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PROJETO DE MINERAÇÃO E
SUAS ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO.
Aula 10
Manoel F. Nunes
Outubro
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
FACULDADE DE ENGª. DE MINAS E MEIO AMBIENTE
PROJETO DE MINERAÇÃO
Projeto de Mineração:
 Investimentos em mineração se caracterizam
pela limitação de sua vida útil.
 Análise de viabilidade econômica
Relevância da A.V.E.
 Rigidez locacional;
 Uso intensivo de capital e longo prazo de
maturação;
 Dimensionamento e processo de
beneficiamento específico.
PROJETO DE MINERAÇÃO
Elaboração de um projeto de mineração
Resumo:
exposição sucinta sobre os principais dados e circunstâncias que
envolvem o empreendimento.
Dados gerais da empresa
• nome, endereço, registros, além dos dados dos principais
acionistas.
• Capacidade empresarial, tanto do ponto de vista
administrativo como técnico.
Aspectos gerais da iniciativa
• Abrangem a situação na comunidade, país ou região
beneficiada com o projeto.
PROJETO DE MINERAÇÃO
Elaboração de um projeto de mineração.
Aspectos gerais da iniciativa (continuação)
• Assinalar a origem e motivos que causaram a decisão
de implantar o projeto
• Comentários sobre a atividade em questão no país,
sua relação com outros setores da economia local ou
regional e sua importância para a comunidade.
• Quais os produtos que se fabricarão na indústria e
explicar a origem das matérias-primas e outros
insumos.
PROJETO DE MINERAÇÃO
Estudo de mercado
especificações requeridas pelos
consumidores;
análise da oferta, diante dos projetos
existentes e em implantação;
demanda reprimida;
influência do local onde se encontra a
jazida;
PROJETO DE MINERAÇÃO
Estudo de mercado
 influência da política governamental e da
legislação
 meios de transporte e custo de frete;
 existência de estoques reguladores
O estudo de mercado deve evidenciar a
aceitabilidade dos produtos, quanto à sua qualidade
(composição química e física).
Obs: Se possível promover assinatura de acordos
comerciais e contratos de longo prazo. Porque?
CICLO DE ATIVIDADES MINEIRAS
Fonte: DNPM
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
ETAPAS FASES PROCEDIMENTOS RESULTADOS
Prospecção
Estudos
Preliminares
Análises dos Ambientes
Geológicos
Seleção de Província
Mineral
Levantamento
Geológico
Métodos Aéreos indiretos e
prospecção geoquímica
Alvo Selecionado
Pesquisa
Mineral
Exploração Mapeamento Geológico Ocorrência Mineral
Delineamento Controle da Mineralização Depósito mineral
Avaliação
Quantificação e
Caracterização Tecnológica
Jazida Mineral
Lavra
Projeto e
Desenvolvimento
Planejamento de Lavra e
Preparação das Frentes
Abertura da Mina
Explotação Produção do Minério Mina em Atividade
Descomis-
sionamento
de Mina
Desativação
Operações de
Desmobilização da Lavra
Fim da Atividade e
Rec. Ambiental
Fechamento Recuperação Ambiental
Liberação da área da
mina para outros fins
Prospecção:
sensoriamento remoto
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Prospecção:
Levantamento Geológico Detalhado.
Levantamento topográfico;
Mapeamento geológico de detalhe;
Alguns trabalhos de superfície.
Pode ser complementado por levantamentos
geofísicos. (Magnetometria ou georadar)
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Pesquisa Mineral – Exploração.
Trabalhos de Superfície
Sondagem Rotativa
Abertura de Galerias e Poços Profundos
Análises Químicas e Mineralógicas
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
 Levantamento de Dados Geotécnicos
RQD (“Rock Quality Designation”)
RQD, % QUALIDADE
0-25 Muito Ruim
25-50 Ruim
50-75 Razoável
75-90 Boa
90-100 Excelente
 Densidade “in Situ”
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Pesquisa Mineral – Avaliação
métodos geoestatísticos:
Variograma => teores de blocos
Obtem-se as funções:
Reservas totais em função do teor de
corte;
Teor médio em função do teor de corte.
