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CONTROLE
DOS
CUSTOS
NA
RESTAURAÇÃO
OBJECTIVOS:
1. Aplicar os
procedimentos
relacionados com o
controlo de custos
e gestão do
inventário.
2. Fixar os preços
de venda na
ementa.
1. Proceder ao
controlo das
vendas.
2. Calcular os
proveitos, custos e
resultados das
vendas.
1
CONTROLO DE STOCKS
Diferentes tipos de stocks
Taxa de rotação de stocks - inventory
turnover
Par Stock
Análise ABC para a gestão dos stocks
Movimentações das mercadorias
facilmente deterioráveis
Cálculo do stock de segurança
Cálculo do ponto de encomenda
2
NOÇÃO DE STOCK
STOCK:
Por stock, entende-se a existência de qualquer artigo
ou recurso usado numa qualquer organização para
posterior utilização.
Todas as organizações necessitam de deter “stocks”,
cujas finalidades são as seguintes:
prover a procura do consumidor/cliente;
permitir flexibilidade na programação da
confecção das refeições e outros produtos da
restauração;
comprar de forma mais económica;
proporcionar uma salvaguarda para
incumprimentos por parte dos fornecedores.
3
FUNÇÕES DOS STOCKS
FUNÇÕES:
Função de regulação (funcionamento regular
das diferentes etapas da produção ou cadeias
de abastecimento e da actividade sazonal);
Função económica (compra superior às
necessidades no sentido de diminuir o custo
inerente à gestão dos stocks);
Função de antecipação (criação de stocks
de matérias-primas, mercadorias e produtos
por antecipação às vendas);
Função de segurança (criação de um nível
de existências de reserva face a contingências
– stock de segurança).
4
TIPOS DE STOCKS
TIPOS:
Por stock activo (working stock):
-entende-se o nível de existências que se
espera utilizar num determinado período de
tempo;
Por stock de segurança (safety stock
ou buffer stock):
- entende-se o nível extraordinário de
existências que se constitui para fazer face a
situações inesperadas, das quais se destacam
a flutuação da procura e o tempo de entrega.
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RÁCIO DE ROTAÇÃO STOCKS
(EXISTÊNCIAS)
NOÇÃO:
Rácio de rotação de stocks:
-É um rácio de actividade que procura medir
o grau de eficiência com que a empresa está
a efectuar a sua gestão de inventários em
stock.
-Quanto maior o valor do rácio de rotação de
clientes, maior é a eficiência da gestão de
stocks.
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RÁCIO DE ROTAÇÃO STOCKS
(EXISTÊNCIAS)
FÓRMULA DE CÁLCULO:
R = CMVMC / Stocks
em que:
R = Rotação de Stocks,
CMVMC = Custo das Mercadorias Vendidas e das
Matérias Consumidas,
Stocks = Valor médio dos Stocks de Inventários.
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RÁCIO DE ROTAÇÃO STOCKS
(EXISTÊNCIAS)
SIGNIFICADO:
R = CMVMC / Stocks
 O rácio de rotação de stocks mede o número de
vezes que os stocks são convertidos em vendas
durante um determinado período de tempo.
 O rácio de rotação de stocks é calculado pela
divisão do CMVMC num determinado período de
tempo pelo montante médio dos stocks nesse
mesmo período de tempo.
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8
PAR STOCK
SIGNIFICADO:
“Par Stock”:
 Corresponde ao nível de stock que deve
ser mantido em todos os momentos, ou
seja, de forma regular e permanente nas
empresas de determinado artigo.
 Se o nível de stock num determinado
momento descer para níveis inferiores ao
nível do “Par Stock”, o sistema informático
deve alertar e/ou providenciar uma
sugestão de encomenda desse artigo.
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ANÁLISE ABC
Análise ABC:
A análise ABC, também conhecida como Lei de
Pareto ou 20 X 80, consiste em segmentar os
produtos ou referências em três grupos aplicando os
seguinte critérios:
Categoria A: 15 a 20% que representam 75% a 80%
do valor dos stocks;
Categoria B: 20 a 25% que representam 10% a 15%
do valor dos stocks;
Categoria C: 60 a 65% que representam 5% a 10%
do valor dos stocks.
Vários critérios podem ser utilizados na análise ABC:
o consumo, a rotação e o stock médio.
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CUSTOS
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10
ANÁLISE ABC
Análise ABC:
 Em termos clássicos, uma análise ABC
consiste na separação dos artigos em stock
em três grupos, de acordo com o valor das
encomendas anuais (quando se trata de
produtos acabados), ou de acordo com o valor
de consumo anual (quando se trata de
produtos em processo ou matérias-primas).
 O valor de consumo anual ou o valor das
encomendas anual é determinado
multiplicando-se o preço ou custo unitário de
cada item pelo seu consumo ou encomendas
anuais.
