1. A psicologia social surgiu nos EUA após a 1a Guerra Mundial com foco no estudo experimental do indivíduo e grupos.
2. Desenvolveu-se na Europa com enfoque fenomenológico, enxergando o indivíduo em constante interação com a sociedade.
3. Na América Latina, critica o enfoque individualista e defende o compromisso com a transformação social a partir do materialismo histórico.
3. EUA pós Primeira Guerra Mundial
Floyd Allport: Psicologia Social experimental
Raízes no Behaviorismo
Dicotomia indivíduo e sociedade
Garantir a produtividade
PRAGMÁTICA
4. Floyd Allport (1924) defende que a Psicologia
Social deveria concentrar-se no estudo
experimental do indivíduo na medida em que o
grupo constituía-se tão somente em mais um
estímulo do ambiente social.
Anos 1920 e 1930: estudo das atitudes, da
influência social interpessoal e dadinâmica de
grupos
8. Psicologia Social
8
Estuda a maneira pela qual as pessoas se
relacionam e produzem formas de
pensamentos e comportamentos em um
determinado ambiente.
(Lane (1981); Myers (2000); Rodrigues (2002),
citados por Azevedo, 2009)
9. Psicologia Social
9
Busca compreender os processos cognitivos e
comportamentais que são utilizados pelos
sujeitos nas suas relações sociais.
(Assman & Jablonski (1999), citados por
Azevedo, 2009)
11. 11
● Indivíduo ↔Sociedade
– Como o homem se insere no processo
histórico? Como ele se torna agente da
história?
Como ele pode transformar a sociedade em
que vive?
12. Psicologia Social
12
● O que faz?
– Estuda comportamentos
– Estuda no que e como eles são influenciados socialmente
O indivíduo já nasce imerso em um grupo e em um
contexto histórico. Através da linguagem, reforça tal
imersão e suas consequentes conexões.
Grupos, normas, papéis sociais.
13. 1.o homem não sobrevive a não ser em
relação com outros homens - dicotomia
indivíduo X grupo é falsa.
2.a sua participação, as suas ações, por
estar em grupo, dependem
fundamentalmente da linguagem que
preexiste ao indivíduo como código
produzido histoicamente pela sociedade.
14. Psicologia Social
14
As representações sociais acerca de uma temática são construídas
a partir da interação coletiva. (AZEVEDO, 2009)
A maneira de eu me relacionar com o outro também é construída e
aprendida nas relações (LANE, 2006).
Gonçalves destaca que a subjetividade constitui-se pela mediação
das relações sociais, em que um plano ou nível inicial intersubjetivo
converte-se num plano intrassubjetivo, conversão essa permitida ou
mediada pela linguagem. (Leite & Dimenstein, 2002, p. 15).
15. "Não é a consciência dos homens que
determina seu ser, mas, pelo contrário,
seu ser social é que determina sua
consciência.''
Karl Marx
16. O positivismo, ao enfrentar a contradição
entre objetividade e subjetividade, perdeu o
ser humano, produto e produtor da História,
se tornou necessário recuperar o
enquanto materialidade
subjetivismo
psicológica
17. TODA PSICOLOGIA É SOCIAL
Isto significa que não se pode conhecer qualquer
comportamento humano isolando- o ou
fragmentando-o, como se existisse em si e por
si.
especificidade
de conhecer o
suas relações
T
ambém não se está negando a
da Psicologia Social que é a
indivíduo no conjunto de
sociais.
22. Se a vida psíquica é formada por fragmentos,
precisamos de “pontes” que possam fazer a
comunicação entre eles para que haja compreensão
do mundo interno ( psicológico ) e também do mundo
externo (social).
23. Pensamento
Linguagem ( palavra como instrumento de
intervenção do homem no universo )
Emoções
Grupos sociais ( papéis, posições, relações
interpessoais)
25. Consciência ( interpretação da vida )
Atividade ( produzir a própria existência,
produzindo a si mesmo )
Afetividade ( guia os contatos humanos )
Identidade ( metamorfose / sou o que faço )
( sexualidade)
26.
27. Relações Subjetividade
24
Chegou um caminhão aqui na favela. O motorista e o seu ajudante jogam umas latas. É
linguiça enlatada. Penso: é assim que fazem esses comerciantes insaciaveis. Ficam
esperando os preços subir na ganancia de ganhar mais. E quando apodrece jogam fora
para os corvos e os infelizes favelados.
Não houve briga. Eu até estou achando isto aqui monotono. Vejo as crianças abrir as
latas de linguiça e exclamar satisfeitas: - Hum! Tá gotosa!
A Dona Alice deu-me uma para experimentar. Mas a lata está estufada. Já está podre.
(p. 34)
… Eu classifico São Paulo assim: O Palacio, é a sala de visita. A Prefeitura é a sala de
jantar e a cidade é o jardim. E a favela é o quintal onde jogam os lixos. (p. 32)
28. Eu amanheci nervosa. Porque eu queria ficar em casa, mas eu não tinha
nada para comer. (p. 33)
… Eu estou começando a perder o interesse pela existencia. Começo a
revoltar. E a minha revolta é justa. (p. 35)
… As oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos
excrementos que mescla com o barro podre. Quando estou na cidade
tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de
cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou n
favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar
num quarto de despejo. (p. 37)
Carolina Maria de Jesus,
Quarto de despejo (1992)
25
30. Psicologia Social ~ subjetividades
27
Construção da subjetividade: sempre em devir; caráter
processual
– Nível intersubjetivo → nível intrassubjetivo
Foucault (1984): o poder disciplinar cataloga subjetividades
(sujeitos) aptos e não aptos
– Instrumentos desse poder disciplinar:
Vigilância hierárquica
Exame (alta visibilidade do indivíduo)
Sanção normalizadora
31. Psicologia Social ~ subjetividades
Classe burguesa: investe na manutenção
desse poder disciplinar
Controle do corpo
Docilidade política
Utilidade econômica
28
32. Psicologia Social ~ subjetividades
Tensão
estabelecida
nas relações
de poder
Possibilidades
discursivas
para o
sujeito
Devemos nos situar
quanto aos
dispositivos que
possibilitam
(determinam)
o surgimento de
alguns modos
de subjetivação
29
33. Psicologia Social ~ subjetividades
30
O capitalismo promove subjetividades seerializadas.
São possíveis: linhas de fuga. (Guattari & Rolnik,
1986)
– Os indivíduos rompem com modelos subjetivos de
manutenção do status quo, enfatizando processos de
criação. (p. 22)
37. PSI SOCIAL LATINO AMERICANA
Ruptura real com a visão de uma psicologia
harmônica, adaptativa e individualista sobre o
homem e a vida social.
Compromisso com a transformação social da
realidade.
42. CONSCIENTIZAÇÃO
Supõe um ser que é capaz de agir
e refletir
, sabendo ler o seu lugar no
m
undo, lendo-se a si m
esm
o, sabendo-se
inclusive condicionado, ciente de residir
aí a su
a ação sobre o m
undo.
43. Ao mesmo tempo em que está em contato
consigo mesmo e com o seu mundo, sabe
distanciar-se para admirar-se e “admirá-lo
e, objetivando-o, transformá-lo e,
transformando-o, saber-se transformado
pela sua própria criação”
(Freire, 2007)