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ANAIS
I Congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia
e Terminografia das Línguas de Sinais e II Fórum Internacional
sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais
Gláucio de Castro Júnior
Daniela Prometi
Patricia Tuxi
Soraia Rodrigues
(Organizadores)
ANAIS
I CONGRESSO INTERNACIONAL DE LEXICOLOGIA,
LEXICOGRAFIA, TERMINOLOGIA E TERMINOGRAFIA
DAS LÍNGUAS DE SINAIS E II FÓRUM INTERNACIONAL
SOBRE PRODUÇÃO DE GLOSSÁRIOS E DICIONÁRIOS EM
LÍNGUAS DE SINAIS
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel: (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e
C749c Terminografia das Línguas de Sinais (1. : 2018: Curitiba)
2019 Anais: I congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e
Terminografia das Línguas de Sinais e II Fórum Internacional sobre Produção de
Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais / Gláucio de Castro Junior ... [et al.],
organizadores. - 1. ed.– Curitiba : Appris, 2019.
1 arquivo (504 p.). - (linguagem e literatura)
Inclui bibliografias
ISBN 978-85-473-3649-3
1. Língua brasileira de sinais. I. Fórum Internacional sobre Produção de Glossários
e Dicionários em Línguas de Sinais (2. : 2018 : Curitiba). II. Castro Junior, Gláucio de.
III. Título. IV. Série.
CDD – 419
Gláucio de Castro Júnior
Daniela Prometi
Patricia Tuxi
Soraia Rodrigues
(Organizadores)
ANAIS
I CONGRESSO INTERNACIONAL DE LEXICOLOGIA,
LEXICOGRAFIA, TERMINOLOGIA E TERMINOGRAFIA
DAS LÍNGUAS DE SINAIS E II FÓRUM INTERNACIONAL
SOBRE PRODUÇÃO DE GLOSSÁRIOS E DICIONÁRIOS EM
LÍNGUAS DE SINAIS
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2019 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.
FoirealizadooDepósitoLegalnaFundaçãoBibliotecaNacional,deacordocomasLeisnos10.994,de14/12/2004,
e 12.192, de 14/01/2010.
FICHA TÉCNICA
EDITORIAL Augusto V. de A. Coelho
Marli Caetano
Sara C. de Andrade Coelho
COMITÊ EDITORIAL Andréa Barbosa Gouveia - UFPR
Edmeire C. Pereira - UFPR
Iraneide da Silva - UFC
Jacques de Lima Ferreira - UP
Marilda Aparecida Behrens - PUCPR
ASSESSORIA EDITORIAL Renata Cristina Lopes Miccelli
REVISÃO Isabela do Vale
PRODUÇÃO EDITORIAL Lucas Andrade
DIAGRAMAÇÃO Jhonny Alves dos Reis
CAPA Eneo Lage
COMUNICAÇÃO Carlos Eduardo Pereira
Débora Nazário
Karla Pipolo Olegário
LIVRARIAS E EVENTOS Estevão Misael
GERÊNCIA DE FINANÇAS Selma Maria Fernandes do Valle
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO LINGUAGEM E LITERATURA
DIREÇÃO CIENTÍFICA Maria Aparecida Barbosa (USP)
Erineu Foerste (UFES)
CONSULTORES Alessandra Paola Caramori (UFBA) Leda Cecília Szabo (Univ. Metodista)
Alice Maria Ferreira de Araújo (UnB) Letícia Queiroz de Carvalho (IFES)
Célia Maria Barbosa da Silva (UnP) LidiaAlmeidaBarros(UNESP-RioPreto)
Cleo A. Altenhofen (UFRGS) Maria Margarida de Andrade (UMACK)
Darcília Marindir Pinto Simões (UERJ) Maria Luisa Ortiz Alvares (UnB)
Edenize Ponzo Peres (UFES) MariadoSocorroSilvadeAragão(UFPB)
Eliana Meneses de Melo (UBC/UMC) MariadeFátimaMesquitaBatista(UFPB)
Gerda Margit Schütz-Foerste (UFES) Maurizio Babini (UNESP-Rio Preto)
Guiomar Fanganiello Calçada (USP) MônicaMariaGuimarãesSavedra(UFF)
Ieda Maria Alves (USP) Nelly Carvalho (UFPE)
Ismael Tressmann (Povo Tradicional
Pomerano)
Rainer Enrique Hamel (Universidad do
México)
JoachimBorn(UniversidadedeGiessen/
Alemanha)
CORPO EDITORIAL
ORGANIZADORES:
Gláucio de Castro Júnior Patricia Tuxi
Daniela Prometi Soraia Rodrigues
COORDENADOR GERAL:
Gláucio de Castro Júnior
COMISSÃO CIENTÍFICA:
Alliny de Matos Ferraz Andrade (SEDF) Marianne Rossi Stumpf (UFSC)
Ana Mineiro (UCP) Messias Ramos Costa (UnB)
Cristiane Batista do Nascimento (UnB) Nanci Araújo Bento (UFBA)
Daniela Prometi (UnB) Patricia Tuxi (UnB)
Eduardo Felipe Felten (UnB) Sandra Patrícia Faria do Nascimento (UnB)
Erivaldo de Jesus Marinho (IFBA) Saulo Machado Mello de Sousa (UnB)
Gláucio de Castro Júnior (UnB) Vera Lúcia de Souza e Lima (CEFET-MG)
Janine Soares de Oliveira (UFSC) Wolney Gomes Almeida (UESC)
COMITÊS ESTRUTURANTE
COMITÊ DE MONITORIA:
Stefany Marques Paulo Oliveira Lima Júnior
COMITÊ FINANCEIRO:
Paulo Oliveira Lima Júnior Victor Hugo Oliveira
COMITÊ DA SECRETARIA:
Cristiane Batista do Nascimento Patrícia Tuxi
Daniela Prometi
COMITÊ DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS AUDIOVISUAIS:
Francilene Almeida Machado Saulo Machado Mello de Sousa
Jusélio Mattos do Amaral
COMITÊ DE TRADUTORES E INTÉRPRETES DE LIBRAS:
Eduardo Felipe Felten Patricia Tuxi
Luciana Marques Vale
COMITÊ DE CERIMONIAL:
Abymael Pereira da Silva
COMITÊ DE AUXÍLIO FINANCEIRO:
Daniela Prometi Gláucio Castro Júnior
COMITÊ DE ELABORAÇÃO DO SITE:
Daniela Prometi Messias Ramos Costa
COMITÊ ARTÍSTICO:
Amarildo Espíndola
APRESENTAÇÃO
Em 2018, realizamos o I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das
Línguas de Sinais e o II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de
Sinais.Foramosprimeiroseventosinternacionaisdaáreaemuitosavançosforamcompartilhadosediscu-
tidosnoqueserefereaoregistrodaLínguadeSinaisBrasileiraeàpromoçãodepesquisasdaLinguísticada
Língua de Sinais de instituições nacionais e internacionais. O CILLTTLS foi realizado de 13 de Agosto de
2018 a 17 de Agosto de 2018, na Universidade de Brasília - UnB, em parceria com a Universidade Federal
de Santa Catarina - UFSC e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG),
com apoio da Fundação de Apoio e Pesquisa do Distrito Federal - FAPDF. Os eventos reuniram mais de
600 congressistas oriundos de diversas regiões do Brasil e de países como Colômbia, Estados Unidos e
Portugal que participaram ativamente das principais atividades realizadas que foram a oferta de 10 (dez)
minicursos, uma (1) conferência de abertura, 7 (sete) palestras, 8 (oito) mesa-redonda, apresentação de 57
(cinquenta e sete) comunicações orais/sinalizadas, apresentação de 32 (trinta e dois) trabalhos no formato
pôster e uma (1) conferência de encerramento.
OsestudosdaáreadeLexicologia,Lexicografia,TerminologiaeTerminografiadasLínguasdeSinais
se consolidam na medida que os Surdos avançam no conhecimento e a partir da sua vivência no mundo,
é preciso que diferentes áreas do saber tenham a expansão lexical. Estamos diante de uma diversidade de
vocabulários que muitas das vezes partem da Língua Portuguesa para a Libras e, por isso, é preciso pensar
o registro da Libras com propriedade.
Nesse sentido, essa publicação demonstra diferentes resultados que compreendem a organiza-
ção de dois eventos internacionais, a saber: o I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e
TerminografiadasLínguasdeSinaiseoIIFórumInternacionalsobreProduçãodeGlossárioseDicionários
em Línguas de Sinais, apresentamos o registro do Hino Nacional em Libras que foi realizado na abertura
dos eventos, registros fotográficos de diferentes momentos dos eventos e a apresentação dos resumos e
trabalhos aceitos pela Comissão Científica dos referidos eventos.
EstudaroLéxicodalínguadesinais,emsuaperspectivamaisrelevante,significacompreenderavisão
de mundo sob o olhar do sujeito Surdo, a constituição dos signos em línguas de sinais, os fatos e os espaços
que ditam as manifestações e a visibilidade da Língua de Sinais. As pesquisas da área abrange a diversidade
e a variedade da Língua em sua constituição e essência. Os pesquisadores da Lexicologia, da Lexicografia,
da Terminologia e da Terminografia das Línguas de Sinais estão diante de infinitas possibilidades que
constitui o registro da Língua de Sinais Brasileira e compreender essas possibilidades é, em grande parte,
compreender a história do sujeito Surdo, da luta pelo reconhecimento da Libras, bem como dos marcos
legais, políticos e Linguísticos. 		 O conjunto de textos que compõe este E-book são resultados de
trabalhos apresentados no I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das
Línguas de Sinais e no II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas
de Sinais.
Comissão Organizadora e científica.
HINO NACIONAL EM LIBRAS APRESENTADO
NA CERIMÔNIA DE ABERTURA DO I CONGRESSO
INTERNACIONAL DE LEXICOLOGIA,
LEXICOGRAFIA, TERMINOLOGIA E
TERMINOGRAFIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS
INTÉRPRETE: STEFFANY MARQUES
CRONOGRAMA
13 de agosto de 2018 a 16 de agosto de 2018
Programação do I Congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e
Terminografia da Língua de Sinais
HORÁRIO ATIVIDADES DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
08h00 às 09h00
13/08/2018
Credenciamento Acolhida dos participantes Monitores (UnB)
09h00 às
12h30
13/08/2018
Minicursos Minicurso 1
Software SignPuddie de Sign Writing
Prof.ª Dr.ª Marianne Stumpf
Minicurso 2
Relações interpessoais: o intra-institucional na produção
do léxico terminológico em língua de sinais
Prof.ª Dr.ª Vera Lucia Souza e Lima
Minicurso 3
Criaçãoevalidaçãodesinais-termoemcontextoacadêmico
Prof. Me. Messias Ramos e Prof.ª Me.
Daniela Prometi
Minicurso 4
Estudos dos Sinais-termo na área de nutrição e
alimentação
Prof.ª Me. Betty Lopes
Minicurso 5
Linguística computacional: elaboração de dicionário e
regras da gramática da Libras (fonológicas, morfológicas,
sintáticosemântico-discursivasparaTraduçãoautomática
– ProDeaf, VLibras e CORE-SL
Prof.ª Dr.ª Tanya Felipe
Minicurso 6
Aspectos lexicais e terminológicos da Libras
Prof. Dr. Gláucio Castro Junior
14h30 às 18h00
13/08/2018
Minicursos Minicurso 7
Prática de tradução de textos
Especializados
Prof.ª Dr.ª Janine Oliveira
Minicurso 8
Organização e estrutura da micro e macroestrutura de
glossários bilíngues
Prof.ª Dr.ª Patricia Tuxi e Prof. Me.
Eduardo Felten
Minicurso 9
Aspectos lexicais e terminológicos da Libras
Prof. Dr. Gláucio Castro Junior
Minicurso 10
Aquisição lexical de Português como Segunda Língua
Prof.ª Dr.ª Nanci Araújo Bento
19h00 às 19h30
13/08/2018
Abertura Boas-vindas ao evento Prof. Dr. Gláucio Castro Júnior e
Prof.ª Dr.ª Patrícia Tuxi Cerimonial
– Prof, Abymael e Prof.ª Renata
HORÁRIO ATIVIDADES DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
19h30 às 20h30
13/08/2018
Conferência
de abertura
Conferência: a terminologia e a Língua de Sinais: um
breve histórico
Prof.ª Dr.ª Enilde Faulstich
10h00 ao 12h00
14/08/2018
Mesa-redonda Mesa-redonda: a terminologia e a Língua de Sinais: o
surgimento de uma área
Prof.ª Dr.ª Marianne Stumpf; Prof.ª
Dr.ª Vera Lucia Souza e Lima;
Prof.ª Dr.ª Sandra Patricia Farias do
Nascimento. Mediação: Prof.ª Dr.ª
Patrícia Tuxi
14h00 às 16h00
14/08/2018
Comunicações orais/
sinalizadas
Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes
16h00 às 16h30
14/08/2018
Coffee break e apresen-
tação de pôster
Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes
16h30 às 18h00
14/08/2018
Comunicações orais/
sinalizada
Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes
18h00 às 20h00
14/08/2018
Mesa-redonda Mesa-redonda: Lexicologia e Terminologia: a Tradução
e Interpretação em questão
Abymael Pereira; Fernando de
Carvalho Parente Júnior; Guilherme
Lourenço; Joyce Cristina Souza.
Mediação: Prof.ª Dr.ª Patrícia Tuxi
09h00 às 10h00
15/08/2018
Palestra Palestra: A terminologia na Língua de Sinais
Americana – ASL
Rafael Trevino
10h00 ao 12h00
15/08/2018
Mesa-redonda As diversas faces da Terminologia e Terminografia em
Língua de Sinais
Prof. Me. Erivaldo de Jesus Marinho;
Prof.ª Dr.ª Janine Oliveira; Prof.ª Dr.ª
PatríciaTuxi.Mediação:Dr.ªCristiane
Nascimento
14h00 às 16h00
15/08/2018
Comunicações orais/
sinalizada
Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes
16h00 às 16h30
15?08/2018
Coffee break e apresen-
tação de pôster
Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes
16h30 às 18h00
15/08/2018
Comunicações orais/
sinalizada
Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes
18h00 às 20h00
15/08/2018
Mesa-redonda Mesa-redonda: os processos de Tradução, interpretação
e a guia- interpretação: foco no léxico
Quintino Martins de Oliveira; Renato
Faustino Rodrigues; Tiago Coimbra
Nogueira; Vânia de Aquino Albres;
Santiago Wolney Gomes Almeida
.Mediação: Prof.ª Dr.ª Patrícia Tuxi
09h00 às 10h00
16/08/2018
Mesa-redonda Mesa-redonda: As diversas faces da Terminologia e
Terminografia em Língua de Sinais
Prof. Dr. Celso Luiz de Souza; Prof.ª
Dr.ª Cristiane Nascimento; Prof.ª Dr.ª
Francielle Cantarelli Martins.
Mediação:Prof.Me.FalkSoaresRamos
10h00 ao
12h00
Reuniões em grupos
de trabalho
Formação de grupos de trabalhos da área de Terminologia
e Léxico e a Organização do próximo congresso.
Palestrantes e públicos presentes
Dia 16 de agosto de 2018 e 17 de agosto de 2018
Programação do II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em
Línguas de Sinais
HORÁRIO ATIVIDADES DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
12h às 13h30
16/08/2018
Credenciamento
e inscrição
Acolhida dos participantes Monitores (UnB)
14h00 às 15h15
16/08/2018
Abertura Boas-vindas ao evento; mesa de representantes e aber-
tura do Fórum
UnB, UFSC, CEFET/MG, INES, UFF,
FENEIS, FEBRAPILS
15h às 16h
16/08/2018
Palestra Palestra: A Associação Brasileira de Libras Prof.ªDr.ªAnaReginaeSouzaCampello
16h às 16h30 Intervalo Intervalo Intervalo
16h30 às 18h
16/08/2018
Mesa-redonda Mesa-redonda: apresentação das plataformas de registros
de divulgação da Libras
Plataforma UnB, Plataforma UFSC
Plataforma CEFET-MG
09h às 10h
17/08/2018
Palestra Palestra: elaboração e experiências alcançadas no
Manuário do INES
Prof.ª Dr.ª Wilma Favorito; Prof.ª
Dr.ª Janete Mandelblatt e Prof.ª Dr.ª
Solange Rocha
10h às 10h30 Intervalo Intervalo Intervalo
10h30 ao12h
17/08/2018
Palestra Palestra: Enem em Libras – Desafios, soluções e perspec-
tivas futuras para a tradução das áreas de especialidade
Prof. André Vitor Fernandes – INEP,
Prof.ª Dr.ª Marianne Stumpf e Prof.
Dr. Rodrigo Rosso – Comissão de
Assessoramento Técnico Pedagógico
em Libras do INEP
14h às 15h
17/08/2018
Palestra Palestra: Instituições federais na promoção de políticas de
acessibilidade
Anatel, Prof.ª Linair Moura/
MEC-Secadi
15h às 15h30 Intervalo Intervalo Intervalo
15h 30 às 16h30
17/08/2018
Mesa-redonda Mesa-redonda:glossáriosedicionáriosdeLínguadeSinais Prof.ª Dr.ª Tanya Felipe; Prof.ª
Dr.ª Gildete Amorim e Lívia Alves
– Hand Talk
16h30 às 17h30 Mesa-redonda Mesa-redonda: as pesquisas e suas estruturas: glossários
e dicionários de Libras
Prof. Me. Brenno Douettes; Prof.
Me. Messias Costa e Dr. Gláucio
Castro Júnior
17h30 às 18h30
17/08/2018
Encerramento Fechamento pela Associação Brasileira de Libras e
Organização do próximo congresso.
