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Guia Alimentar para crianças
menores de 2 anos
Suênia Lima
Professora universitária
Mestre e Doutora em Nutrição – UFPE
Nutricionista - UFPE (CRN 6 - 27838)
REVISÃO - ENADE 2023
CURSO DE NUTRIÇÃO - UNINASSAU
Publicado em 2002.
Destina-se à capacitação técnica de
profissionais de saúde que atuam na
alimentação infantil.
Elaborado em formato de manual,
apresenta os dez passos recomendados
pelo Ministério da Saúde, Organização
Pan-Americana da Saúde e Organização
Mundial da Saúde para melhorar a
alimentação infantil de crianças menores
de 2 anos no Brasil.
P A S S O 1 :
Dar somente leite
materno até os seis
meses, sem oferecer
água, chás ou qualquer
outro alimento.
P A S S O 3 :
A partir dos seis meses,
dar alimentos
complementares três
vezes ao dia, se a criança
receber leite materno, e
cinco vezes ao dia, se
estiver desmamada.
P A S S O 4 :
A alimentação
complementar deve ser
oferecida sem rigidez de
horários, respeitando-se
sempre a vontade da
criança.
P A S S O 2 :
A partir dos seis meses,
oferecer de forma lenta
e gradual outros
alimentos, mantendo o
leite materno até os
dois anos de idade ou
mais.
P A S S O 5 :
A alimentação
complementar deve ser
espessa desde o início e
oferecida de colher;
começar com consistência
pastosa (papas/ purês) e,
gradativamente, aumentar
a consistência até chegar a
alimentação da família.
P A S S O 7 :
Estimular o consumo
diário de frutas, verduras
e legumes nas refeições.
P A S S O 8 :
Evitar açúcar, café,
enlatados, frituras,
refrigerantes, balas,
salgadinhos e outras
guloseimas nos primeiros
anos de vida. Usar sal com
moderação.
P A S S O 6 :
Oferecer à criança
diferentes alimentos ao
dia. Uma alimentação
variada é uma
alimentação colorida.
P A S S O 9 :
Cuidar da higiene no preparo e
manuseio dos alimentos; garantir o
armazenamento e a conservação
adequados.
P A S S O 1 0 :
Estimular a criança doente e
convalescente a se alimentar,
oferecendo sua alimentação habitual
e seus alimentos preferidos,
respeitando a sua aceitação.
Pirâmide Alimentar Infantil
Crianças de 6 a 2 3 meses
Primeira versão publicada em 2010;
Segunda edição de 2013;
Incorpora um capítulo sobre boas
técnicas de comunicação.
Você pode u s a r habilidades de
comunicação para:
1)
Ouvir e aprender
sobre as crenças
dos pais ou
cuidadores, seu
nível de
conhecimento e
suas práticas;
4)
Se comunicar com
colegas;
2)
Fornecer
informações;
3)
Sugerir mudanças
caso sejam
necessárias;
5)
Se comunicar com
familiares que
influenciam os pais e
cuidadores,
principalmente aqueles
que sejam capazes de
influenciar de forma
negativa as práticas de
alimentação infantil.
U
s
e
a
com
u
nicação
não
v
e
r
b
a
l
Sentar no mesmo
nível e próximo;
Remover barreiras
físicas como mesas
ou outros objetos;
Não apressar a
conversa e não olhar
para o relógio.
Prestar atenção,
evitar se distrair e
mostrar que está
ouvindo;
Faça perguntas
abertas;
Estimule a pessoa a
falar e demonstre
interesse;
Demonstre
empatia;
Evite palavras que
parecem envolver
julgamentos;
Aceite o que a
pessoa pensa ou
sente;
Reconheça e
elogie;
Ofereça ajuda
prática;
Forneça informações
relevantes em
linguagem adequada;
Ofereça sugestões e
não ordens.
Esquema alimentar para os dois primeiros anos de
vida das crianças amamentadas
Ministério da Saúde
Documento oficial do MS alinhado ao Guia
Alimentar para a População Brasileira (2014);
Traz informações sobre como alimentar crianças
nos dois primeiros anos de vida para promover
saúde, crescimento e desenvolvimento de
acordo com o potencial de cada criança;
Além de apoiar a família no cuidado cotidiano,
subsidia ações de educação alimentar e
nutricional em âmbito individual e coletivo no
Sistema Único de Saúde (SUS) e em outros
setores;
Um instrumento orientador de políticas,
programas e ações que visem apoiar, proteger e
promover a saúde e a segurança alimentar e
nutricional das crianças brasileiras.
