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Parasitologia
Módulo 2.2
Enfermagem
Aula 1
9/4/ 2024
Docente: Cacecussa
•Introdução à Parasitologia.
•Conceito de Parasita
•Conceito de Hospedeiro e Tipos
•Associações Biológicas
•Ciclo evolutivo do parasita
•Classificação taxonómica
•Nomenclatura
•Pricipais caraterísticas dos parasitas
•Requisitos para que o parasitismo aconteça.
Sumário:
Introdução à Parasitologia
A parasitologia é a parte da biologia que estuda os
fenómenos de dependência entre os seres vivos. Num
sentido amplo, o parasitismo envolve a todos os
organismos que podem viver sobre os seres humanos.
Qualquer organismo, desde um vírus (Parasito por
definição), até a planta ou animal mais complexo podem
ser parasitas. Porém o campo da parasitologia médica
está circunscrito ao estudo dos protozoários, helmintos e
artrópodes que afectam ao homem.
Parasita
O parasita é aquele ser vivo que vive a
totalidade ou parte da sua existência no interior
ou exterior de outro organismo (hospedeiro),
geralmente mais complexo e potente que ele, a
expensas do qual se nutre e produz ou não,
lesões aparentes ou inaparentes.
HOSPEDEIRO
Hospedeiro: São aqueles seres (vertebrados e
invertebrados) envolvidos no ciclo evolutivo dos
parasitas aos quais recebem e alojam; quer dizer
é o animal que recebe o parasita.
TIPOS DE HOSPEDEIRO
 Hospedeiro definitivo (HD): é aquele que alberga
a forma adulta do parasita, ou no qual se
reproduz sexualmente.
 Hospedeiro intermediário (HI): É aquele que
alberga o parasita em fase larvária ou assexuada.
Por exemplo, os caracóis do género Lymnaea são
HI de Fascíola hepática.
Cacecussa
Associações Biológicas
Parasitismo: Acontece quando um ser vivo se aloja em
outro de diferente espécie do qual se alimenta. Por
exemplo, Acaris lumbricoides, parasitas fêmea e macho
vivem no interior de outro ser vivo, o homem, a
expensas do qual se desenvolvem.
“O carnívoro mata a sua presa para se alimentar. O
parasita não mata, ele se aproveita de todas as
vantagens que o hospedeiro lhe oferece”.
•Comensalismo: Associação de 2 espécies diferentes, onde só
um dos dois obtém benefício, mas nenhuma sofre dano. Por
exemplo: alguns peixes vivem aderidos ao dorso dos tubarões e
ingerem os restos do alimento que consomem estes; ou algumas
amebas não patogenias como a Entamoeba coli, no intestino
humano.
•Mutualismo: Associação de 2 espécies diferentes para obter um
benefício mutuo.
exemplo: lactobacilos, Homem
•Simbioses: Associação intima entre 2
organismos de diferentes espécies para
beneficio mutuo e sem o qual não podem
subsistir, estão unidos tão intimamente que não
podem viver separados. Por exemplo: as
Termites associam-se a certos protozoários que
no seu tubo digestivo transformam a celulose
em açúcar, e fornecem alimentos para ambos.
CICLO EVOLUTIVO DO PARASITA
É o conjunto de processos, transformações ou estádios que realiza um
parasita para chegar ao hospedeiro, desenvolver-se em ele e produzir
formas infestantes que assegurem a sobrevivência da própria espécie.
Os ciclos de vida do parasita abrangem 2 tipos básicos:
1. Ciclo direto: O parasita tem 1 só hospedeiro, a cujo organismo chega
sem intervenção de outro. (Parasitas Monoxenos)
2. Ciclo indireto: O parasita necessita de um hospedeiro definitivo e
um ou mais (hospedeiros) intermediários. (Parasitas Heteroxenos)
CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA
Os parasitas podem-se classificar de formas distintas:
1- De acordo com a sua localização no hospedeiro:
 Ectoparasitas: São aqueles que vivem sobre a superfície externa do
corpo dos hospedeiros; parasitam a pele, anexos e mucosas das
cavidades naturais abertas ao ambiente externo. Por exemplo,
piolhos, ácaros, carraças, algumas larvas de moscas.
