O documento reflete sobre a incerteza do futuro e como os "talvez" preenchem nossas vidas com esperança. Apesar de ter desapontado seu irmão ao deixar seu caminho cheio de altos e baixos, o autor encontrou esperança nos sonhos do amanhã e na capacidade humana de mover montanhas. A mensagem final é que embora o amanhã seja incerto, a esperança pode ser cruelmente mantida através dos altos e baixos da vida.

1. Amanhã, talvez…
“Pior que a crueldade de um não é a incerteza de um talvez. E o nosso amanhã
está cheio deles”.
Sempre me lembro de te ouvir a dizer isto. Ouvia-te a dizer para guiar a minha
vida por caminhos certos. Desculpa desapontar-te, mas a minha vida ficou cheia de
montanhas, vales e encruzilhadas.
Sempre achei que o futuro é um brinquedo maravilhoso. Nunca somos velhos
de mais para brincar ao amanhã. Nunca o deixamos em casa. Ele vem sempre
connosco, nas nossas mãos. E quando o brinquedo se partir, bem… nós também
partimos. Quando? Talvez hoje… talvez amanhã! É incerto… E uma resposta precisa a
esta pergunta, mesmo que dolorosa, mudaria tudo! A nossa maneira de pensar e de
ser… O que faríamos hoje, o que faríamos amanhã… Mas agora que já aqui não estás
para me ajudar, só a imaginação me guiará…
Amanhã, talvez, acordarei a pensar em ti e nas saudades que tenho! Amanhã,
talvez, me sinta livre para realizar os meus sonhos. Amanhã, talvez, já todas as guerras
terão acabado. Amanhã, talvez, serei uma mulher crescida… Amanhã, talvez, serei feliz
junto de ti, onde quer que estejas, perdido pelo céu… Amanhã, talvez, terei esperança!
Porque um dia percebemos que a nossa fé não move montanhas, somos nós
que as movemos. Porque um dia percebemos que não é um sorriso lindo que
recebemos de manhã que nos fará mais felizes, mas sim aqueles que nós damos!
Porque um dia entendemos que as tristezas, os “não” e os “talvez” fizeram de nós
pessoas cheias de esperança! Porque amanhã é incerto e cheio de “talvez”… Dá e
recebe os “não” hoje, para que o teu amanhã seja cheio de “sim”.
Hoje discordo de ti mano, cresci com os meus “talvez”, com os meus altos e
baixos, mas estou cheia de esperança! Uma esperança cruel! Até amanhã, mano,
talvez…
Rute Ricarte
9ºB