O documento discute a dinâmica da notícia nas redes sociais como Twitter e Facebook. Apresenta uma proposta de categorização das ações participativas dos usuários nessas redes (filtro social e reverberação) e analisa como a recirculação de notícias ocorre nelas. O estudo combinou técnicas qualitativas e quantitativas para analisar postagens sobre um incêndio fatal em uma boate no Brasil.
A dinâmica da notícia nas redes sociais na internet: a forma de apresentação ...Maíra Evangelista de Sousa
O uso e as apropriações dos sites de redes sociais na internet pelo jornalismo têm sido cada vez maiores, visto que esses espaços atraem novos públicos e aproximam as organizações noticiosas de seus consumidores. Diante desse cenário, os veículos jornalísticos precisam pensar formas de publicar o conteúdo nesses ambientes. Consideramos que a dinâmica da notícia nas redes sociais na internet diz respeito à etapa de circulação – a partir da forma de apresentação e do conteúdo das postagens – e à subetapa recirculação – a partir das ações participativas dos usuários. Este artigo tem o objetivo de apresentar uma proposta de categorização da circulação da notícia nos sites de redes sociais a partir da forma de apresentação das postagens (texto, hipertexto e hipermídia) e de analisar as publicações dos perfis jornalísticos no Twitter e no Facebook, levando em conta as particularidades e as especificidades desses espaços. De caráter descritivo-analítico, a pesquisa combinou técnicas qualitativas e quantitativas. O objeto empírico é formado por postagens publicadas em janeiro de 2013 nas contas do Twitter e do Facebook do portal jornalístico Estadão sobre o incêndio na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul. A partir das categorias de análise estabelecidas, verificou-se que a forma padrão das postagens no Twitter é o hipertexto e, no Facebook, é a hipermídia.
A dinâmica da notícia nas redes sociais na internet: a circulação a partir do...Maíra Evangelista de Sousa
Nas redes sociais na internet a notícia é construída aos poucos, a partir de cada nova informação jornalística publicada, de cada replicação e comentário. Nesse sentido, usamos a expressão dinâmica da notícia por entendermos que esta deixa de ser um produto
entregue finalizado para o consumo e passa a ser mutável e contar com as ações participativas do público consumidor. Assim, consideramos que a dinâmica da notícia nas redes sociais na internet diz respeito à etapa de circulação - a partir da forma de apresentação e do conteúdo das postagens e à subetapa recirculação - a partir das ações participativas dos usuários. O objetivo deste artigo é apresentar uma proposta de categorização da circulação partindo do conteúdo das postagens (alerta, atualização, contextualização, impacto, convergência, colaboração e composto) e analisar como
a notícia é construída no Twitter e no Facebook. De caráter descritivo-analítico, o estudo
combinou técnicas qualitativas e quantitativas. A análise foi realizada com base nas postagens publicadas em janeiro de 2013 nas contas do Twitter e do Facebook do portal jornalístico Estadão sobre o incêndio na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria (RS). Os resultados demonstram que a notícia não só ganha outra dinâmica nas redes sociais na internet, como ocorre de maneira diferenciada em cada um dos espaços estudados.
Este documento discute como as redes sociais influenciam o jornalismo. Apresenta várias redes sociais como Facebook, Twitter e LinkedIn e explica como os jornalistas as usam para comunicar e obter informações rapidamente. Argumenta que as redes sociais transformaram as práticas jornalísticas e agora funcionam como filtros de notícias.
O documento discute redes sociais e mídias sociais, destacando:
1) Redes sociais envolvem relações sociais, enquanto mídias sociais também incluem relações comerciais e profissionais;
2) O Brasil lidera o compartilhamento de notícias nas redes, com 44% dos brasileiros compartilhando notícias;
3) Durante os protestos de 2013 no Brasil, reportagens da mídia brasileira dominaram o compartilhamento em redes sociais, embasando informações dos manifestantes.
O jornalismo nas redes sociais da internet ivone rochaIvone Rocha
O documento discute o papel do jornalismo na mídia social em 3 frases:
1) As redes sociais podem ser usadas como fontes de informação, filtros de informação e espaços para discussão de notícias.
2) O jornalismo colaborativo envolve a participação do leitor na produção de notícias de forma interativa.
3) É preciso ter ética e boas práticas ao usar redes sociais para evitar problemas como a demissão do jornalista Flávio Gomes da ESPN.
O documento analisa as estratégias emergentes de legitimação institucional de uma organização jornalística (Zero Hora) no Twitter. Foi realizada uma análise de conteúdo de tweets sobre um temporal no RS em 2009. Os resultados mostraram que 65,4% dos tweets tinham a função de difusão de informações, reforçando o papel informativo do jornalismo. No entanto, também ocorreram tweets de participação, compartilhamento e conversação, indicando que os usos do Twitter pelo jornal estão se tornando mais participativos
O documento discute o surgimento e o impacto das mídias sociais digitais no jornalismo. As mídias sociais permitem a participação descentralizada e conversação entre muitos usuários, desafiando o modelo de comunicação de massa tradicional. Jornalistas precisam adaptar suas estratégias para legitimar informações, aprofundar discussões e filtrar conteúdo em colaboração com o público nas redes sociais.
Transformações no processo de legitimação do jornalismo Luciana Carvalho
Este documento analisa como o jornal Zero Hora usa o Twitter para se legitimar institucionalmente em meio à crise de legitimação do jornalismo causada pela desintermediação proporcionada pelas mídias sociais. O estudo faz uma análise de conteúdo das postagens do jornal no Twitter durante a cobertura de um temporal no Rio Grande do Sul para entender como o jornal se apropria das mídias sociais para reforçar seu papel de intermediador entre fatos e público.
A dinâmica da notícia nas redes sociais na internet: a forma de apresentação ...Maíra Evangelista de Sousa
O uso e as apropriações dos sites de redes sociais na internet pelo jornalismo têm sido cada vez maiores, visto que esses espaços atraem novos públicos e aproximam as organizações noticiosas de seus consumidores. Diante desse cenário, os veículos jornalísticos precisam pensar formas de publicar o conteúdo nesses ambientes. Consideramos que a dinâmica da notícia nas redes sociais na internet diz respeito à etapa de circulação – a partir da forma de apresentação e do conteúdo das postagens – e à subetapa recirculação – a partir das ações participativas dos usuários. Este artigo tem o objetivo de apresentar uma proposta de categorização da circulação da notícia nos sites de redes sociais a partir da forma de apresentação das postagens (texto, hipertexto e hipermídia) e de analisar as publicações dos perfis jornalísticos no Twitter e no Facebook, levando em conta as particularidades e as especificidades desses espaços. De caráter descritivo-analítico, a pesquisa combinou técnicas qualitativas e quantitativas. O objeto empírico é formado por postagens publicadas em janeiro de 2013 nas contas do Twitter e do Facebook do portal jornalístico Estadão sobre o incêndio na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul. A partir das categorias de análise estabelecidas, verificou-se que a forma padrão das postagens no Twitter é o hipertexto e, no Facebook, é a hipermídia.
A dinâmica da notícia nas redes sociais na internet: a circulação a partir do...Maíra Evangelista de Sousa
Nas redes sociais na internet a notícia é construída aos poucos, a partir de cada nova informação jornalística publicada, de cada replicação e comentário. Nesse sentido, usamos a expressão dinâmica da notícia por entendermos que esta deixa de ser um produto
entregue finalizado para o consumo e passa a ser mutável e contar com as ações participativas do público consumidor. Assim, consideramos que a dinâmica da notícia nas redes sociais na internet diz respeito à etapa de circulação - a partir da forma de apresentação e do conteúdo das postagens e à subetapa recirculação - a partir das ações participativas dos usuários. O objetivo deste artigo é apresentar uma proposta de categorização da circulação partindo do conteúdo das postagens (alerta, atualização, contextualização, impacto, convergência, colaboração e composto) e analisar como
a notícia é construída no Twitter e no Facebook. De caráter descritivo-analítico, o estudo
combinou técnicas qualitativas e quantitativas. A análise foi realizada com base nas postagens publicadas em janeiro de 2013 nas contas do Twitter e do Facebook do portal jornalístico Estadão sobre o incêndio na Boate Kiss, na cidade de Santa Maria (RS). Os resultados demonstram que a notícia não só ganha outra dinâmica nas redes sociais na internet, como ocorre de maneira diferenciada em cada um dos espaços estudados.
Este documento discute como as redes sociais influenciam o jornalismo. Apresenta várias redes sociais como Facebook, Twitter e LinkedIn e explica como os jornalistas as usam para comunicar e obter informações rapidamente. Argumenta que as redes sociais transformaram as práticas jornalísticas e agora funcionam como filtros de notícias.
O documento discute redes sociais e mídias sociais, destacando:
1) Redes sociais envolvem relações sociais, enquanto mídias sociais também incluem relações comerciais e profissionais;
2) O Brasil lidera o compartilhamento de notícias nas redes, com 44% dos brasileiros compartilhando notícias;
3) Durante os protestos de 2013 no Brasil, reportagens da mídia brasileira dominaram o compartilhamento em redes sociais, embasando informações dos manifestantes.
O jornalismo nas redes sociais da internet ivone rochaIvone Rocha
O documento discute o papel do jornalismo na mídia social em 3 frases:
1) As redes sociais podem ser usadas como fontes de informação, filtros de informação e espaços para discussão de notícias.
2) O jornalismo colaborativo envolve a participação do leitor na produção de notícias de forma interativa.
3) É preciso ter ética e boas práticas ao usar redes sociais para evitar problemas como a demissão do jornalista Flávio Gomes da ESPN.