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11
ANÁLISE ABC
Curva ABC:
A curva ABC tem
sido bastante
utilizada na gestão
de stocks para a
definição de políticas
de vendas,
planeamento da
distribuição,
programação da produção e uma série de
problemas que ocorrem na vida das empresas,
quer sejam estas de características industriais,
comerciais ou de prestação de serviços.
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12
MOVIMENTAÇÃO DE
MERCADORIAS
CIRCUITO DE TAREFAS:
Recepção e Armazenagem/Arrumação de
Mercadoria
A recepção consiste na:
 pesagem,
 contagem,
 verificação do estado de conservação e
transporte da mercadoria para o interior das
instalações, nomeadamente para os armazéns e
câmaras / arcas frigoríficas.
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MOVIMENTAÇÃO DE
MERCADORIAS
CIRCUITO DE TAREFAS:
Recepção e Armazenagem/Arrumação de
Mercadoria
A armazenagem/arrumação compreende:
 o acondicionamento,
 a colocação, e
 organização da mercadoria,
no local que lhe estiver designado, de acordo
com as suas características de conservação.
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MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS
FACILMENTE DETERIORÁVEIS
CIRCUITO DE TAREFAS:
A armazenagem/arrumação deve ser efectuada nos
seguintes ambientes/condições de conservação:
 Temperatura ambiente: os alimentos são
armazenados em locais cuja temperatura se encontra
entre os 10ºC e os 21ºC; estes locais são vulgarmente
designados de despensas;
 Baixas Temperaturas: os alimentos são colocados
em câmaras frigoríficas ou de congelação com o
objectivo de serem conservados através da
refrigeração ou congelação -
 A refrigeração é feita em câmaras que se
encontram entre os 1ºC e os 4ºC;
 A congelação é feita em arcas ou câmaras
que se encontram no máximo a -18ºC.
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CÁLCULO STOCK DE SEGURANÇA
FÓRMULA DE CÁLCULO DO “Nível de Stock de
Segurança – NSS”:
NSS Máximo = UHDM x (TEHM - TEM)
Em que:
UHDM = Utilização Histórica Diária Máxima
TEHM = Tempo de Entrega Histórico Máximo
TEM = Tempo de Entrega Médio
 O cálculo do nível de stock de segurança permite ter apenas em
stock o inventário suficiente na eventualidade de acontecerem
simultaneamente dois eventos "catastróficos":
1. O tempo de entrega do fornecedor é o máximo que
alguma vez esse mesmo fornecedor demorou;
2. Nos dias em que se espera pela entrega do fornecedor,
a empresa utiliza o inventário ao nível do seu máximo
histórico.
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CÁLCULO DO PONTO DE ENCOMENDA
FÓRMULA DE CÁLCULO DO “Ponto de
Encomenda – NSS”:
O ponto de nova encomenda para reposição de
inventário pode ser calculado da seguinte forma:
PNE = QSS + (QUD x TME)
Em que:
PNE = Ponto de Nova Encomenda
QSS = Quantidade de Stock Segura
QUD = Quantidade Utilizada Diariamente
TME = Tempo Médio de Entrega (em dias)
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17
VALORIZAÇÃO DE
EXISTÊNCIAS
 Valorização de mercadorias: diferentes
métodos de cálculo
 Inventário
 Reconciliação de inventários de armazém
 Requisição de mercadorias:
 Requisição de produtos ao economato
 Transferência de produtos
 Tratamento de devoluções
 Valorização de requisições
 Reconciliações
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VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS:
DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO
Entradas de existências:
As existências devem ser valorizadas à data de
referência do balanço ao seu custo de
aquisição/produção ou ao preço de mercado.
O custo de aquisição de um bem é a soma do
respectivo preço de compra com os gastos
suportados directa ou indirectamente para o
colocar no seu estado actual e no local de
armazém.
O custo de produção de um bem é a soma dos
custos das matérias-primas e outros materiais
directos consumidos.
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NA
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VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS:
DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO
Saídas das existências:
Relativamente aos métodos de custeio
das saídas das existências adopta-se os
seguintes:
• Custo médio ponderado;
• FIFO;
• LIFO.
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VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS:
DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO
Saídas das existências:
 O custo médio ponderado calcula- -se
após cada entrada em armazém,
adicionando ao valor das quantidades
existentes ao das quantidades entradas
e dividindo-o pelas quantidades totais.
 Utilizando este custeio, quer as saídas,
quer os stocks, são valorizados ao custo
médio das entradas.
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VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS:
DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO
Saídas das existências:
FIFO (primeiro a entrar, primeiro a
sair)
As primeiras mercadorias a entrar são as
primeiras a sair.
o As existências vendidas e consumidas
são valorizadas pelos preços mais
antigos sendo, consequentemente as
existências em armazém valorizadas aos
preços mais recentes.
