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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
MÉTODOS DE LAVRA - GEO910
DOCENTE: ANANDA MELO LOPES
EZEQUIAS NOGUEIRA GUIMARÃES
MÉTODO DE LAVRA A CÉU ABERTO
Boa Vista, RR.
2020.
MÉTODO DE LAVRA A CÉU ABERTO
A lavra engloba todo o conjunto de operações unitárias de aproveitamento da jazida.
Corresponde a quarta fase da mineração (as anteriores são a prospecção, a exploração e o
desenvolvimento) e é alternativamente chamada de explotação. Denomina-se método de lavra a
sistematização e coordenação das varias operações unitárias visando ao aproveitamento de uma
jazida mineral.
Em principio, a classificação dos métodos provem da opção escolhida para se processar a
lavra, ou seja, a céu aberto ou subterrânea. Para tal definição, leva-se em conta a situação dos
operadores, e não a da jazida.
A lavra é considerada a céu aberto se não ha necessidade de acesso humano ao meio
subterrâneo para realizá-la. A ocorrência de certas operações subterrâneas, tais como o transporte
por poços de extração, não descaracteriza uma lavra a céu aberto, da mesma forma que uma lavra
subterrânea sempre envolve vários serviços auxiliares executados a céu aberto.
A proporção de extração superficial é elevada devido essencialmente a dois fatores: a
dificuldade crescente em descobrir depósitos minerais que possam ser economicamente lavrados
pelo método subterrâneo e a eficiência, também crescente, na mineração de depósitos pelo
método a céu aberto, embora o custo de recuperação para uma mina de superfície esteja
aumentando continuamente.
Hoje em dia, climas severos em altitudes elevadas, raras vezes, impossibilitam o
desenvolvimento de lavra a céu aberto, porém podem ser prejudiciais para a eficiência da
produção e custos de operação. Entre os fatores naturais e geológicos: terreno, profundidade,
características espaciais do depósito e presença de água são variáveis muito importantes.
Preocupações ambientais e os custos na solução de problemas ambientais aparecem entre as mais
importantes considerações no planejamento e desenvolvimento de uma mina a céu aberto.
Os principais métodos de lavra a céu aberto (com as correspondentes denominações em
língua inglesa, internacionalmente consagradas) são aqueles de exploração a seco, ou seja, a
lavra por bancadas (open pit mining), a lavra em tiras ou fatias (strip mining ou open cast
mining) e a lavra de pedreiras (quarry mining ou dimensioned stones mining).
O método de lavra por bancadas é mais usado em minas onde o corpo de minério esteja
recoberto por um capeamento espesso. Corpos minerais de grande espessura, geralmente são
lavrados em bancadas ou degraus, enquanto que depósitos minerais estreitos podem requerer
para sua lavra uma única face ou bancada. Lavra de bancadas e lavra por tiras são usualmente
empregados em explotação de depósitos minerais superficiais ou aqueles que apresentam baixo
volume de capeamento. Estes frequentemente precisam de um grande capital de investimento,
porém geralmente apresentam elevada produtividade, baixos custos de operação e boas
condições de segurança.
O método de lavra em tiras e mais aplicado em depósitos tabulares ou com camadas
horizontais com pouca espessura de capeamento. Como característica, propicia grande escala de
produção, proporcionando ate menor custo operacional e maior produtividade do que a lavra por
bancadas em certas circunstancias.
A explotação a céu aberto executa a lavra de jazidas de minerais metálicos e não
metálicos de depósitos próximos à superfície, jazidas aflorantes de reduzido capeamento, jazidas
em encostas, em cava, em camada e por furo de sonda, caracterizadas por uma grande variedade
de formas, características espaciais, condições mineralógicas e hidrogeológicas diferentes. Os
tipos fundamentais de jazidas minerais lavráveis pelo método a céu aberto constituem:
a) veios aflorantes - estreitos ou possantes,
b) camadas horizontais – ou pouco inclinadas de pequeno capeamento, estreitas ou
potentes,
c) maciços – economicamente lavráveis pela relação estéril/minério,
d) jazidas profundas lavráveis por furos de sonda – decapeamento oneroso,
e) placers – depósitos superficiais de sedimentos não-consolidados.
