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I SEMANA DE HISTÓRIA
CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO
     26 a 30 de março de 2012




         Rolim de Moura/UNIR
                 2012
CADERNO DE RESUMOS




  I Semana de História
    CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO
              UNIR/Rolim de Moura

          26 a 30 DE MARÇO DE 2012




                  Realização
        Universidade Federal de Rondônia
Departamento de História – Campus Rolim de Moura
       Programa de Graduação em História

                 Rolim de Moura/RO
                        2012




                                                   1
I SEMANA DE HISTÓRIA
CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO




      Organização do Volume
         Adriane Pesovento
  Veronica Aparecida Silveira Aguiar



               Capa
           Thiago Sartoro



            Diagramação
  Veronica Aparecida Silveira Aguiar




                                       2
COORDENADORAS DA I SEMANA DE HISTÓRIA
Profa. Ms. Adriane Pesovento (UNIR)
Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (UNIR)

COMISSÃO ORGANIZADORA LOCAL
Prof. Ms. Márcio Marinho Martins
Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva
Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro


COMISSÃO CIENTÍFICA
Profa. Ms. Adriane Pesovento
Prof. Ms. Márcio Marinho Martins
Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva
Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro
Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar

ORGANIZAÇÃO
Curso de História/Departamento História (UNIR)

APOIO
Universidade Federal de Rondônia

COMISSÃO DE APOIO
Monitores da UNIR de Porto Velho
Monitores da UNIR de Rolim de Moura

AGRADECIMENTOS
Associação Nacional de História – ANPUH
Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis - PROCEA
Reitoria – UNIR
Pró-Reitoria de Extensão – UNIR




                                                       3
APRESENTAÇÃO


      Realizar a I SEMANA DE HISTÓRIA: CULTURA, RESISTÊNCIA E
SUJEITO é provar que todos os sonhos são possíveis. Foi com as premissas do
trabalho e da disciplina que alunos, professores, pesquisadores e funcionários da
Universidade Federal de Rondônia, Campus de Rolim de Moura, mobilizaram-
se para concretizar um projeto permanente de eventos acadêmicos na área de
História. Para tal empreendimento convocamos os professores e alunos do
Campus da Capital para juntos conosco iniciar esta empreitada. O curso de
História de Rolim de Moura foi criado em 2010 e pretende seguir com a troca
interdisciplinar de pesquisa em âmbito estadual e fundar laboratórios de
pesquisa em todo o estado de Rondônia.
      A temática escolhida para a I Semana de História foi a cultura, resistência
e sujeito, a partir da qual buscou-se promover o debate privilegiando a história
do Estado de Rondônia e a prática do ensino de História.
      A realização do evento contou com o apoio fundamental e auxílio
precioso dos alunos de graduação de História do Campus de Rolim de Moura. A
eles agradecemos sinceramente pelo carinho e dedicação. Agradecemos também
aos graduandos de Porto Velho, que são dispostos, interessados e nos ajudam na
concretização do evento.
      Também de fundamental importância é a participação dos docentes da
Universidade Federal de Rondônia, Campus da Capital e do interior. Um
agradecimento especial a todos os nossos queridos colegas que, sempre solícitos
e diligentes, ajudam a promover um intercâmbio de pesquisa no Estado de
Rondônia.
      Além das conferências, oficinas, mesas redondas e mini-cursos oferecidos
pelos pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia, este ano, temos o
prazer de apresentar a conferência do Professor Doutor Benito Bisso Schmidt,
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atual presidente da Associação
                                                                                4
Nacional de História – ANPUH. A presença deste renomado expoente da
historiografia nacional assinala a refundação da seção regional, ANPUH-RO. É
com muita satisfação que anunciamos a volta de Rondônia para o circuito
nacional de pesquisa em História.
      Estimamos que mais estudantes e profissionais de História se juntem
conosco e usufruam de uma excelente jornada de estudos nesses cinco dias da I
Semana de História: Cultura, resistência e sujeito.


                                                           As organizadoras,
                       Adriane Pesovento e Veronica Aparecida Silveira Aguiar




                                                                            5
SUMÁRIO




Programação Geral ......................................................................................... 7


Resumos de Conferências ............................................................................... 15


Resumos das Mesas Redondas......................................................................... 18


Resumos dos Mini-cursos ................................................................................ 29


Resumos das Oficinas ...................................................................................... 35


Resumos das Comunicações ............................................................................ 41


Resumos dos Pôsteres ...................................................................................... 49


Realização ........................................................................................................ 52


Agradecimentos.................................................................................................. 54




                                                                                                                         6
PROGRAMAÇÃO GERAL




                    7
PROGRAMAÇÃO GERAL

26 DE MARÇO DE 2012 – SEGUNDA-FEIRA
14:00-18:00 Credenciamento
18:00- 20:00 Apresentação cultural Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)
19:00- 22: 30 Conferência de Abertura
              Cultura e religião: as raízes do sincretismo religioso afro-brasileiro
              Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR)
Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho


27, 28 e 29 DE MARÇO DE 2012 (TERÇA, QUARTA E QUINTA)
14:00 - 16:00 Oficina 1 - Desafios para a história local
              Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro (História/UNIR)
14:00 - 16:00 Oficina 2 - História oral: desvios e sentidos no imaginário amazônico
              Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms.
              Zairo Carlos da Silva Pinheiro (História/UNIR)
14:00 - 16:00 Oficina 3- Os territórios da Morte em Porto Velho na primeira metade do
              século XX
              Prof. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR)
14:00 - 16:00 Oficina 4 - Migrações em Rondônia nas décadas de 1970 a 1980
              Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)
14:00 - 16:00 Oficina 5 - Educação patrimonial: Arqueologia em Rondônia
              Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu Regional de Arqueologia
             de Médici) e Prof. Esp. José da Silva Garcia (Museu Regional de Arqueologia
             de Médici)
14:00 - 16:00 Oficina 6 - Movimentos sociais e ação dos partidos políticos numa visão do
              socialismo científico
              Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms.
              Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC)
Local: Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura - UNIR


27 DE MARÇO DE 2012 – TERÇA-FEIRA
16:00 - 17:30 MESA-REDONDA 1 - ESTUDOS SOBRE O ESPAÇO E A CULTURA
RONDONIENSE
                                                                                           8
Coordenação: Prof. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)


CULTURAS DESVIANTES: AS ESPACIALIDADES DAS COMUNIDADES
RIBEIRINHAS DO VALE DO GUAPORÉ (RO)
Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR)
FILOSOFIA AFRICANA: O PENSAR AFRICANO
Prof. Ms. Everaldo Lins de Santana (Filosofia/UNIR)
ARQUEOLOGIA NO CENTRO-LESTE RONDONIENSE: PESQUISA E TURISMO
CULTURAL
Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu regional de arqueologia de Médici)
Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho


27, 28 e 29 DE MARÇO DE 2012 (TERÇA, QUARTA E QUINTA)
19:00 – 21:00 Mini-curso 1 - A construção do “sujeito” durante a migração em Rondônia:
              final da década de 1970 a 1990
              Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR)
19:00 – 21:00 Mini-curso 2 - O que nos resta é a cor? Movimento negro e a resistência negra
              no Brasil
              Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)
19:00 – 21:00 Mini-curso 3 - Antropologia e cultura popular
              Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR)
19:00 – 21:00 Mini-curso 4 - Normalização de trabalhos acadêmicos em História
              Profa. Esp. Nágila Nerval Chaves (Biblioteconomia/UFES)
19:00 – 21:00 Mini-curso 5 - O problema da repetição em História
             Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR)
19:00 – 21:00 Mini-curso 6 - Gênero, regra e misoginia na época medieval
             Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)
19:00 – 21:00 Mini curso 7 - O processo de colonização recente em Rondônia e os conflitos
             agrários a partir da década de 1980
             Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms. Márcio
             Marinho Martins (História/UNIR)
19:00 – 21:00 Mini curso 8 - Projeto de pesquisa: passos metodológicos para a construção

             Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR)

                                                                                              9
Local: Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura - UNIR


27DE MARÇO DE 2012 – TERÇA-FEIRA
21:00 - 22:30 MESA-REDONDA 2 - CULTURAS E SUJEITOS NA CONSTRUÇÃO DA
HISTÓRIA DE RONDÔNIA
Coordenação: Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)
CULTURA NUMA ENCRUZILHADA: UMA DISCUSSÃO SOBRE OS CONCEITOS DE
CULTURA
Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)
CULTURA E DIALÉTICA: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO E O SEU POTENCIAL DE
RESISTÊNCIA
Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR)
UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA POLÍTICA DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS
EM RONDÔNIA: AGENTES E ASPECTOS DAS MUDANÇAS CULTURAIS
Profa. Ms. Marta Valéria de Lima (História/UNIR)
Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho


28 DE MARÇO DE 2012 – QUARTA-FEIRA
16:00 - 17:30 MESA REDONDA 3: INDÍGENAS E CAMPONESES EM RONDÔNIA:
HISTÓRIA, RESISTÊNCIA E LUTA PELA TERRA
Coordenação: Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR)
COLONIZAÇÃO RECENTE E A LUTA PELA TERRA EM RONDÔNIA
Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)
A RESISTÊNCIA INDÍGENA E CAMPONESA FRENTE A EXPANSÃO DO
LATIFÚNDIO NA ATUALIDADE
Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)
MIGRAÇÃO EM ROLIM DE MOURA E OS INTERESSES DO ESTADO
Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)
Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho


28 DE MARÇO DE 2012 – QUARTA-FEIRA
21 - 22:30 MESA-REDONDA 4 - OS SUJEITOS NA ANTROPOLOGIA, FILOSOFIA E
HISTÓRIA

                                                                            10
Coordenação: Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)
FRAGMENTOS DE HISTÓRIA INDÍGENA EM RONDÔNIA: INDÍCIOS DE MORTE E
VIDA NOS REGISTROS DOCUMENTAIS DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO ÍNDIO –
SPI
Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)
NOTAS SOBRE OS ENCONTROS E DESENCONTROS ENTRE HISTÓRIA E
ANTROPOLOGIA NAS GRADUAÇÕES DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS NA
UNIR
Prof. Ms. Ninno Amorim (Antropologia/UNIR)
A FILOSOFIA NA HISTÓRIA DE HEGEL
Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR)
Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho


29 DE MARÇO DE 2012 – QUINTA-FEIRA
16:00 – 17:30 MESA REDONDA 5: ESTUDOS SOBRE O ENSINO E O OFÍCIO DO
HISTORIADOR
Coordenação: Prof. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)
A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO PROFESSOR
Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR)
FRANCISCANISMO, SUJEITOS E O OFÍCIO DO HISTORIADOR
Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)
SABERES DOCENTES
Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR)
Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho


29 DE MARÇO DE 2012 – QUINTA-FEIRA
21:00 - 22:30 CONFERÊNCIA 2: POPULAÇÕES INDÍGENAS DE RONDÔNIA:
SOBREVIVÊNCIA, DESAFIOS
Prof. Dr. Edinaldo Bezerra de Freitas (História/UNIR)
Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho


30 DE MARÇO DE 2012 - SEXTA –FEIRA
14:00 às 15:30 Apresentação de Pôsteres e Comunicações
Local dos Pôsteres: sala 1 – UNIR
                                                                     11
Pesquisas sobre Educação e História
Coordenação: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)
AS RELAÇÕES SEMIFEUDAIS NO AMBIENTE ESCOLAR: SE VOCÊ MANDA, EU
OBEDEÇO!
Acadêmica: Silmara Ferreira Lopes (Pedagogia/UNIR)
Orientadora: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)
BARBADIANOS: BASTIDORES DE UM PRECONCEITO EM PORTO VELHO.
POPULAÇÕES NEGRAS URBANAS: CULTURA, IDENTIDADE E
TERRITORIALIDADE.
Acadêmica: Rita Clara Vieira da Silva (História/UNIR)
Orientador: Prof. Dr. Dante Ribeiro Fonseca (História/UNIR)
Co-orientadora: Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR)


APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES
Local Comunicações 1: sala 2 - UNIR
Pesquisas sobre a história de Rondônia
Coordenação: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)
O NATIVO GUERREIRO - O SENTIDO DE GUERREAR NAS SOCIEDADES
INDÍGENAS AMAZÔNICAS PRÉ-COLONIAIS
Acadêmica: Elis da Silva Oliveira (História/UNIR)
AMAZÔNIA, DESCASOS E DIFICULDADES: CONTRIBUIÇÕES PARA O
ENTENDIMENTO HISTÓRICO-ANTROPOLÓGICO DOS POVOS NATIVOS ANTES
DA INVASÃO EUROPEIA
Acadêmico: João Lucas Proença da Silva (História/UNIR)
Orientadora : Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR)
A FORÇA DOS TEMPOS: CURA DE “CABOCLO” EM UM TERREIRO PORTO
VELHO/RO. 2011
Acadêmico: Leonardo Lucas Britto (História/UNIR)
Orientador: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)


Local Comunicações 2: sala 3 - UNIR
Pesquisas sobre a História da Educação e movimentos sociais
Coordenação: Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)

                                                                          12
A ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA PERSPECTIVA
CONSTRUTIVISTA X PERSPECTIVA FREIRIANA
Graduados: José Aparecido da Cruz e Rogério Lopes de Jesus (Pedagogia/UNIR)
TEORIA CRÍTICA - INDÚSTRIA CULTURAL ONTEM E HOJE. DIALÉTICA E
ESCLARECIMENTO: “O REPENSAR DA INDÚSTRIA, CULTURA, EDUCAÇÃO E
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE” (AMPLIANDO OS HORIZONTES MODERNOS.)
Acadêmicas: Camila Felisberto Sousa e Elizângela Mendes de Araújo (História/UNIR)
HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES/MOVIMENTOS SOCIAIS DE RO/MT: LAÇOS E
ENTRELAÇOS COM A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA
Prof. Ms. Nelbi Alves da Cruz (Pedagogia/UNIR/UFMT)
A RELAÇÃO ENTRE O CUIDAR E O EDUCAR NOS MOMENTOS DE HIGIENE DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Acadêmica: Fernanda dos Passos (Pedagogia/UNIR
Orientadora: Dra. Marli Lucia T. Zibetti (Pedagogia/UNIR)


Local Comunicações 3: sala 4 - UNIR
Pesquisas sobre norma, doença e trabalho nas Ciências Humanas
Coordenação: Profa. Ms. Veronica Aguiar (História/UNIR)
A CATEGORIA TRABALHO: BREVE AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA E
PROSPECTIVA NUMA ABORDAGEM MARXISTA
Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR)
CONSIDERAÇÕES SOBRE A POBREZA NA REGRA E NO TESTAMENTO DE
FRANCISCO DE ASSIS (1182-1226)
Profa. Ms. Veronica Aguiar (História/UNIR)
A INVENÇÃO DO SUJEITO DOENTE MENTAL: A RESISTÊNCIA CIENTÍFICA
CONTRA A CULTURA MÍTICA DO DSM NO CAMPO DO DIAGNÓSTICO EM SAÚDE
MENTAL
Prof. Ms. Paulo Rogério Morais (Psicologia/UNIR)


30 DE MARÇO DE 2012 – SEXTA-FEIRA
15:30 - 16:30 Assembleia dos Estudantes
Centro Acadêmico de Históira
16:30 - 17:30 Assembleia Geral (ANPUH – RO)
Professores da UNIR
                                                                                    13
19:00 - 19:30 Apresentação cultural
             Profª. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)
21:00 às 21:30 CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
            O ofício do historiador na atualidade: possibilidades e limites
             Prof. Benito Bisso Schimidt (Presidente da ANPUH/UFRGS)
OBS: Haverá transporte para os que não possuem veículos.
(UNIR/Teatro Municipal)


21:30 – 22: 00 Cerimônia de Encerramento - Vídeo
              Profª Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)
Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho




                                                                              14
RESUMOS DAS CONFERÊNCIAS




                           15
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
Data: 26 de março de 2012
Horário: 19:30 h às 21:30 h


CULTURA E RELIGIÃO: AS RAÍZES DO SINCRETISMO RELIGIOSO AFRO-
BRASILEIRO
                                              Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR) 1.


        O fenômeno do sincretismo observado nas práticas religiosas dos negros escravizados
no Brasil é, historicamente, interpretado como um artifício de sobrevivência, um tipo de
resistência passiva à despersonalização e desenraizamento cultural cuja tentativa incide sobre
os escravos, particularmente no campo da cultura religiosa. O sincretismo religioso no Brasil
que produziu os cultos de matriz afro-brasileira, mais que um artifício é um dado da própria
cultura religiosa, em sua vertente africana, que gerou esses cultos. Confrontado com o caráter
dogmático e fechado do cristianismo, as crenças religiosas africanas cujas práticas
transformaram-se nos cultos de matriz africana no Brasil são abertas, não proselitistas e não
dogmáticas. Destarte, o ponto de vista sustentado nesse artigo é que o sincretismo como
ferramenta de resistência somente existiu entre os negros escravizados e seus descendentes
porque existia antes como uma possibilidade e uma prática em sua cultura religiosa. Ao
esconder Yemanjá por detrás de Santa Bárbara, ou cultuar as duas como entidades similares, o
africano e seu descendente estava dando curso apenas a mais uma forma de mestiçagem e
praticando um importante dado de sua prática religiosa ancestral.
PALAVRAS-CHAVE: cultos afro-brasileiros, sincretismo, cultura religiosa.



CONFERÊNCIA
Data: 29 de março de 2012
Horário: 19:30 h às 21:30 h

1
 Historiador pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFICS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Doutor em Ciências Socioambientais pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da
Universidade Federal do Pará (UFPa). Professor do Departamento de História (Porto Velho) e do Mestrado em
Ciências da Linguagem (Guajará-Mirim) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Vice-Diretor do Núcleo
de Ciências Humanas (NCH/UNIR) para o quadriênio 2010/2013. Coordenador do Mestrado em Ciências da
Linguagem (MCL/UNIR) para o biênio 2012/2013. Pesquisador do Centro de Documentação e Estudos
Avançados sobre Memória e Patrimônio de Rondônia (CDEAMPRO/UNIR), do Grupo de Pesquisa em História
Econômica e Planejamento Público na Amazônia (NAEA/UFPa) e do Centro de Pesquisas Lingüísticas da
Amazônia (CEPLA/UNIR). Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia (IHGRO). Presidente da
Academia de Letras de Rondônia (ACLER) para o biênio 2012/2013. Emeio: zeliafonseca@brturbo.com.br.
                                                                                                           16
POPULAÇÕES INDÍGENAS DE RONDÔNIA. SOBREVIVÊNCIAS, DESAFIOS.
                                       Prof. Dr. Edinaldo Bezerra de Freitas (História/UNIR)


       Em um estado de perfil caracteristicamente anti-indígena, as etnias da chamada "Terra
de Rondon" podem e devem ser compreendidas sob o impacto da formação de processo de
ocupação e colonização bastante recente e portador de valores danosos ao meio ambiente e a
sobrevivência das suas versões de diversidades culturais. Doenças e dizimação populacional
perda de territórios, invasões de madeireiras, garimpeiros, catequese proselitista, políticas
indigenistas questionáveis, são etapas a ser estudadas e que darão possíveis respostas a
compreensão de uma população representada antagonicamente por mais de cinqüenta
representações étnicas, mas em paradoxo, compostas de apenas aproximadamente dez mil
indivíduos. Fragmentação, isolamento, desafios de organização e sobrevivências são assim o
convite a pesquisa e ao engajamento político da causa da pluralidade humana.
PALAVRAS-CHAVE: Indígenas, Rondônia, História



CONFERÊNCIAS DE ENCERRAMENTO
Data: 30 de março de 2012
Horário: 19:30 h às 21:30 h
O OFÍCIO DO HISTORIADOR: POSSIBILIDADES E LIMITES
                                   Prof. Dr. Benito Bisso Schmidt (UFRGS/ANPUH/ABHO)


       A conferência abordará alguns dos desafios colocados aos profissionais de História na
atualidade, especialmente aqueles que dizem respeito a sua atuação em espaços como museus,
arquivos, memoriais, instituições ligadas ao turismo, entre outros ambientes voltados ao que
normalmente se chama de "preservação da memória". Para tanto, serão tratados questões
referentes à formação do historiador, a sua prática profissional e ao papel da Associação
Nacional de História - ANPUH neste contexto.
PALAVRAS-CHAVE: Ofício do Historiador, lugares de memória, ANPUH.




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RESUMOS DAS MESAS REDONDAS




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MESAS REDONDAS


Data: 27 de Março de 2012
Horário: 16:00 h às 17:30 h


MESA 1: ESTUDOS SOBRE O ESPAÇO E A CULTURA RONDONIENSE
Coordenação: Prof. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR)


VALE DO GUAPORÉ: TERRITÓRIO DAS ESPACIALIDADES DAS CULTURAS
DESVIANTES2
                                   Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR)
                                                         “A coisa em imagem e a coisa em realidade
                                                                       são uma única e mesma coisa
                                                            em dois planos diferentes de existência:
                                                                 coisa e imagem” (SARTRE, 1996).

