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Gestão de Stocks
Ângela Bartolomeu Santos
Vasco Nuno da Gama de Jesus Soares
12 de Maio de 2002
1. Stocks
 São um investimento muito significativo em quase
todos os ramos da actividade económica.
 Os investimentos correspondem a um apreciável
empate de capital que afecta significativamente a
sua rentabilidade.
 Surgiu a tendência para a racionalização dos
inventários.
 Inventários que por sua vez constituem o fio condutor
entre matérias-primas e o cliente final.
1.1.1 Cadeia Logística
 Cadeia Logística Simples
Fluxos de materiais, financeiros e de informação em ambos os
sentidos da cadeia logística e todos igualmente importantes
para a sua gestão eficiente.
 Duas filosofias opostas de gestão desta cadeia:
 Filosofia tradicional ou Push
 Pull
Fornecedor
de Matérias
Primas
Fabricante Distribuidor Retalhista
1.1.2 Justificação para a Existência de
Stocks
 A função básica de um stock é ajustar os abastecimentos de
forma a que:
 O processo de abastecimento possa funcionar quando a taxa de
procura é superior à taxa de fornecimento;
 A procura possa ser satisfeita quando o processo de fornecimento
está inactivo.
 I e D são funções que quantificam os abastecimentos e a
procura que são medidas em unidades do bem em estudo por
unidade de tempo.
 Estas funções apresentam características diferentes ao longo do
tempo surgindo deste modo o stock como sistema adaptativo.
Sistema de Gestão
de Stocks
E
Fluxo de
Abastecimentos
I
Função Procura
D
1.2 Classificação de Modelos de
Gestão de Stocks
 Os problemas de stocks podem classificar-se através dos tipos
de andamento das funções I e D.
 Estes modelos podem ser subdivididos em dois grandes
grupos:
 Modelos determinísticos
 Input e procura aproximadamente constantes
 Aplicam-se a um grande número de situações
 Modelos aleatórios
 Input, procura ou ambos apresentam variabilidade aleatória
significativa.
 Para que não haja roturas sempre que a procura excede o valor usual
há que criar stocks de segurança que servem de “almofada” e
absorvem grande parte da variabilidade do sistema.
 Um outro tipo de modelos, desenvolvido
recentemente, é designado de Procura
Frequente
 Frequentemente associado a situações de stocks hierárquicos e
procura irregular ao longo do tempo.
1.3 Objectivos dos Modelos de Gestão
de Stocks
 As decisões relacionadas com a gestão de stocks
referem-se à definição dos seguintes parâmetros:
 Quando devem as encomendas ser colocadas;
 Quanto encomendar de cada vez.
 A escolha de uma solução pressupõe a existência de
um critério que permita comparar a atractividade ou
eficácia dessas alternativas.
 Critério de minimização de custos
 Tirando situações inflacionárias ou de especulação, um
sistema de gestão de stocks não é lucrativo per si.
 Pelo contrário, representa uma imobilização de recursos
em actividades não reprodutivas, surgindo como um “mal
necessário” para fazer face ao desajustamento dos
processos de fornecimento e procura.
1.3 Objectivos dos Modelos de Gestão
de Stocks
 Os modelos quantitativos da gestão de stocks
permitem racionalizar as decisões tomadas nesta
área adoptando soluções de equilíbrio entre
 Alternativas que levam à acumulação de grandes stocks,
com os consequentes custos de posse elevados;
 Alternativas que conduzem sistematicamente a roturas de
stocks com as consequências negativas de prestação de um
mau serviço ao cliente.
1.3 Objectivos dos Modelos de Gestão
de Stocks
 A determinação dos parâmetros óptimos de gestão
de cada artigo, que satisfazem as restrições globais,
constitui um problema de optimização com
restrições, pouco utilizado na prática.
 Normalmente o que as empresas fazem é impor
valores máximos para as existências de cada artigo,
que globalmente satisfazem as restrições.
 Estes valores podem ser obtidos por simulação ou por
optimização com restrições para amostras típicas de artigos.
2. Custos de Funcionamento do
Sistema de Gestão de Stocks
 Os custos de um sistema de gestão de stocks têm
uma importância fundamental na determinação dos
parâmetros óptimos de gestão. Os mais importantes
são:
 Custo da Aquisição;
 Custos de Encomenda;
 Custos de Posse do Stock;
 Custos de Rotura;
2. Custos de Funcionamento do
Sistema de Gestão de Stocks
 Custos de Aquisição
 Custo das unidades compradas.
