O documento apresenta conceitos básicos de toxicologia, abordando sua história, definições de termos como intoxicação e agente tóxico. Explora as vias de absorção e os mecanismos de ação dos agentes tóxicos no organismo, bem como formas de prevenção e monitoramento da exposição ocupacional a esses agentes.
O documento discute conceitos básicos de toxicologia, incluindo a história da toxicologia, definições de termos como intoxicação e agente tóxico. Também aborda as vias de absorção dos agentes tóxicos no organismo, mecanismos de proteção e desintoxicação, e formas de prevenção e monitoramento da intoxicação ocupacional.
O documento discute os conceitos e objetivos da higiene do trabalho, definindo-a como a ciência dedicada a prevenir doenças relacionadas ao ambiente de trabalho. Descreve as fases da higiene do trabalho, incluindo antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos. Também aborda os principais agentes de risco como gases, vapores e poeiras, além das vias de entrada desses agentes no organismo humano.
O documento apresenta informações sobre um treinamento sobre o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), incluindo sua origem, objetivo, programação e módulos a serem abordados. O treinamento visa esclarecer dúvidas sobre o PPP e sua fundamentação legal para melhorar o suporte técnico aos clientes do INSS.
O documento discute agentes químicos no ambiente de trabalho e os riscos à saúde que eles podem causar. Agentes químicos podem ser sólidos, líquidos ou gases e podem entrar no corpo por inalação, contato com a pele ou ingestão, potencialmente causando doenças. Eles são classificados de acordo com seu estado físico e toxicidade.
The Carlton Hobbs Gallery is located in a 51-room New York mansion formerly owned by Virginia Graham Fair Vanderbilt. Antiques dealer Carlton Hobbs purchased the property in 2002 for $10.6 million and renovated it, filling the rooms with antique furniture and pieces worth millions. The gallery emphasizes Continental and British furniture from the 17th-19th centuries, including works commissioned by royalty and architects. It is owned and operated by Carlton Hobbs, who extensively researches each piece using archives and sources.
Jornal Prata Segue em Frente - Dezembro 2013siteduprata
A Prefeitura Municipal de São Domingos do Prata adquiriu um novo ônibus escolar com capacidade para 48 estudantes para atender os alunos a partir de fevereiro, utilizando recursos próprios. Além desse, a Prefeitura possui outros 11 ônibus para o transporte escolar.
El documento resume las principales escuelas filosóficas de la filosofía helenístico-romana entre los siglos IV a.C. y V d.C., incluyendo a los cínicos, estoicos, epicúreos, escépticos y neoplatónicos. Los cínicos promovían una vida sin ataduras materiales, los estoicos enseñaban la resignación ante el destino, los epicúreos buscaban el placer y evitar el dolor, los escépticos suspendían el juicio sobre todo conocimiento, y los neoplatón
O documento discute conceitos básicos de toxicologia, incluindo a história da toxicologia, definições de termos como intoxicação e agente tóxico. Também aborda as vias de absorção dos agentes tóxicos no organismo, mecanismos de proteção e desintoxicação, e formas de prevenção e monitoramento da intoxicação ocupacional.
O documento discute os conceitos e objetivos da higiene do trabalho, definindo-a como a ciência dedicada a prevenir doenças relacionadas ao ambiente de trabalho. Descreve as fases da higiene do trabalho, incluindo antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos. Também aborda os principais agentes de risco como gases, vapores e poeiras, além das vias de entrada desses agentes no organismo humano.
O documento apresenta informações sobre um treinamento sobre o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), incluindo sua origem, objetivo, programação e módulos a serem abordados. O treinamento visa esclarecer dúvidas sobre o PPP e sua fundamentação legal para melhorar o suporte técnico aos clientes do INSS.
O documento discute agentes químicos no ambiente de trabalho e os riscos à saúde que eles podem causar. Agentes químicos podem ser sólidos, líquidos ou gases e podem entrar no corpo por inalação, contato com a pele ou ingestão, potencialmente causando doenças. Eles são classificados de acordo com seu estado físico e toxicidade.
The Carlton Hobbs Gallery is located in a 51-room New York mansion formerly owned by Virginia Graham Fair Vanderbilt. Antiques dealer Carlton Hobbs purchased the property in 2002 for $10.6 million and renovated it, filling the rooms with antique furniture and pieces worth millions. The gallery emphasizes Continental and British furniture from the 17th-19th centuries, including works commissioned by royalty and architects. It is owned and operated by Carlton Hobbs, who extensively researches each piece using archives and sources.
Jornal Prata Segue em Frente - Dezembro 2013siteduprata
A Prefeitura Municipal de São Domingos do Prata adquiriu um novo ônibus escolar com capacidade para 48 estudantes para atender os alunos a partir de fevereiro, utilizando recursos próprios. Além desse, a Prefeitura possui outros 11 ônibus para o transporte escolar.
El documento resume las principales escuelas filosóficas de la filosofía helenístico-romana entre los siglos IV a.C. y V d.C., incluyendo a los cínicos, estoicos, epicúreos, escépticos y neoplatónicos. Los cínicos promovían una vida sin ataduras materiales, los estoicos enseñaban la resignación ante el destino, los epicúreos buscaban el placer y evitar el dolor, los escépticos suspendían el juicio sobre todo conocimiento, y los neoplatón
A continuação do estudo bíblico da doutrina do Reino Messiânico, apresentando a base escriturística que fala do aspecto da justiça. Para mais conteúdo visite: http://profeciasmessianicas.blogspot.com.br/
O primeiro estudo pode ser encontrado no blog http://profeciasmessianicas.blogspot.com.br/
Jornal Prata Segue em Frente - Outubro 2013siteduprata
O Pré Escolar Municipal Duval Mendes foi reinaugurado após passar por reforma e ampliação. As obras incluíram a construção de novas salas de aula, refeitório e depósitos, além de melhorias na infraestrutura elétrica e hidráulica. A escola atende cerca de 200 crianças e o investimento total foi de aproximadamente R$745 mil.
Homilía de la fiesta del Bautismo de Jesus. Ciclo A. Las personas necesitan o...FEDERICO ALMENARA CHECA
Este documento discute la importancia de las bendiciones y el amor incondicional. Argumenta que las personas necesitan escuchar cosas buenas sobre ellos mismos para contrarrestar la condena y la falta de autoestima. También sugiere que la bendición de Dios de que somos amados, a pesar de nuestros defectos, puede ayudarnos a superar las dificultades de la vida.
Relación de núcleos de los talleres de Departe de Lima Metropolitana.
Los talleres de Departe son totalmente gratuitos para todos los niños, niñas y adolescentes del Perú.
Departe, "deporte y arte" para crecer"
This document provides information about a training and HR consulting company. The company aims to impact 10,000 lives by 2015. It offers in-bound and out-bound training programs covering various soft skills and leadership skills. Some example programs listed include effective communication, time management, customer delight, and stress management. Outbound trainings incorporate experiential learning activities focused on self-awareness, teamwork, and leadership. The company differentiates itself through customized content and ensuring training leads to desired actions and outcomes for clients. Trainers have extensive corporate experience. Ongoing projects include programs on engagement, values, and sales excellence. Programs that stand out include corporate meditation, personal finance training, and meaningful performance appraisals.
Este documento contiene varias reflexiones de Paulo Coelho sobre temas como el coraje, los sueños, el cambio, la fe y el miedo. Algunas de las ideas principales son que se necesita coraje para vivir los sueños y enfrentar los desafíos de la vida, que las personas pueden cambiar cuando se dan cuenta de su potencial, y que la valentía significa seguir adelante a pesar del miedo.
Este documento introduce la química orgánica. Explica que en el siglo XIX, la química dividía las sustancias en orgánicas e inorgánicas. Las sustancias orgánicas derivan de seres vivos, mientras que las inorgánicas no. Inicialmente, la química se centró en sustancias inorgánicas, cuyas moléculas consistían en pocos átomos. Sin embargo, cuando se analizaron sustancias orgánicas, se encontró que podían tener la misma composición pero propiedades
Fatos marcantes relacionados a Saúde e Segurança do Trabalho ao longo dos anos.
Fonte: http://sst-informe.blogspot.com.br
Para obter o arquivo, entre em contato no endereço do blog: http://sst-informe.blogspot.com.br/
Deixe sua mensagem e forma de contato
Atenciosamente,
Gilsimar Marques
A ergonomia surgiu da constatação de que o ser humano não é uma máquina. Ao longo da história, médicos e higienistas estudaram os riscos do trabalho para a saúde. Engenheiros e fisiologistas viam os trabalhadores como sistemas de transformação de energia. A ergonomia moderna busca adaptar os locais e condições de trabalho aos seres humanos.
PRIMEIRA AULA HIGIENE SAUDE E SEGURANÇA.pptxBrenoAndrade32
Este documento apresenta a história e conceitos fundamentais da Higiene Industrial. Começa com os primeiros relatos de Hipócrates e Plínio sobre doenças em trabalhadores, passando pela publicação de Ramazzini no século 18, considerado o "Pai da Medicina Ocupacional". No Brasil, os primeiros estudos ocorreram no século 19, e a CLT de 1943 incluiu um capítulo sobre saúde e segurança no trabalho. Posteriormente, a FUNDACENTRO foi criada em 1966 e as NRs foram regulamentadas em 1978.
Este documento descreve a história e evolução das condições de trabalho ao longo do tempo. Começa com as preocupações iniciais com segurança no trabalho nos primórdios da humanidade, passando pelas primeiras leis de proteção durante a Revolução Industrial, até as definições iniciais de conceitos como perigo, risco, acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Este documento descreve a história e evolução das condições de trabalho ao longo do tempo, desde os primórdios até as primeiras leis de proteção no século XIX. Aborda como as condições de trabalho pioraram durante a Revolução Industrial com a introdução de máquinas e fábricas, e como isso levou ao surgimento da medicina do trabalho e das primeiras regulamentações para proteger os trabalhadores.