 Endoparasitas: São aqueles que vivem dentro do corpo do
hospedeiro e se localizam nos pulmões, tubo digestivo, fígado e
outros tecidos. Por exemplo: cestodes, trematódeos, nematodes e
protozoários. Cacecussa
 Citoparasitas: São parasitas obrigatoriamente endocelulares. Por
exemplo: os plasmódios, e toxoplasma gondii.
 Histoparasitas: São parasitas dos tecidos não obrigatoriamente
endocelulares. Por exemplo, aglomerados de amastigotes de
Tripanosoma cruzi no miocárdio; Entamoeba histolytica nos tecidos
da parede intestinal.
 Hemoparasitas: São aqueles que de forma transitória são
observados no sangue. Por exemplo, plasmódios e tripanossomas
nas suas fases sanguíneas.
2- Segundo a maior ou menor exigência à vida parasitária:
 Obrigatórios: São os que não podem prescindir da vida
parasitária, tem que parasitar para viver. Os parasitas
obrigatórios podem ser, por sua vez permanentes, periódicos
ou temporário.
 Facultativos: São os que tem a faculdade de viver
indistintamente, livres na natureza ou parasitando outro ser.
São seres de vida livre que em circunstâncias favoráveis fazem
vida parasitária.
3- De acordo com o seu grau de parasitismo:
 Permanentes: São os que indispensavelmente
devem viver toda a sua vida no hospedeiro.
 Periódicos: São aqueles que se comportam como
parasitas obrigados somente durante algum período
do seu ciclo evolutivo.
 Temporários: Aqueles que são parasitas no
momento de procurar o alimento, e fazem vida livre
o resto do tempo. Por exemplo as pulgas.
Docente: Cacecussa
4- Segundo a capacidade ou não de produzir
enfermidade no homem:
 Patogénicos: Aqueles que têm a capacidade de
produzir lesões ou doenças. Por exemplo,
Plasmodium sp.
 Não patogénicos: Aqueles que não causam doenças
ou dano. Por exemplo, Entamoeba coli.
5- Segundo as especificidades alimentares:
 Estenotroficos: São aqueles que têm exigência por um
único alimento. Por exemplo: piolhos da cabeça e do
corpo.
 Euritroficos: São aqueles que se alimentam das
diferentes substâncias que se encontram em contacto
com o organismo do hospedeiro. Por exemplo, Necator
americanus, Enterobius vermicularis e Entamoeba
histolytica.
6-Em relação com a especificidade Hospedeiro-Parasita:
 Estenoxenos: São aqueles que num estado determinado da sua vida
(forma adulta ou larvária) só se localizam numa espécie determinada.
Tem uma elevada seletividade de hospedeiros. Por exemplo: Enterobius
vermicularis.
 Eurixenos: Podem infectar diversas espécies animais. Os mesmos se
localizam no homem como em qualquer espécie animal, mesmo as mais
distantes zoologicamente; por tanto, tem pouca especificidade. Por
exemplo: Fascíola hepática.
 Oligoxenos: São aqueles que podem localizar-se em espécies
zoologicamente muito próximas. Por exemplo, Echinococcus granulosus.
NOMENCLATURA
•O nome científico dos parasitas se expressa em duas
palavras; o primeiro vocábulo no sistema binominal
corresponde ao género e o segundo à espécie. O nome
genérico deve escrever-se sempre com maiúscula
enquanto o especifico deve fazer-se com minúscula.
Sempre se usa letra itálica ou sublinhado. Por exemplo,
Ascaris lumbricoides.
Docente: Cacecussa
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS
PARASITAS
 Resistência ao meio exterior: Para enfrentar os fatores climáticos e
alguns agentes químicos, os ovos, larvas ou cistos protegem-se com
revestimentos proteicos que os tornam resistentes.
