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OS Anjos
Anjos - Quem são?
§350 – Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar e servem a seus desígnios
salvíficos em relação às demais criaturas: “Os anjos cooperam para todos os nossos bens” (S. Tomás
de Aquino, S.Th. 1,114,3,ad 3).
§351 – Os anjos cercam Cristo seu Senhor. Servem-no particularmente, no cumprimento de sua missão
salvífica para com os homens.
§352 – A Igreja venera os anjos que a ajudam em sua peregrinação terrestre e protegem cada ser
humano.
Sto. Agostinho diz a respeito deles: “Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se
perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é
espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz” (S. Agostinho, Psal.103,1,15).
Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam
“constantemente a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10), são “poderosos executores de sua
palavra, obedientes ao som de sua palavra” (Sl 103,20).
Como criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais
(Pio XII; DS,3891) e imortais (Lc 20,36). Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. Disto dá
testemunho o fulgor de sua glória (Dn 10,9-12).
§331 – Cristo é o centro do mundo angélico. São seus os anjos: “Quando o Filho do homem vier em
sua glória com todos os seus anjos...” (Mt 25,31). São seus porque foram criados por e para Ele: “Pois
foi nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos,
Dominações, Principados, Potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl l,16). São seus, mais
ainda, porque Ele os fez mensageiros de seu projeto de salvação. “Porventura não são todos eles
espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?” (Hb 1,14).
§328 - A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente
de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade
da Tradição.
332 - Eles aí estão, desde a criação (Jó 38,7) e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de
longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino de sua realização:
- fecham o paraíso terrestre (Gn 3,24),
- protegem Lot (Gn 3,19),
- salvam Agar e seu filho (Gn 21,17),
- seguram a mão de Abraão (Gn 22,11),
- comunicam a lei por seu mistério (At 7,53),
- conduzem o povo de Deus (Ex 23,20-23),
- anunciam nascimentos (Jz 13) e vocações (Jz 6,11-24; Is 6,6),
- assistem os profetas (1Rs 19,5),
-O anjo Gabriel anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus (Lc 1,11.26).
Anjos maus – o seu pecado
§391 – Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a
Deus (Gen 3,1-5) e que, por inveja, os faz cair na morte (Sab 2,24).
A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo (Jo
8,44; Ap 12,9). A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus.
“Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se
tornaram maus por sua própria iniciativa.” (IV Conc. Latrão, 1215)
§392 – A Escritura fala de um pecado desses anjos (2Pe 2,4).
Esta “queda” consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e
irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do Tentador ditas
a nossos primeiros pais: “E vós sereis como deuses” (Gn 3,5). O Diabo é pecador “desde o princípio”
(1Jo 3,8), “pai da mentira” (Jo 8,44).
393 – É o caráter irrevogável de sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia divina, que
faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado.
“Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe para os homens após a morte.”
(S. João Damasceno; De fide orthodoxa. 2,4).
§394 – A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de “o homicida desde o
princípio” (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (Mt 4, 1-11).
“Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo” (1Jo 3,9). A mais
grave dessas obras, devido às suas conseqüências, foi a sedução mentirosa que introduziu o homem a
desobedecer a Deus.
§395 – Contudo, o poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato
de ser puro espírito, mas sempre uma criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus.
Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino em Jesus Cristo, e embora a sua ação
cause graves danos – de natureza espiritual e, indiretamente, até de natureza física – para cada homem
e para a sociedade, esta ação é permitida pela Divina Providência, que com vigor e doçura dirige a
história do homem e do mundo.
A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério, mas “nós sabemos que Deus coopera
em tudo para o bem daqueles que o amam” (Rm 8,28).
Anjos – o seu serviço
§333 – Desde a Encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é cercada da adoração e do
serviço dos anjos. Quando Deus “introduziu o Primogênito no mundo disse: ‘Adorem-no todos os
anjos de Deus’” (Hb 1,6).
O canto de louvor deles ao nascimento de Cristo não cessou de ressoar no louvor da Igreja: “Glória a
Deus...” (Lc 2,14).
- Protegem a infância de Jesus (Mt 1,20; 2,13.19),
- servem a Jesus no deserto (Mc 1,13; Mt 4,11),
- reconfortam-no na agonia (Lc 22,43),
- podia ser salvo por eles da mão dos inimigos (Mt 26,53),
- como outrora fora Israel (2Mac 10,29-30; 11,8).
- São ainda os anjos que “evangelizam” (Lc 2,10),
- anunciam a Boa Nova da Encarnação (Lc 2,8-14) e da Ressurreição (Mc 16,5-7) de Cristo.
- Estarão presentes no retorno de Cristo, que eles anunciam (At 1,10-11), a serviço do juízo que o
próprio Cristo pronunciará (Mt 13,41; 25,31; Lc 12,8).
§334 –Do mesmo modo, a vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos (At
5,18-20; 8,26-29; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25 ).
§335 – Em sua liturgia, a Igreja se associa aos anjos para adorar o Deus três vezes Santo (MR, Prex
eucharistica, 27); ela invoca a sua assistência ( Para o Paraíso te levem os anjos, da Liturgia dos
defuntos (OEx, 50), ou ainda no “hino querubínico” da Liturgia bizantina) Além disso, festeja mais
particularmente a memória de certos anjos (S. Miguel, S. Gabriel, S. Rafael, os anjos da guarda).
§336 – Desde o início (Mt 18,10) até a morte (Lc 16,22), a vida humana é cercada por sua proteção
(SI,34,8) e por sua intercessão (Jó 33,23-24; Zc 1,2; Tb 12,12). “Cada fiel é ladeado por um anjo como
protetor e pastor para conduzi-lo à vida” (S. Basílio, Ad Enomium 3,1). Ainda aqui na terra, a vida
cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.

