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SUBCOMISSÃO DE RISCOS
ORSA – TÓPICO 3
PROCESSO E POLÍTICA DO ORSA
16 de julho de 2015SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Agenda
 ORSA
 Conceitos
 Tópico 3 – Processo e Política
 Processo do ORSA
 Política do ORSA
 Papéis e Responsabilidades
OBS: As informações e conclusões constantes do presente material
acerca dos procedimentos adotados pelas diversas instituições citadas se
baseiam na análise de uma quantidade limitada de material, estando
sujeitas a ajustes caso uma gama mais ampla de material venha a ser
consultada
2
Literatura
Existente
Material
Analisado
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
3
Capital Econômico
Capital Regulatório
Cenário
Análise de Cenário
Testes de Estresse
Testes de Estresse Reversos
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Quanto eu entendo
que devo ter de
recursos para tocar
o meu negócio
Conceitos
Capital Econômico
 ... é o montante de capital que as instituições empregariam para suportar suas
atividades na ausência de restrições regulamentares, depois de cuidadoso estudo
sobre os riscos pertinentes
 ... é uma medida estatística dos recursos necessários para enfrentar as perdas
inesperadas durante um determinado período - de um ano, por exemplo - com um
determinado nível de confiança - digamos, de 99,9%
 ... é o capital que a empresa entende que deve constituir, com base em avaliação
interna de todos os seus riscos significativos e em sua escolha de base de dados,
distribuições, medidas, níveis de confiança, horizontes de tempo, critérios de
avaliação, ferramentas financeiras e metodologias, apropriados ao seu próprio perfil
4
 … é o capital que uma empresa entende ser necessário,
como resultado de sua própria avaliação de riscos, para
absorver perdas inesperadas que possam levar à quebra
da instituição, calculado com um razoável nível de
confiabilidade, e em um determinado horizonte de tempo
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Capital Regulatório (Capital Mínimo Requerido-CMR)
 ... capital resultante da aplicação dos requisitos de capital baseados no risco,
determinados pelos órgãos reguladores, com o propósito de garantir recursos
suficientes para sua supervisionada absorver perdas inesperadas
 ... é o capital mínimo exigido pelos órgãos reguladores
5
Quanto o meu
supervisor exige que eu
tenha de recursos para
tocar o meu negócio
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Análise de Cenários
6
 Cenário
 Um cenário é uma possível configuração do ambiente externo (política,
economia, aspectos sociais, demográficos, culturais, tecnológicos), ou interno
(reestruturações, fusões, aquisições, política de dividendos, perda de pessoas
chaves, etc.) em um ponto no tempo, ou durante um horizonte de tempo
 Análise de cenários
Situação atual
Cenário
Idealizado
(descritivo)
1
2
Calibragem dos parâmetros para refletir o cenário
idealizado (simulações, métodos estocásticos, etc.)
3
Medição do impacto sobre os indicadores
de performance para cada combinação de
parâmetros selecionada

Impacto sobre
Capitais regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
Impacto sobre
Capitais regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
Impacto sobre
Capitais regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
A
C
D
E
F
B
Posição dos capitais
regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
Indicadores de performance
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Análise de Cenários
 Definição
 É um processo de análise de possíveis cenários futuros considerando possíveis resultados
alternativos (às vezes chamados de "mundos alternativos"). Não se trata de projetar uma
imagem exata do futuro, mas sim de observar vários desenvolvimentos futuros alternativos.
Não apenas os resultados futuros são observados, mas também os caminhos que levam a
esses resultados
7
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Análise de Cenários
 Descrição 1
 A projeção dos efeitos de um cenário ao longo do período estudado pode afetar tanto uma
determinada empresa, como todo um setor do mercado, ou toda a economia
nacional/internacional
 Para determinar os aspectos relevantes desta situação a se considerar, um ou mais eventos
ou mudanças nas circunstâncias pode ser previsto, possivelmente através de identificação ou
simulação de vários fatores de risco, muitas vezes ao longo de vários horizontes de tempo
 O efeito desses eventos ou mudanças nas circunstâncias em um cenário pode ser gerado a
partir de um choque no sistema resultante de uma mudança repentina em um único
parâmetro ou fator risco
 Os cenários também podem ser complexos, envolvendo alterações e interações entre
diversos parâmetros ou fatores de risco ao longo do tempo, podendo ser gerados por um
conjunto de eventos em cascata
 O fornecimento de uma narrativa (história) por trás do cenário, incluindo os riscos (eventos)
que geraram esse cenário, pode ser útil na análise de cenários
8
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Análise de Cenários
 Descrição 2
 É uma técnica de brainstorming usada para determinar como os indicadores de performance
são afetados por alterações nos pressupostos em que essas projeções são baseadas
 A análise de cenários é muitas vezes usada para comparar diferentes cenários e suas
potenciais consequências com base em alterações nas configurações do ambiente externo ou
interno
 Muitas vezes usado na investigação científica e em conjunto com a avaliação de risco
financeiro e de negócios, a análise de cenários é aplicável a praticamente qualquer atividade
ou sistema
9
 Por exemplo, se você está planejando as férias
com a família, você pode considerar o custo de ir
com seu próprio carro contra o custo de
passagens aéreas. No entanto, se o custo da
gasolina subir até a data da viagem? E se a
competição se acirrar entre as companhias
aéreas? Esses fatores poderiam afetar seus
custos e sua decisão final. Usando análise de
cenários, você pode explorar vários cenários e
tomar melhores decisões
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Testes de Estresse
 Um teste de estresse é a exploração adversa de um único fator de risco ou parâmetro
 A aplicação de um teste de estresse identifica a relação entre um único fator de risco
e os indicadores de performance, mantidos inalterados todos os demais parâmetros
10
Situação atual
C
D
E
B
F
A
Posição dos capitais
regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
Estresse do
parâmetro “A”
1
Impacto sobre os
capitais regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
Impacto sobre os
capitais regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
Impacto sobre os
capitais regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
2
Medição do impacto sobre os
indicadores de performance para cada
estresse do parâmetro selecionado
Impacto sobre os
capitais regulatório e
econômico, apetite
por risco, ...
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Testes de Estresse Reversos
 Serasa Experian1
 Compreende a identificação e avaliação de cenários com maior probabilidade de tornar
inviáveis o atual modelo de negócio da instituição
 O modelo de negócio da instituição deve ser presumido inviável no momento em que a
cristalização de riscos faça com que o mercado perca sua confiança nela, levando
contrapartes/outros interessados a não mais transacionar com ela ou lhe proporcionar capital
 O objetivo é garantir que as instituições explorem melhor os ‘riscos extremos’ que, em se
concretizando, fariam com que contrapartes e investidores perdessem a confiança. Isso deixa
a instituição mais consciente das vulnerabilidades de seu modelo de negócio ao tomar
decisões estratégicas, traçar planos de contingência e considerar sistemas de gestão de risco
 Tal exercício incentiva as instituições a explorar melhor os pontos fracos de seu modelo de
negócio e tomar decisões que integrem melhor o planejamento de negócio e de capital; e
melhorar seus planos de contingência
 Um objetivo básico deveria ser o de garantir que a empresa sobrevivesse por tempo
suficiente, após a concretização de riscos, para que se verificasse uma das condições abaixo:
• o mercado decidir que não há motivos para sua falta de confiança e retomar transações com a instituição;
• a instituição reduzir e reestruturar suas atividades;
• a instituição ser adquirida por outra, ou ter suas atividades transferidas de maneira ordeira; ou
• a instituição passar ao controle do setor público, ou liquidar suas atividades de maneira ordenada
11
1) Fonte: http://www.serasaexperian.com.br/serasaexperian/publicacoes/revistas/2009/69/revista_0366.htm
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Testes de Estresse Reversos
 Bank of England – Prudential Regulation Authority1
 Testes de estresse reversos são testes de estresse que requerem que uma empresa avalie
cenários e circunstâncias que inviabilizariam o seu modelo de negócios, identificando assim
as potenciais vulnerabilidades do negócio
 Esse conceito difere dos conceitos de testes de estresse gerais e de análise de cenários, nos
quais são testados os resultados decorrentes de mudanças nas circunstâncias
 Um modelo de negócio é considerado inviável no momento em que a cristalização de riscos
faça com que o mercado perca a confiança na empresa
 Paper “Reverse stress tests with bottom-up approaches” (P. Grundke)2
 Enquanto, para os testes de estresse regulares, os cenários são escolhidos com base na
experiência histórica ou conhecimento especializado, avaliando seu impacto sobre a
capacidade de sobrevivência do banco, testes de estresse reversos visam encontrar
exatamente aqueles cenários que fazem com que o banco cruze a fronteira entre a
sobrevivência e a capacidade de honrar seus compromissos (“default”)
12
1) Fonte: http://www.bankofengland.co.uk/pra/Pages/supervision/activities/stresstesting.aspx
2) Fonte: http://m.risk.net/digital_assets/5048/jrm_v5n1a4.pdf
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Testes de Estresse Reversos
 BIS – Bank for International Settlements1
 Testes de estresse reversos partem de um resultado conhecido (tal como a violação do
capital regulatório, falta de liquidez ou insolvência) para, em seguida, se perguntar que
eventos poderiam levar a esse resultado
 Como parte do processo de testes de estresse, é importante incluir alguns cenários extremos
que poderiam causar a insolvência da empresa (ou seja, eventos que ameaçam a viabilidade
do modelo de negócio)
 Para uma empresa grande e complexa, este é um exercício desafiador que exige o
envolvimento da alta administração e todas as áreas da empresa expostas a riscos
significativos
 Um teste de estresse reverso induz as empresas a considerar cenários que extrapolam as
condições usuais de negócios e levam a eventos com implicações sistêmicas e de contágio
 Assim, os testes de estresse reversos tem usos quantitativos e qualitativos importantes, como
informar a gerência sênior das vulnerabilidades do negócio
 Por exemplo, um banco com grande exposição a produtos de crédito estruturados complexos
pode questionar que tipo de cenário o conduziria a perdas generalizadas, tais como as
observadas na crise financeira. Nesse cenário o banco poderia identificar uma estratégia de
hedging que se revelaria robusta no ambiente de estresse do mercado, caracterizado pela
falta de liquidez e pelo aumento do risco de crédito das contrapartes
13
1) Fonte: Basel Committee on Banking Supervision, “Principles for sound stress testing practices and supervision”, 2009
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Testes de Estresse Reversos
 OSFI1
 Os testes de estresse devem abranger uma gama de severidades, incluindo eventos capazes
de gerar danos irreparáveis, seja devido a dimensão da perda, ou em decorrência da perda
de reputação. Um programa de testes de estresse também deve determinar quais cenários
podem ameaçar a viabilidade da instituição (testes de estresse reversos). Esses testes
podem ser úteis na descoberta de riscos ocultos e interações entre os riscos
 As instituições devem realizar testes de estresse reversos. Um teste de estresse reverso
começa com um resultado específico que desafia a viabilidade da empresa
 Um exemplo de tal resultado poderia ser a constatação de uma perda muito expressiva,
ocorrida em um curto período de tempo, que viesse a desafiar a viabilidade do negócio. A
partir desse resultado a empresa se utilizaria de engenharia reversa para identificar um
cenário, ou uma combinação de cenários, que poderia gerar esse efeito
 O teste de estresse reverso induz as instituições a considerar cenários além das
configurações normais de negócios, que incluem eventos com implicações sistêmicas e de
contágio
14
1) Fonte: http://www.osfi-bsif.gc.ca/eng/fi-if/rg-ro/gdn-ort/gl-ld/Pages/e18.aspx
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Conceitos
Testes de Estresse Reversos
 É correto então afirmar ?