O documento analisa as estratégias emergentes de legitimação institucional de uma organização jornalística (Zero Hora) no Twitter. Foi realizada uma análise de conteúdo de tweets sobre um temporal no RS em 2009. Os resultados mostraram que 65,4% dos tweets tinham a função de difusão de informações, reforçando o papel informativo do jornalismo. No entanto, também ocorreram tweets de participação, compartilhamento e conversação, indicando que os usos do Twitter pelo jornal estão se tornando mais participativos
O documento discute o surgimento e o impacto das mídias sociais digitais no jornalismo. As mídias sociais permitem a participação descentralizada e conversação entre muitos usuários, desafiando o modelo de comunicação de massa tradicional. Jornalistas precisam adaptar suas estratégias para legitimar informações, aprofundar discussões e filtrar conteúdo em colaboração com o público nas redes sociais.
Transformações no processo de legitimação do jornalismo Luciana Carvalho
Este documento analisa como o jornal Zero Hora usa o Twitter para se legitimar institucionalmente em meio à crise de legitimação do jornalismo causada pela desintermediação proporcionada pelas mídias sociais. O estudo faz uma análise de conteúdo das postagens do jornal no Twitter durante a cobertura de um temporal no Rio Grande do Sul para entender como o jornal se apropria das mídias sociais para reforçar seu papel de intermediador entre fatos e público.
Espaços self media de jornalismo em redes sociaisMárcio Coutinho
Este artigo discute o conceito de self media enquanto comunicação alternativa e novo paradigma na difusão de conteúdos e a participação dos consumidores de informação na produção de material informativo em redes sociais. Foi usado como objeto de análise as fanpages sobre bairros do Rio de Janeiro que relatam problemas enfrentados pelos moradores locais e onde os usuários se assumem como produtores de conteúdo. A intenção não será a de ponderar sobre as estratégias discursivas utilizadas neste tipo de mídia e sim o poder de interatividade, influência e a perspectiva de adoção de uma nova forma de jornalismo open source a partir das redes sociais.
O documento discute as principais características do jornalismo online, incluindo interatividade, multimidialidade, personalização, memória e hipertextualidade. Também aborda conceitos como convergência midiática, cultura participativa e jornalismo colaborativo.
As mídias sociais colocando em xeque o monopólio da fala dos grandes veículosFlávia Lopes
No atual ambiente sociotécnico, a informação tem ganhado novos suportes, ocasionando uma mudança de paradigmas na maneira como as pessoas produzem e buscam conteúdo noticioso na atualidade. Hoje não se pode falar em produtores e consumidores de mídia como ocupantes de papéis separados, mas como “participantes interagindo de acordo com um novo conjunto de regras”. A partir dessa percepção, torna-se oportuno analisar como as ferramentas de mídias sociais, em especial o Twitter, têm atuado na reconfiguração das relações de poder e na mudança do jogo de sentidos no qual imprensa se insere. O monopólio da fala dos grandes veículos parece ter sido colocado em xeque. A partir de casos como “Cala Boca Galvao”, o “erro na publicidade do Extra” e a “fala de Dilma” no Twitter, pretende-se avaliar como a população e mesmo os veículos de comunicação estão tendo a percepção de que “a imprensa está nua”.
Este documento resume uma dissertação de mestrado sobre as estratégias emergentes de legitimação institucional do jornal Zero Hora no Twitter. A análise de conteúdo de tuítes revelou que inicialmente o jornal priorizou a difusão de informações, mas posteriormente passou a compartilhar mais conteúdo enviado por usuários, renovando seu papel de mediação.
1) O documento discute o formato de revistas online, comparando formatos como PDF e JPG. 2) Revistas online podem ser distribuídas em diversos formatos como HTML, PDF e Flash, permitindo diferentes níveis de interatividade. 3) No passado, revistas pioneiras na web utilizavam formatos como CD-ROM e cover mounts para disponibilizar conteúdo digital.
Políticas de conduta em mídias sociais: atribuição de relações públicasLaís Bueno
[1] O documento discute as políticas de conduta que organizações adotam para as mídias sociais visando minimizar riscos à sua reputação. [2] Ele explora estudos de manuais de conduta reais disponíveis online. [3] Também discute como as mídias sociais alteraram a relação entre organizações, comunicadores e públicos, dando voz aos consumidores.
Esta dissertação investiga as estratégias de abertura à participação de usuários adotadas por jornais brasileiros em seus websites. Analisa como a participação é normatizada para manter a distinção entre jornalistas e leitores, e como funciona principalmente para fidelizar o público ao veículo, ao invés de aprofundar o diálogo. Realizou mapeamento de espaços de participação em 31 jornais e pesquisa qualitativa em dois pernambucanos, encontrando evidências da normatização e de que a participação atua mais
A Relação entre Texto e Imagem nos Tweets Jornalísticos da @folha: uma Anális...Poliana Lopes
Este documento apresenta uma análise semiótica de dois tweets publicados pela conta da Folha de S.Paulo sobre manifestações contra o governo Dilma Rousseff em março de 2016. A análise identifica os elementos visuais e significados dos tweets por meio da metodologia proposta por Martine Joly. Os resultados indicam uma integração completa entre imagem e texto nos tweets, complementando-se de forma a reforçar mensagens sobre os protestos e posicionamento da Folha.
1) O documento analisa as redes sociais virtuais como espaços para construção de discursos e representações sociais, onde são veiculadas narrativas e opiniões.
2) Foi realizado um mapeamento de softwares sociais como Orkut e entrevistas com professores para analisar como essas ferramentas podem ser usadas em educação.
3) As redes sociais virtuais permitem a formação de laços sociais fracos e a disseminação rápida de informações entre pessoas distantes.
A INFORMAÇÃO AMOROSA NO ORKUT: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E DA CULTURA INFORMA...Ruleandson do Carmo Cruz
Projeto de qualificação do mestrado de Ruleandson do Carmo Cruz no PPGCI-UFMG, qualificado em 02 dez. 2009 sob orientação da profa. dra. Júlia Gonçalves da Silveira e avaliação das profa. dra. Cida Moura e Adiana Bogliolo.
O documento discute o uso de campanhas negativas nas eleições presidenciais brasileiras de 2014 no Facebook. A pesquisa analisa a frequência e direção dos ataques entre os candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves, além do apelo retórico dos ataques. O estudo busca compreender as estratégias de campanha negativa adotadas pelos candidatos na rede social.
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de três maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, tornando os leitores ativos; (2) revolucionando o jornalismo ao fornecer notícias em tempo real e dando voz aos cidadãos; (3) permitindo novas formas de mobilização social e protesto.
Ferramenta para análise de hipertextualidade em cibermeiosLarissa Vargas
Este documento analisa as características de hipertextualidade presentes em um site de notícias, incluindo a localização e tipo de menus, links dentro e fora do corpo do texto, e recursos multimídia. O documento descreve os resultados da análise de uma matéria específica sobre a remoção de policiais envolvidos na morte de um torcedor.
Login - uma experiência etnográfica sobre o uso de tecnologias morais - artig...Sérgio Gomes
Este artigo aborda o uso de quatro diferentes plataformas da internet
compreendidas enquanto escolhas de consumo permeadas por condições
econômicas, sociais e culturais distintas. Baseia-se em experiência etnográfica
realizada nos anos de 2012 e 2013 com homens gays da cidade de Montes
Claros no norte de Minas Gerais que buscavam conhecer novos parceiros na
rede mundial de computadores.
Discorre, assim, sobre as motivações de se escolher por uma ou outra
plataforma (chats, sites, redes ou aplicativos) elencando, entre outras
questões, o domínio de tecnologias morais, corporais e de comunicação
necessário para o uso dos serviços oferecidos. Apresenta como um dos
elementos diferenciadores desses serviços o nível de blindagem do segredo da
homossexualidade, o que possibilita reflexões acerca das intercessões
contínuas do virtual com físico.
Problematiza o consumo enquanto elemento de coesão e distinção dada
a sua capacidade de incluir e excluir pessoas em grupos que gozam de
oportunidades diferentes a partir de suas possibilidades de acesso a
determinados serviços. Reflete, ainda, sobre a relação econômica das
plataformas virtuais com os desejos e necessidade dos usuários.
Este documento analisa a relação dos usuários da internet com a coleta seletiva de lixo na cidade de Blumenau através da rede social Twitter. O estudo desenvolveu o produto "Recicla Blumenau" para divulgar informações sobre a importância da preservação ambiental usando o Twitter. Ele visa conscientizar os usuários sobre a coleta seletiva em Blumenau por meio de informações, dicas e interatividade.
Este documento resume um artigo sobre o ingresso do jornal Zero Hora no Twitter em 2008 e as considerações sobre práticas jornalísticas na mídia social digital. O artigo contextualiza o Twitter e sua funcionalidade, e analisa como o jornal usou a plataforma inicialmente para divulgação de manchetes e interação, marcando um início de inserção no ambiente digital.
Tmri sofia google inc act on general strike suzartSandro Santana
Attain to cpf 051 812 955 17 Google Inc act in General Strick SUZART
CPF 051 812 955 17 Demonstrations, and Business between Sandro Suzart and Google Inc to Federal Reserve
O AVANÇO DOS MEIOS DIGITAIS E A PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO: Como as redes sociais...Karina Perussi
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de 3 maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, levando a uma cultura colaborativa; (2) tornando o Twitter uma importante fonte de notícias, como na morte de Bin Laden; (3) possibilitando mobilizações políticas e sociais, como os protestos no Irã e a eleição de Obama.