A elaboração deste Guia teve como ponto de
partida os princípios apresentados no Guia
Alimentar para a População Brasileira, publicado
em 2014, e também se orienta pelos princípios a
seguir. Eles reúnem fundamentos, valores e
preceitos importantes para elaboração das
recomendações sobre alimentação infantil.
Pr incípios
1) A saúde da criança é prioridade absoluta e
responsabilidade de todos.
2) O ambiente familiar é espaço para a promoção da
saúde.
3) Os primeiros anos de vida são importantes para a
formação dos hábitos alimentares.
4) O acesso a alimentos adequados e saudáveis e à
informação de qualidade fortalece a autonomia das
famílias.
5) A alimentação é uma prática social e cultural.
6) Adotar uma alimentação adequada e saudável para
a criança é uma forma de fortalecer sistemas
alimentares sustentáveis.
7) O estímulo à autonomia da criança contribui para o
desenvolvimento de uma relação saudável com a
alimentação.
Pr incípios
Alimentos in natura ou
minimamente processados:
Os alimentos in natura são obtidos diretamente das
plantas ou dos animais e não sofrem qualquer
alteração após deixar a natureza. Os alimentos
passam por algumas
minimamente processados
modificações, como limpeza, remoção de partes
indesejáveis, divisão, moagem, secagem, fermentação,
pasteurização, refrigeração, congelamento ou
processos semelhantes que não envolvem a adição de
sal, açúcar, óleos, gorduras ou qualquer outra
substância ao alimento original.
Feijões (leguminosas);
Cereais;
Raízes e tubércullos;
Legumes e verduras;
Frutas;
Carnes e ovos;
Leites;
Amendoim, castanha e nozes;
Água própria para consumo;
Outros: cogumelos frescos ou secos; especiarias e ervas
frescas ou secas; sementes como linhaça, gergelim e chia;
chás (camomila, erva cidreira, capim-limão, hortelã, etc.),
café e erva-mate (sem adição de açúcar).
Exemplo:
Alimentos e s e u processamento
Alguns poucos alimentos des s e grupo
não são recomendados para crianças,
como café, er v a- mat e, chá pr et o.
Os alimentos in natura ou minimamente processados
devem ser a base da alimentação da criança e de toda
família, ou seja, a maior parte dos alimentos
consumidos deve ser desse grupo.
Exemplo de refeição feita com
alimentos i n n a t u r a o u minimamente
pr oces sados
Almoço ou jantar
Sal de cozinha iodado;
Áçucar branco, cristal, demerara, mascavo, de
coco;
Melado e rapadura;
Mel;
Óleos e gorduras como óleo de soja ou azeite
de oliva, manteiga (com ou sem sal), creme de
leite e banha;
Amido extraído do milho ou da planta;
Vinagres.
Exemplo:
Alimentos e s e u processamento
Ingredientes culinários
processados:
São produtos usados para preparar as refeições. São
fabricados pela indústria a partir de substâncias que
existem em alimentos in natura.
Os açúcares, melado, r apadur a e
mel, qu e também fazem parte des s e
grupo, não devem s er oferecidos para
crianças menores de 2 anos!
Os ingredientes culinários processados devem ser
usados com moderação para temperar e preparar
os alimentos in natura ou minimamente processados.
A comida feita em casa deve ser composta de
preparações culinárias, que são receitas caseiras
feitas principalmente com alimentos in natura ou
minimamente processados e temperadas com
ingredientes culinários processados.
Conservas de legumes, de verduras, de cereais
ou de leguminosas;
Extrato ou concentrado de tomate (com açúcar
e sal);
Castanhas com sal ou açúcar;
Carnes salgadas;
Peixe conservado em óleo ou água e sal;
Frutas em calda ou cristalizadas;
Queijos (minas, prato, mussarela, ricota, gouda,
brie, coalho, canastra, provolone e cottage);
Pães (feitos de farinha de trigo refinada ou
integral, leveduras, água e sal).
Exemplo:
Alimentos processados:
São alimentos elaborados a partir de alimentos in
natura, porém, geralmente adicionados de sal ou de
açúcar (ou outro ingrediente culinário) para durarem
mais ou para permitir outras formas de consumo.
Alimentos e s e u processamento
Para a criança entre 6 mes es e 2
anos , somente alguns alimentos
processados podem fazer parte da
alimentação, como pães feitos com
farinha de trigo refinada ou integral,
lev edu r as , água e sal e queijos.