O documento discute as doenças relacionadas ao trabalho, explicando que os trabalhadores podem adoecer ou morrer por causas relacionadas diretamente ao trabalho ou às condições em que ele é realizado. As doenças relacionadas ao trabalho são divididas em quatro grupos: doenças comuns sem relação com o trabalho, doenças comuns cuja frequência ou surgimento pode ser modificado pelo trabalho, doenças comuns cuja etiologia é ampliada ou tornada mais complexa pelo trabalho, e agravos específicos como acidentes e doenças profission
O documento discute as doenças relacionadas ao trabalho, dividindo-as em quatro grupos: 1) doenças comuns sem relação com o trabalho; 2) doenças comuns cuja frequência ou surgimento podem ser modificados pelas condições de trabalho; 3) doenças cuja etiologia é ampliada ou tornada mais complexa pelo trabalho; e 4) agravos à saúde específicos como acidentes e doenças profissionais. Os grupos 2, 3 e 4 constituem as Doenças Relacionadas ao Trabalho.
O documento discute a história e conceitos fundamentais da higiene e segurança no trabalho. Ele descreve como, desde a antiguidade, o trabalho tem impacto na saúde e como, ao longo dos séculos, foram desenvolvidas normas para proteger os trabalhadores. O documento também define higiene e segurança do trabalho e discute seus principais conceitos como grupos homogêneos de exposição, fontes geradoras e limites de tolerância.
Este manual de formação trata dos agentes químicos e biológicos, definindo-os como substâncias que podem penetrar no organismo através da respiração, pele ou ingestão. Descreve as principais formas como poeiras, fumos, gases e vapores, além de classificá-los e explicar os riscos à saúde que podem causar, como diferentes intoxicações e doenças ocupacionais.
A continuação do estudo bíblico da doutrina do Reino Messiânico, apresentando a base escriturística que fala do aspecto da justiça. Para mais conteúdo visite: http://profeciasmessianicas.blogspot.com.br/
O primeiro estudo pode ser encontrado no blog http://profeciasmessianicas.blogspot.com.br/
Jornal Prata Segue em Frente - Outubro 2013siteduprata
O Pré Escolar Municipal Duval Mendes foi reinaugurado após passar por reforma e ampliação. As obras incluíram a construção de novas salas de aula, refeitório e depósitos, além de melhorias na infraestrutura elétrica e hidráulica. A escola atende cerca de 200 crianças e o investimento total foi de aproximadamente R$745 mil.
Homilía de la fiesta del Bautismo de Jesus. Ciclo A. Las personas necesitan o...FEDERICO ALMENARA CHECA
Este documento discute la importancia de las bendiciones y el amor incondicional. Argumenta que las personas necesitan escuchar cosas buenas sobre ellos mismos para contrarrestar la condena y la falta de autoestima. También sugiere que la bendición de Dios de que somos amados, a pesar de nuestros defectos, puede ayudarnos a superar las dificultades de la vida.
Relación de núcleos de los talleres de Departe de Lima Metropolitana.
Los talleres de Departe son totalmente gratuitos para todos los niños, niñas y adolescentes del Perú.
Departe, "deporte y arte" para crecer"
This document provides information about a training and HR consulting company. The company aims to impact 10,000 lives by 2015. It offers in-bound and out-bound training programs covering various soft skills and leadership skills. Some example programs listed include effective communication, time management, customer delight, and stress management. Outbound trainings incorporate experiential learning activities focused on self-awareness, teamwork, and leadership. The company differentiates itself through customized content and ensuring training leads to desired actions and outcomes for clients. Trainers have extensive corporate experience. Ongoing projects include programs on engagement, values, and sales excellence. Programs that stand out include corporate meditation, personal finance training, and meaningful performance appraisals.
Este documento contiene varias reflexiones de Paulo Coelho sobre temas como el coraje, los sueños, el cambio, la fe y el miedo. Algunas de las ideas principales son que se necesita coraje para vivir los sueños y enfrentar los desafíos de la vida, que las personas pueden cambiar cuando se dan cuenta de su potencial, y que la valentía significa seguir adelante a pesar del miedo.
Este documento introduce la química orgánica. Explica que en el siglo XIX, la química dividía las sustancias en orgánicas e inorgánicas. Las sustancias orgánicas derivan de seres vivos, mientras que las inorgánicas no. Inicialmente, la química se centró en sustancias inorgánicas, cuyas moléculas consistían en pocos átomos. Sin embargo, cuando se analizaron sustancias orgánicas, se encontró que podían tener la misma composición pero propiedades
Fatos marcantes relacionados a Saúde e Segurança do Trabalho ao longo dos anos.
Fonte: http://sst-informe.blogspot.com.br
Para obter o arquivo, entre em contato no endereço do blog: http://sst-informe.blogspot.com.br/
Deixe sua mensagem e forma de contato
Atenciosamente,
Gilsimar Marques
A ergonomia surgiu da constatação de que o ser humano não é uma máquina. Ao longo da história, médicos e higienistas estudaram os riscos do trabalho para a saúde. Engenheiros e fisiologistas viam os trabalhadores como sistemas de transformação de energia. A ergonomia moderna busca adaptar os locais e condições de trabalho aos seres humanos.
PRIMEIRA AULA HIGIENE SAUDE E SEGURANÇA.pptxBrenoAndrade32
Este documento apresenta a história e conceitos fundamentais da Higiene Industrial. Começa com os primeiros relatos de Hipócrates e Plínio sobre doenças em trabalhadores, passando pela publicação de Ramazzini no século 18, considerado o "Pai da Medicina Ocupacional". No Brasil, os primeiros estudos ocorreram no século 19, e a CLT de 1943 incluiu um capítulo sobre saúde e segurança no trabalho. Posteriormente, a FUNDACENTRO foi criada em 1966 e as NRs foram regulamentadas em 1978.
Este documento descreve a história e evolução das condições de trabalho ao longo do tempo. Começa com as preocupações iniciais com segurança no trabalho nos primórdios da humanidade, passando pelas primeiras leis de proteção durante a Revolução Industrial, até as definições iniciais de conceitos como perigo, risco, acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Este documento descreve a história e evolução das condições de trabalho ao longo do tempo, desde os primórdios até as primeiras leis de proteção no século XIX. Aborda como as condições de trabalho pioraram durante a Revolução Industrial com a introdução de máquinas e fábricas, e como isso levou ao surgimento da medicina do trabalho e das primeiras regulamentações para proteger os trabalhadores.
O documento discute as doenças relacionadas ao trabalho, explicando que os trabalhadores podem adoecer ou morrer por causas relacionadas diretamente ao trabalho ou às condições em que ele é realizado. As doenças relacionadas ao trabalho são divididas em quatro grupos: doenças comuns sem relação com o trabalho, doenças comuns cuja frequência ou surgimento pode ser modificado pelo trabalho, doenças comuns cuja etiologia é ampliada ou tornada mais complexa pelo trabalho, e agravos específicos como acidentes e doenças profission
O documento discute as doenças relacionadas ao trabalho, dividindo-as em quatro grupos: 1) doenças comuns sem relação com o trabalho; 2) doenças comuns cuja frequência ou surgimento podem ser modificados pelas condições de trabalho; 3) doenças cuja etiologia é ampliada ou tornada mais complexa pelo trabalho; e 4) agravos à saúde específicos como acidentes e doenças profissionais. Os grupos 2, 3 e 4 constituem as Doenças Relacionadas ao Trabalho.
O documento discute a história e conceitos fundamentais da higiene e segurança no trabalho. Ele descreve como, desde a antiguidade, o trabalho tem impacto na saúde e como, ao longo dos séculos, foram desenvolvidas normas para proteger os trabalhadores. O documento também define higiene e segurança do trabalho e discute seus principais conceitos como grupos homogêneos de exposição, fontes geradoras e limites de tolerância.
Este manual de formação trata dos agentes químicos e biológicos, definindo-os como substâncias que podem penetrar no organismo através da respiração, pele ou ingestão. Descreve as principais formas como poeiras, fumos, gases e vapores, além de classificá-los e explicar os riscos à saúde que podem causar, como diferentes intoxicações e doenças ocupacionais.
Este documento discute a história das doenças ocupacionais ao longo dos séculos, desde a Antiguidade até a legislação moderna. Ele descreve como Hipócrates, Plínio e Ramazzini identificaram doenças relacionadas a diferentes ocupações. Também aborda como a Revolução Industrial levou ao surgimento de novas doenças e como leis posteriores regulamentaram condições de trabalho para proteger os trabalhadores.
O documento discute doenças ocupacionais e sua relação com o trabalho. Ele explica que os trabalhadores podem adoecer ou morrer por causas relacionadas diretamente ao trabalho, como consequência da profissão exercida ou pelas condições adversas em que o trabalho é realizado. As doenças ocupacionais são classificadas em quatro grupos: doenças comuns sem relação com o trabalho, doenças comuns cuja frequência ou surgimento pode ser modificado pelo trabalho, doenças comuns cuja etiologia é ampliada pelo trabalho e agravos
Linha Tempo Segurança e história da Segurança do trabalhoJuliaGama8
O documento fornece uma linha do tempo histórica sobre o desenvolvimento da segurança no trabalho, desde os primeiros registros de doenças ocupacionais na Grécia Antiga até as normas e agências modernas. Ele também inclui exemplos de perigos em obras, como um caso em que um trabalhador se recusava a usar EPI que foi resolvido através de explicações, e características importantes para o desenvolvimento profissional como comunicação e respeito.
Os agentes qumicos_nos_aambientes_de_trabalhoJupira Silva
O documento descreve a história da higiene do trabalho, desde os primeiros escritos sobre ventilação e doenças de mineiros no século XVI, passando pela publicação do primeiro tratado sobre doenças relacionadas a profissões no século XVIII, até a criação de agências como a NIOSH e normas regulatórias no Brasil no século XX. Também apresenta os principais agentes ambientais de risco no trabalho e suas propriedades.
Este documento fornece um breve resumo da história da toxicologia no mundo e no Brasil. Ele descreve alguns dos eventos e figuras históricas importantes que contribuíram para o desenvolvimento da toxicologia, como o Papiro de Ebers e Paracelso. Também discute o surgimento da toxicologia como uma ciência moderna no século XIX e seu desenvolvimento no Brasil a partir do conhecimento dos povos indígenas.
O documento discute conceitos fundamentais de saúde e segurança do trabalho, incluindo definições de termos como higiene do trabalho, riscos ambientais e cronologia histórica da evolução das leis de saúde e segurança no Brasil e no mundo. Também aborda os papéis de diferentes órgãos governamentais na regulação da área e conceitos como antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos.
