Série de interpretações sobre a "Alegoria da Caverna", de Platão, realizada pelas minhas alunas e alunos de Filosofia da Educação, do curso de Pedagogia da Faculdade Sumaré, São Paulo, capital.

1. Um dia, um sapo, ingênuamente, caiu num buraco. Poft! E ali ficou.

2. Era razoavelmente amplo, tinha água,era aquecido, livre dos perigos, havia o necessário para sua sobrevivência, enfim, era um mundo maravilhoso aquele buraco!

3. O tempo foi passando, e o sapinho transformou-se em um sapo gordo. Um sapão.

4. Num certo dia, ele acordou com um barulho diferente, e bem ao seu lado tinha caído um bicho estranho e meio peçonhento.

5. "-Ué! Quem é você!" - pergunta ele, assustado. "-Sou um sapo, ora!" - responde o estranho visitante. "-Mas sapo sou eu!" - questiona o habitante do buraco. "-Meu amigo, existem milhares de sapos no mundo lá fora." - retrucou o outro. "-Mundo lá fora?! Como assim?" - indagou o dono do buraco.

6. "-É, meu amigo"... O mundo lá fora é maravilhoso. E ainda mais com umas criaturas especiais, razão maior da nossa vida de sapo: as sapinhas. Além disso – é tão bom quando ficamos cantando nas lagoas e nos alimentando dos mosquitos que voam desgovernados. "-Lagoa?! Mosquitos?!" - mais surpresas para o velho e acomodado sapo.

7. "-E tem mais: quando anoitece, é lindo o céu de estrelas!" "-Epa! Eu também, todas as noites, consigo contar, quatro a cinco estrelas vistas daqui de casa." - gabou-se o acomodado. “-Pois é, meu amigo”. Aí que está a nossa diferença: eu posso contar, aliás, nem posso, pois são milhões e milhões de estrelas!”- disse o sapinho sapeca.

8. ” Bom, agora eu vou dar um pulinho e continuar meu passeio”.-Disse o sapinho sapeca "-Pulinho?!" - surpreendeu - se, mais uma vez, o sapo do buraco. "-Sim, meu amigo. Sapo pula. E, a propósito, você não gostaria de ir comigo?" “-Mas claro que eu quero, disse o sapão. Mas ao tentar sair do buraco, ele não conseguiu, pois até então não tinha se dado conta do seu tamanho.

9. Então seu futuro foi passar o resto da sua vida dentro daquele buraco e não conheceu as maravilhas no qual o sapinho tinha dito. Tudo por culpa do seu comodismo .