 Caso frequente: custo unitário do artigo, C1, é constante independente
da quantidade encomendada. (Custo de unidades: C1*Q)
 Esta relação linear simples não é correcta se houver descontos
variáveis com a quantidade encomendada ou transportada.
 Custos de Encomenda
 Inclui:
 Custos administrativos dos serviços de compras que fazem a
colocação e acompanhamento das encomendas
 Custos de recepção quantitativa, qualitativa e classificativa
 Não dependem da quantidade encomendada.
 São referidos como custos fixos da colocação de uma encomenda e
representados por A
2. Custos de Funcionamento do
Sistema de Gestão de Stocks
 Custos de Posse do Stock
 Nestes cursos estão incluídos os:
 Custos Monetários Directos:
 Custos de seguros
 Impostos
 Quebras
 Roubos
 Renda do armazém
 Outros custos de funcionamento do armazém (luz, guardas...)
 Custo de Oportunidade
 Nunca aparecem num balanço contabilístico
 O seu valor é igual à maior taxa de rendibilidade que a empresa
poderia obter em investimentos alternativos
 Custo de Obsolescência
 Custo por unidade que deve ser eliminada, com perda, por se ter
tornado obsoleta.
2. Custos de Funcionamento do
Sistema de Gestão de Stocks
 Custos de Rotura
 Deve ter-se em atenção duas situações:
 “Carteira de Encomendas” ou “Cliente
Cativo”
 O cliente aguarda pela vinda dos artigos não existentes e
necessários à satisfação da sua encomenda.
 “Vendas perdidas”
 Perante a rotura, o cliente desiste dos elementos
pretendidos.
 São difíceis de estimar porque, para além dos custos
directos, estão normalmente envolvidos custos
indirectos relacionados com a imagem comercial da
empresa
3. Modelos determinísticos
 Se a procura e o input são determinísticos, então as duas
variáveis decisórias – quando e quanto – reduzem-se a uma
só.
 Fixando a quantidade a encomendar, o intervalo entre
encomendas será o período de tempo necessário ao consumo
da quantidade encomendada.
Q = T r
Q – Quantidade encomendada
T – Intervalo de tempo entre encomendas
r – Procura por unidade de tempo (determinística)
3.1 Reposição instantânea; penúria
não permitida
 Taxa de procura, r, é suposta determinística e constante
 Quantidade encomendada, Q, é fornecida de uma forma
instantânea a intervalos de fixos de tempo, T.
 Nível de existências varia entre um máximo Q e 0, nunca se
verificando situações de escassez ou penúria.
3.1 Reposição instantânea; penúria
não permitida
 É necessário definir Q ou T.
 Devem ser determinados de forma a minimizar os
custos de funcionamento do sistema.
 Dado que o nível de existências varia de forma cíclica,
comecemos por desenvolver a análise para um ciclo
 Custos de encomenda
 São geralmente formados pelo custo fixo de
encomenda (A).
 Custos de posse
 C2 * (Q / 2) * T
3.1 Reposição instantânea; penúria
não permitida
 Atendendo a que a penúria não é permitida,
não há custos de rotura.
 Assim o custo total por ciclo, CT, é dado por:
 CT = A + C2 * (Q / 2) * T
 Não intervém o custo de aquisição do artigo
(C1Q).
 Admite-se que C1 é independente da quantidade
encomendada
 Qualquer que seja a unidade de tempo considerada,
a quantidade a adquirir é sempre igual à procura
nessa unidade de tempo (r), e o custo
correspondente será C1r
3.1 Reposição instantânea; penúria
não permitida
 Para diferentes durações do ciclo
 Necessário reduzir o custo total a uma mesma
unidade de tempo.
 Assim, o custo total por unidade de tempo é
dado por:
 K = (CT / T) = (A / T) + C2 * (Q / 2)
= (A * r) / Q + C2 * (Q / 2)
 O valor da variável decisória Q que minimiza o
custo é dado por:
 dK / dQ = - (A * r) / (Q * Q) + (C2 / 2) = 0
 Valor óptimo da quantidade a encomendar:
3.1 Reposição instantânea; penúria
não permitida
 A curva dos custos associados à colocação das encomendas é uma
função não linear decrescente com a quantidade a encomendar
 A curva dos custos de posse é uma função linear crescente com a
quantidade a encomendar
 A curva dos custos totais é uma função convexa com um mínimo
definido pela expressão do valor óptimo da quantidade a encomendar
3.2 Reposição instantânea; penúria
permitida
 Admite-se que a procura que ocorre quando não há
existência não é perdida, passando a constituir uma
carteira de encomendas que será satisfeita quando a
nova encomenda chegar.
