I. O documento é uma carta de religiões de matriz africana no Rio de Janeiro pedindo proteção das águas, vistas como sagradas.
II. Ele descreve a importância central da água para a vida e nas religiões africanas, e pede representação dessas religiões na gestão ambiental e das águas.
III. A carta lista dez demandas como garantir acesso a fontes sagradas e revitalizar rios e nascentes.
A Contribuição dos Quintais na Cobertura Vegetal do Sítio Histórico (Isabell...Prefeitura de Olinda
Apresentação realizada por Isabelle Meunier (Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE) no Seminário sobre a Cobertura Vegetal na paisagem do Sítio Histórico de Olinda, em 04/10/2011.
Biodiversidade e conhecimentos tradicionaisFranco Nassaro
Biodiversidade e conhecimentos das comunidades tradicionais são temas conjugados quando se relacionam às possibilidades de exploração dos recursos naturais. Acompanham o dueto candentes questões quanto à preservação ou o aproveitamento do patrimônio material e imaterial. A utilização ou não desses recursos reflete um aparente antagonismo em função da burocracia imposta por legislação restritiva à bioprospecção que busca impedir indevidas apropriações em defesa do potencial desenvolvimento do Brasil, o que também inibe o avanço das pesquisas de iniciativa nacional. Enquanto não se resolve o impasse estabelecido, outros fatores de impacto sobre o meio natural provocam extinção de espécies antes do seu idealizado aproveitamento.
Visita do fitopatologista da SRA aos centros de pesquisa de cana de açucarAgricultura Sao Paulo
A revista Canavieiros publicou, na edição de fevereiro, matéria sobre a visita do fitopatologista da SRA aos centros de pesquisa de cana-de-açucar, o Centro de Cana do IAC, foi citado.
A Contribuição dos Quintais na Cobertura Vegetal do Sítio Histórico (Isabell...Prefeitura de Olinda
Apresentação realizada por Isabelle Meunier (Departamento de Engenharia Florestal da UFRPE) no Seminário sobre a Cobertura Vegetal na paisagem do Sítio Histórico de Olinda, em 04/10/2011.
Biodiversidade e conhecimentos tradicionaisFranco Nassaro
Biodiversidade e conhecimentos das comunidades tradicionais são temas conjugados quando se relacionam às possibilidades de exploração dos recursos naturais. Acompanham o dueto candentes questões quanto à preservação ou o aproveitamento do patrimônio material e imaterial. A utilização ou não desses recursos reflete um aparente antagonismo em função da burocracia imposta por legislação restritiva à bioprospecção que busca impedir indevidas apropriações em defesa do potencial desenvolvimento do Brasil, o que também inibe o avanço das pesquisas de iniciativa nacional. Enquanto não se resolve o impasse estabelecido, outros fatores de impacto sobre o meio natural provocam extinção de espécies antes do seu idealizado aproveitamento.
Visita do fitopatologista da SRA aos centros de pesquisa de cana de açucarAgricultura Sao Paulo
A revista Canavieiros publicou, na edição de fevereiro, matéria sobre a visita do fitopatologista da SRA aos centros de pesquisa de cana-de-açucar, o Centro de Cana do IAC, foi citado.
Certificado Da Peppa Pig
O seu pequeno feito algo brilhante? Talvez ele está compartilhando seus brinquedos, arrumau seu quarto, está se comportando na escola ou até mesmo aprendeu a andar de bicicleta? Celebre o que eles fizeram com este certificado Peppa Pig. Mesmo assinado por Peppa Pig ela mesma!
isto de longe, o corpo de nosso Planeta está envolto neste elemento uido, azulado
e movente. Visto de perto, toda comunidade de vida se abastece, hidrata-se, orientase
e se movimenta no sinuoso caminho dos rios ou na vastidão dos oceanos. E, não tão visível,
mas extremamente operante, pode-se perceber a intrincada teia de relações ora solidárias,
ora conitantes na disputa de domínios sobre a água. Na lógica da disputa nunca teremos
água suciente para exploração exaustiva, o desperdício e a ganância de poucos, a despeito da
necessidade de todos. Sob o ângulo do uso sustentável e amoroso teremos abundância, felicidade
e prosperidade. A cooperação é a senha para mudança de perspectiva no uso solidário da água.
