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A MEGERA
DOMADA
WILLIAM
SHAKESPEARE
Profa. Bia Buganeme
Linguística / USP
• A Megera Domada é uma das mais célebres peças de teatro
escritas pelo autor inglês William Shakespeare.
• O casamento é o tema principal desta comédia, que narra
dois casos simultâneos de matrimônio e se dedica em boa
parte aos preparativos sociais do enlaces matrimoniais e às
diferenças entre gêneros para aquela sociedade.
• Essa peça de teatro que já completa séculos serviu por
diversas vezes de base a outros autores para a criação de suas
obras. Foi inspiração para três telenovelas brasileiras:
• A Indomável, da TV Excelsior (1965), O Machão (1976-1978)
da TV Tupi e O cravo e a rosa (2000-2001) da TV Globo.
O
CRAVO E
A ROSA
A MEGERA DOMADA é uma comédia de costumes escrita por William
Shakespeare entre 1593 e 1594. A peça nasceu de uma adaptação feita pelo
autor de antigos contos de tradição oral.
• Não se sabe exatamente quando Shakespeare
começou a escrever, mas pesquisas de
registros mostram que várias de suas peças
foram representadas em Londres, por volta
de 1592.
• Neste período, o contexto histórico favorecia o
desenvolvimento cultural e artístico, pois a
Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o
reinado da rainha Elizabeth I.
• William Shakespeare (Stratford-upon-Avon,
23 de abril de 1564 — Stratford-upon-Avon,
23 de abril de 1616)
• Foi um poeta e dramaturgo inglês, tido como
o maior escritor do idioma inglês e o mais
influente dramaturgo do mundo.
• É chamado frequentemente de poeta
nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon"
(ou simplesmente The Bard, "O Bardo").
A Megera Domada é um livro super
divertido, com personagens atrapalhados
ou metidos em enrascadas que garantem
uma confusão geral.
O modo como todos temem Catarina e
como ela não nega seu título de diaba ou
língua de cobra é logo a primeira impressão
que temos da história.
Daí a ver como Petrucchio lida com ela,
fazendo-a passar pelas situações mais
loucas e imprevisíveis, o enredo só fica
melhor.
Os criados, no geral, também têm suas
cenas. Todos eles são bem atrapalhados e
se perdem mais ainda com as estranhas
exigências – vários disfarces e outras
ordens ainda mais loucas– de seus patrões.
Título no Brasil A Megera Domada
Título Original The Taming of the Shrew
Ano de
Lançamento
1967
Gênero Comédia
País de
Origem
Itália / EUA
Duração 122 minutos
Direção Franco Zeffirelli
Estúdio/Distrib. Sony Pictures
Idade
Indicativa
Livre
O FILME
• A obra A megera domada trata de Catarina, uma
mulher bonita, mas com um gênio muito forte.
Ela desperta pavor em todos os homens, pois é
inquieta e feroz. Não é à toa que ela é chamada
de megera.
• Filha mais velha de Batista, tem uma irmã mais
nova (Bianca) que, ao contrário dela, tem vários
pretendentes amorosos, que fariam de tudo para
ter a sua mão. Como Catarina não tem
pretendentes, Batista promete que só irá dispor a
mão de Bianca se um cavalheiro tomar a mão de
Catarina.
• Sinopse Elizabeth Taylor e Richard Burton brilham
e encantam como Catarina e Petrucchio, na visão
cômica de William Shakespeare sobre o machismo
masculino e a liberação feminina no século 16.
• Petrucchio, um empobrecido cavalheiro de Verona,
viaja a Pádua em busca de uma rica esposa.
Lá ele encontra a ardente Catarina, uma mulher
voluntariosa e briguenta que faz Petrucchio
enfrentar uma divertida batalha para conseguir
levá-la em matrimônio.
• Sua lua de mel se torna uma
hilariante disputa de
inteligência e insultos, com
Kate determinada a manter
sua independência,
enquanto Petrucchio faz de
tudo para domá-la.
Uma comédia descontraída com personagens marcantes.
A brutalidade de Petrucchio em
meio à polidez dos cavalheiros
pretendentes de Bianca faz parte
da satirização da sociedade dada
pelo autor.
O casamento acontece, aparentemente,
sem a permissão da moça.
Shakespeare consegue, com sucesso,
expressar o paradoxo que é a
personalidade da mulher e, ao final,
nos mostra a submissão da esposa ao
marido de um outro ângulo.
Catarina se submete à Petrucchio,
mas não por ele ser homem e ter
autoridade, mas por ele amá-la e fazer
de tudo para que ela seja feliz.
Catarina, afinal, perde ou ganha?