 Situação em que as empresas só lançam uma
encomenda quando já têm em carteira um número
razoável de pedidos de clientes que só poderão ser
fornecidos aquando da chegada dessa encomenda.
 Leva a custos de posse mais baixos, mas tendo em
contrapartida associados custos de rotura.
3.2 Reposição instantânea; penúria
permitida
 Custos de Encomenda: A
 Custos de Posse:
 Incide apenas sobre níveis de existência positivos
3.2 Reposição instantânea; penúria
permitida
 Custos de Rotura:
 Admite-se que são proporcionais às unidades em falta e ao tempo
de penúria.
 C3 representa o custo unitário de rotura
 S / 2 é o nº médio de unidades em falta
 Custo Total por Ciclo:
 Custo Total por Unidade de Tempo:
 Valor Óptimo de Quantidade Encomendada:
 Valor Óptimo de Carteira de Encomendas:
 Custo Mínimo:
3.2 Reposição instantânea; penúria
permitida
 Comparando a expressão do custo mínimo com a
obtida para o modelo em que a penúria não é
permitida, pode-se concluir que nos casos de
penúria permitida o custo mínimo será sempre
inferior.
 Quando o custo de rotura é elevado, o óptimo
corresponde a um valor de S muito baixo o que
equivale, de facto, a não haver rotura.
3.3 Reposição não instantânea;
penúria não permitida
 Ao contrário dos casos anteriores em que a reposição do stock era
instantânea, neste caso existe uma taxa de fornecimento finita.
 Esta situação ocorre frequentemente quando o stock é alimentado por
produção própria da empresa e é designada de taxa de produção p.
 Neste caso o nível de existências máximo M, não é igual à
quantidade encomendada.
3.3 Reposição não instantânea;
penúria não permitida
 Custo da Encomenda: A
 Neste caso o custo fixo de encomenda inclui:
 Custos administrativos
 Custos de arranque de produção
 Adaptações ao processo produtivo
 Preparação das máquinas
 Peças defeituosas produzidas inicialmente
 Custo de Posse: Cr = A + C2 * (M / 2) * T
 Custo Total por Unidade de Tempo:
 Quantidade Óptima a Encomendar:
3.4 Descontos de Quantidade
 Os modelos desenvolvidos até aqui assumiram sempre o preço
independemente da quantidade encomendada de cada vez.
 No entanto, os fornecedores podem oferecer descontos para
encorajar a compra de maiores quantidades.
 São mais atraentes por diminuírem:
 os seus próprios custos de stock, deslocando os stocks mais
para a frente na cadeia logística
 E os custos de transporte frequentemente a cargo do
fornecedor.
 Nestes casos o comprador pode querer tirar partido do preço
mais baixo, estando disposto a incorrer em custos de stock
superiores.
 Só a análise de cada situação poderá levar a uma decisão!
4. Modelos Estocásticos
 Nas análises anteriores assumiu-se que
todas as variáveis são deterministicamente
conhecidas.
 Mas, esta hipótese simplificativa não é
admissível!
 É importante desenvolver modelos que
considerem a aleatoriedade das variáveis
que afectam o comportamento do sistema.
4. Modelos Estocásticos
 É usual entrar em linha de conta com
 Flutuações (aleatórias) da procura;
 Flutuações (aleatórias) do tempo de reposição
do stock.
5. Sistemas Hierárquicos
5.1 Introdução
 Os modelos apresentados até ao momento admitiam
que a procura:
 Independente
 Ao nível das vendas a retalho
 Dependente
 Situações de produção em lotes ou stocks hierárquicos
 Muito mais irregular estando centrada em instantes de
tempo seguidos por períodos de tempo sem consumo
era aproximadamente regular ao longo do tempo e
que, com maior ou menor qualidade, era possível
prever esse valor, com base em dados históricos
passados.
5.3 Logistic Requirement Planning
(LRP)
 Diferentes dos sistemas de MRP porque deixam de
estar confinados apenas à área da produção e aos
seus fornecedores de matérias-primas e
subconjuntos, para se estenderem à área da
distribuição.
 Cobre as áreas de distribuição, produção e
abastecimento de matérias-primas e subconjuntos.
 Desenvolvido numa óptica de mercado que é o
verdadeiro motor de todo o sistema.