 Patogenicidade: está relacionada com a morbidade e a
mortalidade. Alguns parasitas são patogénicos por si mesmos, e
outros o são, dependendo das características do hospedeiro, o que
provoca que um mesmo parasita possa ou não causar doença. Por
esta razão, existem portadores saudáveis ​​e parasitas oportunistas
que manifestam-se em pacientes imunocomprometidos.
 Autoinfecção: é a forma para que o parasita permaneça por
mais tempo no hospedeiro.
• autoexoinfeção
• autoendoinfeção
Diapausa:
Estado em que muitas vezes as larvas de parasitas permanecem
no organismo hospedeiro em forma latente –encapsulada ou
formando cistos para evadir a resposta imune.
Docente: Cacecussa
 Longevidade
 Fertilidade
 Evasão da resposta imune
Docente: Cacecussa
REQUISITOS PARA QUE O PARASITISMO ACONTEÇA
1. Dose ou quantidade do inóculo.
Para que se produza dano no hospedeiro o
parasita deve infectar com uma dose mínima.
Se o mecanismo baseia-se em toxinas, então
a infecção depende da quantidade de toxina
necessária para produzir a desordem.
Docente: Cacecussa
2. Fatores de virulência.
•Moléculas de superfície que lhe permitem ao parasita se
aderir à superfície dos tecidos do hospedeiro.
•Enzimas que degradam os tecidos do hospedeiro.
•Mecanismos moleculares que superam as defesas do
corpo humano.
•Secreções que alteram a fisiología dos tecidos do
hospedeiro e que atuam como toxinas
Cacecussa
3. Fase do parasita.
Não todas suas fases são infecciosas e
patógenas para o ser humano.
Referências Bibliográficas
1. Becerril, M.A. (2008). Parasitologia Medica. 2da Edicion. McGraw
Hill / Interamericana Editores S.A.
2. Llop, H.A., Valdes-Dapena, V.M., Zuazo, S.J. Microbiologia y
Parasitologia Medica tomo III. La habana. Cuba
3. Neves, D. P.; Melo, A. L.; Linardi, P. M. & Vitor, R. W. A. (2005).
Parasitologia humana. 11ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu.
4. Saredi, N. G. Manual Práctico de Parasitología Médica. 1a. ed.-
Buenos Aires: Laboratorios Andrómaco, 2002.
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  • 2. •Introdução à Parasitologia. •Conceito de Parasita •Conceito de Hospedeiro e Tipos •Associações Biológicas •Ciclo evolutivo do parasita •Classificação taxonómica •Nomenclatura •Pricipais caraterísticas dos parasitas •Requisitos para que o parasitismo aconteça. Sumário:
  • 3. Introdução à Parasitologia A parasitologia é a parte da biologia que estuda os fenómenos de dependência entre os seres vivos. Num sentido amplo, o parasitismo envolve a todos os organismos que podem viver sobre os seres humanos. Qualquer organismo, desde um vírus (Parasito por definição), até a planta ou animal mais complexo podem ser parasitas. Porém o campo da parasitologia médica está circunscrito ao estudo dos protozoários, helmintos e artrópodes que afectam ao homem.
  • 4. Parasita O parasita é aquele ser vivo que vive a totalidade ou parte da sua existência no interior ou exterior de outro organismo (hospedeiro), geralmente mais complexo e potente que ele, a expensas do qual se nutre e produz ou não, lesões aparentes ou inaparentes.
  • 5. HOSPEDEIRO Hospedeiro: São aqueles seres (vertebrados e invertebrados) envolvidos no ciclo evolutivo dos parasitas aos quais recebem e alojam; quer dizer é o animal que recebe o parasita.
  • 6. TIPOS DE HOSPEDEIRO  Hospedeiro definitivo (HD): é aquele que alberga a forma adulta do parasita, ou no qual se reproduz sexualmente.  Hospedeiro intermediário (HI): É aquele que alberga o parasita em fase larvária ou assexuada. Por exemplo, os caracóis do género Lymnaea são HI de Fascíola hepática. Cacecussa
  • 7. Associações Biológicas Parasitismo: Acontece quando um ser vivo se aloja em outro de diferente espécie do qual se alimenta. Por exemplo, Acaris lumbricoides, parasitas fêmea e macho vivem no interior de outro ser vivo, o homem, a expensas do qual se desenvolvem. “O carnívoro mata a sua presa para se alimentar. O parasita não mata, ele se aproveita de todas as vantagens que o hospedeiro lhe oferece”.