        A compressão espaço-tempo é fenômeno natural? As conseqüências da modernidade
são experiências universais? O cotidiano é tempo da mesmice? O lugar é espaço alienante?
Neste ensaio colocamos em xeque tais questões, ao consideramos que existem modos de viver
não convenientes e nem convincentes as leis do mercado. Na lida cotidiana, conjugada com o
sentido de pertença ao lugar, indivíduos e grupos culturais se desviam das formas consumistas
de espaço/tempo, por meio da utilização de táticas e práticas desviantes. Esses modos são
encontrados nas cidades, por meio de vivências solitárias de práticas desviantes, mas nas
comunidades ribeirinhas amazônicas, a cultura desviante funda a existência. Caminhantes
entre mundos: o mundo das águas e o mundo da floresta, os ribeirinhos do Vale do Guaporé
vivenciam espacialidades fugitivas da concepção universal, totalizante e naturalizante da
lógica capitalista. Buscamos compreender a lógica das culturas desviantes no diálogo entre as
espacialidades vividas entre as águas e a terra pelos ribeirinhos guaporeanos.
PALAVRAS-CHAVE: Vale do Guaporé, ribeirinhos e, cultura desviante.


FILOSOFIA AFRICANA: O PENSAR AFRICANO
                                           Prof. Ms. Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC)



2
 As abordagens sobre as comunidades ribeirinhas do Vale do Guaporé, como portadoras de culturas desviantes,
apresentadas neste artigo, compõem parte da tese de doutorado defendida no IESA/UFG em maio de 2011.
                                                                                                        19
É comum se afirmar que a filosofia tem sua origem na Grécia antiga, entretanto,
esquece-se que Tales de Mileto passou um longo período no Egito estudando com seus os
sábios, Pitágoras permaneceu em terras egípcias durante, aproximadamente, 22 anos, além
disso, Flávio Josefo nos informa que...Tales e Pitágoras foram alunos dos egípcios;
Champollion afirmava que a interpretação dos monumentos do Egito demonstrava a origem
egípcia...das principais doutrinas filosóficas da Grécia e Platão deve seus conhecimentos de
matemática aos egípcios.
       A partir desses poucos e genéricos exemplos, apenas à guisa de ilustração, pode-se
constatar que, antes da Grécia, que nessa época ainda não era Grécia, a África, através do
Egito, já praticava, há bastante tempo, o pensamento que, mais tarde, passaria a ser rotulado,
pelos gregos, de “filosófico” e que, portanto, já se fazia filosofia, no continente africano, o
que nos leva a falar de uma filosofia africana e de um pensar também africano.
       Vale salientar, ainda, o fato de que, embora em muitos países se valorize a filosofia
africana, essa expressão soa estranha para muitos que se “amarram” a Hegel.
PALAVRAS-CHAVE: Doutrinas filosóficas, África, Filosofia africana.

ARQUEOLOGIA NO CENTRO-LESTE RONDONIENSE: PESQUISA E TURISMO
CULTURAL
Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu regional de arqueologia de Médici)

          Rondônia possui denso patrimônio arqueológico, porém as pesquisas arqueológicas
na região iniciaram-se apenas a partir da década de 80, com impulso maior nos últimos 10
anos. O centro-leste rondoniense apresenta características especiais dentro deste contexto por
apresentar também grande densidade de sítios com arte rupestre, tendo sido localizados até o
momento 21 sítios, caracterizados unicamente por gravuras. Porém, em toda a região, já
foram localizados e catalogados mais de 100 sítios arqueológicos, distribuídos em cerâmicos
(alguns destes com terra preta), e amoladores/polidores. Trata-se de pesquisa em
desenvolvimento, cujos resultados preliminares demonstram grande diversidade morfológica
para os sítios com arte rupestre e, para os lito-cerâmicos, vem reforçando a Teoria de que a
região do alto e médio curso do rio Ji-Paraná teria sido a terra natal dos povos do tronco Tupi.
Tem-se observado também que o turismo informal, em alguns momentos, desenvolveu
práticas de vandalismo, que, juntamente com a omissão de agentes públicos e privados,
associados às intempéries naturais e ações antrópicas, tem contribuído para a deterioração
destes locais. Porém, ações de proteção foram iniciadas pela prefeitura de Presidente Médici

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que também estabeleceu parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
para tal.
PALAVRAS-CHAVE: patrimônio arqueológico, arte rupestre, turismo cultural.


Data: 27 de Março de 2012
Horário: 21:00 h às 22:30 h


MESA 2: CULTURAS E SUJEITOS NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DE
RONDÔNIA
Coordenação: Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)


CULTURA NUMA ENCRUZILHADA: DISCUSSÕES SOBRE O CONCEITO DE
CULTURA NA HISTÓRIA
                                           Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)


        O advento da História Cultural e suas implicações para a metodologia e para a teoria
da História tornaram fundamental a necessidade de conceituação, ou ao menos, a tentativa de
tornar um pouco mais evidente o que a palavra Cultura pode representar para a História.
        Apesar de o pano de fundo desta proposta de mesa redonda ser a História Cultural e
suas importantes discussões tais como a da própria palavra “representação”, não nos ateremos
em comentar sobre a História Cultural, mas sim, traçar em linhas gerais, alguns conceitos
possíveis para a palavra Cultura os quais poderão servir de direção para o historiador (ou
aprendiz) quando estiver a exercer a tarefa legada por Clio.
        Tarefa que, segundo Eric Hobsbawm, pode vir a ser transformada em “matéria-prima
para as ideologias nacionais ou étnicas”. Há, portanto, que se tomar cuidado com o fazer
histórico, sobretudo quando se “escolhe” esta ou aquela determinada “cultura” como objeto de
estudo e pesquisa.
        O que significa cultura? O que podemos entender com esta Palavra?
        Cultura pode ser entendida como sinônimo de Educação (aquela pessoa tem muita
cultura, foi muito bem educada). Pode relacionar-se ao conhecimento, ao saber (ele é muito
culto). Pode referir-se às artes de um modo geral: pintura, teatro, música (essas são as
manifestações culturais desse povo). Pode definir um cultivo, uma lavoura (minha cultura é a
soja). Aliás, é da Agricultura que nasce o termo Cultura, cujo significado mais próximo diz

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respeito a tudo aquilo que não é natural, que não é encontrado na natureza. Tudo aquilo que é
produzido pelo homem, para o homem pode ser considerado Cultura.
       De fato é difícil atribuir um significado à palavra Cultura, sem associá-lo a um campo
(na acepção de Pierre Bourdie), ou mesmo a uma área do conhecimento e suas
interdependências (Norbert Elias).
       Tanto mais difícil o é atribuir a cultura de um povo pois, mesmo a cultura (na
concepção dos fazeres humanos) não são engessados, não ficam parados no tempo, estão em
constante movimento, são reinventados todo o tempo, como nos lembra Hobsbawm em “A
Invenção das Tradições”. Ou mesmo os processos de resistências, de individualidades de
personificação tais como os sugeridos por Michel de Certeau.
       Assim, diante da complexidade de um simples termo tal como parece ser o da Cultura,
se faz necessário a todo historiador quando da escrita de sua pesquisa, de seu estudo, de
antemão tornar evidente o que está a entender, ao menos naquele determinado e sempre
limitado trabalho, por este ou aquele termo. Se o termo for Cultura, redobrar a atenção, e
estabelecer desde cedo qual a direção seguir já que a Cultura parece estar numa encruzilhada
de significados e sentidos.
PALAVRAS-CHAVE: Cultura, História, Metodologia.

CULTURA E DIALÉTICA: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO E O SEU POTENCIAL
DE RESISTÊNCIA
                                             Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR)


       Na definição de cultura ocorrem dois movimentos: o primeiro se refere ao conceito da
palavra de origem latina, do verbo colo, que significa cultivar o solo, aquilo que deve ser
cultivado. Esse significado se deu pelo fato do mundo romano estar ligado à agricultura,
significando assim o cultivo da terra. Ainda nessa discussão os gregos tinham como
pressuposto o desenvolvimento humano, em que Paidéia significava transmitir conhecimento
às crianças (BOSI, 1992); o segundo movimento se refere a não neutralidade, em que não
podemos considerar as práticas culturais como equivalentes, numa visão funcionalista, mas se
estabelecem relações de poder, em que ¨os sistemas simbólicos¨ cumprem a tarefa da
¨violência simbólica¨ (BOURDIEU,1998). Nesta dialética de construção e desconstrução o
sujeito redescobre seu potencial de resistência, em que dinamiza, relabora ou altera os
parâmetros consolidados numa sociedade pluralista.
PALAVRAS-CHAVE: Cultura, Sujeito, Resistência.
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UMA INTRODUÇÃO              À HISTÓRIA POLÍTICA DAS                  RELIGIÕES       AFRO-
BRASILEIRAS EM RONDÔNIA: AGENTES E ASPECTOS DAS MUDANÇAS
CULTURAIS
                                            Profa. Ms. Marta Valéria de Lima (História/UNIR)

       Este texto apresenta alguns resultados empíricos do projeto de doutorado História e
religiões afro-brasileiras de Rondônia: inserção, expansão e transformações de práticas
rituais e religiosas (1911-2009). Nele se discute como o campo das religiões afro-brasileiras
foi influenciado por determinados indivíduos, sendo apresentadas as suas estratégias de
inserção no cenário político e religioso local, tendo como pano de fundo o movimento de
organização das religiões afro-brasileiras em instituições federativas, assim como a
construção da identidade religiosa, política e social de Rondônia.
PALAVRAS-CHAVE: Umbanda, política, Rondônia.


Data: 28 de Março de 2012
Horário: 16:00 h às 17:30 h


MESA     3:   INDÍGENAS        E   CAMPONESES             EM     RONDÔNIA:      HISTÓRIA,
RESISTÊNCIA E LUTA PELA TERRA
Coordenação: Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR)


COLONIZAÇÃO RECENTE E A LUTA PELA TERRA EM RONDÔNIA
                                           Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)


       O artigo é uma síntese da análise realizada sobre a colonização recente de Rondônia e
dos conflitos agrários ocorridos entre as décadas de 1970, 1980 e 1990; apresentada na Mesa
Redonda Indígenas e Camponeses em Rondônia: História, Resistência e Luta Pela Terra, da I
Semana de História da UNIR, Campus de Rolim Moura. Partindo de uma análise que tem
como base o materialismo histórico e dialético, identifica o campesinato como importante
sujeito histórico na colonização recente e, ao mesmo tempo, aborda as possibilidades de
pesquisa desta temática para a produção historiográfica regional e que contribua para a
constituição de estudos de uma História Agrária rondoniense. O referencial teórico da
pesquisa parte da conceituação de que a estrutura agrária brasileira é do tipo semifeudal,
                                                                                          23
característica do capitalismo burocrático. Parte da discussão realizada é fruto de Dissertação
de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNIR e do diálogo
com outras pesquisas regionais que discutem a Questão Agrária no contexto de expansão da
fronteira agrícola para a Amazônia. A Ditadura Militar no Brasil através do processo de
colonização dirigida incentivou a migração de camponeses para a Amazônia visando conter
os conflitos agrários no centro-sul do país, transferindo-os para esta região.
PALAVRAS-CHAVE: Colonização, Campesinato, Conflitos Agrários.


A RESISTÊNCIA INDÍGENA E CAMPONESA FRENTE A EXPANSÃO DO
LATIFÚNDIO NA ATUALIDADE
                                           Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)

        O trabalho centra-se na análise dos processos de resistência indígena e camponesa no
contexto de expansão do latifúndio a partir do estudo sobre as relações semifeudais e
semicoloniais do capitalismo burocrático brasileiro. Capitalismo burocrático é o tipo de
capitalismo engendrado pelo imperialismo nos países atrasados mediante o domínio sobre
toda a sua estrutura econômica e social. A semifeudalidade iniciou-se na colonização do
Brasil e pode ser comprovada pela existência do latifúndio e das formas mais precárias de
trabalho predominantes no campo. Conforme dados oficiais, a concentração de terras no
Brasil aumentou e a maior parte das terras públicas está ocupada ilegalmente pelos
latifundiários, que continuam protegidos pelo Estado. O latifúndio vem se expandindo devido
aos processos de mecanização e commodities, chamados pelos capitalistas de agronegócio,
que é um tipo de latifúndio que conserva as relações semifeudais e vínculos mais fortes com o
imperialismo que o latifúndio tradicional. Além da expansão do latifúndio, grandes
empreendimentos econômicos avançam ameaçando as populações indígenas e camponesas
que ampliam o nível de organização e combatividade na luta pela terra como vem ocorrendo
no Estado de Rondônia nas últimas décadas.
Palavras-chave: Capitalismo Burocrático, Questão Agrária, Resistência Indígena.


MIGRAÇÃO EM ROLIM DE MOURA E OS INTERESSES DO ESTADO
                                    Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva3 (História/UNIR/SEDUC)

3
 Professora Substituta do Curso de História – Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura
onde ministra as Disciplinas de Metodologia Científica e A Pré – História do Brasil e Professora de História na
E.E.E.F.M. Priscila Rodrigues Chagas - SEDUC – Rondônia e Especialista em História Regional pela FAP e
Mestre do Curso de História e Ciências Sociais, uma parceria entre a UPO e UMA da Espanha e UNIR cujo
certificado está em fase de tramitação para convalidação no Brasil.
                                                                                                             24
Este texto tem o interesse de apresentar à sociedade as influências do Estado em
consonância com o processo migratório para Rolim de Moura desde seus primórdios
considerando os motivos reais para a implantação deste município. Além do mais primou-se
pela valorização dos dados colhidos pela pesquisa de campo cujo objeto de estudo foram os
migrantes que por sua vez, ocuparam e colonizaram as terras rolimourenses tornando – as
“famosas” em todo Estado de Rondônia de acordo com sua evolução econômica e política.
Almejando alcançar o objetivo compreender os motivos do Estado nesta região de Rolim de
Moura buscamos no decorrer de todo o contexto responder algumas indagações: Qual a
posição do Estado em relação a ocupação da Amazônia, Rondônia e Rolim de Moura? O que
o Estado pretendia para Rolim de Moura, uma localidade que deveria ser somente um núcleo
rural em Rondônia, Amazônia brasileira? Que ações do Estado para a região de Rolim de
Moura? Porque Rolim de Moura?        - Diante do exposto analisamos dados bibliográficos
publicados por Ianni (1979), Amaral (2004/2007), Becker (1997), Santos (2001) entre outros,
e também documentos que abordam sobre as ações do Estado deste a condução do processo
migratório contextualizando a migração de diversos estados brasileiros rumo a Amazônia,
Rondônia e como não poderia de ser, para Rolim de Moura. Facilitando uma discussão do
quadro teórico, primou-se por gravar as histórias de vidas dos migrantes colaboradores para
que houvesse possibilidade de conhecer com mais exatidão a participação popular dos
migrantes na construção do espaço onde ocorreu a investigação. Verificamos que a presença
do Estado deu-se de fato após árduo trabaho dos migrantes agricultores que abriram as linhas
vicinais e suas terras, isto é, o suporte necessário para que a o governo pudesse atuar,
explorando os potênciais econômicos que gerariam divisas ao Estado bem como garantir a
presença neste espaço geográfico que sedia o Vale do Guaporé.
Palavras-chave: migração, Estado, Rolim de Moura.


Data: 28 de Março de 2012
Horário: 21:00 h às 22:30 h


MESA 4: PESQUISAS EM ANTROPOLOGIA, FILOSOFIA E HISTÓRIA
Coordenação: Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)




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FRAGMENTOS DE HISTÓRIA INDÍGENA EM RONDÔNIA: INDÍCIOS DE
MORTE E VIDA NOS REGISTROS DOCUMENTAIS DO SERVIÇO DE
PROTEÇÃO AO ÍNDIO – SPI
                                              Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)

       O Serviço de Proteção ao Índio – SPI foi o órgão responsável inicialmente pela
“atração” dos indígenas, junto aos postos oficiais instalados em diversas regiões do país.
Fundado em 1910 era responsável pelas ações de aproximação e tentativas integracionistas
que nortearam as políticas e compuseram parte da história indígena em Rondônia. Utiliza-se
nesse estudo uma abordagem sócio histórica, tendo como categoria de análise a micro
história. A coleta de dados se fez a partir de fontes documentais, reunidas e depositadas no
banco de dados do Museu do Índio. Tais registros em sua maioria versam sobre aspectos
administrativos relacionados aos diversos Postos Indígenas (PI). Nesses documentos, escapam
informações sobre o cotidiano de luta e resistência indígena agindo e reagindo frente ao
estabelecido. Além disso, a garimpagem micro possibilitou a percepção de fragmentos
indiciários dos abusos praticados por autoridade dos PIs em relação à esses povos,
especialmente as histórias de algumas meninas/mulheres/índias Kanoê/Kapixanã que no ano
de 1948, no auge da mocidade foram vítimas de abuso sexual e exploração do trabalho. A
ênfase é dada ao posto Ricardo Franco, que se localizava as margens do Rio Guaporé,
próximo a Guajará Mirim (RO). No dualismo morte e vida, objetivou-se levantar informações
sobre tais abusos, doenças e epidemias, bem como as ações e/ou a inércia do poder público
frente a problemática.
PALAVRAS-CHAVE: história indígena, PI Ricardo Franco, Rondônia.


NOTAS SOBRE OS ENCONTROS E DESENCONTROS ENTRE HISTÓRIA E
ANTROPOLOGIA NAS GRADUAÇÕES DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS NA
UNIR
                                          Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR)


       A proposta é discutir a presença/ausência da Antropologia na formação universitária
nos cursos de História e a presença/ausência da História no curso de Ciências Sociais da
Universidade Federal de Rondônia. A partir do contexto dos PPPs desses cursos, examinando
as Ementas das disciplinas obrigatórias, podemos observar as condições em que a
Antropologia e a História, como ciências, contribuem com a formação dos estudantes.
                                                                                          26
Proponho-me a refletir sobre a importância dessas áreas do conhecimento na visão de mundo
almejada na formação de historiadores e cientistas sociais na Unir.
PALAVRAS-CHAVE: Antropologia, História, Formação Profissional


A FILOSOFIA DA HISTÓRIA EM HEGEL
                                                                Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR)


         Alguns conceitos fundamentais à História e à pesquisa histórica têm sua base no
pensamento do filósofo alemão Wilhelm Friedrich Hegel, em especial conceitos como
processo e dialética. O significado destes termos, que ainda hoje permeiam a pesquisa
histórica, é derivado do pensamento de Hegel, seja através do pensamento de Marx, seja
através das derivações conceituais da Escola dos Annales. Deste modo o objetivo desta
apresentação é demonstrar de que modo o pensamento de Hegel foi a base para a moderna
ciência histórica, e como, ainda hoje, diversos conceitos dos quais nos utilizamos na pesquisa
histórica e no ensino de História são profundamente influenciados pelas ideias do filósofo
alemão.
PALAVRAS-CHAVE: Filosofia da História, Hegel, Processo.


Data: 29 de Março de 2012
Horário: 16:00 h às 17:30 h


MESA 5: ESTUDOS SOBRE O ENSINO E O OFÍCIO DO HISTORIADOR
Coordenação: Prof. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR)


A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO
PROFESSOR
                                           Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro4 (História/UNIR/SEDUC)


         Neste artigo pretende-se discutir alguns elementos que estão presentes no processo da
produção da história local principalmente relacionada ao ensino da região, nos anos inicias do
ensino fundamental. Tanto questões relativas à teorização da história como no que diz

4
 Mestre em Educação pela UFMS. Especialista em Educação; Especialista em Didática do Ensino Superior; Especialista em
Teologia; Professor de História e Filosofia na rede estadual (SEDUC), em Rolim de Moura – RO. Filósofo; Teólogo;
Historiador; Professor de Filosofia e Ética na Faculdade de Pimenta Bueno (FAP) e Faculdade São Paulo (FSP) Rolim de
Moura.. Jornalista, produtor e apresentador de programa radiofônico.
                                                                                                                  27
respeito à postura do professor e à prática do ensino da história. Começamos propondo o
problema dizendo que a história local, principalmente no caso de Rondônia é algo a ser feito.
Depois discutimos uma conceituação da história e um de seus objetos mais problemáticos que
é a idéia de tempo. A partir disso entramos na discussão sobre de elementos mais específicos
da pratica do professor e sua ação em sala de aula como é o caso da periodização e da
necessidade do professor de história local se fazer um pesquisador superando a mera repetição
das apostilas e livros por vezes duvidosos. Chamamos a atenção para a necessidade de se
considera o universo do estudante e os aspectos da cultura local que ajudam não só a explicar
a localidade como a evidenciar as características da população local.
PALAVRAS-CHAVE: ensino, docência, história local.