Trecho da fala da personagem Ludovica a Catarina
“- Como todo homem, ele quer ter a ilusão de que manda na
mulher, nos filhos, nos empregados. Nos empregados até que
manda, porque ninguém quer se ver no olho da rua, sem eira nem
beira, mas mesmo assim a gente desobedece... Nos filhos também
poderá mandar, até certa idade, porque um dia eles crescem e
começam a achar o pai antiquado, ranzinza, exigente demais. Só
que os filhos que se rebelam abertamente podem acabar sendo
deserdados, enquanto os que tentam dialogar com jeitinho ou até
fingem concordar com tudo se dão bem...Com a mulher é a mesma
coisa...ela deve tentar o diálogo e, se este não for possível, deve
agir com habilidade, com... - Ludovica se calou por um instante,
procurando lembrar-se da palavra que ouvira algumas vezes na sala
do casarão, quando servia o jantar para os convidados do patrão, e
por fim concluiu: - ...com diplomacia!"
"[...] O mesmo dever que prende o servo ao soberano prende, ao marido, a
mulher. E quando ela é teimosa, impertinente, azeda, desabrida, não
obedecendo às suas ordens justas, que é então senão rebelde, infame, uma
traidora que não merece as graças de seu amo e amante? Tenho vergonha de
ver mulheres tão ingênuas que pensam em fazer guerra quando deviam
ajoelhar e pedir paz. Ou procurando poder, supremacia e força quando deviam
amar, servir, obedecer. Por que razão o nosso corpo é liso, macio, delicado, não
preparado para a fadiga e a confusão do mundo, senão para que o nosso
coração e o nosso espírito tenham delicadeza igual ao exterior? Vamos, vamos,
vermes teimosos e impotentes. Também já tive um gênio tão difícil, um
coração pior. E mais razão, talvez, pra revidar palavra por palavra, ofensa por
ofensa. Vejo agora, porém, que nossas lanças são de palha. Nossa força é
fraqueza, nossa fraqueza, sem remédio. E quanto mais queremos ser, menos
nós somos. Assim, compreendido o inútil desse orgulho, devemos colocar as
mãos, humildemente, sob os pés do senhor. Para esse dever, quando meu
esposo quiser, a minha mão está pronta, se isso causar-lhe prazer."
Petrucchio finalmente consegue "domar" a megera Catarina, que
finaliza com um discurso, que possui o seguinte trecho:
Profa. Bia Buganeme
Linguística / USP
Profª Bia Buganeme
Linguística / USP
Esp. EAD SENAC-RJ
Um tema bastante relevante para se discutir com os
alunos é o “jogo da sedução”, a arte da conquista, a
construção do amor e do respeito.
Na verdade, mesmo levando-se em conta a época
em que a peça foi escrita, ambos saem, a seu modo e
contentamento, ganhando.
Assim como somos educados para a vida escolar, a
vida financeira, vida sexual, profissional, enfim,
também temos que nos preparar para a vida afetiva
e amorosa.
A construção do Amor deve ser tema frequente de
debates, saindo do lugar comum, do pieguismo
afetivo ou religioso, mas levando-se em conta a
sociedade moderna e as mudanças e conflitos a que
todos somos expostos.
Espero que a peça tenha suscitado a vontade de
conhecer o texto de forma mais elaborada e que seja
fonte de reflexão e prazer.
A megera domada

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A megera domada

  • 2. • A Megera Domada é uma das mais célebres peças de teatro escritas pelo autor inglês William Shakespeare. • O casamento é o tema principal desta comédia, que narra dois casos simultâneos de matrimônio e se dedica em boa parte aos preparativos sociais do enlaces matrimoniais e às diferenças entre gêneros para aquela sociedade. • Essa peça de teatro que já completa séculos serviu por diversas vezes de base a outros autores para a criação de suas obras. Foi inspiração para três telenovelas brasileiras: • A Indomável, da TV Excelsior (1965), O Machão (1976-1978) da TV Tupi e O cravo e a rosa (2000-2001) da TV Globo.
  • 4. A MEGERA DOMADA é uma comédia de costumes escrita por William Shakespeare entre 1593 e 1594. A peça nasceu de uma adaptação feita pelo autor de antigos contos de tradição oral.
  • 5. • Não se sabe exatamente quando Shakespeare começou a escrever, mas pesquisas de registros mostram que várias de suas peças foram representadas em Londres, por volta de 1592. • Neste período, o contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elizabeth I.
  • 6. • William Shakespeare (Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1564 — Stratford-upon-Avon, 23 de abril de 1616) • Foi um poeta e dramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. • É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo").
  • 7. A Megera Domada é um livro super divertido, com personagens atrapalhados ou metidos em enrascadas que garantem uma confusão geral. O modo como todos temem Catarina e como ela não nega seu título de diaba ou língua de cobra é logo a primeira impressão que temos da história. Daí a ver como Petrucchio lida com ela, fazendo-a passar pelas situações mais loucas e imprevisíveis, o enredo só fica melhor. Os criados, no geral, também têm suas cenas. Todos eles são bem atrapalhados e se perdem mais ainda com as estranhas exigências – vários disfarces e outras ordens ainda mais loucas– de seus patrões.