15
Análise de Cenários
Teste de Estresse
Reverso
=
Análise de Cenário
que pode ameaçar a
viabilidade da instituição
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
METODOLOGIA
DO ORSA
Tópico 3  Processo e Política
Escopo e
abordagem
Individual x
Grupo
Frequência
COMPONENTES DO ORSA
Contexto
do negócio
Desvios do
perfil de
risco
Planos de
capital e de
liquidez
Estratégia
de risco e
apetite por
risco
Posições
de capital
e de
solvência
Posição do
ORSA no
tempo
Governança
no processo
de gestão de
risco
Visão
prospectiva
do capital
e da
solvência
Testes de
Uso
Processo
do ORSA
Testes de
estresse e
análise de
cenários
Revisão
indepen-
dente
DOCUMENTAÇÃO
DO ORSA
Política
Reporte
interno do
ORSA
Reporte
externo do
ORSA
DESCRIÇÃO DA GOVERNANÇA NO CONTEXTO
DO ORSA, INCLUINDO O QUESTIONAMENTO
DE PREMISSAS/PROCESSOS E DEBATES
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Processo do ORSA
Variedade
de modelos
... muito similares
Por exemplo: ...
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Processo do ORSA – APRA (ICAAP)
Prudential Practice Guide CPG 110 – ICAAP (Jan 2015)
 Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital
 Responsabilidade do Conselho sobre o ICAAP
 Apetite ao Risco e Estrutura de Gestão de Riscos
 Requisitos do ICAAP e Abrangência de Riscos
 Proporcionalidade
 Gestão prospectiva de capital
 Considerações para o ICAAP de Grupos
 Documentação do ICAAP: Sumário e Relatório
 Definição das metas de capital
 Estratégia para manter um nível adequado de capital ao longo do tempo
 Gatilhos de alerta dos níveis de capital (trigger levels) e ações associadas para
gerir a posição de capital
 Testes de Estresse e Análise de Cenários
 Revisão do ICAAP
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Processo do ORSA - Banco Central (ICAAP)
Resolução 3.988/2011 e Circular 3.547/2011
Estrutura de Gerenciamento de Capital
Mecanismos para identificação e avaliação dos riscos,
inclusive os não cobertos pelo capital regulatório
Políticas/estratégias para o gerenciamento de capital
bem documentadas, com mecanismos/procedimentos
para manter o capital compatível com os riscos
Plano de capital por horizonte mínimo de 3 anos
Simulações de eventos severos e condições extremas
de mercado (testes de estresse) e avaliação de seus
impactos no capital
Relatórios gerenciais periódicos sobre a adequação do
capital para a Diretoria e Conselho de Administração
Processo interno de Avaliação da Adequação de Capital
(ICAAP)
 Metas e projeções de capital
 Principais fontes de capital
 Plano de contingência de capital
 Avaliação da necessidade de
capital para os riscos relevantes
 Visão prospectiva
 Testes de estresse
 Validação independente
 Reporte
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Processo do ORSA - LLOYD’S
Solvency II Detailed Guidance Notes – Section 9 - ORSA (Mar 2010)
 ORSA Process
 Governance
 Internal Model
 Model re-runs
 Assessment of the capital and solvency position
 Forward looking assessment
 Stress and scenario tests
 Capital and liquidity planning
 Independent review
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Processo do ORSA –Towers Watson (artigo de consultores)
“Risk Metrics for Decision Making and ORSA”, A. Shapella and O. Stein
 ORSA process:
 Risk identification and prioritization
 Risk measurement
 Articulation of risk appetite and tolerances
 Implementation of risk limits and controls
 Development of risk mitigation strategies
 Capital adequacy assessment
 Governance and risk reporting
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Processo do ORSA – E&Y (apresentação para a Susep)
“Solvency II and Putting the ORSA in practice” (P. Subtil, R. Cabral e N. Vieira)
 ORSA process:
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Processo do ORSA – SUSEP
Estrutura de Gestão de Riscos (ERM)
Avaliação Atual
e Prospectiva
da Solvência
 Testes de estresse e análise de cenários
 Testes de estresse reversos
 Planejamento de capital
 Posições de capital e de
solvência atual e prospectiva
 Planejamento de cenários
 Planejamento de capital
(fontes de recursos, metas de
capital, gatilhos de alerta, etc.)
 Calibragem dos riscos
 Mensuração dos riscos
 Metodologia do ORSA
 Contexto do negócio
 Estratégia de risco e apetite por risco
 Governança na gestão de riscos
 Identificação dos riscos
 Monitoramento contínuo
 Ações de gerenciamento
 Indicadores de performance
 Desvios do perfil de risco
 Posição do ORSA
no tempo
 Testes de uso
 Reporte
 Auditoria interna
 Outras revisões
T4
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 O ORSA deve servir como uma ferramenta para aprimorar o entendimento da instituição
sobre as interrelações entre seu perfil de risco e sua necessidade de capital
 O ORSA deve considerar todos os riscos materiais razoavelmente previsíveis e pertinentes,
ter uma visão prospectiva e estar alinhado aos planejamentos de negócio e estratégico
 O ORSA deve considerar os riscos das operações nacionais e internacionais da instituição,
bem como os riscos decorrentes de sua participação em um grupo
 O ORSA deve ser preparado nas bases individual e de grupo
 Na condução de seu ORSA, uma seguradora deve determinar suas próprias necessidades de
capital e estabelecer suas metas internas com base numa avaliação interna de todos os
riscos significativos, incluindo os resultados do processo de gerenciamento de riscos
corporativos
 O ORSA deve estar integrado ao gerenciamento de riscos corporativos, aos controles
relacionados e aos mecanismos de governança, possibilitando que as informações, análises
e resultados de ambos os processos sejam consistentes
24
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 O ORSA deve abranger no mínimo os seguintes elementos chaves:
 Identificação e Avaliação de Riscos abrangentes e consistentes
 Inter-relação entre Risco e Capital
 Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade da alta gestão
 Monitoramento e reporte
 Controles Internos e revisão objetiva
25
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 1: Identificação e Avaliação de Riscos abrangentes e
consistentes
 O ORSA deve identificar, definir e avaliar a materialidade de todos os riscos conhecidos,
razoavelmente previsíveis, emergentes e outros riscos relevantes que possam ter um
impacto sobre a capacidade de uma seguradora dar continuidade as suas operações,
tanto em situações normais ,quanto em situações de estresse
 O perfil de riscos de uma seguradora deve evoluir em conjunto com o desenvolvimento
de seu negócio e do ambiente na qual a mesma está inserida
 A avaliação deve incluir todos os riscos materiais, quer estas sejam explicitamente
capturadas no âmbito do capital regulatório ou não, bem como os riscos que não são
facilmente quantificáveis
 O ORSA deve dar a devida atenção aos riscos não-materiais que, quando combinados
com outros riscos não-materiais, tornam-se materiais
 As premissas, os processos e as principais considerações relativas
a identificação, avaliação e mitigação de cada risco devem ser
documentadas
26
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital
 Como parte do ORSA a seguradora deve estabelecer metas de capital internas, as quais
devem respeitar, mas não se limitar, aos requisitos de capital regulatório
 As metas de capital devem estar fundamentadas na avaliação da necessidade de capital
executada pela própria seguradora e não devem ser determinadas pela simples adição
de uma margem sobre o capital regulatório
 A seguradora deve executar testes de estresse e análise de cenários, e os seus
resultados devem ser considerados para justificar a adição de margens sobre a avaliação
inicial das suas necessidades de capital na determinação de suas metas de capital, de
forma que a seguradora possa enfrentar um nível especificado de perdas sem deixar de
atender aos requisitos de capital regulatório
NATUREZA, ESCALA E COMPLEXIDADE:
 O ORSA deve ser elaborado sob medida pela
seguradora, considerando o seu próprio perfil
de risco e apetite por risco, e sua complexidade
deve ser proporcional a natureza, escala e
complexidade da seguradora
27
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.)
 Métodos sofisticados devem ser utilizados para estimar a necessidade de capital para
riscos materiais de maior complexidade. Para riscos de menor materialidade ou menos
complexos, ou para aqueles não facilmente quantificáveis, pode-se optar por análises
quantitativas simplificadas (ex.: fatores prudenciais geralmente aceitos ou cenários de
estresse determinísticos extremamente severos, mas plausíveis) combinados com
considerações qualitativas bem documentadas
AUTOAVALIANDO A NECESSIDADE DE CAPITAL
 Na sua autoavaliação da necessidade de capital, a seguradora deve determinar o
montante de capital que deve ser mantido para cada risco, com base em sua própria
escolha de base de dados, distribuições, medidas, níveis de confiança, horizontes de
tempo, critérios de avaliação, ferramentas financeiras e metodologias, apropriados ao
seu próprio perfil
 As abordagens e ferramentas utilizadas devem ser calibradas para determinar a
quantidade total de capital necessário para cobrir perdas extremamente severas
 Agregadas, essas perdas devem representar a quantidade total de capital necessária
para que a seguradora possa absorver as perdas e manter uma quantidade igual de
ativos e passivos
28
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.)
 Quando métodos discretos (ex.: testes de sensibilidade, análises estatísticas) forem
usados para determinar a necessidade de capital no que diz respeito a riscos individuais,
a avaliação não deve identificar ou considerar dependências ou correlações que façam
com que alguns riscos se tornem maiores em presença de outro tipo de estresse para
outros riscos.
 Para complementar a avaliação de riscos individuais, outras ferramentas (ex.: modelos
estocásticos ou cenários determinísticos multi-dimensionais de eventos passados,
potenciais ou teóricos, extremamente severos, mas plausíveis) podem ser usadas para
identificar impactos potenciais decorrentes de concentrações, dependências e interações
entre os riscos
ESTABELECENDO METAS DE CAPITAL
 Uma vez que a empresa tenha determinado sua própria necessidade de capital, deve-se
verificar se esses resultados iniciais são apropriados em relação à expectativa de capital
de terceiros, incluindo a necessidade de que este capital atenda ao capital regulatório
29
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.)
 Em adição ao processo de autoavaliação da necessidade de capital, a seguradora deve
também considerar:
– Análise de cenários: o impacto de diversos cenários adversos (por exemplo, uma crise
econômica) de natureza ou severidade diversas; a sua capacidade de evitar
intervenções do supervisor (ou seja, não infringir os requisitos de capital regulatório); e a
garantia de continuidade normal de suas operações
– Testes de Estresse
– Testes de Estresse Reversos
 Os resultados dessas análises devem ser considerados pela seguradora na
determinação de suas metas de capital interna
 É esperado que as metas de capital sejam estabelecidas em relação ao capital total, mas
as seguradoras do ramo vida devem também determinar suas metas em relação ao
capital principal (core capital) , o qual deve incluir somente ativos de alta qualidade
 As metas de capital devem considerar o impacto decorrente de mudanças futuras no
perfil de risco (planejadas, esperadas ou bastante prováveis) em função de alterações
em suas operações, estratégia de negócio ou ambiente de negócio
30
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.)
INTEGRAÇÃO COM OUTROS PROCESSOS DE NEGÓCIO
 O ORSA é um processo prospectivo. Ele deve ser consistente com o planejamento
estratégico e de negócio da seguradora e deve contemplar os potenciais impactos
adversos sobre o capital no horizonte de planejamento da empresa (ex.: 3 a 5 anos)
 Processo ORSA de uma seguradora deve ser coerente com e estar alinhado ao
gerenciamento de riscos corporativos e outros processos de gestão. Por exemplo, as
estimativas quantificáveis de riscos que são usadas para fins do ORSA devem ser
coerentes com o processo de tomada de decisão, ou mesmo subsidiá-lo
 Ao determinar a adequação de seu capital, a seguradora deve considerar a premissa de
continuidade normal de suas operações sob uma variedade de cenários de estresse, e
também sob o cenário de encerramento das atividades da companhia
 A avaliação de adequação de capital de uma seguradora deve considerar o capital
necessário para suportar seus planos estratégico e de negócio, tanto no tempo presente,
quando no longo prazo
31
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.)
INTEGRAÇÃO COM OUTROS PROCESSOS DE NEGÓCIO (CONT.)