Este documento discute a saúde ocupacional no contexto escolar em Moçambique. Aborda conceitos como saúde, doenças ocupacionais e riscos ocupacionais. Identifica doenças comuns como síndrome de esgotamento profissional e estresse entre professores, e riscos como físicos, químicos e biológicos. Também discute a prevenção de riscos ocupacionais a nível individual e do trabalho.
O documento discute a história da segurança do trabalho ao longo dos tempos, desde a antiguidade até os dias atuais, e como a legislação evoluiu para proteger os trabalhadores. Também descreve as principais atividades realizadas por profissionais de segurança do trabalho e suas competências.
1. O documento descreve a história da segurança e saúde no trabalho desde os séculos XVI-XVII, quando médicos como Paracelso e Ramazzini começaram a relacionar doenças com determinadas profissões.
2. A Revolução Industrial no século XVIII levou a condições de trabalho extremamente perigosas e insalubres, especialmente para crianças, devido à ausência de regulamentação. Isso levou ao surgimento do primeiro serviço médico industrial e leis de proteção ao trabalhador no Reino Unido no início do século X
O documento discute a história da biossegurança e controle de infecções, desde as crenças antigas até os avanços científicos modernos. Também aborda acidentes em laboratório, riscos biológicos, normas de segurança e classificação de agentes de risco biológico.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Apostila toxicologia
1. NOÇÕES DE TOXICOLOGIA
Airton Marinho da Silva – Médico do Trabalho
(Texto baseado em apostila utilizada no Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do
Trabalho da FEAMIG, de autoria de Luiz Gonzaga Resende Bernardo, a quem apresentamos sinceros
agradecimentos.)
2. 1
SUMÁRIO
NOÇÕES DE TOXICOLOGIA .......................................................................................................................... 0
1
A TOXICOLOGIA NA HISTÓRIA.............................................................................................................. 2
2
CONCEITOS BÁSICOS ........................................................................................................................... 3
2.1
TOXICOLOGIA ............................................................................................................................... 3
2.2
INTOXICAÇÃO ............................................................................................................................... 4
2.4
AGENTE TÓXICO ........................................................................................................................... 5
2.4.1
OS AGENTES TÓXICOS ......................................................................................................... 6
2.5
TOXICIDADE .................................................................................................................................. 6
2.6
RISCO TÓXICO .............................................................................................................................. 7
2.7
TERMOS DE INTERESSE EM TOXICOLOGIA ................................................................................... 7
3
RELAÇÕES DOSE X EFEITO E DOSE X RESPOSTA ............................................................................ 8
3.1
PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÕES TÓXICAS: ........................................................................... 9
4
EXEMPLOS DE AGENTES TÓXICOS DE INTERESSE EM TOXICOLOGIA OCUPACIONAL ...................... 9
5
VIAS DE PENETRAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS NO ORGANISMO ............................................... 9
5.1
A ABSORÇÃO DE AGENTES TÓXICOS: ........................................................................................... 9
5.2
O TRANSPORTE DOS AGENTES: ................................................................................................. 10
5.3
AS VIAS DE ABSORÇÃO: .............................................................................................................. 10
5.3.1
PENETRAÇÃO PELA VIA GASTROINTESTINAL .................................................................. 10
5.3.2
PENETRAÇÃO PELA VIA CUTÂNEA (PELE)........................................................................ 11
5.3.3
PENETRAÇÃO PELA VIA RESPIRATÓRIA .......................................................................... 11
6
DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAGEM DOS AGENTES TÓXICOS NO ORGANISMO ............................. 12
6.1
6.2
7
MECANISMOS DE PROTEÇÃO E DESINTOXICAÇÃO ....................................................................... 12
7.1
7.2
8
BIOTRANSFORMAÇÃO ................................................................................................................ 13
EXCREÇÃO.................................................................................................................................. 14
PREVENÇÃO DA INTOXICAÇÃO OCUPACIONAL .............................................................................. 14
8.1
8.2
9
DISTRIBUIÇÃO ............................................................................................................................. 12
ARMAZENAGEM .......................................................................................................................... 12
MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL ..................................................................................................... 15
MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA...................................................................................................... 16
INDICADORES BIOLÓGICOS DE EXPOSIÇÃO .................................................................................... 16
9.1
9.2
9.3
INDICADORES DE DOSE INTERNA (BIOMARCARDORES DE EXPOSIÇÃO) ......................................... 17
INDICADORES DE EFEITO ........................................................................................................... 17
LIMITES BIOLÓGICOS DE EXPOSIÇÃO ........................................................................................ 18
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 19
3. 2
1
A TOXICOLOGIA NA HISTÓRIA
Em determinado estágio da evolução da raça humana, o homem reconheceu que havia
consequências danosas ou benéficas associadas ao uso de determinadas substâncias.
Ao manipular ou ingerir substâncias de origem animal, vegetal ou mineral o ser humano foi
aprendendo, a duras penas, que algumas delas produziam doenças ou causavam a morte ou eram uma
forma de alimento indesejável.
Paracelso disse, há cerca de 400 anos:
“Todas as substâncias são tóxicas. Não há uma que não seja veneno. A
dose correta é que diferencia um veneno de um remédio”.
Levando-se em conta este enunciado e raciocinando em termos de presença de substâncias
diversas no ambiente de trabalho, podemos dizer que todas essas substâncias podem produzir algum tipo
de efeito adverso, quando em interação com o organismo humano. A percepção da relação
trabalho/doença, historicamente, não é recente. Há registros das observações de Lucrécio, um século
antes da era cristã, indagando sobre os mineiros daquela época:
“Não viste ou ouviste como morrem em tão pouco tempo, quando ainda tinham tanta
vida pela frente”?
Plínio, no início da era cristã, após visitar galerias de minas descreveu suas horríveis impressões
sobre os trabalhadores expostos ao chumbo, ao mercúrio e a poeiras de toda espécie. O mesmo autor
fez ainda referências às tentativas daqueles “infelizes”, que procuravam minimizar a inalação de poeiras,
fazendo uso de membranas de bexiga de carneiro à frente do rosto, como se fossem máscaras contra
poeiras.
Em 1556 foi publicado o livro de Georgius Agricola, com referências a acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais típicas dos mineiros;
Em 1567 foram publicados os trabalhos de Paracelso, onde também eram associadas
doenças típicas a determinadas atividades, apontando-se a presença de substâncias químicas como
características inerentes a essas atividades.
Em 1700 surgiu a obra de referência histórica neste campo: o livro do médico Bernardino
Ramazzini, intitulado As doenças dos Trabalhadores, que trazia descrições de doenças associadas a
54 atividades diferentes. Esse autor, considerado o "Pai da Medicina do Trabalho", é admirado até hoje
pela profundidade e detalhamento com que descreveu diversas doenças ocupacionais e como fez a
relação das doenças dos trabalhadores com a presença de agentes tóxicos físicos, químicos e biológicos
no ambiente de trabalho, apontando inclusive fatores ergonômicos para os quais só se tem dado atenção
muito recentemente, como é o caso do levantamento de pesos e movimentos repetitivos.
Transcrevemos um pequeno parágrafo, que reflete o que se disse acima:
"Capítulo II – Doenças dos Douradores:
"...Ninguém desconhece o lamentável dano que o mercúrio causa aos ourives,
ocupados, geralmente, em dourar objetos de prata ou de bronze. É preciso amalgamar e
depois volatilizar o mercúrio no fogo, não podendo os operários virar o rosto para
evitarem a absorção dos vapores venenosos e, assim, rapidamente, sofrem vertigens,
tornam-se asmáticos, ficam paralíticos e tomam um aspecto cadavérico. Poucos
envelhecem nesse ofício, e, os que não sucumbem em pouco tempo, caem num estado
tão calamitoso que é preferível desejar-lhes a morte. Tremem o pescoço e as mãos,
perdem a dentadura, bambeiam suas pernas..."
4. 3
Em 1916 realizou-se em Milão, o I Congresso Internacional de Doenças do Trabalho. Há
registros de que tal evento teve, entre outros motivos, o de prestar uma homenagem à memória de
cerca de 10.000 trabalhadores que perderam a vida nas atividades de construção de um túnel.
Em 1919 é criada a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e, já em 1925 foi publicada a
primeira lista oficial, de abrangência universal, especificando doenças profissionais devidas a intoxicações
por diversas substâncias, mas limitava-se ao saturnismo (chumbo), hidrargirismo (mercúrio) e carbúnculo
(contaminação biológica).
Em 1934 a lista foi ampliada para dez doenças profissionais; em 1964, para quinze. Em 1980 a
lista foi estruturada segundo vinte e nove grupos de doenças profissionais.
No Brasil, os Anexos do Decreto 3048/1999, e suas atualizações, lista as doenças profissionais
ou do trabalho. Recentemente, o Ministério da Saúde fez publicar uma Lista de Doenças Relacionadas
com o Trabalho, pela Portaria 1339/GM de 18/11/99, onde cerca de 200 (duzentas) patologias são
relacionadas a diversos tóxicos encontrados nos ambientes de trabalho.
2
CONCEITOS BÁSICOS
2.1 TOXICOLOGIA
É a ciência que estuda os efeitos adversos produzidos pela interação de agentes químicos
com sistemas biológicos. Casareth a define como "ciência que define os limites de segurança dos
agentes químicos".
O objetivo básico é prevenir, diagnosticar e tratar as intoxicações provocadas por esses agentes.
Por ser uma ciência muito ampla e de interesse para várias áreas, é necessária a subdivisão da
toxicologia, segundo o seu campo de aplicação.
Toxicologia Ambiental - aplicada ao estudo dos efeitos nocivos produzidos pelos contaminantes
ambientais nos seres vivos, visando ao controle da poluição do ar, da água e do solo.
Toxicologia Ocupacional - aplicada ao estudo dos mecanismos de ação e efeitos nocivos produzidos pelos
contaminantes, presentes nos ambientes de trabalho, sobre a saúde dos trabalhadores, visando ao
controle ambiental desses contaminantes, à vigilância da saúde dos trabalhadores, através de controle
biológico de exposição durante e após as exposições, além de avaliação de tratamentos feitos em
trabalhadores doentes.
Toxicologia de Alimentos - aplicada ao estudo dos efeitos nocivos produzidos pelos contaminantes
presentes nos alimentos.
