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SEMINÁRIO
DE
TÊXTEIS
O seminário é um instrumento pedagógico que
tem como objetivo informar dados sobre o
assunto a ser investigado - TECIDOS E SUA
CONSERVAÇÃO NO BRASIL – MUSEUS E
COLEÇÕES
 ORIGEM
 FIBRA TÊXTIL - são classificadas em: Naturais e Não Naturais.

 Naturais
 Animais: Secreção Glandular - sedas (bicho da seda)
 Vegetais: Semente – algodão, sumaúma (Há quem diga que elas originaram
rios e igarapés da Amazônia.
 Fibras não Naturais
 Artificiais/celulósicas – viscose

 Sintéticas – Poliamida (nylon), Poliester e Acrílica.

 Inorgânicas – vidro e metal
 - O Conservador examina primeiro cada peça para identificar os
materiais dos componentes e o estado em que se encontra
individualmente para então, considerar em que medida os materiais
vão continuar a envelhecer e interagir.
 - Alguns exemplos a citar incluem o uso de cortes estratigráficos para
estudos de têxteis com pinturas e a radiografia de suas várias camadas.
Para isto se realizam diagnósticos, tratamento de conservação e
restauração, além das atividades referentes à conservação preventiva.
 Deterioração

 - Um têxtil exposto a luz tende a descolorir e ocasionar a perda e a
flexibilidade da fibra e acelera o envelhecimento das fibras.
 - Outro fator de degradação é a umidade e temperatura.
 - A deterioração pode ser através da poeira e contaminação
atmosférica, pois atraem a umidade que corrói as fibras e favorece o
crescimento dos insetos, desta forma.
 Conservação