 A avaliação de adequação de capital deve considerar, por exemplo, alterações potenciais
dos riscos, crescimento previsto, aquisições e desinvestimentos, potenciais
necessidades do grupo e restrições de tranferibilidade/fungibilidade de capital, planos
para acesso a fontes externas de capital e o nível de capital desejado para permitir a
implementação de medidas de compensação diante de um evento de estresse a um
custo aceitável
 Todos os riscos materiais, inclusive aqueles e difícil quantificação no ORSA devem ser
alvo de controles internos. Devem ser identificadas ações compensatórias que possam
ser tomadas para melhorar sua posição de solvência, caso a mesma venha a ser afetada
por crises econômicas ou outros eventos de estresse. Essas ações podem incluir, por
exemplo, o levantamento de capital adicional, a postergação ou a desistência de novos
negócios, acordos de resseguro, alterações na precificação de produtos e / ou alterações
no mix de negócios
32
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 3: Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade
da alta gestão (obs: Papéis e Responsabilidades)
 O Conselho de Administração é responsável pela supervisão do ORSA. Embora as
atividades de projetar e implementar o processo possam ser delegadas à alta gestão, o
Conselho deve avaliar a razoabilidade e adequação dos resultados no contexto do
apetite por risco e dos limites de risco por ele aprovados
 O Conselho deve rever e discutir o ORSA, bem como quaisquer alterações ao ORSA
 O Conselho deve compreender as decisões, planos e políticas desenvolvidas pela alta
gestão com relação ao ORSA e seus potenciais impactos sobre a seguradora. Ele deve
investigar, questionar e procurar obter garantias de alta gestão de que estas sejam
consistentes com as decisões do Conselho e com as estratégias de negócio e de gestão
de riscos, e que os controles internos correspondentes são sólidos e eficazes
 A alta gestão deve compreender a natureza e importância das exposições de risco da
seguradora, os fatores de mitigação de riscos, as ferramentas/técnicas de gestão de
riscos, os processos de supervisão e como estes se relacionam com os níveis
adequados de capital
 Diretores devem avaliar a adequação da formalidade e sofisticação dos métodos
utilizados para quantificar e mitigar os riscos, bem como a gestão de riscos e processos
de reporte vis-à-vis o apetite por risco e os limites pertinentes aprovados pelo Conselho,
a natureza dos riscos, o perfil de riscos e o plano de negócios da seguradora
33
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 3: Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade
da alta gestão (cont.)
 O ORSA deve auxiliar o Conselho e Diretoria em sua avaliação, gestão e planejamento
de riscos, explorando e avaliando potenciais ameaças sobre o capital e a solvência da
seguradora. Por exemplo, os resultados dos testes de cenários de estresse deve ser
usado para identificar ações que possam ser tomadas, quer para diminuir a probabilidade
de ocorrência de tais ameaças, quer para mitigar o impacto de um cenário adverso
34
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 4: Monitoramento e reporte
 O ORSA deve ser realizado em uma base regular para que ele continue a fornecer
informações relevantes para os processos de gestão de uma seguradora
 Um relatório formal do ORSA deve ser elaborado e encaminhado ao Conselho de
Administração, com periodicidade mínima anual, e sempre que as circunstâncias o
justifiquem, por exemplo, se constatada alteração no perfil por riscos ou no apetite por
risco
 O relatório ORSA ao Conselho deve conter informações suficientes sobre o processo, os
princípios subjacentes, as metodologias, as principais premissas, informações sensíveis
ao negócio, e resultados gerais em relação ao apetite por risco, aos planos estratégico e
operacional e a gestão de capital da seguradora
 O relatório deve possibilitar que os membros do Conselho avaliem a adequação do
ORSA
35
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 4: Monitoramento e reporte (cont.)
 O Conselho e a alta gestão devem receber, regular e oportunamente, relatórios sobre os
riscos e o capital, que permitam à alta gestão:
 Avaliar o nível e a tendência dos riscos materiais e seus efeitos sobre o capital
 Avaliar a sensibilidade e a razoabilidade das premissas utilizadas nos processos de
avaliação e mensuração dos riscos e do capital
 Atestar que a seguradora mantém capital (tanto econômico quanto regulatório)
suficiente e adequado às metas estabelecidas
 Avaliar a adequação do capital com base em testes de estresse e análise de cenários
 Avaliar a necessidade futura de capital e efetuar qualquer ajuste necessário sobre os
planos estratégico, e de capital, entre outros
 Os processos de monitoramento e reporte do ORSA devem considerar o ambiente de
negócio atual e futuro no qual a empresa está inserida e devem ser ajustados quando
apropriado, de modo que o capital permaneça adequado em períodos de estresse e ao
longo dos ciclos de negócio
36
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 5: Controles Internos e Revisão Objetiva
 O Conselho deve assegurar-se de que o seu sistema de controles internos se mantenha
adequado à uma condução prudente e ordenada dos negócios, incluindo a qualidade do
seu processo ORSA
 O processo ORSA deve ser revisado regularmente, com o propósito de assegurar sua
integridade, precisão e razoabilidade. Os itens que devem ser revistos incluem, entre
outros:
 Abrangência e adequação do processo de avaliação (assessment), considerando a
natureza da seguradora, sua escala e complexidade, a solidez dos controles que a
sustentam, e as expectativas do OSFI no que diz respeito ao processo ORSA
 Mecanismos de governança relacionados à avaliação (assessment) e revisão por
parte da seguradora de processos de grupo utilizados em suas operações, caso a
seguradora se utilize de um ORSA de grupo
 Processos para a identificação de riscos, exposições significativas, concentração de
riscos, dependências e correlações
 Adequação das metodologias, distribuições, medidas, exatidão e integridade dos
dados financeiros e quantitativos utilizados
37
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 5: Controles Internos e Revisão Objetiva (cont.)
 O processo ORSA deve ser revisado regularmente, com o propósito de assegurar sua
integridade, precisão e razoabilidade. Os itens que devem ser revistos incluem, entre
outros: (cont.)
 Razoabilidade e validade dos resultados do ORSA, incluindo as premissas e inputs
dos testes de estresse, cenários, modelos e outras metodologias e ferramentas
utilizadas no processo de avaliação (assessment)
 Razoabilidade do risco individual e outros componentes e resultados globais do ORSA
 Consistência dos resultados do ORSA frente ao apetite por risco e a tolerância ao
risco da seguradora
 Adequação da documentação que suporta o ORSA e ao conteúdo do relatório do
ORSA
 Eficácia dos sistemas de informação que suportam o ORSA
 Coerência e vínculo do processo e dos resultados do ORSA com o processo de
gestão de riscos e os planejamentos estratégico, de negócios e de capital
 A revisão regular do ORSA pode ser conduzida por um auditor interno ou externo, ou por
um ente/individuo interno ou externo, qualificado e experiente, que se reporte
diretamente ou seja um membro do Conselho
38
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 5: Controles Internos e Revisão Objetiva (cont.)
 O revisor do ORSA não deve ser responsável, ou estar ativamente envolvido, na parte do
ORSA que ele venha a revisar. Por exemplo, o plano de auditoria interna deve incluir a
revisão de todas as partes do ORSA com as quais não houve um envolvimento por parte
da auditoria
39
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
EIOPA: Guidelines on own risk and solvency assessment (Jan 2015)
 Diretriz 4 – Política do ORSA
 1.16. O Conselho de Administração da seguradora deve aprovar a política do
ORSA. Esta política deve incluir ao menos a descrição:
 dos processos e procedimentos em vigor para conduzir o ORSA;
 da relação entre o perfil de risco, os limites aprovados de tolerância ao risco e as
necessidades globais de solvência;
 dos métodos e metodologias, incluindo informação sobre:
(i) como e com que frequência devem ser conduzidos os testes de estresse, as
análises de cenários, os testes de estresse reversos ou qualquer outra análise
relevante;
(ii) as políticas (ou padrões) de qualidade dos dados;
(iii) a frequência de execução do ORSA e a justificativa de sua adequação, tendo em
conta particularmente o perfil de risco da empresa e a volatilidade de suas
necessidades globais de solvência em relação à sua posição de capital
(iv) o calendário para a execução do ORSA e as circunstâncias que devem
desencadear a necessidade de um ORSA específico
40
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
 IAA (Paper: “Deriving Value from ORSA - Board Perspective”)
 Comunicação ao Conselho de Administração ao se infringir o apetite por risco1
 Comunicação prévia: Sempre que uma iniciativa de gestão for gerar exposição total que
ultrapasse o apetite por risco, o Conselho de Administração deve ser previamente
consultado e dar o seu consentimento antes de tais ações serem implementadas
 Comunicação com brevidade: Se no decorrer da operação usual da empresa sua
exposição agregada infringir o apetite por risco da empresa, os gestores tem a
responsabilidade de acionar de imediato as ações de tratamento de riscos adequadas e,
o mais breve possível, notificar o Conselho de Administração
41
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
Itens para discussão
 O ORSA deve ser integrado a Estrutura de Gestão de Riscos
 O ORSA deve ser considerado na tomada de decisões estratégicas
 O ORSA precisa ser levado a cabo continuamente e sem defasagem de tempo:
 anualmente;
 no caso de mudança significativa no perfil de risco ou apetite por risco; e
 antes da tomada de grandes decisões estratégicas
 A política do ORSA deve estabelecer critérios para se identificar os eventos que
devem disparar a realização de um ORSA, bem como motivar sua revisão
 O ORSA deve ser submetido à validação/revisão independente e isenta
 Os resultados do ORSA devem ser expressos ao menos em relação aos seguintes
indicadores de performance:
 Capital regulatório
 Capital econômico
 Apetite por risco
42
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Política do ORSA
Itens para discussão
 O ORSA deve ser autoevolutivo, ou seja, devem haver processos para garantir que
suas falhas e fragilidades sejam identificadas e corrigidas ou aprimoradas
 Política de Gestão de Capital (como abordar essa política?)
 Política de Qualidade dos Dados (como abordar essa política?)
43
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 Devem ser definidos os papéis e responsabilidade relativos ao ORSA para
os seguintes entes da instituição:
 Conselho de Administração
 Diretoria
 Diretores em Geral
 Diretor de Controles Internos
 Gestor de Riscos
 Gerências Operacionais
 Auditoria Interna
 Auditoria Externa
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 Diretivas Solvency II (Artigo 40):
 O órgão de direção, administração ou supervisão de uma empresa de seguros ou
de resseguros é responsável pelo cumprimento das disposições legais,
regulamentares e administrativas aprovadas por força da presente diretiva
45
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 3: Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade
da alta gestão (obs: já abordado em Políticas)
 O Conselho de Administração é responsável pela supervisão do ORSA. Embora as
atividades de projetar e implementar o processo possam ser delegadas à alta gestão, o
Conselho deve avaliar a razoabilidade e adequação dos resultados no contexto do
apetite por risco e dos limites de risco por ele aprovados
 O Conselho deve rever e discutir o ORSA, bem como quaisquer alterações ao ORSA
 O Conselho deve compreender as decisões, planos e políticas desenvolvidas pela alta
gestão com relação ao ORSA e seus potenciais impactos sobre a seguradora. Ele deve
investigar, questionar e procurar obter garantias da alta gestão de que estas sejam
consistentes com as decisões do Conselho e com as estratégias de negócio e de gestão
de riscos, e que os controles internos correspondentes são sólidos e eficazes
 A alta gestão deve compreender a natureza e importância das exposições de risco da
seguradora, os fatores de mitigação de riscos, as ferramentas/técnicas de gestão de
riscos, os processos de supervisão e como estes se relacionam com os níveis
adequados de capital
 A Diretoria deve avaliar a adequação da formalidade e sofisticação dos métodos
utilizados para quantificar e mitigar os riscos, bem como a gestão de riscos e processos
de reporte vis-à-vis o apetite por risco e os limites pertinentes aprovados pelo Conselho,
a natureza dos riscos, o perfil de riscos e o plano de negócios da seguradora
46
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 3: Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade
da alta gestão (cont.)
 O ORSA deve auxiliar o Conselho e a Diretoria em sua avaliação, gestão e planejamento
de riscos, explorando e avaliando potenciais ameaças sobre o capital e a solvência da
seguradora. Por exemplo, os resultados dos testes de cenários de estresse deve ser
usado para identificar ações que possam ser tomadas, quer para diminuir a probabilidade
de ocorrência de tais ameaças, quer para mitigar o impacto de um cenário adverso
 Elemento chave 4: Monitoramento e reporte
 O relatório deve possibilitar que os membros do Conselho avaliem a adequação do
ORSA
 O Conselho e a alta gestão devem receber, regular e oportunamente, relatórios sobre os
riscos e o capital, que permitam à alta gestão:
 Avaliar o nível e a tendência dos riscos materiais e seus efeitos sobre o capital
 Avaliar a sensibilidade e a razoabilidade das premissas utilizadas nos processos de
avaliação e mensuração dos riscos e do capital
 Atestar que a seguradora mantém capital (tanto econômico quanto regulatório)
suficiente e adequado às metas estabelecidas
47
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)
 Elemento chave 4: Monitoramento e reporte (cont.)