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Artigo anjos

  • 1. OS Anjos Anjos - Quem são? §350 – Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar e servem a seus desígnios salvíficos em relação às demais criaturas: “Os anjos cooperam para todos os nossos bens” (S. Tomás de Aquino, S.Th. 1,114,3,ad 3). §351 – Os anjos cercam Cristo seu Senhor. Servem-no particularmente, no cumprimento de sua missão salvífica para com os homens. §352 – A Igreja venera os anjos que a ajudam em sua peregrinação terrestre e protegem cada ser humano. Sto. Agostinho diz a respeito deles: “Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz” (S. Agostinho, Psal.103,1,15). Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam “constantemente a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10), são “poderosos executores de sua palavra, obedientes ao som de sua palavra” (Sl 103,20). Como criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais (Pio XII; DS,3891) e imortais (Lc 20,36). Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. Disto dá testemunho o fulgor de sua glória (Dn 10,9-12). §331 – Cristo é o centro do mundo angélico. São seus os anjos: “Quando o Filho do homem vier em sua glória com todos os seus anjos...” (Mt 25,31). São seus porque foram criados por e para Ele: “Pois foi nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Dominações, Principados, Potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele” (Cl l,16). São seus, mais ainda, porque Ele os fez mensageiros de seu projeto de salvação. “Porventura não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?” (Hb 1,14). §328 - A existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição. 332 - Eles aí estão, desde a criação (Jó 38,7) e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao desígnio divino de sua realização: - fecham o paraíso terrestre (Gn 3,24), - protegem Lot (Gn 3,19), - salvam Agar e seu filho (Gn 21,17), - seguram a mão de Abraão (Gn 22,11), - comunicam a lei por seu mistério (At 7,53), - conduzem o povo de Deus (Ex 23,20-23), - anunciam nascimentos (Jz 13) e vocações (Jz 6,11-24; Is 6,6), - assistem os profetas (1Rs 19,5), -O anjo Gabriel anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus (Lc 1,11.26).
  • 2. Anjos maus – o seu pecado §391 – Por trás da opção de desobediência de nossos primeiros pais há uma voz sedutora que se opõe a Deus (Gen 3,1-5) e que, por inveja, os faz cair na morte (Sab 2,24). A Escritura e a Tradição da Igreja vêem neste ser um anjo destronado, chamado Satanás ou Diabo (Jo 8,44; Ap 12,9). A Igreja ensina que ele tinha sido anteriormente um anjo bom, criado por Deus. “Com efeito, o Diabo e outros demônios foram por Deus criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa.” (IV Conc. Latrão, 1215) §392 – A Escritura fala de um pecado desses anjos (2Pe 2,4). Esta “queda” consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e seu Reino. Temos um reflexo desta rebelião nas palavras do Tentador ditas a nossos primeiros pais: “E vós sereis como deuses” (Gn 3,5). O Diabo é pecador “desde o princípio” (1Jo 3,8), “pai da mentira” (Jo 8,44). 393 – É o caráter irrevogável de sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia divina, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. “Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe para os homens após a morte.” (S. João Damasceno; De fide orthodoxa. 2,4). §394 – A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de “o homicida desde o princípio” (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (Mt 4, 1-11). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo” (1Jo 3,9). A mais grave dessas obras, devido às suas conseqüências, foi a sedução mentirosa que introduziu o homem a desobedecer a Deus. §395 – Contudo, o poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre uma criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves danos – de natureza espiritual e, indiretamente, até de natureza física – para cada homem e para a sociedade, esta ação é permitida pela Divina Providência, que com vigor e doçura dirige a história do homem e do mundo. A permissão divina da atividade diabólica é um grande mistério, mas “nós sabemos que Deus coopera em tudo para o bem daqueles que o amam” (Rm 8,28). Anjos – o seu serviço §333 – Desde a Encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é cercada da adoração e do serviço dos anjos. Quando Deus “introduziu o Primogênito no mundo disse: ‘Adorem-no todos os anjos de Deus’” (Hb 1,6). O canto de louvor deles ao nascimento de Cristo não cessou de ressoar no louvor da Igreja: “Glória a Deus...” (Lc 2,14). - Protegem a infância de Jesus (Mt 1,20; 2,13.19), - servem a Jesus no deserto (Mc 1,13; Mt 4,11), - reconfortam-no na agonia (Lc 22,43), - podia ser salvo por eles da mão dos inimigos (Mt 26,53),
  • 3. - como outrora fora Israel (2Mac 10,29-30; 11,8). - São ainda os anjos que “evangelizam” (Lc 2,10), - anunciam a Boa Nova da Encarnação (Lc 2,8-14) e da Ressurreição (Mc 16,5-7) de Cristo. - Estarão presentes no retorno de Cristo, que eles anunciam (At 1,10-11), a serviço do juízo que o próprio Cristo pronunciará (Mt 13,41; 25,31; Lc 12,8). §334 –Do mesmo modo, a vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos (At 5,18-20; 8,26-29; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25 ). §335 – Em sua liturgia, a Igreja se associa aos anjos para adorar o Deus três vezes Santo (MR, Prex eucharistica, 27); ela invoca a sua assistência ( Para o Paraíso te levem os anjos, da Liturgia dos defuntos (OEx, 50), ou ainda no “hino querubínico” da Liturgia bizantina) Além disso, festeja mais particularmente a memória de certos anjos (S. Miguel, S. Gabriel, S. Rafael, os anjos da guarda). §336 – Desde o início (Mt 18,10) até a morte (Lc 16,22), a vida humana é cercada por sua proteção (SI,34,8) e por sua intercessão (Jó 33,23-24; Zc 1,2; Tb 12,12). “Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida” (S. Basílio, Ad Enomium 3,1). Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.