Mesmo sendo menos modificados que os
ultraprocessados, o consumo excessivo dos
alimentos processados também está relacionado a
doenças do coração, hipertensão, diabetes,
obesidade e câncer. Dessa forma, os alimentos
processados podem ser consumidos em pequenas
quantidades e eventualmente, como ingredientes de
preparações culinárias ou como parte de refeições
baseadas em alimentos in natura ou minimamente
processdos.
Alimentos ultraprocessados:
São produzidos pela indústria por meio de várias
técnicas e etapas de processamento e levam muitos
ingredientes, como sal, açúcar, óleos, gorduras e
aditivos alimentares (corantes artificiais, conservantes,
adoçantes, aromatizantes, realçadores de sabor, entre
outros, não utilizados em casa). Nesses alimentos, o
açúcar pode estar presente de diferentes formas. As
mais comuns são: maltodextrina, dextrose, xarope de
milho, xarope de malte e açúcar invertido.
prontas para o
consumo;
Bebidas com sabor de chocolate e
sabor de frutas;
Bebidas "energéticas";
"Salgadinhos de pacote";
Sorvetes;
Chocolates;
Balas e guloseimas em geral;
Gelatina em pó;
Pães doces, de forma, para
hambúguer ou hot dog;
Biscoitos, bolos industrializados e
misturas para bolo;
Exemplo:
Refrigerantes;
Pós para refrescos;
Bebidas adoçadas
"Cereais matinas" e "barras de
cereais";
Achocolatados e misturas em pó
saborizantes;
Farinhas de cereais instantâneas
(espessantes) com açúcar;
Iogurte com sabores e tipo petit
suisse;
Queijos processado UHT;
Maionese e molhos prontos;
Produtos congelados prontos
para aquecer;
Sopas, macarrão e sobremesas
"instantâneos".
Alimentos e s e u processamento
Os alimentos ultraprocessados não
devem s er oferecidos à crianças e
devem s er evitados pelos adultos!
Em geral, esses alimentos contêm quantidades
excessivas de calorias, sal, açúcar, gorduras e aditivos.
São formulados para serem extremamente
saborosos, induzirem seu consumo frequente ou
mesmo para criar dependência. O consumo
desses alimentos pode levar as crianças a ter
menos interesse pelos alimentos in natura ou
minimamente processados.
Desfavorecem a atenção à alimentação, pois
frequentemente são consumidos em pé e/ou sem
uso de talheres ou, ainda, ao mesmo tempo em
que a pessoa realiza outra atividade.
Os resíduos de agrotóxicos também estão presentes
nos ingredientes dos alimentos ultraprocessados, como
o trigo, o milho, a cana-de-açúcar e a soja. Por isso, não
adianta reduzir o consumo de alimentos in natura e
minimamente processados com o objetivo de reduzir o
consumo de resíduos de agrotóxicos.
A melhor opção é, sempre que possível, preferir
alimentos orgânicos e de base agroecológica.
Quando você compra em feiras ou direto da
agricultura familiar e/ou pequenas produções
comerciais, você pode encontrar alimentos mais
frescos, saborosos e variados.
Além disso, favorece o desenvolvimento local e a
preservação do ambiente. As feiras livres são
lugares de trocas e encontros e propiciam
conhecer e adquirir alimentos a serem
provados.
Reservar um tempo para ir à feira e levar as
crianças é uma forma de promover a
alimentação adequada e saudável de maneira
divertida.
As imagens a s egu ir mos t r am exemplos de refeições
com consistências diferentes por idade da criança
Tipos de Cocção e Cortes
Higienizar alimentos i n n a t u r a é fácil.
Veja na seção “Cozinhar em casa”.
Orientações sobre alimentação de acordo com o
desenvolvimento da criança
Aos 6 mes es :
Orientações sobre alimentação de acordo com o
desenvolvimento da criança
Entre 7 e 8 mes es :
Orientações sobre alimentação de acordo com o
desenvolvimento da criança
Entre 9 e 1 1 mes es :
Orientações sobre alimentação de acordo com o
desenvolvimento da criança
Entre 1 e 2 anos de idade:
Alimentação de crianças que
recebem fórmula infantil
Alimentação de crianças que
recebem fórmula infantil
Alimentação de crianças qu e
recebem leite de vaca modificado
Por qu e ev itar as
papinhas
industrializadas para
alimentar a criança?
Apesar das marcas mais vendidas de
papinhas industrializadas não apresentarem
aditivos em s u a composição, elas não devem
fazer parte da alimentação das crianças por
vários motivos:
Texturas não favorecem o
desenvolvimento da
mastigação;
Não favorecem a criança a se
acostumar com o tempero da
comida da família e com os
alimentos da sua região;
As vitaminas e minerais dos
alimentos in natura são
melhor aproveitados pelo
organismo.