 O Conselho e a alta gestão devem receber, regular e oportunamente, relatórios sobre os
riscos e o capital, que permitam à alta gestão: (cont.)
 Avaliar a adequação do capital com base em testes de estresse e análise de cenários
 Avaliar a necessidade futura de capital e efetuar qualquer ajuste necessário sobre os
planos estratégico, e de capital, entre outros
 Elemento chave 5: Controles Internos e Revisão Objetiva
 O Conselho deve assegurar-se de que o seu sistema de controles internos se mantenha
adequado à uma condução prudente e ordenada dos negócios, incluindo a qualidade do
seu processo ORSA
 A revisão regular do ORSA pode ser conduzida por um auditor interno ou externo, ou por
um ente/individuo interno ou externo, qualificado e experiente, que se reporte
diretamente ou seja um membro do Conselho
48
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 IAIS (ICP 16)
 O Conselho e a alta gestão são responsáveis pelo ORSA
 ISP (Norma Regulamentar N.º 14/2005-R)
 Compete ao Conselho de Administração:
 requerer e assegurar a existência de processo para determinação do capital adequado
aos riscos e seus impactos sobre as áreas de negócio
 Compete à Diretoria:
 definir, implementar e rever processos para a determinação do capital adequado aos
riscos e seus impactos sobre as áreas de negócio
49
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 EIOPA (Final Report on Public Consultation Nº 14/017 on Guidelines on ORSA)
 A alta gestão da empresa (corpo administrativo, diretivo e fiscal) deve exercer
papel ativo no ORSA, incluindo:
 sua condução;
 o estabelecimento de como a avaliação deve ser realizada; e
 o questionamento dos resultados obtidos
 A alta gestão da empresa (corpo administrativo, diretivo e fiscal) deve estar ciente
de todos os riscos materiais a que a instituição está exposta
50
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 BACEN (Resolução 3.988/11 e Circulares 3.547/11, 3.685/14)
 Atribuições da Diretoria e do Conselho de Administração:
 Aprovar e revisar anualmente as políticas e as estratégias para o gerenciamento de
capital, bem como o plano de capital
 Ter uma compreensão abrangente e integrada dos riscos que podem impactar o capital
 Aprovar o relatório do ICAAP
 Deve ser indicado diretor responsável pelos processos e controles relativos à
estrutura de gerenciamento de capital
 Esse diretor não pode desempenhar funções relativas à administração de recursos de
terceiros
 A auditoria interna deve avaliar periodicamente o processo de gerenciamento de
capital
51
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 APRA (Prudential Practice Guide CPG 110 – ICAAP Process and Supervisory Review)
 Com relação ao ICAAP o Conselho de Administração deve:
 ser o responsável primário pela gestão de capital, incluindo a garantia de sua adequação
frente aos requerimentos de capital regulatório e a asseguração de que a instituição
possui recursos compatíveis ao seu perfil de risco
 aprovar o ICAAP
 Estar engajado no desenvolvimento e finalização do ICAAP e na supervisão contínua de
sua aplicação - apesar deste poder ser desenvolvido pela alta administração, com a
participação das áreas relevantes e especialistas em toda a instituição
 contestar as premissas e metodologias por trás do ICAAP e sua documentação
 entender e ser capaz de explicar os principais aspectos do ICAAP e demonstrar que o
mesmo é apropriado para a instituição
 garantir a integração do ICAAP ao processo de tomada de decisão
 garantir que o ICAAP seja considerado no planejamento estratégico e de negócios
 se certificar de que as metas de capital estão em linha com o apetite ao risco
 No caso de ICAAP de Grupo, o Conselho de cada instituição supervisionada do Grupo
deve assegurar que o ICAAP é apropriado e atende os requerimentos de capital em
relação a sua instituição em particular
52
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 APRA (Prudential Practice Guide CPG 110 – ICAAP Process and Supervisory Review)
 A critério da instituição a responsabilidade de revisão contínua e robusta do seu
ICAAP pode ser atribuída a um ou mais dos seguintes elementos:
 Auditoria interna;
 Auditoria externa;
 Equipe de gestão de riscos; e/ou
 Consultores externos
53
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 IAA (Paper: “Deriving Value from ORSA - Board Perspective”):
 A Diretoria e o Conselho de Administração tem um papel significativo a
desempenhar : 1) supervisionando as avaliações de risco e de solvência
executadas pela administração; e 2) desafiando os resultados do ORSA
comunicados pela administração
 As principais conclusões do ORSA devem ser cuidadosamente analisadas pela
administração e revistas pelo Conselho de Administração
54
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 LLOYD’S (Solvency II – ORSA – Guidance Notes, 2012)
 O relatório ORSA, sua metodologia e qualquer alteração relevante desta deve ser
aprovada pelo Conselho de Administração
 NAIC (Risk Management and ORSA Model Act #505)
 O relatório do ORSA deve incluir a assinatura do chief risk officer, ou de outro
executivo que tenha responsabilidade pela supervisão do processo de
gerenciamento de riscos
 Esse profissional deve atestar o processo de gestão de riscos descrito no relatório do
ORSA e que uma cópia do relatório foi fornecida para o Conselho de Administração ou
para o Comitê apropriado
55
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 E&Y (“Solvency II and Putting the ORSA in practice”)1:
 O Conselho de Administração deve demonstrar compreensão do processo ORSA
e garantir que seus cinco princípios fundamentais sejam devidamente
incorporados ao negócio1:
 Responsabilidade da alta gestão;
 Abrangência (riscos cobertos);
 Visão prospectiva
 Integração ao negócio
 Documentação e validação apropriadas
 O Conselho de Administração deve entender:
 a qualidade dos fundos próprios e provisões transitórias (transitional provisions);
 as provisões técnicas, em especial as margens de risco e prêmios de liquidez;
 os resultados das fórmulas padrão, bem como dos Modelos Internos; e
 as diferenças entre as linhas de negócios vida e não-vida
56
1) Responsabilidades definidas por supervisores em um seminário para membros de Conselhos de Administração
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 E&Y (“Solvency II and Putting the ORSA in practice”): (cont.)
 Com relação às Funções de controle o Conselho de Administração deve:
 Função de Gestão de Riscos: assegurar que as políticas por ela definidas são claras,
acessíveis, e que estão internalizadas pela empresa;
 Função de Auditoria Interna: assegurar que a mesma possua autonomia e autoridade;
 Função de Compliance: questionar os relatórios de controles internos e de
conformidade e suas conclusões; e
 Função Atuarial: avaliar, entender e questionar os relatórios produzidos pela Função
57
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
 Responsabilidade sobre o ORSA – Conselho de Administração1
58
O
Desenvolvimento de Políticas
 Determinar como o ORSA é desenvolvido e
implementado
 Verificar se os procedimentos estão sendo
seguidos
R
Risco x Capital
 Entender todos os riscos enfrentados e como
eles se traduzem em capital de solvência ou
como são mitigados
 Verificar se os procedimentos são seguidos
 Certificar-se de que o modelo padrão ou o
modelo interno são adequados para o cálculo do
capital regulatório
S
Planejamento Estratégico
 Aprovar os planejamentos de capital de curto
e longo prazos
 Considerar os limites de tolerância e as
alternativas para a estratégia de risco e o
apetite por risco
A
Outros
 Questionar a identificação e a avaliação dos
riscos
 Dar instruções sobre ações a serem tomadas se
os riscos se materializarem
 Questionar as premissas e pressupostos
inerentes ao cálculo do capital regulatório
1) Fonte: E&Y (“Solvency II and Putting the ORSA in practice”), responsabilidades definidas por supervisores em
seminário para membros de Conselhos de Administração
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
59
ENTE
PROCESSOS – Posição Susep (anterior à esta apresentação)
Propõe Aprova
Implementa
/ Executa
Monitora Audita
Atesta a
Eficácia
Revisa
Função
Consultiva
Conselho de
Administração
X X
Diretores X X
X
responsável
X X
Gestor de
Riscos
X X agregação X X X
Gerências
Operacionais
X
X execução
individual
X
Auditoria
Interna
X X
Auditoria
Externa
X X
Comitê de
Risco (Exec.)
X X X X
Consultoria X X X
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
60
ENTE
PROCESSOS – Exercício com a Subcomissão de Riscos
Propõe Aprova
Implementa
/ Executa
Monitora Audita
Atesta a
Eficácia
Revisa
Função
Consultiva
Conselho de
Administração
X X X
Diretores X X X X
Gestor de
Riscos X X X X X
Gerências
Operacionais
X X X
Auditoria
Interna
X X
Auditoria
Externa
X X
Comitê de
Risco (Exec.)
X X X X
Consultoria X X X X
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
ORSA - Requisitos Básicos
Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA
61
ENTE
POLÍTICAS – Exercício com a Subcomissão de Riscos
Propõe Aprova
Implementa
/ Executa
Monitora Audita
Atesta a
Eficácia
Revisa
Função
Consultiva
Conselho de
Administração
X N/A N/A N/A N/A
Diretores X X N/A N/A N/A N/A X
Gestor de
Riscos
X N/A N/A N/A N/A X X
Gerências
Operacionais
X ? N/A N/A N/A N/A X
Auditoria
Interna
N/A N/A N/A N/A
Auditoria
Externa
N/A N/A N/A N/A
Comitê de
Risco (Exec.)
X N/A N/A N/A N/A X X
Consultoria X N/A N/A N/A N/A X X
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Material de Consulta
 APRA – Australian Prudential Regulatory Authority
 Prudential Practice Guide CPG 110 – ICAAP (2015)
 BACEN – Banco Central do Brasil
 Resolução 3.988/2011
 Circular 3.547/2011
 Circular 3.685/2014
 Bank of England – Prudential Regulation Authority
 “Supervisory activities - Stress testing”
(http://www.bankofengland.co.uk/pra/Pages/supervision/activities/stresstesting.aspx)
 BIS – Bank for International Settlements
 Basel Committee on Banking Supervision, “Principles for sound stress testing practices and
supervision”, 2009
 EIOPA - European Insurance and Occupational Pensions Authority
 Diretiva 2009/138/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (2009) – Solvência II
 Final Report on Public Consultation Nº 14/017 on Guidelines on own risk and solvency
assessment (2015)
 Guidelines on own risk and solvency assessment (2015)
62
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Material de Consulta
 EY - Ernst & Young
 Apresentação “Solvency II and Putting the ORSA in practice”, P. Subtil, R. Cabral e N. Vieira
(2014)
 IAA - International Actuarial Association
 Paper: “Deriving Value from ORSA - Board Perspective”, (2015), produced by the Joint Own
Risk Solvency Assessment (ORSA) Subcommittee of the Insurance Regulation Committee
and the Enterprise and FinanciaI Risk Committee of the IAA
 IAIS - International Association of Insurance Supervisors
 ICP 16
 ISP - Instituto de Seguros de Portugal
 Norma Regulamentar N.º 14/2005-R
 LLOYD’S – Lloyd’s of London
 Solvency II Detailed Guidance Notes – Section 9 – ORSA (2010)
 Solvency II Own risk and solvency assessment (ORSA) - Guidance notes (2012)
 NAIC - National Association of Insurance Commissioners
 Risk Management and Own Risk and Solvency Assessment Model Act #505
63
SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Material de Consulta
 OSFI - Office of the Superintendent of Financial Institutions
 Guideline, “Stress Testing” (2009)
(http://www.osfi-bsif.gc.ca/eng/fi-if/rg-ro/gdn-ort/gl-ld/Pages/e18.aspx)
 Guideline, “Own Risk and Solvency Assessment” (2014)
 P. Grundke, “Reverse stress tests with bottom-up approaches”
 The Journal of Risk Model Validation - Volume 5 - Number 1 (2011)
(http://m.risk.net/digital_assets/5048/jrm_v5n1a4.pdf)
 Serasa Experian
 Revista Tecnologia de Crédito, Edição 69, “Testes de Estresse como Ferramenta Básica da
Gestão Prudente do Risco”
(http://www.serasaexperian.com.br/serasaexperian/publicacoes/revistas/2009/69/revista_0366.htm)
 Towers Watson
 “Risk Metrics for Decision Making and ORSA”, “Understand ORSA Before Implementing It”,
A. Shapella and O. Stein (2012)
64
16 de julho de 2015SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
Algo mais?
