preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
carreira medica, transtorno do espectro autista.pdf
1. Autores:
Sarah Góis Oliveira – UniEVANGÉLICA. Anápolis, GO.
Clara Gonzaga Cunha Nogueira – UniEVANGÉLICA. Anápolis, GO.
Isabela Laguardia Costa Roriz de Oliveira – UniEVANGÉLICA. Anápolis, GO.
Sâmela Carvalho Ramos Dutra – UniEVANGÉLICA. Anápolis, GO.
Thalyta dos Santos Alencar – UniEVANGÉLICA. Anápolis, GO.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:
DIAGNÓSTICO PRECOCE E MANEJO FAMILIAR
NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE
2. INTRODUÇÃO:
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O Transtorno do Espectro Autista é classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento,
caracterizado pelas dificuldades de comunicação, interação social e comportamentos restritos e repetitivos.
Seu diagnóstico e intervenções precoces são fundamentais para a melhora do prognóstico, uma vez que este
afeta a capacidade de independência do indivíduo e sua rede familiar.
A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA, instituída em 2012, estabeleceu que as
crianças com TEA e suas famílias devem ter acesso aos serviços de saúde, a processos de diagnóstico e ao
atendimento multiprofissional que promova assistência à saúde adequada dessas crianças no âmbito da atenção
primária, secundária e terciária. Logo, a APS entra como primordial na identificação precoce, seguido do
encaminhamento correto aos demãos níveis de atenção.
A identificação precoce na APS, ocorre durante a visita nas Unidades de Atenção Primária de Saúde (UAPS)
através dos procedimentos das unidades como a vacinação, medicação, realização de exames ou consultas. Este
contato com UAPS e seu vínculo à rede permite acesso a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e sua prestação de
assistência integral, individual e coletiva ao paciente e seus familiares à uma equipe multiprofissional e
intersetorial que assiste o indivíduos desde o crescimento e desenvolvimento infantil até a adolescência.
Ademais, deve-se considerar também a importância da equipe multiprofissional especializada nos Centros de
Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) nesse processo de cuidados colaborativos com seu acompanhamento à
família e suas queixas diárias lidando com o diagnóstico.
Através desse acompanhamento multiprofissional da rede torna-se possível uma elaboração de um Plano
Terapêutico Singular (PTS) que será permitirá intervenções com enfoque nas necessidades do paciente e
respeitando a particularidade de cada criança em seu contexto social e individual.
3. OBJETIVO:
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O objetivo do estudo é evidenciar a importância da atenção primaria de saúde(APS) em
identificar e manejar o indivíduo com TEA e sua rede familiar. Assunto pouco discutido na
comunidade cientifica que focou seus estudo nos demais níveis de atenção
4. METODOLOGIA:
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Trata-se de uma Revisão de Literatura Sistemática, a qual selecionou 10 artigos entre
2017 e 2023 nas bases eletrônicas: BVS, SCIELO, Brazilian Journal of Health Review,
LILACS e PUBMED, que respondiam à pergunta orientadora “Qual a importância da
atenção primária de saúde no diagnóstico precoce do autismo e seu manejo familiar?
5. RESULTADOS :
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Na atenção primária, especificamente nas Unidades de Atenção Primária de Saúde
(UAPS), artigos indicam que a equipe multiprofissional não está preparada para assistir os
pacientes com TEA pela fragilidade no conhecimento, bem como, não consegue estabelecer
estratégias de acolhimento aos seus familiares.
Na APS verificou-se prejuízos para o correto andamento e articulação setorial devido pouca
colaboração no trabalho, excesso de demandas, comunicação prejudicada entre equipe e gestão
inapta.
Na atenção primária, a visita domiciliar foi destacada como uma estratégia de cuidado
às famílias, entretanto, devido às demandas de trabalho, as prioridades das visitas são as
famílias de indivíduos com uma condição crônica grave e incapacitante, e que dependem
exclusivamente do nível de atenção secundária. Este fator leva a dificuldade de acesso a recursos
adequados para a atenção primária e consequentemente uma dificuldade no estabelecimento de
vínculo com as famílias, como foi dito na outra vez que “é só mais para encaminhar, não tem
muito o que fazer aqui (unidade), porque eles (família da criança com TEA) têm apoio do CAPS,
APAE”.