Compostas por diferentes
alimentos misturados no
mesmo potinho (dificulta a
percepção dos diferentes
sabores);
Ovolactovegetarianos (comem ovos, leite e
laticínios e não comem carnes).
Lactovegetarianos (comem leite e laticínios e não
comem carnes e ovos).
Deve haver variedade de alimentos para garantir
quantidades adequadas de ferro.
No almoço e jantar, diariamente, devem estar
presentes 1 alimento do grupo dos feijões
(leguminosas) e 1 vegetal folhoso. Uma fruta rica
em vitamina C, após a refeição é importante para
aumentar a absorção de ferro dos alimentos de
origem vegetal.
Ovolactovegetarianos
e Lactovegetarianos
Ovovegetarianos (comem ovos e não comem
carnes, leites e laticínios).
É importante ter uma alimentação variada para
garantir quantidades adequadas de ferro e cálcio.
Se a criança é amamentada, boa parte do cálcio de
que ela precisa vem do leite materno. O restante
deve vir dos alimentos de origem vegetal, como
espinafre, couve, bertalha, brócolis, alho-poró, tofu
e amêndoa.
Ovovegetarianos
Vegetarianos estritos (não utilizam nenhum
produto de origem animal na sua alimentação).
Veganos (não utilizam nenhum produto de origem
animal na sua alimentação ou qualquer produto que
gere exploração e/ou sofrimento animal).
Recomenda-se que, após 6 meses, a criança receba
suplementação de vitamina B12 e de ferro, pois as
principais fontes desses nutrientes não estão
presentes na alimentação vegetariana.
Junto com uma alimentação diversificada, o objetivo
dos suplementos é ajudar na prevenção da anemia.
Vegetarianos es t r it os
e Veganos
1
2
p
a
s
s
o
s
pa
r
a
u
m
a
alimen
t
ação
s
a
u
dá
v
el
Amamentar até os 2
anos ou mais,
oferecendo somente o
leite materno até os 6
meses
Oferecer alimentos
i n n a t u r a ou
minimamente
processados, além
do leite materno, a
partir dos 6 meses
Oferecer água própria
para o consumo à
criança em vez de
s u cos , refrigerantes e
ou t r as bebidas
açucaradas
Oferecer comida
amassada quando a
criança começar a
comer ou t r os
alimentos além do
leite materno
Não oferecer açúcar
nem preparações ou
pr odutos que
contenham açúcar à
criança até 2 anos
de idade
Não oferecer
alimentos
ultraprocessados para
a criança
Cozinhar a mesma
comida para a criança
e para a família
Oferecer à criança
alimentação adequada e
saudável também fora de
casa
Proteger a criança da
publicidade de alimentos
Cuidar da higiene em
todas as etapas da
alimentação da
criança e da família
Zelar para qu e a hora
da alimentação da
criança seja u m
momento de
experiências positivas,
aprendizado e afeto
junto da família
Prestar atenção aos
sinais de fome e
saciedade da criança
e conversar com ela
durante a refeição
Ex emplos de Car dápios
QUESTÕES
1- O Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos traz recomendações e
informações sobre como alimentar a criança para promover seu crescimento e
desenvolvimento e favorecer sua saúde. O guia objetiva auxiliar nas dúvidas mais comuns e
orientações práticas sobre a amamentação e a alimentação no começo da vida.
( ) Nos primeiros anos de vida, a variedade e a forma com que os alimentos são oferecidos influenciam a
formação do paladar e a relação da criança com a alimentação.
( ) A partir de 6 meses de idade, a criança precisa de mais nutrientes e outros alimentos devem ser oferecidos,
juntamente com o leite materno. Nessa idade, a maioria das crianças é capaz de fazer movimentos de
mastigação mesmo antes de surgirem os primeiros dentes, demonstra interesse pelos alimentos e gosta de
participar das refeições familiares.
( ) Em regiões secas e quentes, é necessário oferecer água às crianças alimentadas somente com leite materno,
pois auxilia na hidratação nesse período.
a) V, V e F
b) V, F e V
c) F, V e F
d) V, F e F
De acordo com o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos (Ministério
da Saúde, 2019), é um dos doze passos para uma alimentação saudável
a) oferecer alimentos in natura ou processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses.
b) oferecer a comida liquidificada quando a criança começar a comer outros alimentos, além
do leite materno.
c) não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2
anos de idade.
d) oferecer à criança a partir dos 6 meses de idade 3 porções de frutas e 3 porções de
hortaliças diariamente.
e) priorizar a oferta de carnes magras, como peixes e frango, a partir dos 6 meses de vida,
com uma frequência de 2 vezes ao dia.
O Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos trouxe uma atualização de
Dez passos para Doze Passos para uma Alimentação Saudável, ampliando a importância do
conhecimento na manutenção da alimentação saudável no lactente. Qual recomendação é
dada pelo Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos acerca da oferta da
alimentação infantil?
a) Não deve ser oferecido açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à
criança até 2 anos de idade.
b) Podem ser oferecidos à criança menor de 2 anos, alimentos preparados em casa com
pequenas quantidades de açúcar.
c) Produtos ultraprocessados que não contenham açúcar em suas preparações, podem ser
oferecidos a partir de 1 ano de idade.
d) Para uma alimentação variada, oferecer à criança, além de água própria para o consumo,
sucos e outras bebidas açucaradas.
Para a alimentação da criança doente, o Guia alimentar para crianças brasileiras menores de
2 anos (2019) recomenda utilizar, com mais frequência, os alimentos de preferência da
criança, mesmo que sejam ultraprocessados.
a) CERTO
b) ERRADO
► Brasil. Ministério da Saúde. Guia
alimentar para crianças menores de 2
anos. Brasília, 2 0 0 2 .
► Brasil, Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. Dez
passos para uma alimentação
saudável: guia alimentar para crianças
menores de 2 anos: um guia para o
profissional da saúde na atenção
básica, 2 0 1 3 .
► Brasil. Ministério da Saúde. Guia
alimentar para crianças menores de 2
anos. Brasília, 2 0 1 9 .
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  • 1. Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos Suênia Lima Professora universitária Mestre e Doutora em Nutrição – UFPE Nutricionista - UFPE (CRN 6 - 27838) REVISÃO - ENADE 2023 CURSO DE NUTRIÇÃO - UNINASSAU
  • 2.
  • 3. Publicado em 2002. Destina-se à capacitação técnica de profissionais de saúde que atuam na alimentação infantil. Elaborado em formato de manual, apresenta os dez passos recomendados pelo Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde para melhorar a alimentação infantil de crianças menores de 2 anos no Brasil.
  • 4. P A S S O 1 : Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. P A S S O 3 : A partir dos seis meses, dar alimentos complementares três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada. P A S S O 4 : A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança. P A S S O 2 : A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
  • 5. P A S S O 5 : A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/ purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar a alimentação da família. P A S S O 7 : Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. P A S S O 8 : Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. P A S S O 6 : Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
  • 6. P A S S O 9 : Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o armazenamento e a conservação adequados. P A S S O 1 0 : Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
  • 8. Primeira versão publicada em 2010; Segunda edição de 2013; Incorpora um capítulo sobre boas técnicas de comunicação.
  • 9. Você pode u s a r habilidades de comunicação para: 1) Ouvir e aprender sobre as crenças dos pais ou cuidadores, seu nível de conhecimento e suas práticas; 4) Se comunicar com colegas; 2) Fornecer informações; 3) Sugerir mudanças caso sejam necessárias; 5) Se comunicar com familiares que influenciam os pais e cuidadores, principalmente aqueles que sejam capazes de influenciar de forma negativa as práticas de alimentação infantil.
  • 10. U s e a com u nicação não v e r b a l Sentar no mesmo nível e próximo; Remover barreiras físicas como mesas ou outros objetos; Não apressar a conversa e não olhar para o relógio. Prestar atenção, evitar se distrair e mostrar que está ouvindo;
  • 11. Faça perguntas abertas; Estimule a pessoa a falar e demonstre interesse; Demonstre empatia; Evite palavras que parecem envolver julgamentos; Aceite o que a pessoa pensa ou sente; Reconheça e elogie; Ofereça ajuda prática; Forneça informações relevantes em linguagem adequada; Ofereça sugestões e não ordens.
  • 12. Esquema alimentar para os dois primeiros anos de vida das crianças amamentadas Ministério da Saúde
  • 13. Documento oficial do MS alinhado ao Guia Alimentar para a População Brasileira (2014); Traz informações sobre como alimentar crianças nos dois primeiros anos de vida para promover saúde, crescimento e desenvolvimento de acordo com o potencial de cada criança; Além de apoiar a família no cuidado cotidiano, subsidia ações de educação alimentar e nutricional em âmbito individual e coletivo no Sistema Único de Saúde (SUS) e em outros setores; Um instrumento orientador de políticas, programas e ações que visem apoiar, proteger e promover a saúde e a segurança alimentar e nutricional das crianças brasileiras.