SUBCOMISSÃO DE RISCOS
ORSA – TÓPICO 3

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Processo e política do ORSA

  • 1. SUBCOMISSÃO DE RISCOS ORSA – TÓPICO 3 PROCESSO E POLÍTICA DO ORSA 16 de julho de 2015SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
  • 2. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Agenda  ORSA  Conceitos  Tópico 3 – Processo e Política  Processo do ORSA  Política do ORSA  Papéis e Responsabilidades OBS: As informações e conclusões constantes do presente material acerca dos procedimentos adotados pelas diversas instituições citadas se baseiam na análise de uma quantidade limitada de material, estando sujeitas a ajustes caso uma gama mais ampla de material venha a ser consultada 2 Literatura Existente Material Analisado
  • 4. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Quanto eu entendo que devo ter de recursos para tocar o meu negócio Conceitos Capital Econômico  ... é o montante de capital que as instituições empregariam para suportar suas atividades na ausência de restrições regulamentares, depois de cuidadoso estudo sobre os riscos pertinentes  ... é uma medida estatística dos recursos necessários para enfrentar as perdas inesperadas durante um determinado período - de um ano, por exemplo - com um determinado nível de confiança - digamos, de 99,9%  ... é o capital que a empresa entende que deve constituir, com base em avaliação interna de todos os seus riscos significativos e em sua escolha de base de dados, distribuições, medidas, níveis de confiança, horizontes de tempo, critérios de avaliação, ferramentas financeiras e metodologias, apropriados ao seu próprio perfil 4  … é o capital que uma empresa entende ser necessário, como resultado de sua própria avaliação de riscos, para absorver perdas inesperadas que possam levar à quebra da instituição, calculado com um razoável nível de confiabilidade, e em um determinado horizonte de tempo
  • 5. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Capital Regulatório (Capital Mínimo Requerido-CMR)  ... capital resultante da aplicação dos requisitos de capital baseados no risco, determinados pelos órgãos reguladores, com o propósito de garantir recursos suficientes para sua supervisionada absorver perdas inesperadas  ... é o capital mínimo exigido pelos órgãos reguladores 5 Quanto o meu supervisor exige que eu tenha de recursos para tocar o meu negócio
  • 6. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Análise de Cenários 6  Cenário  Um cenário é uma possível configuração do ambiente externo (política, economia, aspectos sociais, demográficos, culturais, tecnológicos), ou interno (reestruturações, fusões, aquisições, política de dividendos, perda de pessoas chaves, etc.) em um ponto no tempo, ou durante um horizonte de tempo  Análise de cenários Situação atual Cenário Idealizado (descritivo) 1 2 Calibragem dos parâmetros para refletir o cenário idealizado (simulações, métodos estocásticos, etc.) 3 Medição do impacto sobre os indicadores de performance para cada combinação de parâmetros selecionada  Impacto sobre Capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ... Impacto sobre Capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ... Impacto sobre Capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ... A C D E F B Posição dos capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ... Indicadores de performance
  • 7. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Análise de Cenários  Definição  É um processo de análise de possíveis cenários futuros considerando possíveis resultados alternativos (às vezes chamados de "mundos alternativos"). Não se trata de projetar uma imagem exata do futuro, mas sim de observar vários desenvolvimentos futuros alternativos. Não apenas os resultados futuros são observados, mas também os caminhos que levam a esses resultados 7
  • 8. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Análise de Cenários  Descrição 1  A projeção dos efeitos de um cenário ao longo do período estudado pode afetar tanto uma determinada empresa, como todo um setor do mercado, ou toda a economia nacional/internacional  Para determinar os aspectos relevantes desta situação a se considerar, um ou mais eventos ou mudanças nas circunstâncias pode ser previsto, possivelmente através de identificação ou simulação de vários fatores de risco, muitas vezes ao longo de vários horizontes de tempo  O efeito desses eventos ou mudanças nas circunstâncias em um cenário pode ser gerado a partir de um choque no sistema resultante de uma mudança repentina em um único parâmetro ou fator risco  Os cenários também podem ser complexos, envolvendo alterações e interações entre diversos parâmetros ou fatores de risco ao longo do tempo, podendo ser gerados por um conjunto de eventos em cascata  O fornecimento de uma narrativa (história) por trás do cenário, incluindo os riscos (eventos) que geraram esse cenário, pode ser útil na análise de cenários 8
  • 9. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Análise de Cenários  Descrição 2  É uma técnica de brainstorming usada para determinar como os indicadores de performance são afetados por alterações nos pressupostos em que essas projeções são baseadas  A análise de cenários é muitas vezes usada para comparar diferentes cenários e suas potenciais consequências com base em alterações nas configurações do ambiente externo ou interno  Muitas vezes usado na investigação científica e em conjunto com a avaliação de risco financeiro e de negócios, a análise de cenários é aplicável a praticamente qualquer atividade ou sistema 9  Por exemplo, se você está planejando as férias com a família, você pode considerar o custo de ir com seu próprio carro contra o custo de passagens aéreas. No entanto, se o custo da gasolina subir até a data da viagem? E se a competição se acirrar entre as companhias aéreas? Esses fatores poderiam afetar seus custos e sua decisão final. Usando análise de cenários, você pode explorar vários cenários e tomar melhores decisões
  • 10. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Testes de Estresse  Um teste de estresse é a exploração adversa de um único fator de risco ou parâmetro  A aplicação de um teste de estresse identifica a relação entre um único fator de risco e os indicadores de performance, mantidos inalterados todos os demais parâmetros 10 Situação atual C D E B F A Posição dos capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ... Estresse do parâmetro “A” 1 Impacto sobre os capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ... Impacto sobre os capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ... Impacto sobre os capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ... 2 Medição do impacto sobre os indicadores de performance para cada estresse do parâmetro selecionado Impacto sobre os capitais regulatório e econômico, apetite por risco, ...
  • 11. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Testes de Estresse Reversos  Serasa Experian1  Compreende a identificação e avaliação de cenários com maior probabilidade de tornar inviáveis o atual modelo de negócio da instituição  O modelo de negócio da instituição deve ser presumido inviável no momento em que a cristalização de riscos faça com que o mercado perca sua confiança nela, levando contrapartes/outros interessados a não mais transacionar com ela ou lhe proporcionar capital  O objetivo é garantir que as instituições explorem melhor os ‘riscos extremos’ que, em se concretizando, fariam com que contrapartes e investidores perdessem a confiança. Isso deixa a instituição mais consciente das vulnerabilidades de seu modelo de negócio ao tomar decisões estratégicas, traçar planos de contingência e considerar sistemas de gestão de risco  Tal exercício incentiva as instituições a explorar melhor os pontos fracos de seu modelo de negócio e tomar decisões que integrem melhor o planejamento de negócio e de capital; e melhorar seus planos de contingência  Um objetivo básico deveria ser o de garantir que a empresa sobrevivesse por tempo suficiente, após a concretização de riscos, para que se verificasse uma das condições abaixo: • o mercado decidir que não há motivos para sua falta de confiança e retomar transações com a instituição; • a instituição reduzir e reestruturar suas atividades; • a instituição ser adquirida por outra, ou ter suas atividades transferidas de maneira ordeira; ou • a instituição passar ao controle do setor público, ou liquidar suas atividades de maneira ordenada 11 1) Fonte: http://www.serasaexperian.com.br/serasaexperian/publicacoes/revistas/2009/69/revista_0366.htm
  • 12. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Testes de Estresse Reversos  Bank of England – Prudential Regulation Authority1  Testes de estresse reversos são testes de estresse que requerem que uma empresa avalie cenários e circunstâncias que inviabilizariam o seu modelo de negócios, identificando assim as potenciais vulnerabilidades do negócio  Esse conceito difere dos conceitos de testes de estresse gerais e de análise de cenários, nos quais são testados os resultados decorrentes de mudanças nas circunstâncias  Um modelo de negócio é considerado inviável no momento em que a cristalização de riscos faça com que o mercado perca a confiança na empresa  Paper “Reverse stress tests with bottom-up approaches” (P. Grundke)2  Enquanto, para os testes de estresse regulares, os cenários são escolhidos com base na experiência histórica ou conhecimento especializado, avaliando seu impacto sobre a capacidade de sobrevivência do banco, testes de estresse reversos visam encontrar exatamente aqueles cenários que fazem com que o banco cruze a fronteira entre a sobrevivência e a capacidade de honrar seus compromissos (“default”) 12 1) Fonte: http://www.bankofengland.co.uk/pra/Pages/supervision/activities/stresstesting.aspx 2) Fonte: http://m.risk.net/digital_assets/5048/jrm_v5n1a4.pdf
  • 13. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Testes de Estresse Reversos  BIS – Bank for International Settlements1  Testes de estresse reversos partem de um resultado conhecido (tal como a violação do capital regulatório, falta de liquidez ou insolvência) para, em seguida, se perguntar que eventos poderiam levar a esse resultado  Como parte do processo de testes de estresse, é importante incluir alguns cenários extremos que poderiam causar a insolvência da empresa (ou seja, eventos que ameaçam a viabilidade do modelo de negócio)  Para uma empresa grande e complexa, este é um exercício desafiador que exige o envolvimento da alta administração e todas as áreas da empresa expostas a riscos significativos  Um teste de estresse reverso induz as empresas a considerar cenários que extrapolam as condições usuais de negócios e levam a eventos com implicações sistêmicas e de contágio  Assim, os testes de estresse reversos tem usos quantitativos e qualitativos importantes, como informar a gerência sênior das vulnerabilidades do negócio  Por exemplo, um banco com grande exposição a produtos de crédito estruturados complexos pode questionar que tipo de cenário o conduziria a perdas generalizadas, tais como as observadas na crise financeira. Nesse cenário o banco poderia identificar uma estratégia de hedging que se revelaria robusta no ambiente de estresse do mercado, caracterizado pela falta de liquidez e pelo aumento do risco de crédito das contrapartes 13 1) Fonte: Basel Committee on Banking Supervision, “Principles for sound stress testing practices and supervision”, 2009
  • 14. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Testes de Estresse Reversos  OSFI1  Os testes de estresse devem abranger uma gama de severidades, incluindo eventos capazes de gerar danos irreparáveis, seja devido a dimensão da perda, ou em decorrência da perda de reputação. Um programa de testes de estresse também deve determinar quais cenários podem ameaçar a viabilidade da instituição (testes de estresse reversos). Esses testes podem ser úteis na descoberta de riscos ocultos e interações entre os riscos  As instituições devem realizar testes de estresse reversos. Um teste de estresse reverso começa com um resultado específico que desafia a viabilidade da empresa  Um exemplo de tal resultado poderia ser a constatação de uma perda muito expressiva, ocorrida em um curto período de tempo, que viesse a desafiar a viabilidade do negócio. A partir desse resultado a empresa se utilizaria de engenharia reversa para identificar um cenário, ou uma combinação de cenários, que poderia gerar esse efeito  O teste de estresse reverso induz as instituições a considerar cenários além das configurações normais de negócios, que incluem eventos com implicações sistêmicas e de contágio 14 1) Fonte: http://www.osfi-bsif.gc.ca/eng/fi-if/rg-ro/gdn-ort/gl-ld/Pages/e18.aspx
  • 15. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Conceitos Testes de Estresse Reversos  É correto então afirmar ? 15 Análise de Cenários Teste de Estresse Reverso = Análise de Cenário que pode ameaçar a viabilidade da instituição
  • 16. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS METODOLOGIA DO ORSA Tópico 3  Processo e Política Escopo e abordagem Individual x Grupo Frequência COMPONENTES DO ORSA Contexto do negócio Desvios do perfil de risco Planos de capital e de liquidez Estratégia de risco e apetite por risco Posições de capital e de solvência Posição do ORSA no tempo Governança no processo de gestão de risco Visão prospectiva do capital e da solvência Testes de Uso Processo do ORSA Testes de estresse e análise de cenários Revisão indepen- dente DOCUMENTAÇÃO DO ORSA Política Reporte interno do ORSA Reporte externo do ORSA DESCRIÇÃO DA GOVERNANÇA NO CONTEXTO DO ORSA, INCLUINDO O QUESTIONAMENTO DE PREMISSAS/PROCESSOS E DEBATES
  • 17. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Processo do ORSA Variedade de modelos ... muito similares Por exemplo: ...