O documento discute as redes sociais e seu impacto no jornalismo. Apresenta definições de redes sociais e como elas funcionam como fontes, filtros e espaços de reverberação de informações. Também analisa como essas características podem ser relevantes para o jornalismo e como as redes sociais mudaram as práticas jornalísticas e estimulado maior participação do público.
Este artigo discute como profissionais de relações públicas podem usar mídias sociais como ferramentas de comunicação para gerenciar crises. As mídias sociais estão se tornando parte importante da comunicação entre organizações e públicos, e podem ajudar a espalhar informações rapidamente durante uma crise, mas requerem planejamento e profissionais capacitados para lidar com possíveis conflitos nesses ambientes.
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso do Twitter por jornalistas da TV Record RS. Ele apresenta o problema e objetivos da pesquisa, incluindo caracterizar os perfis dos jornalistas e entender como eles usam o Twitter. Também aborda a justificativa e revisão teórica sobre redes sociais e a mídia Twitter.
Espaços self media de jornalismo em redes sociaisMárcio Coutinho
Este artigo discute o conceito de self media enquanto comunicação alternativa e novo paradigma na difusão de conteúdos e a participação dos consumidores de informação na produção de material informativo em redes sociais. Foi usado como objeto de análise as fanpages sobre bairros do Rio de Janeiro que relatam problemas enfrentados pelos moradores locais e onde os usuários se assumem como produtores de conteúdo. A intenção não será a de ponderar sobre as estratégias discursivas utilizadas neste tipo de mídia e sim o poder de interatividade, influência e a perspectiva de adoção de uma nova forma de jornalismo open source a partir das redes sociais.
O documento discute as principais características do jornalismo online, incluindo interatividade, multimidialidade, personalização, memória e hipertextualidade. Também aborda conceitos como convergência midiática, cultura participativa e jornalismo colaborativo.
As mídias sociais colocando em xeque o monopólio da fala dos grandes veículosFlávia Lopes
No atual ambiente sociotécnico, a informação tem ganhado novos suportes, ocasionando uma mudança de paradigmas na maneira como as pessoas produzem e buscam conteúdo noticioso na atualidade. Hoje não se pode falar em produtores e consumidores de mídia como ocupantes de papéis separados, mas como “participantes interagindo de acordo com um novo conjunto de regras”. A partir dessa percepção, torna-se oportuno analisar como as ferramentas de mídias sociais, em especial o Twitter, têm atuado na reconfiguração das relações de poder e na mudança do jogo de sentidos no qual imprensa se insere. O monopólio da fala dos grandes veículos parece ter sido colocado em xeque. A partir de casos como “Cala Boca Galvao”, o “erro na publicidade do Extra” e a “fala de Dilma” no Twitter, pretende-se avaliar como a população e mesmo os veículos de comunicação estão tendo a percepção de que “a imprensa está nua”.
Este documento resume uma dissertação de mestrado sobre as estratégias emergentes de legitimação institucional do jornal Zero Hora no Twitter. A análise de conteúdo de tuítes revelou que inicialmente o jornal priorizou a difusão de informações, mas posteriormente passou a compartilhar mais conteúdo enviado por usuários, renovando seu papel de mediação.
1) O documento discute o formato de revistas online, comparando formatos como PDF e JPG. 2) Revistas online podem ser distribuídas em diversos formatos como HTML, PDF e Flash, permitindo diferentes níveis de interatividade. 3) No passado, revistas pioneiras na web utilizavam formatos como CD-ROM e cover mounts para disponibilizar conteúdo digital.
Políticas de conduta em mídias sociais: atribuição de relações públicasLaís Bueno
[1] O documento discute as políticas de conduta que organizações adotam para as mídias sociais visando minimizar riscos à sua reputação. [2] Ele explora estudos de manuais de conduta reais disponíveis online. [3] Também discute como as mídias sociais alteraram a relação entre organizações, comunicadores e públicos, dando voz aos consumidores.
Esta dissertação investiga as estratégias de abertura à participação de usuários adotadas por jornais brasileiros em seus websites. Analisa como a participação é normatizada para manter a distinção entre jornalistas e leitores, e como funciona principalmente para fidelizar o público ao veículo, ao invés de aprofundar o diálogo. Realizou mapeamento de espaços de participação em 31 jornais e pesquisa qualitativa em dois pernambucanos, encontrando evidências da normatização e de que a participação atua mais
A Relação entre Texto e Imagem nos Tweets Jornalísticos da @folha: uma Anális...Poliana Lopes
Este documento apresenta uma análise semiótica de dois tweets publicados pela conta da Folha de S.Paulo sobre manifestações contra o governo Dilma Rousseff em março de 2016. A análise identifica os elementos visuais e significados dos tweets por meio da metodologia proposta por Martine Joly. Os resultados indicam uma integração completa entre imagem e texto nos tweets, complementando-se de forma a reforçar mensagens sobre os protestos e posicionamento da Folha.
1) O documento analisa as redes sociais virtuais como espaços para construção de discursos e representações sociais, onde são veiculadas narrativas e opiniões.
2) Foi realizado um mapeamento de softwares sociais como Orkut e entrevistas com professores para analisar como essas ferramentas podem ser usadas em educação.
3) As redes sociais virtuais permitem a formação de laços sociais fracos e a disseminação rápida de informações entre pessoas distantes.
A INFORMAÇÃO AMOROSA NO ORKUT: ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E DA CULTURA INFORMA...Ruleandson do Carmo Cruz
Projeto de qualificação do mestrado de Ruleandson do Carmo Cruz no PPGCI-UFMG, qualificado em 02 dez. 2009 sob orientação da profa. dra. Júlia Gonçalves da Silveira e avaliação das profa. dra. Cida Moura e Adiana Bogliolo.
O documento discute o uso de campanhas negativas nas eleições presidenciais brasileiras de 2014 no Facebook. A pesquisa analisa a frequência e direção dos ataques entre os candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves, além do apelo retórico dos ataques. O estudo busca compreender as estratégias de campanha negativa adotadas pelos candidatos na rede social.
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de três maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, tornando os leitores ativos; (2) revolucionando o jornalismo ao fornecer notícias em tempo real e dando voz aos cidadãos; (3) permitindo novas formas de mobilização social e protesto.
Ferramenta para análise de hipertextualidade em cibermeiosLarissa Vargas
Este documento analisa as características de hipertextualidade presentes em um site de notícias, incluindo a localização e tipo de menus, links dentro e fora do corpo do texto, e recursos multimídia. O documento descreve os resultados da análise de uma matéria específica sobre a remoção de policiais envolvidos na morte de um torcedor.
Login - uma experiência etnográfica sobre o uso de tecnologias morais - artig...Sérgio Gomes
Este artigo aborda o uso de quatro diferentes plataformas da internet
compreendidas enquanto escolhas de consumo permeadas por condições
econômicas, sociais e culturais distintas. Baseia-se em experiência etnográfica
realizada nos anos de 2012 e 2013 com homens gays da cidade de Montes
Claros no norte de Minas Gerais que buscavam conhecer novos parceiros na
rede mundial de computadores.
Discorre, assim, sobre as motivações de se escolher por uma ou outra
plataforma (chats, sites, redes ou aplicativos) elencando, entre outras
questões, o domínio de tecnologias morais, corporais e de comunicação
necessário para o uso dos serviços oferecidos. Apresenta como um dos
elementos diferenciadores desses serviços o nível de blindagem do segredo da
homossexualidade, o que possibilita reflexões acerca das intercessões
contínuas do virtual com físico.
Problematiza o consumo enquanto elemento de coesão e distinção dada
a sua capacidade de incluir e excluir pessoas em grupos que gozam de
oportunidades diferentes a partir de suas possibilidades de acesso a
determinados serviços. Reflete, ainda, sobre a relação econômica das
plataformas virtuais com os desejos e necessidade dos usuários.
Este documento analisa a relação dos usuários da internet com a coleta seletiva de lixo na cidade de Blumenau através da rede social Twitter. O estudo desenvolveu o produto "Recicla Blumenau" para divulgar informações sobre a importância da preservação ambiental usando o Twitter. Ele visa conscientizar os usuários sobre a coleta seletiva em Blumenau por meio de informações, dicas e interatividade.
Este documento resume um artigo sobre o ingresso do jornal Zero Hora no Twitter em 2008 e as considerações sobre práticas jornalísticas na mídia social digital. O artigo contextualiza o Twitter e sua funcionalidade, e analisa como o jornal usou a plataforma inicialmente para divulgação de manchetes e interação, marcando um início de inserção no ambiente digital.
Tmri sofia google inc act on general strike suzartSandro Santana
Attain to cpf 051 812 955 17 Google Inc act in General Strick SUZART
CPF 051 812 955 17 Demonstrations, and Business between Sandro Suzart and Google Inc to Federal Reserve
O AVANÇO DOS MEIOS DIGITAIS E A PRODUÇÃO DE INFORMAÇÃO: Como as redes sociais...Karina Perussi
O documento discute como as redes sociais estão transformando a comunicação, o jornalismo e a sociedade de 3 maneiras: (1) permitindo que todos produzam e recebam informações, levando a uma cultura colaborativa; (2) tornando o Twitter uma importante fonte de notícias, como na morte de Bin Laden; (3) possibilitando mobilizações políticas e sociais, como os protestos no Irã e a eleição de Obama.
O documento discute as redes sociais e seu impacto no jornalismo. Apresenta definições de redes sociais e como elas funcionam como fontes, filtros e espaços de reverberação de informações. Também analisa como essas características podem ser relevantes para o jornalismo e como as redes sociais mudaram as práticas jornalísticas e estimulado maior participação do público.