FRANCISCANISMO, SUJEITOS E O OFÍCIO DO HISTORIADOR
                              Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)


       O objetivo desta apresentação é fazer uma reflexão sobre o papel do historiador
enquanto pesquisador e professor. Para tal empreitada, partiremos de Marc Bloch (1974) que
colocou como premissa ao historiador o inquietar-se com as questões do presente e do vivido
no cotidiano, questão fundamental para pensar as fontes e o passado. Nos últimos anos, a
pesquisa na área de medieval cresceu significativamente nas universidades brasileiras, reflexo
de debates e discussões acerca do período. Por isso, a nossa preocupação norteadora desta
apresentação gravita em torno dos “sujeitos” na época medieval, especificamente a imagem
de santidade de Francisco de Assis por meio das hagiografias e também pretendemos discutir
a questão do surgimento do individualismo na Baixa Idade Média.
PALAVRAS-CHAVE: Santo, memória coletiva, medievalista.




                                                                                           28
RESUMOS DOS MINI-CURSOS




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MINI-CURSOS
Datas: 27, 28 e 29 de Março de 2012
Horário: 19:00 h às 21:00 h


A CONSTRUÇÃO DO ¨SUJEITO¨ DURANTE A MIGRAÇÃO EM RONDÔNIA -
FINAL DA DÉCADA DE 1970 A 1990
                                             Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR)


       O mini-curso em pauta tem como proposta discutir o impacto vivido do Sujeito, o
migrante, oriundo de várias regiões do Brasil, para uma ¨Nova Terra¨, no ¨Eldorado¨ assim
denominada, no antigo Território de Rondônia. O estudo quer propor um novo olhar sobre os
aspectos de construir e re-construir o espaço físico e também cultural, identificando
Resistências construídas nos encontros e desencontros ¨com o outro¨.
PALAVRAS-CHAVE: Políticas Públicas, Migração, Resistência.


O QUE NOS RESTA É A COR? MOVIMENTO NEGRO E RESISTÊNCIA NEGRA
NO BRASIL
                                          Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)


       O objetivo central deste mini-curso é oferecer elementos mínimos capazes de
proporcionar uma visão histórica do processo que culminou com a atual política de ações
afirmativas no Brasil, tais como a Lei que obriga o ensino de História da África nas escolas
públicas de ensino fundamental e médio e a Lei de cotas para o ingresso de negros nas
Universidades brasileiras.
       Longe de esgotar tão vasto e complexo assunto tencionamos apresentar um breve
panorama do que é a África, desmistificar, por assim dizer, este vasto continente e seus
habitantes tomando como referencial teórico Kabengele Munanga e sua recente obra
intitulada: “Origens africanas do Brasil contemporâneo”.
       Também nos ateremos a dar um breve panorama da forma como a cor negra foi
transformada pelos traficantes e senhores de escravos no Brasil, primeiro como um fator
igualdade, quando ainda no continente africano, depois de diferença já quando o escravo
estava no Brasil, e, por fim, como a cor da pele foi transformada em ícone de desigualdade e
suas implicações para a rede de forças desiguais dos diversos segmentos sociais que compõem


                                                                                          30
a sociedade nacional. Para tanto nos apoiaremos, principalmente na obra “A construção social
da cor” de José D‟Assunção Barros.
       É nossa intenção, também, propor uma reflexão sobre a importância do movimento
negro no Brasil nas conquistas políticas recentes, embasada em leituras de textos de Petrônio
José Domingues.
       Ao final pretendemos abordar e discutir a retomada do elemento cor da pele como
diferencial para a conquista e garantia de direitos políticos há muito negligenciados pela
política brasileira, pois, ao que parece, aos negros, o que restou foi de fato a cor da pela tão
somente.
PALAVRAS-CHAVE: Resistência, escravidão, África.


                       ANTROPOLOGIA E CULTURA POPULAR
                                            Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR)


       O estudo do que ficou conhecido como “cultura popular”. O minicurso visa a
contextualizar a entrada em cena desse personagem – o popular – e as implicações dessa
“estreia” nas principais interpretações que orientaram as reflexões de importantes
pesquisadores ao longo da história. O minicurso propõe uma reflexão acerca do tema,
indicando as fontes para um maior aprofundamento do assunto, visto que o intento é
apresentar algumas ideias básicas sobre o surgimento da cultura popular como algo passível
de ser estudado pelas ciências sociais. A relação entre as chamadas culturas popular e erudita.
As abordagens dos folcloristas, cronistas, historiadores e antropólogos.
PALAVRAS-CHAVE: Cultura popular, Antropologia, Folclore.


        NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS EM HISTÓRIA
                                   Profa. Esp. Nágila Nerval Chaves (Biblioteconomia/UFES)5


      A produção intelectual, seja de trabalho acadêmico ou científico, necessita seguir
determinados quesitos que determinam o grau de cientificidade do documento e seriedade de
seu autor. Um desses quesitos é a normalização que somada ao método e técnicas utilizados
na feitura do texto garantem a efetiva qualidade das fases necessárias à produção e


* Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista em
Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade de Educação da Alta Floresta (UNIFLOR), E-mail:
nagilanerval@hotmail.com
                                                                                                31
disseminação de conhecimento resultante do trabalho científico. Por isso, a normalização de
documentos é essencial para facilitar o acesso à informação, além de ser indispensável para
determinar a qualidade dessa informação acessada e a unificação da produção formal da
mesma, no meio acadêmico. Nesse contexto, surge a necessidade de informar ao estudante
sobre as NBRs existentes para esse fim e mostrar, na prática, como utilizá-las de maneira
correta a partir do formato e suporte de cada documento. Para isso será produzido em sala de
aula como referenciar e citar: documentos eletrônicos, audiovisuais, diapositivos,
tridimensionais, sonoros, cartográficos e outros. A Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, reconhecida como único
foro Nacional de Normalização por meio da Resolução n. 07 da CONMETRO de 24/08/1992,
é autora das NBRs que normalizam os trabalhos acadêmicos e científicos no País. As
principais NBRs para normalização de trabalhos acadêmicos são: NBR 6022:2003
(elaboração de Artigo em Publicação Periódica Científica Impressa); NBR 6023:2002 (para
elaboração de Referências); NBR 6024:2003 (para elaboração da Numeração Progressiva das
Seções de Documento Escrito); NBR 6027:2003 (para elaboração de Sumário); NBR
6028:2003 (para elaboração de resumos); NBR 10520:2002 (para elaboração de citações em
documentos); NBR 12225:2004 (para elaboração de Lombada); NBR 14724:2011 (para
elaboração de Trabalhos Acadêmicos); NBR 15287:2011 (para elaboração de Projeto de
Pesquisa); 15437:2006 (para elaboração de Pôsteres Técnicos e Científicos).
Palavras-chave: Normalização, Trabalhos acadêmicos, Documentos históricos.


                   O PROBLEMA DA REPETIÇÃO NA HISTÓRIA
                                                     Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR)

       Na introdução de seu O 18 Brumário de Luís Bonaparte, Marx citando Hegel afirma
“(...) que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem,
por assim dizer, duas vezes”. Em seguida Marx acrescenta de próprio punho, que o primeiro
acontecimento se dá na forma da tragédia, e o segundo na forma da farsa. Marx pensou a
história como um processo gradual de desenvolvimento econômico e social marcado por
conflitos. Independente dos conflitos. Se Marx pensou a história como um processo de
desenvolvimento, como pôde afirmar a repetição da história nos moldes hegelianos e
acrescentando a ocorrência do trágico e do cômico?
       Marx não foi o único teórico da história a pensar, ou aludir, o problema da repetição
na história: antes dele Kant e Hegel (também pensadores alemães) haviam interpretado a
                                                                                            32
história associando-a a repetição. E antes destes, Rousseau no período intermediário de sua
produção filosófica (período otimista) havia pensado também a história associando-a a
mecanismos de repetição.
       O objetivo deste mini-curso é justamente analisar algumas interpretações da história
que a tomam como “fenômeno” de repetição, e tentar compreender quais são as implicações
desta compreensão para o ofício do historiador e também do professor de história.
PALAVRAS-CHAVE: Hegel, filosofia, Marx.


             GÊNERO, REGRA E MISOGINIA NA ÉPOCA MEDIEVAL
                             Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)


       O mini-curso propõe-se a abordar os principais elementos envolvidos na vida feminina
medieval. Para isso, faremos o uso de quatro eixos cruciais, intrinsecamente articulados, a
saber: a relação entre os sexos num mundo governado por homens, as imagens que os homens
criaram em torno da mulher, as possibilidades de ação das mulheres num mundo dominado
por homens, sobretudo, em relação à esfera do sagrado e a inserção das mulheres num mundo
masculinizado bem como as possibilidades de elaboração de um discurso feminino. Para o
desenvolvimento da abordagem proposta acima mencionada, utilizaremos os autores mais
significativos acerca do tema, como R. Howard Bloch, Régine Pernoud, Georges Duby,
Jacques Rossiaud, Marco Bartoli, entre outros. Procuramos, assim, através do exercício de
análise de textos de franciscanos e imagens produzidas no período (Giotto) e mais tardiamente
(Hieronymus Bosch), gerar uma discussão sobre o período medieval. Em resumo, as
restrições à mulher por meio de normas estiveram relacionadas em parte aos padrões morais
determinados pela Igreja Católica Romana. Enfim, pretendemos relacionar a mulher e a
religiosidade por meio da análise de fontes iconográficas, pinturas, esculturas, iluminuras e
escritos com o objetivo de apresentar a possibilidade de “resistências” frente ao monopólio
masculino do sagrado.
PALAVRAS-CHAVE: Mulher, norma, Clara de Assis.


O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO RECENTE EM RONDÔNIA E OS CONFLITOS
AGRÁRIOS A PARTIR DA DÉCADA DE 1980
                                    Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)
                                         Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR)

                                                                                           33
O mini-curso pretende ser um espaço de discussão introdutória sobre a colonização
recente em Rondônia e os conflitos agrários gerados pela concentração de terra. Pretende-se
discutir o contexto histórico da colonização gestada pela Ditadura Militar brasileira e seu
caráter reacionário e autoritário. O estudo terá como referencial teórico os seguintes
conceitos: Materialismo Histórico-dialético; Questão Agrária; Campesinato; Imperialismo;
Semifeudalidade e Capitalismo Burocrático. A metodologia de trabalho dar-se-á pela
discussão e debate destes conceitos, dos aportes teóricos produzidos pela História e Geografia
Agrária da Amazônia e sua aplicabilidade para a formulação de pesquisas acadêmicas sobre o
campo rondoniense. A apresentação da temática será dirigida utilizando-se como fontes de
pesquisa a produção bibliográfica regional e dados estatísticos que abarcam o período,
introduzidos de forma didática através de slides, fotos e filmes sobre a História de Rondônia.


PROJETO        DE     PESQUISA:        PASSOS       METODOLÓGICOS              PARA       SUA
CONSTRUÇÃO
                                             Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR)


       O presente mini-curso tem como preocupação central a apresentação dos passos
metodológicos para construção de um projeto de pesquisa, que para efeito de sua consecução
agrega-se com discussões sobre os subsídios teóricos que expliquem o ato de pesquisar e,
consequentemente, o ciclo de uma pesquisa.
       Desse modo, serão apresentados e discutidos os elementos constitutivos em um projeto
de pesquisa com a função de auxiliar os acadêmicos na compreensão de como redigir cada
uma delas, a saber: tema, título, justificativa, objetivos, delimitação das perguntas de
pesquisa, fundamentação teórica, análise de dados e definição de instrumentos de coleta de
dados, conclusões e levantamento bibliográfico.
       Por fim, integrando as discussões da elaboração de um projeto de pesquisa, serão
propostos momentos de reflexão sobre as responsabilidades sociais e éticas do pesquisador e,
que são inerentes ao processo de construção do ciclo de uma pesquisa.
PALAVRAS-CHAVE: Ciclo da pesquisa, Projeto de Pesquisa.




                                                                                             34
RESUMOS DAS OFICINAS




                       35
OFICINAS
Datas: 27, 28 e 29 de Março de 2012
Horário: 14:00 h às 16:00 h


A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO
PROFESSOR

                                             Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro (História/UNIR)


       Pretendemos, com esta oficina, não só discutir alguns elementos que estão presentes
no processo da produção da história local principalmente relacionada ao ensino da região, mas
principalmente discutir possibilidades para a prática da educação histórica nos anos inicias do
ensino fundamental. Tanto questões relativas à teorização da história como no que diz
respeito à postura do professor e à prática do ensino da história. Começamos propondo o
problema dizendo que a história local, principalmente no caso de Rondônia é algo a ser feito.
Depois discutimos uma conceituação da história e um de seus objetos mais problemáticos que
é a ideia de tempo. A partir disso entramos na discussão sobre de elementos mais específicos
da pratica do professor e sua ação em sala de aula como é o caso da periodização e da
necessidade do professor de história local se fazer um pesquisador superando a mera repetição
das apostilas e livros por vezes duvidosos. Chamamos a atenção para a necessidade de se
considerar o universo do estudante e os aspectos da cultura local que ajudam não só a explicar
a localidade como a evidenciar as características da população local. E tudo isso pode ser feito
partindo de elementos, documentos e informações presentes no próprio local, objeto de ensino
e pesquisa.
PALAVRAS-CHAVE: história local, pesquisa histórica, ensino de história.


    HISTÓRIA ORAL: DESVIOS E SENTIDOS NO IMAGINÁRIO AMAZÔNICO
                                Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR)
                                     Prof. Ms. Zairo Carlos da Silva Pinheiro (História/UNIR)


       O sistema capitalista com sua lógica hegemônica impõe uma forma de visão de
mundo, legitimada pelo cientificismo de tradição aristotélica, que encontrou terreno fértil nas
acadêmicas por meio das diversas áreas do conhecimento pensadas de forma objetiva, em
função do estabelecimento de leis e sínteses narrativas globalizantes.

                                                                                             36
Essa maneira de produção do conhecimento vem sendo questionada pela Annales e a
Nova História, desde 1930. A História Oral é pensada como resultante das novas abordagens
históricas, que elegem as micro analises em detrimento as macro analises cientificistas.
Assim, no arcabouço da produção do conhecimento histórico, a História Oral, cria
possibilidades metodológicas de pesquisa, compreensão e interpretação de culturas que foram
negligenciadas pela História Oficial.
        A História Oral implode os objetos e métodos da História e recria novas formas de
percepção do mundo e do ser humano. Elementos fundantes e fundadores de desvios,
imaginários, resistências, sentidos, sonhos e poiésis.
        Nos espaços amazônicos, em meio a diversidade cultural e etnica, o contato mais
presente com os elementares, a experiência do deveneio e do imaginário é uma constante no
ethos das populações e comunidades que vivem na e da floresta. Nesta ceara a História Oral é
fonte criadora de espacialidades, memórias e histórias.
PALAVRAS-CHAVE: História Oral, espacialidades e imaginário.


OS TERRITÓRIOS DA MORTE EM PORTO VELHO NA PRIMEIRA METADE DO
SÉCULO XX
                                    Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira(História/UNIR)6


        O presente trabalho trata da manifestação da morte ao longo da História e se propõe a
verificar como os territórios da morte se constituíram em Porto Velho na primeira metade do
século XX e quais as lógicas de organizações por eles engendradas e que se reproduziram no
mundo dos vivos. Para a realização desse trabalho partimos do aporte teórico de Ariès (2003),
Chiavenato (1998), Coulanges (1986), Loureiro (1977), Martin (2005) dentre outros que
contribuíram para fundamentar a análise sobre a morte no processo histórico. Questões tais
como: qual a percepção e o tratamento dado à morte a partir das sociedades primitiva até a
modernidade, como os territórios da morte em Porto Velho quebraram os paradigmas
impostos pela ordem vigente na primeira metade do século passado, orientaram a pesquisa no
sentido de confirmar que a morte mesmo sendo um campo temido levou as sociedades a
refletirem e apontarem campos de representações diferenciados sobre a mesma temática.
PALAVRAS-CHAVE: Morte, História, Porto Velho.


6
 Professora Mestre do Departamento de História da Universidade Federal de Rondônia - UNIR e pesquisadora
do Centro de Documentação e Estudos Avançados sobre Memória e Patrimônio de Rondônia (CDEAMPRO).

                                                                                                     37
MIGRAÇÕES EM RONDÔNIA NAS DÉCADAS DE 1970 A 1980
                                                  Maria Aparecida da Silva7 e Carlindo Klug
       A presente Oficina tem como objetivo analisar e debater junto com os participantes da
I Semana de História: “Cultura, Resistência e Sujeito” como ocorreu o processo de migração
de diferentes regiões brasileiras para o Estado de Rondônia entre as décadas de 1970 a 1980.
O material em discussão é resultado de uma pesquisa bibliográfica e de ação que faz parte da
Dissertação de Mestrado intitulada “OS MIGRANTES DAS DÉCADAS DE 70 E 80 E SUA
HISTÓRIA EM ROLIM DE MOURA –RONDÔNIA – BRASIL.” - As abordagens discorrem
sobre o Histórico das Migrações no Brasil, subdividindo-se em: A migração interna brasileira,
os Projetos de colonização na Amazônia e o Movimento Migratório para Rondônia. A análise
faz um retrospecto da ocupação do território pertencente a Rondônia desde a ocupação dos
Vales dos Rios Madeira – Mamoré – Guaporé até migração intensa no período exposto na
temática proposta nesta oficina havendo deste modo uma compreensão do geral para a
realidade da colonização recente a partir os Projetos de Colonização Oficial do Governo
Federal na Amazônia. Para que obtivéssemos tais informações o estudo de inúmeros materiais
foi fundamental. Assim sendo, podemos destacar os teóricos e pesquisadores Neide Gondim,
Berta K. Becker, Darcy Ribeiro, Marcos Antônio D. Teixeira, Dante Ribeiro Fonseca, Teófilo
L. de Lima, Octávio Ianni, Dora Martins, Sônia Vanalli, José Oscar Beozzo, Carlos Santos,
entre outros que serviram de base para a análise de dados obtidos na pesquisa – ação. Enfim, é
perceptível que a migração da Amazônia, neste caso Rondônia em específico foi
extremamente marcada por um processo de colonização e ocupação que visava expressamente
solucionar problemas sociais no Nordeste e Centro – Sul do Brasil e consolidar a presença do
capital estrangeiro nesta região. A ideia de „integrar para não entregar‟ trouxe para esta vasta
região migrantes que se depararam com situações/experiências pelas quais não haviam
passado. Aqui estas pessoas não tinham a mínima noção de conciliar os interesses na terra
„conquistada‟ com as culturas tradicionais dos indígenas e dos seringueiros, e muito menos
um conhecimento prévio sobre o novo ambiente, ou seja, a floresta. Eles foram vítimas por se
apossarem de terras improdutivas. Nesse caso cabe aqui mencionar que Rondônia surge para
solucionar um problema básico: o excedente populacional, fruto da concentração fundiária

7
 Professora Especialista em História Regional e Mestre em História, Território, Cultura e Direitos
Humanos no Brasil e na América Latina, cujo certificado está em fase de convalidação. Professora
Efetiva da SEDUC/RO e Professora Temporária da UNIR – Departamento de História – Campus de
Rolim de Moura – Rondônia.

                                                                                               38
nas demais regiões brasileiras. Neste espaço ocupado os migrantes não conseguem se
mantiver e tornar suas terras produtivas gerando uma nova fragmentação de lotes e
reconcentração fundiária. Rondônia que recebeu milhares de migrantes entre as décadas de
1970 a 1980, hoje tem feito experiência do processo inverso. Muitos migrantes têm (i)
migrado para novas fronteiras agrícolas sempre a procura de terras.


              EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: ARQUEOLOGIA EM RONDÔNIA
    Prof. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu Regional de Arqueologia de Médici)
                    Prof. Esp. José da Silva Garcia (Museu Regional de Arqueologia de Médici)


       A oficina apresenta fundamentos conceituais básicos referentes ao patrimônio cultural,
especialmente o arqueológico, visando à orientação dos participantes a respeito da proteção,
exploração e utilização dos bens culturais, bem como do contexto históricocultural em que
estão inseridos, com pretensões a levar à revalorização e reconquista da cultura e identidade
local e a compreensão de suas raízes pré-históricas, para que possam utilizar-se do passado
como instrumento gerador de conhecimento no presente, com vistas à construção de um
futuro mais consciente e preservacionista. A partir da apresentação de ações realizadas na
região, tanto por iniciativas públicas, privadas quanto comunitárias/voluntárias, busca-se
também demonstrar como identificar, explorar e valorizar o patrimônio cultural local, que se
encontra localizado tanto na área urbana quanto rural dos municípios de Rondônia,
contribuindo para a preservação e conservação do patrimônio cultural, além de propiciar
geração de renda.
PALAVRAS-CHAVE: Arqueologia, educação patrimonial.