 - A Conservação Preventiva visa assegurar vida longa ao patrimônio
documental, diminuindo tanto quanto possível a necessidade de
qualquer intervenção futura, é defender os bens culturais da ação de
agentes químicos, físicos e biológicos que os atacam, dando aos bens
um tratamento correto e a permanente fiscalização das condições
ambientais, manuseio e armazenamento.
 - A conservação-restauração é o conjunto de práticas específicas,
destinadas a estabilizar o bem cultural sob a forma física em que se
encontra, ou no máximo, recuperando os elementos que o tornem
compreensível e utilizável, caso tenham deixado de sê-lo.
 Armazenamento
 - A seleção de materiais no armazenamento é um dos aspectos que
requer atenção especial.
 - Em alguns Museus réplicas são apresentadas, enquanto os artefatos
originais ficam intocáveis em vitrines com monitoramentos específicos de
temperatura e umidade relativa do ar, desta forma, o tempo de vida será
prorrogado.
 Conservação de estofados
 À conservação dos estofados em têxteis, nos museus e casas históricas
resulta na soma de investigação, preservação e apresentação, os quais
representam uma variedade de desafios técnicos e soluções no acesso das
estruturas internas ocultas para fins de investigação e tratamento.
 - Conseqüentemente, os resultados documentais podem ser menores
quando o objeto apresentar um estado de conservação mais completo
O raio X pode ser uma ferramenta eficiente de exame aplicada à uma
cadeira do século XIX, a qual proporcionou um maior entendimento
sobre a configuração e espectro dos materiais ocultos dentro das
estruturas do estofado.
 - O exame não intervencionista e as técnicas de documentação por
não envolverem os materiais foi adotada no exame mais aprofundado
em uma cadeira do século XVII e as áreas parcialmente soltas ou
faltantes foram examinadas, usando ferramentas e técnicas básicas,
incluindo a ampliação, iluminação ultravioleta e a normal
 - O raios X pode ser uma ferramenta eficiente de exame aplicada à
uma cadeira do século XIX, a qual proporcionou um maior
entendimento sobre a configuração e espectro dos materiais ocultos
dentro das estruturas do estofado.
 Tratamentos intervencionistas: questões éticas e
práticas
 - Tratamento
 A compensação para a perda da forma e volume do enchimento
original de espuma foi conseguido com a adição de enchimentos
adequados à conservação, que ajudaram na sustentação do tecido de
revestimento e no restabelecimento do formato original da cadeira
Race. Com a finalidade de minimizar danos à estrutura do sofá de
Audley End durante as camadas estofadas foi não inserir todas as
tachas, embrulhando-se o madeiramento (mais interno) firmemente
com o tecido de linho, criando uma base sobre a qual a maioria das
camadas reintroduzidas pôde ser costurada.
 De acordo com a conclusão de Kathryn Gill a conservação de estofados
tem como metas: a documentação e preservação dos materiais e das
evidências de tecnologia e de uso do objeto; ajudar a prevenir danos
futuros e, quando a reconstrução é considerada apropriada,
apresentar o estofado com a aparência tão próxima do original quanto
possível.
 Cabe aqui salientar que os estofados são confeccionados com uma
estrutura de madeira e as madeiras empregadas como todo o material
orgânico, são vulneráveis as variações das condições ambientais
(principalmente referentes à mudanças de UR e T). Desta forma,
requerem cuidados especiais quando são retiradas de seu ambiente de
origem para serem expostas em outros locais.
 Em 1977 no Museo San Miguel de Azapa foram dados os primeiros
passos na conservação de têxteis, inclusive sendo o primeiro lugar a
ter uma especialista na área;
 Em 1978 foi criado um departamento têxtil no Museo Histórico
Nacional;
 em 1981 foi criado um laboratório de conservação no Museu de Arte
Pré-Colombiana;
 em 1987 foi criado o Comitê Nacional de Conservación têxtil
 em 1995 foi criado o Centro Patrimonial de conservación textil de
Valparaíso;
 em 1999 forma-se o museu da Moda Têxtil com uma grande coleção de
vestuário e especialistas em conservação
 Museo Histórico Nacional do Chile
 O Museo Histórico Nacional possui um rico patrimônio têxtil.
No inicio a dedicação maior era com a restauração dos têxteis,
atualmente a prioridade é para o manejo da coleção e a
conservação preventiva, inclusive com um trabalho mais
cientifico em um laboratório químico criado em 1996 para dar
apoio à pesquisa e solucionar problemas com a conservação dos
objetos têxteis.
 A administração da coleção implica no conhecimento da
localização dos objetos em depósito, em exposição e em
transito.
 Atualmente o museu faz o manejo integral das coleções tanto
dentro como nas exposições temporárias e conjuntas.
 Etapas para conservação da coleção têxtil:
 - recepção
 - procedência
 - armazenagem
 - depósito
 Sistemas de armazenagens:
 - horizontal
 - vertical ou pendurado
 - enrolado em cilindros
 Exposição:
 forma ideal é em vitrinas, e quando exposto, sempre longe ao toque
do publico, evitar períodos longos de exposição da peça. O suporte da
peça deve ser recriada o mais parecido com a silhueta do período
correspondente oferecendo ao visitante a informação correta e a
proteção adequada a conservação sem ferir a sua integridade.
 Museu Paulista – São Paulo - Brasil
 O departamento de Têxteis do Museu Paulista foi estruturado
pela conservadora têxtil Teresa Cristina Toledo de Paula e para
ela a roupa deve ser analisada quanto a sua procedência,
tecnologia de manufatura, uso de matéria prima, modelagem,
acabamentos.
 Para fazer a analise desta fonte inerte, segundo a bibliografia de
Barreto 1982/4,durbin; Morris: Wilkinson 1990, Prown 1994, horto ;
Grunberg; Moteiro 1999, Taylor 2002, cinco questões devem ser
abordadas quando estudamos um artefato têxtil como um vestido por
exemplo:
 1- Observação das características físicas.
 2- Descrição ou Registro.
 3- A identificação.
 4- Exploração ou especulação do problema.
 5- Pesquisa em outras fontes e programas de pesquisa.
 A roupa deve ser tratada como documento histórico, apesar das
dificuldades de fontes para estudos, pois há um riquíssimo valor
histórico no que vestimos e na preservação do nosso patrimônio
cultural.
 A documentação de acervos museológicos é o conjunto de informações sobre
cada um dos seus itens e, por conseguinte, a representação destes por meio da
palavra e da imagem (fotografia). Ao mesmo tempo é um sistema de
recuperação de informação capaz de transformar as coleções dos museus em
fontes de pesquisa científica ou instrumentos de transmissão de conhecimento
( Helena Ferrez).

