 
Aula 4 ciclos biogeoquímicos i
Aula 4   ciclos biogeoquímicos iAula 4   ciclos biogeoquímicos i
Aula 4 ciclos biogeoquímicos iGrupo UNIASSELVI
 
Estrategia enem apostila carbono e efeito estufa
Estrategia enem apostila carbono e efeito estufaEstrategia enem apostila carbono e efeito estufa
Estrategia enem apostila carbono e efeito estufaAlexandre Pusaudse
 
Ciclos biogeoquímicos água, carbono
Ciclos biogeoquímicos água, carbonoCiclos biogeoquímicos água, carbono
Ciclos biogeoquímicos água, carbonoDomingos Oliveira
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosURCA
 

Semelhante a Ciclos biogeoquímico (20)

Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
Ciclosbiogeoqumicosguacarbonooxignioazoto 140203155504-phpapp01 (1)
 
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azotoCiclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
Ciclos biogeoquímicos da água, carbono, oxigénio e azoto
 
Ciclos biogeoquímicos (2) modulo 9ano
Ciclos biogeoquímicos (2) modulo 9anoCiclos biogeoquímicos (2) modulo 9ano
Ciclos biogeoquímicos (2) modulo 9ano
 
Ciclo biogeoquimico
Ciclo biogeoquimicoCiclo biogeoquimico
Ciclo biogeoquimico
 
Biogeoquimicos
BiogeoquimicosBiogeoquimicos
Biogeoquimicos
 
Ciclos
CiclosCiclos
Ciclos
 
Ciclo biogeoquiii
Ciclo biogeoquiiiCiclo biogeoquiii
Ciclo biogeoquiii
 
Ciclos biogeoquimicos
Ciclos biogeoquimicosCiclos biogeoquimicos
Ciclos biogeoquimicos
 
Ciclos biogoquímicos
Ciclos biogoquímicosCiclos biogoquímicos
Ciclos biogoquímicos
 
Ciclo do carbono
Ciclo do carbonoCiclo do carbono
Ciclo do carbono
 
Trabalho emas ciclos biogeoquímicos
Trabalho emas   ciclos biogeoquímicosTrabalho emas   ciclos biogeoquímicos
Trabalho emas ciclos biogeoquímicos
 
Ciclos e carbono
Ciclos e carbonoCiclos e carbono
Ciclos e carbono
 
Cefet Rj Eco Iv
Cefet Rj Eco IvCefet Rj Eco Iv
Cefet Rj Eco Iv
 
Aula 4 ciclos biogeoquímicos i
Aula 4   ciclos biogeoquímicos iAula 4   ciclos biogeoquímicos i
Aula 4 ciclos biogeoquímicos i
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicos
 
Estrategia enem apostila carbono e efeito estufa
Estrategia enem apostila carbono e efeito estufaEstrategia enem apostila carbono e efeito estufa
Estrategia enem apostila carbono e efeito estufa
 
Ciclo do carbono
Ciclo do carbonoCiclo do carbono
Ciclo do carbono
 
Os ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicosOs ciclos biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos
 
Ciclos biogeoquímicos água, carbono
Ciclos biogeoquímicos água, carbonoCiclos biogeoquímicos água, carbono
Ciclos biogeoquímicos água, carbono
 
Ciclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicosCiclos biogeoquímicos
Ciclos biogeoquímicos
 