Este artigo discute como profissionais de relações públicas podem usar mídias sociais como ferramentas de comunicação para gerenciar crises. As mídias sociais estão se tornando parte importante da comunicação entre organizações e públicos, e podem ajudar a espalhar informações rapidamente durante uma crise, mas requerem planejamento e profissionais capacitados para lidar com possíveis conflitos nesses ambientes.
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso do Twitter por jornalistas da TV Record RS. Ele apresenta o problema e objetivos da pesquisa, incluindo caracterizar os perfis dos jornalistas e entender como eles usam o Twitter. Também aborda a justificativa e revisão teórica sobre redes sociais e a mídia Twitter.
Monitoramento Online e Vigilância nas Eleições 2010Tarcízio Silva
O documento discute o monitoramento e vigilância de conteúdo online durante as eleições brasileiras de 2010. Ele explica como o monitoramento profissional se desenvolveu com o uso de softwares que coletam e analisam conteúdo das mídias sociais. Também explora como as campanhas políticas podem usar o monitoramento para identificar influenciadores, avaliar riscos, entender públicos e tomar decisões.
Este documento discute o papel das redes sociais na comunicação da sociedade no século XXI. Analisa os principais tipos de redes sociais no Brasil em 2013, perfis de usuários e como as redes sociais podem ser usadas para divulgar notícias, embora seja necessária cautela para verificar a credibilidade das informações. Um caso sobre a divulgação incorreta da morte de uma celebridade através das redes sociais é usado para ilustrar este ponto.
Wikipedia, democracy and local elections in São Paulo: a study of the developing of articles edited during the election campaign in 2012.
Sabe-se que a Wikipédia é um sistema colaborativo do qual múltiplos agentes podem participar escrevendo ou editando verbetes. Não obstante, embora os princípios da enciclopédia defendam a neutralidade das informações ali publicadas, são comuns as denúncias de alterações realizadas com a finalidade de beneficiar ou prejudicar atores políticos. O objetivo deste artigo é examinar a dinâmica de edições dos verbetes relativos aos três principais candidatos que disputaram a Prefeitura de São Paulo em 2012: Celso Russomanno, Fernando Haddad e José Serra. Considera-se o intervalo entre 2008 e 2012 como referência para explorar,
entre outras variáveis, os índices de page views e as tendências das edições ao longo do tempo. Concluiu-se
que o acirramento da disputa, característico do período eleitoral, influencia a quantidade de acesso a tais
verbetes, de modificações neles efetuadas, e a natureza da interação entre os colaboradores cadastrados.
A relevancia das mídias sociais para a indústria da moda blogs como plataform...Renata Arruda
RESUMO
O que justifica a construção deste artigo é considerar a importante atuação das mídias sociais
para a indústria da moda. Este estudo vem contribuir para o entendimento e esclarecimento da
influência que as redes sociais detêm diariamente no processo de disseminação de marcas,
identificar quais são as razões que fizeram com que os blogs se tornassem meios relevantes de
divulgação e venda de produtos fabricados pela indústria da moda e como essa exposição
poderá refletir na venda do produto final. O foco nos blogs é justificado pela constatação de
que as redes sociais e o ambiente web de venda são geradores de compartilhamento da
informação, conhecimento e aprendizagem, propiciando resultados rápidos por meio da
interação. O que caracteriza o aprofundamento da reflexão sobre a relação entre blog, a
indústria da moda e sua intensidade, o conhecimento sobre ferramentas que potencializam o
marketing de moda no ambiente digital e a análise dos resultados sobre a importância do
investimento em marketing digital pela indústria da moda
1) A pesquisa em comunicação de massa tradicionalmente se concentrou na televisão e no jornal impresso, considerando a mídia como poderosa e a audiência como passiva.
2) Com a Internet, pesquisadores importaram esses mesmos conceitos, focando no "uso da Internet" sem considerar suas características interativas.
3) É melhor conceitualizar o "uso da Internet" em termos de "affordances", ou possibilidades de ação percebidas pelos usuários, como ler, comentar e publicar.
Este painel aborda a aplicação dos métodos bibliométricos e cientométricos aplicados na avaliação dos periódicos e das pesquisas que publicam.
A mensuração de impacto de periódicos científicos por meio de citações tem origem nas atividades dos documentalistas do final do século XIX, no intuito de organizar as publicações de áreas específicas. Os desdobramentos destes esforços logo lançaram mão de abordagens quantitativas visando a compreensão de tendências, que permitiram estabelecer, por exemplo, o núcleo de periódicos e autores nas diversas áreas, tornando-se insumo importante para historiadores e sociólogos da ciência.
No que diz respeito ao tratamento da informação científica, os ensaios da primeira metade do século XX se materializaram em um sistema que ofereceria uma nova forma de recuperação da informação – no sentido diacrônico –, permitindo identificar a relação que a literatura passa a estabelecer a partir da publicação de um artigo. A esta relação, que expressa a repercussão de um novo conhecimento na literatura, não levou muito tempo para se atribuir a ideia de impacto científico, cuja expressão se dá através da citação. O índice de citação então revoluciona a maneira de acessar a literatura na segunda metade do mesmo século, ao mesmo tempo em que se torna uma fonte exclusiva para os indicadores de impacto, que a partir dali passariam a representar a ciência mundial em processos avaliativos ao redor do mundo.
Na virada para o século XXI, diversos fatores – como o custo das assinaturas, a sub representatividade da literatura científica de países cujo idioma não é o inglês, assim como as diferentes práticas de comunicação científica entre áreas do conhecimento – deram lugar a iniciativas que visavam fontes de informação mais abrangentes, e que ao mesmo tempo viabilizassem o acesso livre à informação científica. Contudo, além da questão do acesso, a já estabelecida necessidade de mensuração de impacto não poderia ser ignorada, a fim de prover os consolidados processos de avaliação da produção científica com indicadores mais adequados.
Neste sentido, é preciso que as novas fontes de informação, tirando proveito das novas metodologias propostas pela comunidade especialista em métodos quantitativos de avaliação da ciência, possam contribuir com indicadores que tornem a avaliação da produção científica nacional (brasileira) mais condizente com a realidade nacional. Logrando este feito, espera-se que as discussões do grupo contribuam não apenas para evidenciar o melhor do que tem sido produzido localmente, mas permitir que periódicos científicos editados nacionalmente, em particular, os da Rede SciELO, tenham seu impacto reconhecido, viabilizando uma circulação do conhecimento científico global e inclusiva.
Ementa
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2) Ele propõe que as bases de dados atuem como "dispositivos" que orientam a produção colaborativa de conteúdo;
3) A liberação de APIs e bases de dados por organizações jornalísticas inaugura uma "segunda fase" do jornalismo colaborativo.
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Semelhante a A dinâmica da notícia nas redes sociais na internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook (20)
A dinâmica da notícia nas redes sociais na internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook
1. A dinâmica da notícia nas redes sociais na Internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 33, p. 133-153, maio/ago. 2015.
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A dinâmica da notícia nas redes
sociais na internet: uma
categorização das ações
participativas dos usuários no
Twitter e no Facebook1
Maíra de Cássia Evangelista de Sousa
Doutoranda; Universidade Federal do Rio Grande do Sul
jornalista.maira@gmail.com
Resumo
A dinâmica da notícia nas redes sociais na internet está
relacionada à etapa de circulação a partir da forma de
apresentação e do conteúdo das postagens e à recirculação a
partir das ações participativas dos usuários. Neste artigo, o
objetivo é apresentar uma proposta de categorização da
recirculação no Twitter e no Facebook de acordo com as ações
participativas dos usuários (filtro social e reverberação) e
analisar como se dá essa recirculação nas redes sociais na
internet. De caráter descritivo-analítico, o estudo combinou
técnicas qualitativas e quantitativas. A análise foi realizada a
partir de postagens publicadas em janeiro de 2013 nas contas
do Twitter e do Facebook do portal jornalístico Estadão sobre o
incêndio na Boate Kiss, ocorrido na cidade de Santa Maria (RS).
Palavras-chave
Notícia. Circulação. Redes sociais na internet.
1 Introdução
As redes sociais na internet (RSIs) facilitam a publicação, a discussão e o
compartilhamento de conteúdo em um modelo de comunicação cada vez mais configurado
pela participação. Nesse sentido, pesquisas apontam o aumento da prática de comentar e
compartilhar artigos nas redes sociais na internet. Segundo o The State of the News Media
1 Uma versão preliminar deste artigo foi apresentada no GT Estudos de Jornalismo do XXIII Encontro Anual da Compós,
realizado em maio de 2014, em Belém (PA).
2. A dinâmica da notícia nas redes sociais na Internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 33, p. 133-153, maio/ago. 2015.
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20132, as pessoas acabam dando mais atenção às notícias indicadas por amigos ou
familiares. O Brasil tem sido apontado como um dos países com maior participação nos sites
de redes sociais, o que reflete também no consumo e na indicação de conteúdos de cunho
noticioso. De acordo com o relatório do Reuters Institute Digital News Report 20133, 51% dos
brasileiros usam esses espaços como fonte de informação4 . Nesse contexto, os sites de redes
sociais já se apresentam entre os cinco principais meios de informação para 60% da
amostra. Quando o assunto é participação, 44% afirmam compartilhar ao menos uma
notícia por semana por meio de algum site de rede social e 32% fazem isso por e-mail.
