SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Tudo para o meu barquinho



Numa tarde cheia de sol, a Inês e o Pedro estavam no jardim da aldeia a olhar para as
nuvens:

-Olha Inês! - disse o Pedro. Estou a ver um barco nas nuvens! Quem me dera ter um
barco!

-Nós podemos fazer um barco! - interrompeu a Inês.

-Mas nós não podemos fazer um barco sozinhos!

-Oh! Mas é claro que não vamos fazer o barco sozinhos! Vamos à oficina do meu tio
Rui, ele faz barcos.

O Pedro e a Inês seguiram para a oficina do tio Rui e, mal chegaram, perguntaram-lhe:

- Tio, podes fazer-nos um barco?

-Sim, claro! Querem uma chata ou uma aiola?

-Eu não sou nenhuma chata e não quero uma gaiola! Quero um barco!

-Não é isso, a aiola e a chata são tipos de barcos! E para te mostrar tenho estes
modelos pequenos que eu fiz quando tinha a tua idade!

-Mas qual é a chata e qual é a aiola?- perguntou o Pedro.

-Bem, a chata é o barco que tem uma cabine para controlar o motor. E a aiola é o
barco que tem remos e também pode ter velas! - Então, qual delas é que querem
construir?

- Eu acho que é melhor a aiola!- disse o Pedro.

-Então vamos lá fazê-la!

O tio começou a fazer a aiola para eles, mas só ficaria pronta no dia seguinte.

Então, tal com combinado, o Pedro e a Inês voltaram à oficina do tio Rui e começaram
a perguntar:

-O bar… quer dizer a aiola, já está pronta? - perguntou o Pedro.
-Sim, já está pronta! Mas primeiro quero mostrar-vos umas roupas que pedi a uns
amigos meus. São roupas que pescadores usam para ir à pesca! E, por sorte, arranjei
um tamanho para vocês; um barrete, uma camisa quentinha e umas calças!

-Uau! Obrigado tio Rui!, Assim já podemos ir bem vestidos! - disse a Inês.

-Tive uma ideia! - disse o Pedro. Tio Rui, podemos ir contigo à pesca?

-Mas é claro que podem! Mas, primeiro vou fazer umas sandes para levarmos.

-Mas tio… Tu comes na pesca?!

-Sim! Mas não posso é assar os peixes no barco!

Então, vamos levar o barco para a praia…

Meteram-se os três no barco e começaram a navegar até a um certo lugar, onde
pararam para pescar. Lançaram as canas de pesca ao mar e esperaram, esperaram, e
esperaram até que…

-Está a morder! Está a morder! - disse o Pedro.

-Uau Pedro, apanhaste...Apanhaste um carapau!

- Bom trabalho! - disse o tio interrompendo a Inês.

De imediato, a Inês começou a gritar:

-Ai! Também está a morder! E a ti tio, também está a morder? perguntou a Inês, muito
entusiasmada.

-É pá! Apanhaste uma sarda! E eu apanhei um linguado! Agora que já temos jantar,
vamos comer as nossas sandes.

Depois de comerem as sandes, eles ainda tiveram de inventar um nome para a sua
aiola e chamaram-lhe ”Quebrador de gelo”.

A seguir, regressaram para as suas casas e jantaram os peixes que pescaram.

- Que dia maravilhoso! - exclamaram a Inês e o Pedro.

                                          Fim

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (7)

Principezinho
PrincipezinhoPrincipezinho
Principezinho
 
A cidade da alegria
A cidade da alegriaA cidade da alegria
A cidade da alegria
 
Texto saltimbancos
Texto saltimbancosTexto saltimbancos
Texto saltimbancos
 
A semana da leitura no 1º ciclo ppt
A semana da leitura no 1º ciclo pptA semana da leitura no 1º ciclo ppt
A semana da leitura no 1º ciclo ppt
 
Factopassado Alfragide VersãOsoft
Factopassado Alfragide VersãOsoftFactopassado Alfragide VersãOsoft
Factopassado Alfragide VersãOsoft
 
Ecos da 8ª expoverao Ilhéus manga larga
Ecos da 8ª expoverao Ilhéus manga largaEcos da 8ª expoverao Ilhéus manga larga
Ecos da 8ª expoverao Ilhéus manga larga
 
Cinderela
CinderelaCinderela
Cinderela
 

Mais de isabelsilvareis

Workshop formativo de apresentação do modelo
Workshop formativo de apresentação do modeloWorkshop formativo de apresentação do modelo
Workshop formativo de apresentação do modeloisabelsilvareis
 
