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A Bruxa desdentada
Lá no cimo da colina havia um castelo onde vivia a Bruxa Mongólia
Patagólia.
Era uma bruxa já velha… duzentos anos pelo menos já lhe tinham passado
por cima, mas ela era muito bem disposta. Só tinha um pequeno problema…
ESTAVA DESDENTADA.
As crianças da aldeia que sempre tinham tido medo da Mongólia Patagólia,
agora nos seus tempos livres iam até ao cimo da colina brincar com o
bruxa:`
- Mongólia Patagólia
Vem cá fora
Nós já não temos
Medo de ti…
Ah, ah, ah, -riam-se as crianças de satisfação
Mongólia irritada, pegava na vassoura e fazia voos rasantes, sobre as
crianças. Passava pertinho delas e gritava:
- ah-ah, ah-ah
Fujam daqui
ou um feitiço
vos lanço já…
Mas as crianças não arredavam pé…
Mongólia Patagólia com o seu nariz de bruxa fazia um bailado no céu, com o
seu cabelo branco como um véu…
Mas as crianças não arredavam pé. E trocistas diziam
Nem com voos
Bailados
Ou feitiços nos metes medo
És uma bruxa sem dentes e esse é o teu segredo
Nunca viram uma bruxa zangada?
Pois também não queiram ver…
Mongólia pega nas vassouras
E quase as faz desaparecer!...
Passada a fúria e o desespero, é hora de pensar
Patagólia pega na vassoura
E põe-se a voar e a pensar
Ai que quando uma bruxa pensa…
é pior do que quando se zanga
recorre a todos os truques
que tem escondidos na manga…
reúne o conselho Fantasma
que a ouve com atenção:
- aqueles meninos da aldeia
estão a pedir uma lição
de velha desdentada me chamam
com grande satisfação
e logo de pronto
o conselho
lhe dá uma sugestão…
logo à noite
quando estiver escurinho
deixa vir os meninos
que lhes vamos
pregar um valente sustinho
Acham mesmo que nos assustaram?
Seus fantasmas de lençol
Podem ir embora
A bruxa em desespero n
Na sua vassoura voou
E outra ideia teve
Que logo a consolou
Dos seus seis gatos gémeos
Se lembrou
Foi-lhes pedir ajuda
Mas um “Não” acenado com a cauda
Ela levou…
Pobre Mongólia Patagólia
Que só queria as crianças assustar
Para depois
Mais descansada ficar
Desta vez foi ter com o conselho das Bruxas
Que de caldeirão no fogo
E pau na mão
Logo ali fizeram
Uma valente poção
De tão valente que foi
Até houve
Uma gigantesca explosão….
Ai agora que apareceu
Assim com tão má cara?
As abóboras zangadas
Disseram que assustar
Não lhes custava nada!!!!
A noite foi de trabalho
Em casa da bruxa Mongólia
Mas dançava de alegria
A amiga Patagólia
De manhã muito cedinho
As crianças apareceram
E como de costume
Com a bruxa se meteram
Do alto da colina
Abóboras começaram a rolar
E dali fugiram as crianças
Para não mais voltar
Mongólia Patagólia
Muito feliz estava
Agora podia descansar
Que já ninguém a chamava
De Bruxa desdentada

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  • 21. A Bruxa desdentada Lá no cimo da colina havia um castelo onde vivia a Bruxa Mongólia Patagólia. Era uma bruxa já velha… duzentos anos pelo menos já lhe tinham passado por cima, mas ela era muito bem disposta. Só tinha um pequeno problema… ESTAVA DESDENTADA. As crianças da aldeia que sempre tinham tido medo da Mongólia Patagólia, agora nos seus tempos livres iam até ao cimo da colina brincar com o bruxa:` - Mongólia Patagólia Vem cá fora Nós já não temos Medo de ti… Ah, ah, ah, -riam-se as crianças de satisfação Mongólia irritada, pegava na vassoura e fazia voos rasantes, sobre as crianças. Passava pertinho delas e gritava: - ah-ah, ah-ah Fujam daqui ou um feitiço vos lanço já… Mas as crianças não arredavam pé… Mongólia Patagólia com o seu nariz de bruxa fazia um bailado no céu, com o seu cabelo branco como um véu… Mas as crianças não arredavam pé. E trocistas diziam Nem com voos Bailados Ou feitiços nos metes medo És uma bruxa sem dentes e esse é o teu segredo Nunca viram uma bruxa zangada? Pois também não queiram ver… Mongólia pega nas vassouras E quase as faz desaparecer!... Passada a fúria e o desespero, é hora de pensar Patagólia pega na vassoura E põe-se a voar e a pensar Ai que quando uma bruxa pensa… é pior do que quando se zanga recorre a todos os truques que tem escondidos na manga… reúne o conselho Fantasma que a ouve com atenção: - aqueles meninos da aldeia estão a pedir uma lição de velha desdentada me chamam com grande satisfação e logo de pronto o conselho lhe dá uma sugestão… logo à noite quando estiver escurinho deixa vir os meninos que lhes vamos pregar um valente sustinho Acham mesmo que nos assustaram? Seus fantasmas de lençol Podem ir embora A bruxa em desespero n Na sua vassoura voou E outra ideia teve Que logo a consolou Dos seus seis gatos gémeos Se lembrou Foi-lhes pedir ajuda Mas um “Não” acenado com a cauda Ela levou… Pobre Mongólia Patagólia Que só queria as crianças assustar Para depois Mais descansada ficar Desta vez foi ter com o conselho das Bruxas Que de caldeirão no fogo E pau na mão Logo ali fizeram Uma valente poção De tão valente que foi Até houve Uma gigantesca explosão…. Ai agora que apareceu Assim com tão má cara? As abóboras zangadas Disseram que assustar Não lhes custava nada!!!! A noite foi de trabalho Em casa da bruxa Mongólia Mas dançava de alegria A amiga Patagólia De manhã muito cedinho As crianças apareceram E como de costume Com a bruxa se meteram Do alto da colina Abóboras começaram a rolar E dali fugiram as crianças Para não mais voltar Mongólia Patagólia Muito feliz estava Agora podia descansar Que já ninguém a chamava De Bruxa desdentada