Ciclos biogeoquímico

  • 1.
  • 2. CICLOS BIOGEOQUÍMICOS   Biogeoquímico é o resultado dos  conjuntos de agentes biológicos  (microorganismos), constituição da litosfera  (rocha) e degradação química.   A Biogeoquímica é a ciência que estuda a  troca ou a circulação de matéria entre os  componentes vivos e físico-químicos da Biosfera  (Odum, 1971).
  • 3. CICLOS BIOGEOQUÍMICOS     Ciclos:  representam  a  troca  e  a  circulação  de  matéria  entre  os  componentes  vivos  e  físico-químicos  da biosfera.   Bio:  os  organismos  interagem  no  processo  de  síntese orgânica e na decomposição dos elementos.   Geo: o meio terrestre (solo) é o reservatório dos  elementos.   Químico:  ciclo  dos  elementos  e  processos  químicos de síntese e decomposição.
  • 4. CLASSIFICAÇÃO DOS CICLOS     1. Ciclo da água ou hidrológico. 2. Ciclos dos macro e micronutrinentes: minerais  em geral. 3.  Ciclos  sedimentares:  fósforo,  enxofre,  cálcio,  magnésio e potássio. 4.  Ciclos  gasosos:  carbono,  nitrogênio  e  oxigênio.
  • 6. CICLO HIDROLÓGICO   Aspectos quantitativos:    evaporação;    infiltração;    escoamento superficial. Aspectos qualitativos:   parâmetros de qualidade: - físico-químicos; - biológicos.
  • 7. INTERVENÇÕES DO HOMEM • Desmatamento. • Pavimentação = taxa de impermeabilização. • Utilização de defensivos agrícolas. • Despejos de esgotos e efluentes industriais. • Eutrofização. • Diminuição do teor de oxigênio dissolvido nos rios. • Lançamento de substâncias tóxicas perigosas. • Poluição atmosférica. • Resíduos sólidos. • Represamento das águas.
  • 8. CICLO DO CARBONO O  reservatório  de  carbono  é  a  atmosfera,  onde  o  nutriente  das  plantas  encontra-se  na  forma  de  dióxido  de  carbono  (CO2),  um  gás  que,  nas  condições  naturais  de  temperatura  e  pressão  é  inodoro  e  incolor.  O  carbono  é  o  principal  constituinte  da  matéria  orgânica  (49%  do  peso  seco).  O  ciclo  do  carbono  é  perfeito,  pois  o  elemento  é  devolvido  ao  meio  à  mesma  taxa  a  que  é  sintetizado  pelos  produtores. As  plantas  utilizam  o  CO2  e  o  vapor  de  água  da  atmosfera  para,  na  presença  de  luz  solar,  sintetizar  compostos  orgânicos  de  carbono,  hidrogênio  e  oxigênio,  tais como a glicose (C6H12O6). Reação da fotossíntese: 6CO2 + 6 H2O + energia solar = C6H12O6 + 6O2
  • 9. CICLO DO CARBONO  A fixação do carbono em sua forma orgânica indica que a  fotossíntese é a base da vida na Terra.   A  energia  solar  é  armazenada  como  energia  química  nas  moléculas orgânicas da glicose. A  energia  armazenada  nas  moléculas  orgânicas  é  liberada  no  processo  inverso  ao  da  fotossíntese:  a  respiração.  Nesta,  ocorre  a  quebra  das  moléculas  com  a  conseqüente  liberação  de  energia  para  a  realização  das  atividades vitais dos organismos. Reação da respiração: C6H12O6 + 6O2 = 6CO2 + 6 H2O + 640 kcal / molde glicose
  • 10.