A maior parte das minas brasileiras opera a céu aberto, cabendo destacar aquelas de
classe internacional: Nb de Araxá (MG); Fe do Quadrilatero Ferrífero (MG); Fe de Carajás (PA);
Fosfato de Salitre, de Tapira, de Araxa (MG) e de Catalão (GO); Ni de Niquelandia (GO) e de
Barro Alto (GO), Santa Rita (BA), Onça-Puma (PA); Bauxita-Al2O5 de Oriximiná, Juriti,
Trombetas, e Paragominas (PA), e São Lourenço (MG); Caulim de Barcarena e Ipixuma (PA),
Grafita de Tijuco Preto, da Paca e Ze Crioulo (MG), e de Imidia (BA); Magnesita de Brumado
(BA); Carvão de Candiota (RS); Au de Paracatu (MG); Fe/Mn de Urucum (MS); Mn de Azul
(PA), Sn de Pitinga, Bom Futuro e Massangana (RO); Cu de Salobo (PA).
ETAPAS OPERACIONAIS
O ciclo de produção para extração de minerais emprega operações unitárias que são
normalmente agrupadas em: escavação - carregamento (arranque - carregamento) e transporte -
descarregamento. Para a escavação de minérios de dureza elevada (minerais coerentes) são
empregados métodos de perfuração e detonação, denominados de etapa de desmonte das rochas.
Já, depósitos brandos (minerais incoerentes), são escavados diretamente por métodos mecânicos,
compreendem atividades de arrasto e carregamento (transporte horizontal) e algumas vezes
atividades de içamento (transporte vertical ou inclinado).
A lavra de jazidas minerais pelo método a céu aberto encerra as seguintes etapas
fundamentais de trabalho e processos mineiros de produção:
1. Desmatamento;
2. Remoção do capeamento;
3. Drenagem da mina;
4. Desmonte;
5. Carregamento;
6. Transporte;
7. Disposição do estéril.
ETAPAS BÁSICAS DE TRABALHO
a) A preparação da superfície da mina, compreende trabalhos de desmatamento,
decepamento de troncos, desvio de rios ou riachos para fora dos limites do campo da
mina, drenagem das águas de lagos e secado de pântanos, remoção de edificações e
construções existentes no campo da mina, bem como as vias férreas e estradas. O
desmatamento efetua-se com tratores de lâmina.
b) A drenagem da mina, é executada para permitir ou facilitar a operação de lavra ou então
para estabilização dos taludes, através do controle das águas pluviais, de infiltração e
águas do lençol freático. A drenagem da mina efetua-se previamente ao desenvolvimento
das operações mineiras, antecede ou sucede ao decapeamento, porém durante o processo
de construção e explotação da mina a drenagem efetua-se paralelamente.
c) Os trabalhos mineiros básicos e fundamentais, compreendem a construção de trincheiras
principais que permitem o acesso dos meios de transporte desde a superfície até a jazida
mineral, assim como a preparação do frente inicial para os trabalhos de decapeamento e
extração. Durante o período de construção da mina, ao grupo de trabalhos mineiros
básicos pertencem, também os trabalhos de escavação de trincheiras de corte, as quais
criam o frente inicial para os trabalhos de explotação da jazida.
d) Os trabalhos de decapeamento, consistem na remoção do solo e rocha alterada que
recobrem e/ou encaixam a o corpo mineral em superfície (estéril), para se chegar à rocha
sã (jazida). Muitas vezes, a camada superficial do solo com resíduos vegetais, é estocada
a parte, para posterior recobrimento de escavações e áreas de disposição visando sua
reabilitação ou restauração. Ressalta-se que os trabalhos de decapeamento desenvolvidos
durante o período de construção da mina estão vinculados aos trabalhos mineiros básicos,
enquanto que os trabalhos correntes de decapeamento realizados para a criação do
indispensável frente inicial dos trabalhos de extração, durante o período de extração,
denominam-se trabalhos de preparação. A finalidade dos trabalhos de extração é efetuar
em forma sistemática o arranque do mineral útil com a qualidade exigida e em
correspondência com o plano estabelecido.