MOVIMENTOS SOCIAIS E A AÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS NUMA VISÃO
DO SOCIALISMO CIENTÍFICO
                                    Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR)
                                        Prof. Ms.Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC)


       A escola orienta-se por duas vertentes fundamentais: a contestação e a resignação.
Diante da opressão de classe, a reconhecida dupla face da escola abre espaços para o educador
programar práticas que desmistifiquem o interesse dominante de criminalizar e tentar sufocar
os movimentos sociais que se desenvolvem no campo e na cidade. Através da metodologia de
uma oficina pedagógica, objetivamos oferecer aos acadêmicos da Unir e aos professores das
                                                                                           39
disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia do município de Rolim de Moura,
ferramentas para análise teórica e prática de conteúdos que elucidem a temática em pauta.
Para tanto, requer delimitar a tipologia e os significados dos diversos movimentos sociais do
país e do Estado de Rondônia e as ações dos partidos políticos frente às lutas, suas origens,
concepções e relações com as classes sociais. Para análise das contradições, rupturas e
permanências destes movimentos, no contexto das mudanças na sociedade, e para elucidação
das diferenças entre os diferentes modos de produção que indicam os modelos de sociedade,
será seguida a orientação teórica ancorada nas diretrizes do Grupo de Estudos e Pesquisas
Materialismo Histórico e Dialético na Educação. As atividades da oficina enfatizam, ainda,
a necessidade de compreensão dos movimentos sociais e dos partidos políticos, destacam o
movimento dialético presentes na natureza e no pensamento, indicam caminhos para a
compreensão de abordagens teóricas e ações que desvendam interesses de classes em jogo nos
movimentos sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Teoria e Prática, Luta de Classes, Marxismo.




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RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES




                           41
COMUNICAÇÕES
Datas: 30 de Março de 2012
Horário: 14:00 h às 15:30 h


Considerações sobre a pobreza na Regra e no Testamento de Francisco de Assis (1182-
1226)
                              Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR)


         Nesta comunicação pretendemos fazer um exercício de análise da “herança jurídica”
de Francisco de Assis (1182-1226) que se localiza nos documentos legislativos da Ordem dos
frades menores. Para isto, partiremos do conceito da pobreza franciscana codificada, entre os
seus elementos básicos, encontram-se as seguintes recomendações, o uso de vestuário vil, da
privação de calçados, da ausência de domicílio fixo, da subsistência pelo trabalho manual
cotidiano, da rejeição ao dinheiro e do recurso humilhante à esmola, podemos sintetizá-los na
negação de toda forma de apropriação. Além disso, a recomendação da leitura conjunta da
Regra e do Testamento somado a advertência de não adicionar glosas e nem comentários
marcaram o início de uma polêmica duradoura na Ordem. As principais indagações sobre a
Regulae e Testamentum gravitavam em torno da seguinte questão, a saber, seriam ambos os
documentos um complemento por isso deveria ser lido com o mesmo estatuto jurídico, já que
em termos de conteúdo e autoria pertenciam a um mesmo autor? Francisco enquanto “sujeito”
representaria o coletivo da Ordem através da Norma institucionalizada em 1223? Enfim,
enquanto ele era vivo existia um critério de autenticidade encarnado na sua própria pessoa,
mas depois da sua canonização em 1228, a discussão em torno da pobreza passou a ser não
mais a experiência religiosa de vida dele, mas a codificação desta experiência.
PALAVRAS-CHAVE: Norma, movimento Franciscano, Igreja.


A CATEGORIA TRABALHO: BREVE AVALIAÇÃO                                RETROSPECTIVA E
PROSPECTIVA NUMA ABORDAGEM MARXISTA
                                    Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR)


        O estudo intitulado “A categoria trabalho: breve avaliação retrospectiva e prospectiva
numa abordagem marxista” tem origem no projeto de tese de doutorado que se ancora na
categoria trabalho como eixo articulador dos discursos e das decisões tomadas pelo homem no
percurso da sua existência e como fomentador do desenvolvimento do psiquismo. A
                                                                                            42
investigação destaca as várias formas de produção econômica como o locus privilegiado de
produção do saber científico e de geração de riquezas apropriadas por uma classe social que
concentra rendas, ou coletivizadas para usufruto daqueles que produzem a riqueza – os
camponeses, os operários e demais explorados. Destas relações decorrem todas as formas de
organização social, desde o primeiro modo de produção econômica, até o presente. Portanto,
ao se desconhecer razões mais importantes que movem a existência humana, a nossa
compreensão é a de que no “trabalho” se encontram as raízes das demais relações sociais
organizadas para atender às necessidades do homem, que tem como fonte o trabalho. Para dar
conta da avaliação retrospectiva desta categoria conceitual, realizamos uma breve análise
introdutória à luz da teoria do materialismo histórico e dialético acerca das relações de
trabalho nos diversos modos de produção que antecederam o capitalismo em comparação com
as relações de produção que se estabelecem entre os homens na atualidade e as prospecções
apontadas pelas experiências decorrentes da revolução social nos Estados Operários
degenerados e as perspectivas futuras destas relações ao estabelecer-se o Socialismo. Os
embriões, que surgiram dispersos em vários países, considerando os aspectos do comunismo
primitivo, têm apresentado importantes amostras quanto a mudanças qualitativas destas
relações
PALAVRAS-CHAVE: Modos de Produção, Classe Social, Revolução Social.


A FORÇA DOS TEMPOS: CURA DE “CABOCLO” EM UM TERREIRO PORTO
VELHO/RO – 2011
                                      Leonardo Lucas Britto (Graduando em História/UNIR)
                              Orientador: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR)


       O objetivo deste trabalho é desenvolver um estudo de caso sobre a resistência das
práticas de curas religiosas em um terreiro de Umbanda de Porto Velho/RO. Com o título de
“A força dos tempos: cura de “caboclo” em um terreiro Porto Velho/RO”, estaremos expondo
uma análise de entrevistas, co m relação ao tratamento de enfermidades, feitas à mãe Hóstia.
Acreditamos que esse modo de tratamento não cessou com o incremento da Medicina
Moderna. Então, tentaremos ver como é que se deu a resistência desse tipo de prática e como
ela se adaptou à modernidade. A metodologia estará embasada em uma pesquisa bibliográfica
e análise de discurso, com relação à cultura e religiões afro-amazônicas na
contemporaneidade.
PALAVRAS-CHAVE: Cura Religiosa, Modernidade, Resistência.
                                                                                          43
A   ALFABETIZAÇÃO           NA     EDUCAÇÃO         DE    JOVENS       E   ADULTOS        NA
PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA X PERSPECTIVA FREIRIANA1
                                    José Aparecido da Cruz (Graduado em Pedagogia/UNIR)
                                    Rogério Lopes de Jesus (Graduado em Pedagogia/UNIR)


       Este artigo traz uma reflexão de como trabalhar a educação de Jovens e Adultos, a
partir da perspectiva construtivista, tendo como base os escritos de Paulo Freire e outros
autores que muito tem contribuído com essa prática através de seus relatos e pesquisas sobre o
tema, por meio de uma atividade que versou sobre a migração, nas aulas da Disciplina de
Educação de Jovens e Adultos – EJA que representou nossa primeira experiência com a
temática. O objetivo do trabalho é trazer a tona a metodologia construtivista e sua
aplicabilidade na EJA. A temática central está subdividida em um breve histórico a respeito
do método construtivista e suas contribuições para o meio educacional; uma educação voltada
para as massas e os resultados da intervenção pedagógica resultante da atividade sobre a
Migração em uma turma da EJA a partir da perspectiva freiriana, sendo esta norteadora da
formação docente e base do planejamento de atividades a serem aplicadas ao referido grupo
de alunos (as), estudantes adultos com inúmeras dificuldades, mas também com um vasto
conhecimento que a escola da vida lhes proporcionou. Esse intercâmbio é a mola mestre para
que o ensino aprendizagem destes educandos tenha êxito.
PALAVRAS-CHAVE: Educação, construtivismo, Paulo Freire.


HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES/MOVIMENTOS SOCIAIS DE RO/MT: LAÇOS E
ENTRELAÇOS COM A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA
                        Prof. Ms. Nelbi Alves da Cruz (Pedagogia/UNIR/Doutorando/UFMT)


       O artigo analisa a história dos movimentos/organizações sociais dos Estados de
Rondônia/Mato Grosso e o entrecruzamento com a Pedagogia da Alternância (PA) a partir da
década de 1980, período em que ocorre a expansão das Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) no
país, instituição esta que utiliza tal metodologia. A história da PA tem seu marco na França,
em 1935, a partir do movimento de Sillon, cuja preocupação central era a formação do Jovem
agricultor francês, sendo que no Brasil a experiência surge com o Movimento de Educação
Promocional do Espírito Santo (MEPES), ao final da década de 1960. Em RO/MT, a EFA
nutre-se na Pastoral Católica, além de associações de produtores, recebendo apoios entre
                                                                                           44
tantos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos
Agricultores (MPA) que têm por prioridade a questão agrária, porém em MT o poder público
também é mantenedor. O trabalho de pesquisa em tela é resultado do projeto de pesquisa de
doutoramento em educação, em curso, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),
sendo utilizada a abordagem dialética no processo de análise dos dados coletados. Assim, um
dos resultados parciais indicou que a presença de movimentos sociais na formação dos jovens
da EFA, durante seus estudos contribui no envolvimento destes em organizações sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Alternância, Movimentos Sociais, Formação.


A INVENÇÃO DO SUJEITO DOENTE MENTAL: A RESISTÊNCIA CIENTÍFICA
CONTRA A CULTURA MÍTICA DO DSM NO CAMPO DO DIAGNÓSTICO EM
SAÚDE MENTAL
                                           Prof. Ms. Paulo Rogério Morais (Psicologia/UNIR)


       Pretende-se discutir a cientificidade dos critérios diagnósticos em saúde mental e da
psiquiatria biológica, que aparentemente são as versões atuais do histórico misticismo que
envolve a compreensão e o tratamento das doenças mentais. Em 1952, a APA (American
Psychiatry Association) publicou a primeira versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) no qual
eram apresentados os critérios diagnósticos para 106 diferentes categorias de transtornos
mentais. Em 2010, Carol Bernstein, então presidente da APA, reconheceu que a criação de
facilidades para o diagnóstico de psicopatologias pelos os clínicos se deu pela necessidade de
ligar os pacientes aos tratamentos farmacológicos disponíveis, isto é, facilitou-se o
diagnóstico para justificar o uso de drogas psicotrópicas pelos pacientes.
PALAVRAS-CHAVE: psiquiatria biológica, doenças mentais, medicalização.


O NATIVO GUERREIRO - O SENTIDO DE GUERREAR NAS SOCIEDADES
INDÍGENAS AMAZÔNICAS PRÉ-COLONIAIS
                             Elis da Silva Oliveira (Graduanda em História/UNIR/CENHPRE)


       Este estudo tem como fundamento o estabelecimento de uma análise do significado e
função da guerra nas sociedades indígenas amazônicas pré-coloniais. Para isso, nos deteremos
à uma revisão bibliográfica, com a exposição de algumas abordagens históricas e
antropológicas sobre o tema, ressaltando os diferentes e até mesmo conflitantes significados
                                                                                            45
da guerra nestes grupos. Partindo de uma noção universalista da guerra, considerando os
povos indígenas como seres para a guerra, explicitaremos as diferentes vertentes, de cunho
naturalista, econômica, político e cultural sobre o conceito da guerra nas sociedades
ameríndias. Em que ao longo de tais análises, podemos observar mudanças significativas no
estudo e considerações sobre a forma de vida dos grupos indígenas da Amazônia, onde outras
variantes, além da econômica, mostram-se fundamentais para o entendimento de diversas
questões. E ao passo que não encontramos apenas um significado para a guerra, concluímos
que a legitimidade de cada consideração só pode ser analisada de acordo com contextos
específicos, sendo de elevada importância o estabelecimento não de um significado da guerra
em geral, mas um estudo da reinterpretação desta nos diferentes grupos indígenas.
PALAVRAS-CHAVE: Indígenas, Amazônia, Guerra.


A RELAÇÃO ENTRE O CUIDAR E O EDUCAR NOS MOMENTOS DE HIGIENE
DA EDUCAÇÃO INFANTIL
                                        Fernanda dos Passos (Graduada em Pedagogia/UNIR)
                            Orientadora: Profa. Dra. Marli Lucia T. Zibetti (Pedagogia/UNIR)


     O presente trabalho é uma abordagem sobre a distinção e a relação entre o cuidar e o
educar, nos momentos de higiene o qual se deu em uma instituição de Educação Infantil, na
Rede Pública de ensino do Município de Rolim de Moura, Rondônia. Trata-se de experiências
vivenciadas como pesquisadora e posteriormente, como docente.
     A relação que se estabelece entre os conceitos de educar e cuidar refere-se à maneira
que se dá a mediação e intervenção nesse processo do cuidado e educação, é repensar estes
dois princípios como indissociáveis nos planejamentos, nas práticas e avaliações.
     Este trabalho revelou que como se vê, a solução não está em resultados imediatos até
porque a criança precisa ser respeitada em suas fases de desenvolvimento e aprendizagem e o
tempo mínimo necessário faz parte deste processo rico exatamente em seu trajeto, não só em
seu resultado e, para tanto bem fundamentado, planejado. E que, repensar o cuidar e o educar
como indissociáveis não só confirma o que foi abordado como também contribui em várias
outras temáticas propensas às possibilidades de levar conhecimentos e aprendizagens às
crianças atendidas em Creches.
PALAVRAS-CHAVE: Cuidar, Educar, Educação Infantil.



                                                                                          46
AMAZÔNIA, DESCASOS E                DIFICULDADES: CONTRIBUIÇÕES PARA O
ENTENDIMENTO           HISTÓRICO-ANTROPOLÓGICO                 DOS     POVOS      NATIVOS
ANTES DA INVASÃO EUROPEIA
                  João Lucas Proença da Silva (Graduando em História/UNIR/CDEAMPRO)
     Orientadora: Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR/CDEAMPRO)


       O presente artigo constituiu-se com o fundamento de demonstrar e analisar as
dificuldades em relação ao estudo sobre a Amazônia Pré-colonial, em que pesquisadores
ainda hoje se deparam com análises que colocam em segundo plano as sociedades que aqui
viviam antes da chegada dos europeus, além de retratarem a Amazônia como uma região
letárgica e desprovida de elementos significativos vinculados ao modo de viver, de fazer das
populações nativas. Temos também a preocupação em relatar mudanças no tipo de história
escrita sobre a região Amazônica e os povos que ali viviam, evidenciando a influência dos
Annales na prática historiográfica e suas contribuições no que tange o objeto, conceitos,
técnicas e a interdisciplinaridade, que trouxe para o campo da história novas abordagens,
novos caminhos. Analisaremos rapidamente os ideais já em meados do século XX, de um ex-
governador e também historiador que se ocupa em mostrar ao povo brasileiro a cobiça e os
olhares cheios de ganância das nações europeias e dos EUA, que ainda, mesmo depois dos
movimentos independentes de suas colônias (independência política), não abandonaram as
suas reais intensões sobre as riquezas que a região possui. Em suma, visa propor o resgate e a
valorização da Região Amazônica e dos seus sujeitos sociais na pesquisa atual é o propósito
principal com esse trabalho.
PALAVRAS-CHAVE:             Amazônia    pré-colonial,   Populações     nativas   amazônicas,
Historiografia Amazônica.


TEORIA CRÍTICA - INDÚSTRIA CULTURAL ONTEM E HOJE. DIALÉTICA E
ESCLARECIMENTO: “O REPENSAR DA INDÚSTRIA, CULTURA, EDUCAÇÃO E
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE” (AMPLIANDO OS HORIZONTES MODERNOS)
                                            Camila Felisberto (Graduanda em História/UNIR)
                                          Elizângela Mendes (Graduanda em História/UNIR)


       A partir da pesquisa conhecemos o princípio da Teoria Crítica de Adorno e
Horkheimer, nestes compreendemos a força da Indústria cultural que através do mercado
reprodutor tenta mediaticamente aniquilar e massificar as pessoas tornando-as indivíduos
                                                                                            47
socialmente consumistas. Concluímos que isso exclui, portanto a visão crítica ao tentar
persuadir e levar a um extremo relativismo da mídia e do mercado; assim entendemos o
definhar da indústria numa lógica mecanicista subjaz que aliena, deturpa valores e inibe
subjetividades.
PALAVRAS-CHAVE: Indústria, cultura, crítica.




                                                                                      48
RESUMOS DOS PÔSTERES




                       49
PÔSTERES
Datas: 30 de Março de 2012
Horário: 14:00 h às 15:30 h


PESQUISAS SOBRE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA
Coordenação: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)


AS RELAÇÕES SEMIFEUDAIS NO AMBIENTE ESCOLAR: SE VOCÊ MANDA, EU
OBEDEÇO!8
                                       Silmara Ferreira Lopes (Graduanda em Pedagogia/UNIR)
                         Orientadora: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR)


        Na pesquisa, um dos problemas levantados é a relação de poder estabelecida no
âmbito da educação escolar nos últimos anos. O principal objetivo é identificar mecanismos
de opressão a que são submetidos os profissionais da educação, as relações autoritárias e
semiservís existentes no ambiente escolar e suas consequências. Utilizou-se como método o
materialismo histórico dialético, que possibilita encontrar as determinações fundamentais e
secundárias do problema, confrontando o real em seu particular a fim de se chegar à
totalidade. Foram utilizadas como fontes, as entrevistas semi-estruturadas com os educadores,
gestores e outros profissionais da Educação. São apresentados os resultados parciais referente
a três dos instrumentos de coleta de dados: Análise documental, pesquisa bibliográfica e
entrevistas.
PALAVRAS-CHAVE: Educação, Capitalismo Burocrático, Semifeudalidade.


    BARBADIANOS: BASTIDORES DE UM PRECONCEITO EM PORTO VELHO
           Populações Negras Urbanas: Cultura, Identidade e Territorialidade.


        Rita Clara Vieira da Silva (Graduanda em História/PIBIC/PROPESQ/UNIR/GEPIAA)
                                             Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR)
                                    Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR)


8
 Subprojeto da pesquisa Capitalismo Burocrático, Políticas Educacionais e Relações de Poder na Educação
Escolar em Rondônia, coordenada pela Profª Drª Marilsa Miranda de Souza, apresentado como pôster na I
Semana de História da UNIR/Campus de Rolim de Moura.
                                                                                                     50
Este trabalho refere-se a uma análise de possível preconceito atribuído aos
barbadianos, grupo Afro-caribenho que migra para Porto Velho durante a primeira metade do
século XX, como mão de obra especializada para a construção da Estrada de Ferro Madeira
Mamoré. Esta análise permitiu reconhecer como se davam as relações sociais entre grupos tão
antagónicos na região, estabelecer possíveis relações de reciprocidade de preconceito entre os
barbadianos e a população local.
PALAVRAS-CHAVE: Barbadianos; Afro-caribenhos, EFMM, Preconceito.




