Este documento apresenta uma avaliação conceitual das práticas de educação ambiental empresarial no sudeste do Brasil, tendo como objetivo principal analisar se essas práticas estão de acordo com o conceito de educação ambiental para sociedades sustentáveis preconizado pelo Programa Nacional de Educação Ambiental brasileiro. O método utilizado foi o envio de questionários para empresas certificadas pela norma ISO 14001 na região, tendo obtido respostas de 29 empresas.
Este documento apresenta um estudo sobre a Educação Ambiental Empresarial no sudeste do Brasil. O objetivo foi avaliar se as práticas das empresas aderem ao conceito de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. Os resultados mostraram que a maioria das empresas se limita a ações de gestão de recursos, sem capacitar os indivíduos para solução de problemas socioambientais. Apenas uma empresa apresentou práticas alinhadas com os princípios de uma Educação Ambiental de qualidade.
O documento discute a sucessão familiar nas empresas rurais no Brasil e o papel das cooperativas nesse processo. Aborda brevemente a história do agronegócio brasileiro e como a questão da sucessão ainda não foi enfrentada pela maioria das empresas e cooperativas. Defende que a discussão desse tema é importante para as cooperativas garantirem a sustentabilidade dos negócios de seus cooperados no longo prazo.
O documento discute a responsabilidade social das empresas. Primeiramente, define responsabilidade social como o compromisso de uma organização com a sociedade, expresso por meio de ações que beneficiem positivamente a comunidade. Também apresenta a história do desenvolvimento do conceito de responsabilidade social ao longo do tempo. Por fim, discute as visões clássicas versus a visão socioeconômica sobre o assunto.
A LIDERANÇA COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIALJason Garcia
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais conhecido como Relatório Brundtland. Para isso apresentou uma série de medidas que deve ser tomadas pelos Países, e entre elas estão à limitação do crescimento populacional, aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas, controle da urbanização desordenada e integração entre campo e Metrópoles. O termo “sustentável” foi difundido pela primeira vez em 1987.
Mais tarde, na ECO 92, quase todos os países do mundo firmaram um acordo no qual eles se comprometiam com a estabilização da concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa, entretanto nesse acordo não foram definidas metas de redução para cada País ou grupo de países.
A chamada sustentabilidade baseia-se na tríade: Social: O quesito socialmente justo; Ambiental: Ser ambientalmente correto; Econômica: Quanto a ser economicamente viável.
Para que as organizações possam contribuir para a sustentabilidade devem modificar seus processos produtivos. Isto implica em construir sistemas de produção que não causem impactos em áreas degradadas Para obter retorno, as organizações, utiliza-se de ferramentas disponíveis para estar à frente dos concorrentes, obtendo maiores margens e fatias de mercado. Mudanças em sentido global, além dos fatores econômicos e estruturais, outros começam a fazer parte da responsabilidade das empresas, que são as questões do meio ambiente natural e as questões sociais.
É de suma importância que os Líderes corporativos incorporem os conceitos de sustentabilidade nos sistemas de planejamento e gestão corporativos. Sendo que liderança pode ser vista como liderança a atividade de influenciar as pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo. Recentemente foi proposto que o modelo de liderança transformacional, seja constituído por quatro elementos: influência idealizada, motivação inspiracional, estimulação intelectual e consideração individualizada. Também diz que a efetividade da liderança depende do ambiente e da organização entre outras variáveis situacionais.
Nas organizações liderança é considerada um resultado de como é derivada de equipes, com uma função dos processos associados a pessoas trabalhando juntas, para cumprirem um trabalho. Também vista como uma propriedade de sistemas complexos, ao contrário de uma propriedade de indivíduos, a efetividade da liderança se torna mais um produto dessas conexões ou relacionamentos entre as partes do que o resultado de qualquer parte sozinha desse sistema.
Com base no Pacto Global da ONU, chegamos a 20 atribuições para o líder em sustentabilidade, algumas delas são: Comandar a elaboração de uma estratégia consistente de sustentabilidade, buscando a cooperação entre as diferentes áreas e as questões mais relevantes para o negócio e o seu setor de atuação; faz
A LIDERANÇA COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIALJason Garcia
Demonstrar historia e conceitos da sustentabilidade, o Tripé da sustentabilidade e sustentabilidade empresarial. Apresentar velhos e novos conceitos de liderança e conhecer o papel que o Líder assume na sustentabilidade empresarial.
Gestão da sustentabilidade no setor da construção - Versão PreliminarLucas Amaral Lauriano
No dia 14 de setembro de 2011 foi realizado o 1º encontro da Comunidade de Prática do CDSC com o tema de Gestão da Sustentabilidade no Setor da Construção. Este caderno de ideias tem como objetivo relatar o que foi apresentado e discutido no evento, que contou com a participação de doze representações de empresas associadas ao CDSC (Holcim e MASB), empresas convidadas (PROERG e Grupo Sant’Anna) e entidades representativas do governo e sociedade civil (CREA e ABCP).
Trabalho acad. clarissa pereira da paz patricia ferreira - clima organizacion...Patricia Ferreira
1) O documento apresenta um resumo curricular de Clarissa Pereira da Paz e sua orientadora Patricia Itala Ferreira, além de resumir o trabalho acadêmico de Clarissa sobre clima organizacional e a geração Y.
2) O trabalho teve como objetivo identificar as variáveis do clima organizacional mais valorizadas pela geração Y através de uma pesquisa de campo com estudantes de Administração no Rio de Janeiro.
3) Os resultados indicaram que a variável "Possibilidade de Progresso Profissional" foi considerada a mais
A contribuição da academia na eaeb 27 29 10 ii seaerjAlexandrePedrini
Este documento discute a contribuição da academia para a educação ambiental empresarial no Brasil. A academia pode ajudar avaliando a qualidade conceitual dos programas de educação ambiental das empresas e capacitando profissionais com referenciais teóricos críticos e transformadores. No entanto, as empresas geralmente limitam suas ações a treinamentos ambientais ou atividades superficiais, sem adotar conceitos avançados de educação ambiental.
Este documento apresenta um estudo sobre a Educação Ambiental Empresarial no sudeste do Brasil. O objetivo foi avaliar se as práticas das empresas aderem ao conceito de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis. Os resultados mostraram que a maioria das empresas se limita a ações de gestão de recursos, sem capacitar os indivíduos para solução de problemas socioambientais. Apenas uma empresa apresentou práticas alinhadas com os princípios de uma Educação Ambiental de qualidade.
O documento discute a sucessão familiar nas empresas rurais no Brasil e o papel das cooperativas nesse processo. Aborda brevemente a história do agronegócio brasileiro e como a questão da sucessão ainda não foi enfrentada pela maioria das empresas e cooperativas. Defende que a discussão desse tema é importante para as cooperativas garantirem a sustentabilidade dos negócios de seus cooperados no longo prazo.
O documento discute a responsabilidade social das empresas. Primeiramente, define responsabilidade social como o compromisso de uma organização com a sociedade, expresso por meio de ações que beneficiem positivamente a comunidade. Também apresenta a história do desenvolvimento do conceito de responsabilidade social ao longo do tempo. Por fim, discute as visões clássicas versus a visão socioeconômica sobre o assunto.
A LIDERANÇA COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIALJason Garcia
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais conhecido como Relatório Brundtland. Para isso apresentou uma série de medidas que deve ser tomadas pelos Países, e entre elas estão à limitação do crescimento populacional, aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas, controle da urbanização desordenada e integração entre campo e Metrópoles. O termo “sustentável” foi difundido pela primeira vez em 1987.
Mais tarde, na ECO 92, quase todos os países do mundo firmaram um acordo no qual eles se comprometiam com a estabilização da concentração dos gases responsáveis pelo efeito estufa, entretanto nesse acordo não foram definidas metas de redução para cada País ou grupo de países.
A chamada sustentabilidade baseia-se na tríade: Social: O quesito socialmente justo; Ambiental: Ser ambientalmente correto; Econômica: Quanto a ser economicamente viável.
Para que as organizações possam contribuir para a sustentabilidade devem modificar seus processos produtivos. Isto implica em construir sistemas de produção que não causem impactos em áreas degradadas Para obter retorno, as organizações, utiliza-se de ferramentas disponíveis para estar à frente dos concorrentes, obtendo maiores margens e fatias de mercado. Mudanças em sentido global, além dos fatores econômicos e estruturais, outros começam a fazer parte da responsabilidade das empresas, que são as questões do meio ambiente natural e as questões sociais.
É de suma importância que os Líderes corporativos incorporem os conceitos de sustentabilidade nos sistemas de planejamento e gestão corporativos. Sendo que liderança pode ser vista como liderança a atividade de influenciar as pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo. Recentemente foi proposto que o modelo de liderança transformacional, seja constituído por quatro elementos: influência idealizada, motivação inspiracional, estimulação intelectual e consideração individualizada. Também diz que a efetividade da liderança depende do ambiente e da organização entre outras variáveis situacionais.
Nas organizações liderança é considerada um resultado de como é derivada de equipes, com uma função dos processos associados a pessoas trabalhando juntas, para cumprirem um trabalho. Também vista como uma propriedade de sistemas complexos, ao contrário de uma propriedade de indivíduos, a efetividade da liderança se torna mais um produto dessas conexões ou relacionamentos entre as partes do que o resultado de qualquer parte sozinha desse sistema.
Com base no Pacto Global da ONU, chegamos a 20 atribuições para o líder em sustentabilidade, algumas delas são: Comandar a elaboração de uma estratégia consistente de sustentabilidade, buscando a cooperação entre as diferentes áreas e as questões mais relevantes para o negócio e o seu setor de atuação; faz
A LIDERANÇA COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE EMPRESARIALJason Garcia
Demonstrar historia e conceitos da sustentabilidade, o Tripé da sustentabilidade e sustentabilidade empresarial. Apresentar velhos e novos conceitos de liderança e conhecer o papel que o Líder assume na sustentabilidade empresarial.