A água é a molécula mais abundante do nosso corpo, mais abundante do Planeta. Sabemos
que água não signica tão somente a equação cientica: H20, ou seu manejo sustentável como
querem os utilitaristas. Água para nós transcende os limites do uso e das necessidades elementares
de tudo que vive sobre a Terra, ela é um elemento carregado de simbologias ancestrais e de
nossas lembranças originais de termos navegado no líquido amniótico e confortável desde o seio
materno. Por isso precisamos tanto de fazer aorar uma inteligência sensível e criativa para ver e
sentir a água, nas suas dimensões simbólicas poética, cultural e espiritual tão comum às tradições
primevas de todos os povos da Terra. Na atual gestão das águas, predomina um paradigma que
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considera somente uma das margens do rio, isolando e negando o que não se pode quanticar
e explicar; e, muitas vezes, desqualicando o encantamento, o mistério e o sagrado que aoram
na outra margem do rio. O caminho da cooperação se apresenta como a terceira margem do rio,
ponto de conuência de vontades, saberes, sentimentos e sentidos da vida.
Neste ano internacional de cooperação pela água, precisamos recordar a materialidade
simbólica deste elemento que é tecida pelas conuências, exibilidade e interação de tudo que
vive no nosso Planeta. Assim este livro, reunindo saberes tradicionais, cientícos e artísticos de
pessoas ocupadas em reetir sobre experiências múltiplas e vastas, sinaliza que para compreender
a água não adianta só a nossa sosticada inteligência direcionada para o racional, tão necessário no
trato da sustentabilidade dos recursos hídricos. O discurso deve se ampliar para uma consciência
pratica na vivência da água como bem comum e bem querer de todos os seres planetários.
Como água da nascente que brota de mansinho e pouco a pouco vai recebendo
contribuições de águas das mais diversas regiões surgiu esta coletânea, misturando águas
diferentes para criar uma composição única com muitas histórias e caminhadas. Desde suas
primeiras gotas este livro foi recebendo a colaboração de muitas águas humanas, somando,
cooperando e se fazendo rio. Para um livro que é rio, sua foz talvez seja a leitura do leitor e o gosto
que ele sentirá.
Apresentação do Projeto Água Também é Mar - Escola dos Povos do Mangue - atualizada em: 05/09/2011. Realização: Centro Escola Mangue. Patrocínio: Petrobras/Programa Petrobras Ambiental.
Patrimônio Cultural e Sistemas Agrícolas TradicionaisFAO
Presentación de Diana Dianovsky en el marco de la Reunión de organización de la Red Regional de la Iniciativa SIPAM en América Latina y el Caribe, realizada en Cusco, Perú, el 7 de Noviembre de 2014.
Apresenta trabalhos que serão apresentados em um Congresso Internacional de Etnobiologia no Butão e solicita ajuda para viabilizar a participação dos autores.
Portfólio do Instituto Olho D'Água com informações relevantes, origem, missão, objetivos gerais e contexto do projeto, bem como as mídias de divulgação e os projetos em andamento.
Campanha da fraternidade 2017 cf 2017 biomas brasileiros resumo do texto baseAntonio De Assis Ribeiro
Resumo do Texto Base da Campanha da Fraternidade 2017
TEMA: FRATERNIDADE: Biomas Brasileiros e Defesa da Vida
LEMA: Cultivar e guardar a Criação (cf. Gn 2,15)
O projeto de Educação Ambiental conta com 4 volumes, sendo este o volume 3. A presente proposta tem como tema identificar e discutir a importância da água e de compreender e preservar o meio ambiente; apresentar as considerações gerais sobre a água, abordar conceitos, relatos teóricos e metodologias sobre como trabalhar a ferramenta água na educação ambiental. O volume 1 apresenta considerações teóricas e metodológicas sobre educação ambiental, para aprendizagem significativa; o volume 2 traz aspectos relevantes à conservação da natureza, em todas as suas frentes como a vegetação, água e animais.
O homem deverá interagir de forma complementar com o ambiente buscando a importância devida de sua participação do mesmo que compõe. Sendo assim, a educação ambiental procura contribuir para a conscientização ecológica e para a formação de cidadãos com mente aberta, visão ampla e crítica.