 A transferência electrónica de dados, veio permitir a
efectiva implementação destes sistemas.
5.4 Just in Time
 Surgiu como uma consequência natural dos modelos
Pull.
 Nestes sistemas toda a produção é puxada pelo
produto final, sendo o planeamento dos materiais
feito do “fim para o principio” (como acontece no
MRP).
 Nestes sistemas o que acontece efectivamente é que
a informação substitui as existências físicas.
 Os fornecedores estão localizados muito próximo do
fabricante do produto final, o que aumenta a garantia
de qualidade do produto e do tempo de reposição.
6. Sistemas para apoiar na tomada de
Decisão
6.1 Sistemas de Informação
 A tendência moderna da logística vai no
sentido de baixar drasticamente os stocks,
substituindo-os por informação.
 A informação, para além de permitir o
controlo e a monitorização à distância,
permite aumentar toda a eficiência do
sistema.
 Só uma distribuição eficiente e rápida
apoiada num excelente sistema de
informação permitirá conciliar baixos stocks
com elevados níveis de serviço.
6.1 Sistemas de Informação
 As funções a desempenhar por um sistema destes
são essencialmente de três tipos:
 Fornecer informação;
 Controlar as existências e compras;
 Gerir os stocks;
 Antes de decidir por uma package ou equipamento
há que tentar especificar dentro de cada uma das
funções descritas acima as necessidades
particulares de cada empresa bem como o volume
de informação que virá a ser armazenado.
6.1 Sistemas de Informação
 A informação necessária à gestão de stocks inclui no
mínimo:
 Identificação dos artigos;
 Localização em armazém;
 Existências (físicas, em processo de compra,
encomenda, cativado);
 Fornecedores;
 Encomendas em curso;
 Históricos de consumos;
 Tempos de Fornecimento;
 MRL – Listas de Materiais por Tipo de Produto
6.1 Sistemas de Informação
 A informação deve estar disponível, em tempo real, a
todos os potenciais interessados (restringir
informação referente a custos e fornecedores).
 Os gestores passam a ter acesso a:
 Informação necessária para tarefas de gestão
corrente;
 Situações anormais:
 Existências excessivas;
 Baixa rotação de stocks;
 Roturas muito frequentes;
 “Monos” não movimentados há muito
tempo;
 …
6.1 Sistemas de Informação
 O aspecto mais importante do sistema de
informação é que esteja actualizado e seja
consistente.
 Necessário garantir que as existências e
históricos são actualizados automaticamente
pelo sistema quando se executam os
movimentos e se processam os documentos
que acompanham as entradas, saídas e as
alterações de localização.
6.2 Análise ABC
 O esforço de gestão do stock não incide
igualmente sobre todos os artigos stockados.
 A determinação do pormenor com que se
deve estudar cada tipo de artigo é feita
através da análise de ABC.
 A Análise ABC, ou análise Pareto, divide os
artigos em stock em 3 grupos chamados A, B
e C.
6.2 Análise ABC
 Uma pequena parte dos
artigos em stock é
responsável pela
maioria do valor de
utilização enquanto a
maioria dos artigos em
stock é responsável por
apenas uma pequena
parte daquele valor.
Nota: O valor de utilização é obtido
multiplicando o consumo anual
pelo custo do artigo
6.2 Análise ABC
 Artigos do tipo A
 São os mais caros ou
mais usados
 É aconselhável ter um
sistema de previsão
rápido que detecte
mudanças da procura
 Nº de artigos pequeno,
sendo justificável
economicamente
6.2 Análise ABC
 Artigos do tipo B
 Custos médios ou de
utilização moderada
 Os artigos deste tipo são
menos importantes que
os de tipo A, assim não é
tão importante uma
rápida resposta do
sistema de previsão a
uma mudança do tipo de
procura.
 O sistema de previsão
não tem de ser tão
sofisticado, logo não é
tão dispendioso (como
no caso dos artigos A).
6.2 Análise ABC
 Artigos do tipo C
 Artigos de custo ou procura
baixa.
 São em número muito
elevado e de baixo valor de
utilização.
 Normalmente não é usado
um sistema de previsão
formal da sua procura
(custos bastante elevados)
 Encomenda-se a quantidade
mínima destes artigos
quando as existências
atingem o ponto de
encomenda
 São do tipo standard e são
obtidos facilmente de vários
fornecedores, logo não é
necessário ter muitas
preocupações
6.2 Análise ABC
 Este tipo de classificação também pode ser
aplicado a:
 Fornecedores
 Permite identificar os fornecedores-chave, e
estabelece relações estáveis negociadas em
condições vantajosas para ambas as partes.