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VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS:
DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO
Saídas das existências:
LIFO (último a entrar, primeiro a sair)
As últimas mercadorias a entrar são as primeiras
a sair.
o Valorizam-se as existências em
armazém pelo preço mais antigo, sendo
as saídas movimentadas, em
consequência, pelos preços mais
recentes (last in, first out).
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INVENTÁRIO
TIPOS DE INVENTÁRIO:
1. Inventário permanente -
• Consiste em manter permanentemente
actualizada as quantidades de cada artigo em
stock através das transacções.
2. Inventário intermitente –
• É realizado no final do ano contabilístico.
• Efectua-se para todos os artigos da empresa o
que implica uma apreciável carga de trabalho
que pode perturbar a sua actividade.
• Impossibilita o conhecimento dos resultados
ao longo do ano.
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NA
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RECONCILIAÇÃO DE INVENTÁRIOS EM
ARMAZÉM:
Deve-se efectuar contagens físicas aos
armazéns:
Das diferenças resultantes entre:
- as quantidades existentes no suporte informático,
e,
- as quantidades reais,
 Surge os “Acertos de Inventário”.
Acerto de Stock- é um documento de stock que
corrige a quantidade existente e disponível do
produto.
Ou seja, nem será considerado como uma entrada,
nem como uma saída, será sim, um acerto de
quantidade.
CCR
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CUSTOS
NA
RESTAURAÇÃO
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25
REQUISIÇÃO DE MERCADORIAS E OUTROS
DOCUMENTOS:
Requisição de produtos ao economato
Transferência de produtos
Tratamento de devoluções
Valorização de requisições
Reconciliações
Outros documentos em anexo.
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26
FOLHAS DE REGISTO DE CONTROLO DAS
MATÉRIAS-PRIMAS E INGREDIENTES
Tipos matérias-primas Designação Periodicidade
Refrigeradas
Congeladas
À temperatura ambiente
Verificado por: …………… Data: …… / …… / …….
27
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FOLHA DE REGISTO DA RECEPÇÃO DAS MATÉRIAS-
PRIMAS E INGREDIENTES
28
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RESTAURAÇÃO
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Mês:_________________________________________
Ano:________________
Data Produto Lote Quantidade
Data
validade
Fornecedor
Avaliação
das
condições
transporte
Destino
Produto
conforme
(Sim
/Não)
Responsável
Verificado por: ……… ………………… Data: …… / …… / …….
FOLHAS DE REGISTO DE RECUSA DAS
MATÉRIAS-PRIMAS E INGREDIENTES
29
CCR
"CONTROLE
CUSTOS
NA
RESTAURAÇÃO
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Gomes
DATA DE
OCORRÊNCIA
PRODUTO
QUANTIDADE
(KG/N.º
EMBALAGEM)
MOTIVO DE
RECUSA
FORNECEDOR RESPONSÁVEL
Verificado por: ……… ………………… Data: …… / …… / …….
F
ICHAS
DE
IDENTIFICAÇÃO
DE
PRODUTO
NÃO
CONFORME
ESTA
FICHA
DEVE
SER
DESTACADA
E COLOCADA
JUNTO
AO PRODUTO A
IDENTIFICAR
30
CCR
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CUSTOS
NA
RESTAURAÇÃO
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Gomes
Não Utilizar
Produto Não Conforme_____________________
Observações:
Data:_____________
Responsável:_______________
FIXAÇÃO DO PREÇO DA
EMENTA:
 Preço líquido e preço de venda ao
público
IVA
Métodos
de fixação
de preço
na ementa.
31
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RESTAURAÇÃO
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PREÇO LÍQUIDO E PREÇO DE
VENDA AO PÚBLICO
PREÇO LÍQUIDO:
Por preço líquido de venda, entende-se o valor que
efectivamente fica para a empresa vendedora, ou seja, é
igual a:
Preço Líquido = Preço Venda ao Público
(1+Taxa de IVA)
PREÇO DE VENDA AO PÚBLICO = Valor pago pelo
cliente, incluindo o Imposto (IVA).
IVA – “Imposto Sobre o Valor Acrescentado” – Trata-se de
um imposto indirecto aplicado nas transacções
comerciais.
Taxa de IVA (actual) na restauração = 23%
CCR
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TAXAS DE IVA EM VIGOR
TAXA REDUZIDA
 6%
TAXA INTERMÉDIA
 13%
TAXA NORMAL
 23%
Estas taxas de IVA aplicam-se no território de
Portugal Continental.
Para as Ilhas (Açores e Madeira), o valor das taxas é
diferente.