O trabalho intitulado "Sítios Naturais Sagrados no Brasil: o gigante desconhecido" foi apresentado no VII Seminário Brasileiro sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social e publicado nos anais desse evento. O artigo aborda um novo tema que, nas últimas décadas, vem adquirindo uma visibilidade crescente em diversos eventos internacionais e nos debates sobre políticas públicas - os sítios naturais sagrados. Essas áreas de importância cultural e espiritual são consagradas por povos nativos e grupos religiosos desde a antiguidade na história humana e, na atualidade, são ainda encontradas em uma ampla gama de contextos, em diversas partes do planeta. Considerando a expressiva diversidade biológica e cultural do território brasileiro, busca-se mapear e descrever os sítios naturais sagrados no Brasil e delinear os caminhos que vêm sendo trilhados para o reconhecimento e a proteção dessas áreas em políticas públicas nacionais, a partir de pesquisa bibliográfica sobre o tema. Os resultados ilustram 60 lugares sagrados no país, situados em 14 estados brasileiros.
Plantas úteis da restinga o saber dos pescadores artesanais de arraial do ca...
Carta pelas aguas
1. CARTA
PELAS
ÁGUAS
Manifesto
coletivo
das
religiões
de
matriz
afro-‐brasileira
pelas
águas
Rio
de
Janeiro
O
processo
de
desenvolvimento
da
sociedade
moderna,
que
caminha
sem
o
necessário
respeito
à
diversidade
cultural
e
de
vida,
proporciona
um
perigoso
desequilíbrio
nas
relações
humanas
com
a
natureza,
algo
que
se
torna
letal
quando
estamos
falando
das
águas.
Convictas
da
importância
das
águas
para
a
manutenção
da
vida
no
planeta,
as
religiões
de
matriz
afro-‐brasileira
trazem
um
olhar
diferenciado
em
sua
concepção
e
formas
de
se
relacionar
com
esse
elemento
sagrado
da
natureza.
Nascemos
das
águas
e
só
vivemos
com
sua
presença.
Ela
é
o
sangue
que
circula
na
Terra,
em
nossos
corpos
e
em
todos
os
seres
vivos.
Tudo
está
interligado
por
meio
da
água
e
só
há
vida
onde
há
água,
onde
há
sua
vibração
e
isso,
por
si
só,
já
é
motivo
para
ser
considerada
sagrada.
A
água
que
existe
em
nós
está
em
sintonia
com
a
água
que
circula
pelo
planeta.
Somos
gerados
e
desenvolvidos
na
água,
no
útero
de
nossas
mães.
Mais
de
70%
de
nosso
corpo
e
do
planeta
são
formados
pela
água.
Presente
em
todos
os
ritos
de
matriz
afro-‐brasileira,
a
água
é
criação
e
representa
limpeza,
pureza,
nutrição,
cura,
transparência
e
força,
que
se
manifesta
em
suas
quedas
e
correntezas.
A
água,
dentro
das
instituições
religiosas,
não
é
um
elemento
isolado
e
sim
integrado
à
terra,
aos
animais
e
aos
vegetais,
a
todos
os
elementos
da
vida
e
aos
rituais
sagrados.
Dentre
as
divindades
cultuadas
pelas
religiões
afro-‐brasileiras,
podemos
contar
diversos
orixás
relacionados
à
água
em
suas
mais
variadas
formas:
Oxalá,
Nanã,
Oxum,
Iansã,
Iemanjá,
Logun
Edé,
Oloxá,
Obá,
Oxumaré
e
Ewá.
A
conservação
das
águas,
portanto,
enquanto
elemento
sagrado
e
essencial
à
vida
é
também
de
responsabilidade
das
religiões
de
matriz
afro-‐brasileira.
O
momento
é
de
alcançarmos
maior
consciência
da
água,
de
unir
esforços,
unir
forças
e
gerar
mobilização
em
sua
defesa.
Está
aí
o
papel
educativo
que
as
religiões
devem
ter
dentro
e
fora
de
seus
espaços
de
convivência,
assumindo
suas
responsabilidades
na
criação
de
uma
cultura
de
respeito
e
proteção
às
águas
e
florestas,
cobrando
do
poder
público
o
cumprimento
das
Leis
que
regulam
seus
usos
e
a
adoção
de
medidas
que
garantam
o
acesso
às
águas
limpas
e
preservadas.
Nesse
sentido,
como
contribuição
a
uma
gestão
democrática,
participativa
e
compartilhada
das
águas,
relacionamos
algumas
propostas
e
medidas
que
nós,
signatários
da
Carta
pelas
Águas
no
estado
do
Rio
de
Janeiro,
consideramos
como
prioritárias,
a
serem
assumidas
por
religiosos
e
governo.