Condições inadequadas no ambiente de trabalho, relacionadas aos recursos financeiros,
humanos e materiais, implicam na atenção precária aos usuários e famílias atendidas, que
associadas à grande demanda assistencial e território de abrangência e a falta de capacitação ao
manejo do indivíduo TEA e sua família. Derivado destas condições inadequadas, artigos apontam
o sofrimento familiar como: estresse parental devido a problemas financeiros, negação
quanto à condição da criança com TEA, à ansiedade relacionada ao futuro da criança, à ausência
de suporte social, às diferentes implicações que a condição de saúde impõe para o grupo e ao
aumento da sobrecarga de cuidado, principalmente das mães.
6. RESULTADOS :
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Ademais, verificou-se pouca colaboração trabalho, excesso de demandas, comunicação prejudicada entre
equipe e gestão inapta influenciam na insatisfação de profissionais com o seguimento do trabalho na assistência.
Condições inadequadas no ambiente de trabalho, relacionadas aos recursos financeiros, humanos e materiais,
implicam na atenção aos usuários e famílias atendidas. Ainda, essas condições trazem consequência ao profissional
que descreve sentimento de desvalorização, desencorajamento com as ações no serviço, e repercussões à saúde
mental. Destacou-se também a alta demanda assistencial e o território de abrangência.
Essa falta de capacitação e conhecimento das politicas de saúde mental que respaldam a assistência em saúde
aos usuários com TEA e seus familiares interferiram na condução da assistência que inicialmente não tinha, por
parte da equipe multiprofissional, o direcionamento teórico-prático da reabilitação psicossocial.
7. CONCLUSÃO:
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Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para o melhor prognostico, uma vez que promove
melhoria da cognição, afetividade, motricidade e comportamento da criança. Logo, há a necessidade
de educação continuada para a capacitação do médico em realizar o diagnóstico precoce do
autismo e da equipe multiprofissional para o cuidado do indivíduo com TEA e de sua
família. Ademais, o tratamento continuado e encaminhamento para serviços de saúde que
vão de encontro com a necessidade de cada autista em um plano terapêutico individualizado
é importante, uma vez que o TEA possui amplo espectro de sintomas.
Também, há necessidade de trabalhar com as relações conflituosas entre os diferentes serviços
envolvidos, os quais implicam na organização das ações ofertadas por eles para um cuidado de
qualidade em saúde mental, para o indivíduo, família e comunidade. Ademais, os dados demonstraram
a necessidade de rever o funcionamento e o modo como a rede de atenção para o cuidado da criança
com TEA e sua família está organizada, para favorecer a assistência à essa população e da família. A
colaboração, o trabalho interdisciplinar e intersetorial, a inclusão do Núcleo de Apoio à Saúde da
Família, e a capacitação de profissionais de saúde são estratégias que podem diminuir o processo de
exclusão social e de sofrimento familiar e tratamento eficaz ao paciente.
Outrossim, a escuta ativa, o apoio familiar continuado(o suporte social, o apoio de pares e a
esperança) são estratégias que ajudam a amenizar o sofrimento dessas famílias, instrumentos os quais
estão inserido na APS e conhecimento da rede desenvolvida pelo matriciamento entre os profissionais
da Estratégia Saúde da Família (ESF) e profissionais especialistas do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde
da Família) e CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), conjuntamente com a Rede de Atenção
Psicossocial (RAP) são primordiais para a manutenção da saúde do paciente e orientação familiar
quanto aos tratamentos disponíveis nas redes associadas a APS.
Desta forma, a APS entra como base primordial à identificação ao individuo autista para posterior
articulação entre os demais níveis de atenção, sendo necessário para isto, a educação continuada da
equipe multiprofissional em nível de ponta.
8. REFERÊNCI AS:
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DINIZ CASTRO DE OLIVEIRA, Bruno; FELDMAN, Clara; COUTO, Maria Cristina Ventura; et al. Políticas
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