  • 14. A elaboração deste Guia teve como ponto de partida os princípios apresentados no Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em 2014, e também se orienta pelos princípios a seguir. Eles reúnem fundamentos, valores e preceitos importantes para elaboração das recomendações sobre alimentação infantil. Pr incípios
  • 15. 1) A saúde da criança é prioridade absoluta e responsabilidade de todos. 2) O ambiente familiar é espaço para a promoção da saúde. 3) Os primeiros anos de vida são importantes para a formação dos hábitos alimentares. 4) O acesso a alimentos adequados e saudáveis e à informação de qualidade fortalece a autonomia das famílias. 5) A alimentação é uma prática social e cultural. 6) Adotar uma alimentação adequada e saudável para a criança é uma forma de fortalecer sistemas alimentares sustentáveis. 7) O estímulo à autonomia da criança contribui para o desenvolvimento de uma relação saudável com a alimentação. Pr incípios
  • 16. Alimentos in natura ou minimamente processados: Os alimentos in natura são obtidos diretamente das plantas ou dos animais e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza. Os alimentos passam por algumas minimamente processados modificações, como limpeza, remoção de partes indesejáveis, divisão, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento ou processos semelhantes que não envolvem a adição de sal, açúcar, óleos, gorduras ou qualquer outra substância ao alimento original. Feijões (leguminosas); Cereais; Raízes e tubércullos; Legumes e verduras; Frutas; Carnes e ovos; Leites; Amendoim, castanha e nozes; Água própria para consumo; Outros: cogumelos frescos ou secos; especiarias e ervas frescas ou secas; sementes como linhaça, gergelim e chia; chás (camomila, erva cidreira, capim-limão, hortelã, etc.), café e erva-mate (sem adição de açúcar). Exemplo: Alimentos e s e u processamento
  • 17. Alguns poucos alimentos des s e grupo não são recomendados para crianças, como café, er v a- mat e, chá pr et o. Os alimentos in natura ou minimamente processados devem ser a base da alimentação da criança e de toda família, ou seja, a maior parte dos alimentos consumidos deve ser desse grupo.
  • 18. Exemplo de refeição feita com alimentos i n n a t u r a o u minimamente pr oces sados Almoço ou jantar
  • 19. Sal de cozinha iodado; Áçucar branco, cristal, demerara, mascavo, de coco; Melado e rapadura; Mel; Óleos e gorduras como óleo de soja ou azeite de oliva, manteiga (com ou sem sal), creme de leite e banha; Amido extraído do milho ou da planta; Vinagres. Exemplo: Alimentos e s e u processamento Ingredientes culinários processados: São produtos usados para preparar as refeições. São fabricados pela indústria a partir de substâncias que existem em alimentos in natura.
  • 20. Os açúcares, melado, r apadur a e mel, qu e também fazem parte des s e grupo, não devem s er oferecidos para crianças menores de 2 anos! Os ingredientes culinários processados devem ser usados com moderação para temperar e preparar os alimentos in natura ou minimamente processados. A comida feita em casa deve ser composta de preparações culinárias, que são receitas caseiras feitas principalmente com alimentos in natura ou minimamente processados e temperadas com ingredientes culinários processados.
  • 21. Conservas de legumes, de verduras, de cereais ou de leguminosas; Extrato ou concentrado de tomate (com açúcar e sal); Castanhas com sal ou açúcar; Carnes salgadas; Peixe conservado em óleo ou água e sal; Frutas em calda ou cristalizadas; Queijos (minas, prato, mussarela, ricota, gouda, brie, coalho, canastra, provolone e cottage); Pães (feitos de farinha de trigo refinada ou integral, leveduras, água e sal). Exemplo: Alimentos processados: São alimentos elaborados a partir de alimentos in natura, porém, geralmente adicionados de sal ou de açúcar (ou outro ingrediente culinário) para durarem mais ou para permitir outras formas de consumo. Alimentos e s e u processamento
  • 22. Para a criança entre 6 mes es e 2 anos , somente alguns alimentos processados podem fazer parte da alimentação, como pães feitos com farinha de trigo refinada ou integral, lev edu r as , água e sal e queijos. Mesmo sendo menos modificados que os ultraprocessados, o consumo excessivo dos alimentos processados também está relacionado a doenças do coração, hipertensão, diabetes, obesidade e câncer. Dessa forma, os alimentos processados podem ser consumidos em pequenas quantidades e eventualmente, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processdos.