  • 11. CICLO DO CARBONO Por meio da fotossíntese e da respiração, o carbono  passa de  sua fase  inorgânica  à  fase  orgânica  e  volta  para  a  fase  inorgânica,  completando  seu  ciclo.  Fotossíntese  e  respiração  são  processos  de  reciclagem  do  carbono  e  do  oxigênio  em  várias  formas  químicas  em  todos  os  ecossistemas. A  partir  da  Revolução  Industrial,  o  homem  passou  a  fazer uso intenso da  energia  armazenada,  e no processo de  queima  (respiração)  passou  a  devolver  o  CO2  à  atmosfera  a  uma  taxa  superior  à  capacidade  assimiladora  das  plantas  (fotossíntese)  e  dos  oceanos  (pela  reação  de  difusão).  Esse  desequilíbrio  do  ciclo  natural  pode  ter  implicações  na  alteração  do  efeito estufa,  com  conseqüente  aumento  da  temperatura  global.  Aproximadamente  50%  do  excesso  de  CO2 gerado é absorvido pelos oceanos (Perkins, 1974). Difícil  é prever até que ponto os oceanos suportarão o aumento de  CO2,  diante  da  multiplicidade  de  fatores  que  intervêm  no  mecanismo de recuperação do sistema.
  • 12. CICLO DO CARBONO O  carbono  é  um  elemento  químico  presente  na  estrutura  de  todas  as  moléculas  orgânicas.  É,  portanto,  essencial para a vida. Na natureza, o carbono encontra-se à  disposição dos seres vivos na forma de CO2 (gás carbônico),  na atmosfera ou dissolvido na água.  Através  da  fotossíntese,  o  CO2  é  fixado  e  transformado  em  matéria  orgânica  pelos  produtores.  Já  os  consumidores  somente  adquirem  carbono  através  da  nutrição.  Tanto  os  produtores  como  os  consumidores,  porém,  perdem  carbono  da  mesma  forma:  através  da  respiração  (que  libera  CO2  para  o  ambiente)  ou  da  cadeia  alimentar  (ao  servirem  de  alimento  para  um  organismo  qualquer) ou, ainda, ao fornecerem material que fará parte da  constituição do húmus (ou detritos orgânicos), pela morte do  organismo  ou  de  parte  dele  e  pela  eliminação  de  excreções  ou resíduos digestivos.
  • 13. CICLO DO CARBONO Os  decompositores  atuam  sobre  os  detritos  orgânicos  liberando  CO2,  que  retorna  à  atmosfera,  reintegrando-se a seu reservatório natural.   Detritos  orgânicos  ainda  podem  originar  os  combustíveis  fósseis  que,  através  da  combustão,  eliminarão  CO2 de volta para a atmosfera.  Obs.:  Fotossíntese: CO2 + H2O = > C6H12O6 + H20 + O2  Respiração: C6H12O6 + O2 = > CO2 + H2O + energia  Combustão: combustível + energia + O2 = > CO2 + ...(detritos) 
  • 15. CICLO DO CARBONO Aspectos relevantes: • O  ciclo  do  carbono  e  o  ciclo  hidrológico  são,  provavelmente,  os  dois  ciclos  biogeoquímicos  mais  importantes com relação à humanidade. • O  pool /  reservatório  atmosférico  é  pequeno  se  comparado  com  o  do  carbono  dos  oceanos  e  dos  combustíveis fósseis e outros depósitos. • Fluxo entre os pools – do continente, da atmosfera e dos  oceanos,  que  até  o  início  da  Era  Industrial  estavam  em  equilíbrio.
  • 16. CICLO DO CARBONO • Durante  os  últimos  anos,  o  conteúdo  de  CO2  tem-se  elevado por causa de novas entradas antropogênicas. A  queima de combustível fóssil parece ser a principal fonte  de novas entradas, mas a agricultura e o desmatamento  também contribuem. • Perda  líquida  de  CO2  na  agricultura,  ou  seja,  um  acréscimo  de  CO2    na  atmosfera  maior  do  que  sua  retirada,  pois  suas  culturas  são  ativas  durante  apenas  uma  parte  do  ano,  não  compensando  o  CO2  liberado  do  solo (lavouras freqüentes) . • O  desmatamento  poderá  liberar carbono armazenado na  madeira,  principalmente  se  a  madeira  for  queimada  imediatamente  e  o  uso  se  segue  à  oxidação  do  húmus,  se  a  terra  for  usada  para  agricultura  ou  para  desenvolvimento  urbano  (rápida  oxidação  do  húmus  e  liberação de CO2  gasoso que está retido no solo).