Gestão da sustentabilidade no setor da construção - Versão PreliminarLucas Amaral Lauriano
No dia 14 de setembro de 2011 foi realizado o 1º encontro da Comunidade de Prática do CDSC com o tema de Gestão da Sustentabilidade no Setor da Construção. Este caderno de ideias tem como objetivo relatar o que foi apresentado e discutido no evento, que contou com a participação de doze representações de empresas associadas ao CDSC (Holcim e MASB), empresas convidadas (PROERG e Grupo Sant’Anna) e entidades representativas do governo e sociedade civil (CREA e ABCP).
Trabalho acad. clarissa pereira da paz patricia ferreira - clima organizacion...Patricia Ferreira
1) O documento apresenta um resumo curricular de Clarissa Pereira da Paz e sua orientadora Patricia Itala Ferreira, além de resumir o trabalho acadêmico de Clarissa sobre clima organizacional e a geração Y.
2) O trabalho teve como objetivo identificar as variáveis do clima organizacional mais valorizadas pela geração Y através de uma pesquisa de campo com estudantes de Administração no Rio de Janeiro.
3) Os resultados indicaram que a variável "Possibilidade de Progresso Profissional" foi considerada a mais
A contribuição da academia na eaeb 27 29 10 ii seaerjAlexandrePedrini
Este documento discute a contribuição da academia para a educação ambiental empresarial no Brasil. A academia pode ajudar avaliando a qualidade conceitual dos programas de educação ambiental das empresas e capacitando profissionais com referenciais teóricos críticos e transformadores. No entanto, as empresas geralmente limitam suas ações a treinamentos ambientais ou atividades superficiais, sem adotar conceitos avançados de educação ambiental.
O documento discute vários tópicos relacionados à gestão ambiental empresarial, incluindo: 1) as três forças que influenciam as preocupações ambientais dos empresários - governo, sociedade e mercado; 2) os modelos de gestão ambiental como Produção Mais Limpa, Ecoeficiência e outros; 3) os instrumentos que as empresas podem usar para alcançar objetivos ambientais como auditoria ambiental e relatórios ambientais.
SEMINARIO 100%. LA DIFERENCIACIÓN POSITIVA, TU MARCA PERSONAL.Aje Región de Murcia
Con este taller aprenderás a valorar los aspectos necesarios para desarrollar tu marca personal, sabiendo de primera mano en qué te beneficia a la hora de captar, fidelizar clientes y relacionarte comercialmente.
Este documento describe la configuración de un proxy con el software FreeProxy para controlar el tráfico de Internet de diferentes grupos de usuarios de acuerdo a su perfil. Se instala FreeProxy en una máquina virtual y se crean grupos de usuarios y reglas para permitir o denegar el acceso a ciertas páginas web según el grupo, como permitir a directivos acceder a toda Internet durante horas laborales, bloquear a teleoperadores todo excepto la página de la empresa, y sólo permitir a secretarias acceder a la página de la empresa y sus fil
El documento resume 14 afirmaciones hechas en el documental "La Sombra del Fracking", corrigiendo la información tergiversada con datos objetivos. La fracturación hidráulica no es una técnica nueva, los aditivos químicos están registrados y cumplen normativas, y no existe evidencia de que cause contaminación de aguas o afecte la salud cuando se realiza correctamente de acuerdo a las regulaciones. Tampoco hay pruebas de que genere terremotos significativos.
Cranetech Equipments manufactures and supplies cranes and material handling equipment. It offers a wide range of products including wire rope electric hoists, EOT cranes, jib cranes, gantry cranes, hydraulic floor cranes, under slung cranes, goods lifts, drum handling equipment, and festoon systems. The company was established in 2001 and has a team of up to 10 employees. It prides itself on experienced R&D, good financial position, large production capacity, and ability to provide customized solutions.
El boletín de antiguos alumnos del colegio Torrevelo presenta noticias sobre reencuentros, actividades y la vida actual de antiguos alumnos. También incluye una sección de visitas donde se mencionan visitas recientes de antiguos alumnos y profesores al colegio. Finalmente, recuerda a la promoción que se graduó ese año con una foto de su viaje a Roma.
Hebeon technologies providingfinal year ieee projects title 2014Hebe On
This document lists 21 technology project titles from the years 2013-2015 provided by Hebeon Technologies. The projects focus on topics such as denial-of-service attack detection, attribute-based access control, distributed routing protocols, business process customization, content caching, dynamic pricing, access control, data querying, intervehicular communication, data sharing, social networks, multicast routing, auditing, secure data retrieval, privacy protection, shortest path computation, image reranking, and wireless sensor networks. Hebeon Technologies can be contacted via phone or email for more details on these final year IEEE projects.
This document lists the addresses of the main institutions and bodies of the European Union. It provides the street addresses, phone and fax numbers, and websites for locations in Brussels, Luxembourg, Strasbourg and other cities. Key institutions listed include the European Parliament, European Council, Council of the European Union, European Commission, European Court of Justice, European Central Bank and others.
The document provides information about Anjali Mukerjee Health Total, a wellness organization in Mumbai, India that has been operating for over 20 years. It offers nutritional consultancy and customized food and herbal plans to help clients with health issues like weight loss, diabetes management, and more. Key aspects include:
- It uses food as medicine combined with Ayurveda and supplements to restore health without reliance on drugs.
- Plans are customized based on genetics, lifestyle, body type, and age. Services include consultations, food plans, weight loss programs, and managing various health conditions.
- The process involves detoxification, rejuvenation, nourishment, and maintenance. Various
Food labelling in South Africa is regulated by multiple government departments, which can make compliance complex. Updating labels to meet new regulations is expensive for manufacturers. While non-compliance can result in fines, some manufacturers and smaller retailers have yet to fully implement the necessary changes. Consumers are increasingly aware of their rights regarding labelling and instances of reported mislabelled products are growing. Industry players need to make a greater effort to understand and follow all applicable labelling rules.
The document outlines the South African National HR Standards project which developed standards for HR management systems, processes, and professional practices. It provides an overview of the project which engaged 468 HR leaders over multiple phases to establish standards in areas such as HR risk management, measurement, and architecture. The project aims to improve consistency and quality of HR practices in South Africa and has received interest from various countries.
Banco Nuevo Mundo - subasta de depositos 1998-2001gonzaloromani
This document summarizes deposits held by various public sector institutions and companies at Banco Nuevo Mundo for December 1998, January 1999, February 1999, and March 1999. It lists the entity, sector, total deposits in Soles and US Dollars, and total general amounts for each month. The largest depositors included Empresa Nacional de Puertos S.A., Organismo Supervisor de la Inversion Privada en Telecomunicaciones S.A., Instituto Geologico Minero y Metalurgico del Peru and Empresa de Electricidad del Peru S.A. The total deposits across all entities for the periods ranged from approximately $50-60 million US dollars.
1. The document provides instructions for a drawing lesson on landscape drawing. It explains that in a landscape drawing, the nearest objects are drawn in the foreground and are usually the largest. Objects behind the foreground are drawn in the middle ground, and the farthest objects are drawn in the background and are the smallest.
2. Students are instructed to draw a landscape showing a foreground, middle ground, and background. They are told to position objects to show balance in the composition.
3. The summary restates the key points that in a landscape drawing, objects are drawn at different sizes depending on their placement in the foreground, middle ground, or background to create a sense of depth and balance.
Este documento presenta definiciones de varios términos clave como conocer, compartir, ganar y competir. Luego cuenta la leyenda de un rey que encargó un juego al sabio Lahur para combatir el aburrimiento, el cual involucraba grandes cantidades de arroz. Finalmente, anima a las personas a trabajar en redes sociales de una manera coherente, citando fuentes y uniéndose para pedir formación.
1) El documento trata sobre los efectos de la sobrecarga laboral en la salud emocional de un empleado. 2) Un trabajador entrevistado manifiesta conflictos debido a una acumulación excesiva de trabajo causada por una mala organización de sus jefes. 3) Como consecuencia, el trabajador experimenta síntomas como estrés, ansiedad y fatiga que podrían desencadenar en problemas de salud.
Este documento discute a contribuição da academia para a educação ambiental empresarial no Brasil. A academia pode ajudar avaliando a qualidade conceitual dos programas de educação ambiental das empresas e capacitando profissionais com referenciais teóricos críticos e transformadores para implementar programas de alta qualidade. No entanto, as empresas geralmente limitam suas ações a treinamentos superficiais e atividades pontuais sem um conceito sólido de meio ambiente.
O documento analisa a qualidade conceitual da Educação Ambiental Empresarial no Brasil (EAEB). Ele propõe indicadores para avaliar se a EAEB descrita em fontes públicas está alinhada com os conceitos da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis preconizados pelo Programa Nacional de Educação Ambiental. A análise encontrou que cerca de 60% dos indicadores sugeridos para a EAEB nas fontes estudadas eram inadequados ou não estavam claros, indicando uma prática deficiente de educação ambiental nas empresas.
O documento discute vários tópicos relacionados à gestão ambiental empresarial, incluindo: 1) as três forças que influenciam as preocupações ambientais dos empresários - governo, sociedade e mercado; 2) os modelos de gestão ambiental como Produção Mais Limpa, Ecoeficiência e outros; 3) os instrumentos que as empresas podem usar para alcançar objetivos ambientais como auditoria ambiental e relatórios ambientais.
SEMINARIO 100%. LA DIFERENCIACIÓN POSITIVA, TU MARCA PERSONAL.Aje Región de Murcia
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Este documento describe la configuración de un proxy con el software FreeProxy para controlar el tráfico de Internet de diferentes grupos de usuarios de acuerdo a su perfil. Se instala FreeProxy en una máquina virtual y se crean grupos de usuarios y reglas para permitir o denegar el acceso a ciertas páginas web según el grupo, como permitir a directivos acceder a toda Internet durante horas laborales, bloquear a teleoperadores todo excepto la página de la empresa, y sólo permitir a secretarias acceder a la página de la empresa y sus fil
El documento resume 14 afirmaciones hechas en el documental "La Sombra del Fracking", corrigiendo la información tergiversada con datos objetivos. La fracturación hidráulica no es una técnica nueva, los aditivos químicos están registrados y cumplen normativas, y no existe evidencia de que cause contaminación de aguas o afecte la salud cuando se realiza correctamente de acuerdo a las regulaciones. Tampoco hay pruebas de que genere terremotos significativos.