  • 8. Título no Brasil A Megera Domada Título Original The Taming of the Shrew Ano de Lançamento 1967 Gênero Comédia País de Origem Itália / EUA Duração 122 minutos Direção Franco Zeffirelli Estúdio/Distrib. Sony Pictures Idade Indicativa Livre O FILME
  • 9. • A obra A megera domada trata de Catarina, uma mulher bonita, mas com um gênio muito forte. Ela desperta pavor em todos os homens, pois é inquieta e feroz. Não é à toa que ela é chamada de megera. • Filha mais velha de Batista, tem uma irmã mais nova (Bianca) que, ao contrário dela, tem vários pretendentes amorosos, que fariam de tudo para ter a sua mão. Como Catarina não tem pretendentes, Batista promete que só irá dispor a mão de Bianca se um cavalheiro tomar a mão de Catarina.
  • 10. • Sinopse Elizabeth Taylor e Richard Burton brilham e encantam como Catarina e Petrucchio, na visão cômica de William Shakespeare sobre o machismo masculino e a liberação feminina no século 16. • Petrucchio, um empobrecido cavalheiro de Verona, viaja a Pádua em busca de uma rica esposa.
  • 11. Lá ele encontra a ardente Catarina, uma mulher voluntariosa e briguenta que faz Petrucchio enfrentar uma divertida batalha para conseguir levá-la em matrimônio.
  • 12. • Sua lua de mel se torna uma hilariante disputa de inteligência e insultos, com Kate determinada a manter sua independência, enquanto Petrucchio faz de tudo para domá-la.
  • 13. Uma comédia descontraída com personagens marcantes.
  • 14. A brutalidade de Petrucchio em meio à polidez dos cavalheiros pretendentes de Bianca faz parte da satirização da sociedade dada pelo autor. O casamento acontece, aparentemente, sem a permissão da moça.
  • 15. Shakespeare consegue, com sucesso, expressar o paradoxo que é a personalidade da mulher e, ao final, nos mostra a submissão da esposa ao marido de um outro ângulo. Catarina se submete à Petrucchio, mas não por ele ser homem e ter autoridade, mas por ele amá-la e fazer de tudo para que ela seja feliz.
  • 17. Trecho da fala da personagem Ludovica a Catarina “- Como todo homem, ele quer ter a ilusão de que manda na mulher, nos filhos, nos empregados. Nos empregados até que manda, porque ninguém quer se ver no olho da rua, sem eira nem beira, mas mesmo assim a gente desobedece... Nos filhos também poderá mandar, até certa idade, porque um dia eles crescem e começam a achar o pai antiquado, ranzinza, exigente demais. Só que os filhos que se rebelam abertamente podem acabar sendo deserdados, enquanto os que tentam dialogar com jeitinho ou até fingem concordar com tudo se dão bem...Com a mulher é a mesma coisa...ela deve tentar o diálogo e, se este não for possível, deve agir com habilidade, com... - Ludovica se calou por um instante, procurando lembrar-se da palavra que ouvira algumas vezes na sala do casarão, quando servia o jantar para os convidados do patrão, e por fim concluiu: - ...com diplomacia!"
  • 18. "[...] O mesmo dever que prende o servo ao soberano prende, ao marido, a mulher. E quando ela é teimosa, impertinente, azeda, desabrida, não obedecendo às suas ordens justas, que é então senão rebelde, infame, uma traidora que não merece as graças de seu amo e amante? Tenho vergonha de ver mulheres tão ingênuas que pensam em fazer guerra quando deviam ajoelhar e pedir paz. Ou procurando poder, supremacia e força quando deviam amar, servir, obedecer. Por que razão o nosso corpo é liso, macio, delicado, não preparado para a fadiga e a confusão do mundo, senão para que o nosso coração e o nosso espírito tenham delicadeza igual ao exterior? Vamos, vamos, vermes teimosos e impotentes. Também já tive um gênio tão difícil, um coração pior. E mais razão, talvez, pra revidar palavra por palavra, ofensa por ofensa. Vejo agora, porém, que nossas lanças são de palha. Nossa força é fraqueza, nossa fraqueza, sem remédio. E quanto mais queremos ser, menos nós somos. Assim, compreendido o inútil desse orgulho, devemos colocar as mãos, humildemente, sob os pés do senhor. Para esse dever, quando meu esposo quiser, a minha mão está pronta, se isso causar-lhe prazer." Petrucchio finalmente consegue "domar" a megera Catarina, que finaliza com um discurso, que possui o seguinte trecho:
  • 20. Profª Bia Buganeme Linguística / USP Esp. EAD SENAC-RJ Um tema bastante relevante para se discutir com os alunos é o “jogo da sedução”, a arte da conquista, a construção do amor e do respeito. Na verdade, mesmo levando-se em conta a época em que a peça foi escrita, ambos saem, a seu modo e contentamento, ganhando. Assim como somos educados para a vida escolar, a vida financeira, vida sexual, profissional, enfim, também temos que nos preparar para a vida afetiva e amorosa. A construção do Amor deve ser tema frequente de debates, saindo do lugar comum, do pieguismo afetivo ou religioso, mas levando-se em conta a sociedade moderna e as mudanças e conflitos a que todos somos expostos. Espero que a peça tenha suscitado a vontade de conhecer o texto de forma mais elaborada e que seja fonte de reflexão e prazer.