  • 17. CICLO DO CARBONO Desmatamento: • Aumento  do  CO2  emitido  em  função  da  emissão  no  momento da queima. • Redução da taxa fotossintética. • Queimadas de florestas. • Efeito estufa – intervenções antropogênicas no ciclo  do carbono.
  • 18. CICLO DO CARBONO Efeito estufa: • Utilização  excessiva  de  combustíveis  fósseis  (falta  de  incentivos para a geração de energia alternativa).  • Desmatamento. • Poluição ambiental. • Intensificação do efeito estufa. • Mudanças climáticas. • Aquecimento global. • Mudança nos níveis dos oceanos.
  • 19.
  • 20.
  • 21. CICLO DO NITROGÊNIO O  aumento  acentuado  da  população  humana  e,  principalmente,  da  taxa  de  crescimento  populacional  após  a  Revolução  Industrial,  na  segunda  metade  do  século  XIX,  implicou  um  aumento da produtividade agrícola para  fazer  frente  à demanda crescente de alimentos.  O  nitrogênio,  assim  como  o  fósforo,  são  fatores  limitantes  do  crescimento  dos  vegetais  e  tornaram-se,  por  isso,  alguns  dos  principais  fertilizantes  utilizados  hoje  na  agricultura.  O  nitrogênio  desempenha  um  importante  papel  na  constituição  das  moléculas  de  proteínas,  ácidos  nucléicos,  vitaminas,  enzimas  e  hormônios,  elementos vitais aos seres vivos.
  • 22. CICLO DO NITROGÊNIO O ciclo do nitrogênio, assim como o do carbono,  é um ciclo gasoso. Apesar dessa similaridade, existem  algumas diferenças notáveis entre os dois ciclos:   a  atmosfera  é  rica  em  nitrogênio  (78%)  e  pobre  em  Carbono (0,032%);   apesar  da  abundância  de  nitrogênio  na  atmosfera,  somente  um  grupo  seleto  de  organismos  consegue  utilizar o nitrogênio gasoso;   o  envolvimento  biológico  no  ciclo  do  nitrogênio  é  muito mais extenso do que no ciclo do carbono.
  • 23. CICLO DO NITROGÊNIO Grande    parte  do  nitrogênio  existente  nos  organismos  vivos  não  é  obtida  diretamente  da  atmosfera,  uma  vez  que  a  principal  forma  de  nutriente  para os produtores são os nitratos (NO3-). No  ciclo  do  nitrogênio  existem  quatro  mecanismos diferentes e importantes: 1. fixação do N atmosférico em nitratos; 2. amonificação; 3. nitrificação; 4. desnitrificação.
  • 24. CICLO DO NITROGÊNIO A  fixação  do  nitrogênio  ocorre  por  meio  dos  organismos simbióticos fixadores de nitrogênio, dentre  os  quais  destaca-se  o  Rhizobium,  que  vive  em  associação  simbiótica  (mutualismo)  com  raízes  vegetais leguminosas (ervilha, soja, feijão, etc.). A  fixação  do  nitrato  por  via  biológica  é  a  mais  importante.  O  nitrogênio  fixado  é  rapidamente  dissolvido  na  água  do  solo  e  fica  disponível  para  as  plantas na forma de nitrato. Essas plantas transformam  os  nitratos  em  grande  moléculas  que  contêm  nitrogênio  e  outras  moléculas  orgânicas  nitrogenadas,  necessárias  à  vida.  Inicia-se,  assim,  o  processo  de  amonificação.
  • 25. CICLO DO NITROGÊNIO Quando  o  nitrogênio  orgânico  entra  na  cadeia  alimentar,  passa  a  constituir  moléculas  orgânicas  dos  consumidores  primários,  secundários,  etc  ...  Atuando  sobre os produtos de eliminação desses consumidores  e  do  protoplasma  de  organismos  mortos,  as  bactérias  mineralizam o nitrogênio produzindo gás  amônia  (NH3)  e  sais  de  amônio  (NH4+),  completando  a  fase  de  amonificação do ciclo.  NH4+  e NH3  são convertidos em nitritos (NO2-) e,  posteriormente, no processo de nitrificação, de nitritos  em  nitratos  (NO3-)  por  um  grupo  de  bactérias  quimiossintetizantes.