Cranetech Equipments manufactures and supplies cranes and material handling equipment. It offers a wide range of products including wire rope electric hoists, EOT cranes, jib cranes, gantry cranes, hydraulic floor cranes, under slung cranes, goods lifts, drum handling equipment, and festoon systems. The company was established in 2001 and has a team of up to 10 employees. It prides itself on experienced R&D, good financial position, large production capacity, and ability to provide customized solutions.
El boletín de antiguos alumnos del colegio Torrevelo presenta noticias sobre reencuentros, actividades y la vida actual de antiguos alumnos. También incluye una sección de visitas donde se mencionan visitas recientes de antiguos alumnos y profesores al colegio. Finalmente, recuerda a la promoción que se graduó ese año con una foto de su viaje a Roma.
Hebeon technologies providingfinal year ieee projects title 2014Hebe On
This document lists 21 technology project titles from the years 2013-2015 provided by Hebeon Technologies. The projects focus on topics such as denial-of-service attack detection, attribute-based access control, distributed routing protocols, business process customization, content caching, dynamic pricing, access control, data querying, intervehicular communication, data sharing, social networks, multicast routing, auditing, secure data retrieval, privacy protection, shortest path computation, image reranking, and wireless sensor networks. Hebeon Technologies can be contacted via phone or email for more details on these final year IEEE projects.
This document lists the addresses of the main institutions and bodies of the European Union. It provides the street addresses, phone and fax numbers, and websites for locations in Brussels, Luxembourg, Strasbourg and other cities. Key institutions listed include the European Parliament, European Council, Council of the European Union, European Commission, European Court of Justice, European Central Bank and others.
The document provides information about Anjali Mukerjee Health Total, a wellness organization in Mumbai, India that has been operating for over 20 years. It offers nutritional consultancy and customized food and herbal plans to help clients with health issues like weight loss, diabetes management, and more. Key aspects include:
- It uses food as medicine combined with Ayurveda and supplements to restore health without reliance on drugs.
- Plans are customized based on genetics, lifestyle, body type, and age. Services include consultations, food plans, weight loss programs, and managing various health conditions.
- The process involves detoxification, rejuvenation, nourishment, and maintenance. Various
Food labelling in South Africa is regulated by multiple government departments, which can make compliance complex. Updating labels to meet new regulations is expensive for manufacturers. While non-compliance can result in fines, some manufacturers and smaller retailers have yet to fully implement the necessary changes. Consumers are increasingly aware of their rights regarding labelling and instances of reported mislabelled products are growing. Industry players need to make a greater effort to understand and follow all applicable labelling rules.
The document outlines the South African National HR Standards project which developed standards for HR management systems, processes, and professional practices. It provides an overview of the project which engaged 468 HR leaders over multiple phases to establish standards in areas such as HR risk management, measurement, and architecture. The project aims to improve consistency and quality of HR practices in South Africa and has received interest from various countries.
Banco Nuevo Mundo - subasta de depositos 1998-2001gonzaloromani
This document summarizes deposits held by various public sector institutions and companies at Banco Nuevo Mundo for December 1998, January 1999, February 1999, and March 1999. It lists the entity, sector, total deposits in Soles and US Dollars, and total general amounts for each month. The largest depositors included Empresa Nacional de Puertos S.A., Organismo Supervisor de la Inversion Privada en Telecomunicaciones S.A., Instituto Geologico Minero y Metalurgico del Peru and Empresa de Electricidad del Peru S.A. The total deposits across all entities for the periods ranged from approximately $50-60 million US dollars.
1. The document provides instructions for a drawing lesson on landscape drawing. It explains that in a landscape drawing, the nearest objects are drawn in the foreground and are usually the largest. Objects behind the foreground are drawn in the middle ground, and the farthest objects are drawn in the background and are the smallest.
2. Students are instructed to draw a landscape showing a foreground, middle ground, and background. They are told to position objects to show balance in the composition.
3. The summary restates the key points that in a landscape drawing, objects are drawn at different sizes depending on their placement in the foreground, middle ground, or background to create a sense of depth and balance.
Este documento presenta definiciones de varios términos clave como conocer, compartir, ganar y competir. Luego cuenta la leyenda de un rey que encargó un juego al sabio Lahur para combatir el aburrimiento, el cual involucraba grandes cantidades de arroz. Finalmente, anima a las personas a trabajar en redes sociales de una manera coherente, citando fuentes y uniéndose para pedir formación.
1) El documento trata sobre los efectos de la sobrecarga laboral en la salud emocional de un empleado. 2) Un trabajador entrevistado manifiesta conflictos debido a una acumulación excesiva de trabajo causada por una mala organización de sus jefes. 3) Como consecuencia, el trabajador experimenta síntomas como estrés, ansiedad y fatiga que podrían desencadenar en problemas de salud.
Este documento discute a contribuição da academia para a educação ambiental empresarial no Brasil. A academia pode ajudar avaliando a qualidade conceitual dos programas de educação ambiental das empresas e capacitando profissionais com referenciais teóricos críticos e transformadores para implementar programas de alta qualidade. No entanto, as empresas geralmente limitam suas ações a treinamentos superficiais e atividades pontuais sem um conceito sólido de meio ambiente.
O documento analisa a qualidade conceitual da Educação Ambiental Empresarial no Brasil (EAEB). Ele propõe indicadores para avaliar se a EAEB descrita em fontes públicas está alinhada com os conceitos da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis preconizados pelo Programa Nacional de Educação Ambiental. A análise encontrou que cerca de 60% dos indicadores sugeridos para a EAEB nas fontes estudadas eram inadequados ou não estavam claros, indicando uma prática deficiente de educação ambiental nas empresas.
1. O documento discute a importância da educação ambiental como base para reverter o atual quadro de degradação ambiental.
2. Apresenta os principais problemas ambientais em Minas Gerais como poluição do ar, solo e água, destruição da biodiversidade e esgotamento de recursos.
3. Argumenta que recuperar o meio ambiente não deve ser tarefa exclusiva do Estado e que é necessária a participação da sociedade civil sensibilizada para os problemas ambientais.
O documento discute os conceitos de Responsabilidade Social e abordagens organizacionais. Apresenta duas visões extremas de organização: a visão mecânica, que vê a organização como uma máquina focada em produção e lucro, e a visão sistêmica, que considera a interação da organização com o ambiente externo. Essas visões influenciam posicionamentos sobre Responsabilidade Social e sua relação com objetivos organizacionais.
O documento discute a importância do ensino da sustentabilidade na formação de administradores. A pesquisa qualitativa entrevistou estudantes do curso de administração sobre suas concepções de sustentabilidade e como práticas sustentáveis podem beneficiar empresas e sociedade. Os estudantes reconhecem a importância do tema para o setor e a necessidade de futuros gestores considerarem questões ambientais.
Este documento discute a importância da educação ambiental nos currículos de administração e a formação de agentes multiplicadores nas organizações. Ele analisa se os currículos atuais abordam adequadamente questões ambientais e se os professores estão preparados para incluir este conteúdo. Também apresenta os resultados preliminares de uma pesquisa com estudantes de administração sobre a cobertura de tópicos ambientais em suas aulas.
Este documento discute a avaliação da educação ambiental no ecoturismo no Brasil, com foco em trilhas terrestres. Propõe uma abordagem metodológica para avaliar a qualidade conceitual da educação ambiental nesse contexto, baseada nos princípios do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Discute a importância do conceito, o tratado, a avaliação na educação ambiental e apresenta uma proposta para avaliar a qualidade conceitual da educação ambiental em ativid
O gap pedagogico da sustentabilidade em projetos socioambientaisPablo Mandelbaum
Este artigo aborda a questão das iniciativas de educação para a sustentabilidade que alcançam poucos resultados concretos devido a falta de fundamentação pedagógica. Sugere e desenvolve algumas diretrizes e conceitos da pedagogia,aponta os fundamentos epistemológicos que devem ser levados em consideração por gestores e instituições ao formularem programas e projetos de sustentabilidade.
Palavras-chave: Pedagogia, Sustentabilidade, Epistemologia,
Este documento discute a Educação Ambiental no contexto do trabalho empresarial. Apresenta a Educação Ambiental como alternativa para promover ações preventivas e minimizar impactos ambientais no ambiente de trabalho. Defende que os programas de Educação Ambiental nas empresas devem ser permanentes, transformadores e abordar questões ambientais de forma ampla e contextualizada para os trabalhadores. Também ressalta a importância de se cumprirem as políticas públicas de Educação Ambiental para garantir um ambiente de trabalho saudável.
Este documento analisa a sustentabilidade e responsabilidade social da Coca-Cola no Brasil. Apresenta o conceito de desenvolvimento sustentável e discute as ações da Coca-Cola para promover um mundo melhor, como projetos de gestão de recursos hídricos, proteção climática e embalagens sustentáveis. Também descreve a história da Coca-Cola no Brasil e seu compromisso com iniciativas socioambientais.
O documento discute a importância da comunicação das estratégias e práticas responsáveis das empresas. Ao comunicar sobre esses temas, as empresas se comprometem publicamente com a melhoria contínua e equilibram a prática com o discurso. Embora possa expor as empresas a maior escrutínio, a comunicação transparente também permite medir o progresso e construir boa vontade.
O documento discute como as comunidades de prática podem auxiliar na gestão do conhecimento nas organizações. Apresenta o conceito de comunidades de prática e como elas podem ser usadas para compartilhar conhecimento entre funcionários de forma colaborativa. Também discute fatores importantes para o sucesso dessas comunidades e como elas podem evoluir ao longo do tempo.
GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...MaisoDias
1) O documento discute estratégias de vendas de madeiras ecologicamente corretas em uma madeireira.
2) Analisa o valor ambiental nas vendas e como a gestão ambiental pode ser um diferencial competitivo.
3) Utilizou questionários aplicados a clientes da madeireira para analisar a preocupação das pessoas com o desmatamento.
Ética e responsabilidade social nas organizações (Trabalho de Conclusão de Cu...Leandro Giovede Costa
Monografia que se refere à ética e responsabilidade social nas organizações tem por objetivo e foco evidenciar e informar que a aplicação ou não da doutrina ética e responsabilidade social nas organizações é discutida desde os primórdios do capitalismo e que por meio da mesma há relatos dos autores que muitas empresas ainda não enxergam a importância de tais ações para o patrimônio da mesma e continuam ainda visando apenas o lucro, e outras aplicam a doutrina ética por uma questão de sobrevivência.
Os dados levantados por meio desta pesquisa mostram claramente que há uma preocupação em tais ações não somente por parte das organizações (dirigentes), mas também por todos os envolvidos, no que diz respeito à postura ética e responsabilidade social da mesma internamente em prol dos seus colaboradores e externamente em prol do bem-estar social das pessoas, como por exemplo, a preocupação em produzir produtos de qualidade, e que a extração de recursos naturais não afete o meio ambiente e que sejam feitas também ações em prol do meio ambiente.
O documento discute como as empresas estão adotando causas sociais e ambientais em suas estratégias de marketing. Algumas empresas exemplificadas incluem a Panasonic, que apoia projetos de preservação da arara-azul, a Natura, que tem sustentabilidade integrada em seus valores desde o início, e a PepsiCo, que constrói cisternas para armazenamento de água da chuva no semiárido brasileiro.
A responsabilidade social corporativa como instrumento de marketingAmanda Jhonys
O documento discute como a responsabilidade social corporativa pode ser usada como estratégia de marketing. Ele explica que as empresas estão adotando práticas sociais e ambientais responsáveis para melhorar sua imagem e diferenciação no mercado. Além disso, o documento resume uma pesquisa que mostra que os consumidores ainda têm pouco conhecimento sobre o tema, mas podem ser influenciados pelas ações sociais das empresas.
O documento discute questões éticas que surgem no ambiente de trabalho e nos negócios. Apresenta diversos dilemas éticos comuns, como o uso de materiais de baixa qualidade para reduzir custos, vender sem nota fiscal, dar prioridade aos lucros em vez da segurança dos funcionários, entre outros. O objetivo é promover a reflexão sobre a tomada de decisão ética nas organizações.
O documento discute o papel das incubadoras de empresas no fomento do desempenho ambiental de micro e pequenas empresas. Ele propõe que incubadoras com foco ambiental, chamadas de "Ecoincubadoras", podem facilitar investimentos ambientais por pequenas empresas, que enfrentam limitações estruturais. O texto também apresenta um indicador para avaliar o desempenho ambiental de incubadoras e empresas incubadas.
O documento discute economia ambiental e fluxos de resíduos, apresentando o modelo de economia circular. Também aborda responsabilidade social empresarial, estratégias de RSE como voluntariado e parcerias, e a ligação entre estratégia empresarial e responsabilidade social.
Este documento apresenta os resultados de uma pesquisa sobre as percepções de pessoas envolvidas com o ecoturismo marinho em Armação de Búzios sobre meio ambiente e ambiente marinho. Foram aplicados questionários com 78 respondentes, que mostraram concepções limitadas sobre ambiente marinho. Recomenda-se programas de educação ambiental para melhorar a compreensão sobre esses temas.
Este documento discute o planejamento e uso de trilhas marinhas no Brasil para fins de educação ambiental e ecoturismo. Apresenta dois estudos de caso sobre (1) planejamento participativo para criação de trilhas marinhas e (2) monitoramento de impactos causados por banhistas em trilhas marinhas. Defende que trilhas marinhas bem planejadas podem ser uma ferramenta importante para educação ambiental e turismo sustentável em áreas protegidas costeiras.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Este documento resume a avaliação de um curso de capacitação em educação ambiental para funcionários de prefeituras litorâneas do Rio de Janeiro sobre o ecossistema marinho. Um questionário foi aplicado antes e depois do curso para medir o aprendizado dos alunos. Os resultados mostraram que os alunos melhoraram seu conhecimento teórico, mas poucos avanços foram observados no reconhecimento da importância das interdependências entre os componentes dos ecossistemas marinhos. O pequeno número de participantes sugere pouco interesse das pre
1) O documento analisa a percepção ambiental de mergulhadores recreativos na cidade do Rio de Janeiro e arredores, para subsidiar a sustentabilidade do ecoturismo marinho.
2) Foi realizada uma pesquisa com 35 mergulhadores e 7 gestores de escolas de mergulho, por meio de questionários.
3) Os resultados mostraram que os principais impactos ambientais negativos do mergulho recreativo são a interação com a vida marinha e o lixo, e sugeriram medidas para minimizá-los, como
Este documento propõe diretrizes para modelos de educação ambiental em unidades de conservação ligadas a ecossistemas marinhos. Descreve sete modelos desenvolvidos em três locais no litoral de São Paulo, incluindo trilhas subaquáticas, aquário natural, palestras, visitação monitorada e trilha em caiaque, com o objetivo de estruturar projetos de educação ambiental marinha.
1) O documento descreve os efeitos negativos de mergulhadores em apneia na comunidade bentônica de um costão rochoso em uma área protegida marinha no sudeste do Brasil.
2) Foram observados 232 eventos de impacto como pisoteio, toque, ressuspensão de sedimento e arrancamento de organismos.
3) Os pisoteios e toques foram os impactos mais comuns, afetando principalmente algas e corais. A maioria dos impactos foi involuntária, mas medidas de educação ambiental podem
1) O documento descreve uma atividade de educação ambiental realizada por meio do ecoturismo marinho na trilha marinha do Parque Estadual da Ilha Anchieta em Ubatuba.
2) A atividade incluiu preleções, identificação da biodiversidade, observação de interações ecológicas e diálogo sobre impactos ambientais.
3) Os resultados da avaliação mostraram que a atividade aumentou a compreensão dos participantes sobre a importância do mar e a necessidade de preservação.
Educação Ambiental Emancipatória pelo Ecoturismo Marinho na Área de Proteção ...AlexandredeGusmaoPedrini
O documento discute uma proposta de gestão da Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de Búzios no Rio de Janeiro baseada na educação ambiental emancipatória pelo ecoturismo marinho. O projeto EcoTurisMar visa desenvolver um modelo para substituir práticas de pesca predatórias por atividades sustentáveis envolvendo a comunidade local.
Este estudo avaliou as percepções de 78 pessoas interessadas no ecoturismo marinho na Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de Búzios sobre educação ambiental e ecoturismo. Os respondentes demonstraram maior conhecimento sobre educação ambiental do que ecoturismo. Renda mais alta correlacionou-se com maior conhecimento sobre educação ambiental. Instituições educacionais podem ajudar a preencher lacunas de conhecimento identificadas e promover o desenvolvimento sustentável da região.
O documento discute uma proposta de gestão da Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de Búzios no Rio de Janeiro baseada na educação ambiental emancipatória pelo ecoturismo marinho. O projeto EcoTurisMar visa desenvolver um modelo para substituir práticas de pesca predatórias por atividades sustentáveis envolvendo a comunidade local.
Este documento propõe a criação de uma base de dados chamada COCEAB para registrar e gerenciar informações sobre empresas de consultoria ambiental no Rio de Janeiro que realizam atividades de educação ambiental empresarial. A base de dados será construída usando PHP e MySQL e incluirá detalhes sobre os serviços, contatos e estratégias de educação ambiental de cada empresa. O objetivo é mapear as atividades nessa área e tornar essas informações acessíveis para pesquisas científicas.
O documento descreve o processo de publicação de um livro interdisciplinar em educação ambiental. Vários professores universitários contribuíram com capítulos sintetizando suas experiências. Houve reuniões quinzenais para revisão por pares. Após um ano de atraso na universidade, uma editora comercial publicou o livro sem restrições. Apesar dos desafios, o projeto mostrou que é possível a integração interdisciplinar em educação ambiental.
Este documento discute os impactos ambientais negativos causados pela visitação ecoturística no Parque Estadual da Ilha Anchieta (PEIA), Brasil. O estudo comparou os impactos causados por visitantes monitorados e não monitorados durante mergulhos com snorkel e encontrou que os visitantes não monitorados causaram mais impactos, especialmente tocando em algas. Programas de educação ambiental são necessários para reduzir os impactos do ecoturismo nessas áreas protegidas.
1) O documento discute a percepção ambiental de crianças e pré-adolescentes em situação de vulnerabilidade social no Rio de Janeiro, obtida através de desenhos.
2) Os resultados mostram que bens naturais concretos como animais, árvores e sol predominaram nas representações sociais dessas crianças sobre o meio ambiente.
3) Os autores defendem que estudos de percepção ambiental são importantes para orientar projetos de educação ambiental junto a esses grupos socialmente vulneráveis.
1. Educação Ambiental
Empresarial: Uma Avaliação
Conceitual das Práticas
no Sudeste Brasileiro
Nina Beatriz Bastos Pelliccione
Alexandre de Gusmão Pedrini
Alphonse Kelecom
Introdução
A humanidade está diante de momento ímpar de sua existência, em que
palavras como incerteza e confusão dão a tônica aos discursos proferidos mundo
afora a respeito do destino da espécie humana e do planeta Terra. Esses sentimentos
advêm das previsões nebulosas quanto à sobrevivência de nossa espécie bem como
do planeta, que encontra em seu modelo hegemônico o culto ao pragmatismo e ao
consumo que tem gerado impactos econômicos, sociais e culturais.