Prof.ª Dr.ª Ana Regina e Souza
Campello e próxima comissão
SUMÁRIO
RESUMOS
ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS CLASSES DE PALAVRAS, SUBSTANTIVOS E
VERBOS...............................................................................................................................................................................................18
Vanessa Almeida de Oliveira
AS MODALIDADES DE TRADUÇÃO APLICADAS NO DICIONÁRIO SPREAD
THE SIGN..........................................................................................................................................................................................19
Lodenir Becker Karnopp, Andressa Arisa Higa Icimoto e Lucas Ariel Magnus Fialho
CRIAR E APLICAR: FUNDAMENTOS PARA PROPOSIÇÃO TERMINOLÓGICA
EM LIBRAS DO SINAL-TERMO ENGENHARIA...............................................................................20
Daniel Jésus Gonçalves dos Reis e Eduardo Andrade Gomes
GLOSSÁRIOS DE LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE AS FACILIDADES DE
ACESSO E USO............................................................................................................................................................................22
Thiago Ramos de Albuquerque
LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DA PSICOLOGIA EM
LIBRAS..................................................................................................................................................................................................23
Bruno Pierin Ernsen
MATEMÁTICA BILÍNGUE............................................................................................................................................24
Flávia de Almeida Pinheiro e Thiago Cardoso Aguiar
O PAPEL DE GLOSSÁRIOS BILÍNGUE PORTUGUÊS-LIBRAS NA AQUISIÇÃO
DE L2 POR SURDOS............................................................................................................................................................25
Lucília Santos da França Lopes
PLATAFORMA LIBRAS ACADÊMICA E A INCLUSÃO DO ESTUDANTE SURDO
NO ENSINO SUPERIOR..................................................................................................................................................27
Michele da S. Ferreira Grativol, Wilma Favorito e Helena Carla Castro
PROPOSTA DE GLOSSÁRIO DE LIBRAS DAS TRADIÇÕES PARAIBANAS....28
Natália Diniz Silva, Geraldo Venceslau de Lima Junior e Francisca Barreto da Silva
PROSÓDIA E SIGMANULÓGIA NA PERSPECTIVA DOS ESTUDOS
TERMINOLÓGICOS DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA..............................................29
Lúcio Macedo e Wagner Santos
REGISTRO DE SINAIS EM LIBRAS PARA A COMUNIDADE LGBT.........................30
Bruno Pierin Ernsen e Mauricio Damasceno
TERMINOLOGIA DO BALÉ CLÁSSICO EM LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA:
UM ESTUDO A PARTIR DO PROJETO DE EXTENSÃO A COMUNIDADE
SURDA REINVENTANDO A ARTE DO BALÉ......................................................................................31
Karina Ávila Pereira, Víctor Techera Silveira e Otávio Ávila Pereira
UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE LITERATURA BRASILEIRA: PROJETO
ESCRITORES BRASILEIROS EM LIBRAS.................................................................................................32
Lívia Letícia Belmiro Buscácio, Vanessa Alves de Sousa Lesser, Weslei da Silva Rocha e Érica Cristina da Silva e Silva
UNIDADES LÉXICAS NO CONTEXTO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA:
RECURSOS DE TRADUÇÃO/INTERPRETAÇÃO PARA LIBRAS.................................34
Ízea Folha Damasceno Santos, Ana Claudia Castiglioni e Karylleila de Santos Andrade
TRABALHOS COMPLETOS
(RE)CONSTRUÇÃO DE UM GLOSSÁRIO CIENTÍFICO DE BIOLOGIA E A
CONTRIBUIÇÃO DO SPREAD THE SIGN SUDESTE NA UFF.........................................96
Tathianna Dawes, Mônica Maria Guimarães Savedra e Wilma Favorito
A AQUISIÇÃO TARDIA: UM ESTUDO DA PRODUTIVIDADE LEXICAL DO
JOVEM SURDO........................................................................................................................................................................101
Bárbara Neves Salviano de Paula, Felipe Castro Teixeira e Vera Lúcia de Souza e Lima
A ESCASSEZ DE TERMINOLOGIAS EM LIBRAS NA ÁREA DE CIÊNCIAS
DA NATUREZA E O IMPACTO NA FORMAÇÃO CIENTÍFICA DE ALUNOS
SURDOS: UMA REFLEXÃO......................................................................................................................................108
Nathane Rocha Araujo e Valéria Trigueiro Santos Adinolfi
A ESCRITA DE SINAIS COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DO LÉXICO DO
PORTUGUÊS...............................................................................................................................................................................111
Edneia de Oliveira Alves
A IMPORTÂNCIA DO PORTUGUÊS COMO L2 PARA SURDOCEGOS NA
AQUISIÇÃO LEXICAL.....................................................................................................................................................119
Iury Moraes Eminergídio
ANÁLISE CONCEITUAL DE TERMINOLOGIAS DAS DISCIPLINAS DE
BIOLOGIA E QUÍMICA EM LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS......122
Lourena Cristina de Souza Barreto, Maloní Montanini Mafei César, Michelly Christine dos Santos e
Thaísa Cardoso Nascimento Borges
COMUNIDADE SURDA INDÍGENA: REGISTRO DE SINAIS NO AMBIENTE
ESCOLAR .......................................................................................................................................................................................132
Rosiane R. S. Eler e Joaton Suruí
CONSTRUÇÃO DE UM MICROGLOSSÁRIO DE LIBRAS SOBRE
SOCIOLINGUÍSTICA........................................................................................................................................................140
Túlio Adriano Alves Gontijo
CONTRIBUIÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE
PORTUGUÊS/LIBRAS DOS TERMOS REFERÊNCIA DA GRAMÁTICA DA
LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................................................................................149
Raquel Bernardes, Eliamar Godoi e Leticia Sousa Leite
COORDENAÇÃO ADITIVA E ADVERSATIVA EM LIBRAS................................................158
Cíntia Caldeira e Rozana Naves
DESAFIOS EM FACE À IMPLEMENTAÇÃO DE DICIONÁRIOS MONOLÍNGUES
DE LIBRAS: REFLEXÕES TEÓRICAS LINGUÍSTICAS PARA A DETERMINAÇÃO
DAS ENTRADAS LEXICAIS......................................................................................................................................166
Tania Aparecida Martins e Jorge Bidarra
DICIONÁRIO DE HOMÔNIMOS NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA.........178
Lauana Gadelha 178
DICIONÁRIOS ONLINE DE LÍNGUA DE SINAIS: DA ELABORAÇÃO À
APLICAÇÃO.................................................................................................................................................................................189
Nelson Goettert
ENSINO DE PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA SURDOS: ESTUDO
DA CRIAÇÃO DE SINAIS-TERMO NA PERSPECTIVA DUAL DO LÉXICO E DA
GRAMÁTICA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS).....................................198
Falk Soares Ramos Moreira
ESTRATÉGIA DO ENSINO DE LIBRAS COMO L2 (SEGUNDA LÍNGUA):
DICIONÁRIO DA CONFIGURAÇÃO DE MÃOS NA ATUAÇÃO DOS
PROFESSORES DE LIBRAS .....................................................................................................................................208
Charles Lary e Edicléa Mascarenhas Fernandes
EXPANSÃO DO LÉXICO DA LIBRAS: UMA PROPOSTA DE ANCORAGEM
LEXICAL...........................................................................................................................................................................................219
Hadassa Rodrigues Santos
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA NO LÉXICO
DA COMUNIDADE SURDA DE MATO GROSSO DO SUL..................................................227
Ver3atista dos Santos e Elizabete Aparecida Marques
GLOSSÁRIO EM LIBRAS E A AQUISIÇÃO DOS CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS DE CIÊNCIAS PELOS ALUNOS SURDOS......................................240
Luciane Cruz Silveira e Ana Regina e Souza Campello
GLOSSÁRIOS EM LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE AS PREFERÊNCIAS
DE ACESSO E USO...............................................................................................................................................................253
Thiago Ramos de Albuquerque
GUIA ACESSÍVEL PARA CANDIDATOS AO VESTIBULAR EM LICENCIATURA
— LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (LSB) PORTUGUÊS COMO SEGUNDA
LÍNGUA (PSL) DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB)...................................................265
José Vicente R. Silva e Maria das Graças Silva
HACIA LA TERMINOLOGÍA EN LENGUA DE SEÑAS COLOMBIANA
ACADÉMICA: PROPUESTA DE LA FUNDACIÓN ÁRBOL DE LA VIDA............268
Edith Rodriguez e Jhonatan Mejía
IDENTIFICAÇÃO E CRIAÇÃO DE SINAIS EM LIBRAS NO CONTEXTO DO
ENSINO DE BIOLOGIA..................................................................................................................................................281
Gabriella de Melo Moreno, Emilly Cristina Alves dos Santos e Bianca Carrijo Cordova
INTÉRPRETES NAS AUDIÊNCIAS JUDICIAIS: A NECESSIDADE (OU NÃO) DA
TERMINOLOGIA JURÍDICA, A OMISSÃO DO PODER JUDICIÁRIO E O PAPEL
DO CNJ...............................................................................................................................................................................................285
Georges Cobiniano Sousa de Melo e Leila Cláudia de Farias Mangueira Carneiro
INTRODUÇÃO DA LETRA SINALIZADA COMO EMPRÉSTIMO LINGUÍSTICO
NA LIBRAS NAS NOVENTA E DUAS CIDADES DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO: FATO NATURAL?....................................................................................................................................294
Ana Regina e Souza Campello e Vanessa Alves de Sousa Lesser
INVENTÁRIO NACIONAL DE SINAIS-TERMO DO CAMPO DO PATRIMÔNIO
ARTÍSTICO, CULTURAL E HISTÓRICO EM LIBRAS...............................................................314
Gláucio Castro Júnior, Daniela Prometi, Victor Hugo Oliveira Mota e Maria do Carmo Callado de Oliveira
LA SEMANTICA COGNITIVA EN LA LENGUA DE SEÑAS COLOMBIANA.322
Josué Jacobo Cely Molkes
LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DO CAMPO DA
ECONOMIA..................................................................................................................................................................................327
Amanda Coelho Alfaia
LÉXICO E VARIEDADES LINGUÍSTICAS NO MANUAL DIDÁTICO “LIBRAS EM
CONTEXTO”................................................................................................................................................................................331
Uisis Gomes
LIBRAS E TERMINOLOGIA: ESTUDO E REGISTRO DOS SINAIS-TERMO DA
INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA DE CATALÃO-GO..............................................................334
Kássia Mariano de Souza e Vanessa Regina Duarte Xavier
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS): DESAFIOS E AVANÇOS
NA CONSTRUÇÃO DE DICIONÁRIOS COMO INSTRUMENTOS DE
DISSEMINAÇÃO DA LÍNGUA PELO BRASIL.....................................................................................343
Andréa dos Guimarães de Carvalho, Messias Ramos Costa e Renata Rodrigues de Oliveira Garcia
MEMÓRIA DE PORTO VELHO EM LIBRAS: PRODUÇÃO DO GLOSSÁRIO E
VÍDEOS EDUCATIVOS DOS PONTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS DE PORTO
VELHO - RO EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS).......................................354
Arine Holanda Silva, Émerson Lucas Santos e Neide Nascimento
O INTÉRPRETE SURDO NA MUSEOLOGIA: O SENTIDO QUE FALTA AOS
OUVINTES.....................................................................................................................................................................................357
Leila Cláudia de Farias Mangueira Carneiro e Georges Cobiniano Sousa de Melo
O LÉXICO COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA
LITERATURA TAPAJÔNICA E DA SINTAXE DA LÍNGUA DE SINAIS
BRASILEIRA................................................................................................................................................................................362
Carina da Silva Mota e Luciano Bruno dos Santos Lobato
O NOME DE LUGARES NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA E A ANÁLISE DE
TRÊS LOCALIDADES DO ESTADO DO PARÁ..................................................................................373
Mirlene Marques Chaves, Huber Kline Guedes Lobato e Lucival Fábio Rodrigues da Silva
OS SINAIS DE NOMES NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS......................................384
Fabiola Sucupira Ferreira Sell e Gabriele Cristine Rech
PESQUISA TERMINOLÓGICA EM LIBRAS DA ÁREA TURÍSTICA DE
CONGONHAS............................................................................................................................................................................394
Milene C. B. Silva
PORTO VELHO: HISTÓRIA, CULTURA E LIBRAS......................................................................398
Núbia Soares
REDE SURDOS - CE – SINALÁRIO ESCOLAR E ACADÊMICO: UM SUPORTE
DIDÁTICO A AMBIENTES EDUCACIONAIS COM SURDOS.........................................409
Margarida Maria Pimentel de Souza
REGISTRO DE SINAIS EMERGENTES DE SURDOS INDÍGENAS URBANOS NA
REGIÃO DO ALTO RIO NEGRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA........................416
Marcos Santos
SIGNWEAVER: PLATAFORMA DIGITAL PARA CRIAÇÃO DE DICIONÁRIOS
TERMINOLÓGICOS EM LIBRAS.......................................................................................................................427
Carlos Augusto Guerra Carneiro, Flávio Luis Cardeal Pádua e Vera Lúcia de Souza e Lima
TERMINOLOGIA DOS AMBIENTES VIRTUAIS: A ELABORAÇÃO DE
UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE PORTUGUÊS E LIBRAS DE TERMOS DA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.......................................................................................................................................435
Thamires Machado
TERMINOLOGIA E LIBRAS: VARIAÇÃO E IMPLICAÇÕES NO CONTEXTO
RELIGIOSO...................................................................................................................................................................................445
Kássia Mariano de Souza, Juliana Prudente Santana do Valle e Pedro Henrique de Macedo Silva
TOMAR DECISÕES E BUSCAR O SENTIDO NO ATO TRADUTÓRIO E
INTERPRETATIVO..............................................................................................................................................................449
Nilsa Taumaturgo de Sá de Souza e Simone de Jesus Padilha
TRADUÇÃO DE LIVRO DIDÁTICO POR MEIO DE AVATARES EM LIBRAS: O
CASO DE VARIEDADES LINGUÍSTICAS.................................................................................................456
Débora Gonçalves Ribeiro Dias, Ivani Rodrigues Silva e José Mario de Martino
UM ESTUDO PRELIMINAR PARA ORGANIZAÇÃO DE DICIONÁRIOS DE
LIBRAS POR CONFIGURAÇÃO DE MÃOS EM SIGNWRITING.....................................459
Carla Morais
UM GESTO DE LEITURA DO DISCURSO PEDAGÓGICO SOBRE A FUNÇÃO
DO TRADUTOR INTÉRPRETE DE LIBRAS NO DIZER DE PROFESSORES DO
CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE
SINOP/MATO GROSSO.................................................................................................................................................472
Cíntia Débora de Moraes Cinti e Sandra Luzia Wrobel Straub
VARIAÇÕES INTRALINGUÍSTICAS NA LIBRAS: O LÉXICO DO CURSO DE
LETRAS LIBRAS......................................................................................................................................................................482
Fabiane Ferreira da Silva Moraes e Andréa Guimarães de Carvalho
BREVE CURRÍCULO DOS AUTORES..........................................................................................................491
ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS CLASSES DE
PALAVRAS, SUBSTANTIVOS E VERBOS
Vanessa Almeida de Oliveira1
Resumo: Tendo em vista a incipiência em pesquisas sobre a morfologia na Língua Brasileira de Sinais
(Libras), o presente trabalho tem por objetivo a análise de elementos de formação do sinal que diferenciam
as classes de palavras de substantivos e de verbos. A metodologia utilizada desenvolveu-se por meio de
um levantamento bibliográfico dos trabalhos de Pizzo (2011), Quadros e Karnopp (2004), De Souza Farias
(2002), Ferreira e Naves (2013), na qual pretende-se expor diferentes pontos de vista dos autores acerca
das abordagens sobre movimentos, repetições do sinal e derivações, que possam contribuir para a diferen-
ciação entre substantivos e verbos. Para isso, é relevante a exposição dessas classes com exemplificações
de alguns pares de sinais, para propor discussões posteriores de seus elementos. Todavia, percebe-se que
na Libras é instigante tentar fazer as distinções dessas classes de palavras, pois há vários casos em que
substantivos e verbos são realizados igualmente com o mesmo sinal. Devido a essa vasta semelhança de
realizações, entende-se que não podemos afirmar apenas com bases morfológicas a qual classe um sinal
pode pertencer. Nesse caso, é necessário o uso de outro nível linguístico, o sintático, pois, quando um sinal
é produzido em um contexto, observa-se, em sua interpretação, que há uma regra de concordância que
pode levá-lo a ser inserido em determinada classe de palavra. A análise revela que, devido à diversidade
de produção encontrada na sinalização, não podemos afirmar ainda como ocorre esse agrupamento em
classes ou mesmo se é definitiva, na Libras, essa diferenciação de substantivos e verbos.
Palavras-chave: Morfologia; Classes de palavras; Substantivos; Verbos.
Referências
PIZZO, A, L. A tipologia linguística e a língua de sinais brasileira: elementos que distingue nomes e verbos.
Florianópolis: UFSC, 2011.
DE SOUZA FARIA, C. V. Aspectos da morfologia da língua brasileira de sinais. Rio de Janeiro: UFRJ. 2002.
FERREIRA, G. A.; NAVES, R. R. Um estudo sobre os verbos manuais da língua de Sinais Brasileira (LSB), 2014
1
Aluna do curso de Letras Libras/Português da Universidade Federal do Amapá. E-mail: van_oliveir@hotmail.com.
AS MODALIDADES DE TRADUÇÃO APLICADAS NO
DICIONÁRIO SPREAD THE SIGN
Lodenir Becker Karnopp2
Andressa Arisa Higa Icimoto3
Lucas Ariel Magnus Fialho4
Resumo: No presente trabalho abordamos a metodologia de trabalho no desenvolvimento do dicionário
multilíngue Spread the Sign (STS), uma ferramenta online de uso livre e gratuito que possibilita o acesso
a diversas línguas de sinais. Este dicionário possui um banco de palavras em inglês que é enviado para
ser traduzido por equipes de cada país participante do projeto. Nós analisamos o produto da tradução da
equipe brasileira que ocorre nas seguintes línguas: inglês (ING)/ português brasileiro (PB)/ Língua de Sinais
Brasileira (Libras). Objetivamos descrever e analisar as traduções no projeto STS Brasil a partir da teoria
proposta por Aubert (1998) das Modalidades de Tradução, um modelo para pesquisa tradutológica com-
posto por 13 modalidades, que possibilita uma análise quantitativa, no par ING-PB e a sua aplicabilidade
na tradução do PB-Libras sugerida pelas autoras Nicoloso e Heberle (2015), além de verificar a eficiência
das teorias na construção de dicionários multilíngues. Para isso, realizamos uma análise quantitativa dos
dados a partir de um recorte da categoria “verbos” do dicionário STS. Esse processo tradutório ocorre por
meio de discussões do grupo de pesquisa composto por professores, alunos da graduação e pós-graduação
das áreas de Educação e Letras, além de tradutores-intérpretes de Libras. Foi possível observar que, durante
o processo de tradução, surgiram léxicos com modalidades híbridas, ou seja, mais de uma modalidade
para a mesma tradução. Além disso, pelo fato de se tratar de um dicionário, ocorreram algumas limitações
para demonstrar exemplos em todas as modalidades de Aubert, já que trabalhamos somente com unidades
lexicais, diferentemente do proposto pelos autores citados, que se preocupam mais especificamente com
as unidades textuais. Acreditamos que as análises obtidas do recorte proposto podem contribuir para
clarificar e potencializar discussões acerca do processo de tradução no desenvolvimento de dicionários,
glossários e afins que envolvam modalidades de percepção e produção diferentes (modalidade oral-audi-
tiva e modalidade visual-espacial).
Palavras-Chave: modalidades de tradução; dicionário multilíngue; Spread the Sign; processo tradutório.
Referências
AUBERT, F. H. Modalidades de Tradução: Teoria e Resultados. TradTerm. São Paulo: CITRAT/FFLCH-USP, v. 5,
n. 1, p. 99-128, 1998.
NICOLOSO, S.; HEBERLE, V. M. As modalidades de tradução aplicadas à interpretação em língua de sinais brasi-
leira. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 35, n. 2, p. 197-235, out. 2015.
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
3
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: andressa.icimoto@ufrgs.br.
4
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: lucas.fialho@ufrgs.br
CRIAR E APLICAR: FUNDAMENTOS PARA
PROPOSIÇÃO TERMINOLÓGICA EM LIBRAS DO
SINAL-TERMO ENGENHARIA
Daniel Jésus Gonçalves dos Reis5
Eduardo Andrade Gomes6
Resumo: A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é genuína em todos os aspectos culturais, sociais, históricos,
linguísticos, e, por se tratar de uma língua viva, está sujeita a constante construção, ampliação e transfor-
mação dos seus léxicos, de modo a atender as necessidades dos seus falantes (sinalizantes). Considerando
essa assertiva, nesta língua, também, lidamos com uma linguagem especializada que, embora pareça ser
algo meramente isolado, na verdade ronda as formas e situações de uso nas quais seus sinalizantes estão
imersos. Por isso, pensar em terminologia requer a consciência de que o conhecimento é e precisa ser com-
partilhado, compreendido e poderá ser efetivo no momento em que as pessoas se tornarem adeptas desses
termos. Nesse sentido, este trabalho tem a intenção de propor um sinal-termo para Engenharia, levantando
uma discussão em sentido contrário ao que vem sendo feito, já que grande parte das pesquisas realizadas
se compromete a propor sinais para termos ainda não convencionados em Libras. Devido à inquietação
conceitual de um acadêmico surdo no curso de Engenharia Civil de uma universidade federal, foi feito um
levantamento para os sinais usados e relacionados a essa ciência no Dicionário Digital da Língua Brasileira
de Sinais, 2011, disponível na página virtual do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no
Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua Brasileira de Sinais e em um grupo, via aplicativo
de telefone móvel, constituído por acadêmicos e ex-acadêmicos surdos, hoje profissionais formados nas
diversas áreas da Engenharia. Feito isso, foi constatado que, na verdade, o sinal convencionado e difun-
dido, até então, não faz menção ao que poderia representar e relacionar a Engenharia e suas respectivas
áreas de atuação e formação que são diversas, como Aeronáutica, Agrícola, Ambiental, Alimentos, Civil,
Computação, Elétrica, Genética, Hidráulica, Mecânica, Nuclear, Pesca, Produção, Telecomunicações, Trans-
portes, Química, entre outras. Em contrapartida, o sinal-termo aqui proposto considera as características
visuais e linguísticas necessárias para a constituição de um léxico, bem como o conceito da Engenharia
como a ciência que preza pela criação, inovação aplicada no desenvolvimento de mais variados sistemas
que culminam na resolução de problemas. Esse sinal-termo dialoga diretamente com as diversas áreas da
Engenharia e suas respectivas atuações. Por fim, a intenção dessa proposição não é desafiar, minimizar ou
inferiorizar o sinal convencionado até hoje pela comunidade surda, mas problematizar a questão e abrir
espaço para novas discussões e reflexões frente a esta língua, Libras, que permite se reinventar.
Palavras-chave: Engenharia; Libras; Terminologia.
Referências
SANTOS, M. P. Engenho, engenharia e engenheiro: uma trilogia perfeita. Revista Technoeng, v. 5, 2012.
5
Universidade Federal de Viçosa. E-mail: danieldlreis@hotmail.com.
6
Universidade Federal de Santa Catarina/ Universidade Federal de Viçosa. E-mail: edu.gomes06@gmail.com.
SANTOS, P. T. A terminologia na Língua de Sinais Brasileira: proposta de organização e de registro de termos
técnicos e administrativos do meio acadêmico em glossário bilíngue. 2017. 232 f. Tese (Doutorado em Linguística)
— Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
GLOSSÁRIOS DE LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE
AS FACILIDADES DE ACESSO E USO
Thiago Ramos de Albuquerque7
Resumo: Um breve levantamento sobre o estado da arte dos estudos lexicográficos na área de Libras
(FARIA-DO-NASCIMENTO, 2009; CARDOSO, 2012; STUMPF e MIRANDA, 2014; OLIVEIRA, 2012,
2014, 2015;) revela que as novas tecnologias da informação e comunicação favoreceram o desenvolvimento
de vários glossários de termos especializados em Libras disponível em websites. Destarte, este estudo tem
como objetivo identificar qual (ou quais) o(s) tipo(s) de glossário(s) em Língua Brasileira de Sinais (Libras)
na web apresenta(m) maior facilidade de acesso e uso. No escopo deste artigo, serão analisados os glossários
que contenham, em sua interface, os seguintes designs de apresentação nos sinais da Libras: fotografias/
imagens estáticas contendo setas e outros elementos gráficos indicativos de movimento; imagens anima-
das em formato Graphics Interchange Format (GIF); sinais em formato de vídeo hospedados no YouTube;
sinais em formato de vídeo hospedados em website próprio; e sinais escritos em SignWriting. A pesquisa
terá uma abordagem quantitativa e será realizada com 100 participantes usuários da Libras, divididos em
duas categorias, a saber: Categoria 1 – 50 pessoas ouvintes e Categoria 2 – 50 pessoas surdas. Mediante
prévia autorização dos colaboradores deste estudo, os dados serão coletados a partir de um questionário
criado pelo pesquisador, contendo questões fechadas elaboradas em Libras. Os participantes terão acesso
ao questionário pela plataforma de pesquisa online Google Forms, no qual os dados ficarão armazenados
para posterior e criteriosa análise. Por se tratar de um estudo em andamento, ainda não há um resultado
conclusivo. Contudo, espera-se que os resultados indiquem caminhos mais claros rumo à padronização
dos glossários de Libras disponíveis na web, tendo como foco proporcionar aos usuários dessas ferramentas
de pesquisa — tradutores, intérpretes, professores e pesquisadores surdos e ouvintes — maior conforto
e praticidade.
Palavras-chave: Glossário de termos em Libras; Interface de design; Lexicografia da Libras.
7
Doutorando em Linguística (UFSC), mestre em Educação em Ciências e Matemática (UFPE), especialista em Libras (UFPE), graduado em Letras/Libras
(UFSC) e em Design Gráfico (Unibratec). Professor surdo de Libras e vice-coordenador Setorial de Núcleo de Acessibilidade na Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE)/Centro Acadêmico do Agreste (CAA). Consultor de Libras nos diversos projetos. E-mail: thiago.albuquerque1@gmail.com.
LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DA
PSICOLOGIA EM LIBRAS
Bruno Pierin Ernsen8
Resumo: Os vocabulários de diversas áreas do conhecimento estão entre os principais desafios em progra-
mas de educação de surdos, principalmente no campo da Psicologia. A lei n.º 10.436 de 2002, chamada da
Lei de Libras, e o decreto n.º 5.626 de 2005, que a regulamentou, garantiram que a Libras seja usada como
língua de instrução de qualquer disciplina. Nessa perspectiva, este projeto teve como objetivo o registro de
sinais-termo que apresentam o campo da Psicologia em Libras, garantindo à Comunidade Surda o direito
de receber instrução dos sinais-termo específicos da Psicologia e dos aspectos do atendimento psicológico
em sua própria língua. A maior dificuldade que os surdos encontram é a acessibilidade linguística. Os
surdos do nosso país têm sua língua materna, a Libras, mas poucas pessoas sabem essa língua. Imagine-se
visitando um país onde você não conhece a língua e não consegue se comunicar. É assim que os surdos se
sentem, mas com uma diferença: eles estão no seu próprio país. O Léxico Alfabético de Sinais-termo do
campo da Psicologia em Libras visa a constituir um banco de dados com a documentação da diversidade
linguística no Brasil com a finalidade de promover acessibilidade e o registro de sinais-termo da Libras
tendo como objetivo principal fornecer subsídios ao atendimento psicológico aos surdos. Sendo assim,
o referido projeto faz parte do Grupo de Estudo e Pesquisa de Sinais-termo do campo da Psicologia em
Libras em desenvolvimento. A pesquisa permitiu o registro de aproximadamente 30 sinais-termo do
Campo da Psicologia em Libras (por exemplo, os sinais: diferença entre psicologia e psiquiatria, psicopata,
sintomas, atendimento, aconselhar, empatia, ansiedade, autoestima, sexualidade, estimulo, hábito, condi-
cional, consequência, paciente, psicanálise (ID, EGO, Superego), consciente e inconsciente, complexo de
Édipo, comportamento, habilidade, psicose, neurose).
Palavras-chave: Léxico Alfabético de Sinais-termo; Psicologia; Libras.
Referências
BRASIL. Decreto-lei n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n. 10436 de 22/04/2002 e o art. 18
da Lei 10.098 de 19/12/2000.
BRASIL. Lei n. 10.436, de 22 de abril de 2002. Oficializa a Libras.
FARIA-DO-NASCIMENTO, S. P. de. Representações lexicais da Língua de Sinais Brasileira: uma proposta
lexicográfica. 2009. 290 f. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
MARTINS, F.; MARTINS, M. Coleta e registro de sinais-termos psicológicos para Glossário de Libras. Dispo-
nível em: http://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/viewFile/2654/2856. Acesso em: 12 jun. 2018.
8
Professor assistente da UFBA, Instituto de Letras (Libras). E-mail: brunoernsen87@gmail.com.
MATEMÁTICA BILÍNGUE
Flávia de Almeida Pinheiro9
Thiago Cardoso Aguiar10
Resumo: O presente projeto de ensino está em andamento com alunos do quinto período (2018/1), do curso
de Pedagogia Bilíngue do IFG – Campus Aparecida de Goiânia. O projeto consiste na produção de vídeos
em Libras sobre conteúdos de Matemática das séries iniciais do fundamental que serão posteriormente
disponibilizados à comunidade externa via internet. O projeto é fruto de um trabalho interdisciplinar
envolvendo cinco disciplinas que a turma teve no seu quarto período da graduação (2017/2). Além da língua
de instrução, Libras, o material conta com tradução em português. Os objetivos do projeto são: (i) pesquisa,
verificação e discussão sobre sinais de matemática encontrados na internet; (ii) verdadeira inclusão do
aluno Surdo; (iii) elaboração de propostas metodológicas que atendam Surdos e ouvintes; (iv) produção e
disponibilização de material didático para todo o país; e (v) viabilização do aprendizado de Matemática.
