Este documento é uma carta de amor escrita por Eça de Queirós para Clara. Na carta, Eça descreve como viu Clara pela primeira vez em uma festa e ficou imediatamente encantado por sua beleza e graça. Desde então, passou a admirá-la de longe e a estudar suas qualidades para compreender melhor sua alma nobre. Clara se tornou sua inspiração para se aperfeiçoar espiritual e intelectualmente. Eça pede permissão a Clara para continuar vivendo sob sua influência benéfica.
Francisco Gil Castelo Branco - Conto Romantico Um Figurinowilson-alencar
Este conto descreve a história de um homem que se apaixona por um figurino que foi dado a ele como uma brincadeira por uma mulher. Ele passa a ver o figurino em todos os lugares e se apaixona por ele de forma delirante. A história se passa na cidade de Campos, no Rio de Janeiro, e descreve aspectos da arquitetura e paisagem da cidade.
Trecho de Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores, de Ariano SuassunaJornal do Commercio
1. O autor descreve sua motivação para escrever o romance de forma prolixa e ornamentada, em contraste com estilos mais concisos. Ele deseja proteger sua obra com detalhes e estilo, mesmo que sejam considerados de mau gosto.
2. Ao retornar à sua cidade natal, o autor é desenganado ao ver o rio seco e uma família vivendo sob a ponte. Sua antiga casa também foi modificada e não é mais a mesma.
3. O autor sonha em reconstruir suas memórias felizes da infância
Este resumo contém 3 frases ou menos:
O documento é um resumo da primeira noite do livro "Noites Brancas" de Dostoiévski. O narrador descreve como se sentiu sozinho quando toda a gente em São Petersburgo partiu para o campo, deixando-o para trás sem convite. Ele andou pela cidade vazia até acabar por sair dos portões e caminhar pelos campos, sentindo-se aliviado por deixar a solidão para trás.
Nesse diário, olhos surpreendidos escrevem sobre mundos tão distantes quanto próximos.
De Barcelona ao norte da Índia, saindo de um posto de gasolina sem ter nada pensado e voltando quando o dinheiro se acaba.
Os protagonistas dessa história são pessoas comuns das montanhas do Paquistão, dos desertos sírios, dos vales do Himalaya, da eterna Damasco ou da bela Peshawar; também de Istambul, Teerã, Esfahan e das planícies da Turquia Oriental.
O diário abre as portas dos lares e mostra cartões postais cotidianos tão estranhos quanto reconhecíveis. Cantos, tertúlias, cafés-da-manhã e jantares; estradas, mulheres e caminhões; mundos particulares e comuns.
1) O narrador chega à casa do seu primo Jorge após 15 anos ausente, esperando ser bem recebido, mas encontra apenas a órfã Thereza Ray, que o informa que toda a família saiu para jantar fora.
2) Thereza revela que vive na casa por caridade depois da morte de seu pai, que era parente distante dos Rutland.
3) O narrador percebe que a família sabia da data e hora de sua chegada, mas não o recebeu de forma calorosa, frustrando suas esperanças.
O documento descreve o autor, Umberto Eco, e sua paixão por mulheres idosas, chamadas de "parquetas". Ele recorda um encontro em sua adolescência com uma jovem, mas se excitou ao ver a silhueta de uma empregada idosa pelando uma meia pela janela. Desde então, passou a procurar secretamente por parquetas, imaginando suas silhuetas atrás de janelas. Certo dia, encontra a avó de uma anfitriã em uma festa, revelando ser a parteira que o trouxe ao mundo.
Este conto de ficção apresenta um vampiro húngaro chamado Conde de Várad que vive em Londres. Ele oferece abrigo e comida para uma jovem órfã chamada Milla em troca de sua companhia em eventos sociais para disfarçar a ausência de uma esposa. Milla aceita a proposta para escapar da pobreza, embora saiba que corre perigo ao lado do Conde.
O documento descreve a chegada de Cristina a São Vicente, Brasil para se encontrar com seu primo e prometido Tiago. No entanto, ela descobre que Tiago não veio e é levada por um criado chamado Aimbé para a fazenda Lagoa Serena, onde será recebida por Silvéria. O documento introduz vários personagens e detalha a confusão e as novas experiências de Cristina em sua nova terra.
Francisco Gil Castelo Branco - Conto Romantico Um Figurinowilson-alencar
Este conto descreve a história de um homem que se apaixona por um figurino que foi dado a ele como uma brincadeira por uma mulher. Ele passa a ver o figurino em todos os lugares e se apaixona por ele de forma delirante. A história se passa na cidade de Campos, no Rio de Janeiro, e descreve aspectos da arquitetura e paisagem da cidade.
Trecho de Romance de Dom Pantero no Palco dos Pecadores, de Ariano SuassunaJornal do Commercio
1. O autor descreve sua motivação para escrever o romance de forma prolixa e ornamentada, em contraste com estilos mais concisos. Ele deseja proteger sua obra com detalhes e estilo, mesmo que sejam considerados de mau gosto.
2. Ao retornar à sua cidade natal, o autor é desenganado ao ver o rio seco e uma família vivendo sob a ponte. Sua antiga casa também foi modificada e não é mais a mesma.
3. O autor sonha em reconstruir suas memórias felizes da infância
Este resumo contém 3 frases ou menos:
O documento é um resumo da primeira noite do livro "Noites Brancas" de Dostoiévski. O narrador descreve como se sentiu sozinho quando toda a gente em São Petersburgo partiu para o campo, deixando-o para trás sem convite. Ele andou pela cidade vazia até acabar por sair dos portões e caminhar pelos campos, sentindo-se aliviado por deixar a solidão para trás.
Nesse diário, olhos surpreendidos escrevem sobre mundos tão distantes quanto próximos.
De Barcelona ao norte da Índia, saindo de um posto de gasolina sem ter nada pensado e voltando quando o dinheiro se acaba.
Os protagonistas dessa história são pessoas comuns das montanhas do Paquistão, dos desertos sírios, dos vales do Himalaya, da eterna Damasco ou da bela Peshawar; também de Istambul, Teerã, Esfahan e das planícies da Turquia Oriental.
O diário abre as portas dos lares e mostra cartões postais cotidianos tão estranhos quanto reconhecíveis. Cantos, tertúlias, cafés-da-manhã e jantares; estradas, mulheres e caminhões; mundos particulares e comuns.
1) O narrador chega à casa do seu primo Jorge após 15 anos ausente, esperando ser bem recebido, mas encontra apenas a órfã Thereza Ray, que o informa que toda a família saiu para jantar fora.
2) Thereza revela que vive na casa por caridade depois da morte de seu pai, que era parente distante dos Rutland.
3) O narrador percebe que a família sabia da data e hora de sua chegada, mas não o recebeu de forma calorosa, frustrando suas esperanças.
O documento descreve o autor, Umberto Eco, e sua paixão por mulheres idosas, chamadas de "parquetas". Ele recorda um encontro em sua adolescência com uma jovem, mas se excitou ao ver a silhueta de uma empregada idosa pelando uma meia pela janela. Desde então, passou a procurar secretamente por parquetas, imaginando suas silhuetas atrás de janelas. Certo dia, encontra a avó de uma anfitriã em uma festa, revelando ser a parteira que o trouxe ao mundo.
Este conto de ficção apresenta um vampiro húngaro chamado Conde de Várad que vive em Londres. Ele oferece abrigo e comida para uma jovem órfã chamada Milla em troca de sua companhia em eventos sociais para disfarçar a ausência de uma esposa. Milla aceita a proposta para escapar da pobreza, embora saiba que corre perigo ao lado do Conde.
O documento descreve a chegada de Cristina a São Vicente, Brasil para se encontrar com seu primo e prometido Tiago. No entanto, ela descobre que Tiago não veio e é levada por um criado chamado Aimbé para a fazenda Lagoa Serena, onde será recebida por Silvéria. O documento introduz vários personagens e detalha a confusão e as novas experiências de Cristina em sua nova terra.
Este conto descreve uma jovem misteriosa que parece viver em um estado constante de tristeza e contemplação. O narrador questiona as razões para sua melancolia e tenta entender os segredos que ela guarda em silêncio. A jovem parece pertencer a um mundo diferente e é descrita com imagens etéreas e poéticas.
Este documento contém 3 cartas escritas por um homem para um amigo enquanto viajava de Portugal para Sevilha. Na primeira carta, ele descreve sua doença nos olhos e como as distrações de Sevilha melhoraram seu estado de espírito. Na segunda carta, ele fala sobre seus sentimentos de solidão e tédio antes de partir. Na terceira carta, ele descreve com deleite a paisagem durante sua viagem para Sevilha.
1. O documento apresenta poemas e textos da autora Sarah Valle que exploram temas como memória, identidade e viagens pelo Oriente.