CCR
"CONTROLE
CUSTOS
NA
RESTAURAÇÃO
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33
MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO NA
EMENTA
1. MÉTODO BASEADO NOS CUSTOS
2. MÉTODO BASEADO NA CONCORRÊNCIA
3. MÉTODO BASEADO NA “PROCURA”
CCR
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CUSTOS
NA
RESTAURAÇÃO
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34
MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO
NA EMENTA
1. MÉTODO BASEADO NOS CUSTOS:
 Consiste em adicionar um
valor ao produto;
 O vendedor fixa a margem de
lucro que pretende obter;
 Este método não leva em conta
aspectos importantes no
processo de venda, tais como:
 Os preços da concorrência;
 O valor que o comprador e está
disposto a pagar.
CCR
"CONTROLE
CUSTOS
NA
RESTAURAÇÃO
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35
MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO
NA EMENTA
2. MÉTODO BASEADO NA CONCORRÊNCIA:
 Com base neste método, o preço
é fixado tendo em conta:
 O comportamento da concorrência;
 Os preços praticados pela
concorrência;
 A posição da empresa no mercado
(segmento);
 Este método não leva em conta
aspectos importantes no processo
de gestão da venda, tais como:
 Os custos subjacentes à ementa;
 A margem de lucro.
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RESTAURAÇÃO
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36
MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO
NA EMENTA
3. MÉTODO BASEADO NA “PROCURA”:
 Com base neste método, o preço
é fixado tendo o nível da procura:
 Se a procura aumenta, aumentam-
se os preços;
 Se a procura diminui, diminuem- -
se os preços;
 Este método não leva em conta
aspectos importantes no processo
de gestão da venda, tais como:
 Os custos subjacentes à ementa;
 A margem de lucro;
 Os preços da concorrência.
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37
CONTROLO DAS VENDAS:
 Registo e controlo de vendas
 Análises dos potenciais de vendas
 Conciliação entre vendas e
consumo
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ORÇAMENTOS :
 Proveitos, custos e resultados
 Orçamento
 Previsão de vendas
 Histórico de vendas
39
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ORÇAMENTO:
EXEMPLO PRÁTICO
HOTEL MALCATUR
1. Estrutura operacional do hotel
2. Previsão das vendas
3. Previsões económicas e financeiras
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40
ORÇAMENTO:
EXEMPLO PRÁTICO
Estrutura operacional do hotel:
Para efeitos da análise, considerar-se-á um hotel com as
seguintes características:
Tipologia estabelecimento hotel - categoria 3*.
Dimensionamento de 50 quartos duplos e 2 suites.
Dotado de 2 bares/cafés independentes, um no interior
e outro no exterior.
Dotado de cozinha e sala de refeições/restaurante com
capacidade para 50 pessoas em simultâneo, e polivalente
para outro tipo de eventos.
Hotel dividido em 2 unidades de negócio distintas:
Dormidas (componente alojamento) e
F&B (componente restauração e bar)
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41
ORÇAMENTO:
EXEMPLO PRÁTICO
Previsão das vendas:
Taxa de ocupação em linha com médias da
região em análise - de 30% (cenário realista).
Preço de venda (ao consumidor):
Por quarto:
- 45 € em época baixa
- 80 € em época alta
Por suite:
- 80 € em época baixa
- 120 € em época alta
Capacidade máxima de ocupação = 50 + 2
(quartos + suite) x 365 dias = 18.980 quartos
vendidos.
CCR
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ORÇAMENTO:
EXEMPLO PRÁTICO
Previsão das vendas:
Considera-se como mix de vendas:
- 70% em época alta, e,
- 30% em época baixa,
 o que corresponde a um preço médio ponderado de 69,50 €
(PVP):
 Época alta corresponde ao período de Novembro a Abril.
 Época baixa corresponde ao período de Maio a Setembro.
Vendas de quartos (1 ou 2 ocupantes) de 5.694 quartos,
correspondendo a uma facturação anual de 373.333 € -RevPar de
19,67 €.
Facturação de consumos de mini-bares e/ou dispensadores de
comida embalada = 5.694 €.
Não se considerou ocupação nas suites para efeitos da
projecção.
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43
ORÇAMENTO:
EXEMPLO PRÁTICO
Considera-se como referência para a previsão das vendas do
F&B, os seguintes pressupostos:
Nº de refeições servidas a hóspedes, 50% do nº de quartos
vendidos, equivalendo a 2.847 refeições/ano e 7,8 refeições por
dia.
Nº de refeições servidas a não hóspedes, 5 refeições/dia.
Preço de venda médio por refeição (ao consumidor) de
15€/refeição (tipologia : menu sopa + prato principal + bebida +
café ou buffet livre).
Nº de serviços de bar a hóspedes e não hóspedes (inclui cafés,
bebidas alcoólicas e não alcoólicas e snacks) – 5/dia.