Como fundamentação teórica, usamos dos pensamentos de Nogueira (2013), que afirma que a construção
de alguns conceitos matemáticos é difícil para crianças surdas, pois elas têm pouca ou nenhuma vivência
com a realidade desses conceitos fora do ambiente escolar. Assim pensamos ser importante avaliar os sinais
existentes na área, sob o ponto de vista dos surdos e de profissionais de Matemática, além de apresentar usos,
no cotidiano, dos conceitos apresentados. Levantamos a hipótese de que sinais que remetem visualmente
ao conceito matemático contribuem para o aprendizado dos alunos. Dessa forma, os alunos são separados
em grupos, em que a presença de surdos é obrigatória, eles estudam o conteúdo que será apresentado e
fazem uma pesquisa sobre os sinais encontrados sobre o escopo selecionado, discute-se sobre a eficiência
visual desse sinal e propõe-se um novo sinal, quando há entendimento de necessidade. Esse sinal passa
pelo crivo de um professor surdo para só depois ser liberado para gravação. Todo o processo passa pelas
mãos dos orientadores várias vezes até que seja liberado para a filmagem final. Apesar de o projeto ainda
não estar finalizado, observamos uma melhora no entendimento de matemática dos alunos surdos que
estão participando do projeto e pensamos que essa viabilização de aprendizagem também irá se replicar
quando o conteúdo dos vídeos chegarem aos alunos externos ao IFG. O mesmo trabalho interdisciplinar
está sendo executado com a turma seguinte, também objetivando transformá-lo em projeto de pesquisa
quando a turma chegar ao quinto (2018/2).
Palavras-chave: Matemática; Libras; Sinalário de Matemática.
Referências
NOGUEIRA, C. M. I. (Org.). Surdez, inclusão e matemática. 1. Ed – Curitiba-PR: CRV, 2013.
9
Atualmente professora do IFG – Campus Aparecida de Goiânia. Graduada em licenciatura em Matemática pela UNB (1997) e mestra em Matemática pela
mesma Universidade (2000). E-mail: flaviacepa@gmail.com.
10
Atualmente professor do IFG – Campus Aparecida de Goiânia. Graduado em Ciência da Computação pela UCG (2003), especialista em Metodologia do Ensino
Fundamental pela UFG (2007), bacharel em Letras-Libras pela UFSC (2012) e mestre em Linguística pela UFG (2013). E-mail: tcardosoaguiar@yahoo.com.br.
O PAPEL DE GLOSSÁRIOS BILÍNGUE PORTUGUÊS-
LIBRAS NA AQUISIÇÃO DE L2 POR SURDOS
Lucília Santos da França Lopes11
Resumo: Este trabalho de pesquisa trata de investigação em andamento sobre o uso de glossários bilíngues
língua portuguesa-libras como instrumento de acesso a léxico especializado utilizado por surdos adultos
no ensino superior. Fundamentado no quadro teórico gerativista, que concebe a aquisição de uma língua
particular como proveniente de uma capacidade inata ao ser humano, com base na faculdade da lingua-
gem, o presente estudo parte da ideia de que o acesso em libras de um léxico especializado relativo a áreas
acadêmicas específicas é um input importante à aquisição do português como L2 por surdos, bem como a
seu desempenho, uma vez que, com base em hipótese já amplamente aceita por pesquisadores da área, essa
aquisição seria mediada pelo acesso parcial à Gramática Universal (GU), via dados de sua primeira língua
(L1), a Libras. Os corpora do presente estudo se constituem de dois tipos de dados: (i) glossários em Libras
especializados, que foram catalogados em programas de ensino e pesquisa que se debruçaram sobre a elabo-
ração de dicionários e glossários bilíngues língua portuguesa-Libras, já disponíveis na web; e (ii) produções
escritas de surdos em português ou interlíngua português-Libras, obtidas por meio de experimentos que
consistem da realização de atividades escritas controladas, a fim de que se criem situações para o emprego
de certo léxico e certas estruturas formais do português. O quadro de sujeitos-informantes é composto por
alunos surdos que cursam diferentes cursos do ensino superior na Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia. Durante a coleta de dados, esses sujeitos-informantes serão levados a fazer uso de uma linguagem
especializada, utilizando os glossários de suas áreas de formação em caráter experimental, em contextos
específicos exigidos por essas áreas. Considerando a hipótese lexicalista do minimalismo, investigaremos,
a partir de análise desses dados, se a apropriação desse léxico bilíngue favorece a aquisição da escrita do
português como L2, no aspecto formal, ou sintático, das estruturas frasais, em textos acadêmicos que os
mesmos precisam produzir de acordo com o exigido em sua área de formação.
Palavras-chave: Gramática Universal; Hipótese lexicalista; Interlíngua; Léxico especializado.
Referências
CHOMSKY. N. The Minimalist Program. Cambridge. Massachusetts, USA: MIT Press, 1995.
CHOMSKY. N. Arquitetura da Linguagem. Tradução de Alexandre Morales e Rafael Ferreira Coelho. Bauru,
SP; Edusc, 2008.
KATO, M. A. A Gramática do Letrado: questões para a teoria gramatical. In:
MARQUES, M. A. et al. Ciências da Linguagem: 30 anos de investigação e ensino. Braga: CEHUM, Universidade
do Minho, v. 5, 2005.
11
Graduada em Letras pela Universidade Norte do Paraná e em Filosofia pela Universidade Estadual de Santa Cruz, possui mestrado pelo programa de
pós-graduação em Linguística da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, atua como professora auxiliar de Libras, do Departamento de Letras e Artes
da Universidade Estadual de Santa Cruz-Bahia. E-mail: lsflopes@uesc.com.
LESSA-DE-OLIVEIRA, A. S. C. Libras escrita: o desafio de representar uma língua tridimensional por um sistema
de escrita linear. Revel, v. 10, n. 19, 2012.
LESSA-DE-OLIVEIRA, A. S. C. Estrita SEL – Sistema de Escrita para Língua de Sinais. [Blog Internet]. Vitória
da Conquista, Brasil. Disponível em: <http://sel-libras.blogspot.com.br/>. Acesso em: 10 de jun. 2016.
SALLES, H. M. M. L.; L. VIANNA, A.C.C. Estudo da interlíngua de surdos usuários de Língua de Sinais Brasileira na
aquisição de português (L2): nominais nus e definidos genéricos. Estudos da Língua(gem), Vitória da Conquista,
v. 8, n. 1, p. 241-264, 2010.
SALLES, H. M. M. L.; PIRES, L. Desenvolvimento linguístico na aquisição de português L2 (escrito) por surdos: a
estrutura do sintagma nominal. Revista da ABRALIN, v. 1, p. 189-208, 2011.
PRADO, L. C. do. Sintaxedosdeterminantesnalínguabrasileiradesinaiseaspectosdesuaaquisição.2014. 157
f. Dissertação (Mestrado em Linguística) — Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2014.
PLATAFORMA LIBRAS ACADÊMICA E A INCLUSÃO DO
ESTUDANTE SURDO NO ENSINO SUPERIOR
Michele da S. Ferreira Grativol12
Wilma Favorito13
Helena Carla Castro14
Resumo: O aumento do ingresso de estudantes surdos no ensino superior tem despertado um novo
olhar sobre a utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no ambiente acadêmico. Assim, verifica-se
a necessidade em se garantir a permanência e a qualidade no ensino desses sujeitos. Dentre as diversas
possibilidades existentes, sabe-se que o estudo voltado para as terminologias científicas tende a contribuir
de maneira significativa nesse aspecto, além de valorizar e dar mais visibilidade a Libras. O foco da presente
pesquisa visa à organização de uma plataforma bilíngue (língua portuguesa/Libras), que dê acesso aos sinais
da área acadêmica, além de propor também informações sobre o ambiente universitário. O protótipo da
plataforma está sendo construído no provedor Wix a partir da consulta de: (i) dicionários reconhecidamente
consolidados (ex.: INES), (ii) glossários e dicionários produzidos por pesquisadores reconhecidos em suas
áreas de conhecimento e (iii) intérpretes com experiência na área de ensino superior. Testes com alunos e
ex-alunos da Universidade Federal Fluminense serão realizados para então posterior apresentação e dis-
ponibilização à comunidade surda. Por meio da plataforma, pretendemos divulgar os sinais científicos do
ambiente universitário, de modo a minimizar os conflitos interpretativos e dificuldades comunicacionais.
Acredita-se, também, que essa ferramenta poderá ajudar no sentimento de pertencimento ao ambiente do
ensino superior pelo sujeito surdo, garantindo a sua permanência e a qualidade de acesso às produções
científicas nas diferentes áreas do conhecimento.
Palavras-Chave: Libras; Glossário; Acadêmico; Terminologia; ensino superior.
12
Mestranda em Diversidade Inclusão na Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro. E-mail: micheleferreira@id.uff.br.
13
Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), Rio de Janeiro.
14
Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro.
PROPOSTA DE GLOSSÁRIO DE LIBRAS DAS
TRADIÇÕES PARAIBANAS
Natália Diniz Silva15
Geraldo Venceslau de Lima Junior16
Francisca Barreto da Silva17
Resumo: Sabemos que a Libras, como qualquer outra língua, tem sua riqueza de variações. Ligada à cul-
tura e à região, pode-se perceber que a Libras sofre algumas alterações com sinais diferentes. Por falta de
fluência de alguns, falar sobre a variação linguística da Libras é provocar um certo tipo de preconceito.
Dessa forma, nesta pesquisa, corroboramos alguns sinais regionais do Nordeste, como, por exemplo,
as palavras Cajazeiras, sertão, rapadura, entre outras, provando a vida dessa língua. Os objetivos desta
pesquisa são: (i) reconhecer a variação linguística que há na Libras, de modo a compartilhar os sinais de
termos paraibanos, podendo, assim, contribuir com pesquisas na área de lexicologia, terminologia e outras;
(ii) identificar a diversidade que há na cultura nordestina por meio da Libras; (iii) apresentar sinais que
pertencem à região Nordeste; e (iv) analisar autores que abordam a variação linguística e a sua valorização,
que envolve aspectos socioculturais e históricos. Durante o trabalho, a metodologia a ser utilizada será
uma pesquisa etnográfica que especifica e descreve a cultura de um povo ou região. A pesquisa se mostra
de grande eficiência na questão cultural de certa região ou de certa comunidade. No caso, aqui estaremos
tratando da Libras e da comunidade surda situada no Nordeste com base nos teóricos Junior (2011) e Pereira
(2011). Segundo Pereira (2011, p. 16), “[a]s línguas de sinais são língua naturais, e, portanto, expressam
desejos e necessidades das comunidades que as usam, bem como refletem seus aspectos culturais”. Sendo
assim, será tratado glossário da região Nordeste na Libras como forma de ampliação de vocabulário para
as demais regiões. A questão cultural de certa região é pertinente a uma língua, e a Libras, como língua
viva, sofre essa influência. Sabe-se que cada comunidade surda tem suas expressões e dialetos, pois são
pessoas expostas às tradições e culturas comuns a todos daquela região. Assim, espera-se que este trabalho
possa contribuir mostrando mais um pouco a riqueza da Libras na cultura paraibana.
Palavras-chave: Libras; Cultura; Paraibano; Nordeste.
15
Universidade Federal de Campina Grande Campus Cajazeiras (UFCG/CFP). E-mail: nataliadiniz01@gmail.com.
16
Universidade Federal de Campina Grande Campus Cajazeiras (UFCG/CFP). E-mail:
geraldovenceslau@gmail.com.
17
Universidade Federal de Campina Grande Campus Cajazeiras (UFCG/CFP). E-mail: fbarreto873@gmail.com.
PROSÓDIA E SIGMANULÓGIA NA PERSPECTIVA DOS
ESTUDOS TERMINOLÓGICOS DA LÍNGUA DE SINAIS
BRASILEIRA
Lúcio Macedo18
Wagner Santos19
Resumo: Neste trabalho, analisamos os estudos de Stokoe (1960) sobre fonologia, quirologia, sigmanulogia
e Quadros (2004) sobre política linguística, para discutir os estudos acadêmicos voltados à terminologia
(COSTA, 2012), como a criação de dicionários e glossários em Libras. Elegemos a perspectiva dos estudos
da sigmanulogia e prosódia (NÓBREGA, 2016; LEITE, 2008), sobre ambiente confortável na sua própria
língua, para desenvolver pesquisa quantitativa/qualitativa. Com esta pesquisa, buscamos identificar como
as pessoas surdas se sentem com o surgimento de novos sinais, se há preocupação com regras e estrutura
linguística. O objetivo é pensar nas atuais políticas linguísticas de defesa da língua de sinais e a relação
com a construção da aprendizagem de conhecimentos novos com professores surdos.
Palavra-chave: Prosódia; sigmanulogia; terminológicos; política linguística; libras.
Referências
COSTA, M. R. Proposta de modelo de enciclopédia visual bilíngue juvenil: Enciclolibras - o corpo humano, 2012.
NÓBREGA, Valdo R. R. Sigmanulogia: proporcionando uma teoria linguística da língua de sinais. Revista Leitura.
v. 1, n. 57, jan./jun., 2016, p. 198-218.
QUADROS, R. M. & KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto Alegre: ArtMed, 2004.
Leite, T. A. A segmentação da língua de sinais brasileira (libras): um estudo linguístico descritivo a partir da
conversação espontânea entre surdos. 2008. Monografia (Curso de Estudos Linguísticos e Literários em Inglês) —
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
18
Docente da Universidade Federal Rural de Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica – Rio de Janeiro. E-mail: luciomacedo2@gmail.com.
19
Docente da Universidade Federal Rural de Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica – Rio de Janeiro. E-mail: w7cabral@gmail.com.
REGISTRO DE SINAIS EM LIBRAS PARA A
COMUNIDADE LGBT
Bruno Pierin Ernsen20
Mauricio Damasceno21
Resumo: O presente estudo considera que a existência de termos específicos utilizados nas comunida-
des LGBTs contribui para a construção de vínculos, bem como para o empoderamento dos sujeitos que
historicamente são excluídos na sociedade. Contudo, tal exclusão se apresenta ainda mais grave quando
relacionada às questões da pessoa surda e sua forma de comunicação por meio da Libras (Língua Brasileira
de Sinais). A pesquisa teve como objetivo identificar as possíveis variações linguísticas dos sinais relacio-
nados à cultura LGBT e sua relação com o empoderamento dos sujeitos, como também com a reprodu-
ção de estereótipos negativos, o que pode resultar em bullying em ambientes escolares, por exemplo. Tal
pesquisa se mostra relevante a partir do momento que não foram encontrados registros oficiais de sinais
relacionados à cultura LGBT utilizados pela maioria dos sujeitos surdos pesquisados. A metodologia uti-
lizada foi revisão bibliográfica. Como resultado, foi possível identificar uma escassez nos estudos acerca
de criação de sinais, glossário de termos LGBTs em Libras, mas pode-se perceber a existência de grupos
que se debruçam sobre os estudos terminológicos bem como de tradução/interpretação nesse contexto.
Palavras-chave: Libras; LGBT; Sinais.
Referências
BRASIL. Decreto-lei n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n. 10436 de 22/04/2002 e o art. 18
da Lei 10.098 de 19/12/2000.
BRASIL. Lei n. 10.436, de 22 de abril de 2002. Oficializa a Libras.
FARIA-DO-NASCIMENTO, S. P. de. Representações lexicais da Língua de Sinais Brasileira: uma proposta
lexicográfica. 2009. 290 f. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
GARCÊS, R. L. O.; MAIA, R. Lutas por reconhecimento dos surdos na Internet: efeitos políticos dos testemunhos.
Revista de Sociologia Política, v. 17, n. 34, Curitiba, out., 2009.
LEBEDEFF, T. B. Percepção de jovens surdos sobre sua sexualidade. 1993. Dissertação (Mestrado em Educa-
ção) — Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1993.
RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
20
Professor assistente da Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras (Libras). E-mail: brunoernsen87@gmail.com.
21
Professor auxiliar da Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras (Libras).
TERMINOLOGIA DO BALÉ CLÁSSICO EM LÍNGUA
DE SINAIS BRASILEIRA: UM ESTUDO A PARTIR DO
PROJETO DE EXTENSÃO A COMUNIDADE SURDA
REINVENTANDO A ARTE DO BALÉ
Karina Ávila Pereira22
Víctor Techera Silveira23
Otávio Ávila Pereira24
Resumo: O presente trabalho é fruto de um projeto de extensão desenvolvido na Universidade Federal de
Pelotas, cujo objetivo é possibilitar o acesso das pessoas surdas à cultura e às artes por meio da prática do
balé clássico, além da promoção de saúde da comunidade surda. Para isso, o projeto prevê aulas semanais
com duração de uma hora em que são desenvolvidos conteúdos básicos de uma aula de balé clássico. Como
se trata de um projeto de extensão, os ministrantes são acadêmicos dos cursos de Dança e Educação Física
que já tenham cursado a disciplina de Libras I. No decorrer das aulas, percebemos uma lacuna de termi-
nologia específica do balé clássico em língua de sinais, pois a maioria dos termos são utilizados na língua
francesa. Nesse sentido, partimos para uma busca por glossários específicos e, apesar de encontrarmos
vídeos de pessoas surdas dançando, não encontramos, até este momento, um glossário com terminologia
específica do balé clássico traduzida para a língua de sinais. A partir dessa lacuna, começamos um estudo
com as alunas surdas sobre os passos básicos do balé para perceber de que forma as alunas compreendiam
o que deveria ser feito em cada passo, para, em seguida, as alunas pensarem em um sinal para determinado
passo, para que pudéssemos organizar um glossário. Ainda não foram feitas pesquisas em outras línguas
de sinais, mas pretendemos para o futuro fazer a busca em língua francesa, língua inglesa, ou em outras
línguas que os integrantes do projeto tenham conhecimento linguístico para poder conhecer o léxico
desses sinais específicos em outras línguas de sinais.
Palavras-chaves: Terminologia do balé clássico em língua de sinais; balé para surdos; acesso à cultura.
Referências
BOURCIER, P. História da Dança no Ocidente. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
HAAS, J. G. Anatomia da Dança. Tradução de Paulo Laino Cândido. Barueri, SP: Manole. 2011.
SAMPAIO, F. Ballet Essencial. Rio de Janeiro: Sprint Ltda, 1994.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.
22
Universidade Federal de Pelotas. E-mail: karina.pereira53@gmail.com.
23
E-mail: victor.techera.silveira@gmail.com.
24
E-mail: otavio_lobao@hotmail.com.
UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE LITERATURA
BRASILEIRA: PROJETO ESCRITORES
BRASILEIROS EM LIBRAS
Lívia Letícia Belmiro Buscácio25
Vanessa Alves de Sousa Lesser26
Weslei da Silva Rocha27
Érica Cristina da Silva e Silva28
Resumo: O projeto de pesquisa Escritores brasileiros em Libras, formado por professores de Literatura e
de Libras e tradutores-intérpretes do Colégio de aplicação do INES, vem desenvolvendo um trabalho de
escrita de roteiros ficcionais bilíngues sobre escritores de Literatura Brasileira em língua portuguesa, para
a produção de uma série fílmica. A base teórico-metodológica consiste na História das ideias linguísticas
(AUROUX, 1992; 1998, ORLANDI, 1993; 2001; 2002; 2007) e na Análise de Discurso (PÊCHEUX, 2009;
ORLANDI 1993; 2001; 2002; 2007). Foram selecionados nomes de autores da literatura brasileira sobre
os quais se instaura uma discursividade (ORLANDI, 2000), ou seja, nomes de autores que rompem com o
senso comum e trazem novas possibilidades do dizer, atualizando uma memória. O primeiro escritor da
série é Mário de Andrade, por inaugurar dizeres sobre literatura na relação com a língua do/no Brasil.
Consideramos com Candido (1995) que a literatura se configura como um direito e afirmamos que a
tradução literária de autores de uma língua majoritária, como a língua portuguesa, para a Libras possi-
bilita um direito linguístico da comunidade surda de acesso à literatura brasileira por meio da produção
de saberes em LIBRAS. A escrita do roteiro tecida no encontro entre a Libras e a língua portuguesa de
forma colaborativa e a escassez de produção em Libras sobre a literatura brasileira levaram o grupo de
pesquisa à produção de um glossário literário sobre os temas, personagens e nomes de autores evocados no
roteiro. Vale dizer que, segundo Auroux (1992) e Orlandi (2000), a produção de instrumentos linguísticos
como glossários configura um gesto de fortalecimento e de unidade de uma língua, processo chamado de
gramatização. Atualmente, nota-se uma forte ligação da circulação de instrumentos linguísticos com as
políticas linguísticas das línguas minoritárias. No Brasil, a lei da Libras n.º 10.436/2002 reconhece a Libras
enquanto sistema linguístico de natureza visual-motora e estrutura gramatical própria da comunidade
surda (QUADROS, 1997). No campo educacional, Campello (2008) valoriza a importância da utilização
da língua de sinais na escolarização dos estudantes surdos, destacando que a ausência dessa língua pode
ocasionar, inclusive, dificuldades no aprendizado dos conhecimentos acadêmicos trabalhados. Por isso, a
produção de um glossário literário poderá contribuir para o processo de gramatização da Libras tanto por
ser um instrumento que reverbera a política linguística quanto um modo de registrar e legitimar saberes
linguísticos e literários em Libras. O objetivo desta apresentação é mostrar os caminhos da criação de
sinais para a formação do glossário literário, a ser publicado no site do projeto.
Palavras-chave: Glossário literário; Bilinguismo; História das Ideias Linguísticas; Análise de dis-
curso; LIBRAS.
25
Professora Dr.ª INES.
26
Professora Me. INES.
27
Professor INES.
28
TILSP Me. INES.
Referências
AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Tradução de Eni P. Orlandi. Campinas, SP: Editora da
Unicamp, 1992.
AUROUX, S., PUCCINELLI ORLANDI, E.; MAZIERE, F. (Éds.). L’ hyperlangue Brésilienne, Langages, 1998, n.
130, 127 p.
CAMPELLO, A. R. S. Aspectos da visualidade na educação de surdos. 2008. 245 f. Tese (Doutorado em educa-
ção) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.
CANDIDO, A. O direito à literatura. Vários escritos. São Paulo: Ouro sobre azul, 2004.
ORLANDI, E. (Org.). O discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. Campinas,
Pontes, 1993.
ORLANDI, E. História das Ideias linguísticas. Campinas, SP: Pontes, 2001.
ORLANDI, E. Língua e conhecimento linguístico: para uma história das ideias no Brasil. São Paulo: Cortez
Editora, 2002.
ORLANDI, E. Política linguística no Brasil. Campinas, SP: Pontes, 2007.
PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Ed. da Unicamp, 2009.
PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento? Campinas: Pontes, 2008.
PÊCHEUX,M.Leroarquivohoje.In:ORLANDI,EniP.(Org.).Gestos de leitura.Campinas:EditoradaUnicamp,2011.
QUADROS, R. M., KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira. Porto Alegre: Artmed, 2004.
UNIDADES LÉXICAS NO CONTEXTO DO ENSINO DE
LÍNGUA PORTUGUESA: RECURSOS DE TRADUÇÃO/
INTERPRETAÇÃO PARA LIBRAS
Ízea Folha Damasceno Santos29
Ana Claudia Castiglioni, UFT,30
Karylleila de Santos Andrade, UFT, 31
Resumo: No processo de aquisição de uma segunda língua, surgem vários entraves que se interpõem ao
aprendizado. Para o aluno surdo, o ensino de língua portuguesa ocorre mediado por processo de inter-
pretação. É por meio do tradutor/intérprete de Libras que esse aluno terá acesso ao arcabouço de sua L2,
ao léxico, às construções sintático-semânticas e terá condições de adentrar um mundo que, antes, não lhe
pertencia. Este trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla, na qual pretendemos analisar a situação
dos termos especializados referentes aos conceitos da área do ensino da disciplina de língua portuguesa,
em Libras, a partir do ponto de vista de intérpretes e de obras dicionarísticas. Nesse sentido, investigamos
o que dizem alguns tradutores/intérpretes sobre as principais dificuldades encontradas na interpretação
de termos específicos da disciplina de Língua Portuguesa para a Libras. Temos como objetivo fazer levan-
tamento de termos da área mencionada que ainda não possuam sinal equivalente, como também apontar,
quando da ausência de sinal correspondente, os recursos de interpretação que costumam ser utilizados
pelos intérpretes entrevistados. Pautamo-nos nas contribuições teóricas de Genouvrier e Peytard (1990),
bem como nos estudos de Biderman (2001) e, acerca do léxico da Libras, buscamos os estudos de Qua-
dros & Karnopp (2004) e o Dicionário de Língua Geral Capovilla et al. (2017). Trata-se de uma pesquisa
exploratória, com metodologia de abordagem qualitativa, tendo como técnica a entrevista, desenvolvida
com quatro tradutores/intérpretes de Libras, sendo dois do estado do Tocantins e dois do Maranhão. A
partir das respostas dos entrevistados, observamos as especificidades do léxico individual do tradutor/
intérprete e a necessidade de ampliação desse léxico. Como análise preliminar, buscamos verbetes refe-
rentes aos termos que trazem os conceitos das figuras de linguagem e notamos, nas obras dicionarísticas
especializadas que consultamos até o momento da pesquisa, não abrangência da totalidade desses termos.