2. Os poemas usam imagens e referências culturais para transportar o leitor por lugares como Istambul e a região da Anatólia na Turquia.
3. A linguagem sugestiva e o uso de descontinuidades criam uma sensação de fluidez entre os poemas, simulando a experiência de uma leitura não linear.
1) O documento descreve um banquete em Ferrare onde sete cortesãs discutem sobre amor e paixão enquanto D. Juan Belvidero as recebe. 2) Um criado interrompe para informar D. Juan que seu pai, Bartolomeu Belvidero, está morrendo. 3) D. Juan caminha em direção ao quarto do pai, refletindo sobre sua relação indulgente com o pai.
Este documento apresenta o início de um conto de Camilo Castelo Branco intitulado "Gracejos que Matam". Começa descrevendo um grupo de sete pessoas reunidas sob os salgueiros em Caldas de Vizela, incluindo a Morgada Velha, a Morgada Nova e outros personagens como o Abade de Santa Eulália. Em seguida, narra uma história trágica onde gracejos entre amigos levaram à morte e à desonra de vidas.
O documento apresenta quatro poemas de Álvares de Azevedo que descrevem a dura realidade de ser um poeta pobre e desprezado pela sociedade. Os poemas mostram um poeta morrendo de fome, seu corpo sendo encontrado e ignorado, e a hipocrisia e ganância da igreja e da realeza.
Este documento apresenta o prólogo de um drama escrito por Leonor de Mendonça de Gonçalves Dias. O autor explica que o drama retrata a morte de Leonor de Mendonça pelas mãos de seu marido D. Jaime, induzido por falsas aparências. O foco principal é a ideia da "fatalidade", as consequências dos hábitos e da civilização na relação entre os personagens.
Palavra perdida é uma ode à palavra, à língua como meio de compreender o outro, como expressão e forma de unir a humanidade. É uma alusão às nossas crenças, a nossos ideais, a nossas esperanças de um mundo melhor. O enredo, que se desenrola através da vida e da tragédia de um jovem casal, faz alusão à língua curda, cujo uso é restringido a milhões de curdos que habitam o país. A autora demonstra como a perda ou a supressão da palavra representa uma das formas mais cruéis de violência que podem ser imputadas a um indivíduo ou a um povo. Ela fala ainda sobre as formas de violência que grassam no mundo atual, desde a dissecação de cobaias em laboratório, a imposições de nossos valores às crianças a assassinatos e guerras civis. Sua narrativa densa, montada em três planos de histórias e personagens, envolve e arrebata o leitor. Oya Baydar nos leva ao encontro de sua “palavra” e afinal descobrimos o talento desta que já é uma das maiores escritoras da Turquia atual, agora traduzida pela primeira vez para o português.
Este documento é um capítulo do livro "Ao Correr da Pena" de José de Alencar. Conta uma história fantástica sobre uma pena mágica que inspirava poesia em seu amante, mas perdeu seus poderes. O narrador começa a escrever com essa pena sem inspiração apenas "ao correr da pena". Também discute eventos culturais e políticos recentes no Rio de Janeiro e no Brasil.
Este documento apresenta uma lista de importantes poetas brasileiros com breves biografias e exemplos de sua poesia. Os poetas incluem Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Álvares de Azevedo e José Antonio Jacob, entre outros. O leitor pode clicar nos nomes dos poetas para ler mais sobre sua obra.
[1] O documento apresenta poemas escritos por Vinícius de Moraes, incluindo "Ária para Assovio", "Amor nos Três Pavimentos" e "Soneto de Intimidade". [2] Muitos poemas exploram temas como amor, natureza e mistério. [3] Um poema, "O Mágico", descreve uma apresentação de mágica em uma praça pública.
O texto é uma peça teatral de Gil Vicente chamada "Auto da Índia". Nele, uma mulher chora porque seu marido partiu para a Índia, mas depois descobre que ele não embarcou. Dois pretendentes, um castelhano e Lemos, tentam conquistá-la enquanto o marido está ausente.
Este resumo contém 3 frases ou menos:
A protagonista recebe a notícia da morte do Marquês de Sade e fica desolada. Ela se lembra com carinho de seu mestre e das lições que aprendeu com ele. Ao mesmo tempo, sente desejo e tem relações sexuais violentas com seu amante Vincent. Ela reflete sobre a vida, a passagem do tempo e o legado de Sade.
Um club da_ma_lingua_de_fyodor_dostoyevskyVictor Guerra
O documento apresenta um resumo de um livro de Fiódor Dostoiévski chamado "Um clube da má-língua". O texto descreve Maria Alexandrovna, a dama mais importante da cidade de Mordassov, e como sua reputação e influência foram abaladas com a chegada do Príncipe K em sua casa. O autor pretende narrar esta "revolução" em Mordassov em detalhes.
Como se fossem quadros e espelhos esquecidos sobre a pia de lavar(poesia)Roosevelt F. Abrantes
Este livro de poesia é dedicado ao filho do autor, Cauã Carvalho Abrantes. Contém vários poemas curtos que exploram temas como amor, desejo, loucura e reflexões sobre a vida. Foi publicado de forma independente em 2001 sob o heterônimo literário Rusgat Niccus.
1) A narradora descreve Estela como uma jovem idealista e devota que se desiludiu com as hipocrisias do mundo. 2) Estela se apaixonou pela astronomia através de Rafael, um filósofo que a influenciou. 3) No baile, Estela se encantou com o Duque de Jumièges durante as valsas, despertando novos sentimentos nela.
Rita e Marta viajam para Sintra para assistir a uma peça de teatro, mas enfrentam vários contratempos que fazem com que percam a peça. Após falharem na compra de bilhetes de comboio e se perderem, elas acabam por explorar Sintra, admirando sua beleza natural e arquitetura única, antes de finalmente retornarem para Lisboa.
1) Rossignoli vê as ruas de San Gimignano da sua janela e contempla a história e beleza do local. Ele começa a escrever um conto, mas não fica satisfeito com o resultado.
2) Pierina Rossi bate à porta de Rossignoli pedindo ajuda. Ela precisa que ele a leve secretamente ao mosteiro de Monteoliveto para salvar a vida de seu tio que está sendo ameaçado.
3) Eles partem juntos rumo a Monteoliveto, mas ao chegarem lá um homem os
O documento é uma mensagem de um espírito desencarnado que descreve sua experiência após a morte e reflete sobre o estado do mundo. O espírito relata ter revisitado lugares de sua infância e encontrado figuras amadas. Quando questionado sobre como melhorar o mundo, um antigo espírito respondeu para esquecer o mundo e deixar os homens guerrear em paz.
O documento é um resumo de uma conversa entre o Conselheiro e outro homem sobre Quintília, uma mulher que ambos conheceram. O Conselheiro conta como ele e seu amigo Nóbrega tentaram cortejar Quintília ao mesmo tempo, o que acabou causando uma briga entre eles. Mais tarde, o Conselheiro se apaixonou profundamente por Quintília, mas ela o rejeitou quando ele propôs casamento, dizendo que era melhor permanecerem amigos.
1) O autor saúda as senhoras baianas, leitoras do Diário da Bahia, após quatro anos desde sua última colaboração no jornal.
2) Ele pede apoio à causa da emancipação dos escravos, lembrando que as leitoras já eram crianças na época de sua última coluna e que agora podem ajudar a libertar os cativos.
3) O autor apela à compaixão das senhoras para que defendam os direitos dos escravos e trabalhem pela abolição da escravidão na
Este resumo em 3 frases ou menos:
Caldas, um guarda-livros tímido e sentimental, apaixona-se por Joaninha Barcelos depois de vê-la rezar tristemente em uma igreja. Ao longo de um ano, Caldas tenta em vão chamar a atenção de Joaninha, que se recusa a namorar. Embora sua paixão por ela persista, Caldas é forçado a aceitar que seu amor nunca será correspondido.
Este conto descreve uma jovem misteriosa que parece viver em um estado constante de tristeza e contemplação. O narrador questiona as razões para sua melancolia e tenta entender os segredos que ela guarda em silêncio. A jovem parece pertencer a um mundo diferente e é descrita com imagens etéreas e poéticas.
Este documento contém 3 cartas escritas por um homem para um amigo enquanto viajava de Portugal para Sevilha. Na primeira carta, ele descreve sua doença nos olhos e como as distrações de Sevilha melhoraram seu estado de espírito. Na segunda carta, ele fala sobre seus sentimentos de solidão e tédio antes de partir. Na terceira carta, ele descreve com deleite a paisagem durante sua viagem para Sevilha.
1. O documento apresenta poemas e textos da autora Sarah Valle que exploram temas como memória, identidade e viagens pelo Oriente.