Toxicologia de Medicamentos - aplicada ao estudo dos efeitos
substâncias químicas como medicamentos.
nocivos decorrentes do uso de
Toxicologia Social - aplicada ao estudo dos efeitos nocivos dos agentes químicos usados pelo
homem individualmente ou em sociedade, capazes de induzir a toxicomania.
A toxicomania, por sua vez, é um estado de intoxicação nocivo ao indivíduo e à sociedade, devido
aos problemas de ordem ética, moral e legal acarretados pelo consumo repetido de uma droga.
Toxicologia Experimental - aplicada ao estudo de testes toxicológicos realizados em cobaias e/ou
voluntários.
Dentro da Toxicologia Ocupacional, cujo objetivo maior é a saúde do trabalhador, os pontos principais
são:
- conhecer todos os agentes químicos no ambiente de trabalho, inclusive misturas e
combinações, resíduos gerados.
- conhecer as propriedades físico-químicas dos mesmos
5. 4
-
conhecer aspectos toxicocinéticos, ou seja, absorção, metabolização e excreção.
conhecer a toxicidade e mecanismos de ação tóxica dos agentes presentes no ambiente de
trabalho
fazer monitorização ambiental e biológica
introduzir controles para prevenção de intoxicações
capacitar todos os envolvidos, incluindo trabalhadores e pessoal médico na identificação e
diagnóstico das intoxicações.
definir no programa de controle médico os biomarcadores que serão determinados
periodicamente.
2.2 INTOXICAÇÃO
É um estado de desequilíbrio no organismo provocado por um agente tóxico que interage com
qualquer órgão do corpo. Este estado é caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas que revelam
um estado patológico. A intoxicação é, pois, a manifestação clínica do efeito tóxico. Qualquer substância
química em interação com o organismo é capaz de produzir um efeito adverso.
Como o organismo humano é um sistema aberto, capaz de trocar energia e matéria com o
meio externo, através de um equilíbrio dinâmico, pode-se afirmar que entre o instante de contato do
agente tóxico com o organismo, até o momento da manifestação clínica do efeito tóxico, ocorrerá uma
serie de fenômenos. Nesse sentido, considera-se que um processo de intoxicação ocorre em quatro
fases.
Fase de Exposição - corresponde ao contato do agente tóxico com o organismo. Nessa fase é importante
considerar entre outros fatores, a via de incorporação do agente tóxico, a dose ou concentração do
mesmo, bem como o tempo durante o qual se deu a exposição.
Fase Toxicocinética - corresponde ao período de “movimentação“ do agente tóxico no organismo. Nesta
fase destacam-se os processos de absorção, distribuição, e eliminação do agente tóxico ou de seus
metabólitos, ou sejam os produtos de transformação ocorrida dentro do organismo na substância inicial.
Fase Toxicodinâmica - corresponde ao período em que se dá a interação do agente tóxico com o
organismo, a qual poderá provocar desde leves distúrbios até mesmo a morte.
Fase Clínica - corresponde ao período de exteriorização dos efeitos do agente tóxico, isto é, o
aparecimento dos sinais e sintomas de intoxicação.
2.3 OS TIPOS DE INTOXICAÇÕES:
Do ponto de vista didático, podemos classificar as intoxicações segundo vários aspectos,
como por exemplo:
intoxicações acidentais - ocorrem de maneira inesperada e independente da vontade alheia ou da
própria vítima;
intoxicações alimentares - ocorrem após a ingestão de alimentos contaminados por produtos químicos de
origem industrial, por produtos químicos existentes no próprio alimento (cianeto X mandioca "brava"), ou
por microorganismos diversos (fungos, bactérias, vírus.);
intoxicações profissionais - resultam da exposição do trabalhador, no exercício de sua atividades, à ação
de agentes químicos diversos;
intoxicações iatrogênicas - são decorrentes do uso de medicamento, devido a superdosagem,
sinergismo, hipersensibilidade ou mesmo devido a erros na prescrição, na via de introdução, na
frequência de uso, etc.;
6. 5
intoxicações ambientais - são devidas à poluição atmosférica, hídrica e do solo, sendo mais comuns em
grandes centros urbanos e industriais, podendo ocorrer também em áreas de intensa atividade
agropecuária;
intoxicações suicidas e homicidas - são aquelas produzidas livre e espontaneamente pela própria
vítima ou por terceiros, objetivando a morte;
intoxicações congênitas - são aquelas adquiridas pelo novo ser em formação, durante a gravidez;
intoxicações agudas - são aquelas que decorrentes de uma única ingestão/exposição do/ao agente
tóxico ou mesmo de sucessivas ingestões/exposições, desde que ocorram num prazo médio de 24
horas;
intoxicações crônicas - são aquelas decorrentes da ação lenta e prolongada de pequenas
quantidades do agente tóxico no organismo de indivíduos que o ingerem ou a ele se expõem
sistematicamente, durante vários meses ou anos;
intoxicações subagudas - ocorrem quando a evolução do processo de intoxicação apresenta um quadro
intermediário entre o agudo e o crônico.
2.4 AGENTE TÓXICO
Pode-se definir agente tóxico como sendo qualquer substância que interagindo com o
organismo seja capaz de produzir em um órgão ou conjunto de órgãos, lesões estruturais e/ou
funcionais, podendo provocar até mesmo a morte.
De modo geral, a intensidade da ação do agente tóxico será proporcional à concentração e ao
tempo de exposição. Esta relação de proporcionalidade, por sua vez, pode variar de acordo com o
estágio de desenvolvimento do organismo e de acordo com seu estado de funcionamento biológico.
Com bastante frequência, o termo xenobiótico é usado para designar agente tóxico. No
entanto, xenobiótico entende-se qualquer substância química qualitativa ou quantitativamente estranha
ao organismo. Um xenobiótico pode ser de efeito benéfico, como é o caso dos medicamentos, ou de
efeito negativo, como no caso de intoxicação por Chumbo, por exemplo.
A presença de agentes químicos, físicos ou biológicos no ambiente de trabalho oferece um risco
à saúde dos trabalhadores. Entretanto, o fato de estarem expostos a estes agentes agressivos não
implica, obrigatoriamente, que venham a contrair uma doença do trabalho.
Para que os agentes causem danos à saúde, é necessário que estejam acima de uma
determinada concentração ou intensidade, que seja suficiente para uma atuação nociva desses agentes
sobre o ser humano.
Denominamos Limites de Tolerância, para fins legais, como está na NR-15 da Portaria 3214/78 do MTE,
aquelas concentrações dos agentes presentes no ambiente de trabalho sob as quais os trabalhadores
podem ficar expostos durante toda a sua vida laboral, sem sofrer danos a sua saúde. Esses limites têm
por objetivo garantir a proteção da saúde, mas o seu caráter não é absoluto, refletindo, unicamente, o
estado em que se encontram os conhecimentos em um dado momento. Quando se determina a
possibilidade de uma substância provocar câncer, por exemplo, (substância cancerígena), não há mais
sentido em falar-se em "Limites de Tolerância", uma vez que qualquer exposição deverá ser evitada,
como é o caso dos conhecimentos sobre o Benzeno, que até poucos anos atrás tinha seu Limite de
Tolerância definido internacionalmente.
No Brasil até o ano de 1978, não tínhamos tabelas de Limites de Tolerância para substâncias químicas. A
Portaria 491, de 1965, que era a legislação vigente até a promulgação da atual (e já muito desatualizada)
NR-15 e Anexos, determinava os trabalhos insalubres baseando-se apenas nos aspectos qualitativos da
exposição aos agentes químicos.
7. 6
2.4.1 OS AGENTES TÓXICOS
Os agentes tóxicos podem ser agrupados, para fins didáticos, em diversas categorias, como
por exemplo:
agentes tóxicos irritantes - são substâncias que produzem inflamação dos tecidos com que entram
em contato, tais como a pele, conjuntiva ocular, tecidos de revestimento das vias respiratórias, etc. (
gás clorídrico, amônia, cloro, soda cáustica, ácido sulfúrico...);
agentes tóxicos asfixiantes - são aqueles que exercem sua ação no organismo, interferindo com o
oxigênio disponível. Há os asfixiantes simples, que são gases inertes cuja interferência é apenas a nível
de diluição do oxigênio disponível ( gás carbônico, hélio, hidrogênio, nitrogênio,...). Há também os
asfixiantes químicos, os quais impedem o transporte de oxigênio ou a sua perfeita distribuição pelo
organismo (monóxido de carbono, anilina, cianeto de hidrogênio, sulfeto de hidrogênio...);
agentes tóxicos anestésicos - são aqueles que interagem com o organismo, atuando a nível do sistema
nervoso central, de ampla aplicação médica (álcoois, éter, clorofórmio,...);
agentes tóxicos de ação local - são aqueles cujos efeitos se manifestam no local onde ocorreu o
contato inicial com o organismo (cimento X dermatose ocupacional);
agentes tóxicos de ação sistêmica - são aqueles cujos efeitos se manifestam à distância do local onde se
deu o contato inicial entre o agente tóxico e o organismo (benzeno X danos celulares na medula óssea,
tetracloreto de carbono X danos hepáticos/renais/Sistema Nervoso Central);
agentes tóxicos mutagênicos - são aqueles capazes de provocar alterações na informação do material
genético, acarretando o aparecimento de alterações em descendentes do indivíduo contaminado
(alguns pesticidas, clorofórmio, formaldeído);
agentes tóxicos teratogênicos - são aqueles capazes de produzirem alterações no desenvolvimento do
feto (mercúrio, selênio, manganês);
agentes tóxicos carcinogênicos - são aqueles capazes de induzirem a transformação de células normais
em células cancerígenas (benzeno, asbesto, formaldeído, anilina).
2.5 TOXICIDADE
Quando consideramos apenas o conceito de agente tóxico, limitamo-nos ao pondo de vista de
Paracelso (vide histórico). O conceito de toxicidade complementa a idéia que se tem sobre agente tóxico.
Toxicidade é a capacidade que tem o agente tóxico de produzir efeitos nocivos sobre o
organismo com os quais interage.
O grau de toxicidade de uma substância é avaliado quantitativamente pela medida da "DL50", que
é a dose de um agente tóxico, obtida estatisticamente, capaz de produzir a morte de 50% da população
em estudo. Assim, um agente será tanto mais tóxico, quanto menor for sua DL50.
Pode-se avaliar a toxicidade de uma substância a partir provável dose letal oral para humanos.