2. Nós,
povos
e
comunidades
de
terreiro
do
estado
do
Rio
de
Janeiro,
reivindicamos
do
poder
público:
I. A
garantia
da
representatividade
das
religiões
nas
estruturas
de
gestão
ambiental
e
das
águas
e
das
florestas,
tais
como
comitês
de
bacias
hidrográficas
e
conselhos
gestores
de
unidades
de
conservação
da
natureza.
II. A
concessão
de
outorgas
que
respeitem
os
usos
múltiplos
das
águas,
e
seu
entendimento
como
bem
comum
e
elemento
sagrado,
e
o
rigor
na
fiscalização
das
autorizações
de
uso.
III. O
reconhecimento
de
fontes,
cachoeiras
e
nascentes
sagradas
como
patrimônio
público
e
histórico-‐cultural
de
importância
para
as
religiões
de
matrizes
da
natureza.
IV. A
revitalização
de
nascentes,
rios
e
fontes,
despoluindo-‐os
e
plantando
espécies
sagradas
em
suas
margens
que
sejam
nativas
dos
ecossistemas
locais.
V. A
garantia
de
acessibilidade
dos
religiosos
às
águas
sagradas,
o
que
envolve
medidas
de
conservação,
monitoramento,
segurança
e
limpeza
de
áreas
públicas
utilizadas
regularmente
para
práticas
culturais
religiosas.
VI. A
proteção
e
conservação
das
áreas
públicas
de
entorno
dos
rios
e
nascentes
(áreas
de
preservação
permanente
—
APP),
impedindo
a
apropriação
privada
destes.
VII. A
promoção
de
projetos
de
captação
e
utilização
de
águas
de
chuva
nas
comunidades
de
terreiro,
acompanhados
de
ações
que
ensinem
técnicas
para
a
gestão
correta
dos
equipamentos
e
no
aproveitamento
das
águas.
VIII. A
descentralização
de
recursos
para
que
cada
comunidade
de
terreiro
possa
revitalizar
seus
espaços,
fontes,
rios
e
matas.
IX. A
realização
de
projetos
de
educação
ambiental
elaborados
com
os
religiosos
que
promovam
culturas
e
saberes
tradicionais
e
práticas
sustentáveis.
X. A
divulgação
das
leis
federais
e
estaduais
que
envolvem
o
combate
à
intolerância
religiosa,
a
gestão
das
águas
e
a
conservação
da
biodiversidade.
XI. A
realização
de
eventos
públicos
em
que
se
discuta
o
sagrado
e
a
natureza
e
se
promova
o
diálogo
entre
saberes
científicos
e
tradicionais.
Nós,
povos
e
comunidades
de
terreiro
do
estado
do
Rio
de
Janeiro,
nos
comprometemos
a:
I. Trabalhar
a
importância
da
água,
sua
sacralidade
e
sua
conservação
no
cotidiano
das
religiões
e
no
momento
de
seus
rituais.
II. Orientar
as
comunidades
de
matriz
afro-‐brasileira
no
replantio,
em
seus
territórios,
de
espécies
sagradas
originárias
dos
ecossistemas
locais
e
na
adoção
de
medidas
que
protejam
rios
e
fontes.
III. Trabalhar
com
jovens
e
crianças
a
relação
da
água
com
a
ancestralidade,
fortalecendo
a
identidade
cultural,
a
tradição
e
a
autoestima.
IV. Promover
práticas
sustentáveis,
o
uso
de
materiais
não
prejudiciais
à
conservação
da
natureza
e
a
reutilização
de
materiais.
V. Mobilizar
as
comunidades
para
participarem
da
construção
de
políticas
públicas
que
conservem
a
natureza
e
promovam
os
direitos
dos
povos
tradicionais
e
das
religiões
de
matriz
afro-‐brasileira,
assim
como
para
a
ocupação
dos
espaços
públicos
de
participação
na
tomada
de
decisão
(comitês
de
bacia
hidrográfica,
conselhos
gestores
de
unidades
de
conservação,
conselhos
municipais
de
meio
ambiente
etc.).
VI. Realizar
eventos
internos
em
que
se
discuta
e
se
compreenda
a
importância
das
religiões
para
a
proteção
da
biodiversidade
e
das
águas.