CICLO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS
O conjunto de processos básicos na extração (ciclo de produção) constitui a tecnologia de
explotação mineira a céu aberto. A dificuldade no cumprimento dos processos básicos de
produção em minas a céu aberto, é variável, e depende da resistência e estrutura das rochas, das
condições de orientação da jazida, da potência, do tipo de instalações mineiras de transporte e da
organização do trabalho. Compreendem operações mineiras de produção: preparação,
escavação/arranque, transporte e disposição do estéril.
1. Preparação da massa mineira para sua extração, geralmente consiste na mudança prévia
do estado natural do maciço de rochas através dos meios selecionados (sejam mecânicos
ou emprego de substâncias explosivas), visando uma extração mais efetiva. Implica a
preparação de todo o volume de rochas que se encontra nos contornos da mina.
2. Escavação - Carregamento (Arranque - Carregamento), consiste na separação de grandes
(extensas) massas de rochas resistentes do maciço de rochas (preparação da massa de
rochas com escarificadores mecânicos e sustâncias explosivas). Inclui, também, o
arranque direto de rochas incoerentes (brandas ou moles), ou seja, escavação mecânica de
material incoerente e o carregamento aos médios de transporte ou depósitos de estéreis
através do emprego de vários equipamentos mineiros, bem como o carregamento de
rochas resistentes previamente fragmentadas na frente de trabalho.
3. Transporte da massa de rochas (minério/estéril), os trabalhos a céu aberto se encerram
com o transporte das rochas estéreis (decapeamento) e o mineral útil aos locais de
amontoamento e recepção. A massa mineral arrancada nas frentes de trabalho é
transportada para a usina de concentração (britagem primária no beneficiamento) ou para
o pátio de estocagem de minério, enquanto as rochas estéreis são transportadas para os
botaforas.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI NETO, M. T. O.; ROCHA, A. M. Noções de Prospecção e Pesquisa Mineral
para Técnicos de Geologia e Mineração. Natal/RN: Editora do IFRN-RN, 2010. 268 páginas.
CURI, A. Lavra de minas. São Paulo: Oficina de Textos, 2017. 453 páginas.
ADONES, R. Curso de especialização em lavra de minas a céu aberto - Métodos de lavra a céu
aberto. Universidade Federal do Pará, Instituto de Geociências - Programa de Pós-Graduação, 76
páginas.

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MÉTODO DE LAVRA A CÉU ABERTO

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - IGEO DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA MÉTODOS DE LAVRA - GEO910 DOCENTE: ANANDA MELO LOPES EZEQUIAS NOGUEIRA GUIMARÃES MÉTODO DE LAVRA A CÉU ABERTO Boa Vista, RR. 2020.
  • 2. MÉTODO DE LAVRA A CÉU ABERTO A lavra engloba todo o conjunto de operações unitárias de aproveitamento da jazida. Corresponde a quarta fase da mineração (as anteriores são a prospecção, a exploração e o desenvolvimento) e é alternativamente chamada de explotação. Denomina-se método de lavra a sistematização e coordenação das varias operações unitárias visando ao aproveitamento de uma jazida mineral. Em principio, a classificação dos métodos provem da opção escolhida para se processar a lavra, ou seja, a céu aberto ou subterrânea. Para tal definição, leva-se em conta a situação dos operadores, e não a da jazida. A lavra é considerada a céu aberto se não ha necessidade de acesso humano ao meio subterrâneo para realizá-la. A ocorrência de certas operações subterrâneas, tais como o transporte por poços de extração, não descaracteriza uma lavra a céu aberto, da mesma forma que uma lavra subterrânea sempre envolve vários serviços auxiliares executados a céu aberto. A