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CAPÍTULO 03
TRANSFERÊNCIA
INTRODUÇÃO
O petróleo é transportado
por um sistema integrado
de navios e oleodutos,
movimentando-o dos
campos de produção para
as refinarias.
3.1 INTRODUÇÃO
Os derivados também contam
com esse sistema, levando-os aos
terminais marítimos e terrestres,
onde são encaminhados à
distribuição para todas as regiões
do país.
Mas, também existem os casos de
transferência direta das refinarias
aos centros consumidores.
3.1 INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO
As operações de transferência
de petróleo e gás visam atender
a duas situações distintas:
- Coleta
- Transporte
3.2 DEFINIÇÃO
Coleta: o petróleo e o gás são
coletados dos poços de produção
ou dos sistemas submarinos por
meio de equipamentos como
árvores de natal (árvore de natal
molhada – ANM), risers e
manifolds
3.2 DEFINIÇÃO
Transporte: o petróleo e o gás são
transferidos por meio de dutos,
navios, caminhões tanque ou
ferrovias, dependendo da
localização e da infraestrutura
disponível. Durante o transporte,
podem ser utilizados sistemas de
bombeamento ou compressão para
impulsionar o fluxo dos fluidos.
3.2 DEFINIÇÃO
Na prática, o petróleo e o gás
obtidos nas unidades de
produção são transportados
por navios ou dutos (oleodutos
e gasodutos) até os seguintes
destinos:
- Terminais Marítimos e Terrestres
- Portos Especiais Para Carga e
Descarga
3.2 DEFINIÇÃO
Dos terminais ou dos
portos especiais, o
petróleo e o gás seguem
para as refinarias e UPGNs,
respectivamente, quando
não acontece a
transferência direta para
as unidades de refino e
3.2 DEFINIÇÃO
TRANSPORTE
POR
OLEODUTOS
Os dutos são o modal mais
seguro e econômico para se
transportar altos volumes de
petróleo, derivados e gás natural
a grandes distâncias, pois
dispensam os caminhões,
economizando combustível e
reduzindo o tráfego pesado nas
estradas.
3.3 TRANSPORTE POR
OLEODUTOS
Em função do local de construção,
os dutos podem ser terrestres ou
submarinos.
Em função de qual fluido
transportam, podem ser oleodutos
ou de gasodutos, existindo, ainda,
os polidutos para o transporte de
derivados e álcool.
3.3 TRANSPORTE POR
DUTOS
A Petrobras conta com uma
extensa rede de dutos,
interligando os campos
produtores aos terminais
marítimos e terrestres, bases
de distribuição, fábricas e
aeroportos.
3.3 TRANSPORTE POR
DUTOS
ACOMPANHAMEN
TO OPERACIONAL
Nas operações dos dutos, a
pressão e a vazão são de extrema
importância em virtude da extensão
e pressão de trabalho desses dutos.
Anormalidades nestas variáveis
podem indicar vazamentos,
contaminações por manobras
erradas, surtos de pressão, etc.
3.4 ACOMPANHAMENTO
OPERACIONAL
Para atender a esses cuidados,
os operadores contam com
sofisticados sistemas de
automação, formados por pelo
CLP (Controlador Lógico
Programável) e pelos sistemas
de controle e supervisório, que
permitem operar e controlar as
variáveis à distância, a partir
de uma sala de controle.
3.4 ACOMPANHAMENTO
OPERACIONAL
Quando algum duto não
conta com um sistema de
controle completo, cabe ao
operador:
3.4 ACOMPANHAMENTO
OPERACIONAL
- controlar as operações
- Checar as quantidades
transferidas
- Manter a troca de informações
entre as Estações de Bombeamento
- registrar toda a anormalidade do
duto
3.4 ACOMPANHAMENTO
OPERACIONAL
COMUNICAÇÃO
A troca de informações entre
expedidor / recebedor é de
alta importância para a
segurança e a confiabilidade
das operações de
transferência por oleodutos.
3.5 COMUNICAÇÃO
Essa comunicação trata a respeito
dos produtos e volumes
programados, das condições
operacionais dos equipamentos, da
vazão das bombas, da pressão do
sistema, dos horários de início e
previsão de parada, dos volumes
acumulados, etc.
3.5 COMUNICAÇÃO
Tais comunicações geram
arquivos que devem ser
mantidos por um
determinado período.
3.5 COMUNICAÇÃO
Existem oleodutos que
movimentam mais de um
produto.
O ponto de contato entre
esses diferentes produtos
dentro da tubulação forma
uma mistura chamada de
“interface”
3.6 SEPARAÇÃO DE
PRODUTOS
Os produtos da “interface”
devem ser separados,
evitando contaminações.
Isso é feito nas bases de
recebimento.
3.6 SEPARAÇÃO DE
PRODUTOS
A mistura da “interface”
pode ser diluída em tanques
de produtos similares a um
dos produtos ou enviada
para tratamento.
3.6 SEPARAÇÃO DE
PRODUTOS
Os operadores de dutos
devem ter muito cuidado
com essa operação, sob
pena de tirar o produto do
tanque de especificação.
3.6 SEPARAÇÃO DE
PRODUTOS
Na movimentação de
petróleo e derivados por
oleodutos, existem duas
fontes de contaminação:
→ Compartilhamento de
oleodutos por produtos
diferentes
→ As interligações entre
oleodutos.
3.7 RASTREAMENTO
Assim, surge a necessidade
de se rastrear a qualidade
dos produtos e as
contaminações durante o
transporte, o que é feito
através de amostragens em
pontos estratégicos.
