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As Aventuras de Vagarildo e Ligeirinho
Bem Vindo de Volta
ao Lar, Webber!
--Estou escutando um sapo! – disse Ligeirinho. – Talvez o
Saltitante tenha voltado da sua viagem.
--Espero que sim. Já faz muito tempo que ele partiu. Suba
no meu casco e veja se vê alguma coisa.
CROAC, CROAC!
Ligeirinho ficou na ponta dos pés, esticou o
pescoço o mais que podia e deu uma espiada por
cima dos juncos.
Vagarildo ia andando ao longo da margem,
enquanto Ligeirinho examinava o lago, à procura
do que fazia aquele barulho, quando de repente...
CROAC! CROAC!
--AAHHH! – gritou Ligeirinho, que perdeu o equilíbrio
e caiu do casco de Vagarildo em cima da grama na
margem do lago.
Estava prestes a subir de novo quando percebeu que
tinha dois grandes olhos o observando.
--Saltitante? – perguntou.
--Sim. Sou eu! – disse Saltitante.
--Assustei você, Ligeirinho? – perguntou Saltitante.
--De jeito nenhum! Eu não fiquei assustado… ah... bem,
acho que fiquei um pouquinho.
Saltitante sorriu com a sua grande boca de sapo.
--É bom estar de volta. Senti falta de vocês.
--Quer nadar? – perguntou Vagarildo.
--Sempre – respondeu Webber.
--Antes de Ligeirinho poder dizer uma única palavra, Vagarildo e
Saltitante mergulharam na água e nadaram para o meio do lago.
--Esperem por mim! – gritou Ligeirinho.
Ligeirinho olhou em volta, e pegou alguns gravetos e uma folha grande.
Depois entrou devagarzinho no lago para flutuar em cima da folha.
Ligeirinho subiu na enorme folha que havia arrastado até
a água. Usou os gravetos como remos e remou até aonde
estavam Saltitante e Vagarildo.
É uma chatice eu não saber nadar, pensou Ligeirinho.
Sempre que Vagarildo e Saltitante brincam na água,
esquecem que eu nunca aprendi a nadar.
De repente, o lago tranquilo começou a se mexer.
As ondas sopraram o barco de Ligeirinho feito uma
folha. Uma onda de água fria quebrou em cima da sua
cabeça e levou embora ambos os remos dele.
--Socorro! Socorro! – gritou Ligeirinho.
Mas Vagarildo e Saltitante não o escutaram. Estavam muito
entretidos brincando.
--Eu consigo fazer uma onda muito maior do que você – disse
Saltitante, desafiando Vagarildo e pulando de um tronco. Ele se
enrolou feito uma bola, e caiu na água com um estrondo.
Vagarildo e Saltitante riram.
As ondas ficaram cada vez maiores, à medida que Vagarildo
e Saltitante tentavam fazer ondas maiores. O pobre Ligeirinho se
agarrava com toda a força à beirada da folha, para não afundar.
E foi então que aconteceu …
SPLASH!
Vagarildo e Saltante juntos fizeram a maior onda de todas, a
qual arrancou Ligeirinho da folha e o jogou dentro da água.
--Socorro! -- gritou Ligeirinho. Debateu-se freneticamente, na
tentativa de se manter à tona, mas logo começou a afundar.
Ligeirinho ficou com medo.
--Por favor, Deus, me ajude -- orou.
Nesse momento, sentiu que foi levantado e arrancado
rapidamente da água. Antes dele conseguir entender o
que acontecera, se encontrou sentado na beira do lago,
tossindo e cuspindo.
--Rana, a irmã de Saltitante, veio em Socorro de
Ligeirinho.
--Vagarildo! Saltitante! Vocês quase perderam um
amigo! – gritou ela lá da margem.
--Vocês me abandonaram! – respondeu Ligeirinho. –
Tentei acompanhar vocês. Até os chamei!
--Mas nós estávamos brincando – exclamou Saltitante.
--Eu sei! – respondeu Ligeirinho zangado. – Se não fosse
a Rana, vocês sabem o que teria acontecido comigo.