Consideramos que nas redes sociais na internet, a notícia é construída e adaptada
constantemente a partir das particularidades e das especificidades dos espaços no qual
circula. Ao mesmo tempo, cada parte desta notícia é discutida, distribuída e enriquecida
pelas ações participativas dos usuários. Nesse sentido, o conceito de dinâmica da notícia nas
redes sociais na internet (LONGHI; SOUSA, 2012), neste trabalho, será referente ao
movimento da notícia provocado pela interação dos actantes5 da rede que a reconfiguram
constantemente. Logo, envolve as organizações jornalísticas que as publicam, os usuários
que comentam, replicam e algumas vezes à ressignificam e ainda, os sites de redes sociais e
suas ferramentas6, que permitem as ações das organizações jornalísticas e dos usuários.
Entendendo que a dinâmica da notícia diz respeito à etapa de circulação a partir da
forma de apresentação e do conteúdo das postagens e à recirculação por via das ações
participativas dos usuários, definimos categorias de análise dessas três naturezas7 na
dissertação de mestrado (SOUSA, 2013). Neste artigo, o objetivo é apresentar,
especificamente, a proposta de categorização da recirculação das postagens a partir das
ações participativas dos usuários (filtro social e reverberação) e analisar como se dá essa
recirculação.
2 Relatório anual sobre a situação do Jornalismo nos Estados Unidos da América. In: The State of the news media. The Pew
Research Center’s Project for Excellence in Journalism. EUA, 18 mar. 2013. Disponível em <http://stateofthemedia.org/>.
Acesso em: 19 abr. 2013.
3 A pesquisa foi realizada nos meses de janeiro e fevereiro de 2013 em nove países do mundo: Brasil, França, Alemanha,
Dinamarca, Espanha, Itália, Japão, EUA e Reino Unido. In: Reuters Institute Digital News Report 2013. Tracking the Future of
News. Reuters Institute for the Study of Journalism. Disponível em:
<https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/fileadmin/documents/Publications/Working_Papers/Digital_News_Report_2013.pd
f>. Acesso em: 04 jul. 2013.
4 Os dados se baseiam na população urbana do Brasil.
5 Segundo a Teoria Ator-Rede, os actantes são considerados instâncias como usuários, ferramentas, tecnologias, códigos, dentre
outros, que geram interações na rede (LATOUR, 2012).
6 Na perspectiva da Teoria Ator-Rede, os sites de redes sociais e todas as suas ferramentas que permitem a circulação e a
reconfiguração da notícia no ciberespaço são considerados atores da rede, como exemplo: o botão compartilhar do Facebook
ou o retweet do Twitter (LATOUR, 2012).
7 1. Circulação a partir da forma de apresentação das postagens; 2. Circulação a partir do conteúdo das postagens; 3.
Recirculação a partir das ações participativas do usuário.
3. A dinâmica da notícia nas redes sociais na Internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook
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O estudo de caráter descritivo-analítico combinou técnicas qualitativas e
quantitativas. A análise foi realizada com base em 121 postagens do portal jornalístico
Estadão no Twitter (Twitter.com/estadao) e 69 no Facebook (Facebook.com/estadao),
publicadas entre os dias 27 e 31 de janeiro de 2013, sobre o incêndio ocorrido na Boate Kiss,
na cidade de Santa Maria (RS). Na ocasião, 242 jovens morreram. O acontecimento foi
considerado a quinta maior tragédia do Brasil, sendo a segunda maior em quantidade de
mortos em incêndio, e é tido como a maior tragédia do Rio Grande do Sul. O caso ganhou
grande repercussão no jornalismo brasileiro e internacional, ficando conhecido como a
Tragédia de Santa Maria.
2 Interseções entre jornalismo, redes sociais na internet e cultura
participativa
As redes sociais na internet são representações de atores e suas conexões
(WASSERMAN; FAUST, 19948; DEGENNE; FORSÉ, 19999 apud RECUERO, 2009a).
Considerando a Teoria Ator-Rede (LATOUR, 2012), os atores podem ser humanos e não
humanos, e, portanto, chamados de actantes.
Com a expansão da internet e o aumento do uso dos sites de redes sociais a partir dos
anos 2000, as organizações noticiosas começam a também utilizar esses espaços, que têm se
constituído na “alma do jornalismo na internet” (LONGHI; FLORES; WEBER, 2011, p. 19).
Segundo Lara (2008), só oferecer informação não é mais o suficiente: “É preciso fornecer
espaços de comunicação e socialização às audiências. [...] o objetivo está em captar novos
públicos e a audiência em redes sociais”. (LARA, 2008, documento eletrônico não paginado,
tradução nossa)10.
As redes sociais na internet beneficiam os veículos jornalísticos, uma vez que
favorecem: “1) melhora da identidade da marca, 2) fidelização dos leitores e 3)
interatividade: beneficia os meios como plataforma de distribuição de seus conteúdos entre
as redes, produzindo um efeito em cadeia, entre os membros da rede social e melhorando
8 WASSERMAN, Stanley; FAUST, Katherine. Social Network Analysis. Methods and Applications. Cambridge, UK: Cambridge
University Press, 1994.
9 DEGENNE, Alain; FORSÉ, Michel. Introducing Social Networks. London: Sage, 1999.
10 No original: “Como ‘medios de comunicación social’, han de proveer de espacios de comunicación y socialización a sus
audiencias. [...] el reto estriba en captar nuevos públicos y convertir a sus audiencias en redes sociales”. (LARA, 2008, documento
eletrônico não paginado).
4. A dinâmica da notícia nas redes sociais na Internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook
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sua repercussão”. (ORIHUELA, 200911 apud VIVAR; CEBRIAN HERREROS, 2011, p. 163,
tradução nossa)12. Desta forma, esses espaços são considerados como uma grande
oportunidade para obter benefícios econômicos. Segundo Vivar e Cebrian Herreros (2011),
as RSIs ampliam o público de qualquer organização de notícias:
Os links para os meios fornecidos pela própria empresa ou pelos usuários
das redes sociais possibilitam um maior índice de penetração nos sites das
mídias e um maior conhecimento da oferta dos meios de comunicação.
Assim, e com este sistema, a imprensa escrita alcança um maior número de
usuários únicos, aumentam os seus visitantes e o tempo médio de
navegação do usuário no site da mídia. Através das redes sociais, qualquer
mídia consegue mais informações sobre seu público (afinidades, dados
interesse...). Assim, a imprensa informativa tem a possibilidade de
segmentar sua audiência por grupos em função de seus interesses,
aumentando assim, consideravelmente, a eficácia do impacto. (VIVAR;
CEBRIAN HERREROS, 2011, p. 166, tradução nossa)13.
Nesse sentido, podemos considerá-las como verdadeiras vitrines para o conteúdo dos
veículos jornalísticos. Ao analisar o atual cenário da indústria midiática, Primo (2013)
destaca que a forma como a convergência vem sendo definida, tem agradado, sobretudo, à
indústria, que tem retrabalhado a participação do público:
Quando se pensava que os grupos midiáticos não resistiriam à
popularização das tecnologias digitais e à livre expressão em rede, o
contra-ataque veio incorporando as próprias estratégias que lhes
ameaçavam: user-generated contend, serviços de comentários, retuítes,
enquetes, blogs e todo sabor de “redes sociais”. É bem verdade que as
indústrias midiáticas continuam em crise, mas elas continuam em luta e
não baixam a guarda. A queda das vendagens de jornais, e até mesmo o
fechamento de muitos periódicos impressos, não significa que os
webjornais participativos tomaram esse lugar. O que se observa, pelo
contrário, é o incremento progressivo das ações de recirculação com links
para sites jornalísticos daquelas mesmas corporações jornalísticas.
(PRIMO, 2013, p. 23).
As redes sociais na internet vêm para mostrar que as pessoas querem se comunicar e
estar juntas, mesmo que em rede, visto que somos criaturas sociais (SANTAELLA; LEMOS,
11 ORIHUELA, José Luis. (2009). Redes sociales y educación. Disponível em:
<http://www.ecuaderno.com/2009/03/10/redes-sociales-y-educacion>. Acesso em: 05 jan. 2012.
12 No original: “1) Mejorar su identidad de marca, 2) Fidelización de los lectores y 3) Interactividad: beneficia a los medios como
plataforma de distribución de sus contenidos entre las redes, produciendo un efecto cadena entre los miembros de la red social y
mejorando su repercusión”. (ORIHUELA, 2009, op cit. apud VIVAR; CEBRIAN HERREROS, 2011, p. 164).
13 No original: “Los enlaces hacia los medios proporcionados por la propia empresa o por los usuarios de las redes sociales
posibilitan un mayor índice de penetración en los sites de los medios y um mayor conocimiento de la oferta del medio de
comunicación. Así y con este sistema, la prensa escrita alcanza un mayor número de usuarios únicos, aumentan sus visitan y
crece el tiempo de navegación del usuario en la web del médio. A través de las redes sociales, cualquier medio consigue mayor
información sobre su público (afinidades, datos de interés…). Así, la empresa informativa tiene la posibilidad de segmentar a su
audiencia por grupos en función de sus intereses, con lo que la eficacia del impacto aumenta considerablemente”. (VIVAR;
CEBRIAN HERREROS, 2011, p. 166).
5. A dinâmica da notícia nas redes sociais na Internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook
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2010). Nessa premissa, Shirky (2012) associa os seres humanos aos primatas, como
chimpanzés e gorilas, para explicar que vamos mais além que eles na formação de grupos.
Dessa forma, temos habilidades sociais formadas por grande inteligência individual, o que
nos torna diferentes de outras criaturas.