3.7 RASTREAMENTO
1.MARTINS, Adair. Transferência e Estocagem de
Petróleo, Gás e Derivados. Ed. Interciência. Curitiba,
2002.
.

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  • 1.
  • 4. O petróleo é transportado por um sistema integrado de navios e oleodutos, movimentando-o dos campos de produção para as refinarias. 3.1 INTRODUÇÃO
  • 5. Os derivados também contam com esse sistema, levando-os aos terminais marítimos e terrestres, onde são encaminhados à distribuição para todas as regiões do país. Mas, também existem os casos de transferência direta das refinarias aos centros consumidores. 3.1 INTRODUÇÃO
  • 7. As operações de transferência de petróleo e gás visam atender a duas situações distintas: - Coleta - Transporte 3.2 DEFINIÇÃO
  • 8. Coleta: o petróleo e o gás são coletados dos poços de produção ou dos sistemas submarinos por meio de equipamentos como árvores de natal (árvore de natal molhada – ANM), risers e manifolds 3.2 DEFINIÇÃO
  • 9. Transporte: o petróleo e o gás são transferidos por meio de dutos, navios, caminhões tanque ou ferrovias, dependendo da localização e da infraestrutura disponível. Durante o transporte, podem ser utilizados sistemas de bombeamento ou compressão para impulsionar o fluxo dos fluidos. 3.2 DEFINIÇÃO
  • 10. Na prática, o petróleo e o gás obtidos nas unidades de produção são transportados por navios ou dutos (oleodutos e gasodutos) até os seguintes destinos: - Terminais Marítimos e Terrestres - Portos Especiais Para Carga e Descarga 3.2 DEFINIÇÃO
  • 11. Dos terminais ou dos portos especiais, o petróleo e o gás seguem para as refinarias e UPGNs, respectivamente, quando não acontece a transferência direta para as unidades de refino e 3.2 DEFINIÇÃO
  • 13. Os dutos são o modal mais seguro e econômico para se transportar altos volumes de petróleo, derivados e gás natural a grandes distâncias, pois dispensam os caminhões, economizando combustível e reduzindo o tráfego pesado nas estradas. 3.3 TRANSPORTE POR OLEODUTOS
  • 14. Em função do local de construção, os dutos podem ser terrestres ou submarinos. Em função de qual fluido transportam, podem ser oleodutos ou de gasodutos, existindo, ainda, os polidutos para o transporte de derivados e álcool. 3.3 TRANSPORTE POR DUTOS
  • 15. A Petrobras conta com uma extensa rede de dutos, interligando os campos produtores aos terminais marítimos e terrestres, bases de distribuição, fábricas e aeroportos. 3.3 TRANSPORTE POR DUTOS
  • 17. Nas operações dos dutos, a pressão e a vazão são de extrema importância em virtude da extensão e pressão de trabalho desses dutos. Anormalidades nestas variáveis podem indicar vazamentos, contaminações por manobras erradas, surtos de pressão, etc. 3.4 ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL
  • 18. Para atender a esses cuidados, os operadores contam com sofisticados sistemas de automação, formados por pelo CLP (Controlador Lógico Programável) e pelos sistemas de controle e supervisório, que permitem operar e controlar as variáveis à distância, a partir de uma sala de controle. 3.4 ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL
  • 19. Quando algum duto não conta com um sistema de controle completo, cabe ao operador: 3.4 ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL
  • 20. - controlar as operações - Checar as quantidades transferidas - Manter a troca de informações entre as Estações de Bombeamento - registrar toda a anormalidade do duto 3.4 ACOMPANHAMENTO OPERACIONAL
  • 22. A troca de informações entre expedidor / recebedor é de alta importância para a segurança e a confiabilidade das operações de transferência por oleodutos. 3.5 COMUNICAÇÃO
  • 23. Essa comunicação trata a respeito dos produtos e volumes programados, das condições operacionais dos equipamentos, da vazão das bombas, da pressão do sistema, dos horários de início e previsão de parada, dos volumes acumulados, etc. 3.5 COMUNICAÇÃO
  • 24. Tais comunicações geram arquivos que devem ser mantidos por um determinado período. 3.5 COMUNICAÇÃO
  • 25. Existem oleodutos que movimentam mais de um produto. O ponto de contato entre esses diferentes produtos dentro da tubulação forma uma mistura chamada de “interface” 3.6 SEPARAÇÃO DE PRODUTOS
  • 26. Os produtos da “interface” devem ser separados, evitando contaminações. Isso é feito nas bases de recebimento. 3.6 SEPARAÇÃO DE PRODUTOS
  • 27. A mistura da “interface” pode ser diluída em tanques de produtos similares a um dos produtos ou enviada para tratamento. 3.6 SEPARAÇÃO DE PRODUTOS
  • 28. Os operadores de dutos devem ter muito cuidado com essa operação, sob pena de tirar o produto do tanque de especificação. 3.6 SEPARAÇÃO DE PRODUTOS
  • 29. Na movimentação de petróleo e derivados por oleodutos, existem duas fontes de contaminação: → Compartilhamento de oleodutos por produtos diferentes → As interligações entre oleodutos. 3.7 RASTREAMENTO
  • 30. Assim, surge a necessidade de se rastrear a qualidade dos produtos e as contaminações durante o transporte, o que é feito através de amostragens em pontos estratégicos. 3.7 RASTREAMENTO
  • 31. 1.MARTINS, Adair. Transferência e Estocagem de Petróleo, Gás e Derivados. Ed. Interciência. Curitiba, 2002. .