 Aspectos da documentação da coleção têxtil e vestuário do Museu Histórico
Nacional do Chile
 A documentação de têxteis é importante, tanto para a gestão eficiente da
coleção, como para garantir sua preservação. Se um objeto está bem
documentado e existe um sistema de controle da localização das peças
diminuirá consideravelmente o seu manuseio
 Para o processo de documentação de suas coleções o Departamento
Textil conta com as seguintes ferramentas:
 Livros de registros
 Ficha de inventário
 Ficha de catalogação ou classificação
 Base de dados Sur Internet
 Glossário de terminologia
 Listas de localização
 Existem outras fontes complementares de documentação de objetos, tais
como:
 Relatórios de projetos de pesquisa realizados sobre a coleção
 Histórico de empréstimos dos objetos
 Publicações
 E na área de conservação:
 Fichas técnicas
 Relatórios dos tratamentos realizados
 Ainda temos como tarefa pendente a redação do manual de
procedimentos que complementa as políticas de coleções, e que
incluirá a padronização dos seguintes itens:
 Localização do número do inventário
 Descrição do objeto
 Registro de medidas
 Rotulação de containers, entre outros
 A pesquisa

 Na área da documentação, realizaram-se nos últimos anos, três
projetos em torno da coleção têxtil:

 Estudo da documentação do traje do Chile de 1750 a 1890.
 Recuperação e adequação para a exposição da coleção de
leques do MHN
 Tecidos europeus no vestuário chileno do século XIX: coleção de
trajes do MHN, 1859 –1900



 Complementar a informação existente na base de dados Sur, em
seus campos correspondentes, de modo que seja possível
realizar buscas através de tipologias ou períodos históricos.
 Trasladar a seus respectivos campos a informação obtida através
das investigações.
 Gerar um catálogo básico de consulta, com um sistema que
permita sua complementação através do tempo, a partir do
banco de imagens gerado com a documentação visual.


 Projetor Multimídia/Microcomputador/Power, Point e arquivo de apresentação

 Internet - Imagens
 Internet - http://trajesdeportugal.blogspot.com.br/2009_06_01_archive.html
 Confecção de Apostila sobre o Seminário

 Bibliografia
 1. Alegria, L. et al, Informe Proyeto ”Automatizacion y Manejo integral de colecciones del Museo Nacional”, Santiago, 2005.
Comité de Colecciones. Politica de coleciones Museo Historico Nacional, Santiago, 2005.
 Helena Dodd Ferrez – Documentação Museológica: Teoria para uma Boa Prática.
 2. Comité Nacional de Conservación Textil - Boletin Informativo 1990
 3. EASTOP, Dinah. A conservação de têxteis como uma prática de conservação, de investigação e de apresentação. In: Anais do
Seminário Internacional: Tecidos e sua Conservação no Brasil: Museus e Coleções. São Paulo: Museu Paulista da USP, 2006. p.52-
58.
 4. GILL, Kathryn. Conservação de Estofados: um desafio no acesso às estruturas internas ocultas de um objeto para fins de
investigação e preservação. In: Anais do Seminário Internacional: Tecidos e sua Conservação no Brasil: Museus e Coleções. São
Paulo: Museu Paulista da USP, 2006. p.59-66
 5. MUJICA, Jayme. Curso de Conservação e Restauro – Ambiente e Conservação (aulas).




 O conhecimento absorvido em salas de aula, pesquisas, livros, etc. é que soma
“saberes” e torna o acadêmico erudito. As informações são estruturadas na
cultura de outros povos, estados e cidades, as quais, embora valiosas, muitas
vezes, não correspondem as nossas necessidades. Desta forma, nem sempre,
os métodos utilizados pelo Conservador e Restaurador serão os mesmos, em
virtude das diferentes áreas geográficas.
 Para concluir o assunto sobre tecidos e têxteis, informamos aos colegas de
outros Estados que nesta cidade existiu uma grande fábrica, “Companhia
Fiação e Tecidos Pelotense”, em atividade no período de 5/2/1908 até
13/2/1974, da qual ficaram documentos fotográficos, simbolizando uma
memória individual e coletiva.

 Quem desejar conhecer mais sobre a Fábrica de Tecidos visite este link:
http://www.revistaovies.com/reportagens/2011/06/ruinas-de-outra-epoca/

 Agradecemos a cada um dos presentes o interesse
por nosso Seminário.