--Sentimos muito, Ligeirinho -- disse Vagarildo. – Esquecemos que você não
sabe nadar.
--Na próxima vez, vamos tentar prestar mais atenção – respondeu
Vagarildo. – Você nos perdoa?
Vagarildo e Saltitante
nadaram em direção ao
amigo o mais rápido que
podiam.
--Que aconteceu
com você? – perguntou
Vagarildo saindo da água.
Ligeirinho fez uma
expressão zangada, e
virou as costas aos dois
amigos.
--Claro que lhes perdoo, -- respondeu Ligeirinho, com
um suspiro. No final das contas, vocês são meus amigos –
e, ainda por cima, os melhores amigos!
Ele deu um grande abraço molhado aos amigos.
--Na próxima vez, vamos pensar em algo que inclua
você também, -- disse Saltitante para Ligeirinho.
--É legal vocês dizerem isso, mas eu não me importo
de vocês nadarem juntos. Sei que gostam de nadar. Mas
talvez eu possa fazer outra coisa em vez de tentar segui-
los. ... Foi bem assustador! Graças a Deus por me proteger.
Não percam os outros títulos desta série: “Vagarildo e
Ligeirildo,” “Amigos Diferentes,” e “Lulu, Fofinho, e o Mel.”
Autoria de Katiuscia Giusti. Ilustrado por Hugo Westphal. Design de Roy Evans.
Apresentado no My Wonder Studio. Copyright © 2004 por Aurora Production AG. Todos os direitos reservados. Usado com permissão.
--Obrigada por me salvar, Rana! – disse Ligeirinho.
--Foi um prazer – respondeu ela, dando um enorme
sorriso de rã, igualzinho ao do seu irmão.
--Talvez possamos lhe ensinar a nadar – disse Vagarildo.
--Gostaria muito, Vagarildo.
Os quarto amigos dirigiram-se para a floresta, rindo e
brincando. Tinham aprendido a ter mais consideração uns
pelos outros, e isso os tornou ainda melhores amigos.
OBosque

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  • 1. As Aventuras de Vagarildo e Ligeirinho Bem Vindo de Volta ao Lar, Webber! --Estou escutando um sapo! – disse Ligeirinho. – Talvez o Saltitante tenha voltado da sua viagem. --Espero que sim. Já faz muito tempo que ele partiu. Suba no meu casco e veja se vê alguma coisa. CROAC, CROAC!
  • 2. Ligeirinho ficou na ponta dos pés, esticou o pescoço o mais que podia e deu uma espiada por cima dos juncos. Vagarildo ia andando ao longo da margem, enquanto Ligeirinho examinava o lago, à procura do que fazia aquele barulho, quando de repente... CROAC! CROAC!
  • 3. --AAHHH! – gritou Ligeirinho, que perdeu o equilíbrio e caiu do casco de Vagarildo em cima da grama na margem do lago. Estava prestes a subir de novo quando percebeu que tinha dois grandes olhos o observando. --Saltitante? – perguntou. --Sim. Sou eu! – disse Saltitante.
  • 4. --Assustei você, Ligeirinho? – perguntou Saltitante. --De jeito nenhum! Eu não fiquei assustado… ah... bem, acho que fiquei um pouquinho. Saltitante sorriu com a sua grande boca de sapo. --É bom estar de volta. Senti falta de vocês. --Quer nadar? – perguntou Vagarildo. --Sempre – respondeu Webber.
  • 5. --Antes de Ligeirinho poder dizer uma única palavra, Vagarildo e Saltitante mergulharam na água e nadaram para o meio do lago. --Esperem por mim! – gritou Ligeirinho. Ligeirinho olhou em volta, e pegou alguns gravetos e uma folha grande. Depois entrou devagarzinho no lago para flutuar em cima da folha.