                                                                                            51
UNIR – Universidade Federal de Rondônia
Reitora: Profa. Dra. Maria Cristina Victorino de França
               Campus Rolim de Moura
               Departamento de História


             Comissão Organizadora Geral
             Profa. Ms. Adriane Pesovento
     Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar


        Comissão Organizadora Docente Local
           Prof. Ms. Márcio Marinho Martins
          Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva
            Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro


               Comissão Discente Local


               Andrea Andrade da Rocha
          Cicera Maria dos Santos de Oliveira
                     Daiane Puerari
                Ediane Moreira Cipriano
              Elizangela Sampaio Freitas
                 Elton Alves da Cunha
               Erni José Gottselig Júnior
            Ester Rodrigues do Nascimento
                 Fábio da Silva Castro
             Fábio Júnior da Silva Ferreira
               Flavio Fagundes de Paula
              Franciele Nayara de Lima
            Gabriel Filipe Cassol C. Ferreira
                 Huelton Paula Moura
              Ilda da Cruz Nogueira Lovo
                 Janiny Kélvia Pisoler
                   Joelson Gonçalves
                     Josias Cardoso
                                                          52
Josicléia Cassiano da Cruz
 Jucielen Albuquerque de Souza
    Karine Kimberly da Silva
       Letícia de Oliveira
 Luana Rafaelli da Cruz Pereira
      Maria Ferreira Vieira
    Marlene Gabriel Ferreira
         Paula de Paula
    Renata Honorio B. Lima
   Ronei Militino Silva Bueno
   Sabrina de Araújo Anteres
 Silmara F. dos S. Nepomuceno
Sirlei Ferreira Coelho B. da Silva
       Tânia Leal Moreira
 Thiago Adriel de Lima Sartoro
        Veronica da Silva
     Wilson Silva de Paulo


Comissão Discente de Porto Velho


 Aline Cristina de Almeira Lopes
      Elis da Silva Oliveira
   Jaissa Silva de Souza Félix
  João Lucas Proença da Silva
    Jorgeane Tomaz da Silva
   Leandro Guimarães Ribeiro
     Leonardo Lucas Britto
   Rita Clara Vieira da Silva




                                     53
AGRADECIMENTOS

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA - ANPUH
 CÂMARA MUNICIPAL DE ROLIM DE MOURA
           COMERCIAL ALVES
          COMERCIAL BORGES
       COMERCIAL BOA ESPERANÇA
            CANOPUS MOTOS
               EUCATUR
          PAPELARIA NACIONAL
  PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA
PREFEITURA MUNICIPAL DE ROLIM DE MOURA
           RÁDIO LIBERDADE
               ROLNEWS
             RONDÔNIA FM
                SEMEC
                SEDUC
               SINTERO
              SINSEZMAT
        SUPERMERCADO TRENTO
             TV ALAMANDA
            TV CANDELÁRIA
           WF SONORIZAÇÃO