Preço de venda médio por serviço de bar (ao consumidor) de 2
euros.
Facturação anual de refeições = 70.080 €.
Facturação anual de serviços de bar = 3.650 €.
Não se considerou facturação com organização de eventos
festivos ou de outra natureza, que implicam alteração da
estrutura de custos fixos.
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ORÇAMENTO:
EXEMPLO PRÁTICO
Previsões económicas e financeiras:
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ORÇAMENTO:
EXEMPLO PRÁTICO
Previsões económicas e financeiras:
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  • 1. CONTROLE DOS CUSTOS NA RESTAURAÇÃO OBJECTIVOS: 1. Aplicar os procedimentos relacionados com o controlo de custos e gestão do inventário. 2. Fixar os preços de venda na ementa. 1. Proceder ao controlo das vendas. 2. Calcular os proveitos, custos e resultados das vendas. 1
  • 2. CONTROLO DE STOCKS Diferentes tipos de stocks Taxa de rotação de stocks - inventory turnover Par Stock Análise ABC para a gestão dos stocks Movimentações das mercadorias facilmente deterioráveis Cálculo do stock de segurança Cálculo do ponto de encomenda 2
  • 3. NOÇÃO DE STOCK STOCK: Por stock, entende-se a existência de qualquer artigo ou recurso usado numa qualquer organização para posterior utilização. Todas as organizações necessitam de deter “stocks”, cujas finalidades são as seguintes: prover a procura do consumidor/cliente; permitir flexibilidade na programação da confecção das refeições e outros produtos da restauração; comprar de forma mais económica; proporcionar uma salvaguarda para incumprimentos por parte dos fornecedores. 3
  • 4. FUNÇÕES DOS STOCKS FUNÇÕES: Função de regulação (funcionamento regular das diferentes etapas da produção ou cadeias de abastecimento e da actividade sazonal); Função económica (compra superior às necessidades no sentido de diminuir o custo inerente à gestão dos stocks); Função de antecipação (criação de stocks de matérias-primas, mercadorias e produtos por antecipação às vendas); Função de segurança (criação de um nível de existências de reserva face a contingências – stock de segurança). 4
  • 5. TIPOS DE STOCKS TIPOS: Por stock activo (working stock): -entende-se o nível de existências que se espera utilizar num determinado período de tempo; Por stock de segurança (safety stock ou buffer stock): - entende-se o nível extraordinário de existências que se constitui para fazer face a situações inesperadas, das quais se destacam a flutuação da procura e o tempo de entrega. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 5
  • 6. RÁCIO DE ROTAÇÃO STOCKS (EXISTÊNCIAS) NOÇÃO: Rácio de rotação de stocks: -É um rácio de actividade que procura medir o grau de eficiência com que a empresa está a efectuar a sua gestão de inventários em stock. -Quanto maior o valor do rácio de rotação de clientes, maior é a eficiência da gestão de stocks. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 6
  • 7. RÁCIO DE ROTAÇÃO STOCKS (EXISTÊNCIAS) FÓRMULA DE CÁLCULO: R = CMVMC / Stocks em que: R = Rotação de Stocks, CMVMC = Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, Stocks = Valor médio dos Stocks de Inventários. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 7
  • 8. RÁCIO DE ROTAÇÃO STOCKS (EXISTÊNCIAS) SIGNIFICADO: R = CMVMC / Stocks  O rácio de rotação de stocks mede o número de vezes que os stocks são convertidos em vendas durante um determinado período de tempo.  O rácio de rotação de stocks é calculado pela divisão do CMVMC num determinado período de tempo pelo montante médio dos stocks nesse mesmo período de tempo. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 8
  • 9. PAR STOCK SIGNIFICADO: “Par Stock”:  Corresponde ao nível de stock que deve ser mantido em todos os momentos, ou seja, de forma regular e permanente nas empresas de determinado artigo.  Se o nível de stock num determinado momento descer para níveis inferiores ao nível do “Par Stock”, o sistema informático deve alertar e/ou providenciar uma sugestão de encomenda desse artigo. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 9
  • 10. ANÁLISE ABC Análise ABC: A análise ABC, também conhecida como Lei de Pareto ou 20 X 80, consiste em segmentar os produtos ou referências em três grupos aplicando os seguinte critérios: Categoria A: 15 a 20% que representam 75% a 80% do valor dos stocks; Categoria B: 20 a 25% que representam 10% a 15% do valor dos stocks; Categoria C: 60 a 65% que representam 5% a 10% do valor dos stocks. Vários critérios podem ser utilizados na análise ABC: o consumo, a rotação e o stock médio. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 10