 Acadêmicas:
 Sonia Elisa Garcia,
 Tânia Fernandes
 Vera Regina Peres.

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Apresentação seminário

  • 2. O seminário é um instrumento pedagógico que tem como objetivo informar dados sobre o assunto a ser investigado - TECIDOS E SUA CONSERVAÇÃO NO BRASIL – MUSEUS E COLEÇÕES
  • 3.  ORIGEM  FIBRA TÊXTIL - são classificadas em: Naturais e Não Naturais.   Naturais  Animais: Secreção Glandular - sedas (bicho da seda)  Vegetais: Semente – algodão, sumaúma (Há quem diga que elas originaram rios e igarapés da Amazônia.  Fibras não Naturais  Artificiais/celulósicas – viscose   Sintéticas – Poliamida (nylon), Poliester e Acrílica.   Inorgânicas – vidro e metal
  • 4.  - O Conservador examina primeiro cada peça para identificar os materiais dos componentes e o estado em que se encontra individualmente para então, considerar em que medida os materiais vão continuar a envelhecer e interagir.  - Alguns exemplos a citar incluem o uso de cortes estratigráficos para estudos de têxteis com pinturas e a radiografia de suas várias camadas. Para isto se realizam diagnósticos, tratamento de conservação e restauração, além das atividades referentes à conservação preventiva.
  • 5.  Deterioração   - Um têxtil exposto a luz tende a descolorir e ocasionar a perda e a flexibilidade da fibra e acelera o envelhecimento das fibras.  - Outro fator de degradação é a umidade e temperatura.  - A deterioração pode ser através da poeira e contaminação atmosférica, pois atraem a umidade que corrói as fibras e favorece o crescimento dos insetos, desta forma.
  • 6.
  • 7.  Conservação   - A Conservação Preventiva visa assegurar vida longa ao patrimônio documental, diminuindo tanto quanto possível a necessidade de qualquer intervenção futura, é defender os bens culturais da ação de agentes químicos, físicos e biológicos que os atacam, dando aos bens um tratamento correto e a permanente fiscalização das condições ambientais, manuseio e armazenamento.  - A conservação-restauração é o conjunto de práticas específicas, destinadas a estabilizar o bem cultural sob a forma física em que se encontra, ou no máximo, recuperando os elementos que o tornem compreensível e utilizável, caso tenham deixado de sê-lo.
  • 8.  Armazenamento  - A seleção de materiais no armazenamento é um dos aspectos que requer atenção especial.  - Em alguns Museus réplicas são apresentadas, enquanto os artefatos originais ficam intocáveis em vitrines com monitoramentos específicos de temperatura e umidade relativa do ar, desta forma, o tempo de vida será prorrogado.  Conservação de estofados  À conservação dos estofados em têxteis, nos museus e casas históricas resulta na soma de investigação, preservação e apresentação, os quais representam uma variedade de desafios técnicos e soluções no acesso das estruturas internas ocultas para fins de investigação e tratamento.
  • 9.  - Conseqüentemente, os resultados documentais podem ser menores quando o objeto apresentar um estado de conservação mais completo O raio X pode ser uma ferramenta eficiente de exame aplicada à uma cadeira do século XIX, a qual proporcionou um maior entendimento sobre a configuração e espectro dos materiais ocultos dentro das estruturas do estofado.  - O exame não intervencionista e as técnicas de documentação por não envolverem os materiais foi adotada no exame mais aprofundado em uma cadeira do século XVII e as áreas parcialmente soltas ou faltantes foram examinadas, usando ferramentas e técnicas básicas, incluindo a ampliação, iluminação ultravioleta e a normal
  • 10.  - O raios X pode ser uma ferramenta eficiente de exame aplicada à uma cadeira do século XIX, a qual proporcionou um maior entendimento sobre a configuração e espectro dos materiais ocultos dentro das estruturas do estofado.  Tratamentos intervencionistas: questões éticas e práticas  - Tratamento