Segundo esse critério os agentes tóxicos podem ser agrupados segundo 6 diferentes categorias de
toxicidade:
CLASSIFICAÇÃO
DL 50
1 - praticamente não tóxico ...................acima de 15g/Kg
2 - Ligeiramente tóxico ..........................entre 5 e 15 g/Kg
3 - moderadamente tóxico.......................entre 0,5 – 5 g/Kg
4 - muito tóxico......................................entre 50 – 500 g/Kg
8. 7
5 - extremamente tóxico......................... entre 5 - 50mg/Kg
6 - super tóxico.......................................abaixo de 5mg/Kg
Esta classificação ainda é de pouca utilidade prática, pois está baseada apenas na toxicidade
intrínseca das substâncias. Na verdade, outros fatores vão afetar significativamente a toxicidade, como
por exemplo:
-
co-formulantes da substância ou produto considerado;
organismo receptor;
fatores genéticos;
estado nutricional;
sexo;
idade;
estados patológicos;
dose ou concentração da substância considerada;
temperatura ambiental;
pressão;
Os efeitos clínicos e tóxicos de uma dose estão relacionados, por exemplo, à idade e ao tamanho
do corpo do indivíduo receptor. Uma dose de 650 mg é a dose para adultos do medicamento Tylenol, por
exemplo. Isso pode ser muito tóxico para jovens crianças, e então as doses infantis são em torno de
apenas 80 mg. Geralmente o melhor método de comparar a efetividade em relação à toxicidade de um
produto químico, é determinar a quantidade aplicada em relação ao peso corporal. Usa-se comumente a
medida de dose em mg/kg, ou seja o número de miligramas de substância por kg de peso corporal.
Um agente químico de alta toxicidade pode ser de baixo risco em virtude da baixa exposição,
mas um agente químico de baixa toxicidade pode ser de maior risco se houver elevada exposição
individual ou coletiva.
2.6 RISCO TÓXICO
Os dois conceitos anteriores, agente tóxico e toxicidade, vinculam-se ainda a um outro conceito,
o de risco tóxico.
Nem sempre a substância de maior toxicidade será a de maior risco. Tudo dependerá das
condições de contato com a substância.
Pode-se definir o risco como sendo a probabilidade existente para que uma substância produza
um efeito adverso previsível, em determinadas condições específicas de uso.
Geralmente, se se fraciona a dose total, tem-se uma redução da probabilidade que o agente
venha a causar efeitos tóxicos. A razão para isso é que o corpo pode reparar o dano, ou neutralizar o
efeito de cada dose sub-tóxica se ocorre um intervalo de tempo suficiente até que se receba a próxima
dose. Em tais casos, a dose total, que seria muito tóxica se recebida toda de uma vez, passa a ser pouco
ou não-tóxica se administrada em determinado período de tempo. Por exemplo, 30 mg de estricnina
ingerida de uma só vez pode ser fatal para um adulto, enquanto que 3 mg ingeridas a cada dia por 10 dias
podem não ser fatais.
2.7 TERMOS DE INTERESSE EM TOXICOLOGIA
É interessante também definir alguns termos importantes na toxicologia:
a) ADIÇÃO - é o fenômeno observado quando o efeito resultante de dois agentes tóxicos é igual à
soma dos efeitos individuais.
9. 8
b) SINERGISMO - é o fenômeno observado quando o efeito de dois agentes tóxicos é maior que a soma
dos efeitos individuais.
c) POTENCIALIZAÇÃO - é o fenômeno observado quando um agente tóxico que mesmo não sendo
capaz de atuar sobre determinado órgão, intensifica a ação de um outro agente tóxico sobre este órgão.
d) ANTAGONISMO - é o fenômeno observado quando dois agentes tóxicos têm seus efeitos atenuados
ou anulados, devido a interações contrárias entre cada um deles e o indivíduo intoxicado.
e) REAÇÃO IDIOSSINCRÁTICA - são reações anormais a certos agentes tóxicos. Nesses casos o
indivíduo pode apresentar uma reação adversa a doses extremamente baixas (doses consideradas não
tóxicas) ou apresentar tolerância surpreendente a doses consideradas altas ou até mesmo letais.
f) REAÇÃO ALÉRGICA - são reações adversas que ocorrem após uma prévia sensibilização do
organismo a um agente tóxico. Na primeira exposição o organismo, após incorporar a substância, produz
anticorpos. Estes, após atingirem uma certa concentração no organismo, ficam disponíveis para
provocarem reações alérgicas no indivíduo, sempre que houver nova exposição àquele agente tóxico.
3
RELAÇÕES DOSE X EFEITO e DOSE X RESPOSTA
São importantes instrumentos de estudo toxicológicos, tanto para novos medicamentos quanto
na toxicologia ocupacional.
Dose é a expressão utilizada para indicar a quantidade ou a concentração de um agente tóxico
que atinge um determinado ponto do organismo do receptor, em determinado espaço de tempo.
Usualmente expressa-se a dose através da relação massa/massa (massa da substância
administrada /unidade de massa corporal do indivíduo receptor).
Efeito é a alteração biológica observada em um indivíduo ou uma população, alteração essa
provocada pela interação entre a dose do agente tóxico e os organismos receptores.
Resposta é o índice percentual de uma população que apresentou um determinado efeito,
mediante a administração de uma determinada dose.
Em se tratando de ambientes ocupacionais, o estudo das relações dose x efeito e dose x
resposta deve ser realizado considerando-se grupos homogêneos de trabalhadores expostos a riscos
semelhantes. Nestes casos busca-se conhecer ou confirmar dados já obtidos estatisticamente, que
relacionam a intensidade de exposição com as alterações do estado de saúde provocadas por essa
exposição.
O conhecimento da relação dose-resposta:
-
estabelece o nexo causal entre os fatos observados e o produto tóxico em estudo;
estabelece a menor dose onde um efeito induzido ocorre;
determina a taxa de evolução da lesão
Dentro de uma população, a maioria das respostas a xenobióticos são similares, mas existe uma
variação nas respostas em alguns indivíduos, com maior susceptibilidade ou maior resistência em alguns
outros.
O limiar para efeitos tóxicos ocorre no ponto onde a possibilidade do corpo desintoxicar-se ou
reparar a lesão tóxica foi excedida. Para a maioria dos órgãos, existe uma capacidade reserva, de forma
que a perda de uma certa porcentagem da função não chega a afetar a performance geral do órgão. Por
exemplo, o desenvolvimento de cirrose no fígado pode não resultar em efeitos clínicos até que 50% do
fígado tenha sido tomado por tecido fibroso (cirrótico).
10. 9
3.1 PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÕES TÓXICAS:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Interferência com os sistemas enzimáticos (reversível, irreversível, síntese letal)
Interferência com o transporte de Oxigênio (Carboxihemoglobina, metahemoglobina)
Interferência com o sistema genético (ação citostática, carcinogênese, mutagênese e teratogênese)
Interferência com as funções gerais das células (anestésica, neurotransmissão)
Irritação direta dos tecidos (dermatite química, gases irritantes)
reações de hipersensibilidade (alergia química, fotoalergia, fotossensibilização)
4
EXEMPLOS DE AGENTES TÓXICOS DE INTERESSE EM TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
- Hepatotóxicos (fígado): clorofórmio, tetracloreto de carbono, fósforo, cloreto de vinila, álcool etílico
- nefrotóxicos (rins): Mercúrio, Cádmio, Cromo, hidrocarbonetos policíclicos, PCB (askarel),
clorofórmio, tetracloreto de carbono, Pb.
- neurotóxicos (sistemas nervoso central e periférico): dissulfeto de carbono, álcool etílico,
manganês, mercúrio orgânico, brometo de metila, DDT, compostos organofosforados, BTX
(thinners).
- Interação com sistemas biológicos diversos: As, Cd, Pb, Cu, Cr, Sn, Mn, Hg e outros.
- Carcinogênicos (câncer): benzidina, níquel, cromo 6+, cloreto de vinila, benzeno, asbestos
- pneumoconióticos (pulmões): sílica, asbestos, óxidos de ferro, carbonetos de tungstênio, alumínio
- irritantes primários:
- vias aéreas superiores: amoníaco, ácido crômico, ác. clorídrico, ac. fluorídrico e outros
- v.a .s e tecido pulmonar: halógenos (Br2, Cl2, I2), dimetilsulfato, ozonio, cloreto de enxofre,
tricloreto de fósforo e outros
- alvéolos pulmonares: tricloreto de arsênico, dióxido de nitrogênio, fosgênio e outros.
- irritantes secundários: sulfeto de hidrogênio e fosfina
- asfixiantes simples ou mecânicos: etileno, acetileno, nitrogênio, metano e etano, propano, propileno
e outros.
- asfixiantes bioquímicos: monóxido de carbono, cianeto, agentes metahemoglobinizantes
- anestésicos e narcóticos: éter etílico, hidrocarbonetos parafínicos (propano a decano), cetonas
alifáticas, alcoois alifáticos (etílico, propílico, butílico e amílico), ésteres (que se hidrolizam a
ácidos orgânicos e alcoois.)
5
VIAS DE PENETRAÇÃO DOS AGENTES TÓXICOS NO ORGANISMO
No item 2.2, foi dito que a fase toxicocinética corresponde à fase de movimentação do agente
tóxico no organismo. Pode-se dizer que tão logo se inicia a primeira das quatro fases de um processo
de intoxicação, a exposição, começa também a segunda fase, que é a toxicocinética. Esta, por sua
vez, inclui as etapas de absorção, distribuição e eliminação do agente tóxico.
A exposição pressupõe a penetração do agente tóxico no organismo. A penetração é, pois, o
contato inicial seguido do ingresso da substância no organismo, por meio de seus orifícios anatômicos
(oral, nasal, retal, cutâneos) ou por aberturas não naturais, como feridas e cortes, por exemplo. A
absorção, por sua vez, consiste no transporte do agente tóxico do meio externo para o meio interno do
organismo receptor, através de membranas biológicas.
Saliente-se aqui que, como meio externo, para fins de absorção, considera-se qualquer meio
que não seja a circulação sanguínea. Assim, como meio externo pode-se considerar a epiderme, o
estômago, os alvéolos pulmonares ou o intestino, por exemplo.