  • 11. ANÁLISE ABC Análise ABC:  Em termos clássicos, uma análise ABC consiste na separação dos artigos em stock em três grupos, de acordo com o valor das encomendas anuais (quando se trata de produtos acabados), ou de acordo com o valor de consumo anual (quando se trata de produtos em processo ou matérias-primas).  O valor de consumo anual ou o valor das encomendas anual é determinado multiplicando-se o preço ou custo unitário de cada item pelo seu consumo ou encomendas anuais. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 11
  • 12. ANÁLISE ABC Curva ABC: A curva ABC tem sido bastante utilizada na gestão de stocks para a definição de políticas de vendas, planeamento da distribuição, programação da produção e uma série de problemas que ocorrem na vida das empresas, quer sejam estas de características industriais, comerciais ou de prestação de serviços. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 12
  • 13. MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS CIRCUITO DE TAREFAS: Recepção e Armazenagem/Arrumação de Mercadoria A recepção consiste na:  pesagem,  contagem,  verificação do estado de conservação e transporte da mercadoria para o interior das instalações, nomeadamente para os armazéns e câmaras / arcas frigoríficas. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 13
  • 14. MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS CIRCUITO DE TAREFAS: Recepção e Armazenagem/Arrumação de Mercadoria A armazenagem/arrumação compreende:  o acondicionamento,  a colocação, e  organização da mercadoria, no local que lhe estiver designado, de acordo com as suas características de conservação. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 14
  • 15. MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS FACILMENTE DETERIORÁVEIS CIRCUITO DE TAREFAS: A armazenagem/arrumação deve ser efectuada nos seguintes ambientes/condições de conservação:  Temperatura ambiente: os alimentos são armazenados em locais cuja temperatura se encontra entre os 10ºC e os 21ºC; estes locais são vulgarmente designados de despensas;  Baixas Temperaturas: os alimentos são colocados em câmaras frigoríficas ou de congelação com o objectivo de serem conservados através da refrigeração ou congelação -  A refrigeração é feita em câmaras que se encontram entre os 1ºC e os 4ºC;  A congelação é feita em arcas ou câmaras que se encontram no máximo a -18ºC. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 15
  • 16. CÁLCULO STOCK DE SEGURANÇA FÓRMULA DE CÁLCULO DO “Nível de Stock de Segurança – NSS”: NSS Máximo = UHDM x (TEHM - TEM) Em que: UHDM = Utilização Histórica Diária Máxima TEHM = Tempo de Entrega Histórico Máximo TEM = Tempo de Entrega Médio  O cálculo do nível de stock de segurança permite ter apenas em stock o inventário suficiente na eventualidade de acontecerem simultaneamente dois eventos "catastróficos": 1. O tempo de entrega do fornecedor é o máximo que alguma vez esse mesmo fornecedor demorou; 2. Nos dias em que se espera pela entrega do fornecedor, a empresa utiliza o inventário ao nível do seu máximo histórico. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 16
  • 17. CÁLCULO DO PONTO DE ENCOMENDA FÓRMULA DE CÁLCULO DO “Ponto de Encomenda – NSS”: O ponto de nova encomenda para reposição de inventário pode ser calculado da seguinte forma: PNE = QSS + (QUD x TME) Em que: PNE = Ponto de Nova Encomenda QSS = Quantidade de Stock Segura QUD = Quantidade Utilizada Diariamente TME = Tempo Médio de Entrega (em dias) CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 17
  • 18. VALORIZAÇÃO DE EXISTÊNCIAS  Valorização de mercadorias: diferentes métodos de cálculo  Inventário  Reconciliação de inventários de armazém  Requisição de mercadorias:  Requisição de produtos ao economato  Transferência de produtos  Tratamento de devoluções  Valorização de requisições  Reconciliações 18 CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes
  • 19. VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS: DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO Entradas de existências: As existências devem ser valorizadas à data de referência do balanço ao seu custo de aquisição/produção ou ao preço de mercado. O custo de aquisição de um bem é a soma do respectivo preço de compra com os gastos suportados directa ou indirectamente para o colocar no seu estado actual e no local de armazém. O custo de produção de um bem é a soma dos custos das matérias-primas e outros materiais directos consumidos. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 19
  • 20. VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS: DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO Saídas das existências: Relativamente aos métodos de custeio das saídas das existências adopta-se os seguintes: • Custo médio ponderado; • FIFO; • LIFO. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 20