Desta forma, este estudo nasce da inquietação provocada pela sensação de
imobilidade diante dos problemas sócio-ambientais originados por esse modelo
que apregoa a liberdade dos homens, mas torna-os cada vez mais reféns. Busca-se
aqui desvelar possibilidades que propiciem a sensibilização e instrumentação da
parcela da sociedade exposta aos riscos ambientais e daquelas vítimas da injustiça
ambiental para que se tornem críticos em seus pensamentos e ações e assim
empenhem-se em tarefas prioritárias de combate à pobreza, à desigualdade, ao
desemprego, à apropriação injusta e irracional dos recursos naturais, construindo
assim uma sociedade que tenha autonomia na definição do seu próprio modelo de
sustentabilidade e democracia, pois, por ser esta uma definição política, se
estruturaria a forma de apropriação do poder político, da renda, da riqueza, dos
recursos naturais, sociais e culturais.
A EA vem clamar pela liberdade de expressão, pela autonomia, pela
diversidade e pela emancipação para a transformação de sociedades. Arriscamos
dizer que ela é subversiva, uma vez que propõe mudanças radicais em pensamentos
e formas de agir. Ela é radical, porque provoca enormes mudanças, tanto no
pensamento humano como na interpretação e vivência com o mundo natural. Assim
se expressa SATO (2001), tendo a EA uma proposta revolucionária.
2. 40 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
É sabido que muitos são os desafios encontrados pela EA em sua trajetória e
que esta vem atravessando uma fase de crise em que até seus adeptos têm
questionado sua existência diante da nova orientação de marketing que preconiza
o desenvolvimento, independente de que adjetivo tenha, tradicionalmente marcado
por seus campos econômicos. Desta forma, em solidariedade a outros que também
concebem que a sociedade precisa soltar as amarras, integramo-nos na tentativa
de lançar olhares às tensões que ameaçam a identidade da EA e que, apesar de se
permitir ser percebida como mero instrumento da gestão ambiental, prometendo
solucionar todos os problemas ambientais, continua sua empreitada em direção à
construção de um mundo mais justo, sustentável e paciente.
Até pouco tempo atrás não havia clareza e consenso a respeito do conceito
de EA praticado no Brasil (cf. PEDRINI E DE-PAULA, 2002). Entende-se que a demanda
por um conceito é essencial, pois cada um de nós tem percepções diferentes sobre
um mesmo fenômeno ou coisa. Ao abordar a EA precisamos conceituá-la, pelo
menos, instrumentalmente para ter uniformidade mínima de pensamento. Desse
modo, sem percepção e adoção de um conceito, preferencialmente, de qualidade
fica impossível desenvolver atividades que consigam atingir as mesmas metas
nos diferentes contextos (PEDRINI E PELLICCIONE, 2007; PEDRINI 2007).
Com o advento da Rio-92 surge o primeiro Tratado de Educação Ambiental,
elaborado e debatido por educadores de todo o mundo na Jornada de Educação
Ambiental. Esse documento, denominado Tratado de Educação Ambiental para
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (TEASS), reforça a todo
momento o conceito de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis (EASS)
e, juntamente com os pressupostos pedagógicos da Declaração da Conferência
Internacional de Tbilisi de 1977, forma o arsenal conceitual da EA perseguida no
planeta.
As características paradigmáticas da EASS podem ser conhecidas nos
trabalhos de MEIRA E SATO (2005) e PEDRINI E BRITO (2006), apresentada em
contraposição à Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável (EDS),
proposta pela Unesco e outros organismos aliados aos fenômenos da globalização
do mercado, da lógica reducionista e da hegemonia presente nos discursos e
orientações internacionais que mascaram a regionalidade e a dinâmica parti-
cularizada, de igual importância para o processo educativo.
Desta forma, a implementação deste modelo conceitual torna-se necessária
tanto por primar pelo alcance dos reais objetivos da EA que podem se tornar
confusos e ineficazes se a sua conceituação estiver equivocada ou ultrapassada,
quanto por este se constituir em marco referencial oficial para a EA brasileira, o
Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA (BRASIL, 2005), que viabiliza
a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA).
Nesse contexto, sobressai o setor empresarial, ícone da lógica capitalista,
com imensa responsabilidade ambiental e, ainda, com questões pendentes, como:
3. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 41
a) distinguir metodologicamente a retórica da empresa que afirma que implementa
sua responsabilidade ambiental com suas verdadeiras práticas; b) compatibilizar
a dinâmica de expansão da produção empresarial e de sua venda e a racionalização
planetária de consumo e utilização das matérias-primas mundiais; c) redistribuir
em termos globalizantes os custos ambientais num mundo onde o desenvolvimento
econômico e social é desigual e onde a capacitação empresarial de resposta às
questões ambientais é igualmente variada (MAIMON, 2004). Essas questões são
realmente muito preocupantes, pois confirmam os temores de LAYRARGUES (2000),
que estudou o discurso ambiental de parcela do empresariado brasileiro, mostrando
suas incoerências conceituais.
A EAEB manifestou-se em meio a preocupações empresariais, como resposta
a sanções legais demandadas por órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente
(SISNAMA). Na maioria das vezes ela tem sido designada erroneamente a
atividades de treinamento ambiental regular do público interno das empresas ou a
ações fragmentadas e triviais para o público externo do seu entorno, como hortas,
reciclagem, desfiles, cujo fim é a própria atividade. Caminhadas em trilhas, visitas
ecológicas, ou seja, trabalhos típicos de sensibilização, também são denominados
de EA, porém se constituem apenas em parte de sua proposta. Outras vezes ela
aparece como respostas a Termos de Ajustes de Conduta (TAC) em conseqüência
de incidentes ou acidentes ambientais ou para a certificação ambiental, como a
busca pela ISO 14001. Nesse contexto, esses programas são de eficácia/efetividade
conceitual e metodológica questionáveis, em geral por ausência de referencial
teórico-prático desde sua concepção até a avaliação final da atividade.
Teoricamente, pode-se supor que a Educação Ambiental Empresarial no
Brasil (EAEB) seja desenvolvida, essencialmente, no bojo dos processos de gestão
ambiental, tanto para a economia de custos (AZEVEDO, 2003) como para a obtenção
certificada da ISO 14001 (SEIFFERT, 2006). ADAMS (2005), em seu trabalho sobre a
EA no contexto produtivo, arrolando 16 empresas brasileiras, verificou que a EAEB
por ela estudada apresentou: a) nenhum referencial teórico-metodológico nas
práticas; b) baixo criticismo; e c) baixa reflexão nos atos. Identificada apenas para
a busca de certificações, prêmios, etc., que nada mais são que estratégias de
marketing empresarial. Diante desse quadro, torna-se fundamental verificar se as
práticas de EA empresariais aderem ao conceito da EASS e, assim, ao ProNEA, e,
portanto, desenvolvem atividades exigidas de uma EA de qualidade.
O presente capítulo não tem a pretensão de esgotar o tema, tendo em vista
sua complexidade, nem apresentar receitas para a inserção da EA nos ambientes
empresariais. Pretende, sim, apresentar profunda reflexão acerca da problemática
ambiental que se vivencia no contexto empresarial e despertar o interesse de todas
as pessoas, de todos os contextos, para direcionarem suas ações educativas na
promoção do desenvolvimento de uma sociedade mais justa e sustentável.
4. 42 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
Metodologia Empregada
A coleta de dados ocorreu de duas formas: por meio de questionários semi-
estruturados e por meio de entrevistas semi-estruturadas individuais, gravadas e
transcritas de maneira literal.
A área estudada foi a região Sudeste do Brasil, por concentrar a maior parte
(32%) das cerca de 5 milhões de empresas brasileiras. As empresas selecionadas
para estudo foram as certificadas pela norma ISO 14001, relacionadas nomi-
nalmente pela revista Meio Ambiente Industrial de 2006, que realiza esse
levantamento regularmente. Foi apontado um total de duas mil empresas
certificadas pela ISO 14001 para o Brasil, número que poderia indicar a existência
de EA através do quesito de qualificação e treinamento de pessoal. À região Sudeste
coube 657 empresas oriundas da lista original.
A primeira etapa da pesquisa foi a formulação e o envio de questionário,
solicitando-se a resposta do educador ambiental da empresa ou de alguém por ele
determinado. Foram selecionados seis Indicadores de Qualidade Conceitual (IQC),
segundo PEDRINI E PELLICCIONE (2007), que se tornaram categorias de análise da
EAE a partir do TEASS. Esses indicadores encontram-se definidos no Quadro 1.
Esse questionário encerrou as seguintes questões:
a) Questões gerais:
Existência de programa/projeto/atividade de EA na empresa.
Motivos para a prática de educação ambiental na empresa.
Realização interna da EA na empresa e quais os atores abrangidos.
Realização externa da EA em paralelo com a EA interna e quais os atores
abrangidos.
Segmento profissional que desenvolve as atividades de EA na empresa.
b) Questões específicas relacionadas aos IQCs da EA na empresa (aplicação
dos indicadores de qualidade conceitual retirados do TEASS):
Capacitar o indivíduo a adquirir conhecimento, habilidades e valores para
o enfrentamento e solução de problemas ambientais.
Capacitar para a mudança de atitudes e condutas para o desenvolvimento
de sociedades sustentáveis.
Capacitar o cidadão a participar em mobilizações coletivas.
Ser realizada continuamente.
Agir diretamente na realidade da coletividade e dela generalizar para o
planeta.
c) Questões de acessibilidade aos resultados da EA da empresa:
Disponibilidade dos dados ao público para consulta.
5. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 43
Possibilidade de disponibilização dos dados como contribuição à pesquisa.
Participação da empresa em entrevista em tempo real em contribuição à
pesquisa.
Quadro 1 Indicadores de Qualidade Conceitual (IQC) e sua descrição (não há
hierarquização na relação dos seis indicadores).