  • 26. CICLO DO NITROGÊNIO A  síntese  industrial  da  amônia  (NH3)  a  partir  do  nitrogênio  atmosférico  (N2),  desenvolvida  durante  a  Primeira  Guerra  Mundial,  possibilitou  o  aparecimento  dos  fertilizantes  sintéticos,  com  um  conseqüente  aumento  da  eficiência  da  agricultura.  Entretanto,  o  ciclo  equilibrado  do  nitrogênio  depende  de  um  conjunto  de  fatores  bióticos  e  abióticos  determinados  e,  portanto,  nem  sempre  está  apto  a  assimilar  o  excesso  sintetizado  artificialmente.  Esse  excesso,  carregado  para  os  rios,  lagos  e  lençóis  de  água  subterrâneos  tem  provocado  o  fenômeno  da  eutrofização,  comprometendo a qualidade das águas.
  • 27. CICLO DO NITROGÊNIO O  Nitrogênio  (N2)  é  um  elemento  químico  que  participa  da  constituição  de  ácidos  nucléicos,  proteínas  e  clorofilas.  Compreende-se,  portanto,  a  importância  do  estudo  do  ciclo  desse  elemento  na  natureza,  cujo  reservatório  natural  é  a  atmosfera,  onde  perfaz  cerca  de  78%  do  ar.  Entretanto,  o  N2  é  uma  molécula  que  não  constitui  fonte  adequada  do  elemento  para  a  grande  maioria  dos  seres  vivos.  De  fato,  com  raras  exceções,  os  seres  vivos  não  conseguem  fixar  e,  portanto,  incorporar  à  matéria  viva o N2 atmosférico. 
  • 28. CICLO DO NITROGÊNIO • Ciclo gasoso do tipo complexo.  • Interação  dinâmica  entre  os  fluxos  e  diferentes  grupos de microorganismos. • Ciclo  importante,  pois  limita  ou  controla  a  abundância dos organismos. • A  atmosfera  contém  80%  do  nitrogênio  disponível  na  biosfera  sendo,  dessa  forma,  o  maior  reservatório  do  composto  e  a  válvula  de  escape do sistema.
  • 29. CICLO DO NITROGÊNIO • O  nitrogênio  entra constantemente  na  atmosfera  pela  ação  das  bactérias  desnitrificantes,  e  continuamente  retorna  ao  ciclo  pela  ação  das  bactérias  ou  algas  fixadoras  de  nitrogênio  (biofixação). • A  degradação  do  nitrogênio  presente  na  célula  (formas  orgânicas  ou  inorgânicas)  acontece  pelas  ação  de  espécies  bacterianas  especializadas  presentes  no  solo,  as  quais  disponibilizam  amônia  e  nitrato.  Essas  duas  formas  de  nitrogênio  são  os  compostos  facilmente utilizáveis pelas plantas verdes.
  • 30. CICLO DO NITROGÊNIO A fixação biológica do N2 Na  natureza,  são  poucas  as  formas  vivas  capazes  de  promover  a  fixação  biológica  do  N2.  Alguns  desses  organismos  têm  vida  livre,  e  entre  eles  podem-se  citar  certas  algas  azuis,  como a Nostoc, e bactérias do gênero Azotobacter e Clostridium.  Outros, considerados os mais importantes fixadores de N2, vivem  associadas às raízes de leguminosas (feijão, soja, ervilha, alfafa,  etc.).  Nesse  caso  estão  as  bactérias  Rhizobium,  que  vivem  normalmente no solo, de onde alcançam o sistema radicular das  leguminosas  jovens  e  penetram  através  dos  pêlos  absorventes,  instalando-se  finalmente  nos  tecidos  corticais  das  raízes;  ali  se  desenvolvem,  fixando  o  N2  atmosférico  e  transformando-o  em  sais nitrogenados, que são utilizados pelas plantas. O Rhizobium,  então,  funciona  como  um  verdadeiro  adubo  vivo,  fornecendo  à  planta os sais de nitrogênio necessários a seu desenvolvimento.  Em  contrapartida,  a  planta  fornece  matéria  orgânica  para  as  bactérias,  definindo  uma  relação  de  benefícios  mútuos  denominada mutualismo. 
