2. •Introdução à Parasitologia.
•Conceito de Parasita
•Conceito de Hospedeiro e Tipos
•Associações Biológicas
•Ciclo evolutivo do parasita
•Classificação taxonómica
•Nomenclatura
•Pricipais caraterísticas dos parasitas
•Requisitos para que o parasitismo aconteça.
Sumário:
3. Introdução à Parasitologia
A parasitologia é a parte da biologia que estuda os
fenómenos de dependência entre os seres vivos. Num
sentido amplo, o parasitismo envolve a todos os
organismos que podem viver sobre os seres humanos.
Qualquer organismo, desde um vírus (Parasito por
definição), até a planta ou animal mais complexo podem
ser parasitas. Porém o campo da parasitologia médica
está circunscrito ao estudo dos protozoários, helmintos e
artrópodes que afectam ao homem.
4. Parasita
O parasita é aquele ser vivo que vive a
totalidade ou parte da sua existência no interior
ou exterior de outro organismo (hospedeiro),
geralmente mais complexo e potente que ele, a
expensas do qual se nutre e produz ou não,
lesões aparentes ou inaparentes.
5. HOSPEDEIRO
Hospedeiro: São aqueles seres (vertebrados e
invertebrados) envolvidos no ciclo evolutivo dos
parasitas aos quais recebem e alojam; quer dizer
é o animal que recebe o parasita.
6. TIPOS DE HOSPEDEIRO
Hospedeiro definitivo (HD): é aquele que alberga
a forma adulta do parasita, ou no qual se
reproduz sexualmente.
Hospedeiro intermediário (HI): É aquele que
alberga o parasita em fase larvária ou assexuada.
Por exemplo, os caracóis do género Lymnaea são
HI de Fascíola hepática.
Cacecussa
7. Associações Biológicas
Parasitismo: Acontece quando um ser vivo se aloja em
outro de diferente espécie do qual se alimenta. Por
exemplo, Acaris lumbricoides, parasitas fêmea e macho
vivem no interior de outro ser vivo, o homem, a
expensas do qual se desenvolvem.
“O carnívoro mata a sua presa para se alimentar. O
parasita não mata, ele se aproveita de todas as
vantagens que o hospedeiro lhe oferece”.
8. •Comensalismo: Associação de 2 espécies diferentes, onde só
um dos dois obtém benefício, mas nenhuma sofre dano. Por
exemplo: alguns peixes vivem aderidos ao dorso dos tubarões e
ingerem os restos do alimento que consomem estes; ou algumas
amebas não patogenias como a Entamoeba coli, no intestino
humano.
•Mutualismo: Associação de 2 espécies diferentes para obter um
benefício mutuo.
exemplo: lactobacilos, Homem
9. •Simbioses: Associação intima entre 2
organismos de diferentes espécies para
beneficio mutuo e sem o qual não podem
subsistir, estão unidos tão intimamente que não
podem viver separados. Por exemplo: as
Termites associam-se a certos protozoários que
no seu tubo digestivo transformam a celulose
em açúcar, e fornecem alimentos para ambos.
10. CICLO EVOLUTIVO DO PARASITA
É o conjunto de processos, transformações ou estádios que realiza um
parasita para chegar ao hospedeiro, desenvolver-se em ele e produzir
formas infestantes que assegurem a sobrevivência da própria espécie.
Os ciclos de vida do parasita abrangem 2 tipos básicos:
1. Ciclo direto: O parasita tem 1 só hospedeiro, a cujo organismo chega
sem intervenção de outro. (Parasitas Monoxenos)
2. Ciclo indireto: O parasita necessita de um hospedeiro definitivo e
um ou mais (hospedeiros) intermediários. (Parasitas Heteroxenos)
11. CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA
Os parasitas podem-se classificar de formas distintas:
1- De acordo com a sua localização no hospedeiro:
Ectoparasitas: São aqueles que vivem sobre a superfície externa do
corpo dos hospedeiros; parasitam a pele, anexos e mucosas das
cavidades naturais abertas ao ambiente externo. Por exemplo,
piolhos, ácaros, carraças, algumas larvas de moscas.
Endoparasitas: São aqueles que vivem dentro do corpo do
hospedeiro e se localizam nos pulmões, tubo digestivo, fígado e
outros tecidos. Por exemplo: cestodes, trematódeos, nematodes e
protozoários. Cacecussa
12. Citoparasitas: São parasitas obrigatoriamente endocelulares. Por
exemplo: os plasmódios, e toxoplasma gondii.
Histoparasitas: São parasitas dos tecidos não obrigatoriamente
endocelulares. Por exemplo, aglomerados de amastigotes de
Tripanosoma cruzi no miocárdio; Entamoeba histolytica nos tecidos
da parede intestinal.
Hemoparasitas: São aqueles que de forma transitória são
observados no sangue. Por exemplo, plasmódios e tripanossomas
nas suas fases sanguíneas.
13. 2- Segundo a maior ou menor exigência à vida parasitária:
Obrigatórios: São os que não podem prescindir da vida
parasitária, tem que parasitar para viver. Os parasitas
obrigatórios podem ser, por sua vez permanentes, periódicos
ou temporário.
