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1. Aula 2
Introdução e conceitos básicos
Modos de Exploração.
ANA KARINA RIBEIRO 1

2. A mineração é uma actividade que é praticada em todo mundo e as técnicas de
extração empregadas estão em constante evolução. Os métodos são limitados pela
disponibilidade e desenvolvimento dos equipamentos e, como todos os factores que
influenciam em sua selecção, devem, ser avaliados levando-se em conta os aspectos
tecnológico, social, econômico e político. A mineração é entendida como uma
actividade de lavra e de concentração de minérios, podendo ser classificada em três
grupos principais: as minerações ditas empresariais ou industriais, de grande porte; as
minerações ditas de uso social, de menor porte, como pedreiras, os portos de areia e as
lavras de argila e, por fim, os garimpos, actividades extrativas, informais, manuais ou
mecanizadas e, frequentemente, clandestinas.
Introdução

3. Princípios básicos de uma exploração
 Segurança;
 Economia (máximo retorno, menor custo);
 Bom aproveitamento do jazigo (máxima extração);
 Recuperacao ambiental.

4. Seleção do modo de lavra
Quando se trata de um empreendimento mineral, a selecção do método de lavra é um
dos principais elementos a serem analisados, pois a decisão a ser tomada implicará no
sucesso ou fracasso de um projecto mineiro.
O modo de lavra é um dos principais elementos em qualquer análise econômica de uma
mina, e a escolha do método permite o desenvolvimento da operação. Em uma etapa de
maior detalhe, pode constituir-se como factor preponderante para uma resposta positiva
ao projecto, uma vez que, a selecção imprópria tem efeitos negativos na viabilidade da
mina.

5. A Seleção entre os métodos de exploração depende dos
seguintes factores:
a) Configurações geométricas relativa da rocha estéril e do
mineiro e características mecânicas de ambos:
b) Teor, distribuição de mineralização, reservas e valores de
extração a realizar.
c) Distancia no transporte de estéril e seu modo de
armazenamento;
d) Áreas necessárias para a escombreiras.

6. Comumente o modo de lavra é designado como sendo a técnica de extração do material.
Isso define a importância de sua selecção, já que todo o projecto é elaborado em torno
da técnica utilizada para lavrar o depósito.
O modo de lavra consiste em um conjunto específico dos trabalhos de planeamento,
dimensionamento, e execução das tarefas, devendo existir uma harmonia entre tais
tarefas. Em suma, o método de lavra é a técnica de extração do minério, esteja ele em
superfície ou em profundidade.

7. Fases
A seleção do método de lavra pode ser dividida em duas fases.
 Avaliação das condições geológicas, sociais e ambientais para permitir a eliminação
de alguns métodos que não estejam de acordo com os critérios desejados;
 Escolha do método que apresente o menor custo, sujeito às condições técnicas que
garantam uma maior segurança.
Para que se tenha um resultado bem sucedido de um projecto de mineração, o método
de lavra escolhido deverá ser o mais optimizado possível. Os factores que influenciam
na selecção dos métodos de lavra são muitos, tanto quantitativos como qualitativos. Para
a avaliação e escolha do melhor método de lavra, algumas variáveis devem ser levadas
em consideração.

8. Embora seja possível destacar modos de lavra principais, provavelmente existem mais
variações. Os métodos são limitados pela disponibilidade e desenvolvimento dos
equipamentos e, diante de todos os factores que influenciam em sua selecção, a escolha
do modo de lavra pode ser considerada como uma ciência.. Um dado método pode ser
mais apropriado para uma zona do depósito, todavia em outras partes seu emprego pode
não ser a melhor opção.

9. Lavra a Céu Aberto versus Subterrânea
Existem factores de controle que determinam a escolha entre operações a céu aberto e subterrânea,
os quais podem ser descritos como sendo
 custos de mineração
 recuperação e
 diluição do minério.
A forma de aproveitamento de bens minerais adoptada em uma determinada parte da jazida deve ser
aquela que apresenta o menor custo unitário, considerando todos outros aspectos operacionais.
Quando se emprega o modo combinado de lavra (a céu aberto e subterrânea) é sempre necessário
estabelecer o limite entre os trabalhos a céu aberto e subterrânea no qual as despesas ou os custos
operacionais sejam mínimos.