  • 31. CICLO DO NITROGÊNIO A nitrificação Quando os decompositores atuam  sobre a matéria orgânica  nitrogenada  (proteína  do  húmus,  por  exemplo)  liberam  diversos  resíduos  para  o  meio  ambiente,  entre  eles  a  amônia (NH3).  Combinando-se  com  a  água  do  solo,  a  amônia  forma  hidróxido  de  amônio que ionizando-se, produz NH4+ (íon amônio) e OH- (hidroxila).   Ao  processo  de  decomposição,  em  que  compostos  orgânicos  nitrogenados  se  transformam  em  amônia  ou  íon  amônio,  dá-se  o  nome  de  amonização.  Os  íons  amônio  presentes  no  solo  seguem  então  duas  vias:  ou  são  absorvidas  pelas  plantas  ou  aproveitados  por  bactérias  do  gênero  Nitrosomonas  e  Nitrosococcus. Essas bactérias quimiossintetizantes oxidam os íons  e, com a energia liberada, fabricam compostos orgânicos a partir do  CO2  e água, definindo a quimiossíntese. A oxidação dos íons amônio  produz nitritos como resíduos nitrogenados, que são liberados para  o  meio  ambiente.  À  conversão  dos  íons  amônio  em  nitritos  dá-se  o  nome de nitrosação.
  • 32. CICLO DO NITROGÊNIO Os  nitritos  liberados  pelas  bactérias  nitrosas  (Nitrosomonas  e  Nitrosococcus)  são  absorvidos  e  utilizados  como  fonte  de  energia  por  bactérias  quimiossintetizantes  do  gênero  Nitrobacter.  Da  oxidação  dos  nitritos  formam-se  os  nitratos  que,  liberados  para  o  solo,  podem  ser  absorvidos  e  metabolizados  pelas  plantas.  À  conversão  do  nitrito  (ou ácido nitroso) em nitrato (ou ácido nítrico) dá-se o  nome de nitratação.   A  ação  conjunta  das  bactérias  nitrosas  (Nitrosomonas  e  Nitrosococcus)  e  nítricas  (Nitrobacter)  permite  a  transformação  da  amônia  em  nitratos.  A  esse  processo  denomina-se  nitrificação  e  às bactérias envolvidas dá-se o nome de nitrificantes.
  • 33. CICLO DO NITROGÊNIO Resumindo:   Nitrosação:  conversão  de  íons  amônio  (ou  amônia)  em  nitritos.  Nitratação: conversão de nitritos em nitratos.   Nitrificação: conversão de íons amônio em nitratos.   Bactérias  nitrificantes:  compreendem  as  bactérias  nitrosas  (Nitrosomonas  e  Nitrosococcus)  e  nítricas  (Nitrobacter).  No  solo  existem  muitas  bactérias  (Pseudomonas,  por  exemplo) que, em condições anaeróbicas, utilizam nitratos em  vez  de  oxigênio  no  processo  respiratório.  Ocorre,  então,  a  conversão de nitrato em N2, que retorna à atmosfera, fechando  o ciclo. À transformação dos nitratos em N2  dá-se o nome de  desnitrificação,  e  as  bactérias  que  realizam  essa  transformação são chamadas de desnitrificantes.
  • 34. Resumo dos processos no ciclo do Nitrogênio:  Resumo dos processos no ciclo do Nitrogênio: Nome do Processo Agente Equação Bactéria Rhizobium e Fixação N2 => sais nitrogenados Nostoc (alga cianofícea) Amonização Bactérias decompositoras N orgânico => NH4 Bactéria Nitrosomonas Nitrosação NH4 => NO2 e Nitrosococcus Nitratação Bactéria Nitrobacter NO2 => NO3 Bactérias Desnitrificantes Desnitrificação NO3 => N2 (Pseudomonas)