  • 23. Alimentos ultraprocessados: São produzidos pela indústria por meio de várias técnicas e etapas de processamento e levam muitos ingredientes, como sal, açúcar, óleos, gorduras e aditivos alimentares (corantes artificiais, conservantes, adoçantes, aromatizantes, realçadores de sabor, entre outros, não utilizados em casa). Nesses alimentos, o açúcar pode estar presente de diferentes formas. As mais comuns são: maltodextrina, dextrose, xarope de milho, xarope de malte e açúcar invertido. prontas para o consumo; Bebidas com sabor de chocolate e sabor de frutas; Bebidas "energéticas"; "Salgadinhos de pacote"; Sorvetes; Chocolates; Balas e guloseimas em geral; Gelatina em pó; Pães doces, de forma, para hambúguer ou hot dog; Biscoitos, bolos industrializados e misturas para bolo; Exemplo: Refrigerantes; Pós para refrescos; Bebidas adoçadas "Cereais matinas" e "barras de cereais"; Achocolatados e misturas em pó saborizantes; Farinhas de cereais instantâneas (espessantes) com açúcar; Iogurte com sabores e tipo petit suisse; Queijos processado UHT; Maionese e molhos prontos; Produtos congelados prontos para aquecer; Sopas, macarrão e sobremesas "instantâneos". Alimentos e s e u processamento
  • 24. Os alimentos ultraprocessados não devem s er oferecidos à crianças e devem s er evitados pelos adultos! Em geral, esses alimentos contêm quantidades excessivas de calorias, sal, açúcar, gorduras e aditivos. São formulados para serem extremamente saborosos, induzirem seu consumo frequente ou mesmo para criar dependência. O consumo desses alimentos pode levar as crianças a ter menos interesse pelos alimentos in natura ou minimamente processados. Desfavorecem a atenção à alimentação, pois frequentemente são consumidos em pé e/ou sem uso de talheres ou, ainda, ao mesmo tempo em que a pessoa realiza outra atividade.
  • 25. Os resíduos de agrotóxicos também estão presentes nos ingredientes dos alimentos ultraprocessados, como o trigo, o milho, a cana-de-açúcar e a soja. Por isso, não adianta reduzir o consumo de alimentos in natura e minimamente processados com o objetivo de reduzir o consumo de resíduos de agrotóxicos. A melhor opção é, sempre que possível, preferir alimentos orgânicos e de base agroecológica.
  • 26. Quando você compra em feiras ou direto da agricultura familiar e/ou pequenas produções comerciais, você pode encontrar alimentos mais frescos, saborosos e variados. Além disso, favorece o desenvolvimento local e a preservação do ambiente. As feiras livres são lugares de trocas e encontros e propiciam conhecer e adquirir alimentos a serem provados. Reservar um tempo para ir à feira e levar as crianças é uma forma de promover a alimentação adequada e saudável de maneira divertida.
  • 27. As imagens a s egu ir mos t r am exemplos de refeições com consistências diferentes por idade da criança
  • 28. Tipos de Cocção e Cortes Higienizar alimentos i n n a t u r a é fácil. Veja na seção “Cozinhar em casa”.
  • 29. Orientações sobre alimentação de acordo com o desenvolvimento da criança Aos 6 mes es :
  • 30. Orientações sobre alimentação de acordo com o desenvolvimento da criança Entre 7 e 8 mes es :
  • 31. Orientações sobre alimentação de acordo com o desenvolvimento da criança Entre 9 e 1 1 mes es :
  • 32. Orientações sobre alimentação de acordo com o desenvolvimento da criança Entre 1 e 2 anos de idade:
  • 33. Alimentação de crianças que recebem fórmula infantil
  • 34. Alimentação de crianças que recebem fórmula infantil
  • 35. Alimentação de crianças qu e recebem leite de vaca modificado
  • 36. Por qu e ev itar as papinhas industrializadas para alimentar a criança? Apesar das marcas mais vendidas de papinhas industrializadas não apresentarem aditivos em s u a composição, elas não devem fazer parte da alimentação das crianças por vários motivos: Texturas não favorecem o desenvolvimento da mastigação; Não favorecem a criança a se acostumar com o tempero da comida da família e com os alimentos da sua região; As vitaminas e minerais dos alimentos in natura são melhor aproveitados pelo organismo. Compostas por diferentes alimentos misturados no mesmo potinho (dificulta a percepção dos diferentes sabores);
  • 37. Ovolactovegetarianos (comem ovos, leite e laticínios e não comem carnes). Lactovegetarianos (comem leite e laticínios e não comem carnes e ovos). Deve haver variedade de alimentos para garantir quantidades adequadas de ferro. No almoço e jantar, diariamente, devem estar presentes 1 alimento do grupo dos feijões (leguminosas) e 1 vegetal folhoso. Uma fruta rica em vitamina C, após a refeição é importante para aumentar a absorção de ferro dos alimentos de origem vegetal. Ovolactovegetarianos e Lactovegetarianos