 Clientes
 Permite um tratamento diferenciado em termos
de nível de serviço para cada um dos grupos
6.2 Análise ABC
6.2 Análise ABC

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  • 1. Gestão de Stocks Ângela Bartolomeu Santos Vasco Nuno da Gama de Jesus Soares 12 de Maio de 2002
  • 2. 1. Stocks  São um investimento muito significativo em quase todos os ramos da actividade económica.  Os investimentos correspondem a um apreciável empate de capital que afecta significativamente a sua rentabilidade.  Surgiu a tendência para a racionalização dos inventários.  Inventários que por sua vez constituem o fio condutor entre matérias-primas e o cliente final.
  • 3. 1.1.1 Cadeia Logística  Cadeia Logística Simples Fluxos de materiais, financeiros e de informação em ambos os sentidos da cadeia logística e todos igualmente importantes para a sua gestão eficiente.  Duas filosofias opostas de gestão desta cadeia:  Filosofia tradicional ou Push  Pull Fornecedor de Matérias Primas Fabricante Distribuidor Retalhista
  • 4. 1.1.2 Justificação para a Existência de Stocks  A função básica de um stock é ajustar os abastecimentos de forma a que:  O processo de abastecimento possa funcionar quando a taxa de procura é superior à taxa de fornecimento;  A procura possa ser satisfeita quando o processo de fornecimento está inactivo.  I e D são funções que quantificam os abastecimentos e a procura que são medidas em unidades do bem em estudo por unidade de tempo.  Estas funções apresentam características diferentes ao longo do tempo surgindo deste modo o stock como sistema adaptativo. Sistema de Gestão de Stocks E Fluxo de Abastecimentos I Função Procura D
  • 5. 1.2 Classificação de Modelos de Gestão de Stocks  Os problemas de stocks podem classificar-se através dos tipos de andamento das funções I e D.  Estes modelos podem ser subdivididos em dois grandes grupos:  Modelos determinísticos  Input e procura aproximadamente constantes  Aplicam-se a um grande número de situações  Modelos aleatórios  Input, procura ou ambos apresentam variabilidade aleatória significativa.  Para que não haja roturas sempre que a procura excede o valor usual há que criar stocks de segurança que servem de “almofada” e absorvem grande parte da variabilidade do sistema.  Um outro tipo de modelos, desenvolvido recentemente, é designado de Procura Frequente  Frequentemente associado a situações de stocks hierárquicos e procura irregular ao longo do tempo.
  • 6. 1.3 Objectivos dos Modelos de Gestão de Stocks  As decisões relacionadas com a gestão de stocks referem-se à definição dos seguintes parâmetros:  Quando devem as encomendas ser colocadas;  Quanto encomendar de cada vez.  A escolha de uma solução pressupõe a existência de um critério que permita comparar a atractividade ou eficácia dessas alternativas.  Critério de minimização de custos  Tirando situações inflacionárias ou de especulação, um sistema de gestão de stocks não é lucrativo per si.  Pelo contrário, representa uma imobilização de recursos em actividades não reprodutivas, surgindo como um “mal necessário” para fazer face ao desajustamento dos processos de fornecimento e procura.
  • 7. 1.3 Objectivos dos Modelos de Gestão de Stocks  Os modelos quantitativos da gestão de stocks permitem racionalizar as decisões tomadas nesta área adoptando soluções de equilíbrio entre  Alternativas que levam à acumulação de grandes stocks, com os consequentes custos de posse elevados;  Alternativas que conduzem sistematicamente a roturas de stocks com as consequências negativas de prestação de um mau serviço ao cliente.
  • 8. 1.3 Objectivos dos Modelos de Gestão de Stocks  A determinação dos parâmetros óptimos de gestão de cada artigo, que satisfazem as restrições globais, constitui um problema de optimização com restrições, pouco utilizado na prática.  Normalmente o que as empresas fazem é impor valores máximos para as existências de cada artigo, que globalmente satisfazem as restrições.  Estes valores podem ser obtidos por simulação ou por optimização com restrições para amostras típicas de artigos.