Isso é importante para compreendermos as transformações que as tecnologias digitais
têm causado à sociedade, uma vez que “Estamos vivendo em meio a um extraordinário
aumento de nossas capacidades de compartilhar, de cooperar uns com os outros e de
empreender ações coletivas, tudo isso fora da estrutura de instituições e organizações
tradicionais”. (SHIRKY, 2012, p. 23). Nesse contexto, diferentemente do que ocorria nos
anos 1990, em que as pessoas não faziam questão de ter uma vida on-line, atualmente, elas
não só o fazem como estão cada vez mais conectadas. Isso acontece porque antes as pessoas
não estavam on-line, mas hoje “[...] computadores e telefones cada vez mais
computadorizados foram amplamente adotados, toda a noção de ciberespaço está
começando a desaparecer”. (SHIRKY, 2011, p. 37). Assim, a ideia de um mundo real e de um
mundo virtual desvinculados tem sido ofuscada cada vez mais. Logo, “[...] nossas
ferramentas de mídia social não são uma alternativa para a vida real, são parte dela”.
(SHIRKY, 2011, p. 37).
Nesse contexto, a palavra participação ganha cada vez mais importância. Os sites de
redes sociais favorecem a publicação, o comentário, o compartilhamento de informações e a
produção coletiva de conteúdo, transformando o ecossistema midiático e o modelo padrão
de comunicação do século XX existentes desde a institucionalização do jornalismo com
produtores profissionais e consumidores amadores. A partir desse novo ecossistema
midiático que abarca além das tradicionais organizações midiáticas, os usuários, agora
considerados consumidores e produtores de conteúdo, é que surge o conceito de cultura
participativa (JENKINS; FORD; GREEN, 2013; SHIRKY, 2011; JENKINS, 2009).
Antes do século XX, uma parte da cultura era participativa (encontros locais, eventos e
performances), mas não precisava de uma expressão para defini-la, segundo Shirky (2011).
Porém, a desagregação da vida social foi tamanha no século XXI, que agora temos o termo
cultura participativa para descrever o atual momento, em que “[...] o simples ato de criar
algo com outras pessoas em mente e então compartilhá-lo com elas representa, no mínimo,
um eco daquele antigo modelo de cultura, agora em roupagem tecnológica” (SHIRKY, 2011,
p. 23). Assim, a mídia é considerada por Shirky (2011, p. 25) um triatlo "[...] com três
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enfoques diferentes: as pessoas gostam de consumir, mas também gostam de produzir e de
compartilhar”. Porém, segundo o autor, até recentemente o único enfoque considerado era o
consumo.
Para Jenkins, Ford e Green (2013), o conceito de cultura participativa evoluiu. Em
1992, quando cunhado por Jenkins, se referia à “[...] produção cultural e as interações sociais
de comunidades de fãs, inicialmente buscando uma maneira de diferençar as atividades de
fãs de outras formas de espectador”. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 02, tradução
nossa)14. Atualmente, o termo diz respeito a “[...] uma diversidade de grupos que dispõe de
produção e distribuição da mídia para servir a interesses coletivos. Vários estudiosos têm
vinculado considerações do fandom15 em um discurso mais amplo sobre participação na e
através da mídia”. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 02, tradução nossa)16.
Essa nova forma de circulação de conteúdo midiático que envolve o público
consumidor, que se transforma também em produtor e filtro distribuidor de conteúdo,
indica um modelo de cultura mais participativo, uma vez que as ferramentas permitem o
envolvimento das pessoas, ao mesmo tempo em que elas querem compartilhar, assim, a
união dessas novas práticas sociais e culturais relacionadas às novas tecnologias cria o que
os autores denominaram de cultura em rede17 (JENKINS; FORD; GREEN, 2013).
As audiências vêm se remodelando. No entanto, as pessoas não estão compartilhando
apenas por conta das possibilidades oferecidas agora pelas tecnologias, mas sim porque elas
já faziam por meio do boca a boca. Para Jenkins, Ford e Green (2013), é preciso entender as
práticas culturais que são anteriores a essas tecnologias e que evoluem com ela:
Enquanto as novas ferramentas têm proliferado a maneira pela qual as
pessoas podem difundir materiais, fazer recomendações boca a boca e
partilhar conteúdos midiáticos são impulsos que há muito tempo conduz a
forma como as pessoas interagem umas com as outras. Talvez nada seja
mais humano do que compartilhar histórias, seja pelo fogo ou pela
"nuvem". (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 02-03, tradução nossa)18.
14 No original: “The cultural production and social interactions of fan communities, initially seeking a way to differentiate the
activities of fans from other forms of spectatorship” (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 02).
15 Significa conjunto de fãs que se unem por conta de uma obra literária, televisiva, etc.
16 No original: “A range of different groups deploying media production and distribution to serve their collective interests, as
various scholars have linked considerations of fandom into a broader discourse about participation in and through media”.
(JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 02).
17 No original: “networked culture”.
18 No original: “While new tools have proliferated the means by which people can circulate material, word-of-mouth
recommendations and the sharing of media content are impulses that have long driven how people interact with each other.
Perhaps nothing is more human than sharing stories, whether by fire or by “cloud’’’. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 2-3).
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No livro A conversação em rede, Recuero (2012, p. 17) considera que as práticas de
compartilhamento de informação por boca a boca foram reconfiguradas, tornando-se mais
públicas e mais coletivas: “essas conversações têm novos formatos e são constantemente
adaptadas e negociadas para acontecer dentro das limitações, possibilidades e
características da ferramenta”.
3 Da circulação à recirculação da notícia nas redes sociais na internet
A circulação envolve os canais - os meios - onde a notícia circula após ser publicada,
podendo ser, por exemplo: jornal impresso, rádio, televisão, portal jornalístico, smartphones
e tablets ou até mesmo um site de rede social. Para Park (2008, p. 33), essa etapa é
fundamental, pois um jornal em sua função “[...] não é simplesmente impresso. É publicado e
lido. Se não for assim, não será um jornal. A luta pela existência no caso do jornal tem sido a
luta pela circulação”.
Neste contexto, podemos citar a definição de Machado (2008) para o sistema de
circulação19 no ciberjornalismo. O autor diferencia a distribuição com foco no consumo e a
circulação cujo objetivo é a participação. Essa distinção é importante, segundo Machado,
para explicar os sistemas de circulação jornalística a partir de cada período histórico. Ele
considera que a distribuição: “[...] opera de forma centralizada, mantém uma hierarquia
rígida entre os participantes e tem como objetivo principal a entrega das informações ao
consumidor final”. (MACHADO, 2008, p. 08-09), enquanto a circulação “[...] funciona sem
necessidade de uma hierarquia rígida, adota a descentralização como modelo padrão e tem
como objetivo principal a disseminação das informações produzidas nestes diferentes
centros”. (MACHADO, 2008, p. 09).
Segundo o autor, esses sistemas de circulação podem ser estáticos ou dinâmicos. No
primeiro caso, a informação vai até o consumidor, no segundo, é o público quem tem que
buscá-la (MACHADO, 2008). O modelo de circulação estático predominou no ciberespaço
entre 1995 e 1998. No entanto, esta etapa se dá cada vez mais a partir de sistemas
dinâmicos, múltiplos e inteligentes. Desde 1999, tem-se “[...] o desenvolvimento de sistemas
dinâmicos centralizados e descentralizados [...] e a multiplicação de sistemas ancorados em
19 Segundo Machado (2008), a circulação é um dos sistemas menos discutidos na bibliografia especializada.
8. A dinâmica da notícia nas redes sociais na Internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook
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tecnologias dinâmicas e descentralizadas desde 2004” (GILLMOR, 200420 apud MACHADO,
2008, p. 15). Contudo, os modelos podem coexistir na rede.
Para Jenkins, Ford e Green (2013), a principal característica da circulação de
conteúdos midiáticos na atualidade é que eles se espalham tanto por ações da mídia como
dos usuários: “De cima para baixo de baixo para cima, da base para o comercial”. (JENKINS;
FORD; GREEN, 2013, p. 01, tradução nossa)21. Os autores também diferenciam as definições
de distribuição e de circulação. Segundo eles, existe uma confusão entre os dois termos. A
distribuição ocorre quando as organizações medem, por exemplo, a quantidade de jornais
vendidos. É quando há uma preocupação em fazer com que o público de massa consuma
aquele determinado produto já acabado, seguindo a lógica de distribuição, “Essas definições
de "circulação" estão realmente falando sobre distribuição, onde o movimento do conteúdo
midiático é largamente – ou totalmente - controlado pelos interesses comerciais de
produção e venda”. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 01, tradução nossa)22. No atual
modelo híbrido emergente de circulação, há “[...] uma mistura de forças top-down e bottom-
up que determina como o material é compartilhado por e entre culturas de formas mais
participativas (e mais confusas)”. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 01, tradução nossa)23.
Neste segundo caso, na circulação, o produto pode sofrer reconfigurações pelos usuários,
indicando um modelo mais participativo:
Que vê o público não como simples consumidor de mensagens pré-
construídas, mas como pessoas que estão moldando, compartilhando,
reformulando e remixando o conteúdo da mídia de maneira que não possa
ter sido anteriormente imaginado. E eles estão fazendo isso não como
indivíduos isolados, mas dentro de comunidades e redes maiores, que os
permite espalhar o conteúdo bem além de sua proximidade geográfica
imediata. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 02, tradução nossa)24.