  • 11.  A compensação para a perda da forma e volume do enchimento original de espuma foi conseguido com a adição de enchimentos adequados à conservação, que ajudaram na sustentação do tecido de revestimento e no restabelecimento do formato original da cadeira Race. Com a finalidade de minimizar danos à estrutura do sofá de Audley End durante as camadas estofadas foi não inserir todas as tachas, embrulhando-se o madeiramento (mais interno) firmemente com o tecido de linho, criando uma base sobre a qual a maioria das camadas reintroduzidas pôde ser costurada.  De acordo com a conclusão de Kathryn Gill a conservação de estofados tem como metas: a documentação e preservação dos materiais e das evidências de tecnologia e de uso do objeto; ajudar a prevenir danos futuros e, quando a reconstrução é considerada apropriada, apresentar o estofado com a aparência tão próxima do original quanto possível.
  • 12.  Cabe aqui salientar que os estofados são confeccionados com uma estrutura de madeira e as madeiras empregadas como todo o material orgânico, são vulneráveis as variações das condições ambientais (principalmente referentes à mudanças de UR e T). Desta forma, requerem cuidados especiais quando são retiradas de seu ambiente de origem para serem expostas em outros locais.
  • 13.
  • 14.  Em 1977 no Museo San Miguel de Azapa foram dados os primeiros passos na conservação de têxteis, inclusive sendo o primeiro lugar a ter uma especialista na área;  Em 1978 foi criado um departamento têxtil no Museo Histórico Nacional;  em 1981 foi criado um laboratório de conservação no Museu de Arte Pré-Colombiana;  em 1987 foi criado o Comitê Nacional de Conservación têxtil  em 1995 foi criado o Centro Patrimonial de conservación textil de Valparaíso;  em 1999 forma-se o museu da Moda Têxtil com uma grande coleção de vestuário e especialistas em conservação
  • 15.  Museo Histórico Nacional do Chile  O Museo Histórico Nacional possui um rico patrimônio têxtil. No inicio a dedicação maior era com a restauração dos têxteis, atualmente a prioridade é para o manejo da coleção e a conservação preventiva, inclusive com um trabalho mais cientifico em um laboratório químico criado em 1996 para dar apoio à pesquisa e solucionar problemas com a conservação dos objetos têxteis.  A administração da coleção implica no conhecimento da localização dos objetos em depósito, em exposição e em transito.  Atualmente o museu faz o manejo integral das coleções tanto dentro como nas exposições temporárias e conjuntas.
  • 16.  Etapas para conservação da coleção têxtil:  - recepção  - procedência  - armazenagem  - depósito  Sistemas de armazenagens:  - horizontal  - vertical ou pendurado  - enrolado em cilindros
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.  Exposição:  forma ideal é em vitrinas, e quando exposto, sempre longe ao toque do publico, evitar períodos longos de exposição da peça. O suporte da peça deve ser recriada o mais parecido com a silhueta do período correspondente oferecendo ao visitante a informação correta e a proteção adequada a conservação sem ferir a sua integridade.  Museu Paulista – São Paulo - Brasil  O departamento de Têxteis do Museu Paulista foi estruturado pela conservadora têxtil Teresa Cristina Toledo de Paula e para ela a roupa deve ser analisada quanto a sua procedência, tecnologia de manufatura, uso de matéria prima, modelagem, acabamentos.
  • 21.  Para fazer a analise desta fonte inerte, segundo a bibliografia de Barreto 1982/4,durbin; Morris: Wilkinson 1990, Prown 1994, horto ; Grunberg; Moteiro 1999, Taylor 2002, cinco questões devem ser abordadas quando estudamos um artefato têxtil como um vestido por exemplo:  1- Observação das características físicas.  2- Descrição ou Registro.  3- A identificação.  4- Exploração ou especulação do problema.  5- Pesquisa em outras fontes e programas de pesquisa.  A roupa deve ser tratada como documento histórico, apesar das dificuldades de fontes para estudos, pois há um riquíssimo valor histórico no que vestimos e na preservação do nosso patrimônio cultural.
  • 22.  A documentação de acervos museológicos é o conjunto de informações sobre cada um dos seus itens e, por conseguinte, a representação destes por meio da palavra e da imagem (fotografia). Ao mesmo tempo é um sistema de recuperação de informação capaz de transformar as coleções dos museus em fontes de pesquisa científica ou instrumentos de transmissão de conhecimento ( Helena Ferrez).   Aspectos da documentação da coleção têxtil e vestuário do Museu Histórico Nacional do Chile  A documentação de têxteis é importante, tanto para a gestão eficiente da coleção, como para garantir sua preservação. Se um objeto está bem documentado e existe um sistema de controle da localização das peças diminuirá consideravelmente o seu manuseio