  • 21. VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS: DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO Saídas das existências:  O custo médio ponderado calcula- -se após cada entrada em armazém, adicionando ao valor das quantidades existentes ao das quantidades entradas e dividindo-o pelas quantidades totais.  Utilizando este custeio, quer as saídas, quer os stocks, são valorizados ao custo médio das entradas. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 21
  • 22. VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS: DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO Saídas das existências: FIFO (primeiro a entrar, primeiro a sair) As primeiras mercadorias a entrar são as primeiras a sair. o As existências vendidas e consumidas são valorizadas pelos preços mais antigos sendo, consequentemente as existências em armazém valorizadas aos preços mais recentes. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 22
  • 23. VALORIZAÇÃO DE MERCADORIAS: DIFERENTES MÉTODOS DE CÁLCULO Saídas das existências: LIFO (último a entrar, primeiro a sair) As últimas mercadorias a entrar são as primeiras a sair. o Valorizam-se as existências em armazém pelo preço mais antigo, sendo as saídas movimentadas, em consequência, pelos preços mais recentes (last in, first out). CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 23
  • 24. INVENTÁRIO TIPOS DE INVENTÁRIO: 1. Inventário permanente - • Consiste em manter permanentemente actualizada as quantidades de cada artigo em stock através das transacções. 2. Inventário intermitente – • É realizado no final do ano contabilístico. • Efectua-se para todos os artigos da empresa o que implica uma apreciável carga de trabalho que pode perturbar a sua actividade. • Impossibilita o conhecimento dos resultados ao longo do ano. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 24
  • 25. RECONCILIAÇÃO DE INVENTÁRIOS EM ARMAZÉM: Deve-se efectuar contagens físicas aos armazéns: Das diferenças resultantes entre: - as quantidades existentes no suporte informático, e, - as quantidades reais,  Surge os “Acertos de Inventário”. Acerto de Stock- é um documento de stock que corrige a quantidade existente e disponível do produto. Ou seja, nem será considerado como uma entrada, nem como uma saída, será sim, um acerto de quantidade. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 25
  • 26. REQUISIÇÃO DE MERCADORIAS E OUTROS DOCUMENTOS: Requisição de produtos ao economato Transferência de produtos Tratamento de devoluções Valorização de requisições Reconciliações Outros documentos em anexo. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 26
  • 27. FOLHAS DE REGISTO DE CONTROLO DAS MATÉRIAS-PRIMAS E INGREDIENTES Tipos matérias-primas Designação Periodicidade Refrigeradas Congeladas À temperatura ambiente Verificado por: …………… Data: …… / …… / ……. 27 CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes
  • 28. FOLHA DE REGISTO DA RECEPÇÃO DAS MATÉRIAS- PRIMAS E INGREDIENTES 28 CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes Mês:_________________________________________ Ano:________________ Data Produto Lote Quantidade Data validade Fornecedor Avaliação das condições transporte Destino Produto conforme (Sim /Não) Responsável Verificado por: ……… ………………… Data: …… / …… / …….
  • 29. FOLHAS DE REGISTO DE RECUSA DAS MATÉRIAS-PRIMAS E INGREDIENTES 29 CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes DATA DE OCORRÊNCIA PRODUTO QUANTIDADE (KG/N.º EMBALAGEM) MOTIVO DE RECUSA FORNECEDOR RESPONSÁVEL Verificado por: ……… ………………… Data: …… / …… / …….
  • 30. F ICHAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTO NÃO CONFORME ESTA FICHA DEVE SER DESTACADA E COLOCADA JUNTO AO PRODUTO A IDENTIFICAR 30 CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes Não Utilizar Produto Não Conforme_____________________ Observações: Data:_____________ Responsável:_______________
  • 31. FIXAÇÃO DO PREÇO DA EMENTA:  Preço líquido e preço de venda ao público IVA Métodos de fixação de preço na ementa. 31 CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes
  • 32. PREÇO LÍQUIDO E PREÇO DE VENDA AO PÚBLICO PREÇO LÍQUIDO: Por preço líquido de venda, entende-se o valor que efectivamente fica para a empresa vendedora, ou seja, é igual a: Preço Líquido = Preço Venda ao Público (1+Taxa de IVA) PREÇO DE VENDA AO PÚBLICO = Valor pago pelo cliente, incluindo o Imposto (IVA). IVA – “Imposto Sobre o Valor Acrescentado” – Trata-se de um imposto indirecto aplicado nas transacções comerciais. Taxa de IVA (actual) na restauração = 23% CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 32
  • 33. TAXAS DE IVA EM VIGOR TAXA REDUZIDA  6% TAXA INTERMÉDIA  13% TAXA NORMAL  23% Estas taxas de IVA aplicam-se no território de Portugal Continental. Para as Ilhas (Açores e Madeira), o valor das taxas é diferente. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 33
  • 34. MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO NA EMENTA 1. MÉTODO BASEADO NOS CUSTOS 2. MÉTODO BASEADO NA CONCORRÊNCIA 3. MÉTODO BASEADO NA “PROCURA” CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 34