5.1 A ABSORÇÃO DE AGENTES TÓXICOS:
Obviamente, a absorção varia conforme a via de penetração do xenobiótico, pois as
diversas membranas (pele, mucosa do sistema respiratório) oferecem diferentes resistências ao
11. 10
transporte das substâncias químicas para a corrente sanguínea. Os fatores mais importantes envolvidos
na absorção são:
- estrutura da membrana
- espessura da membrana
- área de membrana disponível
- seletividade da membrana
- lipossolubilidade do agente
- hidrossolubilidade do agente (coeficiente de partição óleo/água)
5.2 O TRANSPORTE DOS AGENTES:
O transporte dos agentes tóxicos através das membranas ocorre segundo quatro mecanismos:
a) difusão simples - É a passagem do agente tóxico através das membranas, regida apenas pelo
coeficiente de partição óleo/água;
b) filtração - o agente tóxico, na forma de soluto, passa através dos poros da membrana juntamente com o
fluxo de água; é influenciada pela solubilidade do agente tóxico em água;
c) pinocitose - determinadas células “incorporam” o agente tóxico, fazendo-o através de dobras da
membrana celular;
d) transporte ativo - substâncias específicas funcionam como “transportadores" do agente tóxico,
transportando-o mesmo contra um gradiente de concentração, um gradiente de pressão ou uma diferença
elétrica, às custas de consumo energia do organismo receptor.
5.3 AS VIAS DE ABSORÇÃO:
Há três vias importantes de absorção dos xenobióticos no organismo:
-
absorção via gastrointestinal
absorção via cutânea
absorção via respiratória.
Em termos quantitativos, a via respiratória é sem dúvida a mais importante em termos de
toxicologia ocupacional. Em seguida vêm as vias cutânea e gastrointestinal.
5.3.1 PENETRAÇÃO PELA VIA GASTROINTESTINAL
As intoxicações ocupacionais pela via gastrointestinal são raras e devem-se, na maioria das
vezes, a condições higiênicas e de conforto muito precárias nos ambientes de trabalho e a hábitos como
fumar ou alimentar-se com as mãos sujas nos ambientes de trabalho.
Uma vez no trato gastrointestinal, o agente tóxico poderá sofrer absorção desde a boca até o
reto, por difusão através das mucosas, ou por transporte ativo. Normalmente não há absorção através
das mucosas da boca e do esôfago, pois o tempo de contato entre o agente tóxico e estas mucosas é
muito pequeno.
Nas demais seções do trato gastrointestinal a absorção varia em função das características do agente
tóxico, visto que o “ambiente físico-químico” é diferente de uma para outra seção. No estômago, por
exemplo, há as substâncias químicas específicas, enzimas digestivas, além do ácido clorídrico (pH~1).
Poderá haver ainda alguma quantidade de alimento, a qual contribuirá para a redução da absorção, já
que haverá menos contato entre o agente tóxico e a mucosa estomacal.
12. 11
A seguir, no início do intestino delgado, na área denominada duodeno, o pH varia de 12 a 14,
devido à presença dos sais biliares e de hidróxido de sódio e isso facilita ou interfere na absorção de
determinadas substâncias. No intestino grosso, a ação de bactérias sobre o agente tóxico poderá levar à
produção de moléculas absorvíveis.
A via gastrointestinal contribui ainda de forma passiva para a incorporação de substâncias
tóxicas inaladas, principalmente material particulado, pois a porção que se deposita na parte superior do
trato respiratório é arrastada para cima, pela ação ciliar, sendo posteriormente engolida. Tal
contribuição é, na maioria das vezes, pouco significativa em termos de efeitos.
5.3.2 PENETRAÇÃO PELA VIA CUTÂNEA (PELE)
As intoxicações ocupacionais pela via cutânea podem significar a penetração do agente tóxico
através da pele e o posterior ingresso na corrente circulatória, através da epiderme. As intoxicações
mais conhecidas são aquelas de efeito local, ou seja, as dermatoses ocupacionais, produzidas pelo
contato com os agentes tóxicos.
A pele constitui-se numa barreira de revestimento do corpo, sendo um obstáculo contra a
penetração de xenobióticos. São duas as camadas formadoras da pele: a epiderme, que é a camada
mais externa, estando em contato com o meio ambiente; a derme, camada interna, onde se observa a
presença de glândulas sudoríparas, vasos sanguíneos, nervos e folículos pilosos.
Muitos fatores influenciam a absorção através da pele, tais como:
abrasão ou descontinuidade da pele, que tornam fácil a penetração do xenobiótico;
inflamação;
pilosidade (áreas com pelos apresentam absorção cutânea cerca de 3 a 13 vezes maior
que as demais);
tamanho da área exposta;
presença de outras substâncias na pele;
tempo de exposição;
temperatura no local da exposição.
redução da camada gordurosa protetora (efeitos dos solventes e sabões)
5.3.3 PENETRAÇÃO PELA VIA RESPIRATÓRIA
Em termos de intoxicações ocupacionais, esta é a via mais importante e frequente de penetração
de agentes tóxicos. A exposição dos trabalhadores a aerodispersóides constitui-se num problema
presente na maioria dos ambientes de trabalho. A absorção se dá tanto nas vias aéreas superiores
quanto nos alvéolos.
A superfície de contato pulmonar, composta pela superfície interna dos brônquios e bronquíolos
é estimada em 90 m2 , e a superfície interna dos alvéolos pulmonares, estimada em 70 m2 , formam a
interface de contato com o exterior. Essa área, somada a uma rede capilar de vasos sanguíneos com
área média de 140 m2 , facilitam muito a absorção, particularmente de substâncias na forma gasosa.
Sendo o consumo de ar de 10 a 20 kg diários, dependendo fundamentalmente do esforço físico
realizado (metabolismo), é fácil chegar à conclusão que mais e 90% das intoxicações generalizadas
tenham origem na absorção respiratória.
As partículas sólidas ou mesmo as líquidas de maiores diâmetros, podem ficar retidas nas partes
superiores do aparelho respiratório, onde podem causar doenças irritativas. Quando menores que 10
micra, podem chegar até os alvéolos pulmonares, onde atravessam a membrana alveolar, entram na
corrente sanguínea e dai podem ser levadas a outras partes do organismo, através do sangue ou das
células fagocitárias (glóbulos brancos) do sangue.
Outras vezes, determinados xenobióticos fixam-se firmemente nas paredes pulmonares,
tornando-se resistentes às tentativas de remoção do organismo, que tenta dissolvê-los, através do sangue
13. 12
e secreções, ou pela ação das células fagocitárias que tentam digerir os corpos estranhos. Isso faz com
que surjam reações pulmonares à agressão da presença dos aerodispersóides, como inflamações e
cicatrizações que acabam por afetar a função dos pulmões a longo prazo.
A quantidade de um agente tóxico que será absorvida pelo organismo, quando a penetração se
dá pela via respiratória, depende de alguns fatores, tais como:
- concentração do agente tóxico no ar;
- taxa de respiração; (quantidade de ar respirada, que depende da taxa de metabolismo)
- solubilidade do material no sangue (coeficiente de distribuição);
- reatividade do material com tecidos do organismo.
6
DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAGEM DOS AGENTES TÓXICOS NO ORGANISMO
6.1 DISTRIBUIÇÃO
Uma vez na corrente sanguínea, ou seja, uma vez absorvido, seja por via cutânea, digestiva ou
respiratória, o agente tóxico está disponível para ser distribuído pelo organismo e alcançar o seu “sitio de
ação” ou “sítio alvo”. Estas duas expressões designam o local (tecido de um dado órgão) onde o
agente tóxico vai exercer sua ação nociva. Pode ocorrer, entretanto, que o local de armazenamento não
seja, necessariamente, o sítio de ação do agente tóxico.
A distribuição é, em geral, rápida.
A velocidade e a extensão de distribuição de um agente tóxico no organismo depende de dois
fatores principais:
- fluxo sanguíneo através dos tecidos de um dado órgão;
- facilidade que tem o agente tóxico para atravessar a membrana capilar e atingir as células
de um determinado tecido.
Vê-se, pois, que a distribuição está sujeita aos mesmos mecanismos que regulam o transporte.
6.2 ARMAZENAGEM
O fato de alguns agentes tóxicos fixarem-se preferencialmente em alguns tecidos deve-se à
maior afinidade físico-química entre tais agentes e o tecido alvo. A fixação ou concentração de um
agente tóxico em um determinado tecido pode ser vista como um processo de armazenagem. A
armazenagem poderá ocorrer inclusive no próprio tecido sanguíneo, através das ligações entre o
xenobiótico e as proteínas plasmáticas.
A armazenagem não é, em princípio, um fenômeno desejável, particularmente quando se tem
como objetivo um processo de desintoxicação. Mesmo quando os agentes tóxicos estão
armazenados em outro tecido que não o sanguíneo, eles estarão em equilíbrio com a sua forma livre
circulante. Se a concentração da forma livre cai, o agente tóxico armazenado em outro tecido tende a
ser liberado em quantidade tal que o equilíbrio seja restabelecido.
O armazenamento de agentes tóxicos em determinados órgãos se dá pelo mecanismo de ligação
celular, do qual participam as proteínas intracelulares. Neste sentido, as células dos rins e fígado têm uma
enorme capacidade de fixação de agentes tóxicos.
O tecido adiposo (gorduroso) (em média 50% de peso em uma pessoa obesa e 20% em
uma pessoa magra) é também um local de armazenagem de agentes tóxicos. Nesse caso o fenômeno
se dará por simples dissolução do xenobiótico nesse tecido.
Uma outra alternativa de armazenamento para os agentes tóxicos, particularmente os
inorgânicos, é o tecido ósseo. A penetração do xenobiótico ocorrerá através da matriz inorgânica desse
tecido. O fenômeno é influenciado pelo tamanho e pela carga dos íons a serem deslocados.
7
MECANISMOS DE PROTEÇÃO E DESINTOXICAÇÃO
14. 13
Durante a fase de exposição e mesmo após a penetração do agente tóxico no organismo,
mecanismos de proteção são acionados, tentando minimizar ou até evitar a absorção do xenobiótico. Por
exemplo: a pele e a película de suor e gordura que a recobrem atuam como barreira efetiva para várias
substâncias químicas, impedindo sua penetração; a camada queratinosa da pele (formada por células
mortas) resiste, até certo ponto, à ação da água, ácidos, raios ultravioleta, etc. Nos olhos, as
glândulas lacrimais são ativadas quando gases, vapores ou corpos estranhos entram em contato com a
conjuntiva ocular. O aparelho respiratório reage prontamente à presença de partículas, através do reflexo
da tosse, do efeito dos cílios dos brônquios, produção de secreções (catarro) e ação das células
sanguíneas denominadas macrófagos alveolares que englobam e tentam destruir os agentes estranhos.