  • 8. •Comensalismo: Associação de 2 espécies diferentes, onde só um dos dois obtém benefício, mas nenhuma sofre dano. Por exemplo: alguns peixes vivem aderidos ao dorso dos tubarões e ingerem os restos do alimento que consomem estes; ou algumas amebas não patogenias como a Entamoeba coli, no intestino humano. •Mutualismo: Associação de 2 espécies diferentes para obter um benefício mutuo. exemplo: lactobacilos, Homem
  • 9. •Simbioses: Associação intima entre 2 organismos de diferentes espécies para beneficio mutuo e sem o qual não podem subsistir, estão unidos tão intimamente que não podem viver separados. Por exemplo: as Termites associam-se a certos protozoários que no seu tubo digestivo transformam a celulose em açúcar, e fornecem alimentos para ambos.
  • 10. CICLO EVOLUTIVO DO PARASITA É o conjunto de processos, transformações ou estádios que realiza um parasita para chegar ao hospedeiro, desenvolver-se em ele e produzir formas infestantes que assegurem a sobrevivência da própria espécie. Os ciclos de vida do parasita abrangem 2 tipos básicos: 1. Ciclo direto: O parasita tem 1 só hospedeiro, a cujo organismo chega sem intervenção de outro. (Parasitas Monoxenos) 2. Ciclo indireto: O parasita necessita de um hospedeiro definitivo e um ou mais (hospedeiros) intermediários. (Parasitas Heteroxenos)
  • 11. CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA Os parasitas podem-se classificar de formas distintas: 1- De acordo com a sua localização no hospedeiro:  Ectoparasitas: São aqueles que vivem sobre a superfície externa do corpo dos hospedeiros; parasitam a pele, anexos e mucosas das cavidades naturais abertas ao ambiente externo. Por exemplo, piolhos, ácaros, carraças, algumas larvas de moscas.  Endoparasitas: São aqueles que vivem dentro do corpo do hospedeiro e se localizam nos pulmões, tubo digestivo, fígado e outros tecidos. Por exemplo: cestodes, trematódeos, nematodes e protozoários. Cacecussa
  • 12.  Citoparasitas: São parasitas obrigatoriamente endocelulares. Por exemplo: os plasmódios, e toxoplasma gondii.  Histoparasitas: São parasitas dos tecidos não obrigatoriamente endocelulares. Por exemplo, aglomerados de amastigotes de Tripanosoma cruzi no miocárdio; Entamoeba histolytica nos tecidos da parede intestinal.  Hemoparasitas: São aqueles que de forma transitória são observados no sangue. Por exemplo, plasmódios e tripanossomas nas suas fases sanguíneas.
  • 13. 2- Segundo a maior ou menor exigência à vida parasitária:  Obrigatórios: São os que não podem prescindir da vida parasitária, tem que parasitar para viver. Os parasitas obrigatórios podem ser, por sua vez permanentes, periódicos ou temporário.  Facultativos: São os que tem a faculdade de viver indistintamente, livres na natureza ou parasitando outro ser. São seres de vida livre que em circunstâncias favoráveis fazem vida parasitária.
  • 14. 3- De acordo com o seu grau de parasitismo:  Permanentes: São os que indispensavelmente devem viver toda a sua vida no hospedeiro.  Periódicos: São aqueles que se comportam como parasitas obrigados somente durante algum período do seu ciclo evolutivo.  Temporários: Aqueles que são parasitas no momento de procurar o alimento, e fazem vida livre o resto do tempo. Por exemplo as pulgas. Docente: Cacecussa
  • 15. 4- Segundo a capacidade ou não de produzir enfermidade no homem:  Patogénicos: Aqueles que têm a capacidade de produzir lesões ou doenças. Por exemplo, Plasmodium sp.  Não patogénicos: Aqueles que não causam doenças ou dano. Por exemplo, Entamoeba coli.