Na ausência de um sinal equivalente, os entrevistados afirmaram utilizar mecanismos como paráfrase,
comparação, exemplificação, uso de datilologia, bem como de sinonímia, para dar conta do enunciado,
no intuito de garantir ao receptor qualidade e integridade na interpretação.
Palavras-chave: Léxico; Tradução; Interpretação; Libras; Língua Portuguesa.
29
Mestranda em Letras – Universidade Estadual do Tocantins (UFT). Professora do ensino médio, da rede estadual de ensino, Imperatriz, Maranhão. Linha
de pesquisa: Ensino de língua, léxico e descrição. E-mail: izeaffolha@gmail.com.
30
Doutora em Estudos Linguísticos (UNESP) e professora no PPGL/MELLL – Universidade Federal do Tocantins (UFT). Linha de pesquisa: Ensino de língua,
léxico e descrição. E-mail: anacastiglioni@hotmail.com.
31
Doutora em Linguística (USP) e professora no PPGL/MELLL – Universidade Federal do Tocantins. Linha de pesquisa: Ensino de língua, léxico e descrição.
E-mail: karylleila@gmail.com.
REFERÊNCIAS
BIDERMAN, M. T. C. Teoria linguística: teoria lexical e linguística computacional. 2. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
CAPOVILLA, F. C. et al. Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: a Libras em suas mãos. São Paulo: Editora
da Universidade de São Paulo, 2017.
GENOUVRIER, E.; PEYTARD, J. Linguística e ensino do Português. Tradução de Rodolfo Ilari, da Universidade
de Campinas. Livraria Almedina, Coimbra, 1990.
GESSER, A. Libras? Que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda.
São Paulo: Parábola, 2009.
QUADROS, R. M; KARNOPP, L. B. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
(RE)CONSTRUÇÃO DE UM GLOSSÁRIO CIENTÍFICO
DE BIOLOGIA E A CONTRIBUIÇÃO DO SPREAD THE
SIGN SUDESTE NA UFF
Tathianna Dawes
Mônica Maria Guimarães Savedra
Wilma Favorito
Resumo: Em função da oficialização da Libras em 2002, multiplicou-se a produção dos dicionários, glos-
sários, manuários e sinalários de Língua de Sinais. Em decorrência desse fato, vale ressaltar que também
houve um aumento de profissionais da área de Libras, com pesquisadores surdos e ouvintes trocando ideias
e conhecimentos sobre o fazer lexicográfico e terminográfico dessa língua. Nesse cenário, emerge o Spread
The Sign, uma plataforma online de cooperação internacional que abrange línguas de sinais de 28 países,
fruto de pesquisas de surdos e ouvintes nos seus respectivos países. O Brasil também está representado
nessa plataforma, que é organizada por coordenadores de cada região do país. O presente trabalho tem
como objetivo geral reconstruir um glossário de Biologia a fim de identificar e discutir os sinais termino-
lógicos científicos nessa área para inserir na plataforma Spread The Sign. Os objetivos específicos são: (i)
identificar as categorias que estão postadas no dicionário online; (ii) coletar sinais científicos na área de
Biologia; (iii) avaliar os sinais coletados e postados; (iv) regravar os sinais avaliados pelos pesquisadores
surdos; e (v) divulgar esses sinais no site do Spread The Sign. A metodologia aplicada é a análise do processo
de coleta de sinais científicos existentes das áreas de Biologia para a plataforma do dicionário Spread The
Sign, buscando ampliar o vocabulário científico, não só da Libras, mas de diversas outras línguas de sinais.
Até o momento, já foram coletados sinais em 3 categorias: anatomia, animais e biologia geral, contendo
13 sinais de animais, 31 sinais de anatomia e 35 sinais de biologia geral. Partindo da análise desse corpus
e utilizando gravação e edição dos sinais coletados para serem inseridos na plataforma, entende-se que a
criação de um dicionário online com vídeos apresentando os léxicos mostra-se mais atrativo ao público
surdo dada a natureza visual-espacial da Libras. Vale, ainda, ressaltar que há uma enorme carência de
sinais terminológicos em Biologia, prejudicando não só o aluno surdo, com relação ao acesso à informa-
ção, como comprometendo sua jornada para ascender ao ensino superior, privando-o também do direito
a uma cidadania plena garantida por lei. Acreditamos que a pesquisa aqui proposta pode contribuir para
ampliação de acesso ao conhecimento escolar e acadêmico pelas pessoas surdas.
Palavras chave: Biologia; Glossários; Spread The Sign; Libras.
1 Introdução
Desde a oficialização da Libras, em 2002, a comunidade surda teve como reconhecimento a língua
e a identidade/cultura surda. Em decorrência desse fato, houve um aumento muito grande no número de
profissionais/pesquisadores surdose ouvintes da área de Libras, podendo, assim, construir conhecimento
lexicográfico e terminográfico dessa língua. Como resultados desse processo, temos produtos bilíngues
(Libras-língua portuguesa), como dicionários impressos e online, glossários, manuários e sinalários de
Língua de Sinais abrangendo diversas áreas de conhecimentos.
O objetivo geral desta pesquisa é reconstruir um glossário de Biologia a fim de identificar e discutir os
sinaisterminológicoscientíficosnessaáreaparainserirnaplataformaSpreadTheSign.Osobjetivosespecíficos
são: (i) identificar as categorias que estão postadas no dicionário online; (ii) coletar sinais científicos na área
de Biologia; (iii) avaliar os sinais coletados e postados; (iv) regravar os sinais avaliados pelos pesquisadores
surdos; e (v) divulgar esses sinais no site do Spread The Sign.
2 Percurso histórico lexicográfico
O primeiro dicionário em Língua de Sinais denominou-se “Iconografia dos Signaes dos Surdos
Mudos”, produzido e impresso no Brasil, em 1875, elaborado por Flausino José da Costa Gama, quando
esse ainda era aluno repetidor (ROCHA, 2007 apud SOFIATO e REILY, 2011).32
Mais tarde, tornou-se
professor do Imperial Instituto dos Surdos Mudos, dirigido pelo diretor Dr. Tobias Leite, atualmente
Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).33
Essa obra continha o registro de cerca de 400 sinais,
era destinada a orientar os pais, professores primários e todos os interessados em se comunicar com os
surdos e também constituía-se como fonte de consulta de sinais para facilitar a comunicação entre surdos
e ouvintes. Na verdade, esse dicionário teve como pioneiro Pierre Pélissier, surdo francês, que produziu
esse mesmo material em 1856 e Flausino o traduziu para o português, utilizando as mesmas figuras e
configurações de mão da Língua Francesa de Sinais.
Após a publicação da obra de Flausino, o trabalho de lexicografia de Libras somente é retomado
após a década de 1960 com as seguintes obras:
a. Em 1969, com a publicação impressa “Linguagem das mãos”, pelo Padre Eugênio Oates, missionário
vindo dos Estados Unidos para prestar serviços ao Instituto Nacional de Educação de Surdos, contendo
1258 gestos e mímica.
b. Em 2001, com os pesquisadores Fernando César Capovilla e Walkíria Duarte Raphael, que tiveram o
privilégio de publicar o maior dicionário impresso de língua de sinais intitulado “Dicionário Enciclopé-
dico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira”, primeira edição, em dois volumes, totalizando
1.860 páginas, apresentando os sinais com ilustrações e descrições de execução dos sinais, SignWriting
e correspondentes em português e inglês.34
Essa obra teve mais duas edições em 2009, uma edição mais
ampliada, e a outra publicada recentemente, em 2017, com três volumes.
c. Em 2005, com a publicação do “Dicionário Digital da Língua Brasileira de Sinais” organizado pela pro-
fessora doutora Tanya Amara Felipe e Guilherme de Azambuja Lira, sob a coordenação geral da profes-
sora Solange Rocha do Instituto Nacional de Educação de Surdos. Ressaltamos, ainda, que essa obra, ao
contrário das anteriores, apresenta filmagens, com movimentos dos sinais e com imagem ilustrada, é
distribuída em CD e DVD, além de ser disponibilizada online no site do INES, totalizando 8.000 sinais
(FAVORITO; MANDELBLATT, 2016).
Nesse cenário, emerge o Spread The Sign,35
um dicionário online de cooperação internacional que
abrange línguas de sinais de 28 países que atualmente estão vinculados ao projeto. O projeto foi fundado
na Suécia em 2006 por Thomas Lydell-Olsen. Atualmente, a sede brasileira está assim organizada: a coor-
32
A função do repetidor era a de assistir às aulas e, em seguida, repetir as lições que o professor tinha dado aos alunos. O repetidor tinha também responsa-
bilidade de corrigir os exercícios dados pelo professor (e substituí-lo quando necessário), de acompanhar os alunos no recreio e no seu retorno à sala de aula
e de acompanhar os visitantes à instituição.
33
O Instituto Nacional de Educação de Surdos, único em âmbito federal, ocupa importante centralidade na educação de surdos, fica localizado no bairro em
Laranjeira/RJ. Disponível em: http://www.ines.gov.br/.
34
Escrita da língua de sinais utiliza símbolos visuais para representar as configurações de mão, os movimentos, as expressões faciais e os movimentos do
corpo das línguas de sinais.
35
Disponível em: https://www.spreadthesign.com/br/.
denação Nacional encontra-se sediada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e a sua subdivisão, o
Spread The Sign Pelotas, na Universidade Federal de Pelotas, e o Spread The Sign Sudeste, na Universidade
Federal Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. O projeto integra diversos pesquisadores, desde alunos
de graduação até professores universitários, surdos e ouvintes.
É importante ressaltar que há também uma divisão no que se refere às áreas do conhecimento pes-
quisadas por cada sede. O Spread The Sign Rio Sudeste tem se ocupado de buscar sinais que contemplem
a reconstrução de um glossário científico da área de Biologia.
3 A investigação
Neste estudo, desenvolvemos um processo de coleta de sinais científicos existentes da área de Bio-
logia para a plataforma do dicionário Spread The Sign, buscando ampliar o vocabulário científico. Até
o momento, foram coletados sinais em três categorias: anatomia, animais e biologia geral, contendo 13
sinais de animais, 31 sinais de anatomia e 35 sinais de biologia geral.
Como mostram, a seguir, as figuras 1 e 2 com sinais de biologia em geral, 3 e 4 com sinais para
animais, 5 e 6 com sinais para anatomia:
FIGURA 1 – SINAL ORGANISMO
FONTE: Spread The Sign
FIGURA 2 – SINAL PARASITA
FONTE: Spread The Sign
FIGURA 3 – SINAL BORBOLETA
FONTE: Spread The Sign
FIGURA 4 – SINAL BODE/CABRA
FONTE: Spread The Sign
FIGURA 5 – SINAL FÍGADO
FONTE: Spread The Sign
FIGURA 6 – SINAL INTESTINO DELGADO
FONTE: Spread The Sign
4 Resultados preliminares e discussão
Partindo da análise desse corpus e utilizando gravação e edição dos sinais coletados para serem inse-
ridos na plataforma, entende-se que a criação de um dicionário online com vídeos apresentando os léxicos
em movimento e expressão facial e corporal mostra-se mais atrativa ao público surdo dada a natureza
visual-espacial da Libras.
É necessário que o surdo ocupe esse lugar do pesquisador científico que, por muito tempo, foi negado,
para que, reconhecendo as necessidades linguísticas de sua comunidade, possa trabalhar também em prol
da melhoria do equipamento lexical da sua língua de modo que a Libras, e também as demais línguas de
sinais, desempenhe um papel vigoroso dentro da sociedade.
Referências
BRASIL. Lei N.º 10.436. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências, Ministério
da Educação. Secretaria de Educação Especial, 24 de abril de 2002.
FAVORITO, W.; MANDELBLATT, J. Aspectos da trajetória histórica da dicionarização da Língua Brasileira de Sinais:
da iconografia de sinais a um Manuário Acadêmico. In: Atas do XI Congresso Luso-Brasileiro da História da
Educação. Fontes, métodos e técnicas de investigação. COLUBHE, Faculdade de Letras da Universidade do Porto
(FLUP). Porto: CITEM, 2016. v. 1.
SOFIATO, C. G.; REILY, L. H. “Companheiros de infortúnio”: a educação de “surdos-mudos” e o repetidor Flausino
da Gama. Rev. Bras. Educ. [online]. 2011, v. 16, n. 48, p. 625-640.
ROCHA, S. O INES e a educação de surdos no Brasil: aspectos da trajetória do Instituto Nacional de Educação
de Surdos em seu percurso de 150 anos. Rio de Janeiro: INES, 2007.
A AQUISIÇÃO TARDIA: UM ESTUDO DA
PRODUTIVIDADE LEXICAL DO JOVEM SURDO
Bárbara Neves Salviano de Paula
Felipe Castro Teixeira
Vera Lúcia de Souza e Lima
Resumo: Este trabalho trata da produtividade lexical bilíngue de surdos discentes de escola pública de
nível médio no estado de Minas Gerais e propõe que, no caso do surdo, no lugar da denominação falan-
tes tardios seja utilizada a denominação aquisição tardia. A proposição de aquisição tardia justifica-se pelo
fato de que, na medida em que buscamos por pesquisas acerca de falantes tardios, constatamos que esse
conceito se refere muito mais à área da saúde do que à área da linguística. Consideramos que o surdo se
torna um falante tardio por motivos socioculturais, alheios à sua vontade. Durante o período da pesquisa,
reconhecemos a necessidade de pesquisar sobre os aspectos linguísticos e lexicais da aquisição tardia dos
surdos. Nessa medida, interessa-nos sistematizar a competência linguística para a produtividade lexical
de tais sujeitos. Considerando que o falante é o inovador, interessa-nos, também, compreender a posição
que o surdo ocupa em sua comunidade de rede social, conforme previsto em Milroy e Milroy (1985).
Acrescentamos a isso a proposição em Salviano (2014) que orienta para uma lexicografia pedagógica,
seja no léxico de língua geral ou terminológico nas diversas áreas do conhecimento. O presente trabalho
levanta questões essenciais que precisam de resposta a fim de compreender plenamente o discurso da
comunidade surda, de produzir obras lexicográficas que a reflitam de maneira fidedigna e de modificar a
realidade brasileira de integração do surdo.
Palavras-chave: Aquisição lexical; Surdo; Lexicografia.
As línguas de sinais ganharam, de fato, status de língua a partir de meados da década de 1960. Vários
estudos sobre o histórico das línguas de sinais no mundo indicam que, não raro, os surdos eram conside-
rados não educáveis e sua forma de comunicação classificada como inferior e até mesmo um obstáculo à
constituição do pensamento. Apesar de, pontualmente, termos a presença de representantes apoiadores das
línguas de sinais, como, por exemplo, o abade Charles M. de L’Epée; até a década de 1960, o histórico das
línguasdesinaisfoimarcadoporproibiçõese,inclusive,clandestinidadenousodossinaispelosseusfalantes.
Esse é, sem dúvida, um dos motivos de a língua de sinais ser, ainda hoje, alvo de preconceito ou conti-
nuar inacessível à maioria das crianças que nascem surdas ou daqueles que ficam surdos, vítimas de alguma
doença. Consideremos um exemplo que corrobora essa afirmação. Para um ouvinte, falante de uma língua
oralacessível,desdequeseconstituíacomoumfeto,équaseimpossíveldesassociarlíngua,linguagem,cultura
e socialização. Para surdos, no entanto, essa realidade é bem diferente. Ao nascer, uma minoria recebe input
linguístico em sua L1, a saber, a língua de sinais. Nesses termos, a família e a comunidade ao seu redor, em
quase absoluta maioria falantes de uma língua de modalidade oral-auditiva, não lhe servem de modelo de
linguagem, mantendo-se, para o surdo, o cenário de aquisição tardia da língua de sinais.
No Brasil, a ânsia por propagar a sua língua torna comum encontrar surdos vendendo fichas impressas
com o alfabeto manual da língua brasileira de sinais. Em alguns casos, é fato que isso se dá pela força da
sobrevivência. Mas é fato, também, que, se o objetivo único fosse gerar renda, outros produtos poderiam
provocar maior interesse nos propensos clientes. Assim, compreendemos que o desejo de criar interfaces
linguísticas que façam o outro, o falante da língua oral, compreender a sua fala e legitimar a sua língua, é
uma realidade inquestionável. Talvez, nem aquele que compra nem aquele que vende saiba que, no espaço
de interlocução existente entre eles, naquela transação, está o verdadeiro tesouro a ser descoberto — a
língua. Mesmo hoje, após tantos anos da regularização da Libras como língua oficial da pessoa surda,
notamos que, na maioria dos ambientes, ao mencionar os conceitos Libras, Língua de Sinais ou língua
dos surdos, o interlocutor intuitivamente os coloca no mesmo rol e mesma hierarquia que estão os outros
artefatos de inclusão e/ou de acessibilidade. Todos os artefatos de inclusão são importantes, todavia, a
Libras não é um artefato qualquer, trata-se de uma língua legítima. Valendo-nos dessa certeza, iniciamos,
no Cefet-MG, projetos que valorizassem a língua de sinais e seus usuários.
A presença do Polo Letras-Libras no Cefet-MG nos incentivou a saber mais sobre o processo lin-
guístico de estudantes surdos. Decidimos ampliar nossa compreensão, por meio da pesquisa, valendo-nos
de três procedimentos metodológicos que julgamos adequados: o exploratório, que proporcionasse per-
ceber o estado da arte do tema educação do estudante surdo; a pesquisa, que trouxesse o estudante surdo
de nível médio para o centro da atividade; e a pesquisa-ação, que permitisse dar voz a tais sujeitos e fizesse
com que a tessitura da sua voz compusesse o resultado do projeto. Constatamos a necessidade de criar
dois projetos de pesquisa: 1) “Construção de um Glossário Técnico em Libras para o Ensino de Desenho
Arquitetônico”, no qual buscávamos a construção de um glossário técnico contendo sinais e convenções
do âmbito do ensino de Desenho Arquitetônico. Nesse caso, alunos surdos definem e conceituam os sinais
representativos de vários termos técnicos e verbetes terminológicos da área de arquitetura; 2) “Elaboração
de um manual aplicado à Construção Civil para o Ensino de Desenho Arquitetônico para Alunos Surdos”,
que buscasse a construção de um manual bilíngue, habilitando o público-alvo na leitura e representação
de projetos arquitetônicos. Na medida em que os projetos avançavam, tínhamos novas perguntas e, para
respondê-las, criamos um terceiro projeto de pesquisa, denominado “Estudo do Desenho Universal sob
a ótica da sustentabilidade” o qual proporcionou a presença de alunos surdos matriculados em cursos
superiores de Arquitetura (PUC-Minas) e Design Gráfico (UEMG).
Ao longo dos três anos que duraram as pesquisas, os 10 bolsistas que participaram ativamente
dela têm uma característica em comum: são todos considerados falantes tardios da Libras. A literatura
classifica como surdos tardios basicamente aqueles que adquirem a língua depois da primeira infância.
Podem ser aqueles surdos filhos de pais ouvintes que não são expostos à LS ou os surdos filhos de pais
surdos que não têm conhecimento da língua de sinais. Por comporem esses grupos tão amplos, pode-
mos deduzir que os chamados falantes tardios sejam a maioria da comunidade surda brasileira. Mesmo
assim, não temos pesquisas que abordem o fenômeno linguístico que eles representam ou apresentam.
Diz-se que eles são maioria pois vários autores relatam que expressam a média de 95% da população de
surdos; no entanto, esses dados são imprecisos. Logo, faz-se necessário mapear com bastante critério
a realidade desse grupo e estudar o impacto linguístico que a aquisição pós primeira infância causa
nesses sujeitos. Além disso, abordamos também a nomenclatura do fenômeno, por considerar as suas
características terminológicas.
Nossos estudos e contato, durante três anos, em 12 horas semanais, com o falante tardio revelaram
a necessidade de que se realizem pesquisas nessa área, pois todas as ações relacionadas ao processo da pes-
quisa precisaram ser criadas. Citamos como exemplo o teste que elaboramos para a seleção e admissão dos
bolsistas nos projetos de pesquisa e, posteriormente, para a seleção e admissão de vinte alunos no “Curso
Piloto de Desenho Arquitetônico para Surdos”. Esse teste objetivava mensurar minimamente questões
de língua, socialização, comprometimento e resumir tudo isso na habilidade de visão espacial, necessária
à geometria descritiva e ao desenho projetivo. A necessidade de pesquisas nessa área é evidenciada por
Lillo-Martin (2008) em seu capítulo que conclui:
O estudo sobre aprendizes tardios tem muito a oferecer às teorias da linguagem e desenvolvimento
linguístico. Os efeitos do input tardio não devem ser aleatórios ou gerais, mas devem incidir sobre
as brechas que a gramática disponibiliza. As teorias que buscam explicar porque as crianças são
melhores aprendizes de língua do que adultos precisam fazer referência aos aspectos cruciais do
mecanismo do aprendizado de língua. Tais teorias têm poucos dados para ir além do domínio da
aquisição da L1 em crianças surdas, já que a aprendizagem da L2 parece apresentar limitações e
consequências diferentes (LILLO-MARTIN, 2008, p. 205).
Estudos de Ramírez, Lieberman e Mayberry (2013) suscitam questões semelhantes:
Em casos raros, indivíduos surdos são linguisticamente isolados até a adolescência; eles não
podem ouvir a língua oral e, devido a fatores sociais e outros, não foram expostos a nenhum tipo
de língua de sinais. Essas pessoas experimentam uma escolaridade limitada e recebem muito
pouco ou nenhum input de linguagem de qualquer tipo (falada, escrita ou sinalizada) durante
toda a infância. Depois que eles são “identificados”, começam a receber serviços especiais e, se
houver recursos disponíveis, passam a estar totalmente imersos na língua de sinais. Casos como
esses são únicos porque tais surdos foram linguisticamente isolados até a adolescência, até que
são inseridos na língua de sinais pela primeira vez. Questionamos como esses adolescentes
aprendizes de L1 começam a adquirir linguagem. Eles começam o processo por onde começam
as crianças ouvintes ou eles ignoram alguns estágios na aquisição de sua linguagem devido ao
fato de que são cognitivamente mais maduros quando encontram a língua pela primeira vez?
Se a aquisição da linguagem em aprendizes mais velhos se mostra similar àquela que vemos em
crianças pequenas, concluímos que pelo menos alguns dos princípios que guiam o processo de
aquisição da linguagem independem da idade. A resposta a essa pergunta é importante porque
aumenta nossa compreensão dos mecanismos subjacentes à aquisição da linguagem em geral
(RAMÍREZ, LIEBERMAN; MAYBERRY, 2013, grifos nossos).36
A fim de responder a esses questionamentos, as autoras analisam pesquisas já realizadas e desenvol-
vem seu próprio estudo experimental sobre processamento de linguagem em falantes da língua de sinais.