                                          54

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Caderno de resumos

  • 1. I SEMANA DE HISTÓRIA CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO 26 a 30 de março de 2012 Rolim de Moura/UNIR 2012
  • 2. CADERNO DE RESUMOS I Semana de História CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO UNIR/Rolim de Moura 26 a 30 DE MARÇO DE 2012 Realização Universidade Federal de Rondônia Departamento de História – Campus Rolim de Moura Programa de Graduação em História Rolim de Moura/RO 2012 1
  • 3. I SEMANA DE HISTÓRIA CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO Organização do Volume Adriane Pesovento Veronica Aparecida Silveira Aguiar Capa Thiago Sartoro Diagramação Veronica Aparecida Silveira Aguiar 2
  • 4. COORDENADORAS DA I SEMANA DE HISTÓRIA Profa. Ms. Adriane Pesovento (UNIR) Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (UNIR) COMISSÃO ORGANIZADORA LOCAL Prof. Ms. Márcio Marinho Martins Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro COMISSÃO CIENTÍFICA Profa. Ms. Adriane Pesovento Prof. Ms. Márcio Marinho Martins Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar ORGANIZAÇÃO Curso de História/Departamento História (UNIR) APOIO Universidade Federal de Rondônia COMISSÃO DE APOIO Monitores da UNIR de Porto Velho Monitores da UNIR de Rolim de Moura AGRADECIMENTOS Associação Nacional de História – ANPUH Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis - PROCEA Reitoria – UNIR Pró-Reitoria de Extensão – UNIR 3
  • 5. APRESENTAÇÃO Realizar a I SEMANA DE HISTÓRIA: CULTURA, RESISTÊNCIA E SUJEITO é provar que todos os sonhos são possíveis. Foi com as premissas do trabalho e da disciplina que alunos, professores, pesquisadores e funcionários da Universidade Federal de Rondônia, Campus de Rolim de Moura, mobilizaram- se para concretizar um projeto permanente de eventos acadêmicos na área de História. Para tal empreendimento convocamos os professores e alunos do Campus da Capital para juntos conosco iniciar esta empreitada. O curso de História de Rolim de Moura foi criado em 2010 e pretende seguir com a troca interdisciplinar de pesquisa em âmbito estadual e fundar laboratórios de pesquisa em todo o estado de Rondônia. A temática escolhida para a I Semana de História foi a cultura, resistência e sujeito, a partir da qual buscou-se promover o debate privilegiando a história do Estado de Rondônia e a prática do ensino de História. A realização do evento contou com o apoio fundamental e auxílio precioso dos alunos de graduação de História do Campus de Rolim de Moura. A eles agradecemos sinceramente pelo carinho e dedicação. Agradecemos também aos graduandos de Porto Velho, que são dispostos, interessados e nos ajudam na concretização do evento. Também de fundamental importância é a participação dos docentes da Universidade Federal de Rondônia, Campus da Capital e do interior. Um agradecimento especial a todos os nossos queridos colegas que, sempre solícitos e diligentes, ajudam a promover um intercâmbio de pesquisa no Estado de Rondônia. Além das conferências, oficinas, mesas redondas e mini-cursos oferecidos pelos pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia, este ano, temos o prazer de apresentar a conferência do Professor Doutor Benito Bisso Schmidt, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atual presidente da Associação 4
  • 6. Nacional de História – ANPUH. A presença deste renomado expoente da historiografia nacional assinala a refundação da seção regional, ANPUH-RO. É com muita satisfação que anunciamos a volta de Rondônia para o circuito nacional de pesquisa em História. Estimamos que mais estudantes e profissionais de História se juntem conosco e usufruam de uma excelente jornada de estudos nesses cinco dias da I Semana de História: Cultura, resistência e sujeito. As organizadoras, Adriane Pesovento e Veronica Aparecida Silveira Aguiar 5
  • 7. SUMÁRIO Programação Geral ......................................................................................... 7 Resumos de Conferências ............................................................................... 15 Resumos das Mesas Redondas......................................................................... 18 Resumos dos Mini-cursos ................................................................................ 29 Resumos das Oficinas ...................................................................................... 35 Resumos das Comunicações ............................................................................ 41 Resumos dos Pôsteres ...................................................................................... 49 Realização ........................................................................................................ 52 Agradecimentos.................................................................................................. 54 6
  • 9. PROGRAMAÇÃO GERAL 26 DE MARÇO DE 2012 – SEGUNDA-FEIRA 14:00-18:00 Credenciamento 18:00- 20:00 Apresentação cultural Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR) 19:00- 22: 30 Conferência de Abertura Cultura e religião: as raízes do sincretismo religioso afro-brasileiro Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR) Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho 27, 28 e 29 DE MARÇO DE 2012 (TERÇA, QUARTA E QUINTA) 14:00 - 16:00 Oficina 1 - Desafios para a história local Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro (História/UNIR) 14:00 - 16:00 Oficina 2 - História oral: desvios e sentidos no imaginário amazônico Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms. Zairo Carlos da Silva Pinheiro (História/UNIR) 14:00 - 16:00 Oficina 3- Os territórios da Morte em Porto Velho na primeira metade do século XX Prof. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR) 14:00 - 16:00 Oficina 4 - Migrações em Rondônia nas décadas de 1970 a 1980 Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR) 14:00 - 16:00 Oficina 5 - Educação patrimonial: Arqueologia em Rondônia Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu Regional de Arqueologia de Médici) e Prof. Esp. José da Silva Garcia (Museu Regional de Arqueologia de Médici) 14:00 - 16:00 Oficina 6 - Movimentos sociais e ação dos partidos políticos numa visão do socialismo científico Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms. Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC) Local: Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura - UNIR 27 DE MARÇO DE 2012 – TERÇA-FEIRA 16:00 - 17:30 MESA-REDONDA 1 - ESTUDOS SOBRE O ESPAÇO E A CULTURA RONDONIENSE 8
  • 10. Coordenação: Prof. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR) CULTURAS DESVIANTES: AS ESPACIALIDADES DAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO VALE DO GUAPORÉ (RO) Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR) FILOSOFIA AFRICANA: O PENSAR AFRICANO Prof. Ms. Everaldo Lins de Santana (Filosofia/UNIR) ARQUEOLOGIA NO CENTRO-LESTE RONDONIENSE: PESQUISA E TURISMO CULTURAL Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu regional de arqueologia de Médici) Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho 27, 28 e 29 DE MARÇO DE 2012 (TERÇA, QUARTA E QUINTA) 19:00 – 21:00 Mini-curso 1 - A construção do “sujeito” durante a migração em Rondônia: final da década de 1970 a 1990 Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR) 19:00 – 21:00 Mini-curso 2 - O que nos resta é a cor? Movimento negro e a resistência negra no Brasil Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR) 19:00 – 21:00 Mini-curso 3 - Antropologia e cultura popular Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR) 19:00 – 21:00 Mini-curso 4 - Normalização de trabalhos acadêmicos em História Profa. Esp. Nágila Nerval Chaves (Biblioteconomia/UFES) 19:00 – 21:00 Mini-curso 5 - O problema da repetição em História Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR) 19:00 – 21:00 Mini-curso 6 - Gênero, regra e misoginia na época medieval Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR) 19:00 – 21:00 Mini curso 7 - O processo de colonização recente em Rondônia e os conflitos agrários a partir da década de 1980 Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) e Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR) 19:00 – 21:00 Mini curso 8 - Projeto de pesquisa: passos metodológicos para a construção Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR) 9
  • 11. Local: Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura - UNIR 27DE MARÇO DE 2012 – TERÇA-FEIRA 21:00 - 22:30 MESA-REDONDA 2 - CULTURAS E SUJEITOS NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DE RONDÔNIA Coordenação: Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR) CULTURA NUMA ENCRUZILHADA: UMA DISCUSSÃO SOBRE OS CONCEITOS DE CULTURA Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR) CULTURA E DIALÉTICA: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO E O SEU POTENCIAL DE RESISTÊNCIA Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR) UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA POLÍTICA DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS EM RONDÔNIA: AGENTES E ASPECTOS DAS MUDANÇAS CULTURAIS Profa. Ms. Marta Valéria de Lima (História/UNIR) Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho 28 DE MARÇO DE 2012 – QUARTA-FEIRA 16:00 - 17:30 MESA REDONDA 3: INDÍGENAS E CAMPONESES EM RONDÔNIA: HISTÓRIA, RESISTÊNCIA E LUTA PELA TERRA Coordenação: Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR) COLONIZAÇÃO RECENTE E A LUTA PELA TERRA EM RONDÔNIA Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR) A RESISTÊNCIA INDÍGENA E CAMPONESA FRENTE A EXPANSÃO DO LATIFÚNDIO NA ATUALIDADE Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) MIGRAÇÃO EM ROLIM DE MOURA E OS INTERESSES DO ESTADO Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR) Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho 28 DE MARÇO DE 2012 – QUARTA-FEIRA 21 - 22:30 MESA-REDONDA 4 - OS SUJEITOS NA ANTROPOLOGIA, FILOSOFIA E HISTÓRIA 10
  • 12. Coordenação: Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR) FRAGMENTOS DE HISTÓRIA INDÍGENA EM RONDÔNIA: INDÍCIOS DE MORTE E VIDA NOS REGISTROS DOCUMENTAIS DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO ÍNDIO – SPI Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR) NOTAS SOBRE OS ENCONTROS E DESENCONTROS ENTRE HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA NAS GRADUAÇÕES DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS NA UNIR Prof. Ms. Ninno Amorim (Antropologia/UNIR) A FILOSOFIA NA HISTÓRIA DE HEGEL Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR) Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho 29 DE MARÇO DE 2012 – QUINTA-FEIRA 16:00 – 17:30 MESA REDONDA 5: ESTUDOS SOBRE O ENSINO E O OFÍCIO DO HISTORIADOR Coordenação: Prof. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR) A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO PROFESSOR Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR) FRANCISCANISMO, SUJEITOS E O OFÍCIO DO HISTORIADOR Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR) SABERES DOCENTES Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR) Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho 29 DE MARÇO DE 2012 – QUINTA-FEIRA 21:00 - 22:30 CONFERÊNCIA 2: POPULAÇÕES INDÍGENAS DE RONDÔNIA: SOBREVIVÊNCIA, DESAFIOS Prof. Dr. Edinaldo Bezerra de Freitas (História/UNIR) Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho 30 DE MARÇO DE 2012 - SEXTA –FEIRA 14:00 às 15:30 Apresentação de Pôsteres e Comunicações Local dos Pôsteres: sala 1 – UNIR 11
  • 13. Pesquisas sobre Educação e História Coordenação: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) AS RELAÇÕES SEMIFEUDAIS NO AMBIENTE ESCOLAR: SE VOCÊ MANDA, EU OBEDEÇO! Acadêmica: Silmara Ferreira Lopes (Pedagogia/UNIR) Orientadora: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) BARBADIANOS: BASTIDORES DE UM PRECONCEITO EM PORTO VELHO. POPULAÇÕES NEGRAS URBANAS: CULTURA, IDENTIDADE E TERRITORIALIDADE. Acadêmica: Rita Clara Vieira da Silva (História/UNIR) Orientador: Prof. Dr. Dante Ribeiro Fonseca (História/UNIR) Co-orientadora: Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR) APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES Local Comunicações 1: sala 2 - UNIR Pesquisas sobre a história de Rondônia Coordenação: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR) O NATIVO GUERREIRO - O SENTIDO DE GUERREAR NAS SOCIEDADES INDÍGENAS AMAZÔNICAS PRÉ-COLONIAIS Acadêmica: Elis da Silva Oliveira (História/UNIR) AMAZÔNIA, DESCASOS E DIFICULDADES: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENTENDIMENTO HISTÓRICO-ANTROPOLÓGICO DOS POVOS NATIVOS ANTES DA INVASÃO EUROPEIA Acadêmico: João Lucas Proença da Silva (História/UNIR) Orientadora : Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR) A FORÇA DOS TEMPOS: CURA DE “CABOCLO” EM UM TERREIRO PORTO VELHO/RO. 2011 Acadêmico: Leonardo Lucas Britto (História/UNIR) Orientador: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR) Local Comunicações 2: sala 3 - UNIR Pesquisas sobre a História da Educação e movimentos sociais Coordenação: Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR) 12
  • 14. A ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA X PERSPECTIVA FREIRIANA Graduados: José Aparecido da Cruz e Rogério Lopes de Jesus (Pedagogia/UNIR) TEORIA CRÍTICA - INDÚSTRIA CULTURAL ONTEM E HOJE. DIALÉTICA E ESCLARECIMENTO: “O REPENSAR DA INDÚSTRIA, CULTURA, EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DA SOCIEDADE” (AMPLIANDO OS HORIZONTES MODERNOS.) Acadêmicas: Camila Felisberto Sousa e Elizângela Mendes de Araújo (História/UNIR) HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES/MOVIMENTOS SOCIAIS DE RO/MT: LAÇOS E ENTRELAÇOS COM A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA Prof. Ms. Nelbi Alves da Cruz (Pedagogia/UNIR/UFMT) A RELAÇÃO ENTRE O CUIDAR E O EDUCAR NOS MOMENTOS DE HIGIENE DA EDUCAÇÃO INFANTIL Acadêmica: Fernanda dos Passos (Pedagogia/UNIR Orientadora: Dra. Marli Lucia T. Zibetti (Pedagogia/UNIR) Local Comunicações 3: sala 4 - UNIR Pesquisas sobre norma, doença e trabalho nas Ciências Humanas Coordenação: Profa. Ms. Veronica Aguiar (História/UNIR) A CATEGORIA TRABALHO: BREVE AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA E PROSPECTIVA NUMA ABORDAGEM MARXISTA Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR) CONSIDERAÇÕES SOBRE A POBREZA NA REGRA E NO TESTAMENTO DE FRANCISCO DE ASSIS (1182-1226) Profa. Ms. Veronica Aguiar (História/UNIR) A INVENÇÃO DO SUJEITO DOENTE MENTAL: A RESISTÊNCIA CIENTÍFICA CONTRA A CULTURA MÍTICA DO DSM NO CAMPO DO DIAGNÓSTICO EM SAÚDE MENTAL Prof. Ms. Paulo Rogério Morais (Psicologia/UNIR) 30 DE MARÇO DE 2012 – SEXTA-FEIRA 15:30 - 16:30 Assembleia dos Estudantes Centro Acadêmico de Históira 16:30 - 17:30 Assembleia Geral (ANPUH – RO) Professores da UNIR 13
  • 15. 19:00 - 19:30 Apresentação cultural Profª. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR) 21:00 às 21:30 CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO O ofício do historiador na atualidade: possibilidades e limites Prof. Benito Bisso Schimidt (Presidente da ANPUH/UFRGS) OBS: Haverá transporte para os que não possuem veículos. (UNIR/Teatro Municipal) 21:30 – 22: 00 Cerimônia de Encerramento - Vídeo Profª Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR) Local: Teatro Municipal Francisca Veronica de Carvalho 14
  • 17. CONFERÊNCIA DE ABERTURA Data: 26 de março de 2012 Horário: 19:30 h às 21:30 h CULTURA E RELIGIÃO: AS RAÍZES DO SINCRETISMO RELIGIOSO AFRO- BRASILEIRO Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR) 1. O fenômeno do sincretismo observado nas práticas religiosas dos negros escravizados no Brasil é, historicamente, interpretado como um artifício de sobrevivência, um tipo de resistência passiva à despersonalização e desenraizamento cultural cuja tentativa incide sobre os escravos, particularmente no campo da cultura religiosa. O sincretismo religioso no Brasil que produziu os cultos de matriz afro-brasileira, mais que um artifício é um dado da própria cultura religiosa, em sua vertente africana, que gerou esses cultos. Confrontado com o caráter dogmático e fechado do cristianismo, as crenças religiosas africanas cujas práticas transformaram-se nos cultos de matriz africana no Brasil são abertas, não proselitistas e não dogmáticas. Destarte, o ponto de vista sustentado nesse artigo é que o sincretismo como ferramenta de resistência somente existiu entre os negros escravizados e seus descendentes porque existia antes como uma possibilidade e uma prática em sua cultura religiosa. Ao esconder Yemanjá por detrás de Santa Bárbara, ou cultuar as duas como entidades similares, o africano e seu descendente estava dando curso apenas a mais uma forma de mestiçagem e praticando um importante dado de sua prática religiosa ancestral. PALAVRAS-CHAVE: cultos afro-brasileiros, sincretismo, cultura religiosa. CONFERÊNCIA Data: 29 de março de 2012 Horário: 19:30 h às 21:30 h 1 Historiador pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFICS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em Ciências Socioambientais pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPa). Professor do Departamento de História (Porto Velho) e do Mestrado em Ciências da Linguagem (Guajará-Mirim) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Vice-Diretor do Núcleo de Ciências Humanas (NCH/UNIR) para o quadriênio 2010/2013. Coordenador do Mestrado em Ciências da Linguagem (MCL/UNIR) para o biênio 2012/2013. Pesquisador do Centro de Documentação e Estudos Avançados sobre Memória e Patrimônio de Rondônia (CDEAMPRO/UNIR), do Grupo de Pesquisa em História Econômica e Planejamento Público na Amazônia (NAEA/UFPa) e do Centro de Pesquisas Lingüísticas da Amazônia (CEPLA/UNIR). Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Rondônia (IHGRO). Presidente da Academia de Letras de Rondônia (ACLER) para o biênio 2012/2013. Emeio: zeliafonseca@brturbo.com.br. 16
  • 18. POPULAÇÕES INDÍGENAS DE RONDÔNIA. SOBREVIVÊNCIAS, DESAFIOS. Prof. Dr. Edinaldo Bezerra de Freitas (História/UNIR) Em um estado de perfil caracteristicamente anti-indígena, as etnias da chamada "Terra de Rondon" podem e devem ser compreendidas sob o impacto da formação de processo de ocupação e colonização bastante recente e portador de valores danosos ao meio ambiente e a sobrevivência das suas versões de diversidades culturais. Doenças e dizimação populacional perda de territórios, invasões de madeireiras, garimpeiros, catequese proselitista, políticas indigenistas questionáveis, são etapas a ser estudadas e que darão possíveis respostas a compreensão de uma população representada antagonicamente por mais de cinqüenta representações étnicas, mas em paradoxo, compostas de apenas aproximadamente dez mil indivíduos. Fragmentação, isolamento, desafios de organização e sobrevivências são assim o convite a pesquisa e ao engajamento político da causa da pluralidade humana. PALAVRAS-CHAVE: Indígenas, Rondônia, História CONFERÊNCIAS DE ENCERRAMENTO Data: 30 de março de 2012 Horário: 19:30 h às 21:30 h O OFÍCIO DO HISTORIADOR: POSSIBILIDADES E LIMITES Prof. Dr. Benito Bisso Schmidt (UFRGS/ANPUH/ABHO) A conferência abordará alguns dos desafios colocados aos profissionais de História na atualidade, especialmente aqueles que dizem respeito a sua atuação em espaços como museus, arquivos, memoriais, instituições ligadas ao turismo, entre outros ambientes voltados ao que normalmente se chama de "preservação da memória". Para tanto, serão tratados questões referentes à formação do historiador, a sua prática profissional e ao papel da Associação Nacional de História - ANPUH neste contexto. PALAVRAS-CHAVE: Ofício do Historiador, lugares de memória, ANPUH. 17
  • 19. RESUMOS DAS MESAS REDONDAS 18
  • 20. MESAS REDONDAS Data: 27 de Março de 2012 Horário: 16:00 h às 17:30 h MESA 1: ESTUDOS SOBRE O ESPAÇO E A CULTURA RONDONIENSE Coordenação: Prof. Ms. Maria Aparecida da Silva (História/UNIR) VALE DO GUAPORÉ: TERRITÓRIO DAS ESPACIALIDADES DAS CULTURAS DESVIANTES2 Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR) “A coisa em imagem e a coisa em realidade são uma única e mesma coisa em dois planos diferentes de existência: coisa e imagem” (SARTRE, 1996). A compressão espaço-tempo é fenômeno natural? As conseqüências da modernidade são experiências universais? O cotidiano é tempo da mesmice? O lugar é espaço alienante? Neste ensaio colocamos em xeque tais questões, ao consideramos que existem modos de viver não convenientes e nem convincentes as leis do mercado. Na lida cotidiana, conjugada com o sentido de pertença ao lugar, indivíduos e grupos culturais se desviam das formas consumistas de espaço/tempo, por meio da utilização de táticas e práticas desviantes. Esses modos são encontrados nas cidades, por meio de vivências solitárias de práticas desviantes, mas nas comunidades ribeirinhas amazônicas, a cultura desviante funda a existência. Caminhantes entre mundos: o mundo das águas e o mundo da floresta, os ribeirinhos do Vale do Guaporé vivenciam espacialidades fugitivas da concepção universal, totalizante e naturalizante da lógica capitalista. Buscamos compreender a lógica das culturas desviantes no diálogo entre as espacialidades vividas entre as águas e a terra pelos ribeirinhos guaporeanos. PALAVRAS-CHAVE: Vale do Guaporé, ribeirinhos e, cultura desviante. FILOSOFIA AFRICANA: O PENSAR AFRICANO Prof. Ms. Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC) 2 As abordagens sobre as comunidades ribeirinhas do Vale do Guaporé, como portadoras de culturas desviantes, apresentadas neste artigo, compõem parte da tese de doutorado defendida no IESA/UFG em maio de 2011. 19
  • 21. É comum se afirmar que a filosofia tem sua origem na Grécia antiga, entretanto, esquece-se que Tales de Mileto passou um longo período no Egito estudando com seus os sábios, Pitágoras permaneceu em terras egípcias durante, aproximadamente, 22 anos, além disso, Flávio Josefo nos informa que...Tales e Pitágoras foram alunos dos egípcios; Champollion afirmava que a interpretação dos monumentos do Egito demonstrava a origem egípcia...das principais doutrinas filosóficas da Grécia e Platão deve seus conhecimentos de matemática aos egípcios. A partir desses poucos e genéricos exemplos, apenas à guisa de ilustração, pode-se constatar que, antes da Grécia, que nessa época ainda não era Grécia, a África, através do Egito, já praticava, há bastante tempo, o pensamento que, mais tarde, passaria a ser rotulado, pelos gregos, de “filosófico” e que, portanto, já se fazia filosofia, no continente africano, o que nos leva a falar de uma filosofia africana e de um pensar também africano. Vale salientar, ainda, o fato de que, embora em muitos países se valorize a filosofia africana, essa expressão soa estranha para muitos que se “amarram” a Hegel. PALAVRAS-CHAVE: Doutrinas filosóficas, África, Filosofia africana. ARQUEOLOGIA NO CENTRO-LESTE RONDONIENSE: PESQUISA E TURISMO CULTURAL Profa. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu regional de arqueologia de Médici) Rondônia possui denso patrimônio arqueológico, porém as pesquisas arqueológicas na região iniciaram-se apenas a partir da década de 80, com impulso maior nos últimos 10 anos. O centro-leste rondoniense apresenta características especiais dentro deste contexto por apresentar também grande densidade de sítios com arte rupestre, tendo sido localizados até o momento 21 sítios, caracterizados unicamente por gravuras. Porém, em toda a região, já foram localizados e catalogados mais de 100 sítios arqueológicos, distribuídos em cerâmicos (alguns destes com terra preta), e amoladores/polidores. Trata-se de pesquisa em desenvolvimento, cujos resultados preliminares demonstram grande diversidade morfológica para os sítios com arte rupestre e, para os lito-cerâmicos, vem reforçando a Teoria de que a região do alto e médio curso do rio Ji-Paraná teria sido a terra natal dos povos do tronco Tupi. Tem-se observado também que o turismo informal, em alguns momentos, desenvolveu práticas de vandalismo, que, juntamente com a omissão de agentes públicos e privados, associados às intempéries naturais e ações antrópicas, tem contribuído para a deterioração destes locais. Porém, ações de proteção foram iniciadas pela prefeitura de Presidente Médici 20
  • 22. que também estabeleceu parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional para tal. PALAVRAS-CHAVE: patrimônio arqueológico, arte rupestre, turismo cultural. Data: 27 de Março de 2012 Horário: 21:00 h às 22:30 h MESA 2: CULTURAS E SUJEITOS NA CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DE RONDÔNIA Coordenação: Prof. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR) CULTURA NUMA ENCRUZILHADA: DISCUSSÕES SOBRE O CONCEITO DE CULTURA NA HISTÓRIA Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR) O advento da História Cultural e suas implicações para a metodologia e para a teoria da História tornaram fundamental a necessidade de conceituação, ou ao menos, a tentativa de tornar um pouco mais evidente o que a palavra Cultura pode representar para a História. Apesar de o pano de fundo desta proposta de mesa redonda ser a História Cultural e suas importantes discussões tais como a da própria palavra “representação”, não nos ateremos em comentar sobre a História Cultural, mas sim, traçar em linhas gerais, alguns conceitos possíveis para a palavra Cultura os quais poderão servir de direção para o historiador (ou aprendiz) quando estiver a exercer a tarefa legada por Clio. Tarefa que, segundo Eric Hobsbawm, pode vir a ser transformada em “matéria-prima para as ideologias nacionais ou étnicas”. Há, portanto, que se tomar cuidado com o fazer histórico, sobretudo quando se “escolhe” esta ou aquela determinada “cultura” como objeto de estudo e pesquisa. O que significa cultura? O que podemos entender com esta Palavra? Cultura pode ser entendida como sinônimo de Educação (aquela pessoa tem muita cultura, foi muito bem educada). Pode relacionar-se ao conhecimento, ao saber (ele é muito culto). Pode referir-se às artes de um modo geral: pintura, teatro, música (essas são as manifestações culturais desse povo). Pode definir um cultivo, uma lavoura (minha cultura é a soja). Aliás, é da Agricultura que nasce o termo Cultura, cujo significado mais próximo diz 21