Para descrever as atuais formas de circulação, os autores utilizam os termos spread,
spreadable e spreadability, os quais poderíamos traduzir como espalhar, espalhável e
espalhabilidade, respectivamente. A expressão alude a essa possibilidade, técnica e cultural,
que o público tem de compartilhar informações:
20 GILLMOR, Dan. We the media: grassroots journalism by the people, for the people. O’Reilly, Sebatopol, Canada, 2004.
21 No original: “From top down to bottom up, from grassroots to commercial”. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 01).
22 No original: “Those definitions of “circulation” are really talking about distribution, where the movement of media content is
largely — or totally — controlled by the commercial interests producing and selling it” (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 01).
23 No original: “A mix of top-down and bottom-up forces determine how material is shared across and among cultures in far more
participatory (and messier) ways”. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 01).
24 No original: “Which sees the public not as simply consumers of preconstructed messages but as people who are shaping, sharing,
reframing, and remixing media content in ways which might not have been previously imagined. And they are doing so not as
isolated individuals but within larger communities and networks, which allow them to spread content well beyond their
immediate geographic proximity”. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 02).
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Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 33, p. 133-153, maio/ago. 2015.
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Mesmo se nenhum comentário adicional for anexado, no entanto, apenas
receber uma história ou um vídeo de alguém traz uma série de novos
significados potenciais ao texto. Enquanto as pessoas ouvem, leem ou
veem o conteúdo compartilhado, elas não pensam - normalmente nem
mesmo primariamente - sobre o que os produtores queriam dizer, mas
sobre o que a pessoa que compartilhou o conteúdo estava tentando
comunicar. (JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 13, tradução nossa)25.
Neste sentido, destacamos o conceito de cultura em rede proposto pelos autores, visto
que a conversação sobre as notícias publicadas já ocorre desde a época dos boletins. Prova
disso é esta frase de Park da primeira metade do século passado: “A primeira reação típica
de um indivíduo à notícia é provavelmente o desejo de repeti-la para alguém. Isso cria a
conversação, provoca maiores comentários e talvez comece uma discussão”. (PARK, 2008, p.
60). Desta forma, se antes comentávamos boca a boca sobre uma notícia lida, ouvida ou
assistida, as tecnologias digitais potencializam e reconfiguram esta prática. Assim, além de
comentar uma determinada publicação de uma organização jornalística, as pessoas agora
podem encaminhá-la aos seus amigos, com outras informações ou a sua própria opinião
sobre um determinado acontecimento.
O ato de comentar e replicar informações nas redes é chamado de recirculação por
Zago (2011)26, sendo uma subetapa da circulação, que ocorre após o consumo, quando o
usuário utiliza “espaços sociais diversos da internet (como sites de relacionamento, blogs,
microblogs, dentre outros) e contribuindo para divulgar o link para a notícia, recontar com
suas palavras o acontecimento ou manifestar sua opinião sobre o ocorrido (ZAGO, 2011, p.
63). Assim, segundo a autora, uma informação pode recircular “[...] a partir da apropriação e
ressignificação de seu conteúdo nas mãos dos interagentes”. (ZAGO, 2013, p. 230). No
Twitter, por exemplo, um usuário pode retweetar uma informação ou mesmo fazer menção
a um determinado tweet, enquanto que no Facebook é possível curtir e compartilhar a
informação e fazer comentários. Nos casos de replicação, também é possível adicionar mais
informações:
Da mesma forma como os veículos se apropriam desses espaços para
distribuir notícias, também os interagentes podem utilizar sites de redes
sociais para comentar – expressar opinião, criticar, reagir com humor em
determinados acontecimentos jornalísticos – e para filtrar – postar
25 No original: “Even if no additional commentary is appended, however, just receiving a story or video from someone else imbues a
range of new potential meanings in a text. As people listen, read, or view shared content, they think not only — often, not even
primarily — about what the producers might have meant but about what the person who shared it was trying to communicate”.
(JENKINS; FORD; GREEN, 2013, p. 13).
26 A autora trabalha com o termo recirculação jornalística voltada para o Twitter.
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pequenas notas, links ou manchetes – notícias, vindo a contribuir para uma
recirculação jornalística. (ZAGO, 2013, p. 213).
As ações de recirculação de informações nas redes são discutidas por vários autores,
dentre eles, Stelter (2008), que denominou filtro social a prática de compartilhar artigos.
Segundo o autor, o filtro social substitui as conversas boca a boca, uma vez que as pessoas
consomem as informações e depois filtram e repassam para seus amigos, seja a partir de e-
mails ou das próprias redes sociais na internet.
De acordo com Recuero (2009b), há duas relações entre jornalismo e redes sociais na
internet que são diretamente ligadas à circulação, ou melhor, à recirculação de informações,
ou seja, os usuários podem atuar tanto como filtros de informação quanto como
reverberadores de informação.
No primeiro caso, a filtragem de informações ocorre quando os usuários coletam e
republicam as informações de veículos jornalísticos ou mesmo do site de rede social e a
republicam, esta sendo a forma mais comum de difusão de informações. No caso ao repassar
a informação postada por um perfil de uma organização jornalística, os usuários estão
dando credibilidade a esse veículo (RECUERO, 2009b).
O segundo caso, reverberação, caracteriza-se quando os sites das redes sociais são
usados como espaços de discussão de informações, a partir de menções ou comentários
(RECUERO, 2009b). Segundo a autora,
Está relacionada também com o fato de que as redes sociais são espaços de
circulação de informações. Com isso, tornam-se também espaços de
discussão dessas informações, onde as notícias, por exemplo, são
reverberadas [...] Com isso, a ferramenta permite não apenas a difusão das
informações, mas igualmente o debate em cima das mesmas. (RECUERO,
2009b, p. 9-10).
A partir das definições de Recuero (2009b), Zago (2011) categorizou as ações
participativas de recirculação de informação no Twitter como filtro e comentário: o
primeiro acontece quando o usuário reproduz o conteúdo do veículo, com ou sem
alterações, e/ou direciona o leitor para a matéria original por meio de links, e o segundo é
quando há uma manifestação pública de opinião sobre um acontecimento ou sobre a
situação do mesmo.
Neste artigo, vamos concentrar a nossa análise na recirculação, ou seja, nessa
subetapa da circulação em que a informação é redistribuída a partir das ações participativas
dos usuários das redes.
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4 Proposta de categorização da recirculação a partir das ações
participativas dos usuários
Na tentativa de categorizar as ações participativas dos usuários nas redes sociais na
internet usamos as definições de filtro social (STELTER, 2008) e de filtro e reverberação
(RECUERO, 2009b). Contudo, a participação dos atores da rede foi apenas classificada em
filtro social e reverberação. A definição está no quadro a seguir, no qual apresentamos a
definição das categorias de análise propostas em relação à recirculação da notícia nas redes
sociais na internet a partir das ações participativas dos usuários:
Quadro 1 – Categorias de recirculação a partir de ações participativas dos usuários
Fonte: elaborado pela autora.
4.1 Como se dá a recirculação das postagens nos perfis jornalísticos do
Twitter e do Facebook?
Antes de iniciarmos a discussão sobre a recirculação a partir das ações participativas
dos usuários, vale destacarmos as particularidades e especificidades dos dois sites de redes
sociais em estudo, em relação às possibilidade de interação. O Twitter permite retweetar e
responder os tweets e o Facebook possibilita curtir, comentar e compartilhar as postagens27.
No Twitter.com/estadao, a principal ação participativa realizada pelos usuários foi o
filtro social, no caso, o retweet. Em todas as publicações o retweetar foi superior ao
responder. Em alguns tweets, como podemos ver no gráfico 1, a quantidade de ações
atividades referentes às duas ações chegou a ser próxima (quando a mensagem recebia
poucas replicações), entretanto, o número de retweets foi superior em todos os casos.
27 Essas eram as ações permitidas durante o período em que ocorreu esta análise: junho e julho de 2013.
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Gráfico 1 – Quantidade de ações participativas por postagem no Twitter.com/estadao
Fonte: elaborado pela autora.
Os tweets do dia da ocorrência do incêndio são os que alcançaram maior quantidade
de ações participativas, no caso, o retweet, categorizado como filtro social. Contudo, a
postagem da categoria reverberação com maior número de ações foi do dia subsequente
(dia 28 de janeiro de 2013), que informava a proibição de funcionamento de todas as boates
da cidade de Americana. Ao todo, esse tweet recebeu 16 menções.
Em decorrência da grande quantidade de tweets, optamos por focar apenas nos 12
com maior quantidade de ações participativas, correspondentes a 10% do total das
postagens analisadas. Dessas publicações, nove são do domingo, dia 27 de janeiro, e apenas
três da segunda-feira, dia 28. A quantidade de ações participativas por postagem variou
entre 238 e 510 retweets. Para um melhor entendimento, numeramos as postagens na
Figura 1 a partir da ordem de publicação:
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Figura 1 – Postagens com maior quantidade de ações participativas no Twitter.com/estadao
Fonte: elaborada pela autora.
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No Facebook.com/estadao, as principais ações participativas realizadas pelos
usuários são relacionadas à categoria filtro social - o curtir e o compartilhar. Apesar de
termos registrado um caso com 20 mil compartilhamentos, nos demais quem se sobressai é
o curtir, seguido do compartilhar e do comentar. Ao todo, das 69 postagens, 51 receberam
mais curtidas, 14 mais compartilhamentos e quatro mais comentários. A quantidade de
ações participativas por postagem no Facebook.com/estadao pode ser mais facilmente
compreendida no Gráfico 2, abaixo:
Gráfico 2 – Quantidade de ações participativas por postagem no Facebook.com/estadao
Fonte: elaborado pela autora.