Metodologias de operacionalização
Metodologias de operacionalizaçãoMetodologias de operacionalização
Metodologias de operacionalizaçãoisabelsilvareis
 
Metodologias de operacionalização
Metodologias de operacionalizaçãoMetodologias de operacionalização
Metodologias de operacionalizaçãoisabelsilvareis
 
Tabela análise à situação da be
Tabela   análise à situação da beTabela   análise à situação da be
Tabela análise à situação da beisabelsilvareis
 

Mais de isabelsilvareis (9)

Convite
ConviteConvite
Convite
 
Workshop formativo de apresentação do modelo
Workshop formativo de apresentação do modeloWorkshop formativo de apresentação do modelo
Workshop formativo de apresentação do modelo
 
Reflexão final
Reflexão finalReflexão final
Reflexão final
 
Metodologias de operacionalização
Metodologias de operacionalizaçãoMetodologias de operacionalização
Metodologias de operacionalização
 
Metodologias de operacionalização
Metodologias de operacionalizaçãoMetodologias de operacionalização
Metodologias de operacionalização
 
Plano de avaliação
Plano de avaliaçãoPlano de avaliação
Plano de avaliação
 
Tabela análise à situação da be
Tabela   análise à situação da beTabela   análise à situação da be
Tabela análise à situação da be
 
Planificação workshop
Planificação workshopPlanificação workshop
Planificação workshop
 
Tabela
TabelaTabela
Tabela
 

tudo para o meu barquinho

  • 1. Tudo para o meu barquinho Numa tarde cheia de sol, a Inês e o Pedro estavam no jardim da aldeia a olhar para as nuvens: -Olha Inês! - disse o Pedro. Estou a ver um barco nas nuvens! Quem me dera ter um barco! -Nós podemos fazer um barco! - interrompeu a Inês. -Mas nós não podemos fazer um barco sozinhos! -Oh! Mas é claro que não vamos fazer o barco sozinhos! Vamos à oficina do meu tio Rui, ele faz barcos. O Pedro e a Inês seguiram para a oficina do tio Rui e, mal chegaram, perguntaram-lhe: - Tio, podes fazer-nos um barco? -Sim, claro! Querem uma chata ou uma aiola? -Eu não sou nenhuma chata e não quero uma gaiola! Quero um barco! -Não é isso, a aiola e a chata são tipos de barcos! E para te mostrar tenho estes modelos pequenos que eu fiz quando tinha a tua idade! -Mas qual é a chata e qual é a aiola?- perguntou o Pedro. -Bem, a chata é o barco que tem uma cabine para controlar o motor. E a aiola é o barco que tem remos e também pode ter velas! - Então, qual delas é que querem construir? - Eu acho que é melhor a aiola!- disse o Pedro. -Então vamos lá fazê-la! O tio começou a fazer a aiola para eles, mas só ficaria pronta no dia seguinte. Então, tal com combinado, o Pedro e a Inês voltaram à oficina do tio Rui e começaram a perguntar: -O bar… quer dizer a aiola, já está pronta? - perguntou o Pedro.
  • 2. -Sim, já está pronta! Mas primeiro quero mostrar-vos umas roupas que pedi a uns amigos meus. São roupas que pescadores usam para ir à pesca! E, por sorte, arranjei um tamanho para vocês; um barrete, uma camisa quentinha e umas calças! -Uau! Obrigado tio Rui!, Assim já podemos ir bem vestidos! - disse a Inês. -Tive uma ideia! - disse o Pedro. Tio Rui, podemos ir contigo à pesca? -Mas é claro que podem! Mas, primeiro vou fazer umas sandes para levarmos. -Mas tio… Tu comes na pesca?! -Sim! Mas não posso é assar os peixes no barco! Então, vamos levar o barco para a praia… Meteram-se os três no barco e começaram a navegar até a um certo lugar, onde pararam para pescar. Lançaram as canas de pesca ao mar e esperaram, esperaram, e esperaram até que… -Está a morder! Está a morder! - disse o Pedro. -Uau Pedro, apanhaste...Apanhaste um carapau! - Bom trabalho! - disse o tio interrompendo a Inês. De imediato, a Inês começou a gritar: -Ai! Também está a morder! E a ti tio, também está a morder? perguntou a Inês, muito entusiasmada. -É pá! Apanhaste uma sarda! E eu apanhei um linguado! Agora que já temos jantar, vamos comer as nossas sandes. Depois de comerem as sandes, eles ainda tiveram de inventar um nome para a sua aiola e chamaram-lhe ”Quebrador de gelo”. A seguir, regressaram para as suas casas e jantaram os peixes que pescaram. - Que dia maravilhoso! - exclamaram a Inês e o Pedro. Fim