  • 9. 2. Custos de Funcionamento do Sistema de Gestão de Stocks  Os custos de um sistema de gestão de stocks têm uma importância fundamental na determinação dos parâmetros óptimos de gestão. Os mais importantes são:  Custo da Aquisição;  Custos de Encomenda;  Custos de Posse do Stock;  Custos de Rotura;
  • 10. 2. Custos de Funcionamento do Sistema de Gestão de Stocks  Custos de Aquisição  Custo das unidades compradas.  Caso frequente: custo unitário do artigo, C1, é constante independente da quantidade encomendada. (Custo de unidades: C1*Q)  Esta relação linear simples não é correcta se houver descontos variáveis com a quantidade encomendada ou transportada.  Custos de Encomenda  Inclui:  Custos administrativos dos serviços de compras que fazem a colocação e acompanhamento das encomendas  Custos de recepção quantitativa, qualitativa e classificativa  Não dependem da quantidade encomendada.  São referidos como custos fixos da colocação de uma encomenda e representados por A
  • 11. 2. Custos de Funcionamento do Sistema de Gestão de Stocks  Custos de Posse do Stock  Nestes cursos estão incluídos os:  Custos Monetários Directos:  Custos de seguros  Impostos  Quebras  Roubos  Renda do armazém  Outros custos de funcionamento do armazém (luz, guardas...)  Custo de Oportunidade  Nunca aparecem num balanço contabilístico  O seu valor é igual à maior taxa de rendibilidade que a empresa poderia obter em investimentos alternativos  Custo de Obsolescência  Custo por unidade que deve ser eliminada, com perda, por se ter tornado obsoleta.
  • 12. 2. Custos de Funcionamento do Sistema de Gestão de Stocks  Custos de Rotura  Deve ter-se em atenção duas situações:  “Carteira de Encomendas” ou “Cliente Cativo”  O cliente aguarda pela vinda dos artigos não existentes e necessários à satisfação da sua encomenda.  “Vendas perdidas”  Perante a rotura, o cliente desiste dos elementos pretendidos.  São difíceis de estimar porque, para além dos custos directos, estão normalmente envolvidos custos indirectos relacionados com a imagem comercial da empresa
  • 13. 3. Modelos determinísticos  Se a procura e o input são determinísticos, então as duas variáveis decisórias – quando e quanto – reduzem-se a uma só.  Fixando a quantidade a encomendar, o intervalo entre encomendas será o período de tempo necessário ao consumo da quantidade encomendada. Q = T r Q – Quantidade encomendada T – Intervalo de tempo entre encomendas r – Procura por unidade de tempo (determinística)
  • 14. 3.1 Reposição instantânea; penúria não permitida  Taxa de procura, r, é suposta determinística e constante  Quantidade encomendada, Q, é fornecida de uma forma instantânea a intervalos de fixos de tempo, T.  Nível de existências varia entre um máximo Q e 0, nunca se verificando situações de escassez ou penúria.
  • 15. 3.1 Reposição instantânea; penúria não permitida  É necessário definir Q ou T.  Devem ser determinados de forma a minimizar os custos de funcionamento do sistema.  Dado que o nível de existências varia de forma cíclica, comecemos por desenvolver a análise para um ciclo  Custos de encomenda  São geralmente formados pelo custo fixo de encomenda (A).  Custos de posse  C2 * (Q / 2) * T
  • 16. 3.1 Reposição instantânea; penúria não permitida  Atendendo a que a penúria não é permitida, não há custos de rotura.  Assim o custo total por ciclo, CT, é dado por:  CT = A + C2 * (Q / 2) * T  Não intervém o custo de aquisição do artigo (C1Q).  Admite-se que C1 é independente da quantidade encomendada  Qualquer que seja a unidade de tempo considerada, a quantidade a adquirir é sempre igual à procura nessa unidade de tempo (r), e o custo correspondente será C1r
  • 17. 3.1 Reposição instantânea; penúria não permitida  Para diferentes durações do ciclo  Necessário reduzir o custo total a uma mesma unidade de tempo.  Assim, o custo total por unidade de tempo é dado por:  K = (CT / T) = (A / T) + C2 * (Q / 2) = (A * r) / Q + C2 * (Q / 2)  O valor da variável decisória Q que minimiza o custo é dado por:  dK / dQ = - (A * r) / (Q * Q) + (C2 / 2) = 0  Valor óptimo da quantidade a encomendar:
  • 18. 3.1 Reposição instantânea; penúria não permitida  A curva dos custos associados à colocação das encomendas é uma função não linear decrescente com a quantidade a encomendar  A curva dos custos de posse é uma função linear crescente com a quantidade a encomendar  A curva dos custos totais é uma função convexa com um mínimo definido pela expressão do valor óptimo da quantidade a encomendar
  • 19. 3.2 Reposição instantânea; penúria permitida  Admite-se que a procura que ocorre quando não há existência não é perdida, passando a constituir uma carteira de encomendas que será satisfeita quando a nova encomenda chegar.  Situação em que as empresas só lançam uma encomenda quando já têm em carteira um número razoável de pedidos de clientes que só poderão ser fornecidos aquando da chegada dessa encomenda.  Leva a custos de posse mais baixos, mas tendo em contrapartida associados custos de rotura.