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Pesquisa Mineral – Avaliação
CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA:
Diferenças de características de amostras
de minério da jazida.
Grosseiras ou Sutis. (composição
mineralógica, textura, liberação, condições
superficiais, etc.)
técnicas de petrografia e de mineralogia
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Lavra – Projeto e Desenvolvimento
Inicia-se a elaboração do projeto, através da
elaboração de um estudo de alternativas,
cujo resultado é tão significativo quanto
maior for o nível de informações
disponíveis.
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Lavra – Projeto e Desenvolvimento
Ensaios de britagem
Ensaios de peneiramento
Ensaios de moagem
Ensaios de ciclonagem
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Lavra – Projeto e Desenvolvimento
Ensaios de separação gravimétrica
Ensaios de separação magnética e
eletrostática
Ensaios de espessamento e filtragem
Ensaios de flotação
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Lavra – Explotação
Lavra a céu aberto
Lavra subterrânea
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Projetos de processamento:
Inicialmente é necessária a fixação da
capacidade da planta e do regime de
trabalho.
A capacidade da planta pode ser definida
por considerações de mercado, ou de
capital a investir ou, finalmente, por
problemas de reservas
ETAPAS DE UM P. DE
MINERAÇÃO
Dimensionamento de equipamentos
Para dimensionar equipamentos, conta-
se, em geral, com ensaios específicos que
obedecem a condições e normas
especificas em cada operação unitária.
- Exemplo: Avaliar o consumo de energia
para uma unidade de moagem.
ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
Descomissionamento de Mina
Desativação:
Desmobilização da lavra. Fim da atividade
e recuperação ambiental
Fechamento:
Recuperação ambiental e liberação da área.
AVALIAÇÃO DE CUSTO
• Os investimentos e a avaliação de custos na
mineração se caracterizam pela limitação da
vida útil da mina.
• Durante a vida útil da mina, o investidor deve
ter ressarcido o capital aplicado, acrescido de
remuneração compatível com os riscos do
empreendimento.
AVALIAÇÃO DE CUSTO
• A avaliação de custo de uma jazida se baseia
em estimativas de grandezas econômicas:
- Vida útil da mina, obtida com base na reserva
de minério existente;
- custos anuais de produção, transporte,
administração e comercialização;
- custos para reabilitação da área lavrada, ao
fim da vida útil da mina;
AVALIAÇÃO DE CUSTO
- capital de giro;
- condições de financiamentos que possam ser
obtidos para a instalação inicial da mina;
- despesas de administração correspondentes
ao ciclo de produção e beneficiamento.
AVALIAÇÃO DE CUSTO
• Custos de Administração
• Custos de Comercialização
• Capital de Giro
• Custos de Produção
• Custos de Transporte
• Investimentos Iniciais
• Substituições de Equipamentos
FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO
FC = E – S
ENTRADAS:
• receita pela venda de minério, concentrado,
metal ou outro tipo de produto mineral;
• valor recuperado pela venda de equipamentos
usados;
• retorno do capital de giro no fim da vida útil do
empreendimento;
• outras receitas não operacionais.
FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO
SAÍDAS:
• despesas com aquisição de direitos
minerários, royalties ou arrendamentos;
• despesas com desenvolvimento da lavra
(preparação para início da produção);
• investimentos para implantação da mina e
usina de tratamento (máquinas,
• equipamentos, obras de engenharia etc);
FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO
SAÍDAS
• investimento de capital de giro
• custos operacionais de lavra e tratamento
• impostos sobre a renda e circulação de
mercadorias, compensação financeira,
COFINS, taxas e outros tributos.
FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO
• Cálculo do Fluxo de Caixa – ESQUEMA SIMPLIFICADO
5. Renda Líquida (5=2-3-4)
6. Depreciação/Amortização
7. Renda Tributável (7=5-6)
8. Contribuição Sobre o Lucro
(8=7 x Alíquota)
9. Imposto de Renda (9=7 x
Alíquota)
10. Lucro Após o Imposto de
Renda (10=5-8-9)
11. Fluxo de Caixa (11=10+6-1)
1. Investimentos
Capital Fixo
Obras de Engenharia
Pesquisa e Desenvolvimento
Capital de Giro
2. Receitas
Operacionais
Não Operacionais
3. Taxas e Tributos Sobre o
Faturamento
4. Custos Operacionais
FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO
Existindo financiamento devem ser considerados,
no cálculo do fluxo de caixa, os seguintes pontos:
(i) subtrair da Renda Líquida (5) as despesas com os
juros incidentes sobre o saldo devedor do
financiamento — a Renda Tributável (7), portanto,
contempla a diferença referente aos juros;
(ii) adicionar ao Lucro Após o Imposto de Renda
(10), o valor do financiamento e subtrair as parcelas
correspondentes às amortizações.
• Modelo simplificado de apuração do fluxo de caixa.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
• Taxa Média de Retorno (TMR):
Relação entre a média anual das entradas
líquidas de caixa e o valor absoluto do
investimento na fase pré-operacional.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Considera-se duas alternativas de investimento (A e B)
Fase Ano
Fluxo de Caixa ($ u.m)
Alternativa A Alternativa B
Pré-operacional 0 -100 -200
operacional 1 +40 +70
operacional 2 +40 +70
operacional 3 +40 +70
operacional 4 +40 +70
operacional 5 +40 +70
Total - +100 +150
TMRA = [(5 x 40) : 5 ] : 100 = 0,40 ou 40% a.a.
TMRB = [(5 x 70) : 5 ] : 200 = 0,35 ou 35% a.a.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Período de Recuperação do Investimento - payback
Ano
Alternativa A AlternativaB
FCA FCA ACUM FCB FCB ACUM
0 (100) (100) (200) (200)
1 40 (60) 70 (130)
2 40 (20) 70 (60)
3 40 20 70 10
4 40 60 70 80
5 40 100 70 150
FC = Fluxo de Caixa; FCAcum = Fluxo de Caixa Acumulado. (Valores em $u.m.)
Investimento Recuperado durante o 3º Ano
Por interpolação em A: PRI é de 2 anos e 6 meses;
Em B: 2 anos e 10 meses
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
• Relação Benefício-Custo: é a relação entre as entradas
líquidas de caixa (benefícios) e as saídas líquidas de
caixa (custos).
𝑅𝐵𝐶𝐴 =
5 × 40 𝑢. 𝑚
100
= 2𝑢. 𝑚
𝑅𝐵𝐶𝐵 =
5 × 70 𝑢. 𝑚
200
= 1.75𝑢. 𝑚
De acordo com a RBC, a alternativa pode ser aceita sempre que a
RBC ≥ 1,0 e deve ser descartada sempre que a RBC < 1,0
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Exercício: São apresentados os resultados dos fluxos de caixa de duas
alternativas de investimento (A e B), cujos valores estão expressos em
unidades .monetárias ($u.m.). Calcular a TMR, o Payback e a RBC
Fase Ano
Fluxo de Caixa ($ u.m)
Alternativa A Alternativa B
Pré-operacional 0 -200 -220
operacional 1 +60 +70
operacional 2 +65 +70
operacional 3 +65 +70
operacional 4 +65 +80
operacional 5 +90 +80
operacional 6 +90 +80
Total - +235 +230
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
• Métodos Baseados no Fluxo de Caixa Descontado
- Os métodos baseados no fluxo de caixa descontado
são os que consideram, de forma combinada, o fluxo
de caix
• valor atual líquido;
• razão do valor atual líquido;
• relação benefício-custo descontado;
• valor anual equivalente;
• taxa interna de retornoa e o valor do dinheiro no
tempo.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
• VPL
Onde:
 t é um ponto no tempo, geralmente um ano;
 n é a vida total do projeto, normalmente em anos;
 i é a taxa de desconto atribuída como sendo atrativa
ao projeto;
 FC é o fluxo de caixa em cada ponto no tempo.