  • 36. PROCESSO DE EUTROFIZAÇÃO  Enriquecimento  das  águas  com  nutrientes  essenciais,  como  o  nitrogênio  e  o  fósforo,  e  desenvolvimento excessivo do fitoplâncton, provocando  problemas de consumo de oxigênio e baixa diversidade.   Consumo  de  oxigênio  pelos  processos  de  biodegradação.   Processos de biodegradação sem oxigênio – liberação  de H2S e CH4.
  • 37. CICLO DO ENXOFRE O  enxofre  apresenta  um  ciclo  basicamente  sedimentar,  embora  possua  uma  fase  gasosa,  de  pouca  importância.  A  principal  forma  de  assimilação  do  enxofre  pelos  seres  produtores  é  como  sulfato  inorgânico.  O  processo biológico envolvido nesse ciclo compreende uma  série  de  microorganismos  com  funções  específicas  de  redução e oxidação. A  maior  parte  do  enxofre  que  é  assimilado  é  mineralizado  em  processos  de  decomposição.  Sob  condições  anaeróbias,  ele  é  reduzido  a  sulfetos,  entre  os  quais  o  sulfeto  de  hidrogênio  (H2S),  composto  letal  à  maioria  dos  seres  vivos,  principalmente  aos  ecossistemas  aquáticos  em  grandes  profundidades.  Esse  gás,  tanto  no  solo  como  na  água,  sobe  a  camadas  mais  aeradas,  onde  então  é  oxidado,  passando  à  forma  de  enxofre  elementar,  quando mais oxidado ele se transforma em sulfato.
  • 38. CICLO DO ENXOFRE Sob  condições  anaeróbias  e  na  presença  de  ferro, o enxofre precipita-se, formando sulfetos férricos  e  ferrosos.  Esses  compostos,  por  sua  vez,  permitem  que  o  fósforo  converta-se  de  insolúvel  a  solúvel,  tornando-se,  assim,  utilizável.  Esse  exemplo  mostra  a  inter-relação  que  ocorre  em  um  ecossistema  entre  diferentes ciclos de minerais. As ação do homem também interfere nesse ciclo  por meio de grandes quantidades de dióxido de enxofre  liberados  nos  processos  de  queima  de  carvão  e  óleo  combustível  em  indústrias  e  usinas  termoelétricas.  O  dióxido  de  enxofre  tem  potenciais  efeitos  danosos  ao  organismo,  além  de  provocar,  em  certas  situações,  a  chuva ácida e o smog industrial.
  • 39. CICLO DO ENXOFRE INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS • O  dióxido  de  enxofre  (SO2)  é  liberado  na  atmosfera  pela queima de combustíveis fósseis. • O  SO2  interage  com  o  vapor  d’água  produzindo  gotículas  de  ácido  sulfúrico  (H2SO4)  diluído,  o  que  acarretará a precipitação de chuva ácida. • O  excremento  animal  representa  um  fonte  de  sulfato reciclado. • A  produção  primária  é  responsável  pela  incorporação do sulfato à matéria orgânica.
  • 40. CICLO DO OXIGÊNIO O  oxigênio  molecular  (O2),  indispensável  à  respiração aeróbica, é o segundo componente mais  abundante da atmosfera, onde existe na proporção  de cerca de 21%.  O oxigênio teria desaparecido da atmosfera,  não  fosse  o  contínuo  reabastecimento  promovido  pela  fotossíntese,  principalmente  do  fitoplâncton  marinho,  considerado  o  verdadeiro  "pulmão"  do  mundo. 
  • 41. CICLO DO OXIGÊNIO O  oxigênio  pode  ser  consumido  da  atmosfera  através das seguintes vias:   atividade respiratória de plantas e animais;   combustão;    degradação,  principalmente  pela  ação  de  raios  ultravioleta, com formação de ozônio (O3);   combinação com metais do solo (principalmente o  ferro), formando óxidos metálicos.