10. Objetivos finais da escolha do modo de lavra.
 Ser seguro e produzir condições ambientais adequadas para os operários;
 Redução dos impactos causados ao meio ambiente;
 Permitir condições de estabilidade durante a vida útil;
 Assegurar a máxima recuperação do minério;
 Ser flexível para adaptar às diversas condições geológicas;
 Permitir atingir a máxima produtividade reduzindo o custo unitário.

11. Refere-se ao método de extração de rochas ou minerais da terra por sua remoção de um
poço aberto ou de uma escavação em empréstimo. A mineração a céu aberto é usada
quando depósitos de minerais ou rochas comercialmente úteis são encontrados perto da
superfície.
De forma geral, a lavra a céu aberto pode ser aplicada a jazidas aflorantes, jazidas de
capeamento relativamente reduzido, jazidas acessíveis em encostas e jazidas lavráveis por
poços de extração.
Estima-se que os métodos de lavra a seco, sejam responsáveis por mais de 90% do volume
de produção das lavras a céu aberto em todo o mundo, englobando a grande maioria da
produção mineral de carvão, rochas industriais e minérios metálicos em geral.
Lavra a céu aberto

12. Vantagens
 Os métodos de lavra a céu aberto são flexíveis, possibilitando rápidas mudanças no
esquema produtivo em tempo muito curto;
 Os métodos de lavra são mais seguros.
 Locais com rochas instabilizadas são notados com maior facilidade e o problema
pode ser prontamente sanado com relativa facilidade.
 Trabalhando-se com grandes equipamentos tem-se um número menor de operários
melhor preparados, sendo mais fácil de serem administrados;
 A lavra a céu aberto é mais compatível com operações selectivas.
 O controle dos teores torna-se mais fácil, deixando para trás alguns blocos de
minérios mais pobres ou removendo-os como material estéril;

13.  O custo unitário de uma lavra a céu aberto costuma ser apenas uma fração do custo
de uma lavra subterrânea, sendo a mesma explorada em profundidades menores;
 Em uma lavra a céu aberto existe a ausência de problemas envolvendo a ventilação
do local de trabalho.

14. Desvantagens
 Turbação da superfície do terreno, ou seja, em um empreendimento mineral a céu
aberto a degradação do meio ambiente é considerável;
 Em uma lavra a céu aberto existe uma grande emissão de poeira, ruídos e diversas
vibrações decorrentes das detonações;
 A lavra a céu aberto tem a necessidade de movimentação de uma grande massa de
material estéril.

15. Por outro lado, neste grupo, a extração de material ocorrer no
interior do terreno. Sendo indicada para rochas e minerais que estão
em depósitos mais profundos. Nessa situação, a relação estéril-
minério é grande, fazendo com que seja economicamente inviável
explorar a céu aberto. Além disso, existem situações em que a
legislação impõe a lavra subterrânea.
Lavra subterrânea

16. Na lavra subterrânea o corpo mineralizado precisa ser muito bem delimitado por
sondagens e galerias. Os serviços de topografia devem ser muito precisos.
A retirada da maior quantidade de minério removendo a mínima quantidade de rocha
estéril na qual ele está inserido se constitui num desafio do projeto de lavra.
Os materiais provenientes das aberturas e acessos iniciais (desenvolvimento) deveriam
se constituir na única quantidade de rocha estéril transportada à superfície.

17. POR QUE LAVRA SUBTERRÂNEA?
 Profundidade do depósito;
 Quantidade de material a ser retirado para alcançar o minério;
 Jazidas aflorantes vão se tornando escassas;
 Restrições ambientais à lavra a céu aberto
 Aumento do conhecimento do comportamento de maciços rochosos.
ANA KARINA RIBEIRO 17