Facultativos: São os que tem a faculdade de viver
indistintamente, livres na natureza ou parasitando outro ser.
São seres de vida livre que em circunstâncias favoráveis fazem
vida parasitária.
14. 3- De acordo com o seu grau de parasitismo:
Permanentes: São os que indispensavelmente
devem viver toda a sua vida no hospedeiro.
Periódicos: São aqueles que se comportam como
parasitas obrigados somente durante algum período
do seu ciclo evolutivo.
Temporários: Aqueles que são parasitas no
momento de procurar o alimento, e fazem vida livre
o resto do tempo. Por exemplo as pulgas.
Docente: Cacecussa
15. 4- Segundo a capacidade ou não de produzir
enfermidade no homem:
Patogénicos: Aqueles que têm a capacidade de
produzir lesões ou doenças. Por exemplo,
Plasmodium sp.
Não patogénicos: Aqueles que não causam doenças
ou dano. Por exemplo, Entamoeba coli.
16. 5- Segundo as especificidades alimentares:
Estenotroficos: São aqueles que têm exigência por um
único alimento. Por exemplo: piolhos da cabeça e do
corpo.
Euritroficos: São aqueles que se alimentam das
diferentes substâncias que se encontram em contacto
com o organismo do hospedeiro. Por exemplo, Necator
americanus, Enterobius vermicularis e Entamoeba
histolytica.
17. 6-Em relação com a especificidade Hospedeiro-Parasita:
Estenoxenos: São aqueles que num estado determinado da sua vida
(forma adulta ou larvária) só se localizam numa espécie determinada.
Tem uma elevada seletividade de hospedeiros. Por exemplo: Enterobius
vermicularis.
Eurixenos: Podem infectar diversas espécies animais. Os mesmos se
localizam no homem como em qualquer espécie animal, mesmo as mais
distantes zoologicamente; por tanto, tem pouca especificidade. Por
exemplo: Fascíola hepática.
Oligoxenos: São aqueles que podem localizar-se em espécies
zoologicamente muito próximas. Por exemplo, Echinococcus granulosus.
18. NOMENCLATURA
•O nome científico dos parasitas se expressa em duas
palavras; o primeiro vocábulo no sistema binominal
corresponde ao género e o segundo à espécie. O nome
genérico deve escrever-se sempre com maiúscula
enquanto o especifico deve fazer-se com minúscula.
Sempre se usa letra itálica ou sublinhado. Por exemplo,
Ascaris lumbricoides.
Docente: Cacecussa
19. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS
PARASITAS
Resistência ao meio exterior: Para enfrentar os fatores climáticos e
alguns agentes químicos, os ovos, larvas ou cistos protegem-se com
revestimentos proteicos que os tornam resistentes.
Patogenicidade: está relacionada com a morbidade e a
mortalidade. Alguns parasitas são patogénicos por si mesmos, e
outros o são, dependendo das características do hospedeiro, o que
provoca que um mesmo parasita possa ou não causar doença. Por
esta razão, existem portadores saudáveis e parasitas oportunistas
que manifestam-se em pacientes imunocomprometidos.
20. Autoinfecção: é a forma para que o parasita permaneça por
mais tempo no hospedeiro.
• autoexoinfeção
• autoendoinfeção
Diapausa:
Estado em que muitas vezes as larvas de parasitas permanecem
no organismo hospedeiro em forma latente –encapsulada ou
formando cistos para evadir a resposta imune.
Docente: Cacecussa
22. REQUISITOS PARA QUE O PARASITISMO ACONTEÇA
1. Dose ou quantidade do inóculo.
Para que se produza dano no hospedeiro o
parasita deve infectar com uma dose mínima.
Se o mecanismo baseia-se em toxinas, então
a infecção depende da quantidade de toxina
necessária para produzir a desordem.
Docente: Cacecussa
23. 2. Fatores de virulência.
•Moléculas de superfície que lhe permitem ao parasita se
aderir à superfície dos tecidos do hospedeiro.
•Enzimas que degradam os tecidos do hospedeiro.
•Mecanismos moleculares que superam as defesas do
corpo humano.
•Secreções que alteram a fisiología dos tecidos do
hospedeiro e que atuam como toxinas
Cacecussa
24. 3. Fase do parasita.
Não todas suas fases são infecciosas e
patógenas para o ser humano.
25. Referências Bibliográficas
1. Becerril, M.A. (2008). Parasitologia Medica. 2da Edicion. McGraw
Hill / Interamericana Editores S.A.
2. Llop, H.A., Valdes-Dapena, V.M., Zuazo, S.J. Microbiologia y
Parasitologia Medica tomo III. La habana. Cuba
3. Neves, D. P.; Melo, A. L.; Linardi, P. M. & Vitor, R. W. A. (2005).
Parasitologia humana. 11ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu.
4. Saredi, N. G. Manual Práctico de Parasitología Médica. 1a. ed.-
Buenos Aires: Laboratorios Andrómaco, 2002.