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A LIÇÃO DA BORBOLETA
Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta esforçando-
se para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo
era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter
perdido as forças, e ficou imóvel.
O homem, então, decidiu ajudar a borboleta; com uma tesoura, abriu o restante
do casulo, e libertando-a imediatamente. Mas seu corpo estava murcho e era
pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la, esperando que, a qualquer momento,
suas asas se abrissem e ela levantasse vôo. Mas nada disso aconteceu; na
verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo
murcho e asas encolhidas, incapaz de voar.
O que o homem – em sua gentileza e vontade de ajudar – não
compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta
para passar através da pequena abertura foi o modo escolhido pela natureza
para exercitá-la e fortalecer suas asas.
Algumas vezes, um esforço extra é justamente o que nos prepara para o
próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer este esforço, ou
quem tem uma ajuda errada, termina sem condições de vencer a batalha
seguinte, e jamais consegue voar até o seu destino.
A HISTÓRIA DA ÁGUIA E A GALINHA
Leonardo Boff, um autor consagrado pela suas obras publicadas e que
eum seu livro A Águia e a Galinha, define muito bem o lado águia e galinha do
ser humano. Enfim, ele nos leva a autoreflexão de que podemos o ser humano
pode ser melhor do que é. Boa leitura, Helena Ribeiro.
Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um
pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de
águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração
própria para galinhas.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um
naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
– Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia
– De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela
não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das
asas de quase três metros de extensão.
– Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem
um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
– Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como
águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a
bem alto e desafiando-a disse:
– Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à
terra, então abra suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava
distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou
para junto delas.
O camponês comentou:
– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
– Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será
sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.
Sussurrou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou
e foi para junto delas.
O camponês sorriu e voltou à graça:
– Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
– Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá
sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez.
Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo.
Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens,
no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:- Águia, já que
você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e
voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas
não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol,
para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do
horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico
kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a
voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou… voou… até
confundir-se com o azul do firmamento…”
Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas há pessoas
que nos fazem pensar como galinhas. Mas nós somos águias. Por isso,
abramos as asas e voemos. Voemos como águias. Cada pessoa tem dentro de
si uma águia. Ela quer nascer. Sente o chamado das alturas. Busca o sol. Por
isso somos constantemente desafiados a libertar a águia que nos habita.
Sejamos águias em nossas vidas e não galinhas!
E você, já se preparou para alçar seus vôos?
(Parábola citada em livro de Leonardo Boff)
No link http://www.youtube.com/watch?v=o-ajtO2fWpQ

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  • 1. A LIÇÃO DA BORBOLETA Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta esforçando- se para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças, e ficou imóvel. O homem, então, decidiu ajudar a borboleta; com uma tesoura, abriu o restante do casulo, e libertando-a imediatamente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observá-la, esperando que, a qualquer momento, suas asas se abrissem e ela levantasse vôo. Mas nada disso aconteceu; na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas, incapaz de voar. O que o homem – em sua gentileza e vontade de ajudar – não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura foi o modo escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas. Algumas vezes, um esforço extra é justamente o que nos prepara para o próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer este esforço, ou quem tem uma ajuda errada, termina sem condições de vencer a batalha seguinte, e jamais consegue voar até o seu destino.
  • 2. A HISTÓRIA DA ÁGUIA E A GALINHA Leonardo Boff, um autor consagrado pela suas obras publicadas e que eum seu livro A Águia e a Galinha, define muito bem o lado águia e galinha do ser humano. Enfim, ele nos leva a autoreflexão de que podemos o ser humano pode ser melhor do que é. Boa leitura, Helena Ribeiro. Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: – Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia – De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão. – Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas. – Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia. Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: – Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou: – Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha! – Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã. No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe: – Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
  • 3. Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas. O camponês sorriu e voltou à graça: – Eu lhe havia dito, ela virou galinha! – Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar. No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe! A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto. Voou… voou… até confundir-se com o azul do firmamento…” Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas há pessoas que nos fazem pensar como galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, abramos as asas e voemos. Voemos como águias. Cada pessoa tem dentro de si uma águia. Ela quer nascer. Sente o chamado das alturas. Busca o sol. Por isso somos constantemente desafiados a libertar a águia que nos habita. Sejamos águias em nossas vidas e não galinhas! E você, já se preparou para alçar seus vôos? (Parábola citada em livro de Leonardo Boff) No link http://www.youtube.com/watch?v=o-ajtO2fWpQ