𝑉𝑃𝐿 = 𝐹𝐶𝑡/(1 + 𝑖)𝑡
𝑛
𝑡=0
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
ANO
Alternativa A Alternativa B
FCA
VAL
(a 10%)
VALA FCB
VAL
(A 10%)
VALB
0 -100 1,0000 -100,00 -200 1,0000 -200,00
1 40 0,9091 36,36 70 0,9091 63,63
2 40 0,8264 33,06 70 0,8264 57,85
3 40 0,7513 30,05 70 0,7513 52,59
4 40 0,6830 27,32 70 0,6830 47,81
5 40 0,6209 24,85 70 0,6209 43,46
TOTAL 100 - 51,63 150 - 65,34
FVA(a10%) = Fator do valor atual a uma taxa de 10% (ver Tabelas financeiras)
VALA = 51,63 u.m; VALB = 65,34 u.m.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
• Objetivos do VPL ou VAL:
1) indefinição da quantia excedente (VAL) que um
empreendimento pode gerar, quando relacionado à
alternativa comparativa do investidor, ou seja, aquela
na qual ele pode aplicar qualquer importância, por
qualquer prazo, a uma determinada taxa mínima, que é
a taxa de atratividade;
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
• Objetivos do VPL ou VAL:
2) definição do valor máximo (VAL) que pode ser pago por
uma oportunidade de investimento, ou valor mínimo
desejável (VAL) para ser recebido por uma oportunidade de
investimento, tendo garantida a rentabilidade mínima,
calculada com base na taxa de atratividade.
 É o caso da avaliação de uma jazida para ser colocada em
negociação – Para o vendedor o VAL é o valor mínimo
desejável, para o comprador o VAL é o valor máximo a
ser pago (taxa de atratividade)
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Exemplo:
1. Uma mineradora está analisando a conveniência de da
compra de 4 caminhões no valor de $ 103 milhões de u.m.
Segundo os engenheiros dessa empresa, a utilização desses
veículos nos próximos cincos anos deverá gerar receitas
líquidas estimadas em $ 30; $ 35; $ 32; $ 28 e $ 20 e vinte
milhões respectivamente. Espera-se no final do 5º ano
vender esses caminhões por $17 milhões, verificar qual a
decisão da mineradora para taxas de retorno, fixadas em
15% e 18% ao ano.
Solução: Esquema do FC
Obs: O FC do 5º ano = preço de venda dos caminhões + receita do ano = 17 + 20 = 37
-103
30
35
32
28
37
0
1 2 3 4 5
Solução: Parte a)
a)
𝑉𝑃𝐿 =
30
1,151
+
35
1,152
+
32
1,153
+
28
1,154
+
37
1,155
− 103,00
𝑉𝑃𝐿 = 26,09 + 26,47 + 21,04 + 16,01 + 18,40 − 103,00
𝑉𝑃𝐿 = 108,01 − 103,00 = 5,01
VPL > 0 significa taxa efetiva superior à taxa mínima fixada em
15%. Logo o investimento deve ser feito.
Solução: Parte b)
b)
𝑉𝑃𝐿 =
30
1,181
+
35
1,182
+
32
1,183
+
28
1,184
+
37
1,185
− 103,00
𝑉𝑃𝐿 = 25,42 + 25,14 + 19,48 + 14,44 + 16,17 − 103,00
𝑉𝑃𝐿 = 100,65 − 103,00 = −2,35
VPL < 0, significa taxa efetiva inferior a 18%. Logo o investimento
deve ser regeitado.
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
• Razão do Valor Atual Líquido
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA
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REFERÊNCIAS
Hartman, H. E. (Ed). SME mining engineering handbook,
section 11 2nd. Ed Littleton: SME 1992
Adão Benvindo da Luz, João Alves Sampaio e Silvia Cristina
Alves França ,Tratamento de Minérios, Capítulo 20 – 5ª
Edição/Ed. - Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2010.