  • 23. respeito a tudo aquilo que não é natural, que não é encontrado na natureza. Tudo aquilo que é produzido pelo homem, para o homem pode ser considerado Cultura. De fato é difícil atribuir um significado à palavra Cultura, sem associá-lo a um campo (na acepção de Pierre Bourdie), ou mesmo a uma área do conhecimento e suas interdependências (Norbert Elias). Tanto mais difícil o é atribuir a cultura de um povo pois, mesmo a cultura (na concepção dos fazeres humanos) não são engessados, não ficam parados no tempo, estão em constante movimento, são reinventados todo o tempo, como nos lembra Hobsbawm em “A Invenção das Tradições”. Ou mesmo os processos de resistências, de individualidades de personificação tais como os sugeridos por Michel de Certeau. Assim, diante da complexidade de um simples termo tal como parece ser o da Cultura, se faz necessário a todo historiador quando da escrita de sua pesquisa, de seu estudo, de antemão tornar evidente o que está a entender, ao menos naquele determinado e sempre limitado trabalho, por este ou aquele termo. Se o termo for Cultura, redobrar a atenção, e estabelecer desde cedo qual a direção seguir já que a Cultura parece estar numa encruzilhada de significados e sentidos. PALAVRAS-CHAVE: Cultura, História, Metodologia. CULTURA E DIALÉTICA: A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO E O SEU POTENCIAL DE RESISTÊNCIA Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR) Na definição de cultura ocorrem dois movimentos: o primeiro se refere ao conceito da palavra de origem latina, do verbo colo, que significa cultivar o solo, aquilo que deve ser cultivado. Esse significado se deu pelo fato do mundo romano estar ligado à agricultura, significando assim o cultivo da terra. Ainda nessa discussão os gregos tinham como pressuposto o desenvolvimento humano, em que Paidéia significava transmitir conhecimento às crianças (BOSI, 1992); o segundo movimento se refere a não neutralidade, em que não podemos considerar as práticas culturais como equivalentes, numa visão funcionalista, mas se estabelecem relações de poder, em que ¨os sistemas simbólicos¨ cumprem a tarefa da ¨violência simbólica¨ (BOURDIEU,1998). Nesta dialética de construção e desconstrução o sujeito redescobre seu potencial de resistência, em que dinamiza, relabora ou altera os parâmetros consolidados numa sociedade pluralista. PALAVRAS-CHAVE: Cultura, Sujeito, Resistência. 22
  • 24. UMA INTRODUÇÃO À HISTÓRIA POLÍTICA DAS RELIGIÕES AFRO- BRASILEIRAS EM RONDÔNIA: AGENTES E ASPECTOS DAS MUDANÇAS CULTURAIS Profa. Ms. Marta Valéria de Lima (História/UNIR) Este texto apresenta alguns resultados empíricos do projeto de doutorado História e religiões afro-brasileiras de Rondônia: inserção, expansão e transformações de práticas rituais e religiosas (1911-2009). Nele se discute como o campo das religiões afro-brasileiras foi influenciado por determinados indivíduos, sendo apresentadas as suas estratégias de inserção no cenário político e religioso local, tendo como pano de fundo o movimento de organização das religiões afro-brasileiras em instituições federativas, assim como a construção da identidade religiosa, política e social de Rondônia. PALAVRAS-CHAVE: Umbanda, política, Rondônia. Data: 28 de Março de 2012 Horário: 16:00 h às 17:30 h MESA 3: INDÍGENAS E CAMPONESES EM RONDÔNIA: HISTÓRIA, RESISTÊNCIA E LUTA PELA TERRA Coordenação: Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro (História/UNIR) COLONIZAÇÃO RECENTE E A LUTA PELA TERRA EM RONDÔNIA Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR) O artigo é uma síntese da análise realizada sobre a colonização recente de Rondônia e dos conflitos agrários ocorridos entre as décadas de 1970, 1980 e 1990; apresentada na Mesa Redonda Indígenas e Camponeses em Rondônia: História, Resistência e Luta Pela Terra, da I Semana de História da UNIR, Campus de Rolim Moura. Partindo de uma análise que tem como base o materialismo histórico e dialético, identifica o campesinato como importante sujeito histórico na colonização recente e, ao mesmo tempo, aborda as possibilidades de pesquisa desta temática para a produção historiográfica regional e que contribua para a constituição de estudos de uma História Agrária rondoniense. O referencial teórico da pesquisa parte da conceituação de que a estrutura agrária brasileira é do tipo semifeudal, 23
  • 25. característica do capitalismo burocrático. Parte da discussão realizada é fruto de Dissertação de Mestrado defendida no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNIR e do diálogo com outras pesquisas regionais que discutem a Questão Agrária no contexto de expansão da fronteira agrícola para a Amazônia. A Ditadura Militar no Brasil através do processo de colonização dirigida incentivou a migração de camponeses para a Amazônia visando conter os conflitos agrários no centro-sul do país, transferindo-os para esta região. PALAVRAS-CHAVE: Colonização, Campesinato, Conflitos Agrários. A RESISTÊNCIA INDÍGENA E CAMPONESA FRENTE A EXPANSÃO DO LATIFÚNDIO NA ATUALIDADE Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) O trabalho centra-se na análise dos processos de resistência indígena e camponesa no contexto de expansão do latifúndio a partir do estudo sobre as relações semifeudais e semicoloniais do capitalismo burocrático brasileiro. Capitalismo burocrático é o tipo de capitalismo engendrado pelo imperialismo nos países atrasados mediante o domínio sobre toda a sua estrutura econômica e social. A semifeudalidade iniciou-se na colonização do Brasil e pode ser comprovada pela existência do latifúndio e das formas mais precárias de trabalho predominantes no campo. Conforme dados oficiais, a concentração de terras no Brasil aumentou e a maior parte das terras públicas está ocupada ilegalmente pelos latifundiários, que continuam protegidos pelo Estado. O latifúndio vem se expandindo devido aos processos de mecanização e commodities, chamados pelos capitalistas de agronegócio, que é um tipo de latifúndio que conserva as relações semifeudais e vínculos mais fortes com o imperialismo que o latifúndio tradicional. Além da expansão do latifúndio, grandes empreendimentos econômicos avançam ameaçando as populações indígenas e camponesas que ampliam o nível de organização e combatividade na luta pela terra como vem ocorrendo no Estado de Rondônia nas últimas décadas. Palavras-chave: Capitalismo Burocrático, Questão Agrária, Resistência Indígena. MIGRAÇÃO EM ROLIM DE MOURA E OS INTERESSES DO ESTADO Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva3 (História/UNIR/SEDUC) 3 Professora Substituta do Curso de História – Universidade Federal de Rondônia – Campus de Rolim de Moura onde ministra as Disciplinas de Metodologia Científica e A Pré – História do Brasil e Professora de História na E.E.E.F.M. Priscila Rodrigues Chagas - SEDUC – Rondônia e Especialista em História Regional pela FAP e Mestre do Curso de História e Ciências Sociais, uma parceria entre a UPO e UMA da Espanha e UNIR cujo certificado está em fase de tramitação para convalidação no Brasil. 24
  • 26. Este texto tem o interesse de apresentar à sociedade as influências do Estado em consonância com o processo migratório para Rolim de Moura desde seus primórdios considerando os motivos reais para a implantação deste município. Além do mais primou-se pela valorização dos dados colhidos pela pesquisa de campo cujo objeto de estudo foram os migrantes que por sua vez, ocuparam e colonizaram as terras rolimourenses tornando – as “famosas” em todo Estado de Rondônia de acordo com sua evolução econômica e política. Almejando alcançar o objetivo compreender os motivos do Estado nesta região de Rolim de Moura buscamos no decorrer de todo o contexto responder algumas indagações: Qual a posição do Estado em relação a ocupação da Amazônia, Rondônia e Rolim de Moura? O que o Estado pretendia para Rolim de Moura, uma localidade que deveria ser somente um núcleo rural em Rondônia, Amazônia brasileira? Que ações do Estado para a região de Rolim de Moura? Porque Rolim de Moura? - Diante do exposto analisamos dados bibliográficos publicados por Ianni (1979), Amaral (2004/2007), Becker (1997), Santos (2001) entre outros, e também documentos que abordam sobre as ações do Estado deste a condução do processo migratório contextualizando a migração de diversos estados brasileiros rumo a Amazônia, Rondônia e como não poderia de ser, para Rolim de Moura. Facilitando uma discussão do quadro teórico, primou-se por gravar as histórias de vidas dos migrantes colaboradores para que houvesse possibilidade de conhecer com mais exatidão a participação popular dos migrantes na construção do espaço onde ocorreu a investigação. Verificamos que a presença do Estado deu-se de fato após árduo trabaho dos migrantes agricultores que abriram as linhas vicinais e suas terras, isto é, o suporte necessário para que a o governo pudesse atuar, explorando os potênciais econômicos que gerariam divisas ao Estado bem como garantir a presença neste espaço geográfico que sedia o Vale do Guaporé. Palavras-chave: migração, Estado, Rolim de Moura. Data: 28 de Março de 2012 Horário: 21:00 h às 22:30 h MESA 4: PESQUISAS EM ANTROPOLOGIA, FILOSOFIA E HISTÓRIA Coordenação: Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR) 25
  • 27. FRAGMENTOS DE HISTÓRIA INDÍGENA EM RONDÔNIA: INDÍCIOS DE MORTE E VIDA NOS REGISTROS DOCUMENTAIS DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO ÍNDIO – SPI Profa. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR) O Serviço de Proteção ao Índio – SPI foi o órgão responsável inicialmente pela “atração” dos indígenas, junto aos postos oficiais instalados em diversas regiões do país. Fundado em 1910 era responsável pelas ações de aproximação e tentativas integracionistas que nortearam as políticas e compuseram parte da história indígena em Rondônia. Utiliza-se nesse estudo uma abordagem sócio histórica, tendo como categoria de análise a micro história. A coleta de dados se fez a partir de fontes documentais, reunidas e depositadas no banco de dados do Museu do Índio. Tais registros em sua maioria versam sobre aspectos administrativos relacionados aos diversos Postos Indígenas (PI). Nesses documentos, escapam informações sobre o cotidiano de luta e resistência indígena agindo e reagindo frente ao estabelecido. Além disso, a garimpagem micro possibilitou a percepção de fragmentos indiciários dos abusos praticados por autoridade dos PIs em relação à esses povos, especialmente as histórias de algumas meninas/mulheres/índias Kanoê/Kapixanã que no ano de 1948, no auge da mocidade foram vítimas de abuso sexual e exploração do trabalho. A ênfase é dada ao posto Ricardo Franco, que se localizava as margens do Rio Guaporé, próximo a Guajará Mirim (RO). No dualismo morte e vida, objetivou-se levantar informações sobre tais abusos, doenças e epidemias, bem como as ações e/ou a inércia do poder público frente a problemática. PALAVRAS-CHAVE: história indígena, PI Ricardo Franco, Rondônia. NOTAS SOBRE OS ENCONTROS E DESENCONTROS ENTRE HISTÓRIA E ANTROPOLOGIA NAS GRADUAÇÕES DE HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS NA UNIR Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR) A proposta é discutir a presença/ausência da Antropologia na formação universitária nos cursos de História e a presença/ausência da História no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Rondônia. A partir do contexto dos PPPs desses cursos, examinando as Ementas das disciplinas obrigatórias, podemos observar as condições em que a Antropologia e a História, como ciências, contribuem com a formação dos estudantes. 26
  • 28. Proponho-me a refletir sobre a importância dessas áreas do conhecimento na visão de mundo almejada na formação de historiadores e cientistas sociais na Unir. PALAVRAS-CHAVE: Antropologia, História, Formação Profissional A FILOSOFIA DA HISTÓRIA EM HEGEL Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR) Alguns conceitos fundamentais à História e à pesquisa histórica têm sua base no pensamento do filósofo alemão Wilhelm Friedrich Hegel, em especial conceitos como processo e dialética. O significado destes termos, que ainda hoje permeiam a pesquisa histórica, é derivado do pensamento de Hegel, seja através do pensamento de Marx, seja através das derivações conceituais da Escola dos Annales. Deste modo o objetivo desta apresentação é demonstrar de que modo o pensamento de Hegel foi a base para a moderna ciência histórica, e como, ainda hoje, diversos conceitos dos quais nos utilizamos na pesquisa histórica e no ensino de História são profundamente influenciados pelas ideias do filósofo alemão. PALAVRAS-CHAVE: Filosofia da História, Hegel, Processo. Data: 29 de Março de 2012 Horário: 16:00 h às 17:30 h MESA 5: ESTUDOS SOBRE O ENSINO E O OFÍCIO DO HISTORIADOR Coordenação: Prof. Ms. Adriane Pesovento (História/UNIR) A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO PROFESSOR Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro4 (História/UNIR/SEDUC) Neste artigo pretende-se discutir alguns elementos que estão presentes no processo da produção da história local principalmente relacionada ao ensino da região, nos anos inicias do ensino fundamental. Tanto questões relativas à teorização da história como no que diz 4 Mestre em Educação pela UFMS. Especialista em Educação; Especialista em Didática do Ensino Superior; Especialista em Teologia; Professor de História e Filosofia na rede estadual (SEDUC), em Rolim de Moura – RO. Filósofo; Teólogo; Historiador; Professor de Filosofia e Ética na Faculdade de Pimenta Bueno (FAP) e Faculdade São Paulo (FSP) Rolim de Moura.. Jornalista, produtor e apresentador de programa radiofônico. 27
  • 29. respeito à postura do professor e à prática do ensino da história. Começamos propondo o problema dizendo que a história local, principalmente no caso de Rondônia é algo a ser feito. Depois discutimos uma conceituação da história e um de seus objetos mais problemáticos que é a idéia de tempo. A partir disso entramos na discussão sobre de elementos mais específicos da pratica do professor e sua ação em sala de aula como é o caso da periodização e da necessidade do professor de história local se fazer um pesquisador superando a mera repetição das apostilas e livros por vezes duvidosos. Chamamos a atenção para a necessidade de se considera o universo do estudante e os aspectos da cultura local que ajudam não só a explicar a localidade como a evidenciar as características da população local. PALAVRAS-CHAVE: ensino, docência, história local. FRANCISCANISMO, SUJEITOS E O OFÍCIO DO HISTORIADOR Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR) O objetivo desta apresentação é fazer uma reflexão sobre o papel do historiador enquanto pesquisador e professor. Para tal empreitada, partiremos de Marc Bloch (1974) que colocou como premissa ao historiador o inquietar-se com as questões do presente e do vivido no cotidiano, questão fundamental para pensar as fontes e o passado. Nos últimos anos, a pesquisa na área de medieval cresceu significativamente nas universidades brasileiras, reflexo de debates e discussões acerca do período. Por isso, a nossa preocupação norteadora desta apresentação gravita em torno dos “sujeitos” na época medieval, especificamente a imagem de santidade de Francisco de Assis por meio das hagiografias e também pretendemos discutir a questão do surgimento do individualismo na Baixa Idade Média. PALAVRAS-CHAVE: Santo, memória coletiva, medievalista. 28
  • 31. MINI-CURSOS Datas: 27, 28 e 29 de Março de 2012 Horário: 19:00 h às 21:00 h A CONSTRUÇÃO DO ¨SUJEITO¨ DURANTE A MIGRAÇÃO EM RONDÔNIA - FINAL DA DÉCADA DE 1970 A 1990 Profa. Dra. Lilian Maria Moser (História/UNIR) O mini-curso em pauta tem como proposta discutir o impacto vivido do Sujeito, o migrante, oriundo de várias regiões do Brasil, para uma ¨Nova Terra¨, no ¨Eldorado¨ assim denominada, no antigo Território de Rondônia. O estudo quer propor um novo olhar sobre os aspectos de construir e re-construir o espaço físico e também cultural, identificando Resistências construídas nos encontros e desencontros ¨com o outro¨. PALAVRAS-CHAVE: Políticas Públicas, Migração, Resistência. O QUE NOS RESTA É A COR? MOVIMENTO NEGRO E RESISTÊNCIA NEGRA NO BRASIL Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR) O objetivo central deste mini-curso é oferecer elementos mínimos capazes de proporcionar uma visão histórica do processo que culminou com a atual política de ações afirmativas no Brasil, tais como a Lei que obriga o ensino de História da África nas escolas públicas de ensino fundamental e médio e a Lei de cotas para o ingresso de negros nas Universidades brasileiras. Longe de esgotar tão vasto e complexo assunto tencionamos apresentar um breve panorama do que é a África, desmistificar, por assim dizer, este vasto continente e seus habitantes tomando como referencial teórico Kabengele Munanga e sua recente obra intitulada: “Origens africanas do Brasil contemporâneo”. Também nos ateremos a dar um breve panorama da forma como a cor negra foi transformada pelos traficantes e senhores de escravos no Brasil, primeiro como um fator igualdade, quando ainda no continente africano, depois de diferença já quando o escravo estava no Brasil, e, por fim, como a cor da pele foi transformada em ícone de desigualdade e suas implicações para a rede de forças desiguais dos diversos segmentos sociais que compõem 30
  • 32. a sociedade nacional. Para tanto nos apoiaremos, principalmente na obra “A construção social da cor” de José D‟Assunção Barros. É nossa intenção, também, propor uma reflexão sobre a importância do movimento negro no Brasil nas conquistas políticas recentes, embasada em leituras de textos de Petrônio José Domingues. Ao final pretendemos abordar e discutir a retomada do elemento cor da pele como diferencial para a conquista e garantia de direitos políticos há muito negligenciados pela política brasileira, pois, ao que parece, aos negros, o que restou foi de fato a cor da pela tão somente. PALAVRAS-CHAVE: Resistência, escravidão, África. ANTROPOLOGIA E CULTURA POPULAR Prof. Ms. Ninno Amorim (Ciências Sociais/UNIR) O estudo do que ficou conhecido como “cultura popular”. O minicurso visa a contextualizar a entrada em cena desse personagem – o popular – e as implicações dessa “estreia” nas principais interpretações que orientaram as reflexões de importantes pesquisadores ao longo da história. O minicurso propõe uma reflexão acerca do tema, indicando as fontes para um maior aprofundamento do assunto, visto que o intento é apresentar algumas ideias básicas sobre o surgimento da cultura popular como algo passível de ser estudado pelas ciências sociais. A relação entre as chamadas culturas popular e erudita. As abordagens dos folcloristas, cronistas, historiadores e antropólogos. PALAVRAS-CHAVE: Cultura popular, Antropologia, Folclore. NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS EM HISTÓRIA Profa. Esp. Nágila Nerval Chaves (Biblioteconomia/UFES)5 A produção intelectual, seja de trabalho acadêmico ou científico, necessita seguir determinados quesitos que determinam o grau de cientificidade do documento e seriedade de seu autor. Um desses quesitos é a normalização que somada ao método e técnicas utilizados na feitura do texto garantem a efetiva qualidade das fases necessárias à produção e * Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade de Educação da Alta Floresta (UNIFLOR), E-mail: nagilanerval@hotmail.com 31
  • 33. disseminação de conhecimento resultante do trabalho científico. Por isso, a normalização de documentos é essencial para facilitar o acesso à informação, além de ser indispensável para determinar a qualidade dessa informação acessada e a unificação da produção formal da mesma, no meio acadêmico. Nesse contexto, surge a necessidade de informar ao estudante sobre as NBRs existentes para esse fim e mostrar, na prática, como utilizá-las de maneira correta a partir do formato e suporte de cada documento. Para isso será produzido em sala de aula como referenciar e citar: documentos eletrônicos, audiovisuais, diapositivos, tridimensionais, sonoros, cartográficos e outros. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, reconhecida como único foro Nacional de Normalização por meio da Resolução n. 07 da CONMETRO de 24/08/1992, é autora das NBRs que normalizam os trabalhos acadêmicos e científicos no País. As principais NBRs para normalização de trabalhos acadêmicos são: NBR 6022:2003 (elaboração de Artigo em Publicação Periódica Científica Impressa); NBR 6023:2002 (para elaboração de Referências); NBR 6024:2003 (para elaboração da Numeração Progressiva das Seções de Documento Escrito); NBR 6027:2003 (para elaboração de Sumário); NBR 6028:2003 (para elaboração de resumos); NBR 10520:2002 (para elaboração de citações em documentos); NBR 12225:2004 (para elaboração de Lombada); NBR 14724:2011 (para elaboração de Trabalhos Acadêmicos); NBR 15287:2011 (para elaboração de Projeto de Pesquisa); 15437:2006 (para elaboração de Pôsteres Técnicos e Científicos). Palavras-chave: Normalização, Trabalhos acadêmicos, Documentos históricos. O PROBLEMA DA REPETIÇÃO NA HISTÓRIA Prof. Dr. Vagner da Silva (História/UNIR) Na introdução de seu O 18 Brumário de Luís Bonaparte, Marx citando Hegel afirma “(...) que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes”. Em seguida Marx acrescenta de próprio punho, que o primeiro acontecimento se dá na forma da tragédia, e o segundo na forma da farsa. Marx pensou a história como um processo gradual de desenvolvimento econômico e social marcado por conflitos. Independente dos conflitos. Se Marx pensou a história como um processo de desenvolvimento, como pôde afirmar a repetição da história nos moldes hegelianos e acrescentando a ocorrência do trágico e do cômico? Marx não foi o único teórico da história a pensar, ou aludir, o problema da repetição na história: antes dele Kant e Hegel (também pensadores alemães) haviam interpretado a 32
  • 34. história associando-a a repetição. E antes destes, Rousseau no período intermediário de sua produção filosófica (período otimista) havia pensado também a história associando-a a mecanismos de repetição. O objetivo deste mini-curso é justamente analisar algumas interpretações da história que a tomam como “fenômeno” de repetição, e tentar compreender quais são as implicações desta compreensão para o ofício do historiador e também do professor de história. PALAVRAS-CHAVE: Hegel, filosofia, Marx. GÊNERO, REGRA E MISOGINIA NA ÉPOCA MEDIEVAL Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR) O mini-curso propõe-se a abordar os principais elementos envolvidos na vida feminina medieval. Para isso, faremos o uso de quatro eixos cruciais, intrinsecamente articulados, a saber: a relação entre os sexos num mundo governado por homens, as imagens que os homens criaram em torno da mulher, as possibilidades de ação das mulheres num mundo dominado por homens, sobretudo, em relação à esfera do sagrado e a inserção das mulheres num mundo masculinizado bem como as possibilidades de elaboração de um discurso feminino. Para o desenvolvimento da abordagem proposta acima mencionada, utilizaremos os autores mais significativos acerca do tema, como R. Howard Bloch, Régine Pernoud, Georges Duby, Jacques Rossiaud, Marco Bartoli, entre outros. Procuramos, assim, através do exercício de análise de textos de franciscanos e imagens produzidas no período (Giotto) e mais tardiamente (Hieronymus Bosch), gerar uma discussão sobre o período medieval. Em resumo, as restrições à mulher por meio de normas estiveram relacionadas em parte aos padrões morais determinados pela Igreja Católica Romana. Enfim, pretendemos relacionar a mulher e a religiosidade por meio da análise de fontes iconográficas, pinturas, esculturas, iluminuras e escritos com o objetivo de apresentar a possibilidade de “resistências” frente ao monopólio masculino do sagrado. PALAVRAS-CHAVE: Mulher, norma, Clara de Assis. O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO RECENTE EM RONDÔNIA E OS CONFLITOS AGRÁRIOS A PARTIR DA DÉCADA DE 1980 Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) Prof. Ms. Márcio Marinho Martins (História/UNIR) 33
  • 35. O mini-curso pretende ser um espaço de discussão introdutória sobre a colonização recente em Rondônia e os conflitos agrários gerados pela concentração de terra. Pretende-se discutir o contexto histórico da colonização gestada pela Ditadura Militar brasileira e seu caráter reacionário e autoritário. O estudo terá como referencial teórico os seguintes conceitos: Materialismo Histórico-dialético; Questão Agrária; Campesinato; Imperialismo; Semifeudalidade e Capitalismo Burocrático. A metodologia de trabalho dar-se-á pela discussão e debate destes conceitos, dos aportes teóricos produzidos pela História e Geografia Agrária da Amazônia e sua aplicabilidade para a formulação de pesquisas acadêmicas sobre o campo rondoniense. A apresentação da temática será dirigida utilizando-se como fontes de pesquisa a produção bibliográfica regional e dados estatísticos que abarcam o período, introduzidos de forma didática através de slides, fotos e filmes sobre a História de Rondônia. PROJETO DE PESQUISA: PASSOS METODOLÓGICOS PARA SUA CONSTRUÇÃO Prof. Dr. Orestes Zivieri Neto (Pedagogia/UNIR) O presente mini-curso tem como preocupação central a apresentação dos passos metodológicos para construção de um projeto de pesquisa, que para efeito de sua consecução agrega-se com discussões sobre os subsídios teóricos que expliquem o ato de pesquisar e, consequentemente, o ciclo de uma pesquisa. Desse modo, serão apresentados e discutidos os elementos constitutivos em um projeto de pesquisa com a função de auxiliar os acadêmicos na compreensão de como redigir cada uma delas, a saber: tema, título, justificativa, objetivos, delimitação das perguntas de pesquisa, fundamentação teórica, análise de dados e definição de instrumentos de coleta de dados, conclusões e levantamento bibliográfico. Por fim, integrando as discussões da elaboração de um projeto de pesquisa, serão propostos momentos de reflexão sobre as responsabilidades sociais e éticas do pesquisador e, que são inerentes ao processo de construção do ciclo de uma pesquisa. PALAVRAS-CHAVE: Ciclo da pesquisa, Projeto de Pesquisa. 34
  • 37. OFICINAS Datas: 27, 28 e 29 de Março de 2012 Horário: 14:00 h às 16:00 h A CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA E HISTÓRIA LOCAL: DESAFIOS AO PROFESSOR Prof. Ms. Neri de Paula Carneiro (História/UNIR) Pretendemos, com esta oficina, não só discutir alguns elementos que estão presentes no processo da produção da história local principalmente relacionada ao ensino da região, mas principalmente discutir possibilidades para a prática da educação histórica nos anos inicias do ensino fundamental. Tanto questões relativas à teorização da história como no que diz respeito à postura do professor e à prática do ensino da história. Começamos propondo o problema dizendo que a história local, principalmente no caso de Rondônia é algo a ser feito. Depois discutimos uma conceituação da história e um de seus objetos mais problemáticos que é a ideia de tempo. A partir disso entramos na discussão sobre de elementos mais específicos da pratica do professor e sua ação em sala de aula como é o caso da periodização e da necessidade do professor de história local se fazer um pesquisador superando a mera repetição das apostilas e livros por vezes duvidosos. Chamamos a atenção para a necessidade de se considerar o universo do estudante e os aspectos da cultura local que ajudam não só a explicar a localidade como a evidenciar as características da população local. E tudo isso pode ser feito partindo de elementos, documentos e informações presentes no próprio local, objeto de ensino e pesquisa. PALAVRAS-CHAVE: história local, pesquisa histórica, ensino de história. HISTÓRIA ORAL: DESVIOS E SENTIDOS NO IMAGINÁRIO AMAZÔNICO Profa. Dra. Avacir Gomes dos Santos Silva (Pedagogia/UNIR) Prof. Ms. Zairo Carlos da Silva Pinheiro (História/UNIR) O sistema capitalista com sua lógica hegemônica impõe uma forma de visão de mundo, legitimada pelo cientificismo de tradição aristotélica, que encontrou terreno fértil nas acadêmicas por meio das diversas áreas do conhecimento pensadas de forma objetiva, em função do estabelecimento de leis e sínteses narrativas globalizantes. 36
