2. Parasitologia
• Parasitismo: É a associação entre seres vivos
onde existe unilateralidade de benefícios
sendo um dos associados prejudicados pela
associação.
• Parasito:
– Para: ao lado
– Sitos: alimento
3. Interdependência dos
organismos
• Organismos produtores: sintetizadores de
matéria orgânica. Ex: vegetais.
• Organismos consumidores:
– Primários: que se alimentam dos produtores. Ex:
herbívoros, granívoros, frugívoros.
– Secundários: carnívoros que se alimentam de
herbívoros.
– Terciários: carnívoros que se alimentam de outros
carnívoros.
4. Interdependência dos
organismos
• Função:
– Transferência de materiais e energia de
organismo produtores para os consumidores para
retornarem ao meio ambiente através da
decomposição para recirculação dos compostos
orgânicos e inorgânicos.
• O aumento populacional de um organismo
interfere diretamente na existência de outro.
5. Associação entre os seres
vivos
– Predatismo :
• Destruição de uma espécie em benefício da outra.
• Ex: carnívoros.
– Simbiose:
• Associação entre os seres vivos com troca de
vantagens de tal forma que se tornam incapazes de
viverem isoladamente.
• Possuem dependência metabólica.
• EX: cupins e triconinfas.
6. Associação entre os seres
vivos
– Mutualismo:
• Ambas espécies se beneficiam da associação, sendo
obrigatória
• Considerada por muito autores como simbiose.
• EX: aves que se alimentam de parasitos do couro do gado.
– Comensalismo:
• Associação harmônica entre as espécies onde uma obtém
vantagens (abrigo, proteção, transporte, restos alimentares)
sem prejuízo para a outra.
• Cada qual mantém sua dependência orgânica.
• Ex: E. coli no intestino grosso humano.
7. Associação entre os seres
vivos
• Forésia
– Tipo de comensalismo com associação de
indivíduos de espécies diferentes onde uma
espécie se beneficia sem prejuízo da outra por
obter abrigo e transporte.
– Ex: veiculação de ovos pela Dermatobia hominis por
moscas
8. Associação entre os seres
vivos
• Parasitismo
– Associação entre indivíduos de espécies
diferentes.
– Unilateralidade de benefícios.
– Associação que tende ao equilíbrio pois a morte
de um resulta na morte do outro.
– Relação parasito x hospedeiro depende:
• Fatores ligados ao parasito.
• Fatores ligados ao hospedeiro.
• Condições externas do ambiente.
10. Associação entre os seres vivos
• Seleção parasitária:
– Mutações e recombinações genéticas com
formação de parasitos mais adaptados às
condições do meio;
– Os parasitos que apresentarem melhor resposta
aos desafios apresentados pelos hospedeiros
serão os mais adequados;
11. Ação dos parasitos sobre o
hospedeiro
• Ação espoliativa:
– Absorção dos nutrientes. Ex: Ancilostomídeos
• Ação tóxica
– Produção de substâncias tóxicas que lesam o
hospedeiro.
– Ex: reações alérgicas e teciduais produzidas pelos
metabólitos de alguns parasitos
• Ação mecânica
– Podem ser causadas pelo enovelamento de parasitos
ou pelo bloqueio na absorção de nutrientes. Ex:
helmintos, Giardia duodenalis, etc
12.
13. Ação dos parasitos sobre o
hospedeiro
• Ação traumática:
– Provocada pela migração das larvas, rompimento de
hemácias por Plasmodium falciparum, etc.
• Ação irritativa
– Provocada pela ação de ventosas dos cestódeos, etc.
• Ação enzimática:
– Provocada pela penetração dos parasitos através da pele.
Ex; penetração de cercárias de S.mansoni, trofozoítos de E.
histolytica
• Anóxia:
– Parasitos que utilizam O2 da hemoglobina. Ex: Plasmodium
14. Tipos de hospedeiros
• Hospedeiro definitivo:
– Onde o parasito completa o ciclo de vida ou se
reproduz de forma sexuada.
• Hospedeiro intermediário:
– Onde o parasito se apresenta na forma de larva ou
se reproduz de forma assexuada.
• Hospedeiro vertebrado/ invertebrado :
– parasito que possui somente reprodução
assexuada.
15. Tipos de hospedeiros
• Vetor : Artrópode, molusco, inseto ou outro
veículo que transmite o parasito entre
hospedeiros.
– Vetor biológico: é quando o parasito se
desenvolve ou multiplica dentro do vetor.
– Vetor mecânico: é quando o papel do vetor está
limitado somente ao transporte do parasito.
16. Tipos de hospedeiros
• Portador:
– Hospedeiro que alberga o agente infeccioso sem
manifestar sintomas, mas capaz de transmití-lo.
– Ex: Trichomonas vaginalis e o homem
• Reservatório
– Local onde vive , cresce e se multiplica um agente
infeccioso , sendo possível a sua transmissão para
hospedeiros (Trypanosoma cruzi e o gambá)
17. Classificação parasitária
• Quanto ao ciclo evolutivo:
– Monoxeno: parasitos que completam seu ciclo
biológico em um hospedeiro.
– Heteroxeno: parasitos que necessitam de 2 ou
mais hospedeiros para completar o ciclo biológico.
20. Classificação parasitária
Quanto a especificidade parasitária:
• Eurixeno:
– Encontrados em hospedeiros pertencentes á várias
espécies distantes na escala zoológica.
– Eurys: larga
– Xeno= casa
• Estenoxeno:
– Encontrados em uma só espécie ou espécies muito
próximas na escala zoológica.
– Stenos: estreito
21. Classificação parasitária
• Quanto a localização:
– Cavitários
– Teciduais
– Erráticos
• Quanto a permanência no hospedeiro:
– Temporário
– Periódico
– Permanente
22. Taxonomia
“Estudo teórico da classificação, incluindo as
respectivas bases, princípios, normas e
regras”.
• Unidade taxonômica: corresponde a diversos
níveis de classificação, sendo na zoologia sete
níveis: reino, filo, classe, ordem, família,
gênero e espécie
23. Taxonomia
• Reino
• Sub reino
• Filo
• Subfilo
• Superclasse
• Classe
• Subclasse
• Superordem
• Ordem
• Subordem
• Família
• Subfamília
• Gênero
• Espécie
Monera, Fungi, Animalia, Plantae e Protista
- a
- a
- a
- a
- ea
- ia
- idea
- ida
- ina
- idae
- inae
(itálico ou sublinhado- Schistosoma)
(itálico ou sublinhado – Schistosoma mansoni)
24. Taxonomia
• Regras:
– Nomenclatura latina e binominal:
• A primeira palavra corresponde ao gênero e deve estar
escrita em letra maiúscula.
• A segunda palavra corresponde a espécie e deve ser
escrita em letra minúscula.
• As palavras devem ser sempre grifadas ou em itálico.
• Ex: Trypanosoma cruzi ou Trypanosoma cruzi.
25. Taxonomia
• Quando a espécie possuir subespécie, a palavra
vem em seguida da espécie sem pontuação.
– Ex: Cullex pipiens fatigans
Gênero – espécie - subespécie
• Quando a espécie possui subgênero, este virá
entre gênero e espécie s e deverá estar separado
por parênteses.
– Ex: Anopheles (Kerteszia) cruzi
Gênero – subgênero- espécie
26. Taxonomia
• Desinência:
• Classe
• Subclasse
• Superordem
• Ordem
• Subordem
• (Tribo
• Superfamilia
• Família
• Subfamília
- ea
- ia
- idea
- ida
- ina
- ini)
- oidea
- idae
- inae
27. Classificação de Carl Woese
• Carl Woese - 1990 - agrupou os diferentes reinos
da taxonomia em três grandes domínios.
– Vida
–Domínio: Bacteria, Archaea, Eukarya
Bacteria - todas as bactérias.
Archaea- possuem diferenças moleculares significativas
quando comparadas com outras bactérias.
Eukarya - todos os organismos eucariontes ( fungi,
animalia, plantae e protista).
29. Protozoários: Reino protista
Filo Subfilo Família Gênero Espécie
Sarcomastigophora Mastigophora Trypanosomatidae Trypanosoma
Leishmania
T.cruzi
L.braziliensis
L.chagasi
Hexamitidae Giardia G.lamblia
Trichomonadidae Trichomonas T.vaginalis
Sarcodina Entamoebidae Entamoeba
Iodamoeba
Endolimax
E. histolytica
E.coli
I.Butschilii
E.nana
Apicomplexa Eimeriidae Isospora I.beli
Sarcocystidae Sarcocystis
Toxoplasma
S.hominis
T.gondii
Plasmodiidae Plasmodium P.vivax
P
.falciparum
P.malariae
Cryptosporidiidae Cryptosporidium C.muris
C.parvum
30. Helmintos : Reino Animalia
Filo Classe Família Gênero Espécie
Platyhelminthes Trematoda Schistosomatidae Schistosoma S.mansoni
S.japoniculum
S. haematobium
Fasciolidae Fasciola F.hepatica
Cestodidea Taeniidae Taenia
Echinococcus
T.solium
T.saginata
E.granulosus
Hymenolepididae Hymenolepis H.nana
H.diminuta
Diphyllobothriide Diphyllobothrium D.latum
31. Filo Classe Família Gênero Espécie
Nematoda Secernentea Ascarididae Ascaris
Toxocara
A.lumbricoides
T.canis
Oxyuridae Enterobius E.vermicularis
Strongyloididae Strongyloides S.stercoralis
Acylostomidae Ancylostoma
Necator
A.duodenale
A.braziliense
N.americanus
Onchocercidae Wuchereria
Onchocerca
Mansonella
W.bancrofti
O. volvulus
M.ozzardi
Adenophorea Trichuridae Trichuris T.Trichiura
32. Epidemiologia
• “Ciência que estuda a distribuição de doenças
ou enfermidades, assim como seus
determinantes na população humana.”
(Neves)
• Objetivo: prevenção de doenças e
manutenção da saúde.
33. Epidemiologia
• Algumas informações devem ser observadas:
– Identificar o agente etiológico,
– Formas de transmissão,
– Ciclo parasitário
– Patogênese da doença e condição do hospedeiro
– Estado de saúde da população, bem como taxas
de mortalidade e morbidade
– Programas de saúde
34. Epidemiologia
• Para a análise do aparecimento e manutenção
das doenças é necessário :
– Avaliação das características pessoais
• demográficas, biológicas, sócio-econômicas, pessoais e
genéticas
– Avaliação do local
– Avaliação do tempo
35. Epidemiologia
• Tríade epidemiológica das doenças:
– Agente biológico: protozoários, metazoários,
bactérias, fungos...
– Meio ambiente
• Biológico – reservatórios, vetores, plantas e animais
• Social – organização política e econômica
• Físico – temperatura, umidade, condições climáticas,
etc
– Hospedeiro humano
37. Formas de disseminação
• Veículo comum:
– Transmissão do agente etiológico através da água,
alimentos e ar.
– Aquisição passiva.
• Propagação pessoa-pessoa:
– Via respiratória
– Oral – anal
– Genital
– Através da ação de vetores
38. Formas de disseminação
• Porta de entrada:
– Trato respiratório
– Gastrointestinal
– Geniturinário
– Cutâneo
• Reservatório dos agentes
– Homem
– Animais
39. Tipos de doenças
• Zoonose
– Doenças que são naturalmente transmitidas
entre humanos e animais vertebrados
podendo dividir-se em:
• Anfixenose: doença que circula indiferentemente
entre humanos e animais, isto é, tanto os animais
como os humanos funcionam como hospedeiros
do agente.
• Antropozoonose: doença primária de animais e
que pode ser transmitida aos humanos. Ex.:
brucelose, onde os humanos são infectados
acidentalmente.
40. Tipos de doenças
• Antroponoze
– Doença exclusivamente humana. Ex: necatorose
• Enzoose
– Doença exclusivamente animal. Ex: peste suína ou
cólera dos porcos
41. Dinâmica da distribuição das doenças
• Endemia
– Presença constante de uma determinada doença em
uma população de determinada área geográfica
• Epidemia
– Elevação progressiva, inesperada e indeterminada de
uma determinada doença numa determinada região,
ultrapassando os limites endêmicos esperados
• Pandemia
– Epidemias que ocorrem ao mesmo tempo em vários
países
42. Medidas que avaliam doença e morte numa
dada população
• Taxa de mortalidade
– Número total de mortes em uma população num
determinado período de tempo pelo número total
da população no mesmo período de tempo.
– Utilizada como fonte de dados o atestado de óbito
43. Medidas que avaliam doença e morte numa
dada população
• Taxa de morbidade
– Medida de frequência das doenças, sendo avaliada
pelas:
• Taxa de prevalência: número doentes em uma det.
população num período de tempo / população existente e
em determinado período de tempo
• Taxa de incidência: número de casos novos em uma
determinada população num determinado período de
tempo /população total em determinado período de tempo
44. Medidas que avaliam doença e morte numa
dada população
• Exemplo:
– Entre 800 crianças em idade pré-escolar da cidade
de Catalão, foram diagnosticados 4 casos novos de
Teníase durante o ano de 2010.
– Qual a taxa de incidência?
4/800 = 0,005 x 1000 = 5
• 5 casos novos por 1000 crianças no ano de 2010.
45. Medidas que avaliam doença e morte numa
dada população
• Exemplo
– Entre 400 crianças da Favela São Bom Jesus
,submetidas a exame parasitológico de fezes no
inicio de 2011, foram encontrados 40 casos com
exame positivo para Giardia duodenalis.
– Qual a taxa de prevalência?
40/400 = 0,1 x 100 = 10
10 casos a cada 100 crianças ou 10% das crianças da favela
46. • Sinantropia. É a habilidade de certos animais silvestres
(mamíferos, aves, insetos) frequentar habitações humanas
• Premunição . estado de imunidade que impede reinfecções
pelo agente infeccioso específico
• Hospedeiro Paratênico É o hospedeiro intermediário no qual
o parasito não sofre desenvolvimento, mas permanece
encistado até que o hospedeiro definitivo o ingira
• Infecção Inaparente. Presença de infecção num hospedeiro,
sem o aparecimento de sinais ou sintomas clínicos
47. Referência
bibliográfica
• NEVES, David Pereira. Parasitologia humana.
11.Ed.São Paulo: Editora Atheneu, 2005. 494p.
• REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica.
3.Ed.Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan.2010.391p.