  • 18. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Processo do ORSA – APRA (ICAAP) Prudential Practice Guide CPG 110 – ICAAP (Jan 2015)  Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital  Responsabilidade do Conselho sobre o ICAAP  Apetite ao Risco e Estrutura de Gestão de Riscos  Requisitos do ICAAP e Abrangência de Riscos  Proporcionalidade  Gestão prospectiva de capital  Considerações para o ICAAP de Grupos  Documentação do ICAAP: Sumário e Relatório  Definição das metas de capital  Estratégia para manter um nível adequado de capital ao longo do tempo  Gatilhos de alerta dos níveis de capital (trigger levels) e ações associadas para gerir a posição de capital  Testes de Estresse e Análise de Cenários  Revisão do ICAAP
  • 19. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Processo do ORSA - Banco Central (ICAAP) Resolução 3.988/2011 e Circular 3.547/2011 Estrutura de Gerenciamento de Capital Mecanismos para identificação e avaliação dos riscos, inclusive os não cobertos pelo capital regulatório Políticas/estratégias para o gerenciamento de capital bem documentadas, com mecanismos/procedimentos para manter o capital compatível com os riscos Plano de capital por horizonte mínimo de 3 anos Simulações de eventos severos e condições extremas de mercado (testes de estresse) e avaliação de seus impactos no capital Relatórios gerenciais periódicos sobre a adequação do capital para a Diretoria e Conselho de Administração Processo interno de Avaliação da Adequação de Capital (ICAAP)  Metas e projeções de capital  Principais fontes de capital  Plano de contingência de capital  Avaliação da necessidade de capital para os riscos relevantes  Visão prospectiva  Testes de estresse  Validação independente  Reporte
  • 20. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Processo do ORSA - LLOYD’S Solvency II Detailed Guidance Notes – Section 9 - ORSA (Mar 2010)  ORSA Process  Governance  Internal Model  Model re-runs  Assessment of the capital and solvency position  Forward looking assessment  Stress and scenario tests  Capital and liquidity planning  Independent review
  • 21. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Processo do ORSA –Towers Watson (artigo de consultores) “Risk Metrics for Decision Making and ORSA”, A. Shapella and O. Stein  ORSA process:  Risk identification and prioritization  Risk measurement  Articulation of risk appetite and tolerances  Implementation of risk limits and controls  Development of risk mitigation strategies  Capital adequacy assessment  Governance and risk reporting
  • 22. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Processo do ORSA – E&Y (apresentação para a Susep) “Solvency II and Putting the ORSA in practice” (P. Subtil, R. Cabral e N. Vieira)  ORSA process:
  • 23. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Processo do ORSA – SUSEP Estrutura de Gestão de Riscos (ERM) Avaliação Atual e Prospectiva da Solvência  Testes de estresse e análise de cenários  Testes de estresse reversos  Planejamento de capital  Posições de capital e de solvência atual e prospectiva  Planejamento de cenários  Planejamento de capital (fontes de recursos, metas de capital, gatilhos de alerta, etc.)  Calibragem dos riscos  Mensuração dos riscos  Metodologia do ORSA  Contexto do negócio  Estratégia de risco e apetite por risco  Governança na gestão de riscos  Identificação dos riscos  Monitoramento contínuo  Ações de gerenciamento  Indicadores de performance  Desvios do perfil de risco  Posição do ORSA no tempo  Testes de uso  Reporte  Auditoria interna  Outras revisões T4
  • 24. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  O ORSA deve servir como uma ferramenta para aprimorar o entendimento da instituição sobre as interrelações entre seu perfil de risco e sua necessidade de capital  O ORSA deve considerar todos os riscos materiais razoavelmente previsíveis e pertinentes, ter uma visão prospectiva e estar alinhado aos planejamentos de negócio e estratégico  O ORSA deve considerar os riscos das operações nacionais e internacionais da instituição, bem como os riscos decorrentes de sua participação em um grupo  O ORSA deve ser preparado nas bases individual e de grupo  Na condução de seu ORSA, uma seguradora deve determinar suas próprias necessidades de capital e estabelecer suas metas internas com base numa avaliação interna de todos os riscos significativos, incluindo os resultados do processo de gerenciamento de riscos corporativos  O ORSA deve estar integrado ao gerenciamento de riscos corporativos, aos controles relacionados e aos mecanismos de governança, possibilitando que as informações, análises e resultados de ambos os processos sejam consistentes 24
  • 25. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  O ORSA deve abranger no mínimo os seguintes elementos chaves:  Identificação e Avaliação de Riscos abrangentes e consistentes  Inter-relação entre Risco e Capital  Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade da alta gestão  Monitoramento e reporte  Controles Internos e revisão objetiva 25
  • 26. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 1: Identificação e Avaliação de Riscos abrangentes e consistentes  O ORSA deve identificar, definir e avaliar a materialidade de todos os riscos conhecidos, razoavelmente previsíveis, emergentes e outros riscos relevantes que possam ter um impacto sobre a capacidade de uma seguradora dar continuidade as suas operações, tanto em situações normais ,quanto em situações de estresse  O perfil de riscos de uma seguradora deve evoluir em conjunto com o desenvolvimento de seu negócio e do ambiente na qual a mesma está inserida  A avaliação deve incluir todos os riscos materiais, quer estas sejam explicitamente capturadas no âmbito do capital regulatório ou não, bem como os riscos que não são facilmente quantificáveis  O ORSA deve dar a devida atenção aos riscos não-materiais que, quando combinados com outros riscos não-materiais, tornam-se materiais  As premissas, os processos e as principais considerações relativas a identificação, avaliação e mitigação de cada risco devem ser documentadas 26
  • 27. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital  Como parte do ORSA a seguradora deve estabelecer metas de capital internas, as quais devem respeitar, mas não se limitar, aos requisitos de capital regulatório  As metas de capital devem estar fundamentadas na avaliação da necessidade de capital executada pela própria seguradora e não devem ser determinadas pela simples adição de uma margem sobre o capital regulatório  A seguradora deve executar testes de estresse e análise de cenários, e os seus resultados devem ser considerados para justificar a adição de margens sobre a avaliação inicial das suas necessidades de capital na determinação de suas metas de capital, de forma que a seguradora possa enfrentar um nível especificado de perdas sem deixar de atender aos requisitos de capital regulatório NATUREZA, ESCALA E COMPLEXIDADE:  O ORSA deve ser elaborado sob medida pela seguradora, considerando o seu próprio perfil de risco e apetite por risco, e sua complexidade deve ser proporcional a natureza, escala e complexidade da seguradora 27
  • 28. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.)  Métodos sofisticados devem ser utilizados para estimar a necessidade de capital para riscos materiais de maior complexidade. Para riscos de menor materialidade ou menos complexos, ou para aqueles não facilmente quantificáveis, pode-se optar por análises quantitativas simplificadas (ex.: fatores prudenciais geralmente aceitos ou cenários de estresse determinísticos extremamente severos, mas plausíveis) combinados com considerações qualitativas bem documentadas AUTOAVALIANDO A NECESSIDADE DE CAPITAL  Na sua autoavaliação da necessidade de capital, a seguradora deve determinar o montante de capital que deve ser mantido para cada risco, com base em sua própria escolha de base de dados, distribuições, medidas, níveis de confiança, horizontes de tempo, critérios de avaliação, ferramentas financeiras e metodologias, apropriados ao seu próprio perfil  As abordagens e ferramentas utilizadas devem ser calibradas para determinar a quantidade total de capital necessário para cobrir perdas extremamente severas  Agregadas, essas perdas devem representar a quantidade total de capital necessária para que a seguradora possa absorver as perdas e manter uma quantidade igual de ativos e passivos 28
  • 29. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.)  Quando métodos discretos (ex.: testes de sensibilidade, análises estatísticas) forem usados para determinar a necessidade de capital no que diz respeito a riscos individuais, a avaliação não deve identificar ou considerar dependências ou correlações que façam com que alguns riscos se tornem maiores em presença de outro tipo de estresse para outros riscos.  Para complementar a avaliação de riscos individuais, outras ferramentas (ex.: modelos estocásticos ou cenários determinísticos multi-dimensionais de eventos passados, potenciais ou teóricos, extremamente severos, mas plausíveis) podem ser usadas para identificar impactos potenciais decorrentes de concentrações, dependências e interações entre os riscos ESTABELECENDO METAS DE CAPITAL  Uma vez que a empresa tenha determinado sua própria necessidade de capital, deve-se verificar se esses resultados iniciais são apropriados em relação à expectativa de capital de terceiros, incluindo a necessidade de que este capital atenda ao capital regulatório 29
  • 30. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.)  Em adição ao processo de autoavaliação da necessidade de capital, a seguradora deve também considerar: – Análise de cenários: o impacto de diversos cenários adversos (por exemplo, uma crise econômica) de natureza ou severidade diversas; a sua capacidade de evitar intervenções do supervisor (ou seja, não infringir os requisitos de capital regulatório); e a garantia de continuidade normal de suas operações – Testes de Estresse – Testes de Estresse Reversos  Os resultados dessas análises devem ser considerados pela seguradora na determinação de suas metas de capital interna  É esperado que as metas de capital sejam estabelecidas em relação ao capital total, mas as seguradoras do ramo vida devem também determinar suas metas em relação ao capital principal (core capital) , o qual deve incluir somente ativos de alta qualidade  As metas de capital devem considerar o impacto decorrente de mudanças futuras no perfil de risco (planejadas, esperadas ou bastante prováveis) em função de alterações em suas operações, estratégia de negócio ou ambiente de negócio 30
  • 31. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.) INTEGRAÇÃO COM OUTROS PROCESSOS DE NEGÓCIO  O ORSA é um processo prospectivo. Ele deve ser consistente com o planejamento estratégico e de negócio da seguradora e deve contemplar os potenciais impactos adversos sobre o capital no horizonte de planejamento da empresa (ex.: 3 a 5 anos)  Processo ORSA de uma seguradora deve ser coerente com e estar alinhado ao gerenciamento de riscos corporativos e outros processos de gestão. Por exemplo, as estimativas quantificáveis de riscos que são usadas para fins do ORSA devem ser coerentes com o processo de tomada de decisão, ou mesmo subsidiá-lo  Ao determinar a adequação de seu capital, a seguradora deve considerar a premissa de continuidade normal de suas operações sob uma variedade de cenários de estresse, e também sob o cenário de encerramento das atividades da companhia  A avaliação de adequação de capital de uma seguradora deve considerar o capital necessário para suportar seus planos estratégico e de negócio, tanto no tempo presente, quando no longo prazo 31
  • 32. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 2: Inter-relação entre Risco e Capital (cont.) INTEGRAÇÃO COM OUTROS PROCESSOS DE NEGÓCIO (CONT.)  A avaliação de adequação de capital deve considerar, por exemplo, alterações potenciais dos riscos, crescimento previsto, aquisições e desinvestimentos, potenciais necessidades do grupo e restrições de tranferibilidade/fungibilidade de capital, planos para acesso a fontes externas de capital e o nível de capital desejado para permitir a implementação de medidas de compensação diante de um evento de estresse a um custo aceitável  Todos os riscos materiais, inclusive aqueles e difícil quantificação no ORSA devem ser alvo de controles internos. Devem ser identificadas ações compensatórias que possam ser tomadas para melhorar sua posição de solvência, caso a mesma venha a ser afetada por crises econômicas ou outros eventos de estresse. Essas ações podem incluir, por exemplo, o levantamento de capital adicional, a postergação ou a desistência de novos negócios, acordos de resseguro, alterações na precificação de produtos e / ou alterações no mix de negócios 32