No que diz respeito às conclusões de estudos anteriores, elas percebem que são deficitários em algum
aspecto: alguns tratam apenas do aspecto semântico de falantes tardios, em detrimento do lexical; alguns
desconsideram como se deu o processo tardio de aquisição de linguagem no indivíduo, focando apenas no
resultado; outros não ponderam que o motivo que leva à aquisição tardia está diretamente relacionado ao
processo de aquisição de língua e linguagem. Assim, as autoras, por meio de seus estudos experimentais,
tentam solucionar tais conflitos de modo a aproximar-se o mais fielmente possível da realidade linguís-
tica do grupo analisado; ou seja, surdos que adquiriram a língua de sinais como L1 já na adolescência, i.e,
tardiamente à primeira infância. Os resultados foram:
36
Tradução nossa de: “In rare cases, deaf individuals are linguistically isolated until adolescence; they cannot hear spoken language and, due to social and
other factors, they have not been exposed to any kind of sign language. [...] These individuals have experienced limited schooling and received very little or no
language input of any kind (spoken, written or signed) throughout childhood. After they are ‘identified’, they begin receiving special services and, if resources
are available, may become fully immersed in sign language. Such deaf cases are unique because they have been linguistically isolated until adolescence, at
which point they become immersed in sign language for the first time. We ask how these adolescent L1 learners begin to acquire language. Do they begin
where young hearing children begin, or do they bypass some stages in acquiring their language due to the fact that they are cognitively more mature when first
encountering language? If language acquisition in older learners shows a similar pattern as what we see in young children, we can conclude that at least some
of the principles driving the language acquisition process are age-independent. The answer to this question is important because it furthers our understanding
of the mechanisms underlying language acquisition in general” (grifo nosso).
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  • 1. ANAIS I Congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais Gláucio de Castro Júnior Daniela Prometi Patricia Tuxi Soraia Rodrigues (Organizadores)
  • 2. ANAIS I CONGRESSO INTERNACIONAL DE LEXICOLOGIA, LEXICOGRAFIA, TERMINOLOGIA E TERMINOGRAFIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS E II FÓRUM INTERNACIONAL SOBRE PRODUÇÃO DE GLOSSÁRIOS E DICIONÁRIOS EM LÍNGUAS DE SINAIS
  • 3. Editora e Livraria Appris Ltda. Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês Curitiba/PR – CEP: 80810-002 Tel: (41) 3156 - 4731 www.editoraappris.com.br Printed in Brazil Impresso no Brasil Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT Catalogação na Fonte Elaborado por: Josefina A. S. Guedes Bibliotecária CRB 9/870 Congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e C749c Terminografia das Línguas de Sinais (1. : 2018: Curitiba) 2019 Anais: I congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais / Gláucio de Castro Junior ... [et al.], organizadores. - 1. ed.– Curitiba : Appris, 2019. 1 arquivo (504 p.). - (linguagem e literatura) Inclui bibliografias ISBN 978-85-473-3649-3 1. Língua brasileira de sinais. I. Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais (2. : 2018 : Curitiba). II. Castro Junior, Gláucio de. III. Título. IV. Série. CDD – 419
  • 4. Gláucio de Castro Júnior Daniela Prometi Patricia Tuxi Soraia Rodrigues (Organizadores) ANAIS I CONGRESSO INTERNACIONAL DE LEXICOLOGIA, LEXICOGRAFIA, TERMINOLOGIA E TERMINOGRAFIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS E II FÓRUM INTERNACIONAL SOBRE PRODUÇÃO DE GLOSSÁRIOS E DICIONÁRIOS EM LÍNGUAS DE SINAIS
  • 5. Editora Appris Ltda. 1.ª Edição - Copyright© 2019 dos autores Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. FoirealizadooDepósitoLegalnaFundaçãoBibliotecaNacional,deacordocomasLeisnos10.994,de14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010. FICHA TÉCNICA EDITORIAL Augusto V. de A. Coelho Marli Caetano Sara C. de Andrade Coelho COMITÊ EDITORIAL Andréa Barbosa Gouveia - UFPR Edmeire C. Pereira - UFPR Iraneide da Silva - UFC Jacques de Lima Ferreira - UP Marilda Aparecida Behrens - PUCPR ASSESSORIA EDITORIAL Renata Cristina Lopes Miccelli REVISÃO Isabela do Vale PRODUÇÃO EDITORIAL Lucas Andrade DIAGRAMAÇÃO Jhonny Alves dos Reis CAPA Eneo Lage COMUNICAÇÃO Carlos Eduardo Pereira Débora Nazário Karla Pipolo Olegário LIVRARIAS E EVENTOS Estevão Misael GERÊNCIA DE FINANÇAS Selma Maria Fernandes do Valle COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO LINGUAGEM E LITERATURA DIREÇÃO CIENTÍFICA Maria Aparecida Barbosa (USP) Erineu Foerste (UFES) CONSULTORES Alessandra Paola Caramori (UFBA) Leda Cecília Szabo (Univ. Metodista) Alice Maria Ferreira de Araújo (UnB) Letícia Queiroz de Carvalho (IFES) Célia Maria Barbosa da Silva (UnP) LidiaAlmeidaBarros(UNESP-RioPreto) Cleo A. Altenhofen (UFRGS) Maria Margarida de Andrade (UMACK) Darcília Marindir Pinto Simões (UERJ) Maria Luisa Ortiz Alvares (UnB) Edenize Ponzo Peres (UFES) MariadoSocorroSilvadeAragão(UFPB) Eliana Meneses de Melo (UBC/UMC) MariadeFátimaMesquitaBatista(UFPB) Gerda Margit Schütz-Foerste (UFES) Maurizio Babini (UNESP-Rio Preto) Guiomar Fanganiello Calçada (USP) MônicaMariaGuimarãesSavedra(UFF) Ieda Maria Alves (USP) Nelly Carvalho (UFPE) Ismael Tressmann (Povo Tradicional Pomerano) Rainer Enrique Hamel (Universidad do México) JoachimBorn(UniversidadedeGiessen/ Alemanha)
  • 6. CORPO EDITORIAL ORGANIZADORES: Gláucio de Castro Júnior Patricia Tuxi Daniela Prometi Soraia Rodrigues COORDENADOR GERAL: Gláucio de Castro Júnior COMISSÃO CIENTÍFICA: Alliny de Matos Ferraz Andrade (SEDF) Marianne Rossi Stumpf (UFSC) Ana Mineiro (UCP) Messias Ramos Costa (UnB) Cristiane Batista do Nascimento (UnB) Nanci Araújo Bento (UFBA) Daniela Prometi (UnB) Patricia Tuxi (UnB) Eduardo Felipe Felten (UnB) Sandra Patrícia Faria do Nascimento (UnB) Erivaldo de Jesus Marinho (IFBA) Saulo Machado Mello de Sousa (UnB) Gláucio de Castro Júnior (UnB) Vera Lúcia de Souza e Lima (CEFET-MG) Janine Soares de Oliveira (UFSC) Wolney Gomes Almeida (UESC) COMITÊS ESTRUTURANTE COMITÊ DE MONITORIA: Stefany Marques Paulo Oliveira Lima Júnior COMITÊ FINANCEIRO: Paulo Oliveira Lima Júnior Victor Hugo Oliveira COMITÊ DA SECRETARIA: Cristiane Batista do Nascimento Patrícia Tuxi Daniela Prometi COMITÊ DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS AUDIOVISUAIS: Francilene Almeida Machado Saulo Machado Mello de Sousa Jusélio Mattos do Amaral COMITÊ DE TRADUTORES E INTÉRPRETES DE LIBRAS: Eduardo Felipe Felten Patricia Tuxi Luciana Marques Vale COMITÊ DE CERIMONIAL: Abymael Pereira da Silva COMITÊ DE AUXÍLIO FINANCEIRO: Daniela Prometi Gláucio Castro Júnior COMITÊ DE ELABORAÇÃO DO SITE: Daniela Prometi Messias Ramos Costa COMITÊ ARTÍSTICO: Amarildo Espíndola
  • 7. APRESENTAÇÃO Em 2018, realizamos o I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e o II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais.Foramosprimeiroseventosinternacionaisdaáreaemuitosavançosforamcompartilhadosediscu- tidosnoqueserefereaoregistrodaLínguadeSinaisBrasileiraeàpromoçãodepesquisasdaLinguísticada Língua de Sinais de instituições nacionais e internacionais. O CILLTTLS foi realizado de 13 de Agosto de 2018 a 17 de Agosto de 2018, na Universidade de Brasília - UnB, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), com apoio da Fundação de Apoio e Pesquisa do Distrito Federal - FAPDF. Os eventos reuniram mais de 600 congressistas oriundos de diversas regiões do Brasil e de países como Colômbia, Estados Unidos e Portugal que participaram ativamente das principais atividades realizadas que foram a oferta de 10 (dez) minicursos, uma (1) conferência de abertura, 7 (sete) palestras, 8 (oito) mesa-redonda, apresentação de 57 (cinquenta e sete) comunicações orais/sinalizadas, apresentação de 32 (trinta e dois) trabalhos no formato pôster e uma (1) conferência de encerramento. OsestudosdaáreadeLexicologia,Lexicografia,TerminologiaeTerminografiadasLínguasdeSinais se consolidam na medida que os Surdos avançam no conhecimento e a partir da sua vivência no mundo, é preciso que diferentes áreas do saber tenham a expansão lexical. Estamos diante de uma diversidade de vocabulários que muitas das vezes partem da Língua Portuguesa para a Libras e, por isso, é preciso pensar o registro da Libras com propriedade. Nesse sentido, essa publicação demonstra diferentes resultados que compreendem a organiza- ção de dois eventos internacionais, a saber: o I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e TerminografiadasLínguasdeSinaiseoIIFórumInternacionalsobreProduçãodeGlossárioseDicionários em Línguas de Sinais, apresentamos o registro do Hino Nacional em Libras que foi realizado na abertura dos eventos, registros fotográficos de diferentes momentos dos eventos e a apresentação dos resumos e trabalhos aceitos pela Comissão Científica dos referidos eventos. EstudaroLéxicodalínguadesinais,emsuaperspectivamaisrelevante,significacompreenderavisão de mundo sob o olhar do sujeito Surdo, a constituição dos signos em línguas de sinais, os fatos e os espaços que ditam as manifestações e a visibilidade da Língua de Sinais. As pesquisas da área abrange a diversidade e a variedade da Língua em sua constituição e essência. Os pesquisadores da Lexicologia, da Lexicografia, da Terminologia e da Terminografia das Línguas de Sinais estão diante de infinitas possibilidades que constitui o registro da Língua de Sinais Brasileira e compreender essas possibilidades é, em grande parte, compreender a história do sujeito Surdo, da luta pelo reconhecimento da Libras, bem como dos marcos legais, políticos e Linguísticos. O conjunto de textos que compõe este E-book são resultados de trabalhos apresentados no I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e no II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais. Comissão Organizadora e científica.
  • 8. HINO NACIONAL EM LIBRAS APRESENTADO NA CERIMÔNIA DE ABERTURA DO I CONGRESSO INTERNACIONAL DE LEXICOLOGIA, LEXICOGRAFIA, TERMINOLOGIA E TERMINOGRAFIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS INTÉRPRETE: STEFFANY MARQUES
  • 9. CRONOGRAMA 13 de agosto de 2018 a 16 de agosto de 2018 Programação do I Congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia da Língua de Sinais HORÁRIO ATIVIDADES DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL 08h00 às 09h00 13/08/2018 Credenciamento Acolhida dos participantes Monitores (UnB) 09h00 às 12h30 13/08/2018 Minicursos Minicurso 1 Software SignPuddie de Sign Writing Prof.ª Dr.ª Marianne Stumpf Minicurso 2 Relações interpessoais: o intra-institucional na produção do léxico terminológico em língua de sinais Prof.ª Dr.ª Vera Lucia Souza e Lima Minicurso 3 Criaçãoevalidaçãodesinais-termoemcontextoacadêmico Prof. Me. Messias Ramos e Prof.ª Me. Daniela Prometi Minicurso 4 Estudos dos Sinais-termo na área de nutrição e alimentação Prof.ª Me. Betty Lopes Minicurso 5 Linguística computacional: elaboração de dicionário e regras da gramática da Libras (fonológicas, morfológicas, sintáticosemântico-discursivasparaTraduçãoautomática – ProDeaf, VLibras e CORE-SL Prof.ª Dr.ª Tanya Felipe Minicurso 6 Aspectos lexicais e terminológicos da Libras Prof. Dr. Gláucio Castro Junior 14h30 às 18h00 13/08/2018 Minicursos Minicurso 7 Prática de tradução de textos Especializados Prof.ª Dr.ª Janine Oliveira Minicurso 8 Organização e estrutura da micro e macroestrutura de glossários bilíngues Prof.ª Dr.ª Patricia Tuxi e Prof. Me. Eduardo Felten Minicurso 9 Aspectos lexicais e terminológicos da Libras Prof. Dr. Gláucio Castro Junior Minicurso 10 Aquisição lexical de Português como Segunda Língua Prof.ª Dr.ª Nanci Araújo Bento 19h00 às 19h30 13/08/2018 Abertura Boas-vindas ao evento Prof. Dr. Gláucio Castro Júnior e Prof.ª Dr.ª Patrícia Tuxi Cerimonial – Prof, Abymael e Prof.ª Renata
  • 10. HORÁRIO ATIVIDADES DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL 19h30 às 20h30 13/08/2018 Conferência de abertura Conferência: a terminologia e a Língua de Sinais: um breve histórico Prof.ª Dr.ª Enilde Faulstich 10h00 ao 12h00 14/08/2018 Mesa-redonda Mesa-redonda: a terminologia e a Língua de Sinais: o surgimento de uma área Prof.ª Dr.ª Marianne Stumpf; Prof.ª Dr.ª Vera Lucia Souza e Lima; Prof.ª Dr.ª Sandra Patricia Farias do Nascimento. Mediação: Prof.ª Dr.ª Patrícia Tuxi 14h00 às 16h00 14/08/2018 Comunicações orais/ sinalizadas Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes 16h00 às 16h30 14/08/2018 Coffee break e apresen- tação de pôster Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes 16h30 às 18h00 14/08/2018 Comunicações orais/ sinalizada Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes 18h00 às 20h00 14/08/2018 Mesa-redonda Mesa-redonda: Lexicologia e Terminologia: a Tradução e Interpretação em questão Abymael Pereira; Fernando de Carvalho Parente Júnior; Guilherme Lourenço; Joyce Cristina Souza. Mediação: Prof.ª Dr.ª Patrícia Tuxi 09h00 às 10h00 15/08/2018 Palestra Palestra: A terminologia na Língua de Sinais Americana – ASL Rafael Trevino 10h00 ao 12h00 15/08/2018 Mesa-redonda As diversas faces da Terminologia e Terminografia em Língua de Sinais Prof. Me. Erivaldo de Jesus Marinho; Prof.ª Dr.ª Janine Oliveira; Prof.ª Dr.ª PatríciaTuxi.Mediação:Dr.ªCristiane Nascimento 14h00 às 16h00 15/08/2018 Comunicações orais/ sinalizada Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes 16h00 às 16h30 15?08/2018 Coffee break e apresen- tação de pôster Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes 16h30 às 18h00 15/08/2018 Comunicações orais/ sinalizada Aguardar a submissão das propostas de trabalho Palestrantes e públicos presentes 18h00 às 20h00 15/08/2018 Mesa-redonda Mesa-redonda: os processos de Tradução, interpretação e a guia- interpretação: foco no léxico Quintino Martins de Oliveira; Renato Faustino Rodrigues; Tiago Coimbra Nogueira; Vânia de Aquino Albres; Santiago Wolney Gomes Almeida .Mediação: Prof.ª Dr.ª Patrícia Tuxi 09h00 às 10h00 16/08/2018 Mesa-redonda Mesa-redonda: As diversas faces da Terminologia e Terminografia em Língua de Sinais Prof. Dr. Celso Luiz de Souza; Prof.ª Dr.ª Cristiane Nascimento; Prof.ª Dr.ª Francielle Cantarelli Martins. Mediação:Prof.Me.FalkSoaresRamos 10h00 ao 12h00 Reuniões em grupos de trabalho Formação de grupos de trabalhos da área de Terminologia e Léxico e a Organização do próximo congresso. Palestrantes e públicos presentes
  • 11. Dia 16 de agosto de 2018 e 17 de agosto de 2018 Programação do II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais HORÁRIO ATIVIDADES DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL 12h às 13h30 16/08/2018 Credenciamento e inscrição Acolhida dos participantes Monitores (UnB) 14h00 às 15h15 16/08/2018 Abertura Boas-vindas ao evento; mesa de representantes e aber- tura do Fórum UnB, UFSC, CEFET/MG, INES, UFF, FENEIS, FEBRAPILS 15h às 16h 16/08/2018 Palestra Palestra: A Associação Brasileira de Libras Prof.ªDr.ªAnaReginaeSouzaCampello 16h às 16h30 Intervalo Intervalo Intervalo 16h30 às 18h 16/08/2018 Mesa-redonda Mesa-redonda: apresentação das plataformas de registros de divulgação da Libras Plataforma UnB, Plataforma UFSC Plataforma CEFET-MG 09h às 10h 17/08/2018 Palestra Palestra: elaboração e experiências alcançadas no Manuário do INES Prof.ª Dr.ª Wilma Favorito; Prof.ª Dr.ª Janete Mandelblatt e Prof.ª Dr.ª Solange Rocha 10h às 10h30 Intervalo Intervalo Intervalo 10h30 ao12h 17/08/2018 Palestra Palestra: Enem em Libras – Desafios, soluções e perspec- tivas futuras para a tradução das áreas de especialidade Prof. André Vitor Fernandes – INEP, Prof.ª Dr.ª Marianne Stumpf e Prof. Dr. Rodrigo Rosso – Comissão de Assessoramento Técnico Pedagógico em Libras do INEP 14h às 15h 17/08/2018 Palestra Palestra: Instituições federais na promoção de políticas de acessibilidade Anatel, Prof.ª Linair Moura/ MEC-Secadi 15h às 15h30 Intervalo Intervalo Intervalo 15h 30 às 16h30 17/08/2018 Mesa-redonda Mesa-redonda:glossáriosedicionáriosdeLínguadeSinais Prof.ª Dr.ª Tanya Felipe; Prof.ª Dr.ª Gildete Amorim e Lívia Alves – Hand Talk 16h30 às 17h30 Mesa-redonda Mesa-redonda: as pesquisas e suas estruturas: glossários e dicionários de Libras Prof. Me. Brenno Douettes; Prof. Me. Messias Costa e Dr. Gláucio Castro Júnior 17h30 às 18h30 17/08/2018 Encerramento Fechamento pela Associação Brasileira de Libras e Organização do próximo congresso. Prof.ª Dr.ª Ana Regina e Souza Campello e próxima comissão
  • 12. SUMÁRIO RESUMOS ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS CLASSES DE PALAVRAS, SUBSTANTIVOS E VERBOS...............................................................................................................................................................................................18 Vanessa Almeida de Oliveira AS MODALIDADES DE TRADUÇÃO APLICADAS NO DICIONÁRIO SPREAD THE SIGN..........................................................................................................................................................................................19 Lodenir Becker Karnopp, Andressa Arisa Higa Icimoto e Lucas Ariel Magnus Fialho CRIAR E APLICAR: FUNDAMENTOS PARA PROPOSIÇÃO TERMINOLÓGICA EM LIBRAS DO SINAL-TERMO ENGENHARIA...............................................................................20 Daniel Jésus Gonçalves dos Reis e Eduardo Andrade Gomes GLOSSÁRIOS DE LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE AS FACILIDADES DE ACESSO E USO............................................................................................................................................................................22 Thiago Ramos de Albuquerque LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DA PSICOLOGIA EM LIBRAS..................................................................................................................................................................................................23 Bruno Pierin Ernsen MATEMÁTICA BILÍNGUE............................................................................................................................................24 Flávia de Almeida Pinheiro e Thiago Cardoso Aguiar O PAPEL DE GLOSSÁRIOS BILÍNGUE PORTUGUÊS-LIBRAS NA AQUISIÇÃO DE L2 POR SURDOS............................................................................................................................................................25 Lucília Santos da França Lopes PLATAFORMA LIBRAS ACADÊMICA E A INCLUSÃO DO ESTUDANTE SURDO NO ENSINO SUPERIOR..................................................................................................................................................27 Michele da S. Ferreira Grativol, Wilma Favorito e Helena Carla Castro PROPOSTA DE GLOSSÁRIO DE LIBRAS DAS TRADIÇÕES PARAIBANAS....28 Natália Diniz Silva, Geraldo Venceslau de Lima Junior e Francisca Barreto da Silva
  • 13. PROSÓDIA E SIGMANULÓGIA NA PERSPECTIVA DOS ESTUDOS TERMINOLÓGICOS DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA..............................................29 Lúcio Macedo e Wagner Santos REGISTRO DE SINAIS EM LIBRAS PARA A COMUNIDADE LGBT.........................30 Bruno Pierin Ernsen e Mauricio Damasceno TERMINOLOGIA DO BALÉ CLÁSSICO EM LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA: UM ESTUDO A PARTIR DO PROJETO DE EXTENSÃO A COMUNIDADE SURDA REINVENTANDO A ARTE DO BALÉ......................................................................................31 Karina Ávila Pereira, Víctor Techera Silveira e Otávio Ávila Pereira UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE LITERATURA BRASILEIRA: PROJETO ESCRITORES BRASILEIROS EM LIBRAS.................................................................................................32 Lívia Letícia Belmiro Buscácio, Vanessa Alves de Sousa Lesser, Weslei da Silva Rocha e Érica Cristina da Silva e Silva UNIDADES LÉXICAS NO CONTEXTO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: RECURSOS DE TRADUÇÃO/INTERPRETAÇÃO PARA LIBRAS.................................34 Ízea Folha Damasceno Santos, Ana Claudia Castiglioni e Karylleila de Santos Andrade TRABALHOS COMPLETOS (RE)CONSTRUÇÃO DE UM GLOSSÁRIO CIENTÍFICO DE BIOLOGIA E A CONTRIBUIÇÃO DO SPREAD THE SIGN SUDESTE NA UFF.........................................96 Tathianna Dawes, Mônica Maria Guimarães Savedra e Wilma Favorito A AQUISIÇÃO TARDIA: UM ESTUDO DA PRODUTIVIDADE LEXICAL DO JOVEM SURDO........................................................................................................................................................................101 Bárbara Neves Salviano de Paula, Felipe Castro Teixeira e Vera Lúcia de Souza e Lima A ESCASSEZ DE TERMINOLOGIAS EM LIBRAS NA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E O IMPACTO NA FORMAÇÃO CIENTÍFICA DE ALUNOS SURDOS: UMA REFLEXÃO......................................................................................................................................108 Nathane Rocha Araujo e Valéria Trigueiro Santos Adinolfi A ESCRITA DE SINAIS COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DO LÉXICO DO PORTUGUÊS...............................................................................................................................................................................111 Edneia de Oliveira Alves
  • 14. A IMPORTÂNCIA DO PORTUGUÊS COMO L2 PARA SURDOCEGOS NA AQUISIÇÃO LEXICAL.....................................................................................................................................................119 Iury Moraes Eminergídio ANÁLISE CONCEITUAL DE TERMINOLOGIAS DAS DISCIPLINAS DE BIOLOGIA E QUÍMICA EM LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS......122 Lourena Cristina de Souza Barreto, Maloní Montanini Mafei César, Michelly Christine dos Santos e Thaísa Cardoso Nascimento Borges COMUNIDADE SURDA INDÍGENA: REGISTRO DE SINAIS NO AMBIENTE ESCOLAR .......................................................................................................................................................................................132 Rosiane R. S. Eler e Joaton Suruí CONSTRUÇÃO DE UM MICROGLOSSÁRIO DE LIBRAS SOBRE SOCIOLINGUÍSTICA........................................................................................................................................................140 Túlio Adriano Alves Gontijo CONTRIBUIÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE PORTUGUÊS/LIBRAS DOS TERMOS REFERÊNCIA DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................................................................................149 Raquel Bernardes, Eliamar Godoi e Leticia Sousa Leite COORDENAÇÃO ADITIVA E ADVERSATIVA EM LIBRAS................................................158 Cíntia Caldeira e Rozana Naves DESAFIOS EM FACE À IMPLEMENTAÇÃO DE DICIONÁRIOS MONOLÍNGUES DE LIBRAS: REFLEXÕES TEÓRICAS LINGUÍSTICAS PARA A DETERMINAÇÃO DAS ENTRADAS LEXICAIS......................................................................................................................................166 Tania Aparecida Martins e Jorge Bidarra DICIONÁRIO DE HOMÔNIMOS NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA.........178 Lauana Gadelha 178 DICIONÁRIOS ONLINE DE LÍNGUA DE SINAIS: DA ELABORAÇÃO À APLICAÇÃO.................................................................................................................................................................................189 Nelson Goettert ENSINO DE PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA SURDOS: ESTUDO DA CRIAÇÃO DE SINAIS-TERMO NA PERSPECTIVA DUAL DO LÉXICO E DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS).....................................198 Falk Soares Ramos Moreira