  • 16. 5- Segundo as especificidades alimentares:  Estenotroficos: São aqueles que têm exigência por um único alimento. Por exemplo: piolhos da cabeça e do corpo.  Euritroficos: São aqueles que se alimentam das diferentes substâncias que se encontram em contacto com o organismo do hospedeiro. Por exemplo, Necator americanus, Enterobius vermicularis e Entamoeba histolytica.
  • 17. 6-Em relação com a especificidade Hospedeiro-Parasita:  Estenoxenos: São aqueles que num estado determinado da sua vida (forma adulta ou larvária) só se localizam numa espécie determinada. Tem uma elevada seletividade de hospedeiros. Por exemplo: Enterobius vermicularis.  Eurixenos: Podem infectar diversas espécies animais. Os mesmos se localizam no homem como em qualquer espécie animal, mesmo as mais distantes zoologicamente; por tanto, tem pouca especificidade. Por exemplo: Fascíola hepática.  Oligoxenos: São aqueles que podem localizar-se em espécies zoologicamente muito próximas. Por exemplo, Echinococcus granulosus.
  • 18. NOMENCLATURA •O nome científico dos parasitas se expressa em duas palavras; o primeiro vocábulo no sistema binominal corresponde ao género e o segundo à espécie. O nome genérico deve escrever-se sempre com maiúscula enquanto o especifico deve fazer-se com minúscula. Sempre se usa letra itálica ou sublinhado. Por exemplo, Ascaris lumbricoides. Docente: Cacecussa
  • 19. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS PARASITAS  Resistência ao meio exterior: Para enfrentar os fatores climáticos e alguns agentes químicos, os ovos, larvas ou cistos protegem-se com revestimentos proteicos que os tornam resistentes.  Patogenicidade: está relacionada com a morbidade e a mortalidade. Alguns parasitas são patogénicos por si mesmos, e outros o são, dependendo das características do hospedeiro, o que provoca que um mesmo parasita possa ou não causar doença. Por esta razão, existem portadores saudáveis ​​e parasitas oportunistas que manifestam-se em pacientes imunocomprometidos.
  • 20.  Autoinfecção: é a forma para que o parasita permaneça por mais tempo no hospedeiro. • autoexoinfeção • autoendoinfeção Diapausa: Estado em que muitas vezes as larvas de parasitas permanecem no organismo hospedeiro em forma latente –encapsulada ou formando cistos para evadir a resposta imune. Docente: Cacecussa
  • 21.  Longevidade  Fertilidade  Evasão da resposta imune Docente: Cacecussa
  • 22. REQUISITOS PARA QUE O PARASITISMO ACONTEÇA 1. Dose ou quantidade do inóculo. Para que se produza dano no hospedeiro o parasita deve infectar com uma dose mínima. Se o mecanismo baseia-se em toxinas, então a infecção depende da quantidade de toxina necessária para produzir a desordem. Docente: Cacecussa
  • 23. 2. Fatores de virulência. •Moléculas de superfície que lhe permitem ao parasita se aderir à superfície dos tecidos do hospedeiro. •Enzimas que degradam os tecidos do hospedeiro. •Mecanismos moleculares que superam as defesas do corpo humano. •Secreções que alteram a fisiología dos tecidos do hospedeiro e que atuam como toxinas Cacecussa
  • 24. 3. Fase do parasita. Não todas suas fases são infecciosas e patógenas para o ser humano.
  • 25. Referências Bibliográficas 1. Becerril, M.A. (2008). Parasitologia Medica. 2da Edicion. McGraw Hill / Interamericana Editores S.A. 2. Llop, H.A., Valdes-Dapena, V.M., Zuazo, S.J. Microbiologia y Parasitologia Medica tomo III. La habana. Cuba 3. Neves, D. P.; Melo, A. L.; Linardi, P. M. & Vitor, R. W. A. (2005). Parasitologia humana. 11ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu. 4. Saredi, N. G. Manual Práctico de Parasitología Médica. 1a. ed.- Buenos Aires: Laboratorios Andrómaco, 2002.