1. EA emancipatória, que permita aos atores envolvidos com a empresa adquirir conhecimentos e
habilidades, por meio de experiências que os tornem aptos a enfrentar e resolver problemas ambientais.
2. EA transformadora, buscando desenvolver no trabalhador a capacidade de mudar de atitudes para o
desenvolvimento de Sociedades Sustentáveis.
3. EA participativa, estimulando a participação individual e coletiva do trabalhador na resolução de
problemas ambientais sobre sua função.
4. EA abrangente, envolvendo a totalidade dos grupos sociais influenciados pelo parque industrial da
empresa.
5. EA permanente, em que a atividade seja continuada.
6. EA contextualizadora, permitindo ao indivíduo agir diretamente na realidade da coletividade e dela
alcançar a dimensão planetária.
Optou-se pelo envio do questionário por e-mail pela sua rapidez e eficiência,
uma vez que toda região Sudeste seria abrangida e os custos envolvidos
inviabilizaria o uso dos Correios. Um endereço oficial de e-mail foi disponibilizado
pela Universidade Federal Fluminense para realização da pesquisa. Para obtenção
do endereço eletrônico das empresas foi realizada pesquisa via internet no sítio de
busca Google (www.google.com.br). Nessa etapa da pesquisa houve alguns
percalços. Esperava-se encontrar na página da empresa um endereço de e-mail
para envio do questionário. Porém, na maioria das vezes (70%), o endereço de e-
mail não constava no sítio; em vez disso, um espaço chamado “fale conosco” era
o único meio de comunicação. E algumas vezes era imposto um limite de caracteres
para envio da mensagem, impossibilitando mandar o questionário.
Outro problema foi a ausência de um histórico de envio de e-mails no endereço
oficial (pgca_pesquisa_ea@vm.uff.br), o que impossibilitava o controle dos e-mails
já enviados. Um e-mail secundário (pesquisaeducaoambientalempresa@yahoo.com.br)
foi criado e adicionado no campo Cco (cópia de carbono oculta) ao enviar o questionário
pelo e-mail oficial.
Os questionários foram enviados durante cinco semanas consecutivas, entre
os meses de outubro e novembro de 2006, e obtiveram-se tanto respostas negativas
como positivas. Foram consideradas negativas aquelas em que o questionário não
foi respondido, e positivas aquelas em que o questionário foi respondido. Dos
6. 44 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
e-mails enviados, 29 questionários foram respondidos (4,1%). O Quadro 2 apresenta
o perfil das empresas que responderam ao questionário, por setor e por localização.
Os nomes das empresas foram omitidos pois o objetivo era conhecer o fenômeno
conceitual a partir de seu discurso e não o conceito de cada empresa identificada.
Os dados dos 29 questionários aplicados foram tabulados em planilhas do
aplicativo Excel e, posteriormente, em gráficos que serviram de base para avaliar
a percepção das empresas sobre as atividades de EA por elas desenvolvidas. De
posse dos resultados, analisaram-se todos os itens dos questionários, comple-
mentando com as respostas fornecidas pelo discurso corporativo nas suas páginas
virtuais (cf. PEDRINI E PELLICCIONE, 2007). Desse modo, foi utilizado como fonte de
informação o discurso nas respostas dos questionário e nas entrevistas das páginas
corporativas virtuais.
O Quadro 2 mostra a diversidade das empresas estudadas, com predomínio
de empresas do estado de São Paulo (19) e nenhuma do estado do Espírito Santo.
Dessa maneira, a partir da devolução dos questionários foram selecionadas
as empresas que se prontificaram a conceder entrevistas. Um roteiro semi-
estruturado de entrevista individual foi formulado, tendo por objetivo esclarecer e
aprofundar as questões abordadas no questionário. Esta seria realizada com as 29
empresas que haviam respondido o questionário previamente.
Decidiu-se que as entrevistas com as empresas do Rio de Janeiro seriam realizadas
de preferência pessoalmente. As demais se efetivariam conforme opção da empresa,
por telefone ou pela internet. Foram enviados, desta forma, outros e-mails a todas as
empresas, com novo prazo para agendamento da entrevista, excetuando-se as do estado
do Rio de Janeiro, com as quais o contato seria feito por telefone.
A segunda etapa consistiu na análise das entrevistas. A análise do conteúdo
foi realizada tanto conforme recomendado por BAUER E GASKELL (2002) como de
maneira intuitiva. Em um primeiro momento realizou-se a leitura flutuante de
todo o material coletado nas entrevistas para a análise. Então reduziram-se unidades
de significação, em que se buscaram as respostas às questões da entrevistas na
fala de cada entrevistado separadamente.
Das 29 empresas que ao responder o questionário disseram ser possível
realizar a entrevista, somente 13 se prontificaram a realmente contribuir com a
pesquisa. O Quadro 3 mostra o perfil das empresas que participaram da entrevista.
Entendemos que a não participação nas entrevistas se deveu pelo fato de as
empresas:
a) mostrarem-se reticentes;
b) necessitarem do aval de uma instância superior;
c) ignorarem reiteradas tentativas de contato;
d) alegarem que todas as informações solicitadas eram restritas à empresa.
7. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 45
Esse comportamento mostrou-se contraditório diante do amplo discurso de
transparência empresarial divulgado na mídia brasileira.
Quadro 2 Perfil temático das empresas estudadas através de questionário e localização
geográfica.
Empresa Perfil por setor de atividade Localização
1 Transporte marítimo SP
2 Artigos de papel SP
3 Produtos químicos SP
4 Fabricação de máquinas e equipamentos SP
5 Fornecimento de energia SP
6 Geração e fornecimento de energia RJ
7 Construção naval RJ
8 Fabricação de máquinas e equipamentos RJ
9 Fabricação de máquinas, material elétrico SP
10 Produtos têxteis MG
11 Fabricação de coque, refino de petróleo RJ
12 Produtos minerais não-metálicos MG
13 Material eletrônico SP
14 Fabricação de estruturas metálicas SP
15 Metalurgia e mineração MG
16 Fabricação de coque, refino de petróleo SP
17 Artigos de borracha e plástico SP
18 Produtos minerais não-metálicos RJ
19 Geração e fornecimento de energia MG
20 Produtos químicos SP e MG
21 Rodovias SP
22 Fabricação de máquinas e equipamentos SP
23 Alimentação e bebida SP e MG
24 Alimentação e bebida SP
25 Fabricação de coque, refino de petróleo RJ
26 Artigos de borracha e plástico SP
27 Construção SP e RJ
28 Fabricação de estruturas metálicas SP, MG e RJ
29 Produtos químicos SP
8. 44 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
mails enviados, 29 questionários foram respondidos (4,1%). O Quadro 2 apresenta
o perfil das empresas que responderam ao questionário, por setor e por localização.
Os nomes das empresas foram omitidos pois o objetivo era conhecer o fenômeno
conceitual a partir de seu discurso e não o conceito de cada empresa identificada.
Os dados dos 29 questionários aplicados foram tabulados em planilhas do
aplicativo Excel e, posteriormente, em gráficos que serviram de base para avaliar
a percepção das empresas sobre as atividades de EA por elas desenvolvidas. De
posse dos resultados, analisaram-se todos os itens dos questionários, comple-
mentando com as respostas fornecidas pelo discurso corporativo nas suas páginas
virtuais (cf. PEDRINI E PELLICCIONE, 2007). Desse modo, foi utilizado como fonte de
informação o discurso nas respostas dos questionário e nas entrevistas das páginas
corporativas virtuais.
O Quadro 2 mostra a diversidade das empresas estudadas, com predomínio
de empresas do estado de São Paulo (19) e nenhuma do estado do Espírito Santo.
Dessa maneira, a partir da devolução dos questionários foram selecionadas
as empresas que se prontificaram a conceder entrevistas. Um roteiro semi-
estruturado de entrevista individual foi formulado, tendo por objetivo esclarecer e
aprofundar as questões abordadas no questionário. Esta seria realizada com as 29
empresas que haviam respondido o questionário previamente.
Decidiu-se que as entrevistas com as empresas do Rio de Janeiro seriam realizadas
de preferência pessoalmente. As demais se efetivariam conforme opção da empresa,
por telefone ou pela internet. Foram enviados, desta forma, outros e-mails a todas as
empresas, com novo prazo para agendamento da entrevista, excetuando-se as do estado
do Rio de Janeiro, com as quais o contato seria feito por telefone.
A segunda etapa consistiu na análise das entrevistas. A análise do conteúdo
foi realizada tanto conforme recomendado por BAUER E GASKELL (2002) como de
maneira intuitiva. Em um primeiro momento realizou-se a leitura flutuante de
todo o material coletado nas entrevistas para a análise. Então reduziram-se unidades
de significação, em que se buscaram as respostas às questões da entrevistas na
fala de cada entrevistado separadamente.
Das 29 empresas que ao responder o questionário disseram ser possível
realizar a entrevista, somente 13 se prontificaram a realmente contribuir com a
pesquisa. O Quadro 3 mostra o perfil das empresas que participaram da entrevista.
Entendemos que a não participação nas entrevistas se deveu pelo fato de as
empresas:
a) mostrarem-se reticentes;
b) necessitarem do aval de uma instância superior;
c) ignorarem reiteradas tentativas de contato;
d) alegarem que todas as informações solicitadas eram restritas à empresa.
9. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 45
Esse comportamento mostrou-se contraditório diante do amplo discurso de
transparência empresarial divulgado na mídia brasileira.
Quadro 2 Perfil temático das empresas estudadas através de questionário e localização
geográfica.