VIII Encontro de Dirigentes do DNPM MIGUEL ANTONIO
CEDRAZ NERY, DSc Diretor-Geral do DNPM DNPM, 20 de
agosto de 2008 Momento Atual da Mineração Brasileira e
Perspectivas
Girodo, A. C., Beraldo, J. L., Elementos Básicos de um
Projeto de Mineração (Módulo 8 do Curso Projetos de
Mineração, IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração)

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  • 2. PROJETO DE MINERAÇÃO Projeto de Mineração:  Investimentos em mineração se caracterizam pela limitação de sua vida útil.  Análise de viabilidade econômica Relevância da A.V.E.  Rigidez locacional;  Uso intensivo de capital e longo prazo de maturação;  Dimensionamento e processo de beneficiamento específico.
  • 3. PROJETO DE MINERAÇÃO Elaboração de um projeto de mineração Resumo: exposição sucinta sobre os principais dados e circunstâncias que envolvem o empreendimento. Dados gerais da empresa • nome, endereço, registros, além dos dados dos principais acionistas. • Capacidade empresarial, tanto do ponto de vista administrativo como técnico. Aspectos gerais da iniciativa • Abrangem a situação na comunidade, país ou região beneficiada com o projeto.
  • 4. PROJETO DE MINERAÇÃO Elaboração de um projeto de mineração. Aspectos gerais da iniciativa (continuação) • Assinalar a origem e motivos que causaram a decisão de implantar o projeto • Comentários sobre a atividade em questão no país, sua relação com outros setores da economia local ou regional e sua importância para a comunidade. • Quais os produtos que se fabricarão na indústria e explicar a origem das matérias-primas e outros insumos.
  • 5. PROJETO DE MINERAÇÃO Estudo de mercado especificações requeridas pelos consumidores; análise da oferta, diante dos projetos existentes e em implantação; demanda reprimida; influência do local onde se encontra a jazida;
  • 6. PROJETO DE MINERAÇÃO Estudo de mercado  influência da política governamental e da legislação  meios de transporte e custo de frete;  existência de estoques reguladores O estudo de mercado deve evidenciar a aceitabilidade dos produtos, quanto à sua qualidade (composição química e física). Obs: Se possível promover assinatura de acordos comerciais e contratos de longo prazo. Porque?
  • 7. CICLO DE ATIVIDADES MINEIRAS Fonte: DNPM
  • 8. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO ETAPAS FASES PROCEDIMENTOS RESULTADOS Prospecção Estudos Preliminares Análises dos Ambientes Geológicos Seleção de Província Mineral Levantamento Geológico Métodos Aéreos indiretos e prospecção geoquímica Alvo Selecionado Pesquisa Mineral Exploração Mapeamento Geológico Ocorrência Mineral Delineamento Controle da Mineralização Depósito mineral Avaliação Quantificação e Caracterização Tecnológica Jazida Mineral Lavra Projeto e Desenvolvimento Planejamento de Lavra e Preparação das Frentes Abertura da Mina Explotação Produção do Minério Mina em Atividade Descomis- sionamento de Mina Desativação Operações de Desmobilização da Lavra Fim da Atividade e Rec. Ambiental Fechamento Recuperação Ambiental Liberação da área da mina para outros fins
  • 10. Prospecção: Levantamento Geológico Detalhado. Levantamento topográfico; Mapeamento geológico de detalhe; Alguns trabalhos de superfície. Pode ser complementado por levantamentos geofísicos. (Magnetometria ou georadar) ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO
  • 11. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Pesquisa Mineral – Exploração. Trabalhos de Superfície Sondagem Rotativa Abertura de Galerias e Poços Profundos Análises Químicas e Mineralógicas
  • 12. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO  Levantamento de Dados Geotécnicos RQD (“Rock Quality Designation”) RQD, % QUALIDADE 0-25 Muito Ruim 25-50 Ruim 50-75 Razoável 75-90 Boa 90-100 Excelente  Densidade “in Situ”
  • 13. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Pesquisa Mineral – Avaliação métodos geoestatísticos: Variograma => teores de blocos Obtem-se as funções: Reservas totais em função do teor de corte; Teor médio em função do teor de corte.