No período de coleta de dados, selecionamos as seis publicações com o maior número
de ações participativas (correspondentes a 10% do total das postagens). Se observarmos a
Figura 2, elas equivalem àquelas com mais de 1.500 dessas ações. Das seis publicações, cinco
são do dia 28, segunda-feira, e apenas uma do dia 29, terça-feira. Para uma melhor
organização das postagens, elas foram numeradas a partir da ordem de publicação de cada
uma.
Entre os destaques, podemos mencionar a postagem 44 sobre a marcha silenciosa
ocorrida em Santa Maria na segunda-feira à noite, dia 28, registrando o maior número de
curtidas, quase oito mil (ver post44, Figura 2). Apesar das publicações receberem poucos
comentários, a de número 34, referente à crítica recebida pelo governo brasileiro de um
jornal britânico, foi a mais comentada de todas, com mais de 1.200 comentários (ver post34,
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Figura 2). Ainda assim, a mensagem 37, a primeira publicação solicitando indicações de
baladas inseguras, foi a com maior quantidade de ações participativas na rede. Ela foi a mais
compartilhada, com 20.558 replicações. Vale mencionar a grande quantidade de ações
recebidas por esta mensagem, pois ela também ficou em segundo lugar em número de
curtidas e de comentários.
Figura 2 – Postagens com maior quantidade de ações participativas no Facebook.com/estadao
Fonte: elaborada pela autora.
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Nos dois sites de rede social em estudo predominaram as ações de filtro social, o que
mostra o desejo dos usuários de se comunicar, muito mais do que expressar opinião,
confirmando a afirmação de Jenkins, Ford e Green (2013).
No geral, constatamos algumas divergências entre os assuntos que mais recircularam.
Em relação ao filtro social no Twitter, as mensagens que ganharam mais retweets diziam
respeito à confirmação do número de mortos na tragédia (ver Post13, Figura 1), a menina
que postou um pedido de socorro no Facebook (ver Post24, Figura 1) e a informação que
classifica o caso de Santa Maria como o terceiro pior em questão de incêndio em boates (ver
Post12, Figura 1). Já no Facebook, chamamos atenção para a mensagem que pedia a
colaboração dos usuários (ver Post37 na Figura 2), essa postagem recebeu mais de 20 mil
compartilhamentos, o que pode demonstrar uma vontade da parte do público de participar,
seja como fonte ou como indicador da mensagem para que outras pessoas atuem como
fontes. Essa publicação também ficou em segundo lugar em quantidade de comentários e de
curtidas.
A reverberação apresentou uma maior quantidade de ações no Facebook, talvez isso
aconteça por conta da natureza desta rede social na internet, a qual permite que os
comentários apareçam de forma mais organizada. Nesse sentido, considerando a Teoria
Ator-Rede (LATOUR, 2012), as ferramentas podem influenciar na forma como ocorrem
determinadas práticas, no caso, a explicitação da opinião, em cada um desses espaços.
Apesar das respostas e comentários aparecerem para quem tem conexão com o usuário, no
Facebook os comentários aparecem logo abaixo da mensagem, enquanto no Twitter é
preciso clicar no botão “ver conversa” para ter acesso ao diálogo. Dado esse fato, o número
de comentários e menções nas duas redes sociais foi completamente desproporcional. No
Twitter a mensagem que atingiu maior número de menções era referente à cidade de
Americana. Ao todo foram 16 respostas. No Facebook, porém, a postagem sobre a crítica que
o governo brasileiro recebeu de um jornal britânico conseguiu 1244 comentários. As duas
publicações são da segunda-feira, dia 28.
Verificamos ainda outra relação, devido às particularidades e especificidades desses
espaços. Em geral, a quantidade de ações participativas no Facebook por mensagem é maior
do que no Twitter. A média das postagens com maior quantidade de ações participativas no
Twitter foi superior a 115, enquanto que no Facebook, 1500. Contudo, no domingo, dia 27,
principalmente durante a tarde, observamos que as ações participativas dos usuários por
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mensagem foi menor no Facebook. Provavelmente por conta da grande quantidade de
postagens. Diferente da segunda-feira, por exemplo, em que ocorreram muitas publicações,
mas de forma mais distribuída, sendo o dia em que as publicações do Facebook alcançaram
o maior número de ações de filtro social e reverberação. Nesse sentido, pensamos que isso
se deu por conta dos filtros da própria ferramenta, visto que na medida em que são postadas
várias informações em um pequeno espaço de tempo nem todas aparecem no feed de
notícias dos usuários, diferente do Twitter.
Assim, consideramos que no Facebook há dois filtros. O primeiro é feito por conta dos
algoritmos, pois a partir da contagem das interações entre os perfis o próprio site de rede
social passa a atuar como mediador à medida que determina o que será visualizado por cada
usuário, o que podemos chamar de "filtro técnico”. Nesse sentido, é importante levar em
conta a Teoria Ator-Rede (LATOUR, 2012), uma vez que as ferramentas dos sites de redes
sociais também estão participando da ação. O segundo filtro ocorre partir da indicação dos
usuários da rede, nesse caso, seria o filtro que estamos analisando: o filtro social.
Acreditamos que, por isso, o dia em que as publicações do Twitter atingiram maior alcance
foi o domingo, e as do Facebook, a segunda-feira. Percebemos assim que, mesmo se tratando
de sites de redes sociais de um mesmo veículo jornalístico, há diferenças.
Confirmamos que as redes sociais na internet favorecem a reconfiguração de algumas
práticas que surgem com a própria notícia. O antigo boca a boca e as conversações são um
exemplo disso, visto que agora se dão pelo ato de replicar ou comentar uma publicação. No
entanto, a diferença é que as indicações de conteúdo e as conversações passaram a
acontecer pelo mesmo canal por onde o público recebe as informações: os sites de redes
sociais.
O filtro social que é o ato de recomendar, indicar uma notícia a um amigo, um familiar
ou mesmo às pessoas da rede com quem se tem conexões, surge com a própria notícia
(PARK, 2008). Assim, é fundamental a compreensão de que o tradicional boca a boca é
remodelado, no Twitter e no Facebook especificamente, a partir do retweetar, do curtir e do
compartilhar. Nesse sentido, consideramos o filtro social como uma reformulação de uma
prática que é comum ao ser humano, o compartilhamento de histórias (JENKINS; FORD;
GREEN, 2013). Ressaltamos que, no Twitter, a mensagem é simplesmente replicada,
enquanto que no Facebook há a possibilidade de indicar que você gostou e/ou concorda
com a publicação, o curtir, e há também a possibilidade de adicionar algum comentário ao
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compartilhamento, mesmo que em quase metade dos casos, os usuários apenas repliquem a
informação28.
A reverberação também está relacionada ao boca a boca e às conversações. É mais
uma prática reconfigurada por esses espaços. No caso das redes sociais na internet, elas
favorecem que as pessoas apresentem suas opiniões e debatam publicamente. Optamos pelo
termo reverberação utilizado por Recuero (2009b), visto que ao mencionar ou comentar
uma publicação além dela gerar uma discussão, esse ato aparece para os seguidores/amigos
de quem publicou, ou seja, a publicação atua também como um filtro.
5 Considerações finais
Ainda que possa haver outras formas de circulação e recirculação da notícia nas redes
sociais na internet, para este trabalho nos detivemos nas ações de circulação a partir dos
perfis de sites de rede social.
A tragédia em Santa Maria é um acontecimento que pode ser configurado como
excepcional, trágico e impactante, devido às características e proporções que teve, causando
grande repercussão nacional e internacional. Assim, os resultados desta pesquisa se aplicam
a acontecimentos dessa natureza. Talvez em outros tipos de acontecimentos, a recirculação
da notícia pode se dar de forma diferente, configurando-se em um desafio para novas
investigações.
Verificamos que esses espaços participativos enriquecem e aumentam o alcance da
notícia, ao mesmo tempo em que modificam o modo de produzir, distribuir e consumir a
informação jornalística. Independente do site de rede social utilizado, é inegável que o
uso de espaços participativos pelo jornalismo é algo que tende a crescer cada vez mais,
pois comunicar, compartilhar e estar junto faz parte do ser humano, assim, o jornalismo
só tem a ganhar. Dessa forma, esperamos que esse estudo contribua para outras
investigações sobre a recirculação da notícia nas redes sociais na internet.
28 Em um estudo realizado em 2012 sobre as ações participativas dos usuários no Facebook, observamos que
aproximadamente 50% dos compartilhamentos, são apenas replicações, pois os usuários não adicionaram comentário
algum ao mesmo (SOUSA, 2012).
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The news dynamics on social networking
sites: a categorization of participatory
actions of users on Twitter and Facebook.
Abstract
The news dynamics on social networking websites is related to
the circulation stage, from the form of presentation and from
the content of the posts, as well as to the recirculation from the
participatory actions of users. The objective of this article is to
21. A dinâmica da notícia nas redes sociais na Internet: uma categorização das ações participativas dos usuários no Twitter e no Facebook
Intexto, Porto Alegre, UFRGS, n. 33, p. 133-153, maio/ago. 2015.
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propose a categorization of recirculation on Twitter and
Facebook according to the participatory actions of the users (by
social filter and reverb) and to analyze how this recirculation is
configured in social networking websites. As a descriptive-
analytic study, the research combines qualitative and
quantitative techniques. The analysis was conducted from posts
about the fire on the Kiss Nightclub, in Santa Maria (Rio Grande
do Sul), published in January, 2013, on Twitter and Facebook
accounts of the journalistic portal Estadão.
Keywords
News. Circulation. Social networks sites.
Recebido em 01/07/2014
Aceito em: 05/11/2014