  • 15. ESTRATÉGIA DO ENSINO DE LIBRAS COMO L2 (SEGUNDA LÍNGUA): DICIONÁRIO DA CONFIGURAÇÃO DE MÃOS NA ATUAÇÃO DOS PROFESSORES DE LIBRAS .....................................................................................................................................208 Charles Lary e Edicléa Mascarenhas Fernandes EXPANSÃO DO LÉXICO DA LIBRAS: UMA PROPOSTA DE ANCORAGEM LEXICAL...........................................................................................................................................................................................219 Hadassa Rodrigues Santos EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA NO LÉXICO DA COMUNIDADE SURDA DE MATO GROSSO DO SUL..................................................227 Ver3atista dos Santos e Elizabete Aparecida Marques GLOSSÁRIO EM LIBRAS E A AQUISIÇÃO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DE CIÊNCIAS PELOS ALUNOS SURDOS......................................240 Luciane Cruz Silveira e Ana Regina e Souza Campello GLOSSÁRIOS EM LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE AS PREFERÊNCIAS DE ACESSO E USO...............................................................................................................................................................253 Thiago Ramos de Albuquerque GUIA ACESSÍVEL PARA CANDIDATOS AO VESTIBULAR EM LICENCIATURA — LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (LSB) PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA (PSL) DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB)...................................................265 José Vicente R. Silva e Maria das Graças Silva HACIA LA TERMINOLOGÍA EN LENGUA DE SEÑAS COLOMBIANA ACADÉMICA: PROPUESTA DE LA FUNDACIÓN ÁRBOL DE LA VIDA............268 Edith Rodriguez e Jhonatan Mejía IDENTIFICAÇÃO E CRIAÇÃO DE SINAIS EM LIBRAS NO CONTEXTO DO ENSINO DE BIOLOGIA..................................................................................................................................................281 Gabriella de Melo Moreno, Emilly Cristina Alves dos Santos e Bianca Carrijo Cordova INTÉRPRETES NAS AUDIÊNCIAS JUDICIAIS: A NECESSIDADE (OU NÃO) DA TERMINOLOGIA JURÍDICA, A OMISSÃO DO PODER JUDICIÁRIO E O PAPEL DO CNJ...............................................................................................................................................................................................285 Georges Cobiniano Sousa de Melo e Leila Cláudia de Farias Mangueira Carneiro INTRODUÇÃO DA LETRA SINALIZADA COMO EMPRÉSTIMO LINGUÍSTICO NA LIBRAS NAS NOVENTA E DUAS CIDADES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: FATO NATURAL?....................................................................................................................................294 Ana Regina e Souza Campello e Vanessa Alves de Sousa Lesser
  • 16. INVENTÁRIO NACIONAL DE SINAIS-TERMO DO CAMPO DO PATRIMÔNIO ARTÍSTICO, CULTURAL E HISTÓRICO EM LIBRAS...............................................................314 Gláucio Castro Júnior, Daniela Prometi, Victor Hugo Oliveira Mota e Maria do Carmo Callado de Oliveira LA SEMANTICA COGNITIVA EN LA LENGUA DE SEÑAS COLOMBIANA.322 Josué Jacobo Cely Molkes LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DO CAMPO DA ECONOMIA..................................................................................................................................................................................327 Amanda Coelho Alfaia LÉXICO E VARIEDADES LINGUÍSTICAS NO MANUAL DIDÁTICO “LIBRAS EM CONTEXTO”................................................................................................................................................................................331 Uisis Gomes LIBRAS E TERMINOLOGIA: ESTUDO E REGISTRO DOS SINAIS-TERMO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA DE CATALÃO-GO..............................................................334 Kássia Mariano de Souza e Vanessa Regina Duarte Xavier LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS): DESAFIOS E AVANÇOS NA CONSTRUÇÃO DE DICIONÁRIOS COMO INSTRUMENTOS DE DISSEMINAÇÃO DA LÍNGUA PELO BRASIL.....................................................................................343 Andréa dos Guimarães de Carvalho, Messias Ramos Costa e Renata Rodrigues de Oliveira Garcia MEMÓRIA DE PORTO VELHO EM LIBRAS: PRODUÇÃO DO GLOSSÁRIO E VÍDEOS EDUCATIVOS DOS PONTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS DE PORTO VELHO - RO EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS).......................................354 Arine Holanda Silva, Émerson Lucas Santos e Neide Nascimento O INTÉRPRETE SURDO NA MUSEOLOGIA: O SENTIDO QUE FALTA AOS OUVINTES.....................................................................................................................................................................................357 Leila Cláudia de Farias Mangueira Carneiro e Georges Cobiniano Sousa de Melo O LÉXICO COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LITERATURA TAPAJÔNICA E DA SINTAXE DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA................................................................................................................................................................................362 Carina da Silva Mota e Luciano Bruno dos Santos Lobato O NOME DE LUGARES NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA E A ANÁLISE DE TRÊS LOCALIDADES DO ESTADO DO PARÁ..................................................................................373 Mirlene Marques Chaves, Huber Kline Guedes Lobato e Lucival Fábio Rodrigues da Silva
  • 17. OS SINAIS DE NOMES NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS......................................384 Fabiola Sucupira Ferreira Sell e Gabriele Cristine Rech PESQUISA TERMINOLÓGICA EM LIBRAS DA ÁREA TURÍSTICA DE CONGONHAS............................................................................................................................................................................394 Milene C. B. Silva PORTO VELHO: HISTÓRIA, CULTURA E LIBRAS......................................................................398 Núbia Soares REDE SURDOS - CE – SINALÁRIO ESCOLAR E ACADÊMICO: UM SUPORTE DIDÁTICO A AMBIENTES EDUCACIONAIS COM SURDOS.........................................409 Margarida Maria Pimentel de Souza REGISTRO DE SINAIS EMERGENTES DE SURDOS INDÍGENAS URBANOS NA REGIÃO DO ALTO RIO NEGRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA........................416 Marcos Santos SIGNWEAVER: PLATAFORMA DIGITAL PARA CRIAÇÃO DE DICIONÁRIOS TERMINOLÓGICOS EM LIBRAS.......................................................................................................................427 Carlos Augusto Guerra Carneiro, Flávio Luis Cardeal Pádua e Vera Lúcia de Souza e Lima TERMINOLOGIA DOS AMBIENTES VIRTUAIS: A ELABORAÇÃO DE UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE PORTUGUÊS E LIBRAS DE TERMOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.......................................................................................................................................435 Thamires Machado TERMINOLOGIA E LIBRAS: VARIAÇÃO E IMPLICAÇÕES NO CONTEXTO RELIGIOSO...................................................................................................................................................................................445 Kássia Mariano de Souza, Juliana Prudente Santana do Valle e Pedro Henrique de Macedo Silva TOMAR DECISÕES E BUSCAR O SENTIDO NO ATO TRADUTÓRIO E INTERPRETATIVO..............................................................................................................................................................449 Nilsa Taumaturgo de Sá de Souza e Simone de Jesus Padilha TRADUÇÃO DE LIVRO DIDÁTICO POR MEIO DE AVATARES EM LIBRAS: O CASO DE VARIEDADES LINGUÍSTICAS.................................................................................................456 Débora Gonçalves Ribeiro Dias, Ivani Rodrigues Silva e José Mario de Martino UM ESTUDO PRELIMINAR PARA ORGANIZAÇÃO DE DICIONÁRIOS DE LIBRAS POR CONFIGURAÇÃO DE MÃOS EM SIGNWRITING.....................................459 Carla Morais
  • 18. UM GESTO DE LEITURA DO DISCURSO PEDAGÓGICO SOBRE A FUNÇÃO DO TRADUTOR INTÉRPRETE DE LIBRAS NO DIZER DE PROFESSORES DO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE SINOP/MATO GROSSO.................................................................................................................................................472 Cíntia Débora de Moraes Cinti e Sandra Luzia Wrobel Straub VARIAÇÕES INTRALINGUÍSTICAS NA LIBRAS: O LÉXICO DO CURSO DE LETRAS LIBRAS......................................................................................................................................................................482 Fabiane Ferreira da Silva Moraes e Andréa Guimarães de Carvalho BREVE CURRÍCULO DOS AUTORES..........................................................................................................491
  • 19. ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS CLASSES DE PALAVRAS, SUBSTANTIVOS E VERBOS Vanessa Almeida de Oliveira1 Resumo: Tendo em vista a incipiência em pesquisas sobre a morfologia na Língua Brasileira de Sinais (Libras), o presente trabalho tem por objetivo a análise de elementos de formação do sinal que diferenciam as classes de palavras de substantivos e de verbos. A metodologia utilizada desenvolveu-se por meio de um levantamento bibliográfico dos trabalhos de Pizzo (2011), Quadros e Karnopp (2004), De Souza Farias (2002), Ferreira e Naves (2013), na qual pretende-se expor diferentes pontos de vista dos autores acerca das abordagens sobre movimentos, repetições do sinal e derivações, que possam contribuir para a diferen- ciação entre substantivos e verbos. Para isso, é relevante a exposição dessas classes com exemplificações de alguns pares de sinais, para propor discussões posteriores de seus elementos. Todavia, percebe-se que na Libras é instigante tentar fazer as distinções dessas classes de palavras, pois há vários casos em que substantivos e verbos são realizados igualmente com o mesmo sinal. Devido a essa vasta semelhança de realizações, entende-se que não podemos afirmar apenas com bases morfológicas a qual classe um sinal pode pertencer. Nesse caso, é necessário o uso de outro nível linguístico, o sintático, pois, quando um sinal é produzido em um contexto, observa-se, em sua interpretação, que há uma regra de concordância que pode levá-lo a ser inserido em determinada classe de palavra. A análise revela que, devido à diversidade de produção encontrada na sinalização, não podemos afirmar ainda como ocorre esse agrupamento em classes ou mesmo se é definitiva, na Libras, essa diferenciação de substantivos e verbos. Palavras-chave: Morfologia; Classes de palavras; Substantivos; Verbos. Referências PIZZO, A, L. A tipologia linguística e a língua de sinais brasileira: elementos que distingue nomes e verbos. Florianópolis: UFSC, 2011. DE SOUZA FARIA, C. V. Aspectos da morfologia da língua brasileira de sinais. Rio de Janeiro: UFRJ. 2002. FERREIRA, G. A.; NAVES, R. R. Um estudo sobre os verbos manuais da língua de Sinais Brasileira (LSB), 2014 1 Aluna do curso de Letras Libras/Português da Universidade Federal do Amapá. E-mail: van_oliveir@hotmail.com.
  • 20. AS MODALIDADES DE TRADUÇÃO APLICADAS NO DICIONÁRIO SPREAD THE SIGN Lodenir Becker Karnopp2 Andressa Arisa Higa Icimoto3 Lucas Ariel Magnus Fialho4 Resumo: No presente trabalho abordamos a metodologia de trabalho no desenvolvimento do dicionário multilíngue Spread the Sign (STS), uma ferramenta online de uso livre e gratuito que possibilita o acesso a diversas línguas de sinais. Este dicionário possui um banco de palavras em inglês que é enviado para ser traduzido por equipes de cada país participante do projeto. Nós analisamos o produto da tradução da equipe brasileira que ocorre nas seguintes línguas: inglês (ING)/ português brasileiro (PB)/ Língua de Sinais Brasileira (Libras). Objetivamos descrever e analisar as traduções no projeto STS Brasil a partir da teoria proposta por Aubert (1998) das Modalidades de Tradução, um modelo para pesquisa tradutológica com- posto por 13 modalidades, que possibilita uma análise quantitativa, no par ING-PB e a sua aplicabilidade na tradução do PB-Libras sugerida pelas autoras Nicoloso e Heberle (2015), além de verificar a eficiência das teorias na construção de dicionários multilíngues. Para isso, realizamos uma análise quantitativa dos dados a partir de um recorte da categoria “verbos” do dicionário STS. Esse processo tradutório ocorre por meio de discussões do grupo de pesquisa composto por professores, alunos da graduação e pós-graduação das áreas de Educação e Letras, além de tradutores-intérpretes de Libras. Foi possível observar que, durante o processo de tradução, surgiram léxicos com modalidades híbridas, ou seja, mais de uma modalidade para a mesma tradução. Além disso, pelo fato de se tratar de um dicionário, ocorreram algumas limitações para demonstrar exemplos em todas as modalidades de Aubert, já que trabalhamos somente com unidades lexicais, diferentemente do proposto pelos autores citados, que se preocupam mais especificamente com as unidades textuais. Acreditamos que as análises obtidas do recorte proposto podem contribuir para clarificar e potencializar discussões acerca do processo de tradução no desenvolvimento de dicionários, glossários e afins que envolvam modalidades de percepção e produção diferentes (modalidade oral-audi- tiva e modalidade visual-espacial). Palavras-Chave: modalidades de tradução; dicionário multilíngue; Spread the Sign; processo tradutório. Referências AUBERT, F. H. Modalidades de Tradução: Teoria e Resultados. TradTerm. São Paulo: CITRAT/FFLCH-USP, v. 5, n. 1, p. 99-128, 1998. NICOLOSO, S.; HEBERLE, V. M. As modalidades de tradução aplicadas à interpretação em língua de sinais brasi- leira. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 35, n. 2, p. 197-235, out. 2015. 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: andressa.icimoto@ufrgs.br. 4 Universidade Federal do Rio Grande do Sul. E-mail: lucas.fialho@ufrgs.br
  • 21. CRIAR E APLICAR: FUNDAMENTOS PARA PROPOSIÇÃO TERMINOLÓGICA EM LIBRAS DO SINAL-TERMO ENGENHARIA Daniel Jésus Gonçalves dos Reis5 Eduardo Andrade Gomes6 Resumo: A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é genuína em todos os aspectos culturais, sociais, históricos, linguísticos, e, por se tratar de uma língua viva, está sujeita a constante construção, ampliação e transfor- mação dos seus léxicos, de modo a atender as necessidades dos seus falantes (sinalizantes). Considerando essa assertiva, nesta língua, também, lidamos com uma linguagem especializada que, embora pareça ser algo meramente isolado, na verdade ronda as formas e situações de uso nas quais seus sinalizantes estão imersos. Por isso, pensar em terminologia requer a consciência de que o conhecimento é e precisa ser com- partilhado, compreendido e poderá ser efetivo no momento em que as pessoas se tornarem adeptas desses termos. Nesse sentido, este trabalho tem a intenção de propor um sinal-termo para Engenharia, levantando uma discussão em sentido contrário ao que vem sendo feito, já que grande parte das pesquisas realizadas se compromete a propor sinais para termos ainda não convencionados em Libras. Devido à inquietação conceitual de um acadêmico surdo no curso de Engenharia Civil de uma universidade federal, foi feito um levantamento para os sinais usados e relacionados a essa ciência no Dicionário Digital da Língua Brasileira de Sinais, 2011, disponível na página virtual do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua Brasileira de Sinais e em um grupo, via aplicativo de telefone móvel, constituído por acadêmicos e ex-acadêmicos surdos, hoje profissionais formados nas diversas áreas da Engenharia. Feito isso, foi constatado que, na verdade, o sinal convencionado e difun- dido, até então, não faz menção ao que poderia representar e relacionar a Engenharia e suas respectivas áreas de atuação e formação que são diversas, como Aeronáutica, Agrícola, Ambiental, Alimentos, Civil, Computação, Elétrica, Genética, Hidráulica, Mecânica, Nuclear, Pesca, Produção, Telecomunicações, Trans- portes, Química, entre outras. Em contrapartida, o sinal-termo aqui proposto considera as características visuais e linguísticas necessárias para a constituição de um léxico, bem como o conceito da Engenharia como a ciência que preza pela criação, inovação aplicada no desenvolvimento de mais variados sistemas que culminam na resolução de problemas. Esse sinal-termo dialoga diretamente com as diversas áreas da Engenharia e suas respectivas atuações. Por fim, a intenção dessa proposição não é desafiar, minimizar ou inferiorizar o sinal convencionado até hoje pela comunidade surda, mas problematizar a questão e abrir espaço para novas discussões e reflexões frente a esta língua, Libras, que permite se reinventar. Palavras-chave: Engenharia; Libras; Terminologia. Referências SANTOS, M. P. Engenho, engenharia e engenheiro: uma trilogia perfeita. Revista Technoeng, v. 5, 2012. 5 Universidade Federal de Viçosa. E-mail: danieldlreis@hotmail.com. 6 Universidade Federal de Santa Catarina/ Universidade Federal de Viçosa. E-mail: edu.gomes06@gmail.com.
  • 22. SANTOS, P. T. A terminologia na Língua de Sinais Brasileira: proposta de organização e de registro de termos técnicos e administrativos do meio acadêmico em glossário bilíngue. 2017. 232 f. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
  • 23. GLOSSÁRIOS DE LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE AS FACILIDADES DE ACESSO E USO Thiago Ramos de Albuquerque7 Resumo: Um breve levantamento sobre o estado da arte dos estudos lexicográficos na área de Libras (FARIA-DO-NASCIMENTO, 2009; CARDOSO, 2012; STUMPF e MIRANDA, 2014; OLIVEIRA, 2012, 2014, 2015;) revela que as novas tecnologias da informação e comunicação favoreceram o desenvolvimento de vários glossários de termos especializados em Libras disponível em websites. Destarte, este estudo tem como objetivo identificar qual (ou quais) o(s) tipo(s) de glossário(s) em Língua Brasileira de Sinais (Libras) na web apresenta(m) maior facilidade de acesso e uso. No escopo deste artigo, serão analisados os glossários que contenham, em sua interface, os seguintes designs de apresentação nos sinais da Libras: fotografias/ imagens estáticas contendo setas e outros elementos gráficos indicativos de movimento; imagens anima- das em formato Graphics Interchange Format (GIF); sinais em formato de vídeo hospedados no YouTube; sinais em formato de vídeo hospedados em website próprio; e sinais escritos em SignWriting. A pesquisa terá uma abordagem quantitativa e será realizada com 100 participantes usuários da Libras, divididos em duas categorias, a saber: Categoria 1 – 50 pessoas ouvintes e Categoria 2 – 50 pessoas surdas. Mediante prévia autorização dos colaboradores deste estudo, os dados serão coletados a partir de um questionário criado pelo pesquisador, contendo questões fechadas elaboradas em Libras. Os participantes terão acesso ao questionário pela plataforma de pesquisa online Google Forms, no qual os dados ficarão armazenados para posterior e criteriosa análise. Por se tratar de um estudo em andamento, ainda não há um resultado conclusivo. Contudo, espera-se que os resultados indiquem caminhos mais claros rumo à padronização dos glossários de Libras disponíveis na web, tendo como foco proporcionar aos usuários dessas ferramentas de pesquisa — tradutores, intérpretes, professores e pesquisadores surdos e ouvintes — maior conforto e praticidade. Palavras-chave: Glossário de termos em Libras; Interface de design; Lexicografia da Libras. 7 Doutorando em Linguística (UFSC), mestre em Educação em Ciências e Matemática (UFPE), especialista em Libras (UFPE), graduado em Letras/Libras (UFSC) e em Design Gráfico (Unibratec). Professor surdo de Libras e vice-coordenador Setorial de Núcleo de Acessibilidade na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)/Centro Acadêmico do Agreste (CAA). Consultor de Libras nos diversos projetos. E-mail: thiago.albuquerque1@gmail.com.
  • 24. LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DA PSICOLOGIA EM LIBRAS Bruno Pierin Ernsen8 Resumo: Os vocabulários de diversas áreas do conhecimento estão entre os principais desafios em progra- mas de educação de surdos, principalmente no campo da Psicologia. A lei n.º 10.436 de 2002, chamada da Lei de Libras, e o decreto n.º 5.626 de 2005, que a regulamentou, garantiram que a Libras seja usada como língua de instrução de qualquer disciplina. Nessa perspectiva, este projeto teve como objetivo o registro de sinais-termo que apresentam o campo da Psicologia em Libras, garantindo à Comunidade Surda o direito de receber instrução dos sinais-termo específicos da Psicologia e dos aspectos do atendimento psicológico em sua própria língua. A maior dificuldade que os surdos encontram é a acessibilidade linguística. Os surdos do nosso país têm sua língua materna, a Libras, mas poucas pessoas sabem essa língua. Imagine-se visitando um país onde você não conhece a língua e não consegue se comunicar. É assim que os surdos se sentem, mas com uma diferença: eles estão no seu próprio país. O Léxico Alfabético de Sinais-termo do campo da Psicologia em Libras visa a constituir um banco de dados com a documentação da diversidade linguística no Brasil com a finalidade de promover acessibilidade e o registro de sinais-termo da Libras tendo como objetivo principal fornecer subsídios ao atendimento psicológico aos surdos. Sendo assim, o referido projeto faz parte do Grupo de Estudo e Pesquisa de Sinais-termo do campo da Psicologia em Libras em desenvolvimento. A pesquisa permitiu o registro de aproximadamente 30 sinais-termo do Campo da Psicologia em Libras (por exemplo, os sinais: diferença entre psicologia e psiquiatria, psicopata, sintomas, atendimento, aconselhar, empatia, ansiedade, autoestima, sexualidade, estimulo, hábito, condi- cional, consequência, paciente, psicanálise (ID, EGO, Superego), consciente e inconsciente, complexo de Édipo, comportamento, habilidade, psicose, neurose). Palavras-chave: Léxico Alfabético de Sinais-termo; Psicologia; Libras. Referências BRASIL. Decreto-lei n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n. 10436 de 22/04/2002 e o art. 18 da Lei 10.098 de 19/12/2000. BRASIL. Lei n. 10.436, de 22 de abril de 2002. Oficializa a Libras. FARIA-DO-NASCIMENTO, S. P. de. Representações lexicais da Língua de Sinais Brasileira: uma proposta lexicográfica. 2009. 290 f. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2009. MARTINS, F.; MARTINS, M. Coleta e registro de sinais-termos psicológicos para Glossário de Libras. Dispo- nível em: http://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/viewFile/2654/2856. Acesso em: 12 jun. 2018. 8 Professor assistente da UFBA, Instituto de Letras (Libras). E-mail: brunoernsen87@gmail.com.