  • 14. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Pesquisa Mineral – Avaliação CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA: Diferenças de características de amostras de minério da jazida. Grosseiras ou Sutis. (composição mineralógica, textura, liberação, condições superficiais, etc.) técnicas de petrografia e de mineralogia
  • 15. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Lavra – Projeto e Desenvolvimento Inicia-se a elaboração do projeto, através da elaboração de um estudo de alternativas, cujo resultado é tão significativo quanto maior for o nível de informações disponíveis.
  • 16. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Lavra – Projeto e Desenvolvimento Ensaios de britagem Ensaios de peneiramento Ensaios de moagem Ensaios de ciclonagem
  • 17. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Lavra – Projeto e Desenvolvimento Ensaios de separação gravimétrica Ensaios de separação magnética e eletrostática Ensaios de espessamento e filtragem Ensaios de flotação
  • 18. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Lavra – Explotação Lavra a céu aberto Lavra subterrânea
  • 19. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Projetos de processamento: Inicialmente é necessária a fixação da capacidade da planta e do regime de trabalho. A capacidade da planta pode ser definida por considerações de mercado, ou de capital a investir ou, finalmente, por problemas de reservas
  • 20. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Dimensionamento de equipamentos Para dimensionar equipamentos, conta- se, em geral, com ensaios específicos que obedecem a condições e normas especificas em cada operação unitária. - Exemplo: Avaliar o consumo de energia para uma unidade de moagem.
  • 21. ETAPAS DE UM P. DE MINERAÇÃO Descomissionamento de Mina Desativação: Desmobilização da lavra. Fim da atividade e recuperação ambiental Fechamento: Recuperação ambiental e liberação da área.
  • 22. AVALIAÇÃO DE CUSTO • Os investimentos e a avaliação de custos na mineração se caracterizam pela limitação da vida útil da mina. • Durante a vida útil da mina, o investidor deve ter ressarcido o capital aplicado, acrescido de remuneração compatível com os riscos do empreendimento.
  • 23. AVALIAÇÃO DE CUSTO • A avaliação de custo de uma jazida se baseia em estimativas de grandezas econômicas: - Vida útil da mina, obtida com base na reserva de minério existente; - custos anuais de produção, transporte, administração e comercialização; - custos para reabilitação da área lavrada, ao fim da vida útil da mina;
  • 24. AVALIAÇÃO DE CUSTO - capital de giro; - condições de financiamentos que possam ser obtidos para a instalação inicial da mina; - despesas de administração correspondentes ao ciclo de produção e beneficiamento.
  • 25. AVALIAÇÃO DE CUSTO • Custos de Administração • Custos de Comercialização • Capital de Giro • Custos de Produção • Custos de Transporte • Investimentos Iniciais • Substituições de Equipamentos
  • 26. FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO FC = E – S ENTRADAS: • receita pela venda de minério, concentrado, metal ou outro tipo de produto mineral; • valor recuperado pela venda de equipamentos usados; • retorno do capital de giro no fim da vida útil do empreendimento; • outras receitas não operacionais.
  • 27. FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO SAÍDAS: • despesas com aquisição de direitos minerários, royalties ou arrendamentos; • despesas com desenvolvimento da lavra (preparação para início da produção); • investimentos para implantação da mina e usina de tratamento (máquinas, • equipamentos, obras de engenharia etc);
  • 28. FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO SAÍDAS • investimento de capital de giro • custos operacionais de lavra e tratamento • impostos sobre a renda e circulação de mercadorias, compensação financeira, COFINS, taxas e outros tributos.