  • 23.  Para o processo de documentação de suas coleções o Departamento Textil conta com as seguintes ferramentas:  Livros de registros  Ficha de inventário  Ficha de catalogação ou classificação  Base de dados Sur Internet  Glossário de terminologia  Listas de localização
  • 24.  Existem outras fontes complementares de documentação de objetos, tais como:  Relatórios de projetos de pesquisa realizados sobre a coleção  Histórico de empréstimos dos objetos  Publicações  E na área de conservação:  Fichas técnicas  Relatórios dos tratamentos realizados  Ainda temos como tarefa pendente a redação do manual de procedimentos que complementa as políticas de coleções, e que incluirá a padronização dos seguintes itens:  Localização do número do inventário  Descrição do objeto  Registro de medidas  Rotulação de containers, entre outros
  • 25.  A pesquisa   Na área da documentação, realizaram-se nos últimos anos, três projetos em torno da coleção têxtil:   Estudo da documentação do traje do Chile de 1750 a 1890.  Recuperação e adequação para a exposição da coleção de leques do MHN  Tecidos europeus no vestuário chileno do século XIX: coleção de trajes do MHN, 1859 –1900   
  • 26.  Complementar a informação existente na base de dados Sur, em seus campos correspondentes, de modo que seja possível realizar buscas através de tipologias ou períodos históricos.  Trasladar a seus respectivos campos a informação obtida através das investigações.  Gerar um catálogo básico de consulta, com um sistema que permita sua complementação através do tempo, a partir do banco de imagens gerado com a documentação visual.  
  • 27.  Projetor Multimídia/Microcomputador/Power, Point e arquivo de apresentação   Internet - Imagens  Internet - http://trajesdeportugal.blogspot.com.br/2009_06_01_archive.html  Confecção de Apostila sobre o Seminário   Bibliografia  1. Alegria, L. et al, Informe Proyeto ”Automatizacion y Manejo integral de colecciones del Museo Nacional”, Santiago, 2005. Comité de Colecciones. Politica de coleciones Museo Historico Nacional, Santiago, 2005.  Helena Dodd Ferrez – Documentação Museológica: Teoria para uma Boa Prática.  2. Comité Nacional de Conservación Textil - Boletin Informativo 1990  3. EASTOP, Dinah. A conservação de têxteis como uma prática de conservação, de investigação e de apresentação. In: Anais do Seminário Internacional: Tecidos e sua Conservação no Brasil: Museus e Coleções. São Paulo: Museu Paulista da USP, 2006. p.52- 58.  4. GILL, Kathryn. Conservação de Estofados: um desafio no acesso às estruturas internas ocultas de um objeto para fins de investigação e preservação. In: Anais do Seminário Internacional: Tecidos e sua Conservação no Brasil: Museus e Coleções. São Paulo: Museu Paulista da USP, 2006. p.59-66  5. MUJICA, Jayme. Curso de Conservação e Restauro – Ambiente e Conservação (aulas).   
  • 28.   O conhecimento absorvido em salas de aula, pesquisas, livros, etc. é que soma “saberes” e torna o acadêmico erudito. As informações são estruturadas na cultura de outros povos, estados e cidades, as quais, embora valiosas, muitas vezes, não correspondem as nossas necessidades. Desta forma, nem sempre, os métodos utilizados pelo Conservador e Restaurador serão os mesmos, em virtude das diferentes áreas geográficas.  Para concluir o assunto sobre tecidos e têxteis, informamos aos colegas de outros Estados que nesta cidade existiu uma grande fábrica, “Companhia Fiação e Tecidos Pelotense”, em atividade no período de 5/2/1908 até 13/2/1974, da qual ficaram documentos fotográficos, simbolizando uma memória individual e coletiva.   Quem desejar conhecer mais sobre a Fábrica de Tecidos visite este link: http://www.revistaovies.com/reportagens/2011/06/ruinas-de-outra-epoca/ 
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  • 32.  Agradecemos a cada um dos presentes o interesse por nosso Seminário.   Acadêmicas:  Sonia Elisa Garcia,  Tânia Fernandes  Vera Regina Peres.