proporção de extração superficial é elevada devido essencialmente a dois fatores: a dificuldade crescente em descobrir depósitos minerais que possam ser economicamente lavrados pelo método subterrâneo e a eficiência, também crescente, na mineração de depósitos pelo método a céu aberto, embora o custo de recuperação para uma mina de superfície esteja aumentando continuamente. Hoje em dia, climas severos em altitudes elevadas, raras vezes, impossibilitam o desenvolvimento de lavra a céu aberto, porém podem ser prejudiciais para a eficiência da produção e custos de operação. Entre os fatores naturais e geológicos: terreno, profundidade, características espaciais do depósito e presença de água são variáveis muito importantes. Preocupações ambientais e os custos na solução de problemas ambientais aparecem entre as mais importantes considerações no planejamento e desenvolvimento de uma mina a céu aberto. Os principais métodos de lavra a céu aberto (com as correspondentes denominações em língua inglesa, internacionalmente consagradas) são aqueles de exploração a seco, ou seja, a lavra por bancadas (open pit mining), a lavra em tiras ou fatias (strip mining ou open cast mining) e a lavra de pedreiras (quarry mining ou dimensioned stones mining). O método de lavra por bancadas é mais usado em minas onde o corpo de minério esteja recoberto por um capeamento espesso. Corpos minerais de grande espessura, geralmente são
  • 3. lavrados em bancadas ou degraus, enquanto que depósitos minerais estreitos podem requerer para sua lavra uma única face ou bancada. Lavra de bancadas e lavra por tiras são usualmente empregados em explotação de depósitos minerais superficiais ou aqueles que apresentam baixo volume de capeamento. Estes frequentemente precisam de um grande capital de investimento, porém geralmente apresentam elevada produtividade, baixos custos de operação e boas condições de segurança. O método de lavra em tiras e mais aplicado em depósitos tabulares ou com camadas horizontais com pouca espessura de capeamento. Como característica, propicia grande escala de produção, proporcionando ate menor custo operacional e maior produtividade do que a lavra por bancadas em certas circunstancias. A explotação a céu aberto executa a lavra de jazidas de minerais metálicos e não metálicos de depósitos próximos à superfície, jazidas aflorantes de reduzido capeamento, jazidas em encostas, em cava, em camada e por furo de sonda, caracterizadas por uma grande variedade de formas, características espaciais, condições mineralógicas e hidrogeológicas diferentes. Os tipos fundamentais de jazidas minerais lavráveis pelo método a céu aberto constituem: a) veios aflorantes - estreitos ou possantes, b) camadas horizontais – ou pouco inclinadas de pequeno capeamento, estreitas ou potentes, c) maciços – economicamente lavráveis pela relação estéril/minério, d) jazidas profundas lavráveis por furos de sonda – decapeamento oneroso, e) placers – depósitos superficiais de sedimentos não-consolidados. A maior parte das minas brasileiras opera a céu aberto, cabendo destacar aquelas de classe internacional: Nb de Araxá (MG); Fe do Quadrilatero Ferrífero (MG); Fe de Carajás (PA); Fosfato de Salitre, de Tapira, de Araxa (MG) e de Catalão (GO); Ni de Niquelandia (GO) e de Barro Alto (GO), Santa Rita (BA), Onça-Puma (PA); Bauxita-Al2O5 de Oriximiná, Juriti, Trombetas, e Paragominas (PA), e São Lourenço (MG); Caulim de Barcarena e Ipixuma (PA), Grafita de Tijuco Preto, da Paca e Ze Crioulo (MG), e de Imidia (BA); Magnesita de Brumado (BA); Carvão de Candiota (RS); Au de Paracatu (MG); Fe/Mn de Urucum (MS); Mn de Azul (PA), Sn de Pitinga, Bom Futuro e Massangana (RO); Cu de Salobo (PA).