Persistindo a exposição ou dependendo da dose/concentração do agente tóxico, esses
mecanismos de proteção tornam-se ineficientes e o xenobiótico instala-se no organismo. Ocorrendo isto,
o processo de intoxicação prossegue, ou seja, o agente tóxico começa a movimentar-se no organismo.
Para se evitar uma doença ou intoxicação, deve-se então eliminá-lo ou neutralizá-lo. Entram em
cena os mecanismos de desintoxicação, que são a biotransformação e a excreção.
7.1 BIOTRANSFORMAÇÃO
Antes de qualquer comentário, é importante ter em mente que para a toxicologia,
biotransformação não é sinônimo de metabolização e muito menos de detoxificação.
Biotransformação é o conjunto de alterações químicas que as substâncias sofrem no
organismo, geralmente pela ação de enzimas. Essas alterações produzem, geralmente, compostos mais
polares e solúveis em água.
O termo metabolização é aplicável às transformações dos elementos essenciais ao organismo,
inclusive as reações químicas de queima de alimentos para fornecimento de energia às células.
A detoxificação (desintoxicação) pode ser entendida como a biotransformação de um agente
tóxico que resulta em um composto menos tóxico. O oposto à detoxificação seria a biotoxificação
(intoxicação).
A maior parte dos agentes tóxicos ao serem biotransformados sofrem desativação, ou seja, o
produto resultante da biotransformação é menos ativo (menos tóxico) que o precursor. Nestes
casos, a biotransformação é, realmente um mecanismo de detoxificação. Esta não é, entretanto, uma
regra geral; como exemplo cita-se a biotransformação dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos,
quando os mesmos são convertidos em derivados arilados, que podem reagir com proteínas, induzindo
mutações, câncer e anormalidades embrionárias.
OBSERVAÇÃO:
Na sequência do texto o termo enzima surgirá com certa frequência; como informação geral, tenha em
mente que:
Enzima é um tipo de proteína que possui ação catalítica, ou seja, interferem nas reações químicas,
normalmente sem participar diretamente da mesma.
Uma proteína, por sua vez, é um polímero de um aminoácido. As proteínas existem em todas as células
vivas, constituindo-se em cerca de 3/4 do peso seco dos tecidos animais. Algumas proteínas têm função
estrutural (pele, cabelos, fibras musculares); outras têm função reguladora (hormônios); outras
participam ativamente dos mecanismos imunológicos de defesa dos organismos (anticorpos); outras
têm a função catalisadora, atuando como enzimas.
As principais reações envolvidas na biotransformação de agentes tóxicos são do tipo oxidação,
redução, hidrólise e conjugação.
A biotransformação de agentes tóxicos por oxidação se dá pela ação das enzimas do grupo
oxidase, localizadas no fígado. As reações de oxidação são as mais frequentes, sendo esta a tendência
dos processos bioquímicos no reino animal.
15. 14
Em menor escala, a biotransformação de agentes tóxicos por redução se dá pela ação das
flavoproteínas, também situadas no fígado.
A biotransformação por hidrólise se dá pela ação das enzimas do grupo estereases, as quais
podem localizar-se no fígado, plasma do sangue e outros tecidos.
A biotransformação por conjugação consiste na ligação do agente tóxico, ou de seus
metabólitos provenientes de biotransformações anteriores, a determinados substratos do organismo,
formando moléculas conjugadas de grande tamanho.
A biotransformação pode ser intensificada pela presença de substâncias indutoras da síntese de
enzimas específicas. Contrariamente, substâncias inibidoras de certos grupos enzimáticos reduzem a
velocidade do processo de biotransformação.
A biotransformação varia com alguns fatores tais como:
- idade (o feto e o recém-nascido têm biotransformação mais lenta);
- o estado nutricional;
- frequência das doses;
- estado patológico;
- temperatura (a biotransformação é mais rápida quando a temperatura aumenta).
7.2 EXCREÇÃO
A excreção pode ser entendida como o processo de eliminação do agente tóxico 'in natura' ou
biotransformado. Essa eliminação pode ocorrer através das secreções (secreção biliar, sudorípara,
lacrimal, salivar, láctea), através das excreções (urina, fezes e catarro) ou através do ar expirado.
Associado ao fenômeno de excreção surge o conceito de meia vida biológica do agente tóxico.
O sistema excretor mais importante para a toxicologia é o sistema renal, por ser bastante
específico. A urina é o único material biológico de excreção do organismo humano que é citado na NR-7
(PCMSO) como material de referência de rastreamento biológico para detecção de agentes químicos
absorvidos em ambientes ocupacionais.
8
PREVENÇÃO DA INTOXICAÇÃO OCUPACIONAL
A prevenção da intoxicação profissional pressupõe o correto reconhecimento fatores de risco
presentes no trabalho e da realidade dos riscos ocupacionais a que estão expostos os trabalhadores.
O problema começa já na fase de reconhecimento do fator de risco. Independente da boa
intenção e da perspicácia do profissional envolvido com a questão, algumas dificuldades podem surgir:
por exemplo, para determinadas substâncias químicas, as propriedades toxicológicas são pouco
conhecidas; uma determinada substância poderá estar presente como co-formulante ou como veículo em
um determinado produto, sem que isso esteja claro, quantitativa e qualitativamente na especificação do
produto; impurezas comercialmente aceitáveis no produto podem torná-lo perigoso à saúde...
A pesquisa bibliográfica de fichas toxicológicas (FISPQ ou MSDS) é fundamental para esse
conhecimento.
Superadas as possíveis dificuldades de reconhecimento do risco, deve-se estimar o risco
presente. Sendo o risco evidente, por grande exposição e grande toxicidade dos produtos envolvidos, não
há que se pensar em fazer uso de instrumentos para quantificação. É necessário tomar-se medidas de
controle imediatas, que deverão ser proporcionais aos riscos envolvidos. Muitas vezes a aplicação de
meios simples de organização e limpeza dos ambientes de trabalho, evitando-se recipientes abertos,
derramamentos, contaminação por evaporação, uso de rotulagem adequada, armazenamento correto,
podem reduzir em muito os riscos do uso de determinados produtos químicos. Mudanças na forma e
16. 15
quantidade de utilização, incluindo circuitos fechados, recipientes selados, pipetagem mecânica, redução
das concentrações utilizadas, podem ser medidas que reduzam a exposição dos trabalhadores.
Tomadas as medidas iniciais de controle, controlada a exposição grosseira e evidente, é
necessário controlar-se a exposição a longo prazo, sendo necessário, muitas vezes, quantificar os
agentes químicos presentes no ambiente.
Para a quantificação é preciso que se conheça a intensidade da exposição (dose), os efeitos
que tal exposição pode produzir e ainda, a relação dose x resposta, para o agente químico considerado.
Obtidas estas informações, especifica-se o risco aceitável (exposição admissível) para aquele agente
químico. Utilizam-se geralmente os Limites de Tolerância legais, constantes na NR-15 da Portaria
3214/78, e, em não havendo parâmetros claros nessa Norma, os Limites internacionais mais aceitos são
os da ACGIH americana.
Os métodos de coleta e análise de produtos químicos são procedimentos delicados e sujeitos a
muitos erros, motivo pelo qual os profissionais devem redobrar seus cuidados e aprofundar seus
conhecimentos para que não se perca a validade dos resultados obtidos. Por exemplo, se não for possível
amostragem contínua, a avaliação das concentrações de agentes químicos através de métodos de
amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens,
para cada ponto, ao nível respiratório do trabalhador, e entre cada uma das amostragens deverá haver
um intervalo de, no mínimo, 20 minutos. Só este exemplo demonstra a complexidade dessas avaliações e
os cuidados necessários.
Tomadas as medidas de controle e, mesmo estando a exposição dentro dos Limites de
Tolerância, a exposição deverá ser monitorizada, objetivando rastrear possíveis efeitos tóxicos nos
trabalhadores. A monitorização é feita em duas linhas de ação: monitorização ambiental e
monitorização biológica.
8.1 MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL
A monitorização ambiental pode ser entendida como a prática contínua de medir e avaliar os
agentes real ou potencialmente nocivos, existentes no ambiente ocupacional, para que se possa
estimar a exposição dos trabalhadores e o risco à saúde, através de comparação dos resultados com
as referências apropriadas da legislação ou da literatura especializada (Níveis de Ação – PPRA – ou
Limites de Tolerância). Baseia-se na definição que, para um grande número de substâncias, existe uma
concentração no ar, abaixo da qual nenhum efeito tóxico deveria ocorrer em pessoas "normais", dentro
dos conhecimentos atuais. Importante lembrar que os Limites de Tolerância expressos na lei brasileira
(NR-15, Portaria 3214/78), estão datados de 1978 e não foram renovados desde então, o que leva a
dúvidas importantes quanto à validade de se dizer que determinada situação está dentro dos limites de
tolerância, uma vez que poderá haver negligência no controle de agentes presentes em concentrações
que, apesar de dentro do limite legal, estão em concentrações sabidamente tóxicas nos dias atuais.
A monitorização ambiental envolve a medição instrumental ou laboratorial do agente químico e a
comparação dos resultados com limites determinados científicamente. São procedimentos sujeitos a
muitos erros e variações e, no mínimo, é necessário conhecer:
a) área a ser avaliada, para reprodução de resultados no futuro
b) número de trabalhadores eventualmente expostos
c) rotatividade de trabalhadores
d) movimentação de material (fontes móveis)
e) condições de ventilação e suas modificações
f) ritmos de produção (rotina, momentos de pico, aumento do risco)
g) agentes que possam interferir ou contaminar as medições
h) atividades e funções desenvolvidas no local (prescritas e reais).
As finalidades da monitorização ambiental são:
17. 16
a) verificar se as concentrações dos agentes químicos determinados em amostras ambientais
estão de acordo com os padrões de segurança, estabelecidos legalmente ou recomendados.
b) estabelecer a relação, quando possível, entre a concentração dos agentes no ambiente e o
estado de saúde dos indivíduos expostos
c) verificar as medidas de controle dos agentes químicos
d) determinar as principais fontes de exposição
e) avaliar a necessidade de controle de uma fonte específica de emissão
f) determinar os problemas específicos de contaminação por agentes químicos em diferentes
regiões.
