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UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CAMPUS JOINVILLE - SC
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO NAVAL
INTRODUÇÃO A FADIGA – APLICAÇÃO NAVAL
2014
Aluno de graduação: Vitor Carvalho Nazário
FADIGA
 “O termo fadiga aplica-se ao fenômeno respeitante às
alterações de propriedades dos materiais em resultados
de solicitações cíclicas...”
 “... é o enfraquecimento profressivo de uma peça ou
estrutura sujeita a
solicitações variáveis e
que ao fim de um
determinado período
conduzem à rotura.”
FADIGA
 Os processos de degradação estrutural,tais como trincas
devidas à fadiga, estão sempre presentes ao longo da
operação de embarcações.
 A análise de fadiga tem como objetivo garantir que todos
os componentes estruturais expostos a uma carga
dinâmica tenham uma vida à fadiga adequada.
FADIGA
Modo de falha:
 Descontinuidade do plano cristalino;
 Propagação de trinca na descontinuidade;
 Colapso por fratura frágil;
FADIGA
Crescimento de trinca (caso superficial):
FADIGA
Etapas de projeto e dimensionamento
 O diagrama semilogaritmico mais usado para caracterizar a
rotura por fadiga é a curva de Wohler ou diagrama S-N; este
diagrama caracteriza a fadiga multicíclica.
 Para solicitações abaixo de um determinado nível de tensões,
não ocorrem danos visíveis de fadiga; chama-se a esta zona
de segurança e a correspondente tensão mais elevada, a
tensão limite da fadiga.
 A vida em fadiga calculada fornece uma base para o projeto
estrutural (seleção do tipo de aço, dimensionamento dos
escantilhões e detalhes locais)
FADIGA
Curva de Wohler;
FADIGA
Lei de Paris-Erdogan
 Propagação de trinca por número de ciclos;
Onde mf e C são constantes do material e DK o fator de
intensidade de tensões;
Onde a é a dimensão da trinca Y(a) fator geométrico (se em
superfície ou interna), D Smf é o valor da amplitude de tensão
DSmf = D S.Kf, onde Kf é o fator de concentração de tensões
devido à geometria e DS a tensão nominal;
FADIGA
Para melhores aproximações é utilizado o MEF determinando as
tensões atuantes.
FADIGA
 Possiveis locais para ocorrer fadiga em embarcações:
FADIGA
 A fadiga no casco é causada pelo movimento oscilatório
das ondas, que induzem tensões alternantes.
FADIGA
 “...identificar regiões da estrutura vulneráveis ao
fenômeno de fadiga, possibilitando uma otimização
da estrutura em uma fase de projeto, ou um
dimensionamento de um programa de inspeções,
durante a sua fase Operativa.”
 “O procedimento de cálculo de vida a fadiga é
altamente dependente da avaliação das dimensões
da trinca...”
FADIGA
Bibliografia:
http://www.ipen.org.br/Artigos-congresso23-Sobena/SOBENA2010-48.pdf
https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/3779571246094/TN-C1f1.pdf

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Apresentação Fadiga Construcao Naval Engenharia Naval

  • 1. UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE - SC PROCESSO DE CONSTRUÇÃO NAVAL INTRODUÇÃO A FADIGA – APLICAÇÃO NAVAL 2014 Aluno de graduação: Vitor Carvalho Nazário
  • 2. FADIGA  “O termo fadiga aplica-se ao fenômeno respeitante às alterações de propriedades dos materiais em resultados de solicitações cíclicas...”  “... é o enfraquecimento profressivo de uma peça ou estrutura sujeita a solicitações variáveis e que ao fim de um determinado período conduzem à rotura.”
  • 3. FADIGA  Os processos de degradação estrutural,tais como trincas devidas à fadiga, estão sempre presentes ao longo da operação de embarcações.  A análise de fadiga tem como objetivo garantir que todos os componentes estruturais expostos a uma carga dinâmica tenham uma vida à fadiga adequada.
  • 4. FADIGA Modo de falha:  Descontinuidade do plano cristalino;  Propagação de trinca na descontinuidade;  Colapso por fratura frágil;
  • 5. FADIGA Crescimento de trinca (caso superficial):
  • 6. FADIGA Etapas de projeto e dimensionamento  O diagrama semilogaritmico mais usado para caracterizar a rotura por fadiga é a curva de Wohler ou diagrama S-N; este diagrama caracteriza a fadiga multicíclica.  Para solicitações abaixo de um determinado nível de tensões, não ocorrem danos visíveis de fadiga; chama-se a esta zona de segurança e a correspondente tensão mais elevada, a tensão limite da fadiga.  A vida em fadiga calculada fornece uma base para o projeto estrutural (seleção do tipo de aço, dimensionamento dos escantilhões e detalhes locais)
  • 8. FADIGA Lei de Paris-Erdogan  Propagação de trinca por número de ciclos; Onde mf e C são constantes do material e DK o fator de intensidade de tensões; Onde a é a dimensão da trinca Y(a) fator geométrico (se em superfície ou interna), D Smf é o valor da amplitude de tensão DSmf = D S.Kf, onde Kf é o fator de concentração de tensões devido à geometria e DS a tensão nominal;
  • 9. FADIGA Para melhores aproximações é utilizado o MEF determinando as tensões atuantes.
  • 10. FADIGA  Possiveis locais para ocorrer fadiga em embarcações:
  • 11. FADIGA  A fadiga no casco é causada pelo movimento oscilatório das ondas, que induzem tensões alternantes.
  • 12. FADIGA  “...identificar regiões da estrutura vulneráveis ao fenômeno de fadiga, possibilitando uma otimização da estrutura em uma fase de projeto, ou um dimensionamento de um programa de inspeções, durante a sua fase Operativa.”  “O procedimento de cálculo de vida a fadiga é altamente dependente da avaliação das dimensões da trinca...”