  • 38. Ovovegetarianos (comem ovos e não comem carnes, leites e laticínios). É importante ter uma alimentação variada para garantir quantidades adequadas de ferro e cálcio. Se a criança é amamentada, boa parte do cálcio de que ela precisa vem do leite materno. O restante deve vir dos alimentos de origem vegetal, como espinafre, couve, bertalha, brócolis, alho-poró, tofu e amêndoa. Ovovegetarianos
  • 39. Vegetarianos estritos (não utilizam nenhum produto de origem animal na sua alimentação). Veganos (não utilizam nenhum produto de origem animal na sua alimentação ou qualquer produto que gere exploração e/ou sofrimento animal). Recomenda-se que, após 6 meses, a criança receba suplementação de vitamina B12 e de ferro, pois as principais fontes desses nutrientes não estão presentes na alimentação vegetariana. Junto com uma alimentação diversificada, o objetivo dos suplementos é ajudar na prevenção da anemia. Vegetarianos es t r it os e Veganos
  • 40. 1 2 p a s s o s pa r a u m a alimen t ação s a u dá v el Amamentar até os 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até os 6 meses Oferecer alimentos i n n a t u r a ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de s u cos , refrigerantes e ou t r as bebidas açucaradas
  • 41. Oferecer comida amassada quando a criança começar a comer ou t r os alimentos além do leite materno Não oferecer açúcar nem preparações ou pr odutos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família
  • 42. Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa Proteger a criança da publicidade de alimentos Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família Zelar para qu e a hora da alimentação da criança seja u m momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição
  • 43. Ex emplos de Car dápios
  • 45. 1- O Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos traz recomendações e informações sobre como alimentar a criança para promover seu crescimento e desenvolvimento e favorecer sua saúde. O guia objetiva auxiliar nas dúvidas mais comuns e orientações práticas sobre a amamentação e a alimentação no começo da vida. ( ) Nos primeiros anos de vida, a variedade e a forma com que os alimentos são oferecidos influenciam a formação do paladar e a relação da criança com a alimentação. ( ) A partir de 6 meses de idade, a criança precisa de mais nutrientes e outros alimentos devem ser oferecidos, juntamente com o leite materno. Nessa idade, a maioria das crianças é capaz de fazer movimentos de mastigação mesmo antes de surgirem os primeiros dentes, demonstra interesse pelos alimentos e gosta de participar das refeições familiares. ( ) Em regiões secas e quentes, é necessário oferecer água às crianças alimentadas somente com leite materno, pois auxilia na hidratação nesse período. a) V, V e F b) V, F e V c) F, V e F d) V, F e F
  • 46. De acordo com o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos (Ministério da Saúde, 2019), é um dos doze passos para uma alimentação saudável a) oferecer alimentos in natura ou processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses. b) oferecer a comida liquidificada quando a criança começar a comer outros alimentos, além do leite materno. c) não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade. d) oferecer à criança a partir dos 6 meses de idade 3 porções de frutas e 3 porções de hortaliças diariamente. e) priorizar a oferta de carnes magras, como peixes e frango, a partir dos 6 meses de vida, com uma frequência de 2 vezes ao dia.
  • 47. O Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos trouxe uma atualização de Dez passos para Doze Passos para uma Alimentação Saudável, ampliando a importância do conhecimento na manutenção da alimentação saudável no lactente. Qual recomendação é dada pelo Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos acerca da oferta da alimentação infantil? a) Não deve ser oferecido açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade. b) Podem ser oferecidos à criança menor de 2 anos, alimentos preparados em casa com pequenas quantidades de açúcar. c) Produtos ultraprocessados que não contenham açúcar em suas preparações, podem ser oferecidos a partir de 1 ano de idade. d) Para uma alimentação variada, oferecer à criança, além de água própria para o consumo, sucos e outras bebidas açucaradas.
  • 48. Para a alimentação da criança doente, o Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos (2019) recomenda utilizar, com mais frequência, os alimentos de preferência da criança, mesmo que sejam ultraprocessados. a) CERTO b) ERRADO
  • 49. ► Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília, 2 0 0 2 . ► Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de 2 anos: um guia para o profissional da saúde na atenção básica, 2 0 1 3 . ► Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Brasília, 2 0 1 9 . REFERÊNCIAS