8.2 MONITORIZAÇÃO BIOLÓGICA
A monitorização biológica consiste na medição e avaliação periódica e sistemática de agentes
químicos ou de seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, excreções, ar exalado, de
cada um dos trabalhadores, com o objetivo de avaliar a exposição ou o risco à saúde, por comparação
dos resultados com referências apropriadas, que são determinados pelas pesquisas em Medicina do
Trabalho. A legislação brasileira define índices (IBMP) na NR-7, Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO. O IBMP é o Índice Biológico Máximo Permitido é o valor máximo do indicador
biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas ocupacionalmente expostas não corre risco de
dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição excessiva. Existe também na NR-7 o
Valor de Referência da Normalidade que é valor possível de ser encontrado em populações nãoexpostas ocupacionalmente;
Tanto na monitorização ambiental quanto na biológica, o objetivo é o de detectar e prevenir a
exposição excessiva dos trabalhadores aos agentes químicos, visto que estes podem provocar efeitos
tóxicos agudos ou crônicos nos indivíduos expostos. Em ambos os casos, os valores isolados
encontrados em apenas um trabalhador são importantes para aquele indivíduo, mas, do ponto de vista
preventivo, deve-se considerar uma série histórica de dados que será obtida ao longo dos anos, de um
indivíduo ou de uma população exposta aos mesmos riscos. Esta série histórica constitui-se no mais
valioso instrumento da empresa de avaliação de seus mecanismos de controle sobre os agentes tóxicos
no meio ambiente de trabalho e servem de confirmação ou atualização de informações toxicológicas
disponíveis na literatura.
A monitorização biológica permite que, com base em amostragens, faça-se uma estimativa da
exposição real dos trabalhadores.
A monitorização biológica permite estimar a dose interna de um agente químico no organismo
do trabalhador. Por dose interna ou quantidade biodisponível, entende-se a quantidade de um agente
tóxico absorvido e retido no organismo, durante um determinado intervalo de tempo. A dose interna
medida pode representar uma quantidade do agente tóxico recentemente absorvida ou uma quantidade
do agente tóxico armazenada em um determinado órgão ou tecido do organismo, dependendo da meia
vida do agente tóxico;
A legislação de segurança do trabalho, atualizada em dezembro/94, prevê tanto a monitorização
ambiental (incluída nas obrigações da empresa quanto ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
– PPRA - NR-9) quanto a monitorização biológica (por meio do PCMSO - NR-07). Como destaque,
deve-se citar no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA – a obrigação de medidas de
controle coletivas e individuais, por parte dos empregadores, a partir dos chamados níveis de ação (NA),
que correspondem a situações onde a concentração ambiental do agente tóxico esteja acima da metade
do Limite de Tolerância legal. Trabalhar em prevenção neste nível gera uma situação de muito maior
segurança do que quando já foi ultrapassado o Limite de Tolerância ambiental e a exposição dos
trabalhadores já provoca grande risco de lesões e intoxicações.
9
INDICADORES BIOLÓGICOS DE EXPOSIÇÃO
18. 17
Como se viu, a exposição dos trabalhadores a agentes tóxicos pode ser avaliada através da
monitorização biológica com o auxílio dos indicadores biológicos de exposição. Qualquer xenobiótico ou
seu produto de biotransformação, bem como qualquer alteração bioquímica precoce, cuja determinação
possa ser feita nos fluidos biológicos, tecidos ou ar exalado, servirá como indicador biológico de
exposição. A tecnologia tem permitido o uso de indicadores biológicos cada vez mais específicos, bem
como de limiares de sensibilidade cada vez menores para métodos de medição.
Os indicadores biológicos de exposição podem ser indicadores de dose interna e indicadores
de efeitos sobre o organismo.
9.1 INDICADORES DE DOSE INTERNA (biomarcardores de EXPOSIÇÃO)
São aqueles que permitem conhecer a dose real do agente tóxico no organismo do receptor.
Permitem ainda que se estime de forma indireta, a intensidade da exposição, desde que o teor do
agente tóxico no material biológico possa ser correlacionado com a concentração ambiental.
O uso de um indicador de dose interna pressupõe o conhecimento da toxicocinética do agente
tóxico no organismo humano.
Um indicador de dose interna é dito indicador seletivo quando:
- o agente tóxico pode ser determinado diretamente em amostras biológicas, por não ser
biotransformado ou por ser pouco biotransformado;
- mesmo para exposições pouco intensas, formam-se suficientes quantidades de
produtos de biotransformação;
- quando os produtos de biotransformação são inespecíficos.
Quando o indicador de dose interna serve para um grupo de substâncias químicas com características
comuns, ele é dito indicador não seletivo.
São previstos na NR-7, PCMSO, vários indicadores de exposição, como por exemplo:
-
Pentaclorofenol na Urina
Ác. Tricloroacético na Urina para exposições a Tetracloroetileno
Ác. Hipúrico na urina para exposições a Tolueno
Triclorocompostos na urina para exposições a tricloroetano
Ácido metil-hipúrico para exposições a Xileno
9.2 INDICADORES DE EFEITO
São aqueles que revelam alterações no organismo resultantes da ação de um agente tóxico em
um ponto específico (tecido, órgão ou sistema).
Esses indicadores já representam um diagnóstico de doenças, e, para serem úteis, devem
mostrar alterações o mais precocemente possível, para ajudar a evitar danos ao organismo do
trabalhador. Também, para servir como marcadores, os danos demonstrados por esses indicadores
devem ser reversíveis. É o caso da medição de Chumbo sanguíneo, que, quando acima do índice
biológico máximo permissível, indica, em primeiro lugar, exposição do indivíduo ao chumbo. Representa
também, no entanto, a existência de uma doença em curso. A conduta da empresa deve ser a de
afastamento do trabalhador do risco e de encaminhar o trabalhador para o devido tratamento.
Obviamente, esse trabalhador, uma vez curado, somente deverá voltar para ambientes devidamente
controlados e corrigidos, de forma a não se permitir novas contaminações.
19. 18
9.3 LIMITES BIOLÓGICOS DE EXPOSIÇÃO
A partir do conhecimento da relação entre a exposição e a dose interna são propostos os limites
biológicos de exposição. (VR e Índice Biológico Máximo Permitido - IBMP - vide anexo 1 da NR-7)
Os Valores de Referência (VR) referem-se a valores passíveis de serem encontrados em
população não exposta ocupacionalmente, sendo utilizados para caracterizar grupo exposto e grupo não
exposto. Considera-se um grupo como exposto quando todos os membros do grupo apresentarem o
biomarcador com concentração superior à metade do Limite de Referência Superior.
Os IBMP, Indices Biológicos Máximos Permitidos, são definidos como o valor máximo do
indicador biológico para o qual se supõe que a maioria das pessoas ocupacionalmente expostas não
corre risco de dano à saúde. Esses índices são obtidos em estudos com humanos, simulando exposição,
ou por derivações matemáticas partindo-se de valores permitidos no ambiente ocupacional.
Tanto os IBMP quanto os Limites de Tolerância não devem ser considerados marcos absolutos,
que separam concentrações seguras de concentrações nocivas. Eles devem ser vistos como níveis
de advertência, pois foram propostos com base em conhecimentos atuais da relação exposição x
resposta. Por este motivo, devem ser revistos periodicamente, sempre que novos dados clínicos sejam
oficialmente publicados.
É necessário atentar para os pré-requisitos para o desenvolvimento de um programa de
monitoração biológica de um agente químico, a ser feito pela Medicina do Trabalho, em conjunto com o
pessoal de segurança e higiene do trabalho:
a) ambiente de trabalho adequado do ponto de vista de higiene do trabalho (controles
implementados, limpeza e conservação, monitoração contínua)
b) conhecimento, pelos trabalhadores, dos riscos apresentados pelo agente a ser controlado
c) conhecimento, pelos trabalhadores, do potencial tóxico da substância, e do significado do
resultado do biomarcador, inclusive dos parâmetros de normalidade.
d) conhecimento profundo, por parte do Médico do Trabalho, do processo de produção
industrial em questão, seus desvios, tipo e frequencia de manutenção, as operações de
rotina e as eventuais variações da produção
e) visitas periódicas do Médico, para observações e contato com os trabalhadores a fim de
colher novas informações
f) controle permanente da qualidade dos exames toxicológicos, dos métodos e horários de
coleta, visando a boa reprodutibilidade e sensibilidade dos exames.
20. 19
REFERÊNCIAS
1
Buschinelli, J. T. P.; Rocha, L. E.; Rigotto, R. M. et al., in "Isto é trabalho de gente?" Editora Vozes,
1994.
2
Alcântara, H. R. Toxicologia clínica e forense. Andrei Editora Ltda., 1985.
3
Mendes, R. Patologia do Trabalho. Editora Atheneu, 1995.
4
Brito, F. D., Toxicologia humana e geral. Livraria Atheneu, 1988.
5
Colacioppo, S e Della Rosa, H. V., Monitorização ambiental e biológica, in "Fundamentos de
Toxicologia", São Paulo, Atheneu, 1996.
6
Amorim, Leiliane C. A ., Apostila de Toxicologia, Curso de Medicina do Trabalho da Faculdade de
Ciências Médicas de Minas Gerais, 1999.
NA INTERNET:
SITES DE INTERESSE:
http://www2.state.id.us/dbs/safety_code/300.html
http://www.scorecard.org/chemical-profiles/
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/tox/informed/index.htm
http://www.atsdr.cdc.gov/atsdrhome.html
http://www.ilo.org/public/english/protection/safework/cis/products/icsc/dtasht/index.htm
http://www.cdc.gov/niosh/ipcsneng/nengsynp.html
http://www.blackswanmfg.com/msds.htm
http://www.cdc.gov/niosh/nmed/nmedname.html
http://www.quimica.ufpr.br/Servicos/Seguranca/links.html
http://www.quimica.ufpr.br/dqui2.html
http://www.saudeetrabalho.com.br/
http://sis.nlm.nih.gov/Tox/ToxMain.html
http://toxnet.nlm.nih.gov/
http://www.ilpi.com/msds/index.html