  • 38. Essa maneira de produção do conhecimento vem sendo questionada pela Annales e a Nova História, desde 1930. A História Oral é pensada como resultante das novas abordagens históricas, que elegem as micro analises em detrimento as macro analises cientificistas. Assim, no arcabouço da produção do conhecimento histórico, a História Oral, cria possibilidades metodológicas de pesquisa, compreensão e interpretação de culturas que foram negligenciadas pela História Oficial. A História Oral implode os objetos e métodos da História e recria novas formas de percepção do mundo e do ser humano. Elementos fundantes e fundadores de desvios, imaginários, resistências, sentidos, sonhos e poiésis. Nos espaços amazônicos, em meio a diversidade cultural e etnica, o contato mais presente com os elementares, a experiência do deveneio e do imaginário é uma constante no ethos das populações e comunidades que vivem na e da floresta. Nesta ceara a História Oral é fonte criadora de espacialidades, memórias e histórias. PALAVRAS-CHAVE: História Oral, espacialidades e imaginário. OS TERRITÓRIOS DA MORTE EM PORTO VELHO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira(História/UNIR)6 O presente trabalho trata da manifestação da morte ao longo da História e se propõe a verificar como os territórios da morte se constituíram em Porto Velho na primeira metade do século XX e quais as lógicas de organizações por eles engendradas e que se reproduziram no mundo dos vivos. Para a realização desse trabalho partimos do aporte teórico de Ariès (2003), Chiavenato (1998), Coulanges (1986), Loureiro (1977), Martin (2005) dentre outros que contribuíram para fundamentar a análise sobre a morte no processo histórico. Questões tais como: qual a percepção e o tratamento dado à morte a partir das sociedades primitiva até a modernidade, como os territórios da morte em Porto Velho quebraram os paradigmas impostos pela ordem vigente na primeira metade do século passado, orientaram a pesquisa no sentido de confirmar que a morte mesmo sendo um campo temido levou as sociedades a refletirem e apontarem campos de representações diferenciados sobre a mesma temática. PALAVRAS-CHAVE: Morte, História, Porto Velho. 6 Professora Mestre do Departamento de História da Universidade Federal de Rondônia - UNIR e pesquisadora do Centro de Documentação e Estudos Avançados sobre Memória e Patrimônio de Rondônia (CDEAMPRO). 37
  • 39. MIGRAÇÕES EM RONDÔNIA NAS DÉCADAS DE 1970 A 1980 Maria Aparecida da Silva7 e Carlindo Klug A presente Oficina tem como objetivo analisar e debater junto com os participantes da I Semana de História: “Cultura, Resistência e Sujeito” como ocorreu o processo de migração de diferentes regiões brasileiras para o Estado de Rondônia entre as décadas de 1970 a 1980. O material em discussão é resultado de uma pesquisa bibliográfica e de ação que faz parte da Dissertação de Mestrado intitulada “OS MIGRANTES DAS DÉCADAS DE 70 E 80 E SUA HISTÓRIA EM ROLIM DE MOURA –RONDÔNIA – BRASIL.” - As abordagens discorrem sobre o Histórico das Migrações no Brasil, subdividindo-se em: A migração interna brasileira, os Projetos de colonização na Amazônia e o Movimento Migratório para Rondônia. A análise faz um retrospecto da ocupação do território pertencente a Rondônia desde a ocupação dos Vales dos Rios Madeira – Mamoré – Guaporé até migração intensa no período exposto na temática proposta nesta oficina havendo deste modo uma compreensão do geral para a realidade da colonização recente a partir os Projetos de Colonização Oficial do Governo Federal na Amazônia. Para que obtivéssemos tais informações o estudo de inúmeros materiais foi fundamental. Assim sendo, podemos destacar os teóricos e pesquisadores Neide Gondim, Berta K. Becker, Darcy Ribeiro, Marcos Antônio D. Teixeira, Dante Ribeiro Fonseca, Teófilo L. de Lima, Octávio Ianni, Dora Martins, Sônia Vanalli, José Oscar Beozzo, Carlos Santos, entre outros que serviram de base para a análise de dados obtidos na pesquisa – ação. Enfim, é perceptível que a migração da Amazônia, neste caso Rondônia em específico foi extremamente marcada por um processo de colonização e ocupação que visava expressamente solucionar problemas sociais no Nordeste e Centro – Sul do Brasil e consolidar a presença do capital estrangeiro nesta região. A ideia de „integrar para não entregar‟ trouxe para esta vasta região migrantes que se depararam com situações/experiências pelas quais não haviam passado. Aqui estas pessoas não tinham a mínima noção de conciliar os interesses na terra „conquistada‟ com as culturas tradicionais dos indígenas e dos seringueiros, e muito menos um conhecimento prévio sobre o novo ambiente, ou seja, a floresta. Eles foram vítimas por se apossarem de terras improdutivas. Nesse caso cabe aqui mencionar que Rondônia surge para solucionar um problema básico: o excedente populacional, fruto da concentração fundiária 7 Professora Especialista em História Regional e Mestre em História, Território, Cultura e Direitos Humanos no Brasil e na América Latina, cujo certificado está em fase de convalidação. Professora Efetiva da SEDUC/RO e Professora Temporária da UNIR – Departamento de História – Campus de Rolim de Moura – Rondônia. 38
  • 40. nas demais regiões brasileiras. Neste espaço ocupado os migrantes não conseguem se mantiver e tornar suas terras produtivas gerando uma nova fragmentação de lotes e reconcentração fundiária. Rondônia que recebeu milhares de migrantes entre as décadas de 1970 a 1980, hoje tem feito experiência do processo inverso. Muitos migrantes têm (i) migrado para novas fronteiras agrícolas sempre a procura de terras. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: ARQUEOLOGIA EM RONDÔNIA Prof. Ms. Maria Coimbra de Oliveira Garcia (Museu Regional de Arqueologia de Médici) Prof. Esp. José da Silva Garcia (Museu Regional de Arqueologia de Médici) A oficina apresenta fundamentos conceituais básicos referentes ao patrimônio cultural, especialmente o arqueológico, visando à orientação dos participantes a respeito da proteção, exploração e utilização dos bens culturais, bem como do contexto históricocultural em que estão inseridos, com pretensões a levar à revalorização e reconquista da cultura e identidade local e a compreensão de suas raízes pré-históricas, para que possam utilizar-se do passado como instrumento gerador de conhecimento no presente, com vistas à construção de um futuro mais consciente e preservacionista. A partir da apresentação de ações realizadas na região, tanto por iniciativas públicas, privadas quanto comunitárias/voluntárias, busca-se também demonstrar como identificar, explorar e valorizar o patrimônio cultural local, que se encontra localizado tanto na área urbana quanto rural dos municípios de Rondônia, contribuindo para a preservação e conservação do patrimônio cultural, além de propiciar geração de renda. PALAVRAS-CHAVE: Arqueologia, educação patrimonial. MOVIMENTOS SOCIAIS E A AÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS NUMA VISÃO DO SOCIALISMO CIENTÍFICO Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR) Prof. Ms.Everaldo Lins de Santana (Filosofia/SEDUC) A escola orienta-se por duas vertentes fundamentais: a contestação e a resignação. Diante da opressão de classe, a reconhecida dupla face da escola abre espaços para o educador programar práticas que desmistifiquem o interesse dominante de criminalizar e tentar sufocar os movimentos sociais que se desenvolvem no campo e na cidade. Através da metodologia de uma oficina pedagógica, objetivamos oferecer aos acadêmicos da Unir e aos professores das 39
  • 41. disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia do município de Rolim de Moura, ferramentas para análise teórica e prática de conteúdos que elucidem a temática em pauta. Para tanto, requer delimitar a tipologia e os significados dos diversos movimentos sociais do país e do Estado de Rondônia e as ações dos partidos políticos frente às lutas, suas origens, concepções e relações com as classes sociais. Para análise das contradições, rupturas e permanências destes movimentos, no contexto das mudanças na sociedade, e para elucidação das diferenças entre os diferentes modos de produção que indicam os modelos de sociedade, será seguida a orientação teórica ancorada nas diretrizes do Grupo de Estudos e Pesquisas Materialismo Histórico e Dialético na Educação. As atividades da oficina enfatizam, ainda, a necessidade de compreensão dos movimentos sociais e dos partidos políticos, destacam o movimento dialético presentes na natureza e no pensamento, indicam caminhos para a compreensão de abordagens teóricas e ações que desvendam interesses de classes em jogo nos movimentos sociais. PALAVRAS-CHAVE: Teoria e Prática, Luta de Classes, Marxismo. 40
  • 43. COMUNICAÇÕES Datas: 30 de Março de 2012 Horário: 14:00 h às 15:30 h Considerações sobre a pobreza na Regra e no Testamento de Francisco de Assis (1182- 1226) Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar (História/UNIR) Nesta comunicação pretendemos fazer um exercício de análise da “herança jurídica” de Francisco de Assis (1182-1226) que se localiza nos documentos legislativos da Ordem dos frades menores. Para isto, partiremos do conceito da pobreza franciscana codificada, entre os seus elementos básicos, encontram-se as seguintes recomendações, o uso de vestuário vil, da privação de calçados, da ausência de domicílio fixo, da subsistência pelo trabalho manual cotidiano, da rejeição ao dinheiro e do recurso humilhante à esmola, podemos sintetizá-los na negação de toda forma de apropriação. Além disso, a recomendação da leitura conjunta da Regra e do Testamento somado a advertência de não adicionar glosas e nem comentários marcaram o início de uma polêmica duradoura na Ordem. As principais indagações sobre a Regulae e Testamentum gravitavam em torno da seguinte questão, a saber, seriam ambos os documentos um complemento por isso deveria ser lido com o mesmo estatuto jurídico, já que em termos de conteúdo e autoria pertenciam a um mesmo autor? Francisco enquanto “sujeito” representaria o coletivo da Ordem através da Norma institucionalizada em 1223? Enfim, enquanto ele era vivo existia um critério de autenticidade encarnado na sua própria pessoa, mas depois da sua canonização em 1228, a discussão em torno da pobreza passou a ser não mais a experiência religiosa de vida dele, mas a codificação desta experiência. PALAVRAS-CHAVE: Norma, movimento Franciscano, Igreja. A CATEGORIA TRABALHO: BREVE AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA E PROSPECTIVA NUMA ABORDAGEM MARXISTA Profa. Ms. Maria das Graças de Araújo (Pedagogia/UNIR) O estudo intitulado “A categoria trabalho: breve avaliação retrospectiva e prospectiva numa abordagem marxista” tem origem no projeto de tese de doutorado que se ancora na categoria trabalho como eixo articulador dos discursos e das decisões tomadas pelo homem no percurso da sua existência e como fomentador do desenvolvimento do psiquismo. A 42
  • 44. investigação destaca as várias formas de produção econômica como o locus privilegiado de produção do saber científico e de geração de riquezas apropriadas por uma classe social que concentra rendas, ou coletivizadas para usufruto daqueles que produzem a riqueza – os camponeses, os operários e demais explorados. Destas relações decorrem todas as formas de organização social, desde o primeiro modo de produção econômica, até o presente. Portanto, ao se desconhecer razões mais importantes que movem a existência humana, a nossa compreensão é a de que no “trabalho” se encontram as raízes das demais relações sociais organizadas para atender às necessidades do homem, que tem como fonte o trabalho. Para dar conta da avaliação retrospectiva desta categoria conceitual, realizamos uma breve análise introdutória à luz da teoria do materialismo histórico e dialético acerca das relações de trabalho nos diversos modos de produção que antecederam o capitalismo em comparação com as relações de produção que se estabelecem entre os homens na atualidade e as prospecções apontadas pelas experiências decorrentes da revolução social nos Estados Operários degenerados e as perspectivas futuras destas relações ao estabelecer-se o Socialismo. Os embriões, que surgiram dispersos em vários países, considerando os aspectos do comunismo primitivo, têm apresentado importantes amostras quanto a mudanças qualitativas destas relações PALAVRAS-CHAVE: Modos de Produção, Classe Social, Revolução Social. A FORÇA DOS TEMPOS: CURA DE “CABOCLO” EM UM TERREIRO PORTO VELHO/RO – 2011 Leonardo Lucas Britto (Graduando em História/UNIR) Orientador: Prof. Ms. Marcelo Sabino Martins (História/UNIR) O objetivo deste trabalho é desenvolver um estudo de caso sobre a resistência das práticas de curas religiosas em um terreiro de Umbanda de Porto Velho/RO. Com o título de “A força dos tempos: cura de “caboclo” em um terreiro Porto Velho/RO”, estaremos expondo uma análise de entrevistas, co m relação ao tratamento de enfermidades, feitas à mãe Hóstia. Acreditamos que esse modo de tratamento não cessou com o incremento da Medicina Moderna. Então, tentaremos ver como é que se deu a resistência desse tipo de prática e como ela se adaptou à modernidade. A metodologia estará embasada em uma pesquisa bibliográfica e análise de discurso, com relação à cultura e religiões afro-amazônicas na contemporaneidade. PALAVRAS-CHAVE: Cura Religiosa, Modernidade, Resistência. 43
  • 45. A ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA X PERSPECTIVA FREIRIANA1 José Aparecido da Cruz (Graduado em Pedagogia/UNIR) Rogério Lopes de Jesus (Graduado em Pedagogia/UNIR) Este artigo traz uma reflexão de como trabalhar a educação de Jovens e Adultos, a partir da perspectiva construtivista, tendo como base os escritos de Paulo Freire e outros autores que muito tem contribuído com essa prática através de seus relatos e pesquisas sobre o tema, por meio de uma atividade que versou sobre a migração, nas aulas da Disciplina de Educação de Jovens e Adultos – EJA que representou nossa primeira experiência com a temática. O objetivo do trabalho é trazer a tona a metodologia construtivista e sua aplicabilidade na EJA. A temática central está subdividida em um breve histórico a respeito do método construtivista e suas contribuições para o meio educacional; uma educação voltada para as massas e os resultados da intervenção pedagógica resultante da atividade sobre a Migração em uma turma da EJA a partir da perspectiva freiriana, sendo esta norteadora da formação docente e base do planejamento de atividades a serem aplicadas ao referido grupo de alunos (as), estudantes adultos com inúmeras dificuldades, mas também com um vasto conhecimento que a escola da vida lhes proporcionou. Esse intercâmbio é a mola mestre para que o ensino aprendizagem destes educandos tenha êxito. PALAVRAS-CHAVE: Educação, construtivismo, Paulo Freire. HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES/MOVIMENTOS SOCIAIS DE RO/MT: LAÇOS E ENTRELAÇOS COM A PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA Prof. Ms. Nelbi Alves da Cruz (Pedagogia/UNIR/Doutorando/UFMT) O artigo analisa a história dos movimentos/organizações sociais dos Estados de Rondônia/Mato Grosso e o entrecruzamento com a Pedagogia da Alternância (PA) a partir da década de 1980, período em que ocorre a expansão das Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) no país, instituição esta que utiliza tal metodologia. A história da PA tem seu marco na França, em 1935, a partir do movimento de Sillon, cuja preocupação central era a formação do Jovem agricultor francês, sendo que no Brasil a experiência surge com o Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo (MEPES), ao final da década de 1960. Em RO/MT, a EFA nutre-se na Pastoral Católica, além de associações de produtores, recebendo apoios entre 44
  • 46. tantos, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) que têm por prioridade a questão agrária, porém em MT o poder público também é mantenedor. O trabalho de pesquisa em tela é resultado do projeto de pesquisa de doutoramento em educação, em curso, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), sendo utilizada a abordagem dialética no processo de análise dos dados coletados. Assim, um dos resultados parciais indicou que a presença de movimentos sociais na formação dos jovens da EFA, durante seus estudos contribui no envolvimento destes em organizações sociais. PALAVRAS-CHAVE: Alternância, Movimentos Sociais, Formação. A INVENÇÃO DO SUJEITO DOENTE MENTAL: A RESISTÊNCIA CIENTÍFICA CONTRA A CULTURA MÍTICA DO DSM NO CAMPO DO DIAGNÓSTICO EM SAÚDE MENTAL Prof. Ms. Paulo Rogério Morais (Psicologia/UNIR) Pretende-se discutir a cientificidade dos critérios diagnósticos em saúde mental e da psiquiatria biológica, que aparentemente são as versões atuais do histórico misticismo que envolve a compreensão e o tratamento das doenças mentais. Em 1952, a APA (American Psychiatry Association) publicou a primeira versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) no qual eram apresentados os critérios diagnósticos para 106 diferentes categorias de transtornos mentais. Em 2010, Carol Bernstein, então presidente da APA, reconheceu que a criação de facilidades para o diagnóstico de psicopatologias pelos os clínicos se deu pela necessidade de ligar os pacientes aos tratamentos farmacológicos disponíveis, isto é, facilitou-se o diagnóstico para justificar o uso de drogas psicotrópicas pelos pacientes. PALAVRAS-CHAVE: psiquiatria biológica, doenças mentais, medicalização. O NATIVO GUERREIRO - O SENTIDO DE GUERREAR NAS SOCIEDADES INDÍGENAS AMAZÔNICAS PRÉ-COLONIAIS Elis da Silva Oliveira (Graduanda em História/UNIR/CENHPRE) Este estudo tem como fundamento o estabelecimento de uma análise do significado e função da guerra nas sociedades indígenas amazônicas pré-coloniais. Para isso, nos deteremos à uma revisão bibliográfica, com a exposição de algumas abordagens históricas e antropológicas sobre o tema, ressaltando os diferentes e até mesmo conflitantes significados 45
  • 47. da guerra nestes grupos. Partindo de uma noção universalista da guerra, considerando os povos indígenas como seres para a guerra, explicitaremos as diferentes vertentes, de cunho naturalista, econômica, político e cultural sobre o conceito da guerra nas sociedades ameríndias. Em que ao longo de tais análises, podemos observar mudanças significativas no estudo e considerações sobre a forma de vida dos grupos indígenas da Amazônia, onde outras variantes, além da econômica, mostram-se fundamentais para o entendimento de diversas questões. E ao passo que não encontramos apenas um significado para a guerra, concluímos que a legitimidade de cada consideração só pode ser analisada de acordo com contextos específicos, sendo de elevada importância o estabelecimento não de um significado da guerra em geral, mas um estudo da reinterpretação desta nos diferentes grupos indígenas. PALAVRAS-CHAVE: Indígenas, Amazônia, Guerra. A RELAÇÃO ENTRE O CUIDAR E O EDUCAR NOS MOMENTOS DE HIGIENE DA EDUCAÇÃO INFANTIL Fernanda dos Passos (Graduada em Pedagogia/UNIR) Orientadora: Profa. Dra. Marli Lucia T. Zibetti (Pedagogia/UNIR) O presente trabalho é uma abordagem sobre a distinção e a relação entre o cuidar e o educar, nos momentos de higiene o qual se deu em uma instituição de Educação Infantil, na Rede Pública de ensino do Município de Rolim de Moura, Rondônia. Trata-se de experiências vivenciadas como pesquisadora e posteriormente, como docente. A relação que se estabelece entre os conceitos de educar e cuidar refere-se à maneira que se dá a mediação e intervenção nesse processo do cuidado e educação, é repensar estes dois princípios como indissociáveis nos planejamentos, nas práticas e avaliações. Este trabalho revelou que como se vê, a solução não está em resultados imediatos até porque a criança precisa ser respeitada em suas fases de desenvolvimento e aprendizagem e o tempo mínimo necessário faz parte deste processo rico exatamente em seu trajeto, não só em seu resultado e, para tanto bem fundamentado, planejado. E que, repensar o cuidar e o educar como indissociáveis não só confirma o que foi abordado como também contribui em várias outras temáticas propensas às possibilidades de levar conhecimentos e aprendizagens às crianças atendidas em Creches. PALAVRAS-CHAVE: Cuidar, Educar, Educação Infantil. 46
  • 48. AMAZÔNIA, DESCASOS E DIFICULDADES: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENTENDIMENTO HISTÓRICO-ANTROPOLÓGICO DOS POVOS NATIVOS ANTES DA INVASÃO EUROPEIA João Lucas Proença da Silva (Graduando em História/UNIR/CDEAMPRO) Orientadora: Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR/CDEAMPRO) O presente artigo constituiu-se com o fundamento de demonstrar e analisar as dificuldades em relação ao estudo sobre a Amazônia Pré-colonial, em que pesquisadores ainda hoje se deparam com análises que colocam em segundo plano as sociedades que aqui viviam antes da chegada dos europeus, além de retratarem a Amazônia como uma região letárgica e desprovida de elementos significativos vinculados ao modo de viver, de fazer das populações nativas. Temos também a preocupação em relatar mudanças no tipo de história escrita sobre a região Amazônica e os povos que ali viviam, evidenciando a influência dos Annales na prática historiográfica e suas contribuições no que tange o objeto, conceitos, técnicas e a interdisciplinaridade, que trouxe para o campo da história novas abordagens, novos caminhos. Analisaremos rapidamente os ideais já em meados do século XX, de um ex- governador e também historiador que se ocupa em mostrar ao povo brasileiro a cobiça e os olhares cheios de ganância das nações europeias e dos EUA, que ainda, mesmo depois dos movimentos independentes de suas colônias (independência política), não abandonaram as suas reais intensões sobre as riquezas que a região possui. Em suma, visa propor o resgate e a valorização da Região Amazônica e dos seus sujeitos sociais na pesquisa atual é o propósito principal com esse trabalho. PALAVRAS-CHAVE: Amazônia pré-colonial, Populações nativas amazônicas, Historiografia Amazônica. TEORIA CRÍTICA - INDÚSTRIA CULTURAL ONTEM E HOJE. DIALÉTICA E ESCLARECIMENTO: “O REPENSAR DA INDÚSTRIA, CULTURA, EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DA SOCIEDADE” (AMPLIANDO OS HORIZONTES MODERNOS) Camila Felisberto (Graduanda em História/UNIR) Elizângela Mendes (Graduanda em História/UNIR) A partir da pesquisa conhecemos o princípio da Teoria Crítica de Adorno e Horkheimer, nestes compreendemos a força da Indústria cultural que através do mercado reprodutor tenta mediaticamente aniquilar e massificar as pessoas tornando-as indivíduos 47
  • 49. socialmente consumistas. Concluímos que isso exclui, portanto a visão crítica ao tentar persuadir e levar a um extremo relativismo da mídia e do mercado; assim entendemos o definhar da indústria numa lógica mecanicista subjaz que aliena, deturpa valores e inibe subjetividades. PALAVRAS-CHAVE: Indústria, cultura, crítica. 48
  • 51. PÔSTERES Datas: 30 de Março de 2012 Horário: 14:00 h às 15:30 h PESQUISAS SOBRE EDUCAÇÃO E HISTÓRIA Coordenação: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) AS RELAÇÕES SEMIFEUDAIS NO AMBIENTE ESCOLAR: SE VOCÊ MANDA, EU OBEDEÇO!8 Silmara Ferreira Lopes (Graduanda em Pedagogia/UNIR) Orientadora: Profa. Dra. Marilsa Miranda de Souza (Pedagogia/UNIR) Na pesquisa, um dos problemas levantados é a relação de poder estabelecida no âmbito da educação escolar nos últimos anos. O principal objetivo é identificar mecanismos de opressão a que são submetidos os profissionais da educação, as relações autoritárias e semiservís existentes no ambiente escolar e suas consequências. Utilizou-se como método o materialismo histórico dialético, que possibilita encontrar as determinações fundamentais e secundárias do problema, confrontando o real em seu particular a fim de se chegar à totalidade. Foram utilizadas como fontes, as entrevistas semi-estruturadas com os educadores, gestores e outros profissionais da Educação. São apresentados os resultados parciais referente a três dos instrumentos de coleta de dados: Análise documental, pesquisa bibliográfica e entrevistas. PALAVRAS-CHAVE: Educação, Capitalismo Burocrático, Semifeudalidade. BARBADIANOS: BASTIDORES DE UM PRECONCEITO EM PORTO VELHO Populações Negras Urbanas: Cultura, Identidade e Territorialidade. Rita Clara Vieira da Silva (Graduanda em História/PIBIC/PROPESQ/UNIR/GEPIAA) Prof. Dr. Dante Ribeiro da Fonseca (História/UNIR) Profa. Ms. Mara Genecy Centeno Nogueira (História/UNIR) 8 Subprojeto da pesquisa Capitalismo Burocrático, Políticas Educacionais e Relações de Poder na Educação Escolar em Rondônia, coordenada pela Profª Drª Marilsa Miranda de Souza, apresentado como pôster na I Semana de História da UNIR/Campus de Rolim de Moura. 50
  • 52. Este trabalho refere-se a uma análise de possível preconceito atribuído aos barbadianos, grupo Afro-caribenho que migra para Porto Velho durante a primeira metade do século XX, como mão de obra especializada para a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Esta análise permitiu reconhecer como se davam as relações sociais entre grupos tão antagónicos na região, estabelecer possíveis relações de reciprocidade de preconceito entre os barbadianos e a população local. PALAVRAS-CHAVE: Barbadianos; Afro-caribenhos, EFMM, Preconceito. 51
  • 53. UNIR – Universidade Federal de Rondônia Reitora: Profa. Dra. Maria Cristina Victorino de França Campus Rolim de Moura Departamento de História Comissão Organizadora Geral Profa. Ms. Adriane Pesovento Profa. Ms. Veronica Aparecida Silveira Aguiar Comissão Organizadora Docente Local Prof. Ms. Márcio Marinho Martins Profa. Ms. Maria Aparecida da Silva Prof. Ms. Néri de Paula Carneiro Comissão Discente Local Andrea Andrade da Rocha Cicera Maria dos Santos de Oliveira Daiane Puerari Ediane Moreira Cipriano Elizangela Sampaio Freitas Elton Alves da Cunha Erni José Gottselig Júnior Ester Rodrigues do Nascimento Fábio da Silva Castro Fábio Júnior da Silva Ferreira Flavio Fagundes de Paula Franciele Nayara de Lima Gabriel Filipe Cassol C. Ferreira Huelton Paula Moura Ilda da Cruz Nogueira Lovo Janiny Kélvia Pisoler Joelson Gonçalves Josias Cardoso 52
  • 54. Josicléia Cassiano da Cruz Jucielen Albuquerque de Souza Karine Kimberly da Silva Letícia de Oliveira Luana Rafaelli da Cruz Pereira Maria Ferreira Vieira Marlene Gabriel Ferreira Paula de Paula Renata Honorio B. Lima Ronei Militino Silva Bueno Sabrina de Araújo Anteres Silmara F. dos S. Nepomuceno Sirlei Ferreira Coelho B. da Silva Tânia Leal Moreira Thiago Adriel de Lima Sartoro Veronica da Silva Wilson Silva de Paulo Comissão Discente de Porto Velho Aline Cristina de Almeira Lopes Elis da Silva Oliveira Jaissa Silva de Souza Félix João Lucas Proença da Silva Jorgeane Tomaz da Silva Leandro Guimarães Ribeiro Leonardo Lucas Britto Rita Clara Vieira da Silva 53
  • 55. AGRADECIMENTOS ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA - ANPUH CÂMARA MUNICIPAL DE ROLIM DE MOURA COMERCIAL ALVES COMERCIAL BORGES COMERCIAL BOA ESPERANÇA CANOPUS MOTOS EUCATUR PAPELARIA NACIONAL PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA PREFEITURA MUNICIPAL DE ROLIM DE MOURA RÁDIO LIBERDADE ROLNEWS RONDÔNIA FM SEMEC SEDUC SINTERO SINSEZMAT SUPERMERCADO TRENTO TV ALAMANDA TV CANDELÁRIA WF SONORIZAÇÃO 54