  • 6. Ligeirinho subiu na enorme folha que havia arrastado até a água. Usou os gravetos como remos e remou até aonde estavam Saltitante e Vagarildo. É uma chatice eu não saber nadar, pensou Ligeirinho. Sempre que Vagarildo e Saltitante brincam na água, esquecem que eu nunca aprendi a nadar. De repente, o lago tranquilo começou a se mexer. As ondas sopraram o barco de Ligeirinho feito uma folha. Uma onda de água fria quebrou em cima da sua cabeça e levou embora ambos os remos dele. --Socorro! Socorro! – gritou Ligeirinho.
  • 7. Mas Vagarildo e Saltitante não o escutaram. Estavam muito entretidos brincando. --Eu consigo fazer uma onda muito maior do que você – disse Saltitante, desafiando Vagarildo e pulando de um tronco. Ele se enrolou feito uma bola, e caiu na água com um estrondo. Vagarildo e Saltitante riram. As ondas ficaram cada vez maiores, à medida que Vagarildo e Saltitante tentavam fazer ondas maiores. O pobre Ligeirinho se agarrava com toda a força à beirada da folha, para não afundar. E foi então que aconteceu …
  • 8. SPLASH! Vagarildo e Saltante juntos fizeram a maior onda de todas, a qual arrancou Ligeirinho da folha e o jogou dentro da água. --Socorro! -- gritou Ligeirinho. Debateu-se freneticamente, na tentativa de se manter à tona, mas logo começou a afundar. Ligeirinho ficou com medo. --Por favor, Deus, me ajude -- orou.
  • 9. Nesse momento, sentiu que foi levantado e arrancado rapidamente da água. Antes dele conseguir entender o que acontecera, se encontrou sentado na beira do lago, tossindo e cuspindo. --Rana, a irmã de Saltitante, veio em Socorro de Ligeirinho. --Vagarildo! Saltitante! Vocês quase perderam um amigo! – gritou ela lá da margem.
  • 10. --Vocês me abandonaram! – respondeu Ligeirinho. – Tentei acompanhar vocês. Até os chamei! --Mas nós estávamos brincando – exclamou Saltitante. --Eu sei! – respondeu Ligeirinho zangado. – Se não fosse a Rana, vocês sabem o que teria acontecido comigo. --Sentimos muito, Ligeirinho -- disse Vagarildo. – Esquecemos que você não sabe nadar. --Na próxima vez, vamos tentar prestar mais atenção – respondeu Vagarildo. – Você nos perdoa? Vagarildo e Saltitante nadaram em direção ao amigo o mais rápido que podiam. --Que aconteceu com você? – perguntou Vagarildo saindo da água. Ligeirinho fez uma expressão zangada, e virou as costas aos dois amigos.
  • 11. --Claro que lhes perdoo, -- respondeu Ligeirinho, com um suspiro. No final das contas, vocês são meus amigos – e, ainda por cima, os melhores amigos! Ele deu um grande abraço molhado aos amigos. --Na próxima vez, vamos pensar em algo que inclua você também, -- disse Saltitante para Ligeirinho. --É legal vocês dizerem isso, mas eu não me importo de vocês nadarem juntos. Sei que gostam de nadar. Mas talvez eu possa fazer outra coisa em vez de tentar segui- los. ... Foi bem assustador! Graças a Deus por me proteger.
  • 12. Não percam os outros títulos desta série: “Vagarildo e Ligeirildo,” “Amigos Diferentes,” e “Lulu, Fofinho, e o Mel.” Autoria de Katiuscia Giusti. Ilustrado por Hugo Westphal. Design de Roy Evans. Apresentado no My Wonder Studio. Copyright © 2004 por Aurora Production AG. Todos os direitos reservados. Usado com permissão. --Obrigada por me salvar, Rana! – disse Ligeirinho. --Foi um prazer – respondeu ela, dando um enorme sorriso de rã, igualzinho ao do seu irmão. --Talvez possamos lhe ensinar a nadar – disse Vagarildo. --Gostaria muito, Vagarildo. Os quarto amigos dirigiram-se para a floresta, rindo e brincando. Tinham aprendido a ter mais consideração uns pelos outros, e isso os tornou ainda melhores amigos. OBosque