  • 33. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 3: Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade da alta gestão (obs: Papéis e Responsabilidades)  O Conselho de Administração é responsável pela supervisão do ORSA. Embora as atividades de projetar e implementar o processo possam ser delegadas à alta gestão, o Conselho deve avaliar a razoabilidade e adequação dos resultados no contexto do apetite por risco e dos limites de risco por ele aprovados  O Conselho deve rever e discutir o ORSA, bem como quaisquer alterações ao ORSA  O Conselho deve compreender as decisões, planos e políticas desenvolvidas pela alta gestão com relação ao ORSA e seus potenciais impactos sobre a seguradora. Ele deve investigar, questionar e procurar obter garantias de alta gestão de que estas sejam consistentes com as decisões do Conselho e com as estratégias de negócio e de gestão de riscos, e que os controles internos correspondentes são sólidos e eficazes  A alta gestão deve compreender a natureza e importância das exposições de risco da seguradora, os fatores de mitigação de riscos, as ferramentas/técnicas de gestão de riscos, os processos de supervisão e como estes se relacionam com os níveis adequados de capital  Diretores devem avaliar a adequação da formalidade e sofisticação dos métodos utilizados para quantificar e mitigar os riscos, bem como a gestão de riscos e processos de reporte vis-à-vis o apetite por risco e os limites pertinentes aprovados pelo Conselho, a natureza dos riscos, o perfil de riscos e o plano de negócios da seguradora 33
  • 34. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 3: Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade da alta gestão (cont.)  O ORSA deve auxiliar o Conselho e Diretoria em sua avaliação, gestão e planejamento de riscos, explorando e avaliando potenciais ameaças sobre o capital e a solvência da seguradora. Por exemplo, os resultados dos testes de cenários de estresse deve ser usado para identificar ações que possam ser tomadas, quer para diminuir a probabilidade de ocorrência de tais ameaças, quer para mitigar o impacto de um cenário adverso 34
  • 35. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 4: Monitoramento e reporte  O ORSA deve ser realizado em uma base regular para que ele continue a fornecer informações relevantes para os processos de gestão de uma seguradora  Um relatório formal do ORSA deve ser elaborado e encaminhado ao Conselho de Administração, com periodicidade mínima anual, e sempre que as circunstâncias o justifiquem, por exemplo, se constatada alteração no perfil por riscos ou no apetite por risco  O relatório ORSA ao Conselho deve conter informações suficientes sobre o processo, os princípios subjacentes, as metodologias, as principais premissas, informações sensíveis ao negócio, e resultados gerais em relação ao apetite por risco, aos planos estratégico e operacional e a gestão de capital da seguradora  O relatório deve possibilitar que os membros do Conselho avaliem a adequação do ORSA 35
  • 36. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 4: Monitoramento e reporte (cont.)  O Conselho e a alta gestão devem receber, regular e oportunamente, relatórios sobre os riscos e o capital, que permitam à alta gestão:  Avaliar o nível e a tendência dos riscos materiais e seus efeitos sobre o capital  Avaliar a sensibilidade e a razoabilidade das premissas utilizadas nos processos de avaliação e mensuração dos riscos e do capital  Atestar que a seguradora mantém capital (tanto econômico quanto regulatório) suficiente e adequado às metas estabelecidas  Avaliar a adequação do capital com base em testes de estresse e análise de cenários  Avaliar a necessidade futura de capital e efetuar qualquer ajuste necessário sobre os planos estratégico, e de capital, entre outros  Os processos de monitoramento e reporte do ORSA devem considerar o ambiente de negócio atual e futuro no qual a empresa está inserida e devem ser ajustados quando apropriado, de modo que o capital permaneça adequado em períodos de estresse e ao longo dos ciclos de negócio 36
  • 37. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 5: Controles Internos e Revisão Objetiva  O Conselho deve assegurar-se de que o seu sistema de controles internos se mantenha adequado à uma condução prudente e ordenada dos negócios, incluindo a qualidade do seu processo ORSA  O processo ORSA deve ser revisado regularmente, com o propósito de assegurar sua integridade, precisão e razoabilidade. Os itens que devem ser revistos incluem, entre outros:  Abrangência e adequação do processo de avaliação (assessment), considerando a natureza da seguradora, sua escala e complexidade, a solidez dos controles que a sustentam, e as expectativas do OSFI no que diz respeito ao processo ORSA  Mecanismos de governança relacionados à avaliação (assessment) e revisão por parte da seguradora de processos de grupo utilizados em suas operações, caso a seguradora se utilize de um ORSA de grupo  Processos para a identificação de riscos, exposições significativas, concentração de riscos, dependências e correlações  Adequação das metodologias, distribuições, medidas, exatidão e integridade dos dados financeiros e quantitativos utilizados 37
  • 38. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 5: Controles Internos e Revisão Objetiva (cont.)  O processo ORSA deve ser revisado regularmente, com o propósito de assegurar sua integridade, precisão e razoabilidade. Os itens que devem ser revistos incluem, entre outros: (cont.)  Razoabilidade e validade dos resultados do ORSA, incluindo as premissas e inputs dos testes de estresse, cenários, modelos e outras metodologias e ferramentas utilizadas no processo de avaliação (assessment)  Razoabilidade do risco individual e outros componentes e resultados globais do ORSA  Consistência dos resultados do ORSA frente ao apetite por risco e a tolerância ao risco da seguradora  Adequação da documentação que suporta o ORSA e ao conteúdo do relatório do ORSA  Eficácia dos sistemas de informação que suportam o ORSA  Coerência e vínculo do processo e dos resultados do ORSA com o processo de gestão de riscos e os planejamentos estratégico, de negócios e de capital  A revisão regular do ORSA pode ser conduzida por um auditor interno ou externo, ou por um ente/individuo interno ou externo, qualificado e experiente, que se reporte diretamente ou seja um membro do Conselho 38
  • 39. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 5: Controles Internos e Revisão Objetiva (cont.)  O revisor do ORSA não deve ser responsável, ou estar ativamente envolvido, na parte do ORSA que ele venha a revisar. Por exemplo, o plano de auditoria interna deve incluir a revisão de todas as partes do ORSA com as quais não houve um envolvimento por parte da auditoria 39
  • 40. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA EIOPA: Guidelines on own risk and solvency assessment (Jan 2015)  Diretriz 4 – Política do ORSA  1.16. O Conselho de Administração da seguradora deve aprovar a política do ORSA. Esta política deve incluir ao menos a descrição:  dos processos e procedimentos em vigor para conduzir o ORSA;  da relação entre o perfil de risco, os limites aprovados de tolerância ao risco e as necessidades globais de solvência;  dos métodos e metodologias, incluindo informação sobre: (i) como e com que frequência devem ser conduzidos os testes de estresse, as análises de cenários, os testes de estresse reversos ou qualquer outra análise relevante; (ii) as políticas (ou padrões) de qualidade dos dados; (iii) a frequência de execução do ORSA e a justificativa de sua adequação, tendo em conta particularmente o perfil de risco da empresa e a volatilidade de suas necessidades globais de solvência em relação à sua posição de capital (iv) o calendário para a execução do ORSA e as circunstâncias que devem desencadear a necessidade de um ORSA específico 40
  • 41. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA  IAA (Paper: “Deriving Value from ORSA - Board Perspective”)  Comunicação ao Conselho de Administração ao se infringir o apetite por risco1  Comunicação prévia: Sempre que uma iniciativa de gestão for gerar exposição total que ultrapasse o apetite por risco, o Conselho de Administração deve ser previamente consultado e dar o seu consentimento antes de tais ações serem implementadas  Comunicação com brevidade: Se no decorrer da operação usual da empresa sua exposição agregada infringir o apetite por risco da empresa, os gestores tem a responsabilidade de acionar de imediato as ações de tratamento de riscos adequadas e, o mais breve possível, notificar o Conselho de Administração 41
  • 42. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA Itens para discussão  O ORSA deve ser integrado a Estrutura de Gestão de Riscos  O ORSA deve ser considerado na tomada de decisões estratégicas  O ORSA precisa ser levado a cabo continuamente e sem defasagem de tempo:  anualmente;  no caso de mudança significativa no perfil de risco ou apetite por risco; e  antes da tomada de grandes decisões estratégicas  A política do ORSA deve estabelecer critérios para se identificar os eventos que devem disparar a realização de um ORSA, bem como motivar sua revisão  O ORSA deve ser submetido à validação/revisão independente e isenta  Os resultados do ORSA devem ser expressos ao menos em relação aos seguintes indicadores de performance:  Capital regulatório  Capital econômico  Apetite por risco 42
  • 43. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Política do ORSA Itens para discussão  O ORSA deve ser autoevolutivo, ou seja, devem haver processos para garantir que suas falhas e fragilidades sejam identificadas e corrigidas ou aprimoradas  Política de Gestão de Capital (como abordar essa política?)  Política de Qualidade dos Dados (como abordar essa política?) 43
  • 44. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  Devem ser definidos os papéis e responsabilidade relativos ao ORSA para os seguintes entes da instituição:  Conselho de Administração  Diretoria  Diretores em Geral  Diretor de Controles Internos  Gestor de Riscos  Gerências Operacionais  Auditoria Interna  Auditoria Externa
  • 45. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  Diretivas Solvency II (Artigo 40):  O órgão de direção, administração ou supervisão de uma empresa de seguros ou de resseguros é responsável pelo cumprimento das disposições legais, regulamentares e administrativas aprovadas por força da presente diretiva 45
  • 46. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 3: Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade da alta gestão (obs: já abordado em Políticas)  O Conselho de Administração é responsável pela supervisão do ORSA. Embora as atividades de projetar e implementar o processo possam ser delegadas à alta gestão, o Conselho deve avaliar a razoabilidade e adequação dos resultados no contexto do apetite por risco e dos limites de risco por ele aprovados  O Conselho deve rever e discutir o ORSA, bem como quaisquer alterações ao ORSA  O Conselho deve compreender as decisões, planos e políticas desenvolvidas pela alta gestão com relação ao ORSA e seus potenciais impactos sobre a seguradora. Ele deve investigar, questionar e procurar obter garantias da alta gestão de que estas sejam consistentes com as decisões do Conselho e com as estratégias de negócio e de gestão de riscos, e que os controles internos correspondentes são sólidos e eficazes  A alta gestão deve compreender a natureza e importância das exposições de risco da seguradora, os fatores de mitigação de riscos, as ferramentas/técnicas de gestão de riscos, os processos de supervisão e como estes se relacionam com os níveis adequados de capital  A Diretoria deve avaliar a adequação da formalidade e sofisticação dos métodos utilizados para quantificar e mitigar os riscos, bem como a gestão de riscos e processos de reporte vis-à-vis o apetite por risco e os limites pertinentes aprovados pelo Conselho, a natureza dos riscos, o perfil de riscos e o plano de negócios da seguradora 46
  • 47. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 3: Supervisão do Conselho de Administração e responsabilidade da alta gestão (cont.)  O ORSA deve auxiliar o Conselho e a Diretoria em sua avaliação, gestão e planejamento de riscos, explorando e avaliando potenciais ameaças sobre o capital e a solvência da seguradora. Por exemplo, os resultados dos testes de cenários de estresse deve ser usado para identificar ações que possam ser tomadas, quer para diminuir a probabilidade de ocorrência de tais ameaças, quer para mitigar o impacto de um cenário adverso  Elemento chave 4: Monitoramento e reporte  O relatório deve possibilitar que os membros do Conselho avaliem a adequação do ORSA  O Conselho e a alta gestão devem receber, regular e oportunamente, relatórios sobre os riscos e o capital, que permitam à alta gestão:  Avaliar o nível e a tendência dos riscos materiais e seus efeitos sobre o capital  Avaliar a sensibilidade e a razoabilidade das premissas utilizadas nos processos de avaliação e mensuração dos riscos e do capital  Atestar que a seguradora mantém capital (tanto econômico quanto regulatório) suficiente e adequado às metas estabelecidas 47