Empresa Perfil por setor de atividade Localização
1 Transporte marítimo SP
2 Artigos de papel SP
3 Produtos químicos SP
4 Fabricação de máquinas e equipamentos SP
5 Fornecimento de energia SP
6 Geração e fornecimento de energia RJ
7 Construção naval RJ
8 Fabricação de máquinas e equipamentos RJ
9 Fabricação de máquinas, material elétrico SP
10 Produtos têxteis MG
11 Fabricação de coque, refino de petróleo RJ
12 Produtos minerais não-metálicos MG
13 Material eletrônico SP
14 Fabricação de estruturas metálicas SP
15 Metalurgia e mineração MG
16 Fabricação de coque, refino de petróleo SP
17 Artigos de borracha e plástico SP
18 Produtos minerais não-metálicos RJ
19 Geração e fornecimento de energia MG
20 Produtos químicos SP e MG
21 Rodovias SP
22 Fabricação de máquinas e equipamentos SP
23 Alimentação e bebida SP e MG
24 Alimentação e bebida SP
25 Fabricação de coque, refino de petróleo RJ
26 Artigos de borracha e plástico SP
27 Construção SP e RJ
28 Fabricação de estruturas metálicas SP, MG e RJ
29 Produtos químicos SP
10. 46 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
Quadro 3 Lista do perfil das empresas que participaram da entrevista.
Empresas Perfil Localização
1 Transporte marítimo X
2 Artigos de papel X
4 Fabricação de máquinas e equipamentos X
5 Fornecimento de energia X
6 Geração e fornecimento de energia X
7 Construção naval X
8 Fabricação de máquinas e equipamentos X
9 Fabricação de máquinas, material elétrico X
10 Produtos têxteis X
11 Fabricação de coque, refino de petróleo X
12 Produtos minerais não-metálicos X
13 Material eletrônico X
14 Fabricação de estruturas metálicas X
Resultados e Discusssão
Todas as empresas que responderam ao questionário afirmaram que
realizavam EA em seus domínios e talvez por isso tenham se disposto a participar
da pesquisa. As motivações para realizar a EA são apresentadas no Quadro 4.
Os dois motivos principais para a prática da EA nas empresas foram as
políticas internas (ca. 83%) das empresas associadas com a busca pela certificação
em gestão ambiental (ca. 76%). Esse comportamento já foi parcialmente encontrado
por outros autores no que concerne à busca de certificações (cf. LAYRARGUES, 2000),
mas não como parte da política interna da empresa, podendo essa asserção abranger
múltiplas interpretações, inclusive a própria busca de certificação do SGA. Essa
tendência já foi confirmada por BERNA (2005) ao enunciar que a questão ambiental
deixou de ser interesse apenas de ambientalistas, passando a integrar a pauta
empresarial. A empresa agora apresenta postura pró-ativa, diferentemente do que
se costumava observar nos anos 70, quando se considerava a relação entre proteção
ambiental e desenvolvimento como absolutamente antagônica. Porém, esse
interesse não se deveu ao amor ou à preocupação com a natureza, mas sim a uma
estratégia de negócios, pois trabalhar pela melhoria contínua dos resultados
ambientais da empresa poderia trazer benefícios e vantagens competitivas.
11. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 47
Quadro 4 Relação de motivos apontados pelas empresas para a realização da EA.
Termo de Ajuste Política
Certificação Outros
Empresas Licenciamento de Conduta interna da
(ISO 14001) motivos
(TAC) empresa
1 X X
2 X
3 X
4 X X
5 X X X
6 X X X X X
7 X X X X
8 X X
9 X X
10 X
11 X X
12 X X X
13 X
14 X
15 X
16 X
17 X
18 X X X X
19 X X X
20 X X
21 X X
22 X X
23 X X
24 X
25 X X
26 X
27 X X
28 X X X X
29 X X X
Total 7 22 4 24 4
(%) (24,1%) (75,9%) (13,8%) (82,8%) (13,8%)
12. 48 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
A certificação ISO 14001 também aparece como importante incentivo para
as empresas integrarem a EA em sua pauta. Para CAJAZEIRA E BARBIERI (2005), a
preocupação das empresas em obter a certificação ISO 14001 se deve ao desejo
de melhorar sua reputação e seu desempenho financeiro e mercadológico. Ela
surge como grande avanço em direção à produção industrial limpa e, conse-
qüentemente, ao equacionamento da problemática industrial relativa ao ambiente,
contornando a omissão das empresas em recente passado extremamente poluidor.
Mas o principal objetivo das empresas, ao se interessarem pela certificação,
é prover as organizações com os elementos de um sistema de gestão ambiental
eficaz, passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a auxiliá-
las a alcançar suas metas ambientais e econômicas. Esses objetivos estão
intimamente relacionados com as exigências regulatórias. Não apenas em função
do cumprimento pró-ativo de uma legislação ambiental cada vez mais exigente,
mas, sobretudo, em função de minimizar os riscos de acidentes que por ventura
possam gerar passivos ambientais com valores significativos, trazendo prejuízo
financeiro às empresas.
Preocupante foi constatar a baixa motivação de realização da EA para atender
a condicionantes de licenciamento. Essa situação se contrapõe ao ProNEA, que
exige programa instituído de EAE para a obtenção ou renovação de licenciamento
por qualquer empreendimento e atividades consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou por aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental. Em suma, a realização da EAE está sendo motivada por questões
financeiras ou exigências governamentais e não por mudança autônoma de postura
empresarial para a construção de sociedades sustentáveis.
A avaliação da qualidade conceitual da EA nas empresas baseou-se no
relato de adesão ou não aos seis IQCs descritos anteriormente. A adesão ao IQC
referente à EA abrangente mostrou que nem sempre os atores sociais externos à
empresa foram contemplados. No Quadro 5 são apresentados os atores envolvidos
pela EA.
O Quadro 5 mostra que mais de 90% das empresas desenvolvem atividades
do que denominam de EA quase exclusivamente para os funcionários. Em relação
ao oferecimento da EA extramuros, a maioria das empresas (72,4%) informou
que a realizava. Cerca de 40% oferecem também EA aos fornecedores, o que não
deixa de ser uma atitude elogiável, apesar de não ser possível comprovar sua
efetividade e eficácia.
13. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 49
Quadro 5 Atores sociais influenciados pela EA das empresas.
Empresas Funcionários Fornecedores Outros atores
1 X
2 X
3 X X X
4 X
5 X X X
6 X X
7 X X
8 X X
9 X X X
10 X
11 X
12 X X
13 X X
14 X X
15 X
16 X X
17 X
18 X X
19 X
20 X X
21 X X
22 X
23 X
24 X X
25 X
26 X X
27 X
28 X X
29 X X
Total 26 12 11
(%) (89,7%) (41,4%) (37,9%)
O Quadro 6 mostra o perfil de quem realiza as atividades de EA para as
empresas.
14. 50 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
Quadro 6 Perfil dos atores que realizam a EA nas empresas estudadas.
Gestores Educadores Sem
Empresas Monitores Bolsistas Consultores Outros
ambientais internos resposta
1 X X
2 X X
3 X X X
4 X X
5 X X X
6 X X
7 X X
8 X X
9 X X
10 X X
11 X
12 X X X
13 X
14 X
15 X
16 X
17 X X
18 X X X X
19 X X X X
20 X X
21 X X
22 X X
23 X X X
24 X
25 X X
26 X
27 X X X
28 X X
29 X X X
20 12 6 1 9 12 1
Total (%)
(69,0%) (41,4%) (20,7%) (3,4%) (31,0%) (41,4%) (3,4%)
15. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 51
Os dados do Quadro 6 revelam que em quase todas as empresas a EA é
disponibilizada por mais de um segmento profissional e que a maioria delega aos
gestores ambientais o desenvolvimento de seus programas de EA. Verifica-se que
menos da metade das empresas possui segmento profissional específico na área
de educação, fortalecendo a idéia de que as estratégias pedagógicas não são
adequadas para a implementação da EA (ADAMS, 2005; ADAMS E GEHLEN, nesta
coletânea).
A Figura 1 mostra que, ao responder ao questionário, quase todas as empresas
afirmam praticar uma EA emancipatória, que é o objetivo principal da EASS. No
entanto, durante a entrevista, verificou-se que nenhuma empresa sabia o que era
de fato uma EA emancipatória nos moldes do TEASS/ProNEA, e, tampouco, a
buscava, numa demonstração de marketing enganoso. A EA emancipatória pode
ser considerada o mais importante indicador de qualidade conceitual por sintetizar
o objetivo máximo da educação, que é a emancipação do cidadão.
82,7%
90
80
70
60
50
%
40
30 13,7%
20 3,4%
10
0
Sim Não Não responderam
Figura 1 Expressão quantitativa da busca de uma EA emancipatória.
O Quadro 7 sintetiza as respostas dos entrevistados sobre os seis indicadores
de qualidade conceitual, buscando mostrar se eles foram identificados como
adequados, parcialmente adequados ou inadequados.
Os resultados mostram 92,5% das empresas, ou seja, a maioria absoluta,
com parâmetros conceituais não informados ou inadequados. Somente 7,5%
dos parâmetros dos IQCs foram avaliados como adequados, indicando que a
preocupação das empresas está voltada para conservação dos recursos biofísicos
apenas, sem qualquer empenho em habilitar o indíviduo, objeto dessa EA, a
atuar lúcida, política e responsavelmente na solução dos problemas sócio-
16. 52 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
ambientais em seu contexto. Esses resultados confirmam aqueles encontrados
por PEDRINI E PELLICCIONE (2007).
Quadro 7 Indicadores de qualidade conceitual (IQC) da EASS em atividades de educação
ambiental empresarial especificadas no questionário e sua adequabilidade conceitual.
IQC-1 IQC-2 IQC-3 IQC-4 IQC-5 IQC-6
Empresas
Ni In Ad Ni In Ad Ni In Ad Ni In Ad Ni In Ad Ni In Ad
1 X X X X X X
2 X X X X X X
3 X X X X X X
4 X X X X X X
5 X X X X X X
6 X X X X X X
7 X X X X X X
8 X X X X X X
9 X X X X X X
10 X X X X X X
11 X X X X X X
12 X X X X X X
13 X X X X X X
14 X X X X X X
15 X X X X X X
16 X X X X X X
17 X X X X X X
18 X X X X X X
19 X X X X X X
20 X X X X X X
21 X X X X X X
22 X X X X X X
23 X X X X X X
24 X X X X X X
25 X X X X X X
26 X X X X X X
27 X X X X X X
28 X X X X X X
29 X X X X X X
Total 4 24 1 6 19 4 8 20 1 1 27 1 12 17 0 12 11 6
Legenda: IQC-1 até IQC-6: ver Quadro 1; Ni: não informado; In: qualidade inadequada; Ad: qualidade
adequada.
17. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 53
Observa-se ainda que há muito a se aperfeiçoar para que a EAEB atinja
qualidade conceitual e, por conseguinte, qualidade em suas práticas, tornando-se
verdadeiramente uma EASS. As atividades de EA se limitam a ações voltadas
para a gestão de recursos físicos, como gestão da água ou dos seus resíduos, em
que a maioria das empresas implementa o que denominam de EA por conta de seu
SGA. O objetivo deste questionamento é propor às empresas que, ao planejarem
seu programa de EA, o façam sobre uma base conceitual de qualidade, garantindo
o suporte necessário para a implantação do SGA, porém, sem adulterar seu
verdadeiro objetivo ao longo do caminho. Este irá se manter íntegro em sua proposta
de levar o indivíduo a construir valores a fim de fomentar aptidões e atitudes
necessárias para compreender as inter-relações entre o homem, sua cultura e seu
meio biofísico e, principalmente, se torne apto a agir, individual e coletivamente,
na solução de problemas ambientais.
O Quadro 8 apresenta os aspectos da EA oferecidos pelas empresas incluídas
neste estudo, tendo por base os indicadores de qualidade conceitual de EAEB.
Quadro 8 Resultados de cada um dos indicadores de qualidade conceitual (IQC) de EAEB
nas empresas incluídas nesta pesquisa.
IQC Comentários
Maioria absoluta inadequada e sem qualquer pretensão de fazer com que o
1. EA indivíduo perceba claramente os problemas que o limitam. Desconhecem
emancipatória completamente o princípio dessa capacitação, limitando-se a ensinar
comportamentos ecologicamente corretos.
Maioria inadequada na adoção da EDS, à exceção de uma empresa que conhece
2. EA
e considera o conceito da EASS. Demonstram que na sua concepção mudar
transformadora
hábitos e condutas se restringe a realizar coleta seletiva.
Maioria absoluta inadequada. A EA oferecida pelas empresas restringe-se a
3. EA
eventos pontuais e técnicos, sem estabelecer nenhuma conexão entre
participativa
mobilizações coletivas e questão ambiental.
Neste indicador levaram-se em consideração outros fatores, como: por quem era
4. EA oferecida a EA, como se estabeleciam as atividades e considerações acerca de
abrangente representações sociais do meio. Desta forma, apesar de a maioria abranger tanto
o público interno quanto o externo, grande parte foi considerada inadequada.
Maioria absoluta inadequada, restringindo suas ações a treinamentos realizados
5. EA
em espaços de tempo muito longos, sugerindo que as empresas não entendem
permanente
que a EA é um processo contínuo.
Maioria absoluta inadequada. Percebe-se, mais uma vez, que as empresas
6. EA desconhecem o princípio da capacitação, pois a maioria das práticas apresentadas
contextualizadora relaciona atividades cotidianas, como reciclagem. O que dirá então fazer
conexão com problemas globais!
Os IQCs referentes à EA evidenciam que não há um referencial teórico-
conceitual de qualidade que norteie os programas de EA das empresas. Dessa
18. 54 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
forma, conforme já afirmado por PEDRINI E PELLICCIONE (2007), a EAEB ainda está
longe de ser uma EASS, comportando-se muito mais como uma EA con-
servacionista ou uma EDS.
As empresas tendem a realizar suas atividades em ações pontuais esvaziadas
de sentido mais profundo, que encontram fim na superficialidade. Desta forma,
pululam programas do tipo caminhadas ecológicas, “plante uma árvore no Dia da
Árvore”, oficinas e projetos de reaproveitamento de materiais e campanhas em
datas ecológicas, em que não existem questionamentos e discussões mais profundas.
Nessas condições, o que deveria ser um tema-gerador se contrafaz, quase sempre,
em uma forma de instrução de caráter essencialmente técnico, sem que se mostre
a verdadeira configuração da EA como projeto de vida, de lutas sociais para os
cuidados sócio-ambientais, tão necessários à construção de uma tão almejada
sociedade mais justa.
Verificou-se que a palavra consciência aparece em todas as atividades
propostas ou realizadas na EA empresarial. Nesse sentido, nota-se uma banalização
da idéia de consciência ambiental, ao mesmo tempo em que não existe uma proposta
clara e mais profunda sobre o que dita essa conscientização ambiental. Assim,
questiona-se: criar consciência para o quê? E para quem? Falta às empresas a
noção de que o ambiental está relacionado às diferentes formas de apropriação,
uso e significação (conferida por sujeitos diversos) de elementos do mundo material,
referidos ao que diz respeito à terra, ar, água, flora e fauna. Situar a conscientização
ambiental como universalizante, em um bloco monolítico, será ineficiente, uma
vez que as representações do meio físico-natural são legitimadas a partir de seu
significado (econômico, estético, sagrado, lúdico, etc.), sobre onde são instituídas
as variadas práticas de apropriação e uso desses recursos, garantindo a reprodução
social de sua existência (QUINTAS, 2004).
Além disso, também não basta conscientizar as pessoas (“as pessoas ainda
não estão conscientizadas dos problemas ambientais”). Esse consenso se encontra
despojado de fundamentos críticos da significação política da palavra, inserida no
pensamento de Paulo Freire.
Um aspecto importante constatado neste estudo foi que as empresas
consideram as soluções dos problemas ambientais responsabilidade do indivíduo.
QUINTAS (2004) afirma que o fato de cada um fazer sua parte, por si só, não
assegurará a prevenção e a superação dos problemas ambientais. Torna-se
complicado assumir, no atual estilo social de vida, condutas que estejam de acordo
com práticas de proteção ambiental, pois podem estar distante das condições da
grande maioria das pessoas. Assim, o esforço da EA deve ser apontado para a
compreensão e busca de superar as causas estruturais dos problemas ambientais
através da ação coletiva e organizada.
LOUREIRO (2002) concorda com esta afirmação ao colocar que os problemas
são complexos e não derivam diretamente do indivíduo, não bastando, portanto,
19. Educação Ambiental Empresarial: Uma Avaliação Conceitual... 55
que cada um faça a sua parte. Um exemplo interessante dado por esse autor mostra
que nos últimos vinte anos o número de entidades assistenciais duplicou, assim
como o número de pessoas que praticam a caridade, contudo, a miséria acentuou-
se, uma vez que a estrutura sócio-econômica e a lógica da concentração de renda
e de poder não foram alteradas.
Concluindo, as empresas estudadas não praticam, em sua maioria, uma EASS
e, tampouco, uma EA com qualidade conceitual, confirmando o que tem sido
relatado por pesquisadores da área que ainda não encontraram uma Educação
Ambiental Emancipatória como prega o Programa Nacional de Educação
Ambiental. Contribui-se, desse modo, para manter o status quo do caos sócio-
ambiental global.
Resumo
O presente capítulo tem por objetivo identificar práticas de Educação Ambiental Empresarial
(EAE) na região Sudeste brasileira e verificar a qualidade de seu conceito. Isso significa
aderir aos preceitos do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global (TEASS) adotado integralmente pelo Programa Nacional de
Educação Ambiental (ProNEA), que norteia a EA brasileira. O conceito de Educação
Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global (EASS) foi
operacionalizado, apresentando seis indicadores de qualidade (IQC): a) emancipatório; b)
transformador; c) permanente; d) contextualizador; e) globalizador; e f) abrangente. A
coleta de dados/informações foi feita pelo envio, por e-mail, de questionário a cerca de
630 empresas da região Sudeste certificadas pela ISO 14001 de Gestão Ambiental. Das 29
empresas que devolveram o questionário preenchido, 13 foram entrevistadas por meio de
roteiro semi-estruturado. Grande parte entende que ações como redução do consumo de
água e gestão adequada de resíduos se traduz em EA. A maioria absoluta dos IQCs não
foram identificados, considerando-se que não se realiza a EASS no contexto empresarial e
tampouco seu conceito adere ao exigido pelo ProNEA, constituindo-se essencialmente de
práticas de conteúdo conceitual fraco cujas ações se configuram como de eficácia duvidosa
e com caráter conservacionista.
Palavras-chave: Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis, empresas, região
Sudeste brasileira, qualidade, conceito, pesquisa exploratória.
Abstract
The present chapter intends to identify the existence of Environmental Education practices
in Companies (EEC) of the southeastern region of Brazil and to verify their concepts quality
that is to adhere to the proposals of the Treatise on Environmental Education for Sustainable
Societies and Global Responsibility (TEASS) entirely adopted by the National Program of
Environmental Education (ProNEA). The concept of Environmental Education for
Sustainable Societies and Global Responsibility (EASS) has been put in operation, based
on six quality indicators (IQC), and should: a) emancipate; b) transform; c) be permanent;
d) context related; e) global; and f) broad. Data/information were obtained e-mail sending
20. 56 EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL NO BRASIL
a questionnaire to some 630 companies in the southeastern region of Brazil that were
certified by the ISO 14001 Environmental Management norm. Among the 29 companies
that returned a filled questionnaire, 13 were interviewed using a half-structured script.
Most of the company’s understands that actions such as reduction of water consumption
and adequate management of wastes mean EE. The absolute majority of the IQC´s has not
been identified, since the EASS is not being realized in company’s context and sinse its
concept does not adhere to principles required by ProNEA (public politics guiding the
Brazilian EE), being essentially constituted by practices of fragile conceptual content whose
actions seem to have doubtful efficiency and having a conservationist character
Kew words: Environmental Education for Sustainable Societies, companies, Brazilian
southeastern region, quality, concept, exploratory research.