  • 29. FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO • Cálculo do Fluxo de Caixa – ESQUEMA SIMPLIFICADO 5. Renda Líquida (5=2-3-4) 6. Depreciação/Amortização 7. Renda Tributável (7=5-6) 8. Contribuição Sobre o Lucro (8=7 x Alíquota) 9. Imposto de Renda (9=7 x Alíquota) 10. Lucro Após o Imposto de Renda (10=5-8-9) 11. Fluxo de Caixa (11=10+6-1) 1. Investimentos Capital Fixo Obras de Engenharia Pesquisa e Desenvolvimento Capital de Giro 2. Receitas Operacionais Não Operacionais 3. Taxas e Tributos Sobre o Faturamento 4. Custos Operacionais
  • 30. FLUXO DE CAIXA DE UM PROJETO Existindo financiamento devem ser considerados, no cálculo do fluxo de caixa, os seguintes pontos: (i) subtrair da Renda Líquida (5) as despesas com os juros incidentes sobre o saldo devedor do financiamento — a Renda Tributável (7), portanto, contempla a diferença referente aos juros; (ii) adicionar ao Lucro Após o Imposto de Renda (10), o valor do financiamento e subtrair as parcelas correspondentes às amortizações.
  • 31. • Modelo simplificado de apuração do fluxo de caixa.
  • 32. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA • Taxa Média de Retorno (TMR): Relação entre a média anual das entradas líquidas de caixa e o valor absoluto do investimento na fase pré-operacional.
  • 33. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA Considera-se duas alternativas de investimento (A e B) Fase Ano Fluxo de Caixa ($ u.m) Alternativa A Alternativa B Pré-operacional 0 -100 -200 operacional 1 +40 +70 operacional 2 +40 +70 operacional 3 +40 +70 operacional 4 +40 +70 operacional 5 +40 +70 Total - +100 +150 TMRA = [(5 x 40) : 5 ] : 100 = 0,40 ou 40% a.a. TMRB = [(5 x 70) : 5 ] : 200 = 0,35 ou 35% a.a.
  • 34. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA Período de Recuperação do Investimento - payback Ano Alternativa A AlternativaB FCA FCA ACUM FCB FCB ACUM 0 (100) (100) (200) (200) 1 40 (60) 70 (130) 2 40 (20) 70 (60) 3 40 20 70 10 4 40 60 70 80 5 40 100 70 150 FC = Fluxo de Caixa; FCAcum = Fluxo de Caixa Acumulado. (Valores em $u.m.) Investimento Recuperado durante o 3º Ano Por interpolação em A: PRI é de 2 anos e 6 meses; Em B: 2 anos e 10 meses
  • 35. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA • Relação Benefício-Custo: é a relação entre as entradas líquidas de caixa (benefícios) e as saídas líquidas de caixa (custos). 𝑅𝐵𝐶𝐴 = 5 × 40 𝑢. 𝑚 100 = 2𝑢. 𝑚 𝑅𝐵𝐶𝐵 = 5 × 70 𝑢. 𝑚 200 = 1.75𝑢. 𝑚 De acordo com a RBC, a alternativa pode ser aceita sempre que a RBC ≥ 1,0 e deve ser descartada sempre que a RBC < 1,0
  • 36. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA Exercício: São apresentados os resultados dos fluxos de caixa de duas alternativas de investimento (A e B), cujos valores estão expressos em unidades .monetárias ($u.m.). Calcular a TMR, o Payback e a RBC Fase Ano Fluxo de Caixa ($ u.m) Alternativa A Alternativa B Pré-operacional 0 -200 -220 operacional 1 +60 +70 operacional 2 +65 +70 operacional 3 +65 +70 operacional 4 +65 +80 operacional 5 +90 +80 operacional 6 +90 +80 Total - +235 +230
  • 37. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA • Métodos Baseados no Fluxo de Caixa Descontado - Os métodos baseados no fluxo de caixa descontado são os que consideram, de forma combinada, o fluxo de caix • valor atual líquido; • razão do valor atual líquido; • relação benefício-custo descontado; • valor anual equivalente; • taxa interna de retornoa e o valor do dinheiro no tempo.