  • 20. 3.2 Reposição instantânea; penúria permitida  Custos de Encomenda: A  Custos de Posse:  Incide apenas sobre níveis de existência positivos
  • 21. 3.2 Reposição instantânea; penúria permitida  Custos de Rotura:  Admite-se que são proporcionais às unidades em falta e ao tempo de penúria.  C3 representa o custo unitário de rotura  S / 2 é o nº médio de unidades em falta  Custo Total por Ciclo:  Custo Total por Unidade de Tempo:  Valor Óptimo de Quantidade Encomendada:  Valor Óptimo de Carteira de Encomendas:  Custo Mínimo:
  • 22. 3.2 Reposição instantânea; penúria permitida  Comparando a expressão do custo mínimo com a obtida para o modelo em que a penúria não é permitida, pode-se concluir que nos casos de penúria permitida o custo mínimo será sempre inferior.  Quando o custo de rotura é elevado, o óptimo corresponde a um valor de S muito baixo o que equivale, de facto, a não haver rotura.
  • 23. 3.3 Reposição não instantânea; penúria não permitida  Ao contrário dos casos anteriores em que a reposição do stock era instantânea, neste caso existe uma taxa de fornecimento finita.  Esta situação ocorre frequentemente quando o stock é alimentado por produção própria da empresa e é designada de taxa de produção p.  Neste caso o nível de existências máximo M, não é igual à quantidade encomendada.
  • 24. 3.3 Reposição não instantânea; penúria não permitida  Custo da Encomenda: A  Neste caso o custo fixo de encomenda inclui:  Custos administrativos  Custos de arranque de produção  Adaptações ao processo produtivo  Preparação das máquinas  Peças defeituosas produzidas inicialmente  Custo de Posse: Cr = A + C2 * (M / 2) * T  Custo Total por Unidade de Tempo:  Quantidade Óptima a Encomendar:
  • 25. 3.4 Descontos de Quantidade  Os modelos desenvolvidos até aqui assumiram sempre o preço independemente da quantidade encomendada de cada vez.  No entanto, os fornecedores podem oferecer descontos para encorajar a compra de maiores quantidades.  São mais atraentes por diminuírem:  os seus próprios custos de stock, deslocando os stocks mais para a frente na cadeia logística  E os custos de transporte frequentemente a cargo do fornecedor.  Nestes casos o comprador pode querer tirar partido do preço mais baixo, estando disposto a incorrer em custos de stock superiores.  Só a análise de cada situação poderá levar a uma decisão!
  • 26. 4. Modelos Estocásticos  Nas análises anteriores assumiu-se que todas as variáveis são deterministicamente conhecidas.  Mas, esta hipótese simplificativa não é admissível!  É importante desenvolver modelos que considerem a aleatoriedade das variáveis que afectam o comportamento do sistema.
  • 27. 4. Modelos Estocásticos  É usual entrar em linha de conta com  Flutuações (aleatórias) da procura;  Flutuações (aleatórias) do tempo de reposição do stock.
  • 29. 5.1 Introdução  Os modelos apresentados até ao momento admitiam que a procura:  Independente  Ao nível das vendas a retalho  Dependente  Situações de produção em lotes ou stocks hierárquicos  Muito mais irregular estando centrada em instantes de tempo seguidos por períodos de tempo sem consumo era aproximadamente regular ao longo do tempo e que, com maior ou menor qualidade, era possível prever esse valor, com base em dados históricos passados.
  • 30. 5.3 Logistic Requirement Planning (LRP)  Diferentes dos sistemas de MRP porque deixam de estar confinados apenas à área da produção e aos seus fornecedores de matérias-primas e subconjuntos, para se estenderem à área da distribuição.  Cobre as áreas de distribuição, produção e abastecimento de matérias-primas e subconjuntos.  Desenvolvido numa óptica de mercado que é o verdadeiro motor de todo o sistema.  A transferência electrónica de dados, veio permitir a efectiva implementação destes sistemas.