  • 48. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  OSFI (Own Risk and Solvency Assessment, 2014)  Elemento chave 4: Monitoramento e reporte (cont.)  O Conselho e a alta gestão devem receber, regular e oportunamente, relatórios sobre os riscos e o capital, que permitam à alta gestão: (cont.)  Avaliar a adequação do capital com base em testes de estresse e análise de cenários  Avaliar a necessidade futura de capital e efetuar qualquer ajuste necessário sobre os planos estratégico, e de capital, entre outros  Elemento chave 5: Controles Internos e Revisão Objetiva  O Conselho deve assegurar-se de que o seu sistema de controles internos se mantenha adequado à uma condução prudente e ordenada dos negócios, incluindo a qualidade do seu processo ORSA  A revisão regular do ORSA pode ser conduzida por um auditor interno ou externo, ou por um ente/individuo interno ou externo, qualificado e experiente, que se reporte diretamente ou seja um membro do Conselho 48
  • 49. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  IAIS (ICP 16)  O Conselho e a alta gestão são responsáveis pelo ORSA  ISP (Norma Regulamentar N.º 14/2005-R)  Compete ao Conselho de Administração:  requerer e assegurar a existência de processo para determinação do capital adequado aos riscos e seus impactos sobre as áreas de negócio  Compete à Diretoria:  definir, implementar e rever processos para a determinação do capital adequado aos riscos e seus impactos sobre as áreas de negócio 49
  • 50. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  EIOPA (Final Report on Public Consultation Nº 14/017 on Guidelines on ORSA)  A alta gestão da empresa (corpo administrativo, diretivo e fiscal) deve exercer papel ativo no ORSA, incluindo:  sua condução;  o estabelecimento de como a avaliação deve ser realizada; e  o questionamento dos resultados obtidos  A alta gestão da empresa (corpo administrativo, diretivo e fiscal) deve estar ciente de todos os riscos materiais a que a instituição está exposta 50
  • 51. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  BACEN (Resolução 3.988/11 e Circulares 3.547/11, 3.685/14)  Atribuições da Diretoria e do Conselho de Administração:  Aprovar e revisar anualmente as políticas e as estratégias para o gerenciamento de capital, bem como o plano de capital  Ter uma compreensão abrangente e integrada dos riscos que podem impactar o capital  Aprovar o relatório do ICAAP  Deve ser indicado diretor responsável pelos processos e controles relativos à estrutura de gerenciamento de capital  Esse diretor não pode desempenhar funções relativas à administração de recursos de terceiros  A auditoria interna deve avaliar periodicamente o processo de gerenciamento de capital 51
  • 52. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  APRA (Prudential Practice Guide CPG 110 – ICAAP Process and Supervisory Review)  Com relação ao ICAAP o Conselho de Administração deve:  ser o responsável primário pela gestão de capital, incluindo a garantia de sua adequação frente aos requerimentos de capital regulatório e a asseguração de que a instituição possui recursos compatíveis ao seu perfil de risco  aprovar o ICAAP  Estar engajado no desenvolvimento e finalização do ICAAP e na supervisão contínua de sua aplicação - apesar deste poder ser desenvolvido pela alta administração, com a participação das áreas relevantes e especialistas em toda a instituição  contestar as premissas e metodologias por trás do ICAAP e sua documentação  entender e ser capaz de explicar os principais aspectos do ICAAP e demonstrar que o mesmo é apropriado para a instituição  garantir a integração do ICAAP ao processo de tomada de decisão  garantir que o ICAAP seja considerado no planejamento estratégico e de negócios  se certificar de que as metas de capital estão em linha com o apetite ao risco  No caso de ICAAP de Grupo, o Conselho de cada instituição supervisionada do Grupo deve assegurar que o ICAAP é apropriado e atende os requerimentos de capital em relação a sua instituição em particular 52
  • 53. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  APRA (Prudential Practice Guide CPG 110 – ICAAP Process and Supervisory Review)  A critério da instituição a responsabilidade de revisão contínua e robusta do seu ICAAP pode ser atribuída a um ou mais dos seguintes elementos:  Auditoria interna;  Auditoria externa;  Equipe de gestão de riscos; e/ou  Consultores externos 53
  • 54. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  IAA (Paper: “Deriving Value from ORSA - Board Perspective”):  A Diretoria e o Conselho de Administração tem um papel significativo a desempenhar : 1) supervisionando as avaliações de risco e de solvência executadas pela administração; e 2) desafiando os resultados do ORSA comunicados pela administração  As principais conclusões do ORSA devem ser cuidadosamente analisadas pela administração e revistas pelo Conselho de Administração 54
  • 55. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  LLOYD’S (Solvency II – ORSA – Guidance Notes, 2012)  O relatório ORSA, sua metodologia e qualquer alteração relevante desta deve ser aprovada pelo Conselho de Administração  NAIC (Risk Management and ORSA Model Act #505)  O relatório do ORSA deve incluir a assinatura do chief risk officer, ou de outro executivo que tenha responsabilidade pela supervisão do processo de gerenciamento de riscos  Esse profissional deve atestar o processo de gestão de riscos descrito no relatório do ORSA e que uma cópia do relatório foi fornecida para o Conselho de Administração ou para o Comitê apropriado 55
  • 56. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  E&Y (“Solvency II and Putting the ORSA in practice”)1:  O Conselho de Administração deve demonstrar compreensão do processo ORSA e garantir que seus cinco princípios fundamentais sejam devidamente incorporados ao negócio1:  Responsabilidade da alta gestão;  Abrangência (riscos cobertos);  Visão prospectiva  Integração ao negócio  Documentação e validação apropriadas  O Conselho de Administração deve entender:  a qualidade dos fundos próprios e provisões transitórias (transitional provisions);  as provisões técnicas, em especial as margens de risco e prêmios de liquidez;  os resultados das fórmulas padrão, bem como dos Modelos Internos; e  as diferenças entre as linhas de negócios vida e não-vida 56 1) Responsabilidades definidas por supervisores em um seminário para membros de Conselhos de Administração
  • 57. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  E&Y (“Solvency II and Putting the ORSA in practice”): (cont.)  Com relação às Funções de controle o Conselho de Administração deve:  Função de Gestão de Riscos: assegurar que as políticas por ela definidas são claras, acessíveis, e que estão internalizadas pela empresa;  Função de Auditoria Interna: assegurar que a mesma possua autonomia e autoridade;  Função de Compliance: questionar os relatórios de controles internos e de conformidade e suas conclusões; e  Função Atuarial: avaliar, entender e questionar os relatórios produzidos pela Função 57
  • 58. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA  Responsabilidade sobre o ORSA – Conselho de Administração1 58 O Desenvolvimento de Políticas  Determinar como o ORSA é desenvolvido e implementado  Verificar se os procedimentos estão sendo seguidos R Risco x Capital  Entender todos os riscos enfrentados e como eles se traduzem em capital de solvência ou como são mitigados  Verificar se os procedimentos são seguidos  Certificar-se de que o modelo padrão ou o modelo interno são adequados para o cálculo do capital regulatório S Planejamento Estratégico  Aprovar os planejamentos de capital de curto e longo prazos  Considerar os limites de tolerância e as alternativas para a estratégia de risco e o apetite por risco A Outros  Questionar a identificação e a avaliação dos riscos  Dar instruções sobre ações a serem tomadas se os riscos se materializarem  Questionar as premissas e pressupostos inerentes ao cálculo do capital regulatório 1) Fonte: E&Y (“Solvency II and Putting the ORSA in practice”), responsabilidades definidas por supervisores em seminário para membros de Conselhos de Administração
  • 59. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA 59 ENTE PROCESSOS – Posição Susep (anterior à esta apresentação) Propõe Aprova Implementa / Executa Monitora Audita Atesta a Eficácia Revisa Função Consultiva Conselho de Administração X X Diretores X X X responsável X X Gestor de Riscos X X agregação X X X Gerências Operacionais X X execução individual X Auditoria Interna X X Auditoria Externa X X Comitê de Risco (Exec.) X X X X Consultoria X X X
  • 60. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA 60 ENTE PROCESSOS – Exercício com a Subcomissão de Riscos Propõe Aprova Implementa / Executa Monitora Audita Atesta a Eficácia Revisa Função Consultiva Conselho de Administração X X X Diretores X X X X Gestor de Riscos X X X X X Gerências Operacionais X X X Auditoria Interna X X Auditoria Externa X X Comitê de Risco (Exec.) X X X X Consultoria X X X X
  • 61. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS ORSA - Requisitos Básicos Papéis e Responsabilidades relativos ao ORSA 61 ENTE POLÍTICAS – Exercício com a Subcomissão de Riscos Propõe Aprova Implementa / Executa Monitora Audita Atesta a Eficácia Revisa Função Consultiva Conselho de Administração X N/A N/A N/A N/A Diretores X X N/A N/A N/A N/A X Gestor de Riscos X N/A N/A N/A N/A X X Gerências Operacionais X ? N/A N/A N/A N/A X Auditoria Interna N/A N/A N/A N/A Auditoria Externa N/A N/A N/A N/A Comitê de Risco (Exec.) X N/A N/A N/A N/A X X Consultoria X N/A N/A N/A N/A X X
  • 62. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Material de Consulta  APRA – Australian Prudential Regulatory Authority  Prudential Practice Guide CPG 110 – ICAAP (2015)  BACEN – Banco Central do Brasil  Resolução 3.988/2011  Circular 3.547/2011  Circular 3.685/2014  Bank of England – Prudential Regulation Authority  “Supervisory activities - Stress testing” (http://www.bankofengland.co.uk/pra/Pages/supervision/activities/stresstesting.aspx)  BIS – Bank for International Settlements  Basel Committee on Banking Supervision, “Principles for sound stress testing practices and supervision”, 2009  EIOPA - European Insurance and Occupational Pensions Authority  Diretiva 2009/138/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (2009) – Solvência II  Final Report on Public Consultation Nº 14/017 on Guidelines on own risk and solvency assessment (2015)  Guidelines on own risk and solvency assessment (2015) 62
  • 63. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Material de Consulta  EY - Ernst & Young  Apresentação “Solvency II and Putting the ORSA in practice”, P. Subtil, R. Cabral e N. Vieira (2014)  IAA - International Actuarial Association  Paper: “Deriving Value from ORSA - Board Perspective”, (2015), produced by the Joint Own Risk Solvency Assessment (ORSA) Subcommittee of the Insurance Regulation Committee and the Enterprise and FinanciaI Risk Committee of the IAA  IAIS - International Association of Insurance Supervisors  ICP 16  ISP - Instituto de Seguros de Portugal  Norma Regulamentar N.º 14/2005-R  LLOYD’S – Lloyd’s of London  Solvency II Detailed Guidance Notes – Section 9 – ORSA (2010)  Solvency II Own risk and solvency assessment (ORSA) - Guidance notes (2012)  NAIC - National Association of Insurance Commissioners  Risk Management and Own Risk and Solvency Assessment Model Act #505 63
  • 64. SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Material de Consulta  OSFI - Office of the Superintendent of Financial Institutions  Guideline, “Stress Testing” (2009) (http://www.osfi-bsif.gc.ca/eng/fi-if/rg-ro/gdn-ort/gl-ld/Pages/e18.aspx)  Guideline, “Own Risk and Solvency Assessment” (2014)  P. Grundke, “Reverse stress tests with bottom-up approaches”  The Journal of Risk Model Validation - Volume 5 - Number 1 (2011) (http://m.risk.net/digital_assets/5048/jrm_v5n1a4.pdf)  Serasa Experian  Revista Tecnologia de Crédito, Edição 69, “Testes de Estresse como Ferramenta Básica da Gestão Prudente do Risco” (http://www.serasaexperian.com.br/serasaexperian/publicacoes/revistas/2009/69/revista_0366.htm)  Towers Watson  “Risk Metrics for Decision Making and ORSA”, “Understand ORSA Before Implementing It”, A. Shapella and O. Stein (2012) 64
  • 65. 16 de julho de 2015SUSEP/DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS Algo mais? SUBCOMISSÃO DE RISCOS ORSA – TÓPICO 3