  • 4. ETAPAS OPERACIONAIS O ciclo de produção para extração de minerais emprega operações unitárias que são normalmente agrupadas em: escavação - carregamento (arranque - carregamento) e transporte - descarregamento. Para a escavação de minérios de dureza elevada (minerais coerentes) são empregados métodos de perfuração e detonação, denominados de etapa de desmonte das rochas. Já, depósitos brandos (minerais incoerentes), são escavados diretamente por métodos mecânicos, compreendem atividades de arrasto e carregamento (transporte horizontal) e algumas vezes atividades de içamento (transporte vertical ou inclinado). A lavra de jazidas minerais pelo método a céu aberto encerra as seguintes etapas fundamentais de trabalho e processos mineiros de produção: 1. Desmatamento; 2. Remoção do capeamento; 3. Drenagem da mina; 4. Desmonte; 5. Carregamento; 6. Transporte; 7. Disposição do estéril. ETAPAS BÁSICAS DE TRABALHO a) A preparação da superfície da mina, compreende trabalhos de desmatamento, decepamento de troncos, desvio de rios ou riachos para fora dos limites do campo da mina, drenagem das águas de lagos e secado de pântanos, remoção de edificações e construções existentes no campo da mina, bem como as vias férreas e estradas. O desmatamento efetua-se com tratores de lâmina. b) A drenagem da mina, é executada para permitir ou facilitar a operação de lavra ou então para estabilização dos taludes, através do controle das águas pluviais, de infiltração e águas do lençol freático. A drenagem da mina efetua-se previamente ao desenvolvimento
  • 5. das operações mineiras, antecede ou sucede ao decapeamento, porém durante o processo de construção e explotação da mina a drenagem efetua-se paralelamente. c) Os trabalhos mineiros básicos e fundamentais, compreendem a construção de trincheiras principais que permitem o acesso dos meios de transporte desde a superfície até a jazida mineral, assim como a preparação do frente inicial para os trabalhos de decapeamento e extração. Durante o período de construção da mina, ao grupo de trabalhos mineiros básicos pertencem, também os trabalhos de escavação de trincheiras de corte, as quais criam o frente inicial para os trabalhos de explotação da jazida. d) Os trabalhos de decapeamento, consistem na remoção do solo e rocha alterada que recobrem e/ou encaixam a o corpo mineral em superfície (estéril), para se chegar à rocha sã (jazida). Muitas vezes, a camada superficial do solo com resíduos vegetais, é estocada a parte, para posterior recobrimento de escavações e áreas de disposição visando sua reabilitação ou restauração. Ressalta-se que os trabalhos de decapeamento desenvolvidos durante o período de construção da mina estão vinculados aos trabalhos mineiros básicos, enquanto que os trabalhos correntes de decapeamento realizados para a criação do indispensável frente inicial dos trabalhos de extração, durante o período de extração, denominam-se trabalhos de preparação. A finalidade dos trabalhos de extração é efetuar em forma sistemática o arranque do mineral útil com a qualidade exigida e em correspondência com o plano estabelecido. CICLO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS O conjunto de processos básicos na extração (ciclo de produção) constitui a tecnologia de explotação mineira a céu aberto. A dificuldade no cumprimento dos processos básicos de produção em minas a céu aberto, é variável, e depende da resistência e estrutura das rochas, das condições de orientação da jazida, da potência, do tipo de instalações mineiras de transporte e da organização do trabalho. Compreendem operações mineiras de produção: preparação, escavação/arranque, transporte e disposição do estéril.
  • 6. 1. Preparação da massa mineira para sua extração, geralmente consiste na mudança prévia do estado natural do maciço de rochas através dos meios selecionados (sejam mecânicos ou emprego de substâncias explosivas), visando uma extração mais efetiva. Implica a preparação de todo o volume de rochas que se encontra nos contornos da mina. 2. Escavação - Carregamento (Arranque - Carregamento), consiste na separação de grandes (extensas) massas de rochas resistentes do maciço de rochas (preparação da massa de rochas com escarificadores mecânicos e sustâncias explosivas). Inclui, também, o arranque direto de rochas incoerentes (brandas ou moles), ou seja, escavação mecânica de material incoerente e o carregamento aos médios de transporte ou depósitos de estéreis através do emprego de vários equipamentos mineiros, bem como o carregamento de rochas resistentes previamente fragmentadas na frente de trabalho. 3. Transporte da massa de rochas (minério/estéril), os trabalhos a céu aberto se encerram com o transporte das rochas estéreis (decapeamento) e o mineral útil aos locais de amontoamento e recepção. A massa mineral arrancada nas frentes de trabalho é transportada para a usina de concentração (britagem primária no beneficiamento) ou para o pátio de estocagem de minério, enquanto as rochas estéreis são transportadas para os botaforas. REFERÊNCIAS CAVALCANTI NETO, M. T. O.; ROCHA, A. M. Noções de Prospecção e Pesquisa Mineral para Técnicos de Geologia e Mineração. Natal/RN: Editora do IFRN-RN, 2010. 268 páginas. CURI, A. Lavra de minas. São Paulo: Oficina de Textos, 2017. 453 páginas. ADONES, R. Curso de especialização em lavra de minas a céu aberto - Métodos de lavra a céu aberto. Universidade Federal do Pará, Instituto de Geociências - Programa de Pós-Graduação, 76 páginas.