  • 31. 5.4 Just in Time  Surgiu como uma consequência natural dos modelos Pull.  Nestes sistemas toda a produção é puxada pelo produto final, sendo o planeamento dos materiais feito do “fim para o principio” (como acontece no MRP).  Nestes sistemas o que acontece efectivamente é que a informação substitui as existências físicas.  Os fornecedores estão localizados muito próximo do fabricante do produto final, o que aumenta a garantia de qualidade do produto e do tempo de reposição.
  • 32. 6. Sistemas para apoiar na tomada de Decisão
  • 33. 6.1 Sistemas de Informação  A tendência moderna da logística vai no sentido de baixar drasticamente os stocks, substituindo-os por informação.  A informação, para além de permitir o controlo e a monitorização à distância, permite aumentar toda a eficiência do sistema.  Só uma distribuição eficiente e rápida apoiada num excelente sistema de informação permitirá conciliar baixos stocks com elevados níveis de serviço.
  • 34. 6.1 Sistemas de Informação  As funções a desempenhar por um sistema destes são essencialmente de três tipos:  Fornecer informação;  Controlar as existências e compras;  Gerir os stocks;  Antes de decidir por uma package ou equipamento há que tentar especificar dentro de cada uma das funções descritas acima as necessidades particulares de cada empresa bem como o volume de informação que virá a ser armazenado.
  • 35. 6.1 Sistemas de Informação  A informação necessária à gestão de stocks inclui no mínimo:  Identificação dos artigos;  Localização em armazém;  Existências (físicas, em processo de compra, encomenda, cativado);  Fornecedores;  Encomendas em curso;  Históricos de consumos;  Tempos de Fornecimento;  MRL – Listas de Materiais por Tipo de Produto
  • 36. 6.1 Sistemas de Informação  A informação deve estar disponível, em tempo real, a todos os potenciais interessados (restringir informação referente a custos e fornecedores).  Os gestores passam a ter acesso a:  Informação necessária para tarefas de gestão corrente;  Situações anormais:  Existências excessivas;  Baixa rotação de stocks;  Roturas muito frequentes;  “Monos” não movimentados há muito tempo;  …
  • 37. 6.1 Sistemas de Informação  O aspecto mais importante do sistema de informação é que esteja actualizado e seja consistente.  Necessário garantir que as existências e históricos são actualizados automaticamente pelo sistema quando se executam os movimentos e se processam os documentos que acompanham as entradas, saídas e as alterações de localização.
  • 38. 6.2 Análise ABC  O esforço de gestão do stock não incide igualmente sobre todos os artigos stockados.  A determinação do pormenor com que se deve estudar cada tipo de artigo é feita através da análise de ABC.  A Análise ABC, ou análise Pareto, divide os artigos em stock em 3 grupos chamados A, B e C.
  • 39. 6.2 Análise ABC  Uma pequena parte dos artigos em stock é responsável pela maioria do valor de utilização enquanto a maioria dos artigos em stock é responsável por apenas uma pequena parte daquele valor. Nota: O valor de utilização é obtido multiplicando o consumo anual pelo custo do artigo
  • 40. 6.2 Análise ABC  Artigos do tipo A  São os mais caros ou mais usados  É aconselhável ter um sistema de previsão rápido que detecte mudanças da procura  Nº de artigos pequeno, sendo justificável economicamente
  • 41. 6.2 Análise ABC  Artigos do tipo B  Custos médios ou de utilização moderada  Os artigos deste tipo são menos importantes que os de tipo A, assim não é tão importante uma rápida resposta do sistema de previsão a uma mudança do tipo de procura.  O sistema de previsão não tem de ser tão sofisticado, logo não é tão dispendioso (como no caso dos artigos A).
  • 42. 6.2 Análise ABC  Artigos do tipo C  Artigos de custo ou procura baixa.  São em número muito elevado e de baixo valor de utilização.  Normalmente não é usado um sistema de previsão formal da sua procura (custos bastante elevados)  Encomenda-se a quantidade mínima destes artigos quando as existências atingem o ponto de encomenda  São do tipo standard e são obtidos facilmente de vários fornecedores, logo não é necessário ter muitas preocupações
  • 43. 6.2 Análise ABC  Este tipo de classificação também pode ser aplicado a:  Fornecedores  Permite identificar os fornecedores-chave, e estabelece relações estáveis negociadas em condições vantajosas para ambas as partes.  Clientes  Permite um tratamento diferenciado em termos de nível de serviço para cada um dos grupos