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ACTOS
ILOCUTÓRIOS
Foram uns amores singulares, aqueles. No Junho, as cerdeiras punham por toda a
veiga uma nota viva, fresca e sorridente. (...) Era domingo. E ele subira por desfastio à velha bical
dos Louvados a matar saudades de menino.
- Não dás um ramo, ó Coiso? - perguntou do caminho a rapariga.
- Dou, dou! Anda cá buscá-lo.
Pela voz, pareceu-lhe logo a Natália. Mas só depois de arredar a cabeça de uma pernada
é que se confirmou.
- Não estás de caçoada?
- Falo a sério!
Era bonita como só ela. Delgada, maneirinha, branca, e de olhos esverdeados, fazia um
homem mudar de cor.
- Olha que aceito!
- E eu que estimo...
Tinha já no chapéu algumas cerejas colhidas, reluzentes, a dizer comei-me.
- Não teimes muito...
- Valha-me Deus!...
A rapariga atravessou então o valado, entrou na leira, e chegou-se, risonha.
- Segura lá na abada...
Encandearam os olhos um no outro, ela de avental aberto, ele de rosto afogueado,
deram sinal, e a dádiva desceu, generosa e doce.
Vista de cima, a Natália ainda cegava mais a gente. O queixo erguido dava-lhe um ar de
criança grande; os seios, repuxados, pareciam outeiros de virgindade; e o resto do corpo, fino,
limpo, tinha uma pureza de coisa inteira e guardada.
- Terão bicho?
- Têm agora bicho! Ia-te mesmo dar cerejas com bicho!
Sem querer, a resposta saíra-lhe expressiva demais. O coração agitou-se um pouco, o
instinto, acordado, estremeceu, e os olhos, culpados, fugiram-lhe do rosto da moça e fixaram-se
sonhadoramente no céu.(...)
Miguel Torga, Novos Contos da Montanha
1. Identifica o objectivo comunicativo subjacente a cada uma das
seguintes frases, fazendo correspondência.
C) - Anda cá buscá-lo.
A) – Não dás um ramo, ó
Coiso?
D) – Não estás de caçoada?
E) - Falo a sério!
F) – Olha que aceito!
Sentimento / Expressão Ordem / Pedido
Promessa / Compromisso
Afirmação / Negação
G) - E eu que estimo...
B) – Dou, dou!
H) – Não teimes muito…
I) - Valha-me Deus!...
J) – Segura lá na abada…
L) - Terão bicho?
M) - Têm agora bicho! Ia-te
mesmo dar cerejas com
bicho!
• 2. Faz corresponder a cada uma das alíneas dos enunciados, a
intenção comunicativa subjacente, preenchendo o quadro:
• A) - Não dás um ramo, ó Coiso?
• B) - Dou, dou!
• C) - Anda cá buscá-lo.
• D) - Não estás de caçoada?
• E) - Falo a sério!
• F) - Olha que aceito!
• G) - E eu que estimo...
• H) - Não teimes muito...
• I) - Valha-me Deus!...
• J) - Segura lá na abada...
• L) - Terão bicho?
• M) - Têm agora bicho! Ia-te mesmo dar cerejas com bicho!
Afirmação / Negação Ordem / pedido Promessa / compromisso Sentimento / expressão
Actode fala
• Acto de fala – é constituído por aquilo que se
diz, por quem diz, a quem se diz, com que
objectivos e com que resultados.
Objectivos do
locutor ao
enunciar.
Enunciado com
significação
Resultados da
enunciação junto do
interlocutor
Locutório
Perlocutório
Ilocutório
Força
Ilocutória
Directo
Indirecto
Assertivo - Afirmar
Directivo - ordenar
Compromissivo - prometer
Expressivo – exprimir-se
Declarativo - declarar
Actos Ilocutórios
DIRECTOS INDIRECTOS
3. Distingue os actos ilocutórios directos e indirectos das frases
apresentadas, preenchendo a seguinte tabela.
Eu digo a verdade e não só a verdade.
Acto Ilocutório Assertivo
Diz a verdade.
Acto Ilocutório Directivo
Prometo dizer a verdade.
Acto Ilocutório Compromissivo
Adorava saber a verdade.
Acto Ilocutório Expressivo
Declaro que esta será a verdade.
Acto Ilocutório Declarativo
3. Identifica o acto ilocutório correspondente a cada uma
das frases de acordo com o exemplo apresentado:
Actos Ilocutórios Assertivos Directivos Compromissivos Expressivos Declarativos
A) - Não dás um ramo,
ó Coiso?
B) - Dou, dou!
C) - Anda cá buscá-lo.
D) - Não estás de
caçoada?
E) - Falo a sério!
F) - Olha que aceito!
G) - E eu que estimo...
H) - Não teimes
muito…
I) - Valha-me Deus!...
J) - Segura lá na
abada...