  • 25. MATEMÁTICA BILÍNGUE Flávia de Almeida Pinheiro9 Thiago Cardoso Aguiar10 Resumo: O presente projeto de ensino está em andamento com alunos do quinto período (2018/1), do curso de Pedagogia Bilíngue do IFG – Campus Aparecida de Goiânia. O projeto consiste na produção de vídeos em Libras sobre conteúdos de Matemática das séries iniciais do fundamental que serão posteriormente disponibilizados à comunidade externa via internet. O projeto é fruto de um trabalho interdisciplinar envolvendo cinco disciplinas que a turma teve no seu quarto período da graduação (2017/2). Além da língua de instrução, Libras, o material conta com tradução em português. Os objetivos do projeto são: (i) pesquisa, verificação e discussão sobre sinais de matemática encontrados na internet; (ii) verdadeira inclusão do aluno Surdo; (iii) elaboração de propostas metodológicas que atendam Surdos e ouvintes; (iv) produção e disponibilização de material didático para todo o país; e (v) viabilização do aprendizado de Matemática. Como fundamentação teórica, usamos dos pensamentos de Nogueira (2013), que afirma que a construção de alguns conceitos matemáticos é difícil para crianças surdas, pois elas têm pouca ou nenhuma vivência com a realidade desses conceitos fora do ambiente escolar. Assim pensamos ser importante avaliar os sinais existentes na área, sob o ponto de vista dos surdos e de profissionais de Matemática, além de apresentar usos, no cotidiano, dos conceitos apresentados. Levantamos a hipótese de que sinais que remetem visualmente ao conceito matemático contribuem para o aprendizado dos alunos. Dessa forma, os alunos são separados em grupos, em que a presença de surdos é obrigatória, eles estudam o conteúdo que será apresentado e fazem uma pesquisa sobre os sinais encontrados sobre o escopo selecionado, discute-se sobre a eficiência visual desse sinal e propõe-se um novo sinal, quando há entendimento de necessidade. Esse sinal passa pelo crivo de um professor surdo para só depois ser liberado para gravação. Todo o processo passa pelas mãos dos orientadores várias vezes até que seja liberado para a filmagem final. Apesar de o projeto ainda não estar finalizado, observamos uma melhora no entendimento de matemática dos alunos surdos que estão participando do projeto e pensamos que essa viabilização de aprendizagem também irá se replicar quando o conteúdo dos vídeos chegarem aos alunos externos ao IFG. O mesmo trabalho interdisciplinar está sendo executado com a turma seguinte, também objetivando transformá-lo em projeto de pesquisa quando a turma chegar ao quinto (2018/2). Palavras-chave: Matemática; Libras; Sinalário de Matemática. Referências NOGUEIRA, C. M. I. (Org.). Surdez, inclusão e matemática. 1. Ed – Curitiba-PR: CRV, 2013. 9 Atualmente professora do IFG – Campus Aparecida de Goiânia. Graduada em licenciatura em Matemática pela UNB (1997) e mestra em Matemática pela mesma Universidade (2000). E-mail: flaviacepa@gmail.com. 10 Atualmente professor do IFG – Campus Aparecida de Goiânia. Graduado em Ciência da Computação pela UCG (2003), especialista em Metodologia do Ensino Fundamental pela UFG (2007), bacharel em Letras-Libras pela UFSC (2012) e mestre em Linguística pela UFG (2013). E-mail: tcardosoaguiar@yahoo.com.br.
  • 26. O PAPEL DE GLOSSÁRIOS BILÍNGUE PORTUGUÊS- LIBRAS NA AQUISIÇÃO DE L2 POR SURDOS Lucília Santos da França Lopes11 Resumo: Este trabalho de pesquisa trata de investigação em andamento sobre o uso de glossários bilíngues língua portuguesa-libras como instrumento de acesso a léxico especializado utilizado por surdos adultos no ensino superior. Fundamentado no quadro teórico gerativista, que concebe a aquisição de uma língua particular como proveniente de uma capacidade inata ao ser humano, com base na faculdade da lingua- gem, o presente estudo parte da ideia de que o acesso em libras de um léxico especializado relativo a áreas acadêmicas específicas é um input importante à aquisição do português como L2 por surdos, bem como a seu desempenho, uma vez que, com base em hipótese já amplamente aceita por pesquisadores da área, essa aquisição seria mediada pelo acesso parcial à Gramática Universal (GU), via dados de sua primeira língua (L1), a Libras. Os corpora do presente estudo se constituem de dois tipos de dados: (i) glossários em Libras especializados, que foram catalogados em programas de ensino e pesquisa que se debruçaram sobre a elabo- ração de dicionários e glossários bilíngues língua portuguesa-Libras, já disponíveis na web; e (ii) produções escritas de surdos em português ou interlíngua português-Libras, obtidas por meio de experimentos que consistem da realização de atividades escritas controladas, a fim de que se criem situações para o emprego de certo léxico e certas estruturas formais do português. O quadro de sujeitos-informantes é composto por alunos surdos que cursam diferentes cursos do ensino superior na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Durante a coleta de dados, esses sujeitos-informantes serão levados a fazer uso de uma linguagem especializada, utilizando os glossários de suas áreas de formação em caráter experimental, em contextos específicos exigidos por essas áreas. Considerando a hipótese lexicalista do minimalismo, investigaremos, a partir de análise desses dados, se a apropriação desse léxico bilíngue favorece a aquisição da escrita do português como L2, no aspecto formal, ou sintático, das estruturas frasais, em textos acadêmicos que os mesmos precisam produzir de acordo com o exigido em sua área de formação. Palavras-chave: Gramática Universal; Hipótese lexicalista; Interlíngua; Léxico especializado. Referências CHOMSKY. N. The Minimalist Program. Cambridge. Massachusetts, USA: MIT Press, 1995. CHOMSKY. N. Arquitetura da Linguagem. Tradução de Alexandre Morales e Rafael Ferreira Coelho. Bauru, SP; Edusc, 2008. KATO, M. A. A Gramática do Letrado: questões para a teoria gramatical. In: MARQUES, M. A. et al. Ciências da Linguagem: 30 anos de investigação e ensino. Braga: CEHUM, Universidade do Minho, v. 5, 2005. 11 Graduada em Letras pela Universidade Norte do Paraná e em Filosofia pela Universidade Estadual de Santa Cruz, possui mestrado pelo programa de pós-graduação em Linguística da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, atua como professora auxiliar de Libras, do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz-Bahia. E-mail: lsflopes@uesc.com.
  • 27. LESSA-DE-OLIVEIRA, A. S. C. Libras escrita: o desafio de representar uma língua tridimensional por um sistema de escrita linear. Revel, v. 10, n. 19, 2012. LESSA-DE-OLIVEIRA, A. S. C. Estrita SEL – Sistema de Escrita para Língua de Sinais. [Blog Internet]. Vitória da Conquista, Brasil. Disponível em: <http://sel-libras.blogspot.com.br/>. Acesso em: 10 de jun. 2016. SALLES, H. M. M. L.; L. VIANNA, A.C.C. Estudo da interlíngua de surdos usuários de Língua de Sinais Brasileira na aquisição de português (L2): nominais nus e definidos genéricos. Estudos da Língua(gem), Vitória da Conquista, v. 8, n. 1, p. 241-264, 2010. SALLES, H. M. M. L.; PIRES, L. Desenvolvimento linguístico na aquisição de português L2 (escrito) por surdos: a estrutura do sintagma nominal. Revista da ABRALIN, v. 1, p. 189-208, 2011. PRADO, L. C. do. Sintaxedosdeterminantesnalínguabrasileiradesinaiseaspectosdesuaaquisição.2014. 157 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) — Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2014.
  • 28. PLATAFORMA LIBRAS ACADÊMICA E A INCLUSÃO DO ESTUDANTE SURDO NO ENSINO SUPERIOR Michele da S. Ferreira Grativol12 Wilma Favorito13 Helena Carla Castro14 Resumo: O aumento do ingresso de estudantes surdos no ensino superior tem despertado um novo olhar sobre a utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no ambiente acadêmico. Assim, verifica-se a necessidade em se garantir a permanência e a qualidade no ensino desses sujeitos. Dentre as diversas possibilidades existentes, sabe-se que o estudo voltado para as terminologias científicas tende a contribuir de maneira significativa nesse aspecto, além de valorizar e dar mais visibilidade a Libras. O foco da presente pesquisa visa à organização de uma plataforma bilíngue (língua portuguesa/Libras), que dê acesso aos sinais da área acadêmica, além de propor também informações sobre o ambiente universitário. O protótipo da plataforma está sendo construído no provedor Wix a partir da consulta de: (i) dicionários reconhecidamente consolidados (ex.: INES), (ii) glossários e dicionários produzidos por pesquisadores reconhecidos em suas áreas de conhecimento e (iii) intérpretes com experiência na área de ensino superior. Testes com alunos e ex-alunos da Universidade Federal Fluminense serão realizados para então posterior apresentação e dis- ponibilização à comunidade surda. Por meio da plataforma, pretendemos divulgar os sinais científicos do ambiente universitário, de modo a minimizar os conflitos interpretativos e dificuldades comunicacionais. Acredita-se, também, que essa ferramenta poderá ajudar no sentimento de pertencimento ao ambiente do ensino superior pelo sujeito surdo, garantindo a sua permanência e a qualidade de acesso às produções científicas nas diferentes áreas do conhecimento. Palavras-Chave: Libras; Glossário; Acadêmico; Terminologia; ensino superior. 12 Mestranda em Diversidade Inclusão na Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro. E-mail: micheleferreira@id.uff.br. 13 Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), Rio de Janeiro. 14 Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro.
  • 29. PROPOSTA DE GLOSSÁRIO DE LIBRAS DAS TRADIÇÕES PARAIBANAS Natália Diniz Silva15 Geraldo Venceslau de Lima Junior16 Francisca Barreto da Silva17 Resumo: Sabemos que a Libras, como qualquer outra língua, tem sua riqueza de variações. Ligada à cul- tura e à região, pode-se perceber que a Libras sofre algumas alterações com sinais diferentes. Por falta de fluência de alguns, falar sobre a variação linguística da Libras é provocar um certo tipo de preconceito. Dessa forma, nesta pesquisa, corroboramos alguns sinais regionais do Nordeste, como, por exemplo, as palavras Cajazeiras, sertão, rapadura, entre outras, provando a vida dessa língua. Os objetivos desta pesquisa são: (i) reconhecer a variação linguística que há na Libras, de modo a compartilhar os sinais de termos paraibanos, podendo, assim, contribuir com pesquisas na área de lexicologia, terminologia e outras; (ii) identificar a diversidade que há na cultura nordestina por meio da Libras; (iii) apresentar sinais que pertencem à região Nordeste; e (iv) analisar autores que abordam a variação linguística e a sua valorização, que envolve aspectos socioculturais e históricos. Durante o trabalho, a metodologia a ser utilizada será uma pesquisa etnográfica que especifica e descreve a cultura de um povo ou região. A pesquisa se mostra de grande eficiência na questão cultural de certa região ou de certa comunidade. No caso, aqui estaremos tratando da Libras e da comunidade surda situada no Nordeste com base nos teóricos Junior (2011) e Pereira (2011). Segundo Pereira (2011, p. 16), “[a]s línguas de sinais são língua naturais, e, portanto, expressam desejos e necessidades das comunidades que as usam, bem como refletem seus aspectos culturais”. Sendo assim, será tratado glossário da região Nordeste na Libras como forma de ampliação de vocabulário para as demais regiões. A questão cultural de certa região é pertinente a uma língua, e a Libras, como língua viva, sofre essa influência. Sabe-se que cada comunidade surda tem suas expressões e dialetos, pois são pessoas expostas às tradições e culturas comuns a todos daquela região. Assim, espera-se que este trabalho possa contribuir mostrando mais um pouco a riqueza da Libras na cultura paraibana. Palavras-chave: Libras; Cultura; Paraibano; Nordeste. 15 Universidade Federal de Campina Grande Campus Cajazeiras (UFCG/CFP). E-mail: nataliadiniz01@gmail.com. 16 Universidade Federal de Campina Grande Campus Cajazeiras (UFCG/CFP). E-mail: geraldovenceslau@gmail.com. 17 Universidade Federal de Campina Grande Campus Cajazeiras (UFCG/CFP). E-mail: fbarreto873@gmail.com.
  • 30. PROSÓDIA E SIGMANULÓGIA NA PERSPECTIVA DOS ESTUDOS TERMINOLÓGICOS DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA Lúcio Macedo18 Wagner Santos19 Resumo: Neste trabalho, analisamos os estudos de Stokoe (1960) sobre fonologia, quirologia, sigmanulogia e Quadros (2004) sobre política linguística, para discutir os estudos acadêmicos voltados à terminologia (COSTA, 2012), como a criação de dicionários e glossários em Libras. Elegemos a perspectiva dos estudos da sigmanulogia e prosódia (NÓBREGA, 2016; LEITE, 2008), sobre ambiente confortável na sua própria língua, para desenvolver pesquisa quantitativa/qualitativa. Com esta pesquisa, buscamos identificar como as pessoas surdas se sentem com o surgimento de novos sinais, se há preocupação com regras e estrutura linguística. O objetivo é pensar nas atuais políticas linguísticas de defesa da língua de sinais e a relação com a construção da aprendizagem de conhecimentos novos com professores surdos. Palavra-chave: Prosódia; sigmanulogia; terminológicos; política linguística; libras. Referências COSTA, M. R. Proposta de modelo de enciclopédia visual bilíngue juvenil: Enciclolibras - o corpo humano, 2012. NÓBREGA, Valdo R. R. Sigmanulogia: proporcionando uma teoria linguística da língua de sinais. Revista Leitura. v. 1, n. 57, jan./jun., 2016, p. 198-218. QUADROS, R. M. & KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto Alegre: ArtMed, 2004. Leite, T. A. A segmentação da língua de sinais brasileira (libras): um estudo linguístico descritivo a partir da conversação espontânea entre surdos. 2008. Monografia (Curso de Estudos Linguísticos e Literários em Inglês) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. 18 Docente da Universidade Federal Rural de Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica – Rio de Janeiro. E-mail: luciomacedo2@gmail.com. 19 Docente da Universidade Federal Rural de Rio de Janeiro (UFRRJ), Seropédica – Rio de Janeiro. E-mail: w7cabral@gmail.com.
  • 31. REGISTRO DE SINAIS EM LIBRAS PARA A COMUNIDADE LGBT Bruno Pierin Ernsen20 Mauricio Damasceno21 Resumo: O presente estudo considera que a existência de termos específicos utilizados nas comunida- des LGBTs contribui para a construção de vínculos, bem como para o empoderamento dos sujeitos que historicamente são excluídos na sociedade. Contudo, tal exclusão se apresenta ainda mais grave quando relacionada às questões da pessoa surda e sua forma de comunicação por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais). A pesquisa teve como objetivo identificar as possíveis variações linguísticas dos sinais relacio- nados à cultura LGBT e sua relação com o empoderamento dos sujeitos, como também com a reprodu- ção de estereótipos negativos, o que pode resultar em bullying em ambientes escolares, por exemplo. Tal pesquisa se mostra relevante a partir do momento que não foram encontrados registros oficiais de sinais relacionados à cultura LGBT utilizados pela maioria dos sujeitos surdos pesquisados. A metodologia uti- lizada foi revisão bibliográfica. Como resultado, foi possível identificar uma escassez nos estudos acerca de criação de sinais, glossário de termos LGBTs em Libras, mas pode-se perceber a existência de grupos que se debruçam sobre os estudos terminológicos bem como de tradução/interpretação nesse contexto. Palavras-chave: Libras; LGBT; Sinais. Referências BRASIL. Decreto-lei n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n. 10436 de 22/04/2002 e o art. 18 da Lei 10.098 de 19/12/2000. BRASIL. Lei n. 10.436, de 22 de abril de 2002. Oficializa a Libras. FARIA-DO-NASCIMENTO, S. P. de. Representações lexicais da Língua de Sinais Brasileira: uma proposta lexicográfica. 2009. 290 f. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2009. GARCÊS, R. L. O.; MAIA, R. Lutas por reconhecimento dos surdos na Internet: efeitos políticos dos testemunhos. Revista de Sociologia Política, v. 17, n. 34, Curitiba, out., 2009. LEBEDEFF, T. B. Percepção de jovens surdos sobre sua sexualidade. 1993. Dissertação (Mestrado em Educa- ção) — Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1993. RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. 20 Professor assistente da Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras (Libras). E-mail: brunoernsen87@gmail.com. 21 Professor auxiliar da Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras (Libras).
  • 32. TERMINOLOGIA DO BALÉ CLÁSSICO EM LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA: UM ESTUDO A PARTIR DO PROJETO DE EXTENSÃO A COMUNIDADE SURDA REINVENTANDO A ARTE DO BALÉ Karina Ávila Pereira22 Víctor Techera Silveira23 Otávio Ávila Pereira24 Resumo: O presente trabalho é fruto de um projeto de extensão desenvolvido na Universidade Federal de Pelotas, cujo objetivo é possibilitar o acesso das pessoas surdas à cultura e às artes por meio da prática do balé clássico, além da promoção de saúde da comunidade surda. Para isso, o projeto prevê aulas semanais com duração de uma hora em que são desenvolvidos conteúdos básicos de uma aula de balé clássico. Como se trata de um projeto de extensão, os ministrantes são acadêmicos dos cursos de Dança e Educação Física que já tenham cursado a disciplina de Libras I. No decorrer das aulas, percebemos uma lacuna de termi- nologia específica do balé clássico em língua de sinais, pois a maioria dos termos são utilizados na língua francesa. Nesse sentido, partimos para uma busca por glossários específicos e, apesar de encontrarmos vídeos de pessoas surdas dançando, não encontramos, até este momento, um glossário com terminologia específica do balé clássico traduzida para a língua de sinais. A partir dessa lacuna, começamos um estudo com as alunas surdas sobre os passos básicos do balé para perceber de que forma as alunas compreendiam o que deveria ser feito em cada passo, para, em seguida, as alunas pensarem em um sinal para determinado passo, para que pudéssemos organizar um glossário. Ainda não foram feitas pesquisas em outras línguas de sinais, mas pretendemos para o futuro fazer a busca em língua francesa, língua inglesa, ou em outras línguas que os integrantes do projeto tenham conhecimento linguístico para poder conhecer o léxico desses sinais específicos em outras línguas de sinais. Palavras-chaves: Terminologia do balé clássico em língua de sinais; balé para surdos; acesso à cultura. Referências BOURCIER, P. História da Dança no Ocidente. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. HAAS, J. G. Anatomia da Dança. Tradução de Paulo Laino Cândido. Barueri, SP: Manole. 2011. SAMPAIO, F. Ballet Essencial. Rio de Janeiro: Sprint Ltda, 1994. STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008. 22 Universidade Federal de Pelotas. E-mail: karina.pereira53@gmail.com. 23 E-mail: victor.techera.silveira@gmail.com. 24 E-mail: otavio_lobao@hotmail.com.
  • 33. UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE LITERATURA BRASILEIRA: PROJETO ESCRITORES BRASILEIROS EM LIBRAS Lívia Letícia Belmiro Buscácio25 Vanessa Alves de Sousa Lesser26 Weslei da Silva Rocha27 Érica Cristina da Silva e Silva28 Resumo: O projeto de pesquisa Escritores brasileiros em Libras, formado por professores de Literatura e de Libras e tradutores-intérpretes do Colégio de aplicação do INES, vem desenvolvendo um trabalho de escrita de roteiros ficcionais bilíngues sobre escritores de Literatura Brasileira em língua portuguesa, para a produção de uma série fílmica. A base teórico-metodológica consiste na História das ideias linguísticas (AUROUX, 1992; 1998, ORLANDI, 1993; 2001; 2002; 2007) e na Análise de Discurso (PÊCHEUX, 2009; ORLANDI 1993; 2001; 2002; 2007). Foram selecionados nomes de autores da literatura brasileira sobre os quais se instaura uma discursividade (ORLANDI, 2000), ou seja, nomes de autores que rompem com o senso comum e trazem novas possibilidades do dizer, atualizando uma memória. O primeiro escritor da série é Mário de Andrade, por inaugurar dizeres sobre literatura na relação com a língua do/no Brasil. Consideramos com Candido (1995) que a literatura se configura como um direito e afirmamos que a tradução literária de autores de uma língua majoritária, como a língua portuguesa, para a Libras possi- bilita um direito linguístico da comunidade surda de acesso à literatura brasileira por meio da produção de saberes em LIBRAS. A escrita do roteiro tecida no encontro entre a Libras e a língua portuguesa de forma colaborativa e a escassez de produção em Libras sobre a literatura brasileira levaram o grupo de pesquisa à produção de um glossário literário sobre os temas, personagens e nomes de autores evocados no roteiro. Vale dizer que, segundo Auroux (1992) e Orlandi (2000), a produção de instrumentos linguísticos como glossários configura um gesto de fortalecimento e de unidade de uma língua, processo chamado de gramatização. Atualmente, nota-se uma forte ligação da circulação de instrumentos linguísticos com as políticas linguísticas das línguas minoritárias. No Brasil, a lei da Libras n.º 10.436/2002 reconhece a Libras enquanto sistema linguístico de natureza visual-motora e estrutura gramatical própria da comunidade surda (QUADROS, 1997). No campo educacional, Campello (2008) valoriza a importância da utilização da língua de sinais na escolarização dos estudantes surdos, destacando que a ausência dessa língua pode ocasionar, inclusive, dificuldades no aprendizado dos conhecimentos acadêmicos trabalhados. Por isso, a produção de um glossário literário poderá contribuir para o processo de gramatização da Libras tanto por ser um instrumento que reverbera a política linguística quanto um modo de registrar e legitimar saberes linguísticos e literários em Libras. O objetivo desta apresentação é mostrar os caminhos da criação de sinais para a formação do glossário literário, a ser publicado no site do projeto. Palavras-chave: Glossário literário; Bilinguismo; História das Ideias Linguísticas; Análise de dis- curso; LIBRAS. 25 Professora Dr.ª INES. 26 Professora Me. INES. 27 Professor INES. 28 TILSP Me. INES.
  • 34. Referências AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Tradução de Eni P. Orlandi. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1992. AUROUX, S., PUCCINELLI ORLANDI, E.; MAZIERE, F. (Éds.). L’ hyperlangue Brésilienne, Langages, 1998, n. 130, 127 p. CAMPELLO, A. R. S. Aspectos da visualidade na educação de surdos. 2008. 245 f. Tese (Doutorado em educa- ção) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. CANDIDO, A. O direito à literatura. Vários escritos. São Paulo: Ouro sobre azul, 2004. ORLANDI, E. (Org.). O discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. Campinas, Pontes, 1993. ORLANDI, E. História das Ideias linguísticas. Campinas, SP: Pontes, 2001. ORLANDI, E. Língua e conhecimento linguístico: para uma história das ideias no Brasil. São Paulo: Cortez Editora, 2002. ORLANDI, E. Política linguística no Brasil. Campinas, SP: Pontes, 2007. PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Ed. da Unicamp, 2009. PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento? Campinas: Pontes, 2008. PÊCHEUX,M.Leroarquivohoje.In:ORLANDI,EniP.(Org.).Gestos de leitura.Campinas:EditoradaUnicamp,2011. QUADROS, R. M., KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira. Porto Alegre: Artmed, 2004.
  • 35. UNIDADES LÉXICAS NO CONTEXTO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: RECURSOS DE TRADUÇÃO/ INTERPRETAÇÃO PARA LIBRAS Ízea Folha Damasceno Santos29 Ana Claudia Castiglioni, UFT,30 Karylleila de Santos Andrade, UFT, 31 Resumo: No processo de aquisição de uma segunda língua, surgem vários entraves que se interpõem ao aprendizado. Para o aluno surdo, o ensino de língua portuguesa ocorre mediado por processo de inter- pretação. É por meio do tradutor/intérprete de Libras que esse aluno terá acesso ao arcabouço de sua L2, ao léxico, às construções sintático-semânticas e terá condições de adentrar um mundo que, antes, não lhe pertencia. Este trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla, na qual pretendemos analisar a situação dos termos especializados referentes aos conceitos da área do ensino da disciplina de língua portuguesa, em Libras, a partir do ponto de vista de intérpretes e de obras dicionarísticas. Nesse sentido, investigamos o que dizem alguns tradutores/intérpretes sobre as principais dificuldades encontradas na interpretação de termos específicos da disciplina de Língua Portuguesa para a Libras. Temos como objetivo fazer levan- tamento de termos da área mencionada que ainda não possuam sinal equivalente, como também apontar, quando da ausência de sinal correspondente, os recursos de interpretação que costumam ser utilizados pelos intérpretes entrevistados. Pautamo-nos nas contribuições teóricas de Genouvrier e Peytard (1990), bem como nos estudos de Biderman (2001) e, acerca do léxico da Libras, buscamos os estudos de Qua- dros & Karnopp (2004) e o Dicionário de Língua Geral Capovilla et al. (2017). Trata-se de uma pesquisa exploratória, com metodologia de abordagem qualitativa, tendo como técnica a entrevista, desenvolvida com quatro tradutores/intérpretes de Libras, sendo dois do estado do Tocantins e dois do Maranhão. A partir das respostas dos entrevistados, observamos as especificidades do léxico individual do tradutor/ intérprete e a necessidade de ampliação desse léxico. Como análise preliminar, buscamos verbetes refe- rentes aos termos que trazem os conceitos das figuras de linguagem e notamos, nas obras dicionarísticas especializadas que consultamos até o momento da pesquisa, não abrangência da totalidade desses termos. Na ausência de um sinal equivalente, os entrevistados afirmaram utilizar mecanismos como paráfrase, comparação, exemplificação, uso de datilologia, bem como de sinonímia, para dar conta do enunciado, no intuito de garantir ao receptor qualidade e integridade na interpretação. Palavras-chave: Léxico; Tradução; Interpretação; Libras; Língua Portuguesa. 29 Mestranda em Letras – Universidade Estadual do Tocantins (UFT). Professora do ensino médio, da rede estadual de ensino, Imperatriz, Maranhão. Linha de pesquisa: Ensino de língua, léxico e descrição. E-mail: izeaffolha@gmail.com. 30 Doutora em Estudos Linguísticos (UNESP) e professora no PPGL/MELLL – Universidade Federal do Tocantins (UFT). Linha de pesquisa: Ensino de língua, léxico e descrição. E-mail: anacastiglioni@hotmail.com. 31 Doutora em Linguística (USP) e professora no PPGL/MELLL – Universidade Federal do Tocantins. Linha de pesquisa: Ensino de língua, léxico e descrição. E-mail: karylleila@gmail.com.
  • 36. REFERÊNCIAS BIDERMAN, M. T. C. Teoria linguística: teoria lexical e linguística computacional. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. CAPOVILLA, F. C. et al. Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: a Libras em suas mãos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2017. GENOUVRIER, E.; PEYTARD, J. Linguística e ensino do Português. Tradução de Rodolfo Ilari, da Universidade de Campinas. Livraria Almedina, Coimbra, 1990. GESSER, A. Libras? Que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009. QUADROS, R. M; KARNOPP, L. B. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
  • 37. (RE)CONSTRUÇÃO DE UM GLOSSÁRIO CIENTÍFICO DE BIOLOGIA E A CONTRIBUIÇÃO DO SPREAD THE SIGN SUDESTE NA UFF Tathianna Dawes Mônica Maria Guimarães Savedra Wilma Favorito Resumo: Em função da oficialização da Libras em 2002, multiplicou-se a produção dos dicionários, glos- sários, manuários e sinalários de Língua de Sinais. Em decorrência desse fato, vale ressaltar que também houve um aumento de profissionais da área de Libras, com pesquisadores surdos e ouvintes trocando ideias e conhecimentos sobre o fazer lexicográfico e terminográfico dessa língua. Nesse cenário, emerge o Spread The Sign, uma plataforma online de cooperação internacional que abrange línguas de sinais de 28 países, fruto de pesquisas de surdos e ouvintes nos seus respectivos países. O Brasil também está representado nessa plataforma, que é organizada por coordenadores de cada região do país. O presente trabalho tem como objetivo geral reconstruir um glossário de Biologia a fim de identificar e discutir os sinais termino- lógicos científicos nessa área para inserir na plataforma Spread The Sign. Os objetivos específicos são: (i) identificar as categorias que estão postadas no dicionário online; (ii) coletar sinais científicos na área de Biologia; (iii) avaliar os sinais coletados e postados; (iv) regravar os sinais avaliados pelos pesquisadores surdos; e (v) divulgar esses sinais no site do Spread The Sign. A metodologia aplicada é a análise do processo de coleta de sinais científicos existentes das áreas de Biologia para a plataforma do dicionário Spread The Sign, buscando ampliar o vocabulário científico, não só da Libras, mas de diversas outras línguas de sinais. Até o momento, já foram coletados sinais em 3 categorias: anatomia, animais e biologia geral, contendo 13 sinais de animais, 31 sinais de anatomia e 35 sinais de biologia geral. Partindo da análise desse corpus e utilizando gravação e edição dos sinais coletados para serem inseridos na plataforma, entende-se que a criação de um dicionário online com vídeos apresentando os léxicos mostra-se mais atrativo ao público surdo dada a natureza visual-espacial da Libras. Vale, ainda, ressaltar que há uma enorme carência de sinais terminológicos em Biologia, prejudicando não só o aluno surdo, com relação ao acesso à informa- ção, como comprometendo sua jornada para ascender ao ensino superior, privando-o também do direito a uma cidadania plena garantida por lei. Acreditamos que a pesquisa aqui proposta pode contribuir para ampliação de acesso ao conhecimento escolar e acadêmico pelas pessoas surdas. Palavras chave: Biologia; Glossários; Spread The Sign; Libras. 1 Introdução Desde a oficialização da Libras, em 2002, a comunidade surda teve como reconhecimento a língua e a identidade/cultura surda. Em decorrência desse fato, houve um aumento muito grande no número de profissionais/pesquisadores surdose ouvintes da área de Libras, podendo, assim, construir conhecimento lexicográfico e terminográfico dessa língua. Como resultados desse processo, temos produtos bilíngues (Libras-língua portuguesa), como dicionários impressos e online, glossários, manuários e sinalários de Língua de Sinais abrangendo diversas áreas de conhecimentos.
  • 38. O objetivo geral desta pesquisa é reconstruir um glossário de Biologia a fim de identificar e discutir os sinaisterminológicoscientíficosnessaáreaparainserirnaplataformaSpreadTheSign.Osobjetivosespecíficos são: (i) identificar as categorias que estão postadas no dicionário online; (ii) coletar sinais científicos na área de Biologia; (iii) avaliar os sinais coletados e postados; (iv) regravar os sinais avaliados pelos pesquisadores surdos; e (v) divulgar esses sinais no site do Spread The Sign. 2 Percurso histórico lexicográfico O primeiro dicionário em Língua de Sinais denominou-se “Iconografia dos Signaes dos Surdos Mudos”, produzido e impresso no Brasil, em 1875, elaborado por Flausino José da Costa Gama, quando esse ainda era aluno repetidor (ROCHA, 2007 apud SOFIATO e REILY, 2011).32 Mais tarde, tornou-se professor do Imperial Instituto dos Surdos Mudos, dirigido pelo diretor Dr. Tobias Leite, atualmente Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).33 Essa obra continha o registro de cerca de 400 sinais, era destinada a orientar os pais, professores primários e todos os interessados em se comunicar com os surdos e também constituía-se como fonte de consulta de sinais para facilitar a comunicação entre surdos e ouvintes. Na verdade, esse dicionário teve como pioneiro Pierre Pélissier, surdo francês, que produziu esse mesmo material em 1856 e Flausino o traduziu para o português, utilizando as mesmas figuras e configurações de mão da Língua Francesa de Sinais. Após a publicação da obra de Flausino, o trabalho de lexicografia de Libras somente é retomado após a década de 1960 com as seguintes obras: a. Em 1969, com a publicação impressa “Linguagem das mãos”, pelo Padre Eugênio Oates, missionário vindo dos Estados Unidos para prestar serviços ao Instituto Nacional de Educação de Surdos, contendo 1258 gestos e mímica. b. Em 2001, com os pesquisadores Fernando César Capovilla e Walkíria Duarte Raphael, que tiveram o privilégio de publicar o maior dicionário impresso de língua de sinais intitulado “Dicionário Enciclopé- dico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira”, primeira edição, em dois volumes, totalizando 1.860 páginas, apresentando os sinais com ilustrações e descrições de execução dos sinais, SignWriting e correspondentes em português e inglês.34 Essa obra teve mais duas edições em 2009, uma edição mais ampliada, e a outra publicada recentemente, em 2017, com três volumes. c. Em 2005, com a publicação do “Dicionário Digital da Língua Brasileira de Sinais” organizado pela pro- fessora doutora Tanya Amara Felipe e Guilherme de Azambuja Lira, sob a coordenação geral da profes- sora Solange Rocha do Instituto Nacional de Educação de Surdos. Ressaltamos, ainda, que essa obra, ao contrário das anteriores, apresenta filmagens, com movimentos dos sinais e com imagem ilustrada, é distribuída em CD e DVD, além de ser disponibilizada online no site do INES, totalizando 8.000 sinais (FAVORITO; MANDELBLATT, 2016). Nesse cenário, emerge o Spread The Sign,35 um dicionário online de cooperação internacional que abrange línguas de sinais de 28 países que atualmente estão vinculados ao projeto. O projeto foi fundado na Suécia em 2006 por Thomas Lydell-Olsen. Atualmente, a sede brasileira está assim organizada: a coor- 32 A função do repetidor era a de assistir às aulas e, em seguida, repetir as lições que o professor tinha dado aos alunos. O repetidor tinha também responsa- bilidade de corrigir os exercícios dados pelo professor (e substituí-lo quando necessário), de acompanhar os alunos no recreio e no seu retorno à sala de aula e de acompanhar os visitantes à instituição. 33 O Instituto Nacional de Educação de Surdos, único em âmbito federal, ocupa importante centralidade na educação de surdos, fica localizado no bairro em Laranjeira/RJ. Disponível em: http://www.ines.gov.br/. 34 Escrita da língua de sinais utiliza símbolos visuais para representar as configurações de mão, os movimentos, as expressões faciais e os movimentos do corpo das línguas de sinais. 35 Disponível em: https://www.spreadthesign.com/br/.
  • 39. denação Nacional encontra-se sediada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e a sua subdivisão, o Spread The Sign Pelotas, na Universidade Federal de Pelotas, e o Spread The Sign Sudeste, na Universidade Federal Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. O projeto integra diversos pesquisadores, desde alunos de graduação até professores universitários, surdos e ouvintes. É importante ressaltar que há também uma divisão no que se refere às áreas do conhecimento pes- quisadas por cada sede. O Spread The Sign Rio Sudeste tem se ocupado de buscar sinais que contemplem a reconstrução de um glossário científico da área de Biologia. 3 A investigação Neste estudo, desenvolvemos um processo de coleta de sinais científicos existentes da área de Bio- logia para a plataforma do dicionário Spread The Sign, buscando ampliar o vocabulário científico. Até o momento, foram coletados sinais em três categorias: anatomia, animais e biologia geral, contendo 13 sinais de animais, 31 sinais de anatomia e 35 sinais de biologia geral. Como mostram, a seguir, as figuras 1 e 2 com sinais de biologia em geral, 3 e 4 com sinais para animais, 5 e 6 com sinais para anatomia: FIGURA 1 – SINAL ORGANISMO FONTE: Spread The Sign FIGURA 2 – SINAL PARASITA FONTE: Spread The Sign FIGURA 3 – SINAL BORBOLETA FONTE: Spread The Sign FIGURA 4 – SINAL BODE/CABRA FONTE: Spread The Sign
  • 40. FIGURA 5 – SINAL FÍGADO FONTE: Spread The Sign FIGURA 6 – SINAL INTESTINO DELGADO FONTE: Spread The Sign 4 Resultados preliminares e discussão Partindo da análise desse corpus e utilizando gravação e edição dos sinais coletados para serem inse- ridos na plataforma, entende-se que a criação de um dicionário online com vídeos apresentando os léxicos em movimento e expressão facial e corporal mostra-se mais atrativa ao público surdo dada a natureza visual-espacial da Libras. É necessário que o surdo ocupe esse lugar do pesquisador científico que, por muito tempo, foi negado, para que, reconhecendo as necessidades linguísticas de sua comunidade, possa trabalhar também em prol
  • 41. da melhoria do equipamento lexical da sua língua de modo que a Libras, e também as demais línguas de sinais, desempenhe um papel vigoroso dentro da sociedade. Referências BRASIL. Lei N.º 10.436. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 24 de abril de 2002. FAVORITO, W.; MANDELBLATT, J. Aspectos da trajetória histórica da dicionarização da Língua Brasileira de Sinais: da iconografia de sinais a um Manuário Acadêmico. In: Atas do XI Congresso Luso-Brasileiro da História da Educação. Fontes, métodos e técnicas de investigação. COLUBHE, Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). Porto: CITEM, 2016. v. 1. SOFIATO, C. G.; REILY, L. H. “Companheiros de infortúnio”: a educação de “surdos-mudos” e o repetidor Flausino da Gama. Rev. Bras. Educ. [online]. 2011, v. 16, n. 48, p. 625-640. ROCHA, S. O INES e a educação de surdos no Brasil: aspectos da trajetória do Instituto Nacional de Educação de Surdos em seu percurso de 150 anos. Rio de Janeiro: INES, 2007.
  • 42. A AQUISIÇÃO TARDIA: UM ESTUDO DA PRODUTIVIDADE LEXICAL DO JOVEM SURDO Bárbara Neves Salviano de Paula Felipe Castro Teixeira Vera Lúcia de Souza e Lima Resumo: Este trabalho trata da produtividade lexical bilíngue de surdos discentes de escola pública de nível médio no estado de Minas Gerais e propõe que, no caso do surdo, no lugar da denominação falan- tes tardios seja utilizada a denominação aquisição tardia. A proposição de aquisição tardia justifica-se pelo fato de que, na medida em que buscamos por pesquisas acerca de falantes tardios, constatamos que esse conceito se refere muito mais à área da saúde do que à área da linguística. Consideramos que o surdo se torna um falante tardio por motivos socioculturais, alheios à sua vontade. Durante o período da pesquisa, reconhecemos a necessidade de pesquisar sobre os aspectos linguísticos e lexicais da aquisição tardia dos surdos. Nessa medida, interessa-nos sistematizar a competência linguística para a produtividade lexical de tais sujeitos. Considerando que o falante é o inovador, interessa-nos, também, compreender a posição que o surdo ocupa em sua comunidade de rede social, conforme previsto em Milroy e Milroy (1985). Acrescentamos a isso a proposição em Salviano (2014) que orienta para uma lexicografia pedagógica, seja no léxico de língua geral ou terminológico nas diversas áreas do conhecimento. O presente trabalho levanta questões essenciais que precisam de resposta a fim de compreender plenamente o discurso da comunidade surda, de produzir obras lexicográficas que a reflitam de maneira fidedigna e de modificar a realidade brasileira de integração do surdo. Palavras-chave: Aquisição lexical; Surdo; Lexicografia. As línguas de sinais ganharam, de fato, status de língua a partir de meados da década de 1960. Vários estudos sobre o histórico das línguas de sinais no mundo indicam que, não raro, os surdos eram conside- rados não educáveis e sua forma de comunicação classificada como inferior e até mesmo um obstáculo à constituição do pensamento. Apesar de, pontualmente, termos a presença de representantes apoiadores das línguas de sinais, como, por exemplo, o abade Charles M. de L’Epée; até a década de 1960, o histórico das línguasdesinaisfoimarcadoporproibiçõese,inclusive,clandestinidadenousodossinaispelosseusfalantes. Esse é, sem dúvida, um dos motivos de a língua de sinais ser, ainda hoje, alvo de preconceito ou conti- nuar inacessível à maioria das crianças que nascem surdas ou daqueles que ficam surdos, vítimas de alguma doença. Consideremos um exemplo que corrobora essa afirmação. Para um ouvinte, falante de uma língua oralacessível,desdequeseconstituíacomoumfeto,équaseimpossíveldesassociarlíngua,linguagem,cultura e socialização. Para surdos, no entanto, essa realidade é bem diferente. Ao nascer, uma minoria recebe input linguístico em sua L1, a saber, a língua de sinais. Nesses termos, a família e a comunidade ao seu redor, em quase absoluta maioria falantes de uma língua de modalidade oral-auditiva, não lhe servem de modelo de linguagem, mantendo-se, para o surdo, o cenário de aquisição tardia da língua de sinais. No Brasil, a ânsia por propagar a sua língua torna comum encontrar surdos vendendo fichas impressas com o alfabeto manual da língua brasileira de sinais. Em alguns casos, é fato que isso se dá pela força da sobrevivência. Mas é fato, também, que, se o objetivo único fosse gerar renda, outros produtos poderiam
  • 43. provocar maior interesse nos propensos clientes. Assim, compreendemos que o desejo de criar interfaces linguísticas que façam o outro, o falante da língua oral, compreender a sua fala e legitimar a sua língua, é uma realidade inquestionável. Talvez, nem aquele que compra nem aquele que vende saiba que, no espaço de interlocução existente entre eles, naquela transação, está o verdadeiro tesouro a ser descoberto — a língua. Mesmo hoje, após tantos anos da regularização da Libras como língua oficial da pessoa surda, notamos que, na maioria dos ambientes, ao mencionar os conceitos Libras, Língua de Sinais ou língua dos surdos, o interlocutor intuitivamente os coloca no mesmo rol e mesma hierarquia que estão os outros artefatos de inclusão e/ou de acessibilidade. Todos os artefatos de inclusão são importantes, todavia, a Libras não é um artefato qualquer, trata-se de uma língua legítima. Valendo-nos dessa certeza, iniciamos, no Cefet-MG, projetos que valorizassem a língua de sinais e seus usuários. A presença do Polo Letras-Libras no Cefet-MG nos incentivou a saber mais sobre o processo lin- guístico de estudantes surdos. Decidimos ampliar nossa compreensão, por meio da pesquisa, valendo-nos de três procedimentos metodológicos que julgamos adequados: o exploratório, que proporcionasse per- ceber o estado da arte do tema educação do estudante surdo; a pesquisa, que trouxesse o estudante surdo de nível médio para o centro da atividade; e a pesquisa-ação, que permitisse dar voz a tais sujeitos e fizesse com que a tessitura da sua voz compusesse o resultado do projeto. Constatamos a necessidade de criar dois projetos de pesquisa: 1) “Construção de um Glossário Técnico em Libras para o Ensino de Desenho Arquitetônico”, no qual buscávamos a construção de um glossário técnico contendo sinais e convenções do âmbito do ensino de Desenho Arquitetônico. Nesse caso, alunos surdos definem e conceituam os sinais representativos de vários termos técnicos e verbetes terminológicos da área de arquitetura; 2) “Elaboração de um manual aplicado à Construção Civil para o Ensino de Desenho Arquitetônico para Alunos Surdos”, que buscasse a construção de um manual bilíngue, habilitando o público-alvo na leitura e representação de projetos arquitetônicos. Na medida em que os projetos avançavam, tínhamos novas perguntas e, para respondê-las, criamos um terceiro projeto de pesquisa, denominado “Estudo do Desenho Universal sob a ótica da sustentabilidade” o qual proporcionou a presença de alunos surdos matriculados em cursos superiores de Arquitetura (PUC-Minas) e Design Gráfico (UEMG). Ao longo dos três anos que duraram as pesquisas, os 10 bolsistas que participaram ativamente dela têm uma característica em comum: são todos considerados falantes tardios da Libras. A literatura classifica como surdos tardios basicamente aqueles que adquirem a língua depois da primeira infância. Podem ser aqueles surdos filhos de pais ouvintes que não são expostos à LS ou os surdos filhos de pais surdos que não têm conhecimento da língua de sinais. Por comporem esses grupos tão amplos, pode- mos deduzir que os chamados falantes tardios sejam a maioria da comunidade surda brasileira. Mesmo assim, não temos pesquisas que abordem o fenômeno linguístico que eles representam ou apresentam. Diz-se que eles são maioria pois vários autores relatam que expressam a média de 95% da população de surdos; no entanto, esses dados são imprecisos. Logo, faz-se necessário mapear com bastante critério a realidade desse grupo e estudar o impacto linguístico que a aquisição pós primeira infância causa nesses sujeitos. Além disso, abordamos também a nomenclatura do fenômeno, por considerar as suas características terminológicas. Nossos estudos e contato, durante três anos, em 12 horas semanais, com o falante tardio revelaram a necessidade de que se realizem pesquisas nessa área, pois todas as ações relacionadas ao processo da pes- quisa precisaram ser criadas. Citamos como exemplo o teste que elaboramos para a seleção e admissão dos bolsistas nos projetos de pesquisa e, posteriormente, para a seleção e admissão de vinte alunos no “Curso Piloto de Desenho Arquitetônico para Surdos”. Esse teste objetivava mensurar minimamente questões de língua, socialização, comprometimento e resumir tudo isso na habilidade de visão espacial, necessária
  • 44. à geometria descritiva e ao desenho projetivo. A necessidade de pesquisas nessa área é evidenciada por Lillo-Martin (2008) em seu capítulo que conclui: O estudo sobre aprendizes tardios tem muito a oferecer às teorias da linguagem e desenvolvimento linguístico. Os efeitos do input tardio não devem ser aleatórios ou gerais, mas devem incidir sobre as brechas que a gramática disponibiliza. As teorias que buscam explicar porque as crianças são melhores aprendizes de língua do que adultos precisam fazer referência aos aspectos cruciais do mecanismo do aprendizado de língua. Tais teorias têm poucos dados para ir além do domínio da aquisição da L1 em crianças surdas, já que a aprendizagem da L2 parece apresentar limitações e consequências diferentes (LILLO-MARTIN, 2008, p. 205). Estudos de Ramírez, Lieberman e Mayberry (2013) suscitam questões semelhantes: Em casos raros, indivíduos surdos são linguisticamente isolados até a adolescência; eles não podem ouvir a língua oral e, devido a fatores sociais e outros, não foram expostos a nenhum tipo de língua de sinais. Essas pessoas experimentam uma escolaridade limitada e recebem muito pouco ou nenhum input de linguagem de qualquer tipo (falada, escrita ou sinalizada) durante toda a infância. Depois que eles são “identificados”, começam a receber serviços especiais e, se houver recursos disponíveis, passam a estar totalmente imersos na língua de sinais. Casos como esses são únicos porque tais surdos foram linguisticamente isolados até a adolescência, até que são inseridos na língua de sinais pela primeira vez. Questionamos como esses adolescentes aprendizes de L1 começam a adquirir linguagem. Eles começam o processo por onde começam as crianças ouvintes ou eles ignoram alguns estágios na aquisição de sua linguagem devido ao fato de que são cognitivamente mais maduros quando encontram a língua pela primeira vez? Se a aquisição da linguagem em aprendizes mais velhos se mostra similar àquela que vemos em crianças pequenas, concluímos que pelo menos alguns dos princípios que guiam o processo de aquisição da linguagem independem da idade. A resposta a essa pergunta é importante porque aumenta nossa compreensão dos mecanismos subjacentes à aquisição da linguagem em geral (RAMÍREZ, LIEBERMAN; MAYBERRY, 2013, grifos nossos).36 A fim de responder a esses questionamentos, as autoras analisam pesquisas já realizadas e desenvol- vem seu próprio estudo experimental sobre processamento de linguagem em falantes da língua de sinais. No que diz respeito às conclusões de estudos anteriores, elas percebem que são deficitários em algum aspecto: alguns tratam apenas do aspecto semântico de falantes tardios, em detrimento do lexical; alguns desconsideram como se deu o processo tardio de aquisição de linguagem no indivíduo, focando apenas no resultado; outros não ponderam que o motivo que leva à aquisição tardia está diretamente relacionado ao processo de aquisição de língua e linguagem. Assim, as autoras, por meio de seus estudos experimentais, tentam solucionar tais conflitos de modo a aproximar-se o mais fielmente possível da realidade linguís- tica do grupo analisado; ou seja, surdos que adquiriram a língua de sinais como L1 já na adolescência, i.e, tardiamente à primeira infância. Os resultados foram: 36 Tradução nossa de: “In rare cases, deaf individuals are linguistically isolated until adolescence; they cannot hear spoken language and, due to social and other factors, they have not been exposed to any kind of sign language. [...] These individuals have experienced limited schooling and received very little or no language input of any kind (spoken, written or signed) throughout childhood. After they are ‘identified’, they begin receiving special services and, if resources are available, may become fully immersed in sign language. Such deaf cases are unique because they have been linguistically isolated until adolescence, at which point they become immersed in sign language for the first time. We ask how these adolescent L1 learners begin to acquire language. Do they begin where young hearing children begin, or do they bypass some stages in acquiring their language due to the fact that they are cognitively more mature when first encountering language? If language acquisition in older learners shows a similar pattern as what we see in young children, we can conclude that at least some of the principles driving the language acquisition process are age-independent. The answer to this question is important because it furthers our understanding of the mechanisms underlying language acquisition in general” (grifo nosso).