  • 35. MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO NA EMENTA 1. MÉTODO BASEADO NOS CUSTOS:  Consiste em adicionar um valor ao produto;  O vendedor fixa a margem de lucro que pretende obter;  Este método não leva em conta aspectos importantes no processo de venda, tais como:  Os preços da concorrência;  O valor que o comprador e está disposto a pagar. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 35
  • 36. MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO NA EMENTA 2. MÉTODO BASEADO NA CONCORRÊNCIA:  Com base neste método, o preço é fixado tendo em conta:  O comportamento da concorrência;  Os preços praticados pela concorrência;  A posição da empresa no mercado (segmento);  Este método não leva em conta aspectos importantes no processo de gestão da venda, tais como:  Os custos subjacentes à ementa;  A margem de lucro. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 36
  • 37. MÉTODOS DE FIXAÇÃO DE PREÇO NA EMENTA 3. MÉTODO BASEADO NA “PROCURA”:  Com base neste método, o preço é fixado tendo o nível da procura:  Se a procura aumenta, aumentam- se os preços;  Se a procura diminui, diminuem- - se os preços;  Este método não leva em conta aspectos importantes no processo de gestão da venda, tais como:  Os custos subjacentes à ementa;  A margem de lucro;  Os preços da concorrência. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 37
  • 38. CONTROLO DAS VENDAS:  Registo e controlo de vendas  Análises dos potenciais de vendas  Conciliação entre vendas e consumo 38 CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes
  • 39. ORÇAMENTOS :  Proveitos, custos e resultados  Orçamento  Previsão de vendas  Histórico de vendas 39 CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes
  • 40. ORÇAMENTO: EXEMPLO PRÁTICO HOTEL MALCATUR 1. Estrutura operacional do hotel 2. Previsão das vendas 3. Previsões económicas e financeiras CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 40
  • 41. ORÇAMENTO: EXEMPLO PRÁTICO Estrutura operacional do hotel: Para efeitos da análise, considerar-se-á um hotel com as seguintes características: Tipologia estabelecimento hotel - categoria 3*. Dimensionamento de 50 quartos duplos e 2 suites. Dotado de 2 bares/cafés independentes, um no interior e outro no exterior. Dotado de cozinha e sala de refeições/restaurante com capacidade para 50 pessoas em simultâneo, e polivalente para outro tipo de eventos. Hotel dividido em 2 unidades de negócio distintas: Dormidas (componente alojamento) e F&B (componente restauração e bar) CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 41
  • 42. ORÇAMENTO: EXEMPLO PRÁTICO Previsão das vendas: Taxa de ocupação em linha com médias da região em análise - de 30% (cenário realista). Preço de venda (ao consumidor): Por quarto: - 45 € em época baixa - 80 € em época alta Por suite: - 80 € em época baixa - 120 € em época alta Capacidade máxima de ocupação = 50 + 2 (quartos + suite) x 365 dias = 18.980 quartos vendidos. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 42
  • 43. ORÇAMENTO: EXEMPLO PRÁTICO Previsão das vendas: Considera-se como mix de vendas: - 70% em época alta, e, - 30% em época baixa,  o que corresponde a um preço médio ponderado de 69,50 € (PVP):  Época alta corresponde ao período de Novembro a Abril.  Época baixa corresponde ao período de Maio a Setembro. Vendas de quartos (1 ou 2 ocupantes) de 5.694 quartos, correspondendo a uma facturação anual de 373.333 € -RevPar de 19,67 €. Facturação de consumos de mini-bares e/ou dispensadores de comida embalada = 5.694 €. Não se considerou ocupação nas suites para efeitos da projecção. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 43
  • 44. ORÇAMENTO: EXEMPLO PRÁTICO Considera-se como referência para a previsão das vendas do F&B, os seguintes pressupostos: Nº de refeições servidas a hóspedes, 50% do nº de quartos vendidos, equivalendo a 2.847 refeições/ano e 7,8 refeições por dia. Nº de refeições servidas a não hóspedes, 5 refeições/dia. Preço de venda médio por refeição (ao consumidor) de 15€/refeição (tipologia : menu sopa + prato principal + bebida + café ou buffet livre). Nº de serviços de bar a hóspedes e não hóspedes (inclui cafés, bebidas alcoólicas e não alcoólicas e snacks) – 5/dia. Preço de venda médio por serviço de bar (ao consumidor) de 2 euros. Facturação anual de refeições = 70.080 €. Facturação anual de serviços de bar = 3.650 €. Não se considerou facturação com organização de eventos festivos ou de outra natureza, que implicam alteração da estrutura de custos fixos. CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 44
  • 45. ORÇAMENTO: EXEMPLO PRÁTICO Previsões económicas e financeiras: CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 45
  • 46. ORÇAMENTO: EXEMPLO PRÁTICO Previsões económicas e financeiras: CCR "CONTROLE CUSTOS NA RESTAURAÇÃO - Paula Gomes 46