2. Os poemas usam imagens e referências culturais para transportar o leitor por lugares como Istambul e a região da Anatólia na Turquia.
3. A linguagem sugestiva e o uso de descontinuidades criam uma sensação de fluidez entre os poemas, simulando a experiência de uma leitura não linear.
1) O documento descreve um banquete em Ferrare onde sete cortesãs discutem sobre amor e paixão enquanto D. Juan Belvidero as recebe. 2) Um criado interrompe para informar D. Juan que seu pai, Bartolomeu Belvidero, está morrendo. 3) D. Juan caminha em direção ao quarto do pai, refletindo sobre sua relação indulgente com o pai.
Este documento apresenta o início de um conto de Camilo Castelo Branco intitulado "Gracejos que Matam". Começa descrevendo um grupo de sete pessoas reunidas sob os salgueiros em Caldas de Vizela, incluindo a Morgada Velha, a Morgada Nova e outros personagens como o Abade de Santa Eulália. Em seguida, narra uma história trágica onde gracejos entre amigos levaram à morte e à desonra de vidas.
O documento apresenta quatro poemas de Álvares de Azevedo que descrevem a dura realidade de ser um poeta pobre e desprezado pela sociedade. Os poemas mostram um poeta morrendo de fome, seu corpo sendo encontrado e ignorado, e a hipocrisia e ganância da igreja e da realeza.
Este documento apresenta o prólogo de um drama escrito por Leonor de Mendonça de Gonçalves Dias. O autor explica que o drama retrata a morte de Leonor de Mendonça pelas mãos de seu marido D. Jaime, induzido por falsas aparências. O foco principal é a ideia da "fatalidade", as consequências dos hábitos e da civilização na relação entre os personagens.
Palavra perdida é uma ode à palavra, à língua como meio de compreender o outro, como expressão e forma de unir a humanidade. É uma alusão às nossas crenças, a nossos ideais, a nossas esperanças de um mundo melhor. O enredo, que se desenrola através da vida e da tragédia de um jovem casal, faz alusão à língua curda, cujo uso é restringido a milhões de curdos que habitam o país. A autora demonstra como a perda ou a supressão da palavra representa uma das formas mais cruéis de violência que podem ser imputadas a um indivíduo ou a um povo. Ela fala ainda sobre as formas de violência que grassam no mundo atual, desde a dissecação de cobaias em laboratório, a imposições de nossos valores às crianças a assassinatos e guerras civis. Sua narrativa densa, montada em três planos de histórias e personagens, envolve e arrebata o leitor. Oya Baydar nos leva ao encontro de sua “palavra” e afinal descobrimos o talento desta que já é uma das maiores escritoras da Turquia atual, agora traduzida pela primeira vez para o português.
Este documento é um capítulo do livro "Ao Correr da Pena" de José de Alencar. Conta uma história fantástica sobre uma pena mágica que inspirava poesia em seu amante, mas perdeu seus poderes. O narrador começa a escrever com essa pena sem inspiração apenas "ao correr da pena". Também discute eventos culturais e políticos recentes no Rio de Janeiro e no Brasil.
Este documento apresenta uma lista de importantes poetas brasileiros com breves biografias e exemplos de sua poesia. Os poetas incluem Vinícius de Moraes, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Álvares de Azevedo e José Antonio Jacob, entre outros. O leitor pode clicar nos nomes dos poetas para ler mais sobre sua obra.
[1] O documento apresenta poemas escritos por Vinícius de Moraes, incluindo "Ária para Assovio", "Amor nos Três Pavimentos" e "Soneto de Intimidade". [2] Muitos poemas exploram temas como amor, natureza e mistério. [3] Um poema, "O Mágico", descreve uma apresentação de mágica em uma praça pública.
O texto é uma peça teatral de Gil Vicente chamada "Auto da Índia". Nele, uma mulher chora porque seu marido partiu para a Índia, mas depois descobre que ele não embarcou. Dois pretendentes, um castelhano e Lemos, tentam conquistá-la enquanto o marido está ausente.
Este resumo contém 3 frases ou menos:
A protagonista recebe a notícia da morte do Marquês de Sade e fica desolada. Ela se lembra com carinho de seu mestre e das lições que aprendeu com ele. Ao mesmo tempo, sente desejo e tem relações sexuais violentas com seu amante Vincent. Ela reflete sobre a vida, a passagem do tempo e o legado de Sade.
Um club da_ma_lingua_de_fyodor_dostoyevskyVictor Guerra
O documento apresenta um resumo de um livro de Fiódor Dostoiévski chamado "Um clube da má-língua". O texto descreve Maria Alexandrovna, a dama mais importante da cidade de Mordassov, e como sua reputação e influência foram abaladas com a chegada do Príncipe K em sua casa. O autor pretende narrar esta "revolução" em Mordassov em detalhes.
Como se fossem quadros e espelhos esquecidos sobre a pia de lavar(poesia)Roosevelt F. Abrantes
Este livro de poesia é dedicado ao filho do autor, Cauã Carvalho Abrantes. Contém vários poemas curtos que exploram temas como amor, desejo, loucura e reflexões sobre a vida. Foi publicado de forma independente em 2001 sob o heterônimo literário Rusgat Niccus.
1) A narradora descreve Estela como uma jovem idealista e devota que se desiludiu com as hipocrisias do mundo. 2) Estela se apaixonou pela astronomia através de Rafael, um filósofo que a influenciou. 3) No baile, Estela se encantou com o Duque de Jumièges durante as valsas, despertando novos sentimentos nela.
Rita e Marta viajam para Sintra para assistir a uma peça de teatro, mas enfrentam vários contratempos que fazem com que percam a peça. Após falharem na compra de bilhetes de comboio e se perderem, elas acabam por explorar Sintra, admirando sua beleza natural e arquitetura única, antes de finalmente retornarem para Lisboa.
1) Rossignoli vê as ruas de San Gimignano da sua janela e contempla a história e beleza do local. Ele começa a escrever um conto, mas não fica satisfeito com o resultado.
2) Pierina Rossi bate à porta de Rossignoli pedindo ajuda. Ela precisa que ele a leve secretamente ao mosteiro de Monteoliveto para salvar a vida de seu tio que está sendo ameaçado.
3) Eles partem juntos rumo a Monteoliveto, mas ao chegarem lá um homem os
O documento é uma mensagem de um espírito desencarnado que descreve sua experiência após a morte e reflete sobre o estado do mundo. O espírito relata ter revisitado lugares de sua infância e encontrado figuras amadas. Quando questionado sobre como melhorar o mundo, um antigo espírito respondeu para esquecer o mundo e deixar os homens guerrear em paz.
O documento é um resumo de uma conversa entre o Conselheiro e outro homem sobre Quintília, uma mulher que ambos conheceram. O Conselheiro conta como ele e seu amigo Nóbrega tentaram cortejar Quintília ao mesmo tempo, o que acabou causando uma briga entre eles. Mais tarde, o Conselheiro se apaixonou profundamente por Quintília, mas ela o rejeitou quando ele propôs casamento, dizendo que era melhor permanecerem amigos.
1) O autor saúda as senhoras baianas, leitoras do Diário da Bahia, após quatro anos desde sua última colaboração no jornal.
2) Ele pede apoio à causa da emancipação dos escravos, lembrando que as leitoras já eram crianças na época de sua última coluna e que agora podem ajudar a libertar os cativos.
3) O autor apela à compaixão das senhoras para que defendam os direitos dos escravos e trabalhem pela abolição da escravidão na
Este resumo em 3 frases ou menos:
Caldas, um guarda-livros tímido e sentimental, apaixona-se por Joaninha Barcelos depois de vê-la rezar tristemente em uma igreja. Ao longo de um ano, Caldas tenta em vão chamar a atenção de Joaninha, que se recusa a namorar. Embora sua paixão por ela persista, Caldas é forçado a aceitar que seu amor nunca será correspondido.
Este documento apresenta um poema de Florbela Espanca intitulado "Livro de Mágoas". O poema descreve o livro como um livro de mágoas e sofrimentos destinado aos desventurados. Pede para que os irmãos na dor chorem com a autora a sua grande mágoa, lendo o livro cheio apenas de mágoas.
O documento é um resumo do conto "Pai Contra Mãe" de Machado de Assis. Ele descreve a situação difícil de um homem chamado Cândido Neves que muda frequentemente de emprego e passa a capturar escravos fugidos para sustentar sua família. No entanto, com a competição crescente, ele passa por dificuldades financeiras. Sua esposa Clara está grávida e a tia Mônica adverte que eles podem passar fome.
Este documento é um resumo do Canto I do poema épico "Os Lusíadas", escrito por Luís de Camões. O resumo descreve como os deuses no Olimpo debatem sobre o destino dos navegantes portugueses, com Júpiter decidindo que eles devem ser ajudados em sua viagem, ao passo que Baco teme que isso prejudique a fama da Índia. Marte defende os portugueses, iniciando um debate acalorado entre os deuses.
1. El documento describe los desafíos de la educación en línea debido a la pandemia de COVID-19, incluidas las dificultades técnicas y la falta de interacción personal.
2. Se recomienda que las escuelas y universidades adopten un enfoque híbrido de aprendizaje que combine la enseñanza en línea y presencial una vez que sea seguro regresar a las aulas.
3. El aprendizaje en línea debería centrarse en proporcionar recursos educativos de alta calidad
This document is a preface and introduction to a translation of Don Quixote by Miguel de Cervantes. It provides a history of translations of Don Quixote into English, discusses the challenges of translating the work, and seeks to separate fact from conjecture about the life of Miguel de Cervantes based on the limited biographical information available. The preface examines previous translations and their flaws, and outlines the translator's goal to provide a faithful yet readable representation of Cervantes' work in English.
O documento apresenta um resumo do livro "O Abolicionismo", de Joaquim Nabuco. Ele descreve como o abolicionismo no Brasil evoluiu de uma oposição ao tráfico de escravos para uma oposição direta à escravidão e à emancipação dos escravos. O abolicionismo tem como objetivo não apenas libertar os escravos atuais, mas também erradicar os efeitos da escravidão na sociedade brasileira.
O documento resume uma anedota sobre um sacristão que acompanha um padre em uma visita a dois moribundos em uma casa. Um deles, uma mulher chamada Nhã Anunciada, acaba morrendo. O sacristão fica curioso para saber mais sobre os moribundos e suas histórias.
O conto descreve um homem chamado Falcão que vive apenas para acumular dinheiro. Quando sua sobrinha Jacinta fica órfã, ele a acolhe, mas se recusa a deixá-la se casar com um pretendente rico quando este oferece pagar as dívidas de Falcão. Apesar de sua ânsia por dinheiro, Falcão ama demais Jacinta para vendê-la.
Este resumo descreve o documento "Almas agradecidas" de Machado de Assis. Em 3 frases:
1) Dois amigos da infância se reencontram por acaso e reatam a amizade.
2) Oliveira se aproxima de Magalhães e o apresenta a seus amigos, gostando de sua companhia.
3) Um dia, Oliveira fica surpreso e irritado ao ler sobre a demissão de Magalhães do seu emprego no Arsenal de Guerra.
Este resumo em 3 frases ou menos:
1) Alfredo Tavares, um sonhador de 25 anos, se apaixona à primeira vista por Ângela, uma bela viúva que vê entrando em um carro. 2) Ele segue o carro e descobre onde ela mora, aprendendo também detalhes sobre sua vida através do cocheiro. 3) Alfredo passa os dias pensando em Ângela e a observando de longe, se entregando completamente a sua nova paixão.
Este documento apresenta uma descrição detalhada da casa dos Maias em Lisboa, conhecida como Ramalhete. Após anos desabitada, a casa passou por reformas para se tornar a nova residência da família Maias em Lisboa. O texto detalha as mudanças realizadas no interior e jardim da casa sob a direção do arquiteto inglês contratado por Carlos da Maia.
Este documento apresenta um resumo do conto "Aurora sem Dia", de Machado de Assis. Conta a história de Luís Tinoco, um jovem funcionário público que descobre sua vocação para a poesia. Apesar dos conselhos do Dr. Lemos para estudar mais antes de publicar, Luís Tinoco insiste em publicar seus versos de forma precipitada nos jornais. Após cinco meses publicando poesias, Luís Tinoco decide reunir seus versos em um livro.
Este documento resume um trecho do conto "A Melhor das Noivas", de Machado de Assis. Nele, João Barbosa, um idoso viúvo, revela à sua caseira D. Joana que pretende se casar novamente com uma mulher chamada D. Lucinda, desapontando as esperanças secretas de D. Joana em herdar sua fortuna.
Este documento apresenta um resumo da conferência do cônego Vargas sobre sua descoberta de uma espécie de aranha que desenvolveu uma sociedade organizada e capaz de comunicação através de uma língua complexa. Ele descreve como organizou as aranhas em uma "Sereníssima República" e os desafios iniciais de estabelecer um governo democrático, incluindo a realização de eleições através do uso de um "saco eleitoral".
Este documento é uma coleção de poemas do autor português Manuel Maria Barbosa Du Bocage, intitulada "Sonetos e Outros Poemas". O texto foi digitalizado por Antonio Luiz Lopes e disponibilizado no site "A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro" para fins educacionais. A coleção contém vários poemas de amor e desilusão amorosa escritos em diferentes formas poéticas como sonetos.
Este documento contém duas cartas escritas por Fradique para duas mulheres diferentes. Na primeira carta, Fradique descreve seu encontro com uma mulher loira em uma festa e sua atração por ela, referindo-se a seus "olhos finos e lânguidos". Na segunda carta, ele explica como se apaixonou pela imagem de Clara depois de vê-la em uma festa e como ela se tornou sua inspiração para se aperfeiçoar.
Este documento é um resumo de trechos do livro "Coisas que só eu sei" de Camilo Castelo Branco. Narra a história de um dominó de cetim que conversa com um dominó de veludo no Carnaval. Eles discutem temas como identidade, aparências versus realidade e a importância de não julgar os outros.
O documento apresenta a história de Lucas, um jornalista que recebe a tarefa de escrever uma matéria sobre Alice Valmont. Ele visita uma biblioteca à noite e tem um encontro assustador e misterioso com Alice, que o acusa de mentiras e tentar seduzi-la. Alice é descrita como uma bela jovem, porém seu comportamento e a atmosfera estranha da biblioteca deixam Lucas intrigado e confuso.
O documento descreve o dia de trabalho de um homem em São Paulo. Ao chegar em casa após um dia estressante, ele observa sua vizinha Bárbara dançando nua em sua janela. Ele passa a espioná-la diariamente com binóculos. Um dia, ele encontra Bárbara no supermercado e eles acabam se conhecendo. Eles descobrem ter interesses em comum e trocam telefones.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e saudade.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos poetas brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e saudade. O documento também fornece informações biográficas sobre cada poeta.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos poetas brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e saudade. O documento também fornece informações biográficas sobre cada poeta.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos poetas brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e saudade. O documento também fornece informações biográficas sobre cada poeta.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos poetas brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e saudade. O documento também fornece informações biográficas sobre cada poeta.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos poetas brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e memória. O documento também fornece informações biográficas sobre cada poeta.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos poetas brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e saudade. O documento também fornece informações biográficas sobre cada poeta.
O documento apresenta trechos de poemas de diversos autores brasileiros como Álvares de Azevedo, Vicente de Carvalho, Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Raul de Leoni. Os poemas abordam temas como amor, solidão, esperança e natureza.
Este documento contiene 3 párrafos que resumen lo siguiente:
1) Describe una reunión sobre la planificación de una conversión de datos que involucra a varias personas y departamentos.
2) Detalla los desafíos técnicos anticipados con la conversión y las posibles soluciones discutidas.
3) Resalta la necesidad de comunicación y colaboración continua entre los equipos para garantizar el éxito del proyecto.
Este documento apresenta os primeiros capítulos de um conto de Machado de Assis sobre o Diabo decidindo fundar sua própria igreja para combater as outras religiões. No primeiro capítulo, o Diabo tem esta ideia miraculosa e desafia Deus. No segundo capítulo, ele se encontra com Deus no céu para comunicar seu plano. No terceiro capítulo, o Diabo retorna à terra e começa a espalhar sua nova doutrina entre os homens, pregando virtudes como soberba e luxúria.
Este poema descreve os pensamentos e sentimentos de uma noiva na manhã de seu casamento. A noiva acorda ansiosa e nervosa, ciente de que sua virgindade será "cavada em seu pequeno sangue" e que ela passará a noite com seu marido. Suas damas de companhia a vestem e arrumam para a cerimônia enquanto ela imagina as mãos de seu marido sobre seu corpo. Finalmente, ela sai para se juntar aos convidados, ciente de que seu destino está selado.
Este documento lista e descreve brevemente os poemas do poeta Ricardo Reis, que era na verdade um heterônimo de Fernando Pessoa. A lista inclui os títulos de mais de 40 poemas de Ricardo Reis.
1) O documento apresenta uma antologia de poemas da autora Florbela Espanca, incluindo os poemas "Crisântemos", "No Hospital" e "Vulcões".
2) A coletânea foi selecionada e editada por Sergio Faraco e publicada pela editora L&PM.
3) O texto foi digitalizado por Luciana Peixoto Silva para o projeto Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro da Universidade de São Paulo.
1) A descrição detalhada de uma "venda", um ponto de encontro para escravos onde eles podem beber, jogar, ouvir música e planejar crimes ou insurreições.
2) A cena em uma venda específica, com personagens como o vendelhão, um menino caixeiro e homens jogando cartas e ouvindo música.
3) A afirmação de que as vendas são inevitáveis dado as condições de vida dos escravos e que só serão eliminadas quando a escravidão for abolida.
O documento descreve a descoberta de Honório de uma carteira perdida contendo dinheiro. Embora tentado a usar o dinheiro para pagar suas dívidas, Honório descobre que a carteira pertence a seu amigo Gustavo. Ele devolve a carteira a Gustavo honestamente.
Este documento contém vários poemas curtos de Alberto Caeiro que exploram temas como a beleza simples da natureza, a inocência das crianças, e a rejeição da filosofia e da vontade humana de alterar o mundo. Caeiro aprecia o mundo tal como ele é e vê a beleza nas coisas pela sua própria existência.
Este documento é um índice de poemas da poetisa portuguesa Florbela Espanca. Contém o título de 75 poemas organizados alfabeticamente. A maioria dos poemas tem títulos curtos que evocam temas como natureza, emoções, amor e saudade. O documento fornece uma lista concisa dos poemas de Florbela Espanca disponíveis para leitura.
Este documento resume um conto de Machado de Assis chamado "A Cartomante". O conto descreve a história de Camilo e Rita, que têm um caso amoroso escondido. Quando Rita fica preocupada que Camilo possa esquecê-la, ela visita uma cartomante para obter respostas. O documento resume os detalhes da visita de Rita à cartomante e sua interação subsequente com Camilo sobre o assunto.
1) Os estudantes Filipe, Leopoldo, Fabrício e Augusto discutem sobre como passarão o dia de Sant'Ana. Filipe convida os amigos para passarem o dia na ilha de sua avó.
2) Filipe descreve suas primas Joana, Joaquina e sua irmã mais nova, a moreninha. Augusto demonstra interesse em conhecê-las.
3) Filipe aposta com Augusto que ele se apaixonará por uma de suas primas durante a estadia na ilha e passará o resto do ano letivo visitando a
O conto descreve a visita inesperada do Major Lopo Alves ao Bacharel Duarte, que o obriga a ouvir a leitura de seu novo drama por várias horas, fazendo-o perder o baile que iria. Posteriormente, Duarte é sequestrado por homens misteriosos que o levam a um local desconhecido.
Este documento apresenta um conto de Machado de Assis intitulado "Adão e Eva". Nele, um juiz-de-fora conta uma versão alternativa da história de Adão e Eva durante um jantar, sugerindo que o Diabo teria criado o mundo e que Adão e Eva teriam resistido às tentações da serpente, ganhando assim o céu. Ao final, ele admite que pode não ter acontecido de fato, mas elogia o doce servido.
O documento lista vários poemas do heterônimo de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos. Os poemas abordam temas como adiamento, viagens, solidão e cansaço existencial.
O documento descreve uma conversa entre um banqueiro e um amigo, onde o banqueiro explica como se tornou um anarquista. Ele cresceu pobre e se revoltou contra as desigualdades sociais, tornando-se um anarquista teórico. Embora tenha se tornado um banqueiro de sucesso, ele acredita que suas teorias anarquistas permanecem as mesmas e que sua vida é compatível com os ideais anarquistas, ao contrário dos "anarquistas vulgares" dos sindicatos.
1) O documento é um trecho de um conto que descreve a transformação de Luís Tinoco de poeta e político para um fazendeiro pacato;
2) Após terem lido alguns de seus versos na assembléia, Luís Tinoco reconheceu que sua obra era "pífia" e resolveu abandonar a vida pública;
3) Anos depois, ele recebe seu amigo Dr. Lemos em sua fazenda, mostrando ter encontrado sua verdadeira vocação na vida tranquila do campo.
1. O documento lista autores brasileiros que morreram entre os séculos XIX e XX cujas obras agora estão em domínio público.
2. É um catálogo organizado cronologicamente por ano de morte dos autores, com seus nomes e datas.
3. A lista continua até 1876 e inclui dezenas de autores brasileiros importantes como José de Alencar, Machado de Assis, Joaquim Nabuco e outros.
Este documento é uma nota preliminar de Fernando Pessoa sobre seu Cancioneiro. Ele discute como os estados de alma podem ser representados como paisagens interiores e como essas paisagens interiores se fundem com as paisagens exteriores que percebemos. A arte, segundo Pessoa, deve tentar representar essa interseção das duas paisagens para capturar fielmente a realidade.
Este documento é uma introdução ao poema épico "Os Lusíadas", de Luís de Camões. Resume a reunião dos deuses no Olimpo para discutir os feitos heroicos da nação portuguesa e decidir se devem ou não apoiar a sua jornada de exploração marítima para além do Cabo da Boa Esperança. Baco e Vênus defendem posições opostas sobre se os portugueses devem ou não continuar sua viagem para a Índia.
Este documento apresenta uma coleção de poemas escritos por Álvaro de Campos, um heterônimo de Fernando Pessoa. Inclui uma nota preliminar do próprio Pessoa comentando sobre a poesia de Campos e fazendo distinções entre poesia e prosa. A coleção contém mais de 50 poemas de Campos sobre temas como sonhos, viagens, paisagens e estados mentais.
1. Cartas d´amor, Eça de Queirós
Fonte:
QUEIRÓS, Eça de. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino. Rio de Janeiro: Garamond, 2001.
Texto proveniente de:
A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>
A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo
Permitido o uso apenas para fins educacionais.
Texto-base digitalizado por:
Celia Terezinha Zago
Este material pode ser redistribuído livremente, desde que não seja alterado, e que as
informações acima sejam mantidas. Para maiores informações, escreva para
<bibvirt@futuro.usp.br>.
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você quer ajudar de alguma forma, mande um e-mail para <parceiros@futuro.usp.br> ou
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CARTAS D’AMOR
Eça de Queirós
Primeira Carta a Madame de Jouarre
Minha querida madrinha.
Ontem, em casa de Madame de Tressan, quando passei, levando para a ceia Libuska, estava sentada,
conversando consigo, por debaixo do atroz retrato da marechala de Mouy, uma mulher loura, de testa alta
e clara, que me seduziu logo, talvez por lhe pressentir, apesar de tão indolentemente enterrada num divã,
uma rara graça no andar, graça altiva e ligeira de deusa e de ave. Bem diferente da nossa sapiente
Libuska, que se move com o esplêndido peso de uma estátua! E do interesse por esse outro passo,
possivelmente alado e diânico (de Diana), provém estas gratujas.
Quem era? Suponho que nos chegou do fundo da província, de algum velho castelo do Anjou com
erva nos fossos, porque me não lembro de Ter encontrado em Paris aqueles cabelos fabulosamente louros
como o sol de Londres em Dezembro – nem aqueles ombros decaídos, dolentes, angélicos, imitados de
uma madona de Mantegna, e inteiramente desusados em França desde o reinado de Carlos X, do “Lírio no
Vale” e dos corações incompreendidos. Não admirei com igual fervor o vestido preto, onde reinavam
coisas escandalosamente amarelas. Mas os braços eram perfeitos; e nas pestanas, quando as baixava,
parecia pender um romance triste. Deu-me assim a impressão, ao começo, de ser uma elegíaca do tempo
de Chateaubriand. Nos olhos porém surpreendi-lhe depois uma faísca de vivacidade sensível – que a
datava do século XVIII. Dirá minha madrinha: “Como pude eu abranger tanto, ao passar, com Libuska ao
lado fiscalizando?” É que voltei. Voltei, e da ombreira da porta readmirei os ombros de velas por trás,
entre as orquídeas, nimbava de ouro; e sobretudo o sutil encanto dos olhos – dos olhos finos e lânguidos...
Olhos finos e lânguidos. É a primeira expressão em que hoje apanho decentemente a realidade.
Por que é que não me adiantei, e não pedi uma “ apresentação?” Nem sei. Talvez o requinte em
retardar, que fazia com que La Fontaine, dirigindo-se mesmo para a felicidade, tomasse sempre o
caminho mais longo. Sabe o que dava tanta sedução ao Palácio das Fadas, nos tempos do rei Artur? Não
sabe. Resultados de não ler Tennyson... Pois era a imensidade de anos que levava a chegar lá, através de
jardins encantados, onde cada recanto de bosque oferecia a emoção inesperada de um flirt, de uma
2. batalha, ou de um banquete... (Com que mórbida propensão acordei hoje para o estilo asiático!) O fato é
que, depois da contemplação junto à ombreira, voltei a cear ao pé da minha radiante tirana. Mas por entre
a banal sandwich de foie-gras, e um copo de Tokay que Voltaire, já velho, se recordava de ter bebido em
casa de Madame de Etioles (os vinhos dos Tressans descendem em linha varonil dos venenos de
Brinvilliers), vi, constantemente vi, os olhos finos e lânguidos. Não há senão o homem, entre os animais,
para misturar a languidez de um olhar fino a fatias de foie-gras. Não o faria decerto um cão de boa raça.
Mas seríamos nós desejados pelo “efêmero feminino” se não fosse esta providencial brutalidade? Só a
porção da matéria que há no homem faz com que as mulheres se resignem à incorrigível porção de ideal,
que nele há também – para eterna perturbação do mundo. O que mais prejudicou Petrarca aos olhos de
Laura – foram os “Sonetos”. E quando Romeu, já com um pé na escada de seda, se demorava, exalando o
seu êxtase em invocações à noite e à Lua – Julieta batia os dedos impacientes no rebordo do balcão, e
pensava: “Ai, que palrador que és, filho dos Montaigus!” Este detalhe não vem em Shakespeare – mas é
comprovado por toda a Renascença. Não me amaldiçoe por esta sinceridade de meridional céptico, e
mande-me dizer que nome tem, na paróquia, a loura castelã do Anjou. A propósito de castelos: cartas de
Portugal anunciam-me que o quiosque por mim mandado erguer em Sintra, na minha quintarola, e que lhe
destinava como “seu pensadoiro e retiro nas horas de sesta” – abateu. Três mil e oitocentos francos
achatados em entulho. Tudo tende à ruína num país de ruínas. O arquiteto que o construiu é deputado, e
escreve no “Jornal da Tarde” estudos melancólicos sobre as Finanças! O meu procurador em Sintra
aconselha agora, para reedificar o quiosque, um estimável rapaz, de boa família, que entende de
construções e que é empregado na procuradoria Geral da Coroa! Talvez se eu necessitasse um
jurisconsulto, me propusessem um trolha. É com estes elementos alegres, que nós procuramos restaurar o
nosso império de África! Servo humilde e devoto.
3. Fradique
Primeira Carta a Clara
Não, não foi na Exposição dos Aguarelistas, em Março, que eu tive consigo o meu primeiro encontro,
por mandado dos Fados. Foi no inverno, minha adorada amiga, no baile dos Tressans. Foi aí que a vi,
conversando com Madame de Jouarre, diante de um console, cujas luzes, entre os molhos de orquídeas,
punham nos seus cabelos aquele nimbo de ouro que tão justamente lhe pertence como “rainha de graça
entre as mulheres”. Lembro ainda, bem religiosamente, o seu sorrir cansado, o vestido preto com relevos
cor de botão de ouro, o leque antigo que tinha fechado no regaço; mas logo tudo em redor me pareceu
irreparavelmente enfadonho e feio; e voltei a readmirar, a meditar em silêncio a sua beleza, que me
prendia pelo esplendor patente e compreensível, e ainda por não sei quê de fino, de espiritual, de dolente
e de meigo que brilhava através e vinha da alma. E tão intensamente me embebi nessa contemplação, que
levei comigo a sua imagem, decorada e inteira, sem esquecer um fio dos seus cabelos ou uma ondulação
da seda que a cobria, e corri a encerrar-me com ela, alvoroçado, como um artista que nalgum escuro
armazém, entre poeira e cacos, descobrisse a obra sublime de um mestre perfeito.
E, por que o não confessarei? Essa imagem foi para mim, ao princípio, meramente um quadro,
pendurado no fundo da minha alma, que eu a cada doce momento olhava – mas para lhe louvar apenas,
com crescente surpresa, os encantos diversos de linha e de cor. Era somente uma rara tela, posta em
sacrário, imóvel e muda no seu brilho, sem outra influência mais sobre mim que a de uma forma muito
bela que cativa um gosto muito educado. O meu ser continuava livre, atento às curiosidades que até aí o
seduziam, aberto aos sentimentos que até aí o solicitavam; - e só quando sentia a fadiga das coisas
imperfeitas ou o desejo novo de uma ocupação mais pura, regressava à imagem que em mim guardava,
como um Fra Angélico, no seu claustro, pousando os pincéis ao fim do dia, e ajoelhando ante a Madona a
implorar dela repouso e inspiração superior.
Pouco a pouco, porém, tudo o que não foi esta contemplação, perdeu para mim o valor e encanto.
Comecei a viver cada dia mais retirado no fundo da minha alma, perdido na admiração da imagem que lá
rebrilhava - até que só essa ocupação me pareceu digna da vida, no mundo todo não reconheci mais que
uma aparência inconstante, e fui como um monge na sua cela, alheio às coisas mais reais, de joelhos e
hirto no seu sonho, que é para ele a única realidade.
Mas não era, minha adorada amiga, um pálido e passivo êxtase diante da sua imagem. Não! Era antes
um ansioso e forte estudo dela, com que eu procurava conhecer através da forma e essência, e (pois a
Beleza é o esplendor da Verdade) deduzir das perfeições do seu Corpo as superioridades da sua Alma. E
foi assim que lentamente surpreendi o segredo da sua natureza; a sua clara testa que o cabelo descobre,
tão clara e lisa, logo me contou a retidão do seu pensar: o seu sorriso, de uma nobreza tão intelectual,
facilmente me revelou o seu desdém do mundanal e do efêmero, a sua incansável aspiração para um viver
de verdade: cada graça de seus movimentos me traiu uma delicadeza do seu gosto: e nos seus olhos
diferenciei o que neles tão adoravelmente se confunde, luz de razão, calor que melhor alumia... Já a
certeza de tantas perfeições bastaria a fazer dobrar, numa adoração perpétua, os joelhos mais rebeldes.
Mas sucedeu ainda que, ao passo que a compreendia e que a sua Essência se me manifestava, assim
visível e quase tangível, uma influência descia dela sobre mim – uma influência estranha, diferente de
todas as influências humanas, e que me dominava com transcendente onipotência. Como lhe poderei
dizer? Monge, fechado na minha cela, comecei a aspirar à santidade, para me harmonizar e merecer a
convivência com a Santa a que me votara. Fiz então sobre mim um áspero exame de consciência.
Investiguei com inquietação se o meu pensar era condigno da pureza do seu pensar; se no meu gosto não
haveria desconcertos que pudessem ferir a disciplina do seu gosto; se a minha idéia da vida era tão alta e
séria como aquela que eu pressentira na espiritualidade do seu olhar, do seu sorrir; e se meu coração não
se dispersara e enfraquecera de mais para poder palpitar com paralelo vigor junto do seu coração. E tem
sido em mim agora um arquejante esforço para subir a uma perfeição idêntica àquela que em si tão
submissamente adoro.
De sorte que a minha querida amiga, sem saber, se tornou a minha educadora. E tão dependente fiquei
logo desta direção, que já não posso conceber os movimentos do meu ser senão governados por ela e por
ela enobrecidos. Perfeitamente sei que tudo o que hoje surge em mim de algum valor, idéia ou
sentimento, é obra dessa educação que a sua alma dá à minha, de longe, só com existir e ser
compreendida. Se hoje me abandonasse a sua influência - devia antes dizer, como um asceta, a sua Graça
– todo eu rolaria para uma inferioridade sem remição. Veja pois como se me tornou necessária e
4. preciosa... E considere que, para exercer esta supremacia salvadora, as suas mãos não tiveram de se impor
sobre as minhas – bastou que eu a avistasse de longe, numa festa, resplandecendo. Assim um arbusto
silvestre floresce à borda de um fosso, porque lá em cima nos remotos céus fulge um grande sol, que não
o vê, não o conhece, e magnanimamente o faz crescer, desabrochar, e dar o seu curto aroma... Por isso o
meu amor tinge esse sentimento indescrito e sem nome que a Planta, se tivesse consciência, sentiria pela
luz.
E considere ainda que, necessitando de si como da luz, nada lhe rogo, nenhum bem imploro de quem
tanto pode e é para mim dona de todo bem. Só desejo que me deixe viver sob essa influência, que,
emanando do simples brilho das suas perfeições, tão fácil e docemente opera o meu aperfeiçoamento. Só
peco esta permissão caridosa. Veja pois quanto me conservo distante e vago, na esbatida humildade de
uma adoração que até receia que o seu murmúrio, um murmúrio de prece, roce o vestido da imagem
divina...
Mas se a minha querida amiga por acaso, certa do meu renunciamento a toda a recompensa terrestre,
me permitisse desenrolar junto de si, num dia de solidão, a agitada confidência do meu peito, decerto faria
um ato de inefável misericórdia – como outrora a Virgem Maria quando animava os seus adoradores,
ermitas e santos, descendo numa nuvem e concedendo-lhes um sorriso fugitivo, ou deixando-lhes cair
entre as mãos erguidas uma rosa do paraíso. Assim, amanhã, vou passar a tarde com Madame de Jouarre.
Não há aí a santidade de uma cela ou de uma ermida, mas quase o seu isolamento: e se a minha querida
amiga surgisse, em pleno resplendor, e eu recebesse de si, não direi uma rosa, mas um sorriso, ficaria
então radiosamente seguro de que este amor, ou este meu sentimento indescrito e sem nome que vai além
do amor, encontra ante seus olhos piedade e permissão para esperar.
Fradique
Segunda Carta a Clara
Meu amor.
Ainda há poucos instantes (dez instantes, dez minutos, que tanto gastei num desolador desde a nossa
Torre de Marfim), eu sentia o rumor do teu coração junto ao meu, sem que nada os separasse senão uma
pouca de argila mortal, em ti tão bela, em mim tão rude – e já estou tentando reconfigura ansiosamente,
por meio deste papel inerte, esse inefável estar contigo que é hoje todo o fim da minha vida, a minha
suprema e única vida. É que , longe da tua presença, cesso de viver, as coisas para mim cessam de ser – e
fico como um morto jazendo no meio de um mundo morto, Apenas, pois, me finda esse perfeito e curto
momento de vida que me dás, só com pousar junto de mim e murmurar o meu nome – recomeço a aspirar
desesperadamente para ti, como uma ressurreição!
Antes de te amar, antes de receber das mãos de meu deus a minha Eva – que era eu, na verdade? Uma
sombra flutuando entre sombras. Mas tu vieste, doce adorada, para me fazer sentir a minha realidade, e
me permitir que eu bradasse também triunfalmente o meu – “Amo, logo existo!” E não foi só a minha
realidade que me desvendaste – mas ainda a realidade de todo este universo, que me envolvia como um
ininteligível e cinzento montão de aparências. Quando há dias, no terraço de Savran, ao anoitecer, te
queixavas que eu contemplasse as estrelas estando tão perto dos teus olhos, e espreitasse o adormecer das
colinas junto ao calor dos teus ombros – não sabias, nem eu te soube então explicar, que essa
contemplação era ainda um modo novo de te adorar, porque realmente estava admirando, nas coisas, a
beleza inesperada que tu sobre elas derramas por uma emanação que te é própria, e que antes de viver ao
teu lado, nunca eu lhes percebera, como se não percebe a vermelhidão das rosas ou o verde tenro das
relvas antes de nascer o Sol! Foste tu, minha bem-amada, que alumiaste o mundo. No teu amor recebi a
minha iniciação. Agora entendo, agora sei. E, como o antigo iniciado, posso afirmar: “Também fui a
Elêusis; pela larga estrada pendurei muita flor que não era verdadeira, diante de muito altar que não era
divino; mas a Elêusis cheguei, em Elêusis penetrei – e vi e senti a verdade!...”
E acresce ainda, para meu martírio e glória, que tu és tão suntuosamente bela e tão etereamente bela,
de uma beleza feita de Céu e de Terra, beleza completa e só tua, que eu já concebera – que nunca julgara
5. realizável. Quantas vezes, ante aquela sempre admirada e toda perfeita Vênus de Milo, pensei que, se
debaixo da sua testa de Deusa, pudessem tumultuar os cuidados humanos; se os seus olhos soberanos e
mudos se soubessem toldar de lágrimas; se os seus lábios, só talhados para o mel e para os beijos,
consentissem em tremer no murmúrio de uma prece submissa; se sob esses seios, que foram o apetite
sublime dos Deuses e Heróis, um dia palpitasse o amor e com ele a Bondade; se o seu mármore sofresse,
e pelo sofrimento se espiritualizasse, juntando ao esplendor da Harmonia a graça da Fragilidade; se ela
fosse do nosso tempo e sentisse os nossos males, e permanecendo Deusa do Prazer se tornasse Senhora da
Dor – então não estaria colocada num museu, mas consagrada num santuário, porque os homens, ao
reconhecer nela a aliança sempre almejada e sempre frustrada do Real e do Ideal, decerto a teriam
aclamado in aeternum, como a definitiva Divindade. Mas quê! A pobre Vênus só oferecia a serena
magnificência da carne. De todo lhe faltava a chama que arde na lama e a consome. E a criatura
incomparável do meu cismar, a Vênus Espiritual, Citeréia e Dolorosa, não existia, nunca existiria!... E
quando eu assim pensava, eis que tu surges, e eu te compreendo! Eras a encarnação do meu sonho, ou
antes de um sonho que deve ser universal – mas só eu te descobri, ou, tão feliz fui, que só por mim
quiseste ser descoberta!
Vê, pois, se jamais te deixarei escapar dos meus braços! Por isso mesmo és a minha Divindade – para
sempre e irremediavelmente estás presa dentro da minha adoração. Os sacerdotes de Cartago
acorrentavam às lajes dos Templos, com cadeias de bronze, as imagens de seus Baals. Assim te quero
também, acorrentada dentro do templo Avaro que te construí, só Divindade minha, sempre no eu altar – e
eu sempre diante dele rojado, recebendo constantemente na alma a tua visitação, abismando-me sem
cessar na tua essência, de modo que nem por um momento se descontinue essa fusão inefável, que é para
ti um ato de Misericórdia e para mim de Salvação. O que eu desejaria na verdade é que fosses invisível
para todos e como não existente – que perpetuamente um estofo informe escondesse o teu corpo, uma
rígida mudez ocultasse a tua inteligência. Assim passarias no mundo como uma aparência
incompreendida. E só para mim, de dentro do invólucro escuro, se revelaria a tua perfeição rutilante. Vê
quanto te amo – que e queria entrouxada num rude, vago vestido de merino, com um ar quedo,
inanimado... Perderia assim o triunfal contentamento de ver resplandecer entre a multidão maravilhada
aquela que em segredo nos ama. Todos murmurariam compassivamente: “Pobre criatura!” E só eu
saberia, da “pobre criatura”, o corpo e a alma adoráveis!
Quanto adoráveis! Nem compreendo que, tendo consciência do teu encanto, não estejas de ti namorada
como aquele Narciso que reme de frio, coberto de musgo, à beira da fonte, em Savran. Mas eu largamente
te amo, e por mim e por ti! A tua beleza, na verdade, atinge a altura de uma virtude – e foram decerto os
modos tão puros da tua alma que fixaram as linhas tão formosas do teu corpo. Por isso há em mim um
incessante desespero de não e saber amar condignamente – ou antes (pois desceste de um Céu superior)
de não saber tratar, como ela merece, a hóspede divina do meu coração. Desejaria, por vezes, envolver-te
toda numa felicidade imaterial, seráfica, calma infinitamente como deve ser a Bem-Aventurança – e
assim deslizarmos enlaçados através do silêncio e da luz, muito brandamente, num sonho cheio de
certeza, saindo da vida à mesma hora e indo continuar no Além o mesmo sonho extático. E outras vezes
desejaria arrebatar-te numa felicidade veemente, tumultuosa, fulgurante, toda de chama, de tal sorte que
nela nos destruíssemos sublimemente, e de nós só restasse uma pouca de cinza sem memória e sem nome!
Possuo uma velha gravura que é um Satanás, ainda em toda a refulgência da beleza arcangélica,
arrastando nos braços para o Abismo uma freira, uma Santa, cujos derradeiros véus de penitência se vão
esgaçando pelas pontas das rochas negras. E na face da santa, através do horror, brilha, irreprimida e mais
forte que o horror, uma tal alegria e paixão, tão intensas – que eu as apeteceria para ti, oh minha santa
roubada! Mas de nenhum destes modos te sei amar, tão fraco ou inábil é o meu coração, de modo que por
o meu amor não ser perfeito, tenho de me contentar que seja eterno. Tu sorris tristemente desta
Eternidade. Ainda ontem me perguntavas: “No calendário do seu coração, quantos dias dura a
Eternidade? “ Mas considera que eu era um morto – e que tu me ressuscitaste. O sangue novo que me
circula nas veias, o espírito novo que em mim sente e compreende, são o meu amor por ti – e se ele me
fugisse, eu teria outra vez, regelado e mudo, de reentrar no meu sepulcro. Só posso deixar de te amar –
quando deixar de ser. E a vida contigo, e por ti, é tão inexprimivelmente bela! É a vida de um deus.
Melhor talvez: - se eu fosse esse pagão que tu afirmas que sou, mas um pagão do Lácio, pastor de gados,
crente ainda em Júpiter e Apolo, a cada instante temeria que um desses deuses invejosos te raptasse, te
elevasse ao Olimpo para completar a sua ventura divina. Assim não receio – toda minha te sei para todo o
sempre, olho o mundo em torno de nós como um paraíso para nós criado, e durmo seguro sobre o teu
peito na plenitude da glória, oh minha três vezes bendita, Rainha da minha graça.