L) - Terão bicho?
M) - Têm agora bicho!
Ia-te mesmo dar
cerejas com bicho!
FIM

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  • 2. Foram uns amores singulares, aqueles. No Junho, as cerdeiras punham por toda a veiga uma nota viva, fresca e sorridente. (...) Era domingo. E ele subira por desfastio à velha bical dos Louvados a matar saudades de menino. - Não dás um ramo, ó Coiso? - perguntou do caminho a rapariga. - Dou, dou! Anda cá buscá-lo. Pela voz, pareceu-lhe logo a Natália. Mas só depois de arredar a cabeça de uma pernada é que se confirmou. - Não estás de caçoada? - Falo a sério! Era bonita como só ela. Delgada, maneirinha, branca, e de olhos esverdeados, fazia um homem mudar de cor. - Olha que aceito! - E eu que estimo... Tinha já no chapéu algumas cerejas colhidas, reluzentes, a dizer comei-me. - Não teimes muito... - Valha-me Deus!... A rapariga atravessou então o valado, entrou na leira, e chegou-se, risonha. - Segura lá na abada... Encandearam os olhos um no outro, ela de avental aberto, ele de rosto afogueado, deram sinal, e a dádiva desceu, generosa e doce. Vista de cima, a Natália ainda cegava mais a gente. O queixo erguido dava-lhe um ar de criança grande; os seios, repuxados, pareciam outeiros de virgindade; e o resto do corpo, fino, limpo, tinha uma pureza de coisa inteira e guardada. - Terão bicho? - Têm agora bicho! Ia-te mesmo dar cerejas com bicho! Sem querer, a resposta saíra-lhe expressiva demais. O coração agitou-se um pouco, o instinto, acordado, estremeceu, e os olhos, culpados, fugiram-lhe do rosto da moça e fixaram-se sonhadoramente no céu.(...) Miguel Torga, Novos Contos da Montanha
  • 3. 1. Identifica o objectivo comunicativo subjacente a cada uma das seguintes frases, fazendo correspondência. C) - Anda cá buscá-lo. A) – Não dás um ramo, ó Coiso? D) – Não estás de caçoada? E) - Falo a sério! F) – Olha que aceito! Sentimento / Expressão Ordem / Pedido Promessa / Compromisso Afirmação / Negação G) - E eu que estimo... B) – Dou, dou! H) – Não teimes muito… I) - Valha-me Deus!... J) – Segura lá na abada… L) - Terão bicho? M) - Têm agora bicho! Ia-te mesmo dar cerejas com bicho!
  • 4. • 2. Faz corresponder a cada uma das alíneas dos enunciados, a intenção comunicativa subjacente, preenchendo o quadro: • A) - Não dás um ramo, ó Coiso? • B) - Dou, dou! • C) - Anda cá buscá-lo. • D) - Não estás de caçoada? • E) - Falo a sério! • F) - Olha que aceito! • G) - E eu que estimo... • H) - Não teimes muito... • I) - Valha-me Deus!... • J) - Segura lá na abada... • L) - Terão bicho? • M) - Têm agora bicho! Ia-te mesmo dar cerejas com bicho! Afirmação / Negação Ordem / pedido Promessa / compromisso Sentimento / expressão
  • 5. Actode fala • Acto de fala – é constituído por aquilo que se diz, por quem diz, a quem se diz, com que objectivos e com que resultados. Objectivos do locutor ao enunciar. Enunciado com significação Resultados da enunciação junto do interlocutor Locutório Perlocutório Ilocutório Força Ilocutória Directo Indirecto Assertivo - Afirmar Directivo - ordenar Compromissivo - prometer Expressivo – exprimir-se Declarativo - declarar
  • 6. Actos Ilocutórios DIRECTOS INDIRECTOS 3. Distingue os actos ilocutórios directos e indirectos das frases apresentadas, preenchendo a seguinte tabela.
  • 7. Eu digo a verdade e não só a verdade. Acto Ilocutório Assertivo Diz a verdade. Acto Ilocutório Directivo Prometo dizer a verdade. Acto Ilocutório Compromissivo Adorava saber a verdade. Acto Ilocutório Expressivo Declaro que esta será a verdade. Acto Ilocutório Declarativo
  • 8. 3. Identifica o acto ilocutório correspondente a cada uma das frases de acordo com o exemplo apresentado: Actos Ilocutórios Assertivos Directivos Compromissivos Expressivos Declarativos A) - Não dás um ramo, ó Coiso? B) - Dou, dou! C) - Anda cá buscá-lo. D) - Não estás de caçoada? E) - Falo a sério! F) - Olha que aceito! G) - E eu que estimo... H) - Não teimes muito… I) - Valha-me Deus!... J) - Segura lá na abada... L) - Terão bicho? M) - Têm agora bicho! Ia-te mesmo dar cerejas com bicho!
  • 9. FIM