  • 38. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA • VPL Onde:  t é um ponto no tempo, geralmente um ano;  n é a vida total do projeto, normalmente em anos;  i é a taxa de desconto atribuída como sendo atrativa ao projeto;  FC é o fluxo de caixa em cada ponto no tempo. 𝑉𝑃𝐿 = 𝐹𝐶𝑡/(1 + 𝑖)𝑡 𝑛 𝑡=0
  • 39. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA ANO Alternativa A Alternativa B FCA VAL (a 10%) VALA FCB VAL (A 10%) VALB 0 -100 1,0000 -100,00 -200 1,0000 -200,00 1 40 0,9091 36,36 70 0,9091 63,63 2 40 0,8264 33,06 70 0,8264 57,85 3 40 0,7513 30,05 70 0,7513 52,59 4 40 0,6830 27,32 70 0,6830 47,81 5 40 0,6209 24,85 70 0,6209 43,46 TOTAL 100 - 51,63 150 - 65,34 FVA(a10%) = Fator do valor atual a uma taxa de 10% (ver Tabelas financeiras) VALA = 51,63 u.m; VALB = 65,34 u.m.
  • 40. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA • Objetivos do VPL ou VAL: 1) indefinição da quantia excedente (VAL) que um empreendimento pode gerar, quando relacionado à alternativa comparativa do investidor, ou seja, aquela na qual ele pode aplicar qualquer importância, por qualquer prazo, a uma determinada taxa mínima, que é a taxa de atratividade;
  • 41. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA • Objetivos do VPL ou VAL: 2) definição do valor máximo (VAL) que pode ser pago por uma oportunidade de investimento, ou valor mínimo desejável (VAL) para ser recebido por uma oportunidade de investimento, tendo garantida a rentabilidade mínima, calculada com base na taxa de atratividade.  É o caso da avaliação de uma jazida para ser colocada em negociação – Para o vendedor o VAL é o valor mínimo desejável, para o comprador o VAL é o valor máximo a ser pago (taxa de atratividade)
  • 42. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA Exemplo: 1. Uma mineradora está analisando a conveniência de da compra de 4 caminhões no valor de $ 103 milhões de u.m. Segundo os engenheiros dessa empresa, a utilização desses veículos nos próximos cincos anos deverá gerar receitas líquidas estimadas em $ 30; $ 35; $ 32; $ 28 e $ 20 e vinte milhões respectivamente. Espera-se no final do 5º ano vender esses caminhões por $17 milhões, verificar qual a decisão da mineradora para taxas de retorno, fixadas em 15% e 18% ao ano.
  • 43. Solução: Esquema do FC Obs: O FC do 5º ano = preço de venda dos caminhões + receita do ano = 17 + 20 = 37 -103 30 35 32 28 37 0 1 2 3 4 5
  • 44. Solução: Parte a) a) 𝑉𝑃𝐿 = 30 1,151 + 35 1,152 + 32 1,153 + 28 1,154 + 37 1,155 − 103,00 𝑉𝑃𝐿 = 26,09 + 26,47 + 21,04 + 16,01 + 18,40 − 103,00 𝑉𝑃𝐿 = 108,01 − 103,00 = 5,01 VPL > 0 significa taxa efetiva superior à taxa mínima fixada em 15%. Logo o investimento deve ser feito.
  • 45. Solução: Parte b) b) 𝑉𝑃𝐿 = 30 1,181 + 35 1,182 + 32 1,183 + 28 1,184 + 37 1,185 − 103,00 𝑉𝑃𝐿 = 25,42 + 25,14 + 19,48 + 14,44 + 16,17 − 103,00 𝑉𝑃𝐿 = 100,65 − 103,00 = −2,35 VPL < 0, significa taxa efetiva inferior a 18%. Logo o investimento deve ser regeitado.
  • 46. TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA • Razão do Valor Atual Líquido
  • 53. REFERÊNCIAS Hartman, H. E. (Ed). SME mining engineering handbook, section 11 2nd. Ed Littleton: SME 1992 Adão Benvindo da Luz, João Alves Sampaio e Silvia Cristina Alves França ,Tratamento de Minérios, Capítulo 20 – 5ª Edição/Ed. - Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2010. VIII Encontro de Dirigentes do DNPM MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY, DSc Diretor-Geral do DNPM DNPM, 20 de agosto de 2008 Momento Atual da Mineração Brasileira e Perspectivas Girodo, A. C., Beraldo, J. L., Elementos Básicos de um Projeto de Mineração (Módulo 8 do Curso Projetos de Mineração, IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração)