1) Em maio de 1917, três crianças em Fátima, Portugal afirmaram ter visto uma "mulherzinha muito bonita" que se identificou como Nossa Senhora nos meses seguintes.
2) A identidade da figura como sendo Nossa Senhora foi aceita pela população local, mas permaneceu ambígua e sem confirmação definitiva da Igreja Católica.
3) Anos mais tarde, investigações levantaram dúvidas sobre os detalhes dos relatos e sobre se teria sido realmente Nossa Senhora ou outro tipo de manifestação.
1) O documento discute as grandes profecias da história, desde as antigas civilizações até profecias modernas como as de Fátima e Medjugorje.
2) Ele analisa os temas e semelhanças comuns que aparecem nas profecias, como medos ancestrais e esperanças de regeneração.
3) O autor busca interpretar o significado dessas profecias à luz do contexto histórico em que surgiram e das motivações por trás delas.
Este documento discute as aparições de Nossa Senhora em Fátima e expressa ceticismo sobre sua veracidade. A Igreja Católica inicialmente não acreditou nas aparições entre 1917-1930, mas as reconheceu oficialmente após o golpe militar de 1926 que instaurou um regime católico conservador em Portugal. As memórias escritas por Lúcia Santos, uma das crianças videntes, muitos anos depois sob influência do clero, são questionadas como fonte confiável.
O documento discute a teoria de que Jesus viveu na Índia após a crucificação. O autor, Holger Kersten, passou 5 anos pesquisando e viajando pela Índia e Oriente Médio coletando provas que apoiam esta teoria. Ele acredita que Jesus foi influenciado pelo budismo durante sua juventude e ensinou seus princípios. Jesus não morreu na cruz e sim viveu o resto de sua vida na Índia, onde seu túmulo está localizado em Caxemira.
Este documento discute a história e origens do mito de Lúcifer. A versão cristã o retrata como um anjo orgulhoso que procurou se igualar a Deus e foi punido com o exílio. Porém, análises mais profundas mostram que as referências bíblicas não se referem necessariamente a Lúcifer, e sim a figuras reais como reis. A lenda foi construída a partir de interpretações errôneas das escrituras originais. O texto também examina interpretações esotéricas do mito
Este documento apresenta um ensaio sobre Lúcifer traduzido do inglês. O texto descreve Lúcifer como o portador da luz, símbolo da sabedoria divina e da força telemática, representando a ascensão ao conhecimento. Relata também a queda de Lúcifer do céu após se rebelar contra a hierarquia sagrada, sendo lançado para a Terra junto com outros espíritos.
O texto discute o esoterismo e sua relação com o Caminho da Mão Esquerda. O esoterismo é descrito como uma maneira de pensar que enfatiza conhecimentos internos e misteriosos, ao contrário do exotérico que é externo. O Caminho da Mão Esquerda é visto como esotérico, enquanto o Satanismo é visto como exotérico. O texto também apresenta seis critérios para definir algo como esotérico, incluindo correspondências, natureza viva, conceituação e experiência
Os jesuitas. A companhia de Jesus e a Traição à Igreja Católica. Malachi MartinEbo Black
English version & Versión en Español (CLICK Ebo Black)
Faça o download. Muito melhor.
Como os jesuítas de hoje estão usando o poder espiritual conquistado através dos séculos para tentar influir nos rumos da política internacional,
De aliados do Papa e seus intransigentes de-fensores, os jesuítas passaram de algum tempo para cá a ser os seus mais ativos opositores.
Malachi Martin, teólogo eminente e antigo je-suíta, revela como os atuais dirigentes da Com-panhia de Jesus a transformaram na maior inimiga do capitalismo democrático do Mundo Ocidental.
1) O documento descreve a estratégia de Lúcifer, o pólo negativo da evolução humana, em sua luta contra o pólo positivo representado por Cristo.
2) Lúcifer tenta usurpar o lugar do pólo positivo, desequilibrando a harmonia do ser humano, mas pode ser derrotado pela vontade do homem.
3) O livro explica o drama cósmico entre Lúcifer e Cristo no campo de batalha da humanidade e o caminho para o homem alcançar seu equilíbrio
1) O documento discute as grandes profecias da história, desde as antigas civilizações até profecias modernas como as de Fátima e Medjugorje.
2) Ele analisa os temas e semelhanças comuns que aparecem nas profecias, como medos ancestrais e esperanças de regeneração.
3) O autor busca interpretar o significado dessas profecias à luz do contexto histórico em que surgiram e das motivações por trás delas.
Este documento discute as aparições de Nossa Senhora em Fátima e expressa ceticismo sobre sua veracidade. A Igreja Católica inicialmente não acreditou nas aparições entre 1917-1930, mas as reconheceu oficialmente após o golpe militar de 1926 que instaurou um regime católico conservador em Portugal. As memórias escritas por Lúcia Santos, uma das crianças videntes, muitos anos depois sob influência do clero, são questionadas como fonte confiável.
O documento discute a teoria de que Jesus viveu na Índia após a crucificação. O autor, Holger Kersten, passou 5 anos pesquisando e viajando pela Índia e Oriente Médio coletando provas que apoiam esta teoria. Ele acredita que Jesus foi influenciado pelo budismo durante sua juventude e ensinou seus princípios. Jesus não morreu na cruz e sim viveu o resto de sua vida na Índia, onde seu túmulo está localizado em Caxemira.
Este documento discute a história e origens do mito de Lúcifer. A versão cristã o retrata como um anjo orgulhoso que procurou se igualar a Deus e foi punido com o exílio. Porém, análises mais profundas mostram que as referências bíblicas não se referem necessariamente a Lúcifer, e sim a figuras reais como reis. A lenda foi construída a partir de interpretações errôneas das escrituras originais. O texto também examina interpretações esotéricas do mito
Este documento apresenta um ensaio sobre Lúcifer traduzido do inglês. O texto descreve Lúcifer como o portador da luz, símbolo da sabedoria divina e da força telemática, representando a ascensão ao conhecimento. Relata também a queda de Lúcifer do céu após se rebelar contra a hierarquia sagrada, sendo lançado para a Terra junto com outros espíritos.
O texto discute o esoterismo e sua relação com o Caminho da Mão Esquerda. O esoterismo é descrito como uma maneira de pensar que enfatiza conhecimentos internos e misteriosos, ao contrário do exotérico que é externo. O Caminho da Mão Esquerda é visto como esotérico, enquanto o Satanismo é visto como exotérico. O texto também apresenta seis critérios para definir algo como esotérico, incluindo correspondências, natureza viva, conceituação e experiência
Os jesuitas. A companhia de Jesus e a Traição à Igreja Católica. Malachi MartinEbo Black
English version & Versión en Español (CLICK Ebo Black)
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Como os jesuítas de hoje estão usando o poder espiritual conquistado através dos séculos para tentar influir nos rumos da política internacional,
De aliados do Papa e seus intransigentes de-fensores, os jesuítas passaram de algum tempo para cá a ser os seus mais ativos opositores.
Malachi Martin, teólogo eminente e antigo je-suíta, revela como os atuais dirigentes da Com-panhia de Jesus a transformaram na maior inimiga do capitalismo democrático do Mundo Ocidental.
1) O documento descreve a estratégia de Lúcifer, o pólo negativo da evolução humana, em sua luta contra o pólo positivo representado por Cristo.
2) Lúcifer tenta usurpar o lugar do pólo positivo, desequilibrando a harmonia do ser humano, mas pode ser derrotado pela vontade do homem.
3) O livro explica o drama cósmico entre Lúcifer e Cristo no campo de batalha da humanidade e o caminho para o homem alcançar seu equilíbrio
W.w. da matta e silva mistérios e práticas na lei de umbandaClaudio Moreira
1) O documento discute as raízes históricas e místicas da Umbanda, assim como sua fusão com outros cultos e as confusões resultantes.
2) É abordada a verdadeira mediunidade na Corrente Astral de Umbanda, os perigos das "iniciações" e as disciplinas para médiuns.
3) São explicadas as plantas, ervas e perfumes usados nas oferendas de acordo com cada linha espiritual, visando a harmonia com os guias.
O documento conta a história do avô do autor, que ouviu a voz de Deus para vender sua lavanderia e pregar o evangelho. Quando apenas obedeceu parcialmente, sua esposa e dois filhos morreram durante uma epidemia de varíola. Isso levou o avô a obedecer totalmente ao chamado de Deus, se tornando um pregador itinerante. A história ilustra como ouvir a voz de Deus pode mudar completamente a vida de uma família.
1. O ocultista alemão Eugen Grosche enfrentou problemas políticos ao longo de sua vida devido às suas atividades na Sociedade Pansófica e na Fraternitas Saturni e suas opiniões políticas.
2. Organizações esotéricas como os Illuminati na Baviera tiveram influência na Revolução Francesa e apoiaram ideais como o anticlericalismo e o antimonarquismo.
3. No século XIX, anarquistas como Bakunin e Couerderoy expressaram simpatia por Lúcifer e Satanás
O documento discute a origem e natureza do sofrimento humano de acordo com diferentes perspectivas espirituais e filosóficas. Em três frases:
1) Buda explicou que o sofrimento é causado pela identificação do homem com seu ego em vez de seu eu espiritual.
2) Moisés descreveu que o homem originalmente seria perfeito e imortal, mas a inteligência desviou a evolução do homem para longe do espírito.
3) A humanidade atual ainda está sob a influência do ego intelectual em vez do
Lux Veritatis apresenta as características fundamentais de um Luciferiano, incluindo buscar o conhecimento verdadeiro de si mesmo, a realização plena da Vontade Própria e a liberdade das imposições de massa.
O documento apresenta um zine com diversos artigos sobre temas ocultistas e espirituais ligados à espiritualidade luciferiana e draconiana. Inclui entrevistas com autores e ocultistas renomados, ensaios sobre símbolos como o pentagrama, excertos de obras literárias clássicas e recomendações de leitura. O zine tem como objetivo disseminar ideias revolucionárias e estimular a evolução espiritual de indivíduos buscadores.
O documento discute o contexto histórico do surgimento do Espiritismo no século XIX, uma época de profundas transformações. Apresenta os principais conceitos do Espiritualismo, Espiritismo e Doutrina Espírita de acordo com Allan Kardec, incluindo a imortalidade da alma, reencarnação e comunicação com espíritos. Também descreve brevemente o perfil da comunidade espírita no Brasil.
O documento discute a mensagem central de Cristo à humanidade. Argumenta que a mensagem não é ritualística, moral, intelectual ou social, mas sim metafísica, ontológica e cósmica - convidando o homem a descobrir sua realidade divina interior através do autoconhecimento.
A Umbanda vem evoluindo e se adaptando aos tempos modernos, diferentemente de quem a vê de forma estanque e conservadora. A comunicação com os espíritos permitiu a expansão natural da religião pelo Brasil, com cada Terreiro desenvolvendo trabalhos de forma parcialmente distinta, respeitando os três postulados básicos trazidos pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas.
O documento compara o Espiritismo e a Umbanda, destacando que enquanto o Espiritismo não tem cultos materiais ou imagens, a Umbanda sim, e que ambos reconhecem a mediunidade e a reencarnação. O texto também discute um caso de intolerância religiosa contra adeptos do Candomblé.
O documento discute os quatro elementos do ritual goético maior: a Cruz, representando o Homem Nu; a Serpente Luminosa, representando a Mulher Despida; o Caduceu, representando os órgãos genitais masculinos; e o Cálice, representando os órgãos femininos. O autor explica os significados simbólicos e místicos por trás desses elementos.
1) O documento discute o anseio universal por libertação e como as soluções externas como rituais e tecnologia falharam;
2) Argumenta que a verdadeira libertação vem de dentro através do autoconhecimento e despertar da vida divina interior;
3) A auto-realização e libertação do homem consiste em espiritualizar a matéria do corpo e estabelecer a soberania do espírito.
Esta carta trata de (1) os problemas enfrentados por Paulo em sua relação com a igreja de Corinto, incluindo opositores que questionavam sua autoridade, (2) a coleta de doações para os cristãos pobres em Jerusalém, e (3) a defesa de Paulo contra acusações feitas contra ele.
O autor sonha com uma deusa chamada Lilith e encontra outros deuses. Uma entidade chamada Sabedoria diz ao autor que foi escolhido para contar a verdadeira história e que Jeová irá se lançar em um lago de fogo, encerrando a traição contra ele. Ao acordar, o autor se depara com uma estranha no lugar de sua esposa.
1) O documento descreve os princípios e práticas do Satanismo tradicional, incluindo a estrutura e objetivos de um Templo Satânico e os elementos essenciais de rituais cerimoniais Satânicos.
2) Rituais cerimoniais Satânicos são realizados para gerar energia mágica e direcioná-la para alcançar metas e desejos, trazendo benefícios carnais, materiais e espirituais para os participantes.
3) Um Templo Satânico idealmente contém um altar, velas
Este documento apresenta um resumo de um livro sobre filosofia e religião para a era atômica e espacial. O autor defende que (1) Deus é a causa do universo que se manifesta em todas as coisas finitas, (2) o homem é a mais perfeita manifestação consciente de Deus na Terra, e (3) a criação e a evolução não são conceitos opostos, mas complementares, com todas as coisas emanando do infinito e evoluindo através de formas finitas.
O documento discute o tema da caridade em uma aula de turma M2. Ele apresenta a definição de caridade, os tópicos principais da aula, a estrutura da aula incluindo uma atividade de autoavaliação sobre caridade no dia a dia e relacionamentos, e referências bibliográficas.
Coleção fábulas bíblicas volume 5 como trollar crentesJosé Silva
O documento fornece instruções sobre como trollar crentes cristãos, apresentando versões falsas ou distorcidas de doutrinas e histórias bíblicas. O autor sugere questionar conceitos como a onipotência divina, a eficácia da oração e a historicidade de eventos como o nascimento de Jesus, com o objetivo de provocar dúvidas sobre a fé cristã.
TERCEIRO SEGREDO DE FATIMA 13 agosto 1917-FATIMAELIAS OMEGA
1. O Terceiro Segredo de Fátima descreve uma visão que Nossa Senhora teria revelado às três crianças pastoras em Fátima em 1917.
2. A visão descreve cenas apocalípticas de um anjo, um bispo vestido de branco sendo morto junto com outros bispos e padres.
3. Por décadas, a Igreja manteve o conteúdo do Terceiro Segredo secreto, gerando muita especulação, até que parte do conteúdo foi revelado publicamente pelo Papa João Paulo II em 2000
Este documento descreve a história do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, desde sua origem na Grécia até sua redescoberta e difusão pelos Redentoristas em Roma no século XIX. Também resume os principais dogmas marianos reconhecidos pela Igreja Católica e inclui uma oração à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
W.w. da matta e silva mistérios e práticas na lei de umbandaClaudio Moreira
1) O documento discute as raízes históricas e místicas da Umbanda, assim como sua fusão com outros cultos e as confusões resultantes.
2) É abordada a verdadeira mediunidade na Corrente Astral de Umbanda, os perigos das "iniciações" e as disciplinas para médiuns.
3) São explicadas as plantas, ervas e perfumes usados nas oferendas de acordo com cada linha espiritual, visando a harmonia com os guias.
O documento conta a história do avô do autor, que ouviu a voz de Deus para vender sua lavanderia e pregar o evangelho. Quando apenas obedeceu parcialmente, sua esposa e dois filhos morreram durante uma epidemia de varíola. Isso levou o avô a obedecer totalmente ao chamado de Deus, se tornando um pregador itinerante. A história ilustra como ouvir a voz de Deus pode mudar completamente a vida de uma família.
1. O ocultista alemão Eugen Grosche enfrentou problemas políticos ao longo de sua vida devido às suas atividades na Sociedade Pansófica e na Fraternitas Saturni e suas opiniões políticas.
2. Organizações esotéricas como os Illuminati na Baviera tiveram influência na Revolução Francesa e apoiaram ideais como o anticlericalismo e o antimonarquismo.
3. No século XIX, anarquistas como Bakunin e Couerderoy expressaram simpatia por Lúcifer e Satanás
O documento discute a origem e natureza do sofrimento humano de acordo com diferentes perspectivas espirituais e filosóficas. Em três frases:
1) Buda explicou que o sofrimento é causado pela identificação do homem com seu ego em vez de seu eu espiritual.
2) Moisés descreveu que o homem originalmente seria perfeito e imortal, mas a inteligência desviou a evolução do homem para longe do espírito.
3) A humanidade atual ainda está sob a influência do ego intelectual em vez do
Lux Veritatis apresenta as características fundamentais de um Luciferiano, incluindo buscar o conhecimento verdadeiro de si mesmo, a realização plena da Vontade Própria e a liberdade das imposições de massa.
O documento apresenta um zine com diversos artigos sobre temas ocultistas e espirituais ligados à espiritualidade luciferiana e draconiana. Inclui entrevistas com autores e ocultistas renomados, ensaios sobre símbolos como o pentagrama, excertos de obras literárias clássicas e recomendações de leitura. O zine tem como objetivo disseminar ideias revolucionárias e estimular a evolução espiritual de indivíduos buscadores.
O documento discute o contexto histórico do surgimento do Espiritismo no século XIX, uma época de profundas transformações. Apresenta os principais conceitos do Espiritualismo, Espiritismo e Doutrina Espírita de acordo com Allan Kardec, incluindo a imortalidade da alma, reencarnação e comunicação com espíritos. Também descreve brevemente o perfil da comunidade espírita no Brasil.
O documento discute a mensagem central de Cristo à humanidade. Argumenta que a mensagem não é ritualística, moral, intelectual ou social, mas sim metafísica, ontológica e cósmica - convidando o homem a descobrir sua realidade divina interior através do autoconhecimento.
A Umbanda vem evoluindo e se adaptando aos tempos modernos, diferentemente de quem a vê de forma estanque e conservadora. A comunicação com os espíritos permitiu a expansão natural da religião pelo Brasil, com cada Terreiro desenvolvendo trabalhos de forma parcialmente distinta, respeitando os três postulados básicos trazidos pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas.
O documento compara o Espiritismo e a Umbanda, destacando que enquanto o Espiritismo não tem cultos materiais ou imagens, a Umbanda sim, e que ambos reconhecem a mediunidade e a reencarnação. O texto também discute um caso de intolerância religiosa contra adeptos do Candomblé.
O documento discute os quatro elementos do ritual goético maior: a Cruz, representando o Homem Nu; a Serpente Luminosa, representando a Mulher Despida; o Caduceu, representando os órgãos genitais masculinos; e o Cálice, representando os órgãos femininos. O autor explica os significados simbólicos e místicos por trás desses elementos.
1) O documento discute o anseio universal por libertação e como as soluções externas como rituais e tecnologia falharam;
2) Argumenta que a verdadeira libertação vem de dentro através do autoconhecimento e despertar da vida divina interior;
3) A auto-realização e libertação do homem consiste em espiritualizar a matéria do corpo e estabelecer a soberania do espírito.
Esta carta trata de (1) os problemas enfrentados por Paulo em sua relação com a igreja de Corinto, incluindo opositores que questionavam sua autoridade, (2) a coleta de doações para os cristãos pobres em Jerusalém, e (3) a defesa de Paulo contra acusações feitas contra ele.
O autor sonha com uma deusa chamada Lilith e encontra outros deuses. Uma entidade chamada Sabedoria diz ao autor que foi escolhido para contar a verdadeira história e que Jeová irá se lançar em um lago de fogo, encerrando a traição contra ele. Ao acordar, o autor se depara com uma estranha no lugar de sua esposa.
1) O documento descreve os princípios e práticas do Satanismo tradicional, incluindo a estrutura e objetivos de um Templo Satânico e os elementos essenciais de rituais cerimoniais Satânicos.
2) Rituais cerimoniais Satânicos são realizados para gerar energia mágica e direcioná-la para alcançar metas e desejos, trazendo benefícios carnais, materiais e espirituais para os participantes.
3) Um Templo Satânico idealmente contém um altar, velas
Este documento apresenta um resumo de um livro sobre filosofia e religião para a era atômica e espacial. O autor defende que (1) Deus é a causa do universo que se manifesta em todas as coisas finitas, (2) o homem é a mais perfeita manifestação consciente de Deus na Terra, e (3) a criação e a evolução não são conceitos opostos, mas complementares, com todas as coisas emanando do infinito e evoluindo através de formas finitas.
O documento discute o tema da caridade em uma aula de turma M2. Ele apresenta a definição de caridade, os tópicos principais da aula, a estrutura da aula incluindo uma atividade de autoavaliação sobre caridade no dia a dia e relacionamentos, e referências bibliográficas.
Coleção fábulas bíblicas volume 5 como trollar crentesJosé Silva
O documento fornece instruções sobre como trollar crentes cristãos, apresentando versões falsas ou distorcidas de doutrinas e histórias bíblicas. O autor sugere questionar conceitos como a onipotência divina, a eficácia da oração e a historicidade de eventos como o nascimento de Jesus, com o objetivo de provocar dúvidas sobre a fé cristã.
TERCEIRO SEGREDO DE FATIMA 13 agosto 1917-FATIMAELIAS OMEGA
1. O Terceiro Segredo de Fátima descreve uma visão que Nossa Senhora teria revelado às três crianças pastoras em Fátima em 1917.
2. A visão descreve cenas apocalípticas de um anjo, um bispo vestido de branco sendo morto junto com outros bispos e padres.
3. Por décadas, a Igreja manteve o conteúdo do Terceiro Segredo secreto, gerando muita especulação, até que parte do conteúdo foi revelado publicamente pelo Papa João Paulo II em 2000
Este documento descreve a história do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, desde sua origem na Grécia até sua redescoberta e difusão pelos Redentoristas em Roma no século XIX. Também resume os principais dogmas marianos reconhecidos pela Igreja Católica e inclui uma oração à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
“Se perguntarmos qual é o caminho central e direto nesse mundo que nos leva à Cristo, a resposta é rápida e belíssima: este caminho é Maria... temos que aproximar-nos de Maria, a cristífera, a portadora de Cristo no mundo” (Audiência Geral, 21 de dezembro de 1966).
Foi Paulo VI que no discurso de encerramento da terceira sessão do Concílio, diante dos Bispos do mundo disse: “Portanto, para a glória da Bem-Aventurada Virgem Maria, declaramos Maria Santíssima Mãe da Igreja" (21 de novembro de 1964).”
artursantosdocente@gmail.com
artursantos.no.sapo.pt
http://omeucaminhodesantiago.wordpress.com
Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.
Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.Membro do ICOMOS (International Counsil on Monuments and Sites), consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado da Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget.Estudioso do Mito Compostelano e dos Caminhos de Santiago, é orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Web: www.usc.no.sapo.pt
Email: usc@sapo.pt
Edições online: www.edicoesuscontemporanea.webnode.com
A Universidade Sénior Contemporânea é uma instituição vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas,adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como línguas, ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras, tendo ainda a oportunidade de participação em actividades como o Grupo de Teatro, Coro da USC, USC Web TV, conferências, colóquios, visitas de estudo. Desenvolve manuais didáticos das próprias cadeiras lecionadas(23), acessivéis a séniores, estudantes e profissionais através de livraria online.
Quatro Mulheres E Muito Amor (Frei Betto)Paula Prata
Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Metade da humanidade é mulher e a outra metade, filhos de mulheres. A um observador desatento estas quatro mulheres que me fascinam seriam figuras contraditórias entre si. Todo paradoxo, porém, é um enigma, chave da sabedoria.
O documento resume o enredo do livro "O Código da Vinci" e critica suas alegações distorcidas sobre a vida de Jesus. Afirma que o livro apresenta Jesus como um homem comum casado com Maria Madalena e que a Igreja teria escondido essa "verdade". Defende que o livro contém muitas distorções históricas e que a fé cristã se baseia nos ensinamentos bíblicos sobre a divindade de Cristo.
1) O documento descreve a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500 liderados por Pedro Álvares Cabral e a realização da primeira missa católica.
2) Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 com o objetivo de converter os índios ao catolicismo e espalhar a fé católica.
3) A religiosidade na colônia brasileira foi marcada pela influência das culturas africanas, com a incorporação de elementos das religiões africanas nas manifestações católicas.
é Duro ver milhões de pessoas sendo enganadas pela mitologia cristãDivino Moab
1. O documento discute a existência histórica de Jesus Cristo e argumenta que ele nunca existiu, sendo um mito criado para dar continuidade ao judaísmo após a destruição de Jerusalém. 2. Aponta que Jesus Cristo é um mito solar, repetindo os mistérios de deuses solares antigos e tendo muitos rituais cristãos origem no culto ao sol. 3. Argumenta que a Igreja falsificou documentos para provar a existência de Cristo e copiou elementos de outras religiões para o cristianismo.
SANTA CECÍLIA, VIRGEM E MÁRTIR (Portugues).pptxMartin M Flynn
[RESUMEN]
Santa Cecilia fue una mártir cristiana del siglo III en Roma. Según los relatos, fue obligada a casarse pero permaneció virgen y convirtió a su marido al cristianismo. Ambos y el hermano de él fueron martirizados durante las persecuciones de la época. Sus reliquias fueron encontradas en las catacumbas de Roma y se le rinde culto especialmente el 22 de noviembre. Es la patrona de la música aunque no hay evidencia de que tocara algún instrumento.
O documento descreve os horrores da Inquisição Católica Romana, incluindo métodos de tortura como a roda de despedaçamento e a pêra, e como sacerdotes ameaçavam mulheres com a Inquisição para forçá-las a fazer sexo. Detalha como milhares foram queimados vivos publicamente após serem torturados em segredo, causando medo generalizado na população.
1) No século 13, o monge Dominic de Guzmán estabeleceu uma rede de mosteiros para coletar informações sobre a seita Catar na França, dando origem à Inquisição.
2) Ao longo dos séculos, a Inquisição se tornou uma das instituições mais infames, responsável pela tortura e morte de centenas de milhares de pessoas, principalmente inocentes.
3) O livro analisa as origens e história da Inquisição, demonstrando como gradualmente a Igreja passou a se opor a out
1) No século 13, o monge Dominic de Guzmán estabeleceu uma rede de mosteiros para coletar informações sobre a seita Catar na França, dando origem à Inquisição.
2) Ao longo dos séculos, a Inquisição se tornou uma das instituições mais infames, responsável pela tortura e morte de centenas de milhares de pessoas, muitas delas inocentes.
3) A parábola do Grande Inquisidor de Dostoiévski retrata a Inquisição como uma instituição hipócrit
Este documento apresenta um resumo de três capítulos do livro "A Inquisição" de Michael Baigent e Richard Leigh. O primeiro capítulo descreve as origens da Inquisição no século 13 sob o monge Dominic de Guzmán. O segundo capítulo discute a famosa Parábola do Grande Inquisidor de Dostoiévski. O terceiro capítulo argumenta que a Inquisição não deve ser equiparada à Igreja Católica como um todo.
Este documento apresenta um resumo de três capítulos do livro "A Inquisição" de Michael Baigent e Richard Leigh. O primeiro capítulo descreve as origens da Inquisição no século 13 sob o monge Dominic de Guzmán. O segundo capítulo discute a famosa Parábola do Grande Inquisidor de Dostoiévski. O terceiro capítulo argumenta que a Inquisição não deve ser equiparada à Igreja Católica como um todo.
Este documento descreve a história da Inquisição Católica Romana, que torturou e matou milhares de pessoas por 1200 anos. Detalha como os inquisidores usavam métodos brutais de tortura física e psicológica para forçar confissões, incluindo rodas de despedaçamento, dama de ferro, berço de Judas, e esmaga cabeça. Também discute como os padres usavam a ameaça da Inquisição para coagir mulheres a terem relações sexuais.
Quatro Mulheres E Muito Amor - Frei BettoPaula Prata
Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Metade da humanidade é mulher e a outra metade, filhos de mulheres. A um observador desatento estas quatro mulheres que me fascinam seriam figuras contraditórias entre si. Todo paradoxo, porém, é um enigma, chave da sabedoria.
O documento descreve a história inicial da magia no Egito Antigo e entre os celtas, incluindo alguns de seus rituais e crenças. Também descreve o período de caça às bruxas pela Igreja Católica entre os séculos 15 e 18, no qual milhões de pessoas foram torturadas e mortas sob acusações falsas de feitiçaria.
O documento descreve brevemente as contribuições de importantes figuras femininas para o Espiritismo, incluindo as irmãs Fox, pioneiras do movimento Espírita, Yvonne do Amaral Pereira, autora do livro "Memórias de um Suicida", e Anália Franco, educadora brasileira que fundou diversas escolas.
1) Nimrode foi o primeiro rei da Babilônia, um poderoso caçador que se rebelou contra Deus e estabeleceu o primeiro reino na terra de Sinar com as cidades de Babel, Ereque e outras.
2) Sua esposa Semíramis e seu filho Tamuz estabeleceram um culto pagão adorando a Mãe e o Filho, que se espalhou por muitos países sob diferentes nomes.
3) Esse paganismo babilônico foi absorvido pelo Império Romano e misturado com o cr
1) Nimrode foi o primeiro rei da Babilônia, um poderoso caçador que se rebelou contra Deus e estabeleceu o primeiro reino na terra de Sinar com as cidades de Babel, Ereque e outras.
2) Sua esposa Semíramis e seu filho Tamuz estabeleceram um culto pagão adorando a Mãe e o Filho, que se espalhou por muitos países sob diferentes nomes.
3) Esse paganismo babilônico foi absorvido pelo Império Romano e misturado com o cr
1) O documento relata sobre um evento musical que ocorrerá no Clube 12 de Agosto em Buenos Aires com a Banda Taj Mahal. A promoção é da Loja Samuel Fonseca e a arrecadação será destinada à filantropia e construção de seu Templo.
2) Apresenta uma palestra sobre aspectos religiosos da pré-história, discutindo como o homem primitivo desenvolveu uma capacidade de expressão simbólica através de sua imaginação e criando o espírito religioso para entender os mistérios da vida
Semelhante a AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 - por Joaquim Fernandes - Revista Athena.pdf (20)
Eu tomei conhecimento do livro DIDÁTICA MAGNA quando estava fazendo licenciatura em História e tínhamos que adquirir conhecimentos sobre métodos de ensinos. Não adianta conhecer história e não ter métodos didáticos para transmitir estes conhecimentos aos alunos. Neste contexto conheci Comenius e fiquei encantado com este livro. Estamos falando de um livro de séculos atrás e que revolucionou a metodologia escolar. Imagine que a educação era algo somente destinada a poucas pessoas, em geral homens, ricos, e os privilegiados. Comenius ficaria famoso e lembrado para sempre como aquele educador que tinha como lema: “ensinar tudo, para todos.” Sua missão neste mundo foi fantástica: Ele entrou em contato com vários príncipes protestantes da Europa e passou a criar um novo modelo de escola que depois se alastrou para o mundo inteiro. Comenius é um orgulho do cristianismo, porque ele era um fervoroso pastor protestante da Morávia e sua missão principal era anunciar Jesus ao mundo e ele sabia que patrocinar a educação a todas as pessoas iria levar a humanidade a outro patamar. Quem estuda a história da educação, vai se defrontar com as ideias de Comenius e como nós chegamos no século XXI em que boa parte da humanidade sabe ler e escrever graças em parte a um trabalho feito por Comenius há vários séculos atrás. Até hoje sua influencia pedagógica é grande e eu tenho a honra de republicar seu livro DIDÁTICA MAGNA com comentários. Comenius ainda foi um dos líderes do movimento enciclopédico que tentava sintetizar todo o conhecimento humano em Enciclopédias. Hoje as enciclopédias é uma realidade.
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresNilson Almeida
Conteúdo recomendado aos cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material publicado gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdfNelson Pereira
As profecias bíblicas somente são fantasias para os analfabetos bíblicos e descrentes. A Escatologia é uma doutrina central das Escrituras que anunciam a Primeira Vinda no AT e o NT a Segunda.
Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único. Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá.
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxCelso Napoleon
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
Este livro serve para desmitificar a crença que o apostólo Pedro foi o primeiro Papa. Não havia papa no cristianismo nem nos tempos de Jesus, nem nos tempos apostólicos e nem nos tempos pós-apostólicos. Esta aberração estrutural do cristianismo se formou lá pelo quarto século. Nesta obra literária o genial ex-padre Anibal Pereira do Reis que faleceu em 1991 liquida a fatura em termos de boas argumentações sobre a questão de Pedro ser Papa. Sempre que lemos ou ouvimos coisas que vão contra nossa fé ou crença, criamos uma defesa para não se convencer. Fica a seu critério ler este livro com honestidade intelectual, ou simplesmente esquecer que teve esta oportunidade de confronto consigo mesmo. Qualquer leigo de inteligência mediana, ao ler o livro de Atos dos Apóstolos que é na verdade o livro da história dos primeiros anos do cristianismo, verá que até um terço do livro de Atos vários personagens se alternam em importância no seio cristão, entre eles, Pedro, Filipe, Estevão, mas dois terço do livro se dedica a conta as proezas do apóstlo Paulo. Se fosse para colocar na posição de papa, com certeza o apóstolo seria Paulo porque ele centraliza as atenções no livro de Atos e depois boa parte dos livros do Novo Testamento foram escritos por Paulo. Pedro escreveu somente duas epístolas. A criação do papado foi uma forma de uma elite criar um cargo para centralizar o poder sobre os cristãos. Estudando antropologia, veremos que sempre se formam autocratas nas sociedades para tentar manter um grupo coeso, só que no cristianismo o que faz a liga entre os cristãos é o próprio Cristo.
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)Nilson Almeida
Presente especial para os cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material distribuído gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Eu comecei a ter vida intelectual em 1985, vejam que coincidência, um ano após o título deste livro, e neste ano de 1985 me converti a Cristo e passei a estudar o comunismo e como os cristãos na União Soviética estavam sofrendo. Acompanhava tudo através de dois periódicos cristãos chamados: Missão Portas Abertas e “A voz dos mártires.” Neste contexto eu e o Eguinaldo Helio de Souza, que éramos novos convertidos tomamos conhecimento das obras de George Orwell, como a Revolução dos Bichos e este livro chamado “1984”. Ao longo dos últimos anos eu assino muitas obras como DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ e Eguinaldo Helio se tornou um conferencista e escritor reconhecido em todo território nacional por expor os perigos do Marxismo Cultural. Naquela época de 1985-88 eu tinha entre 15 a 17 anos e agora tenho 54 anos e o que aprendi lendo este livro naquela época se tornou tão enraizado em mim que sempre oriento as pessoas do meu círculo de amizade ou grupos de whatsapp que para entender política a primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ler estas duas obras de George Orwell. O comunismo, o socialismo e toda forma de tirania e dominação do Estado sobre o cidadão deve ser rejeitado desde cedo pelo cidadão que tem consciência política. Só lembrando que em 2011 foi criado no Brasil a Comissão da Verdade, para reescrever a história do período do terrorismo comunista no Brasil e ao concluir os estudos, a “Comissão da Verdade” colocou os heróis como vilões e os vilões como heróis.
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxCelso Napoleon
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
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AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 - por Joaquim Fernandes - Revista Athena.pdf
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REVISTA ATHENA
ISSN 2184-0709 ——- Revista Trimestral – Edição nº 19 – Fevereiro 2022
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POR ATHENA
AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 – por
Joaquim Fernandes
ENTRE O REAL E O IMAGINÁRIO
Breve esquisso histórico das “mariofanias”
A “Senhora vestida de branco” tem uma milenar cronologia e, antes de Fátima e de
1917, estão registados alguns milhares de alegadas “aparições” marianas. A tradição
ocidental reivindica uma primeira manifestação da Virgem Maria de Nazaré, ainda em
vida desta, no dia 12 de Outubro do ano 40 da era cristã, em Saragoça, norte de
Espanha, ao apóstolo Tiago, irmão de João Evangelista. Neste caso tratar-se-ia de um
fenómeno de bilocação (estar em dois lugares em simultâneo), em que “a Virgem
aparece acompanhada de anjos, sentada num trono de luz, circundada por nuvens
diáfanas no momento em que Tiago orava”.
Daqui nasceria o culto a Nossa Senhora do Pilar, na sequência do habitual pedido de
edificação de um templo com aquela inovação.
A crença nas “mariofanias” (aparições de Maria), como sustenta a historiadora francesa
Sylvie Barnay remontaria ao ano 380 da era cristã e proviria sobretudo do Oriente
grego. Com fundamentos ponderosos: é que, na paisagem cultural da Ásia Menor,
perdurava de há muito a tradição das deusas-mães, ecos dos cultos da fertilidade e que
serviu de fermento à potencial piedade mariana, segundo o teólogo Hans Kung.
O “pai da igreja” Gregório de Nissa (m. 397) é tido como o fundador da crença,
introduzindo no ocaso da Antiguidade um modelo de narrativa que se iria
desmultiplicar nas torrenciais hagiografias e vidas santificadas, nos séculos vindouros
quando contaminou toda a Idade Média europeia ocidental. Os “visionário” eleitos são-
no de todo o jaez: homens e mulheres de “santidade e virtude” na reclusão conventual,
mas também poderosos arrogantes, mendigos e doentes, pecadores sem perdão. A
todos, a imagem da Virgem Maria surge como intermediária, espelho do próprio Deus,
em cada interlocutor-vidente medievo, dos seus sonhos e desesperos.
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Das geografias orientais, entretanto tomadas pela cristandade imperial ortodoxa, a
crença mariana emerge mais tarde no Ocidente, já no século IX, atingindo um primeiro
fulgor no século XII, com o decisivo contributo do monge cisterciense Bernardo de
Claraval. A partir daí irrompem, como lembra Jean Delumeau, controversas teológicas
marcadas pelo dogma da Imaculada Conceição cujo lugar na hierarquia celestial do
edifício cristão havia sido irreversivelmente marcado pelas decisões do Concílio de
Éfeso, no ano 431: Maria, a que concebeu Deus (theotokos) superando “a que
concebera Cristo” (christotokos) gerou um enunciado cristológico prenhe de
consequências que perduram até hoje. Uma definição que serviu os interesses de um
homem – Cirilo de Alexandria, o grande vencedor do conclave contra os representantes
de Antioquia. As raízes longevas de uma hiperdulia (hiperveneração de Maria) estavam
fundadas para sempre.
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Fig. 1 – A figura de Maria de Nazaré foi catapultada pelo Concílio de Éfeso, em 431 d.C. para um patamar de excelência – a
Theotokos (mãe de Deus) – abrindo assim uma via para uma hiperdulia (veneração e honra exacerbada pelos crentes) que as outras
igrejas cristãs não aceitam.
As chamadas ” aparições marianas”, como revelações e cultos privados, não fazem
parte de nenhum dogma da Igreja Católica. A fé católica romana assenta no dogma da
Revelação cristã inscrita nos Evangelhos, como relembrou o cardeal Josef Ratzinger,
papa emérito Bento XVI. Face à Palavra, objeto de fé divina, as chamadas “aparições”
relevam somente da fé humana e são meras manifestações discutíveis no quadro
dogmático reclamado pelos textos canónicos. Foi com Bento XIV e o Concílio de Latrão
V (1515) que se estabeleceram normas racionais de análise de julgamento destes
fenómenos ambíguos e Pio X (1907) consagrou-lhe uma atenta normativa que conferia
a possibilidade de uma “aparição” ser proposta ao julgamento dos crentes sem que tal
lhes fosse imposto.
Assim, a Igreja Católica não cauciona “videntes”, mas crentes; reconhece os lugares de
peregrinação, mas muito raramente se manifesta sobre a autenticidade das chamadas
“aparições”. Donde, nenhum católico é obrigado a aceitar o fenómeno aparicional
mariano como certidão irrefutável de uma presença física ou outra da Virgem Maria,
que morreu há 2 mil anos. Essa reserva justifica que um dos mais considerados
especialistas desta matéria, o teólogo francês René Laurentin, use de aspas para grafar
o seu monumental “Dicionário das “Aparições” da Virgem Maria”. Nele se descrevem
cerca de 2500 episódios historicamente registados, sendo que Fátima se situa é a
oitava numa lista de 14 episódios validados pelo crivo exegético católico. As restantes
têm um julgamento ostensivamente negativo: non constat supernaturalitas (o
sobrenatural não está provado).
Vale a autoridade para, de igual modo, considerarmos as prudentes aspas na exposição
que se segue.
Da “mulherzinha bonita” à Nossa Senhora de Fátima
1- Génese e matriz de um “mito em progresso”
António da Silva (irmão da mãe de Jacinta) – “Se os cachopos viram uma mulher
vestida de branco quem poderia ser se não Nossa Senhora?!”
No dia 13 de Maio de 1917, num local ermo do Portugal profundo chamado Cova da Iria,
na província da Estremadura, três crianças – Lúcia dos Santos, e os irmãos Francisco
Marto e Jacinta Marto, de 9 e 7 anos, primos da primeira – depois da missa de domingo
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levaram o seu rebanho de ovelhas para um terreno a 2 quilómetros de casa dos pais de
Lúcia, então com 10 anos.
Comeram a merenda e rezaram o terço antes das suas brincadeiras infantis. De súbito,
uma explosão de luz inundou a paisagem árida. Lúcia temeu que fosse sinal de
trovoada e preparou-se para voltar a casa. Mas, um novo relâmpago fê-los reparar
numa “mulherzinha muito bonita” sobre uma pequena azinheira rodeada de um intenso
resplendor.
Durante os próximos seis meses os assustados pastorinhos foram convocados pela
ofuscante entidade a comparecer naquele mesmo local. Ao cabo desse período a
misteriosa visitante diria quem era e o que pretendia…
Nos dias imediatos, Lúcia, seria confrontada pela mãe, Maria Rosa:
– Ó Lúcia, ouvi dizer que tinhas visto Nossa Senhora na Cova da Iria?
– Lúcia – Quem foi que lho disse?
– Maria Rosa – Foi a mãe da Jacinta, a quem a filha contara. É verdade?
– Lúcia – Eu nunca disse que era Nossa Senhora, mas uma mulherzinha bonita. E até
pedi à Jacinta e ao Francisco que nada dissessem. Não tiveram mão na língua!…
– Maria Rosa – Uma mulherzinha?
– Lúcia – Sim, mãe.
– Maria Rosa – Então diz lá o que foi que te disse essa mulherzinha…
– Lúcia – Disse-me que queria que nós fôssemos seis meses a fio, nos dias 13
chegados, e no fim diria quem era e o que queria de nós”.
Aquela “espécie de boneca muito bonita”, como também a descreveu Lúcia, não se
identificara, mas a pequena Jacinta antecipara tratar-se de Maria da Nazaré, mãe de
Jesus Cristo. Talvez por influência do tio para quem a alegada “Senhora” só poderia ser
a Nossa Senhora que ascendera aos céus há quase 2 mil anos…
E a voz do povo, seguiu-a e propagou o rumor. Após a aparição de 13 de Julho a
imprensa da região identificava pela primeira vez a “mulher de branco” como Nossa
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Senhora fazendo alastrar a sugestão de um “milagre de Fátima”. No dia 27 de Setembro
de 1917 entrava em cena o cónego Manuel Formigão, o primeiro cronista de Fátima. O
sacerdote, que viria a assinar as suas obras literárias com o pseudónimo de “Visconde
de Montelo”, quis saber de Lúcia se esta tinha questionado a luminosa visitante sobre a
sua identidade. Lúcia respondeu-lhe: “Perguntei, mas declarou que só o diria a 13 de
Outubro”.
No entanto, entre a multidão de crentes reunidos em 13 de Outubro, vendedores
ambulantes apregoavam já prospetos com uma imagem da Virgem Maria como sendo
a figura da visão e ilustrações com os retratos dos 3 pastorinhos e de Nossa Senhora.
Um imparável rumor ultrapassava já toda a prudência e dispensava os inquéritos por
parte dos responsáveis clericais. A força da religiosidade popular, de um povo
angustiado pela guerra e ávido de sobrenatural tornara-se um indomável terramoto.
Nesse mesmo dia estavam inevitavelmente lançados os alicerces do que viria a ser um
dos maiores santuários marianos do planeta.
Afinal, quem poderia ser a “mulherzinha bonita vestida de branco”? Maria de Nazaré,
ela própria, em corpo físico, tal como há 2000 anos? Uma “visão interior” da Virgem
Maria, como sugere o Papa emérito Bento XVI Josef Ratzinger? Uma manifestação
sofisticada de uma inteligência ou realidade desconhecida? Ou apenas uma recorrente
fantasia infantil?
A certeza assumida pelos crentes quanto à identificação da “mulherzinha de branco”,
como uma manifestação viva de Maria de Nazaré, manteve-se indiscutível, e
praticamente impossível de discutir até 1978, quando uma historiadora laica
portuguesa – Fina d’Armada – conseguiu aceder aos arquivos do santuário de Fátima.
No total, sete grupos de documentos foram então reexaminados, pela primeira vez, por
outros olhos que não os dos religiosos e dos teólogos católicos.
Esta investigação foi vertida, em 1982, no livro “Intervenção extraterrestre em Fátima”
que enunciava dados inéditos ou omitidos, hipóteses e leituras inéditas e “chocantes”,
com base na reanálise dos inquéritos originais de 1917 e de 1923, amparada na leitura
exaustiva e comparada da bibliografia da época, mormente fontes primárias com cerca
de uma centena de testemunhos primários e pessoais. Ainda hoje, o conceito de
“extraterrestre” – invocado para os fenómenos de Fátima num amplíssimo espetro de
sinónimos e possibilidades de natureza física e astrofísica – teima em ser
tendenciosamente traduzido, de forma caricatural, pelo estereótipo do “marciano” e do
disco voador do imaginário espacial da década de 1950! Arcaísmos insidiosos que
intentam a ridicularização da hipótese proposta.
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Fig. 2 – A historiadora Fina d’Armada, em Fátima, 1978, entrevistando João Marto, amigo de infância de Lúcia.
A verdade é que, apenas em 1992, com a supervisão da Universidade Católica, os
responsáveis do Santuário de Fátima iriam disponibilizar ao público o primeiro volume
do acervo documental das “aparições”. Surgiu aos olhos do público o primeiro volume
da chamada Documentação Crítica de Fátima – bem mais integral do que ”crítica” –
mas, ainda assim, uma primeira base de heurística histórica disponível para a
investigação laica, multidisciplinar.
Hoje, é fácil a qualquer publicista dissecar e confrontar os diversos relatos dos três
pequenos protagonistas de Fátima, ou antes da Cova da Iria, deduzindo legíveis e
óbvias contradições e omissões no percurso de todo o processo de reconstrução
doutrinal em torno das “aparições”, que as “Memórias” tardias da Irmã Lúcia coram de
forma notória. Difícil mesmo era em 1978 romper as barreiras de um catolicismo
atávico, guardião cioso da protagonista maior dos fenómenos de 1917, reclusa nas
sombras monacais, impedida então de ser entrevistada pelos investigadores quando o
autor destas linhas e a saudosa colega Fina d’Armada decidiram investir num tema que
se projetava no universo do sagrado feminino e com dimensões simbólicas – e não só –
da mulher na História portuguesa.
Foi com base nessas entrevistas originais, potencialmente preservadas da natural
contaminação clerical dos inquiridores da época, que lográmos reconstruir o “retrato” –
sempre subjetivo, assinale-se – dessa “Senhora muito bonita de um branco que dava
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luz”. A partir das descrições iniciais de Lúcia e dos seus primos e que constam do
primeiro interrogatório feito pelo pároco de Fátima, a 29 de Maio de 1917, esboçámos o
seguinte retrato-robô:
Uma figura feminina, muito bela, de olhos negros, envolvida por uma luz que cegava.
Tinha cerca de 1 metro e 10 de altura e aparentava uma idade entre os 12 e os 15 anos.
Vestia uma saia travada, branca e dourada, aos cordõezinhos de cima a baixo e
atravessados. Um manto tipo capa que descia até à orla do vestido que não
ultrapassava os joelhos. Trazia algo na cabeça que lhe cobria as orelhas e os cabelos.
Pendia-lhe do pescoço um cordão com uma bola luminosa à altura da cintura. Não tinha
movimentos faciais nem mexia os lábios quando “falava” nem os membros inferiores
quando se afastava de costas voltadas em direção ao alto…
Por certo, uma Virgem de Nazaré pouco ou nada reconhecível por esta descrição-tipo
que no decurso dos anos seguintes não deixou de preocupar os diretores clericais mais
próximos da vidente: a ortodoxia dos adereços e do vestuário canónico obrigaria às
inevitáveis correções: sobretudo, o comprimento do vestido foi sendo gradualmente
censurado e retificado pelos diversos inspiradores clericais da ortodoxia das
“aparições” de 1917.
Fig. 3 – Manuscrito de Lúcia, de 1922, onde descreve a presença de uma “bola”pendente de um cordão ao pescoço da “Senhora”.
De assinalar que a “bola”, curiosamente assinalada por Lúcia num questionário dos
anos de 1950 do escultor Guilherme Thedim, havia sido transformada pela primeira vez
nas suas Memórias de 1941, num “coração” e algumas dezenas de páginas adiante num
piedoso “Coração Imaculado de Maria”. Por força da idade e da enculturação e
doutrinação a que vai sendo sujeita a narrativa imagética de Lúcia vai-se alterando
entre aditamentos e omissões.
Esta descrição, reiterada por Lúcia ao longo dos seis interrogatórios paroquiais de 1917,
levanta sérias dúvidas quanto à identificação desta “senhora” com o estereótipo da
Virgem Maria de Nazaré. Reconhece-se que o padre Manuel Marques, o pároco de
Fátima, tentou ser rigoroso no seu relatório original. Mas não resistiu a avocar o termo
“Nossa Senhora” na introdução da entrevista aos pastorinhos, em Agosto de 1917,
abrindo caminho à identificação da entidade. Valha a verdade, o referido sacerdote
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manteve-se sempre alheio ao processo e só no último dia, 13 de Outubro, compareceu
no local das “aparições” depois de muita insistência. Por outro lado, as entrevistas do
padre José Ferreira de Lacerda, em 19 de Outubro de 1917 e publicadas no jornal O
Mensageiro, no mês seguinte, acabariam por induzir a vidente com perguntas
sugestivas, como: “o que fazias tu quando viste Nossa Senhora pela primeira vez?”…
Por certo que o sacerdote não era psicólogo e daí desconhecer as regras básicas de
uma entrevista que pretende denunciar em detalhe a personalidade do sujeito…
Ou seja, ao longo dos seis episódios “visionários” de 1917 não houve uma
autoidentificação explícita, inequívoca, da “mulherzinha” que surgia no topo da
azinheira. Dos interrogatórios paroquiais conduzidos pelo padre Manuel Marques
constam tão só pedidos da anónima entidade para que se fizesse no local um templo
dedicado a Nossa Senhora do Rosário e que a esta se dirigissem orações pelo fim da
guerra.
Em síntese, esboçando a genealogia e as etapas marcantes dos fenómenos da Cova da
Iria, temos que:
Em datas, não determinadas, de 1915 e 1916, Lúcia afirma ter tido visões de um “anjo”,
figura a que chamou “estátua de neve” transparente ou ainda uma “pessoa embrulhada
num lençol”;
Em 13 de maio – os três pastorinhos assumem-se intermediários de uma “senhora
vestida de branco”, que desce sobre uma pequena azinheira. Questionam-na sobre
alguns doentes e o destino dos soldados portugueses enviados para as trincheiras de
França.
Em 13 de Julho – ocorre a transmissão de um “segredo” pela mesma entidade aos
pequenos videntes e promessa de um milagre para Outubro seguinte, com pedidos de
orações, penitência e conversões. O tema da Grande Guerra sobressai nas mensagens
alegadamente recebidas por Lúcia.
Em 13 de Outubro – A visitante sugere a edificação de um templo dedicado a Nossa
Senhora do Rosário, ou identificando-se como tal (dúvidas de Lúcia) – garantindo que a
Grande Guerra acabaria naquele mesmo dia. O que não sucedeu. O sangrento conflito
só terminaria em Novembro de 1918, com cerca de 10 mil mortos portugueses.
Com os conhecimentos de hoje seríamos tentados a aplicar, por mais avisado em
termos do rigor e neutralidade da investigação, uma das prioridades da cultura
comunicacional: conhecer o mensageiro para melhor decifrar a mensagem. Talvez
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indagar o peso das leituras que Lúcia, em particular, ouvia de sua mãe: trechos das
vidas de santos, e mais importante, passagens de um livro “Missão Abreviada”, do
padre Manuel Couto, então muito em voga, e onde se falava do Inferno em termos
medievais, com descrições de suplícios e horrores infligidos às almas pecadoras.
Precauções prévias naturalmente fora do alcance das metodologias do conhecimento
corrente de 1917.
2 – A conjuntura política e religiosa, da I República ao Estado Novo
É pacífico aceitar que a fulgurante adoção e interpretação dos fenómenos de Fátima
pela religiosidade popular, pelos crentes que ali acorriam em número crescente, se
conjugava com o ambiente político e ideológico da época.
Vivia-se um período conturbado de intolerância religiosa marcado pelo exacerbado
anticlericalismo jacobino dos mentores da I República, instaurada em 5 de Outubro de
1910, expresso no desterro de bispos católicos. Às primeiras notícias dos eventos da
Cova da Iria, os líderes republicanos reagiram desde logo, Parlamento e nos jornais,
denunciando o que consideravam ser “atos de exploração da crendice popular pelas
forças antirrepublicanas e monárquicas revanchistas”. Num país em que 75 por cento
da população era analfabeta e vulnerável a rumores e superstições…
Portugal vivia uma conjuntura de angústia e medo, de incerteza pela sorte de milhares
de jovens soldados portugueses enviados para a guerra das trincheiras, em França. A
série de “aparições” ocorreu durante a parte final do período jacobino da I República,
antecedendo o golpe militar de Dezembro de 1917 que determinou a chegada de
Sidónio Pais ao Poder, etapa que marcaria uma nova etapa, mais cordata, das relações
entre o Estado português e a Igreja de Roma. Estava dado o sinal para a hierarquia
católica reintegrar Fátima na ancestral tradição mariana, ancorado no imaginário mítico
português que, a partir do santuário de Vila Viçosa, ao tempo do Condestável Nuno
Álvares Pereira, irmanara a Coroa portuguesa e a Igreja Católica. Uma espécie de
“união mística” reiterada mais tarde por D. João IV ao requer o patrocínio da Virgem
Maria como Padroeira de Portugal, em 25 de Março de 1646. A partir de então jamais
os monarcas portugueses da dinastia de Bragança voltaram a colocar a coroa real nas
suas cabeças.
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Fig. – O repertório do enciclopédico “Santuário Mariano” (1716), de Frei Agostinho de Santa Maria é um dos alfobres essenciais da
tradição lendária das “aparições marianas” e das invocações da Virgem Maria em Portugal.
Não se pode provar que o fenómeno das “aparições” de 1917 haja sido fruto de uma
deliberada conspiração, gizada a nível local, para criar um culto similar ao de Lourdes. O
certo é que, gradualmente, a hierarquia católica foi cedendo no seu envolvimento que
levaria ao sonho antigo de uma “Lourdes portuguesa”, já esboçada, desde 1863, com a
edificação do santuário do Sameiro, ainda que, neste caso, esvaziado de uma história
de “aparições”.
Por outro lado, importa lembrar que 3 dias antes, a 10 de Maio, uma “senhora vestida de
branco” e cuja voz era “um misto de rir e de cantar”, surgira em dois dias seguidos aos
olhos de um pastor de 10 anos, de nome Severino Alves, nos montes do concelho da
Ponte da Barca. A Senhora do Barral, como ficou conhecida ficou associada a uma
oração antiga cantada na freguesia, a “Estrela do Céu”, entretanto esquecida nas
práticas piedosas do Alto Minho. Chegou mesmo a ser nomeada pelo arcebispo de
Braga uma comissão para estudar o fenómeno. Mas, sem uma imagem que exigisse a
respetiva capela a adesão dos peregrinos esmoreceu paulatinamente a partir de
meados da década de 1920.
De volta à Cova da Iria, o processo canónico de inquérito às “aparições” teve início em
1922, por iniciativa do bispo de Leiria, José Correia da Silva. Todavia, a multidão de
crentes, que continuara a afluir ao local, antecipara já a futura aprovação do culto em
1930. Sinal das leituras político-ideológicas é o facto de responsáveis políticos da
ditadura militar terem visitado Fátima em 1928 e 1929. Neste último ano, o papa Pio XI
iria benzer uma estátua da Virgem de Fátima enviada para Roma. Consumada estava a
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validação do culto em torno das aparições e a sua identificação com a Virgem Maria de
Nazaré.
A vidente Lúcia que iria sobreviver aos dois primos, falecidos em 1919 e 1920, fora
internada aos 14 anos num asilo infantil das Irmãs Doroteias, no Porto. Depois, em 1925
é reenviada para a Galiza, onde em conventos de Tuy e Pontevedra passa os anos da
Guerra Civil espanhola e a segunda Guerra Mundial. Nesta clausura em terra galegas a
vidente alega novas visões e colóquios quer com a Virgem Maria quer com Jesus
Cristo, entre outras entidades celestes. Difunde a devoção dos 5 primeiros sábados em
1925 e, em Maio de 1930, recebe novas instruções: com a aprovação pelo papa dessa
mesma devoção Deus prometia terminar a perseguição religiosa na Rússia através da
consagração deste país comunista aos corações de Jesus e de Maria.
De facto, o ambiente para os católicos na Rússia soviética agravara-se e, em Fevereiro
de 1930, o impasse nas negociações secretas entre o Vaticano e os comunistas levaria
o papa Pio XI a apelar a uma mobilização internacional, uma cruzada de oração pela
Rússia. A ideia de conversão da Rússia transitara já do pontificado de Pio X, após a
revolução de 1905. A revolução bolchevique de 1917 levaria o papa Bento XV a retomar
a cruzada. Durante séculos a Igreja ortodoxa russa era vista como o maior obstáculo ao
avanço do catolicismo romano naquele imenso país.
Na vigência do Estado Novo, o regime ditatorial que sucedeu à revolução de 28 de Maio
de 1926, as ligações com o complexo mental-institucional de Fátima foram mais de
conveniência e menos de convicção profunda. Com António de Oliveira Salazar ao leme
do Estado, os anos de 1930 revelaram diversas facetas da cumplicidade entre os
mentores do nacionalismo corporativo e anticomunista e o significado que se
pretendia ler na alegada “mensagem” deixada pela “senhora” aos pastorinhos.
Os jornais afetos ao regime exaltavam a pretensa associação da ideologia
providencialista de Salazar na redenção da pátria portuguesa ao culto da Virgem em
Fátima. A própria Lúcia chegaria a assumir que o ditador beirão havia sido uma “dádiva
divina” para o país, uma hipérbole laudatória notoriamente incómoda para Catolicismo
português. Do lado da parceria eclesial, pontificava o cardeal-patriarca de Lisboa,
Manuel Gonçalves Cerejeira que, em 1938, proclamara esse pacto entre o regime
terrestre e o império celeste: “Desde que Nossa Senhora de Fátima apareceu no céu de
Portugal uma especial bênção de Deus desceu sobre a terra portuguesa”. As
consagrações de Portugal ao Sagrado Coração de Jesus, em 1928, e ao Imaculado
Coração de Maria, em 1931, refletem bem essa simbiose.
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A partir de então, assistiu-se a uma sucessão de atitudes onde a simbiose do Estado
com a Igreja se repetiu reiteradamente nas cerimónias de Fátima. Por exemplo, ao nível
das Forças Armadas, da Legião e da Mocidade Portuguesas, sistematicamente
presentes nas grandes peregrinações de Maio e Outubro.
As instruções “celestes” de Lúcia, de 1930, lograram o acolhimento favorável do bispo
de Leiria apenas em 1937, quando o prelado escreveu a Pio XI pedindo-lhe a
consagração da Rússia nos moldes do pedido da Senhora em 1917. Em 1938, o novo
pedido dos bispos solicitava agora a consagração do mundo inteiro a Nossa Senhora,
mas Pio XI não satisfez nenhum dos pedidos.
Lúcia, por influência dos seus confessores, mormente do padre Gonçalves, passaria por
ser a pioneira, a fundadora nessa missão, quando apenas seguiu o movimento
internacional acionado por Pio XI. O fulcro deste segredo foi incorporado por Lúcia na
sua versão de 1941, com foros de originalidade quando apenas se integrou numa
cruzada já em andamento liderado pelo Vaticano. As emendas nas datas dos
apontamentos do padre Gonçalves confirmam esta manipulação. Nesta versão, as duas
primeiras partes do segredo diziam respeito a uma “visão do Inferno” e à mensagem da
Virgem relativas à guerra e à consagração da Rússia. Pela primeira vez, a Virgem de
Fátima surge associada ao tema da Rússia comunista. Lúcia afirma então que Virgem
lhe anunciara em 1917 uma nova guerra que teria início no “reinado de Pio XI”, um erro
cronológico que Lúcia manteve na sua “Memória” tardia.
A chamada “visão do Inferno” é descrita por Lúcia, segundo o que teria, visto em 13 de
Julho de 1917:
“A Senhora abriu de novo as mãos como nos dois meses passados. O reflexo pareceu
penetrar a terra, e vimos como que um mar de fogo: mergulhados nesse fogo, os
demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas,
com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas
mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo caindo para todos os lados,
semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre
gritos e gemidos de dor e desespero, que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os
demónios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e
desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa”.
Como se interpreta esta revelação? Oliveira Faria interpreta esta revelação à luz do livro
“Missão Abreviada” que descreve o inferno deste modo:
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“É um lugar no centro da Terra; numa caverna profundíssima cheia de escuridão, de
tristeza e horror, cheia de labaredas de fogo e de nuvens de espesso fumo; lá estão os
pecadores atormentados com os demónios, bramindo e uivando como cães danados.
São atormentados por um fogo o mais devorante”. É a descrição imaginária dum
inferno de fogo no sentido próprio e material. Como interpretar esta versão do inferno
com a versão bíblica do mesmo? O exemplo torna-se verdade exemplificada. O inferno
como punição identifica-se com a sua imagem material: a caverna subterrânea com
fogo, o inferno identifica-se com a sua imagem”.
Motivo permanente de atenção e das expectativas dos crentes, a terceira parte do
chamado “Segredo de Fátima” seria relativa a Portugal, de acordo com a tese do padre
José Geraldes Freire, docente da Universidade de Coimbra e denodado investigador da
problemática de Fátima. Essa pretensa profecia seria alvo de uma curiosa interpretação
deste primeiro responsável pela publicação da Documentação Crítica de Fátima,
elaborada com base num estranho sinal observado no céu na noite de 21 de Janeiro de
1976, maioritariamente em território português, mas também espanhol, e que causou
comoção e perplexidade nas populações crentes e descrentes.
Fig. 4 – O desenho da “Foice” na estratosfera, na noite de 21 de Janeiro de 1976, por foguetes experimentais lançados a partir de
Espanha foi interpretado por um dos mais assumidos teóricos de Fátima, o padre José Geraldes Freire, como fazendo parte do
“Terceiro Segredo de Fátima”. Um caso típico de dissonância cognitiva ou a distância que vai do pensamento mágico-religioso às
respostas hodiernas da ciência… (Fonte Jornal de Notícias, 23/1/76).
No jornal Mensagem de Fátima, de Março-Abril de 1976, o padre José Geraldes Freire
questionava “se esta parte da mensagem de Fátima não for atendida a única alternativa
é o império dos erros geradores de guerras e perseguições”. Pretendia assim o
diligente investigador católico que, este sinal representado sobre o céu de Portugal,
poderia ser uma advertência críptica de que “o perigo do domínio comunista em
Portugal ainda não havia passado”.
Curiosamente no sul alentejano, a leitura deste “prodígio celeste” traduziu-se por
manifestações de alegria com que o povo de Monte do Trigo, concelho de Portel, leu o
referido fenómeno: a de que o comunismo iria vencer em Portugal! É que o bizarro
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“sinal” foi-se formatando até sugerir um aparente S ou um 5, mas também evocativo de
uma foice, de tonalidade avermelhada! A frase retirada do texto da segunda parte do
temido segredo falava de uma “noite alumiada por uma luz desconhecida e que
constituiria O GRANDE SINAL para a punição de Deus”. Afinal, para os crentes, todos
os fenómenos, naturais ou desconhecidos, podem ser usados por Deus para assinalar
os seus esconsos desígnios…
Só que o fenómeno da “foice” havia sido também observado sobre Espanha. E, em
breve, teríamos a resposta científica, certificada, para a natureza e origem de tão
temida e profetizada “foice”: tão só o singular efeito do lançamento de quatro foguetes
Petrel, de rastreio de nuvens de vapor de lítio, nesse mesmo dia 21 de Janeiro de 1976,
a cargo da agência espacial e aeronáutica do país vizinho (INTA), a partir da base de El
Arenosillo, em Huelva. Quis o “pintor do acaso” que as correntes atmosféricas
propiciassem um incrível desenho de uma aparente “foice” no imenso quadro do céu
noturno; afinal e apenas um mero capricho da dispersão de um gás bem natural – o
lítio…
Também assim a temida profecia do padre José Geraldes Freire dispersava-se,
igualmente reduzida a uma piedosa especulação. O maravilhoso transcendente do céu
que nos castiga acabou assim por diluir-se na frieza tecnológica do céu que
experimentamos.
3 – Os fenómenos físicos e psicológicos das “aparições”
Independentemente das interpretações que projetemos acerca da natureza última das
chamadas aparições marianas, o facto é que encontramos nessas situações
extraordinárias, do maravilhoso cristão, todos os sintomas psicofisiológicos
correlativos aos chamados estados modificados de consciência de outras experiências
laicas.
Nos videntes em Fátima, sobretudo em Lúcia, tal não foi exceção e deles temos ampla
notícia. Em Lúcia dos Santos concentram-se todos os efeitos secundários típicos da
chamada “síndrome do contactado”.
Por isso, torna-se pertinente o estudo comparado destas experiências de teor religioso
e para-religioso com experiências análogas dos “contactados” profanos
contemporâneos e igualmente dos “místicos” clássicos do cristianismo de outros
credos.
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Como se sabe, Lúcia reclamou ter recebido durante os seus encontros com a Senhora
de branco uma sequência de mensagens que ela entendia em português. Que processo
de comunicação poderia ter ocorrido nesse diálogo entre duas realidades distintas?
Haverá algum modo de confirmar essa comunicação em Fátima? Testemunhas
presentes nos vários dias 13 da série de aparições deram conta de sensações auditivas
muito específicas e que podem hoje ser interpretadas em termos teóricos. Mais do que
isso replicadas em laboratório. Veja-se: Sempre e apenas quando Lúcia dizia que a
Senhora lhe falava, sem mexer os lábios – sublinhe-se -, os devotos presentes em redor
da azinheira registavam a sensação auditiva externa de um ruído tipo zumbido de
abelha, ou de um moscardo dentro de um cântaro. Esse fenómeno, objetivo, foi
reafirmado por diferentes testemunhas oculares presentes em redor da pequena
azinheira onde a Senhora seria avistada.
Manuel Pedro Marto, pai de Jacinta e Francisco, em julho de 1917, no local das
aparições afirmou:
– “Então comecei a ouvir um rumor, uma zoada, assim a modos como um moscardo
dentro de um cântaro vazio. Isto é longe ou é aqui perto? – perguntei-me. Era como o
que se ouve junto de uma colmeia, mais harmonioso, embora não se percebessem
palavras”.
Maria Carreira, amiga de Lúcia, natural da região e que acompanhou as aparições
descreveu:
– “Seguíramos as crianças e ajoelháramos no meio do mato. A Lúcia levantou as mãos e
disse: Vossemecê mandou-me aqui vir. O que me quer?
E então começou a ouvir-se assim um zunido que parecia uma abelha. Cuido que era a
Senhora a falar. Pois se ouvia muito bem!”
Entrevistada por Fina d’Armada, em 1978, Maria dos Anjos, irmã de Lúcia, referiu-se
igualmente ao estranho ruído que se manifestava durante as “conversas” de Lúcia com
a Senhora:
Fina – Há pessoas que dizem ter ouvido como um zumbido de abelha quando Nossa
Senhora falava…
Maria dos Anjos – Eu também ouvi esse zumbidozinho. Também o ouvi, mas não sei o
que era…
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Fina – Era como se fosse um enxame?
Maria dos Anjos – Não. Só uma!
Fina – Lembra-se em que mês foi isso?
Maria dos Anjos –Já não sei… Eu não fui lá todos os meses. Mas parecia uma abelhinha
que andava por ali assim quando a Lúcia escutava a Senhora.
Mas eu sei lá o que era!”
Zumbidos de abelha? Sons de moscardo? Apenas vocabulário pitoresco do folclore
local? Analogia fortuita? Ou algo mais? Que dizem os dados científicos disponíveis?
Desde há muito que entomologistas norte-americanos e europeus estudam os vários
tipos de abelhas melíferas e identificaram uma gama de frequências sonoras,
produzidas por aqueles insetos- entre os 200 e os 300 Hz., grosso modo. Uma
intrigante “coincidência”, já que se trata de uma frequência muito próxima das
registadas em testes de laboratório nos quais os indivíduos, sujeitos a uma emissão
modulada de micro-ondas ouviram no interior da cabeça ruídos do tipo “zumbido”.
Ou seja, os testemunhos de Fátima e os registos científicos em laboratório coincidem e
não poderiam ser inventados. Atente-se que este zumbido de abelhas se produzia
sempre e apenas quando a Senhora parecia “falar” a Lúcia, mas sem que movesse os
lábios, como sublinha a vidente. De qualquer modo, o efeito tipo zumbido abrangia uma
área externamente audível pelos presentes numa pequena área em redor da azinheira.
A Senhora não falava nem hebreu nem português. Fazia-se entender através de um
meio que desconhecemos e que produzia um zumbido audível do exterior, pelos
assistentes mais próximos dos pequenos videntes. Este tipo de comunicação da
“Senhora luminosa” para Lúcia afigura-se coerente com a hipótese de receção de
sinais e de informação diretamente no cérebro humano.
Uma outra das surpresas da investigação nos arquivos originais de Fátima foi a
descoberta de uma ignorada “quarta vidente”, de nome Carolina Carreira. Foi num
documento dos Interrogatórios Oficiais de 1923, e da pena do Visconde de Montelo,
pseudónimo do Cónego Formigão, que viemos a saber que Carolina Carreira, então
com 12 anos, na companhia de uma conterrânea de nome Conceição, de 7 anos, havia
visto cerca na manhã de 28 de Julho de 1917, junto à azinheira, um anjo de pequena
estatura, de vestido branco, muito bonito e de cabelo dourado pelo pescoço. Esse anjo
andava normalmente de um lado para o outro em redor da azinheira e assemelhava-se
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a uma criança entre 7 e 10 anos. Entrevistada em 1978 por Fina d’Armada Carolina
Carreira relembrou toda a sua experiência. De súbito, começou a sentir uma espécie de
apelo ou ordem, repetidamente, no interior da sua cabeça: “Vai lá e reza três Avé-
Marias; “Vai lá e reza três Avé-Marias. Intrigada perguntou à sua companheira se ouvia
o mesmo, mas Conceição dizia nada ouvir. Foi o que mais intrigou Carolina a insistente
ordem, ou essa voz que a ela lhe parecia soar no seu interior.
Esta sugestão mental induzida no “interior da cabeça” não é original de Fátima. Repete-
se no catálogo de contactos com entidades de origem desconhecida mesmo no foro
profano. Do mesmo modo, entre a oração e a visão em si parece surgir alguma
complementaridade e interdependência. O mundo imaginal – um terceiro “território”
entre dois mundos – parece emergir aqui como uma ponte entre a realidade normal, do
mundo visível, e uma outra dimensão inacessível aos sentidos comuns.
Uma pergunta se impõe: seria Lúcia uma criança com capacidades sensitivas,
mediúnicas? A opinião espírita diz que sim. O que sucedeu em Fátima foi uma
manifestação crística e não uma presença da Virgem de Nazaré. Os pequenos videntes
seriam executores de uma mensagem profética relativa à época, com destaque para a
grande guerra.
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Fig. – O ambiente dramático da conjuntura da Grande Guerra, propiciou sucessivas manifestações de vidência e profetismo que
foram na esteira de Fátima. Entre 1914 e 1918, a imprensa portuguesa foi pródiga em revelações de sonâmbulas e místicas e… da
publicidade: esta aproveitou a onda “antecipando”, em 1916, a sentença que Lúcia teria ouvido da ”Senhora”… em Outubro de 1917:
“A guerra termina hoje (ou seja), este ano”! (Fonte: A Capital, 1914-1918)
De surpresa em surpresa chegamos a 7 de Fevereiro de 1917. Nesse dia, um grupo
espírita de Lisboa, liderado pelo médium Carlos Calderon, anunciava ter recebido uma
mensagem sob a forma de escrita automática (escrita invertida, da direita para
esquerda) onde se lia: “A data de 13 de Maio será de grande alegria para os bons
espiritas de todo o mundo”. Assinava Stella Matutina. Este intrigante pré-anúncio
acabaria por ser publicado no dia 10 de Março de 1917 na página de anúncios do Diário
de Notícias, com o significativo título “135917”…
22. 26/03/2022 22:43 AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 - por Joaquim Fernandes - Revista Athena
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Surpresa também é lermos nos diários Jornal de Notícias e Primeiro de Janeiro, desse
mesmo 13 de Maio de 1917, um anúncio intitulado “A guerra e o espiritismo”, com data
de 11 desse mês, anunciando que “há-de dar-se um facto, a respeito da guerra, que
impressionará fortemente toda a gente”. No Diário de Notícias, o título é mesmo
“135917”. Os jornais impressos não podem manipulados. Que outro “facto importante,
historicamente digno de registo, ocorreu nesse dia? Nada em especial, nem mesmo no
conta-corrente dramático da guerra. Assim, seja o que for e o que signifique só resta
anotar a premonição como um facto iniludível, um documento de que ainda hoje se
desconhece o autor.
Ainda que rejeitada pelos cânones católicos, que a liga às práticas do espiritismo, a
chamada “escrita automática” tem o seu melhor exemplo em São João, quando
desterrado na ilha de Patmos escreve o Apocalipse: “Neste desterro como em lugar
próprio de profecia lhe alumiou o Espírito Santo o entendimento e lhe moveu a pena
para que escrevesse” – lembra o padre António Vieira.
A assinatura Stella Matutina propõe todo um sentido misterioso que corresponde em
simultâneo ao planeta Vénus, enquanto estrela da manhã e à Virgem Maria em si
mesmo. Curiosamente, a antifonia antiga de Nossa Senhora do Barral designava-se de
Estrela do Céu…
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Fig. – Seja qual for o valor e a natureza das “precognições” dos grupos espíritas de Lisboa e do Porto, que exaltaram a particular
importância do dia 13 de Maio de 1917, o facto é que jornais como o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias inseriram essas
antecipações, respetivamente em 10 de Maro e 13 de Maio de 1917. Como tal, constituem factos documentados, à parte a sua
hermenêutica.
Ou seja, a Igreja Católica teria beneficiado de uma aparição mariana mas rejeita o pré-
anúncio dos espíritas. Os espíritas têm acesso ao pré-anúncio mas rejeitam a versão
mariana.
Face a todo este conjunto de dados perturbadores e invulgares, uma pergunta se
impõe: Como definir a jovem Lúcia face aos efeitos psicofísicos registados ao longo da
sua experiência? Mediúnica? Mística? Neurótica? Imaginativa? Mitómana? Que o
futuro se pronuncie.
Por fim, no que toca aos aspetos físicos dos fenómenos de Fátima devemos assinalar a
queda de filamentos tipo “fibralvina” (“cabelos de anjo” – designação piedosa-popular)
em diferentes ocasiões no espaço do santuário de Fátima. Esta substância, observada,
por diversas vezes, durante e depois da fase das aparições, foi fotografada em Outubro
de 1957 e objeto de uma análise química sumária. É recorrente em fenómenos laicos
contemporâneos de fenómenos aéreos não identificados, como o caso de Évora, 1959.
Algumas – escassas embora – análises laboratoriais em Itália e USA, parecem refutar
uma exclusiva e integral origem aracnídea do referido material. A fibralvina em Fátima
permanece, ainda assim, como uma constante observável na fenomenologia
inexplicável dos nossos dias.
4 – O sinal prometido: o “milagre do Sol”
Um “sinal” para que todos acreditassem havia sido prometido a Lúcia pela Senhora, em
Agosto. Não se lhe conhecia a natureza nem a forma, mas acabou por concretizar-se
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em 13 de Outubro, cerca do meio-dia. Foram muitas e diversas as descrições
impressivas das testemunhas de entre os cerca de 50 mil presentes que afirmaram ter
observado insólitos movimentos da nossa estrela sobre a Cova da Iria.
Os relatos da época são normalmente comparados com fenómenos óticos
atmosféricos produzidos pelo Sol sob determinadas condições: os chamados halos
solares ou de paraélio. Um fenómeno que resulta da presença de pequenos cristais de
gelo suspensos na atmosfera e que refletem a luz do Sol. Nestes casos, os cristais
estão em nuvens altas que se deslocavam diante do astro-rei dariam a ilusão de que
seria o Sol a mover-se e não o invés. Outra interpretação dos movimentos do alegado
Sol, complexa do ponto de vista neurológico, aponta para eventuais efeitos da retina
resultante da exposição mais demorada dos olhos à luz solar.
Trata-se de hipóteses plausíveis no estado atual dos conhecimentos científicos. Para lá
do contágio percetivo que se exerce na psicologia das multidões e da hipótese
alucinatória, resiste a questão da previsão antecipada do chamado “milagre”,
anunciado em Julho de 1917, que levanta problemas, nem sempre de fácil solução, a
não ser com a ajuda do acaso e da coincidência. É possível uma explicação racional que
dispense o “milagre do Sol” para os efeitos registados pela multidão?
Fig. – Zona demarcada dos efeitos físicos registados por 28 testemunhos, em primeira
mão, do chamado “milagre do Sol”, em 13 de Outubro de 1917. O triplo efeito comporta
Sensações de súbito calor, secagem imediata das roupas e curas instantâneas quando
da descida do “objeto solar” sobre a multidão.
De facto, o comportamento da multidão diante do fenómeno solar de 13 de Outubro
produziu atitudes díspares de emoção e de histeria. O que se desconhece, o que se
ignora será sempre fonte de espanto e que nos remete para reações primárias de
sobrevivência. Estamos em pleno domínio do sagrado, do mistério mais profundo que
subjuga a débil condição humana. Veja-se este conjunto de reações selecionadas dos
depoimentos de testemunhas em primeira mão recolhidos à época:
Ana Maria da Câmara: Vejo um disco muito claro, azul- -prateado, sem raios, que, logo
retomando a cor natural, começa rodando vertiginosamente.
Angélica Pitta de Morais: Imediatamente se torna como se fosse um disco de prata
fosca… gira sobre si mesmo…
Luís de Andrade e Silva: O globo do Sol, semelhante a um disco de prata fosca, girava
em volta dum eixo imaginário.
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José Maria Almeida Garrett, advogado: Esse disco nacarado tinha a vertigem do
movimento. Não era a cintilação de um astro em plena vida. Girava sobre si mesmo
numa velocidade arrebatada.
Mário Godinho, engenheiro – Era um disco majestoso, magnético, que nos atraía e
revoluteava no céu imenso.
Correspondente do jornal Raio de Luz – De repente, um disco luminoso do tamanho de
uma hóstia como que se destacou do Sol, ou antes, se lhe antepôs, baixando
visivelmente.
As atitudes mais comuns entre a multidão são como seria natural o pânico, o medo que
se estampa nos olhos de muita gente, crente que a nossas estrela se iria precipitar
sobre os desprotegidos seres humanos ali reunidos. Gritos de fim do mundo e de apelo
à misericórdia divina ecoaram pela vasta charneca da Cova da Iria…
No caso de Fátima, nem sequer é inédita a reivindicação de estranhas movimentações
atmosféricas, incluindo a presença de pequenos objetos luminosos, de forma oval, que
foram assinalados, com algum detalhe, nos dias da aparição em Agosto, Setembro e
Outubro. Dispensamo-nos de sugerir e discutir a origem dessas formas voadoras, à luz
de conceitos sustentados pelo imaginário extraterrestre, formatado pela cultura
popular de Hollywood. Seria demasiado simplista identificar nestes objetos simples
naves espaciais de metal e parafusos.
Outros conceitos bem mais complexos aguardam por mais informação. Mas
testemunhos como o que se segue não podem deixar de suscitar perplexidades.
Monsenhor João Quaresma, vigário-geral da diocese de Leiria, num relato endereçado
às autoridades eclesiásticas nomeadas pelo bispo para fazer parte da Comissão do
Inquérito Canónico, considerou natural e admissível que a Virgem utilizasse um meio de
transporte (!), como qualquer mortal…
O citado sacerdote descreve o seguinte:
Em 13 de Setembro, ao meio-dia solar, fez-se completo silêncio. Ouvia-se o ciciar das
preces. Subitamente soam gritos de júbilo… Ouvem-se vozes a louvar a Virgem. Braços
erguem-se a apontar para qualquer coisa no alto. “Olhem, não veem?..” — “Sim, já
vejo!…” A satisfação brilha nos olhos dos que veem. No céu azul não havia uma nuvem.
Também eu levanto os olhos e ponho-me a perscrutar a amplidão do céu, para ver o
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que os outros olhos mais felizes, primeiro do que eu, contemplaram. “Lá está você
também a olhar!…”
Com grande admiração minha, vejo clara e distintamente um globo luminoso que se
movia do nascente para o poente, deslizando lento e majestoso através do espaço.
Tinha forma oval, com o lado maior voltado para baixo. A meu lado, um sacerdote amigo
olhou também e teve a felicidade de gozar da mesma inesperada e encantadora
aparição… quando, de repente, o globo, com a sua luz extraordinária, se sumiu aos
nossos olhos.
Perto de nós estava uma pequenita vestida como a Lúcia e pouco mais ou menos da
mesma idade. Cheia de alegria, continuava a gritar “Ainda a vejo… ainda a vejo… agora
desce para baixo!”
Passados minutos, exatamente o tempo que costumavam durar as aparições, começou
a criança de novo a exclamar apontando para o céu: “Lá sobe ela outra vez!”, e
continuou seguindo o globo com os olhos, até que desapareceu na direção do Sol.
— Que pensas daquele globo? — perguntei ao meu amigo, que se mostrava
entusiasmado por quanto tínhamos visto.
— Que era Nossa Senhora — respondeu sem hesitar.
Era também a minha convicção. Os pastorinhos contemplaram a própria Mãe de Deus.
A nós fora-nos concedida a graça de ver o carro que a tinha transportado do céu à
charneca inóspita da serra de Aire”.
EPÍLOGO
Uma das recomendações mais interessantes que a “Senhora vestida branco” deixou
aos três pequenos videntes da serra de Aire foi a de que aprendêssemos a ler. Ou seja,
apelou à educação e ao conhecimento. Para vencer a indiferença, a “mulherzinha”
resplandecente confiou um segredo aos videntes para que nunca esmorecesse o
interesse, por esse local, no decurso dos anos.
A Igreja Católica acabou por se apropriar dos fenómenos de Fátima, talvez a única
instituição no tempo capaz de o fazer, dado o desinteresse e incapacidade da ciência
da época. Lúcia, qual donzela sacrificada a deuses ancestrais, foi encerrada e silenciada
para que outra Fátima surgisse, mais lógica, mais integrada nos cânones católicos.
28. 26/03/2022 22:43 AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 - por Joaquim Fernandes - Revista Athena
athena.pt/2017/05/11/116/ 28/31
Lúcia e os primos foram eles e também as suas circunstâncias, os seus limites e
possibilidades, como lembra o cardeal Josef Ratzinger, o Papa emérito Bento XVI.
Prisioneiros do nosso espaço-tempo e da nossa cultura ponderamos aqui hipóteses
interpretativas que não se coadunam com as necessidades dos crentes que repelem o
uso da razão em matérias de fé. Mas, por força das nossas limitações humanas, cada
um é livre de acreditar naquilo em que quer acreditar.
Tentamos superar o clássico e ineficaz maniqueísmo, da luz e das trevas, escapar à
tentação cómoda do preto e do branco, da verdade e da mentira, que tem prevalecido
nesta matéria, com prejuízos para o seu aprofundamento epistemológico.
Somos tentados a ver na história de Fátima, na versão popular católica e do
maravilhoso cristão, uma réplica das narrativas do “país das maravilhas”, o “mundo de
Oz”, – ou mesmo o mundo das fadas e das mouras encantadas tão presentes nos
nossos arquétipos míticos – onde irrompem as mais fecundas imagéticas do onírico
universal, e onde Lúcia dos Santos faz de Dorothy Gale ou de Alice. O complexo
estruturante de Fátima traduz um ponto de chegada, um ponto Ómega onde se fundem
longínquas correntes culturais, cujos afluentes participaram da construção do nosso
inconsciente coletivo e que definiram a sensibilidade feminina da religião popular
portuguesa. Portugal foi sempre um país desde a nascença ligado a mitos estruturais.
Um país alimentado por prodígios, profecias e espantos. Mas, como lembra Fernando
Pessoa, “o mito é o nada que é tudo”…
Talvez que ainda não tenhamos aprendido a ler o suficiente todas as dimensões da
realidade, como recomendou a “Senhora vestida de branco” em Fátima. O futuro se
encarregará porventura de decifrar o que está para lá desta janela, deste espelho de
Alice que é Fátima. Talvez, como intui magistralmente o poeta da Mensagem, talvez
Fátima seja “um rasgão no espaço que dê para outro lado”…
Terminamos pelo início, de volta a 1917, quando uma amiga de Lúcia, Joaquina Vieira,
perguntou à vidente:
Joaquina- Ó Lúcia, o que é que tu viste?
Lúcia – Vi uma Senhora.
Joaquina – O que é que tu lhe perguntaste?
Lúcia – Perguntei quem era vossemecê.
29. 26/03/2022 22:43 AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 - por Joaquim Fernandes - Revista Athena
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Joaquina – E o que é que ela te respondeu?
Lúcia – Ela esticou um dedo para cima.
Resta por descobrir o que fica na direção do “dedo esticado” da Senhora sob o céu de
Fátima/Cova da Iria. Como avisa Confúcio, não detenhamos o nosso olhar no dedo…
♣♣♣
Joaquim Fernandes é doutor em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, co-
fundador do CTEC- Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência, na Universidade Fernando Pessoa,
Porto e co-autor, com Fina d’Armada, de obras sobre a fenomenologia das “aparições” marianas, como
“Fátima nos bastidores do Segredo” (Lisboa, 2002, Âncora Editora).
2 comentários em “AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 – por Joaquim
Fernandes”
ÀS
Devido a problemas técnicos com o site, transcrevemos em baixo a resposta ao seu
comentário, a pedido de Joaquim Fernandes:
—-
“Caro Agostinho, o meu “pré-conceito” ao analisar Fátima e os seus eventos foi o olhar do
historiador (contaminado pelo discurso do seu tempo, claro !) e que tentou valorizar
TODOS os documentos e as suas informações que a Igreja Católica ignorou e desprezou
ao longo de um século! Porque não precisava deles para a construção da sua “narrativa” e
da coerência da mesma. Na abdicação da Ciência da época esteve o seu triunfo… até
agora. Portugal, como país paroquial, propende bem mais às suas emoções e sentimentos
do que à razão, Fernando Pessoa dixit… Mas nada impede que os saberes atuais logrem
propor novas hipóteses para o que quer que haja ocorrido em 1917, aproximando os
dados e as impressões testemunhais, algumas bem notórias. A aproximação aos novos
dispositivos científicos é fatal, como o foi com Galileu e o heliocentrismo e a reversão do
SOCIEDADE
APARIÇÕES DE FÁTIMA, FÁTIMA, FÉ, FRANCISCO, HISTÓRIA, JACINTO, JOAQUIM
FERNANDES, LÚCIA, NOSSA SENHORA, PASTORINHOS, PORTUGAL, SEGREDO
Athena
30. 26/03/2022 22:43 AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 - por Joaquim Fernandes - Revista Athena
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geocentrismo e tutti quanti na torrencial marcha do Conhecimento global, do cosmos e
do ser humano. Por isso mesmo propus um terceiro território – que se identifica com o
“Imaginal” de Henry Corbin e de outros “atletas” do binómio ciência-consciência em que
Fátima-estrutura irrompe como um belo exemplar “in vivo” aos olhares outros que
pretendem ir mais além do dualismo infértil que (ainda) impera nas leituras dos
(des)crentes. Lúcia/Alice – as duas faces de Janus entre dois mundos- conduzem-nos a
novos limiares que, porventura séculos mais adiante, nos ajudarão a revelar o
“numenous”, o kantiano agente manifestado a 3 singelas crianças rurais. Nesta minha
“exploração documentada” – de fontes asseguradas, genuínas – afigura-se -me que os
factos. por vezes, podem ser bem mais fantásticos do que a fantasia. Mas, quem sou eu
que, ascendendo ao topo da montanha dos saberes, vejo afinal que o horizonte do
Desconhecido à minha frente é muito mais vasto que o reconhecido na ascensão?
Verdade? Ilusão? Cada um segure-se à sua opção como náufrago à sua tábua. Sei (?)
apenas que “podemos estar longe da verdade, mas os seus inimigos morrem mais cedo”.
Um abraço de (eterno) retorno”.
Joaquim Fernandes, Ph.D.
CTEC – Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência
Universidade Fernando Pessoa
ÀS
Não esperei que a abordagem escolhida pelo autor nos trouxesse algo de novo, de
essencialNa verdade ela apresenta e segue uma narrativa engagé (científica?), nesse
sentito pré-conceituosa (será possível o não-preconceito?), radicada no pré-conceito do
não crente ou do que se recusa liminarmente a acreditar na mera possibilidade de a dita
Senhora (segundo a tradição popular, mãe de Jesus) (existir?) aparecer. TUDO ENTÃO SÓ
PODERIA RESULTAR DE UMA CONSTRUÇÃO SOCIAL E, A PARTIR DE CERTO
MOMENTO, PROVAVELMENTE MAQUIAVÉLICA, PARA QUE A IGREJA CATÓLICA
CAPITALIZASSE COM O OCORRIDO E A CRENDICE (IGNORÂNCIA?) POPULAR (AI O VIL
METAL…). E MAIS RECENTEMENTE OS COMERCIANTES! As estatísticas no entanto não
parecem estar muito do lado desta tese desconstruidora…Os Portugueses conitnuam a
dizer, cerca de 90% deles, que são crentes. O resto da narrativa é por demais conhecido,
para valer a pena considerar aqui.
Meu caro Joaquim, não é a Física Quântica que diz, deixa-me recordar-te, que a energia,
mesmo a mais involuntária e inconsciente, do investigador altera (inevitavelmente) de
algum modo, o objecto a ser ou sendo investigado. Para já não falar de quando o
investigador opta ab initio por uma abordagem “interessada”: provar que não houve nada
do que muita gente mal informada pensa, apenas um conjunto de circunstâncias
históricas e sociais favoráveis à eclosão de um “distractor man made para as massas
miseráveis e ignaras de então…” ganharem algum alento e as autoridades algum
Agostinho
31. 26/03/2022 22:43 AS “APARIÇÕES” DE FÁTIMA, 1917 - por Joaquim Fernandes - Revista Athena
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compasso de espera para continuarem com as manobras conspiratórias, a parzo
estadonovistas… Para além do trabalho muito meritório de identificação e de
sistematização das fontes (cuja valia e plausibilidade desconheço…), escreveste um
Epílogo, que li como (mais) uma interpretação para o acontecido, real ou imaginário, em
que abres à possibilidade de a Senhora, agora Alice, rasgar os céus e nos levar pela mão a
ver o outro lado… o que me agradaria muito! Aí está uma saída bastante airosa e
promissora. Só te peço que, se isso vier a acontecer, se houver oportunidade, não te
esqueças de mim. Até por que teria seguramente a ocaisão de afiançar a quem do outro
lado estivesse, que és muito bom homem, mesmo segundo os cânones pósmodernos, se
é que os entendo bem. E um bom amigo, também! Abraço.
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