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28 ANOS DE RADIAÇAO
Por Júlia Vianna, Nina Gonzaga, Giulia Godinho, Gabriela Boller, Anna Beatriz
Chernobyl após explosão - http://www.dpnet.com.br/vidaurbana/vestibular/2011/Motivo/enem_sabado.shtml
No dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear
de Chernobyl, localizada na Ucrânia, ocorreu um dos
piores acidentes da história, produzindo uma nuvem
de radioatividade que atingiu a União Soviética e a
Europa.
Anatoly Dyatlov, engenheiro chefe
responsável pela realização de testes nos reatores,
mesmo sabendo que o reator era perigoso em
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segurança dispostos no manual de operação, realizou
um teste de redução de potência, que resultou no
desastre. As causas do acidente são tanto humanas
quanto técnicas e ocorreram durante a realização de
testes de segurança no reator.
O quarto reator da usina de Chernobyl,
conhecido como Chernobyl 4, sofreu uma catastrófica
explosão de vapor que resultou em incêndio, uma
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nuclear, essas explosões geraram uma imensa nuvem
radioativa de iodo-131 e césio-137 que alcançou a
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Unido.
Em virtude da propagação da nuvem
radioativa, as pessoas, muito tempo expostas ao
césio-137, absorvem o material radioativo pelos
tecidos moles e causa sarcomas -câncer de pele-
podendo levar a morte. Além disso, milhões de outras
pessoas sofreram as consequências do contato com o
iodo e o césio liberados na explosão, principalmente
crianças, que resultou uma deficiência no crescimento
das mesmas que viviam na zona de exclusão e em
doenças e más-formações das pessoas nascidas de
mães e pais contaminados.
Atualmente, há locais liberados para turismo
na cidade fantasma, já que houve uma diminuição na
radiação por conta da meia vida de 30 anos do césio-
137. Porém, níveis altos de contaminação ainda
podem ser encontrados nas áreas afetadas. Após 25
anos, a radiação no local está acima de 250
microrroentgens, o sistema que mede a
radioatividade nuclear, 10 vezes mais do que o normal
para os seres vivos. Por isso, só e possível ficar no
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