Não penses que estou compondo cânticos em teu louvor. É em plena simplicidade que deixo escapar o
que me está borbulhando na alma... Ao contrário! Toda a Poesia de todas as idades, na sua gracilidade ou
na sua majestade, seria impotente para exprimir o meu êxtase. Balbucio, como posso, a minha infinita
6. oração. E nesta desoladora insuficiência do verbo humano, é como o mais inculto e o mais iletrado que
ajoelho ante ti, e levanto as mãos, e te asseguro a única verdade, melhor que todas as verdades – que te
amo, e te amo, e te amo, e te amo!...
Fradique
Terceira Carta a Clara
Toda em queixumes, quase rabugenta, e mentalmente trajada de luto, me apareceu hoje a tua carta com os
primeiros frios de Outubro. E por quê, minha doce descontente? Porque, mais fero de coração que um
Trastamara ou um Bórgia, estive cinco dias (cinco curtos dias de Outono) sem te mandar uma linha,
afirmando essa verdade tão patente e de ti conhecida como o disco do Sol – “que só em ti penso, e só em
ti vivo!...” Mas não sabes tu, oh super amada, que a tua lembrança me palpita na alma tão natural e
perenemente como o sangue no coração? Que outro princípio governa e mantém a minha vida senão o teu
amor? Realmente necessitas ainda, cada manha, um certificado, em letra bem firme, de que minha paixão
está viva e viçosa e te envia os bons-dias? Para quê? Para sossego da tua incerteza? Meu Deus! Não será
antes par regalo do teu orgulho? Sabes que és deusa, e reclamas incessantemente o incenso e os cânticos
do teu devoto. Mas Santa Clara, tua padroeira, era uma grande santa, de alta linhagem, de triunfal beleza,
amiga de S> Francisco de Assis, confidente de Gregório IX, fundadora de mosteiros, suave fonte de
piedade e milagres – e todavia só é festejada uma vez, cada ano, a 27 de Agosto!
Sabes bem que estou gracejando, Santa Clara da minha fé! Não! Não mandei linha supérflua, porque
todos os males bruscamente se abateram sobre mim: um defluxo burlesco, com melancolia, obtusidade e
espirros: um confuso duelo, de que fui o enfastiado padrinho, e em que apenas um ramo seco de olaia
sofreu, cortado por uma bala; e, enfim, um amigo que regressou da Abissínia, cruelmente abissinizante, e
a quem tive de escutar com resignado pasmo as caravanas, os perigos, os amores, as façanhas e os
leões!... E aí está a minha pobre Clara, solitária nas suas florestas, ficou sem essa folha, cheia das minhas
letras, e tão inútil par a segurança do seu coração como as folhas que a cerca, já murchas decerto e
dançando no vento.
Porque não sei como se comportam os teus bosques; - mas aqui as folhas do meu pobre jardim
amarelam e rolam na erva úmida. Para me consolar da verdura perdida, acendi o meu lume: - e toda a
noite de ontem mergulhei na muito velha crônica de um cronista medieval da minha terra, que se chama
Fernão Lopes. Aí se conta de um rei que recebeu o débil nome de “Formoso”, e que, por causa de um
grande amor, desdenhou princesas de Castela e de Ararão, dissipou tesouros, afrontou sedições, sofreu a
desafeição dos povos, perdeu a vassalagem de castelos e terras, e quase estragou o reino! Eu já conhecia a
crônica – mas só agora compreendo o rei. E grandemente o invejo, minha linda Clara! Quando se ama
como ele (ou como eu), deve ser um contentamento esplêndido o ter princesas da cristandade, e tesouros,
e um povo, e um reino forte para sacrificar a dois olhos, finos e lânguidos, sorrindo pelo que esperam e
mais pelo que prometem... Na verdade só se deve amar quando se é rei – porque só então se pode
comprovar a altura do sentimento com a magnificência do sacrifício. Mas um mero vassalo como eu (sem
hoste ou castelo), que possui ele de rico, ou de nobre, ou de belo para sacrificar? Tempo, fortuna, vida?
Mesquinhos valores. É como ofertar na mão aberta um pouco de pó. E depois a bem-amada nem sequer
fica na história.
E por história – muito aprovo, minha estudiosa Clara, que andes lendo a do divino Buda. Dizes,
desconsoladamente, que ele te parece apenas “um Jesus muito complicado”. Mas, meu amor, é necessário
desentulhar esse pobre Buda da densa aluvião de Lendas e Maravilhas que sobre ele tem acarretado,
durante séculos, a imaginação da Ásia. Tal como ela foi, desprendida da sua mitologia, e na sua nudez
histórica – nunca alma melhor visitou a Terra, e nada iguala, como virtude heróica, a “Noite do
Renunciamento”. Jesus foi um proletário, um mendigo sem vinha ou leira, sem amor nenhum terrestre,
7. que errava pelos campos da Galiléia, aconselhando aos homens a que abandonassem como ele os seus
lares e bens, descessem à solidão e à mendicidade, para penetrarem um dia num Reino venturoso,
abstrato, que está nos Céus. Nada sacrificava em si e instigava os outros ao sacrifício – chamando todas
as grandezas ao nível da sua humildade. O Buda, pelo contrário, era um Príncipe, e como eles costumam
ser na Ásia, de ilimitado poder, de ilimitada riqueza: casara por um imenso amor, e daí lhe viera um filho,
em quem esse amor mais se sublimara: - e este príncipe, este esposo, este pai, um dia, por dedicação aos
homens, deixa o seu palácio, o seu reino, a esposada do seu coração, o filhinho adormecido no berço de
nácar, e, sob a rude estamenha de um mendicante, vai através do mundo esmolando e pregando a renúncia
aos deleites, o aniquilamento de todo o desejo, o ilimitado amor pelos seres, o incessante aperfeiçoamento
na caridade, o desdém forte do ascetismo que se tortura, a cultura perene da misericórdia que resgata, e a
confiança na morte...
Incontestavelmente, a meu ver (tanto quanto estas excelsas coisas se podem discernir de uma casa de
Paris, no século XIX e com defluxo) a vida do Buda é mais meritória. E depois considera a diferença do
ensino dos dois divinos Mestres. Um, Jesus, diz: “Eu sou filho de Deus, e insto com cada um de vós,
homens mortais, em que pratiqueis o bem durante os poucos anos que passais na Terra, para que eu
depois, em prêmio, vos dê a cada um, individualmente, uma existência superior, infinita em anos e
infinita em delícias, num palácio que está além das nuvens e que é de meu Pai!” O Buda, esse, diz
simplesmente: “Eu sou um pobre frade mendicante, e peco-vos que sejais bons durante a vida, porque de
vós, em recompensa, nascerão outros melhores, e desses outros ainda mais perfeitos, e assim, pela prática
crescente da virtude em cada geração, se estabelecerá pouco a pouco na Terra a virtude universal!” A
justiça do justo, portanto, segundo Jesus, só aproveita egoisticamente ao justo. E a justiça do justo,
segundo Buda, aproveira ao ser que o substituir na existência, e depois ao outro que deve nascer, sempre
durante a passagem na Terra, para lucro eterno da Terra. Jesus cria uma aristocracia de santos, que
arrebata para o Céu onde ele é Rei, e que constituem a corte do Céu para deleite da sua divindade: - e não
vem dela proveito direto para o Mundo, que continua a sofrer da sua porção de Mal, sempre indiminuída.
O Buda, esse, cria, pela soma das virtudes individuais, santamente acumuladas, uma humanidade que em
cada ciclo nasce progressivamente melhor, que por fim se torna perfeita, e que se estende a toda Terra
donde o Mal desaparece, e onde o Buda é sempre, à beira do caminho rude, o mesmo frade mendicante.
Eu, minha flor, sou pelo Buda. Em todo o caso, esses dois Mestres possuíram, para bem dos homens, a
maior Porção de divindade que até hoje tem sido dado à alma humana conter. De resto, tudo isto é muito
complicado; e tu sabiamente procederias em deixar o Buda no seu budismo, e, uma vez que esses teus
bosques são tão admiráveis, em te retemperar na sua forca e nos seus aromas salutares. O Buda pertence à
cidade e ao colégio de Franca: no campo a verdadeira Ciência deve cair das árvores, como nos tempos de
Eva. Qualquer folha de olmo te ensina mais que todas as folhas dos livros. Sobretudo do que eu - que
aqui estou pontificando, e fazendo pedantemente, ante os teus lindos olhos, tão finos e meigos, um curso
escandaloso de Religiões Comparadas.
Só me restam três polegadas de papel – e ainda te não contei, oh doce exilada, as novas de Paris, acta
Urbis. (Bom, agora latim!) São raras, e pálidas. Chove; continuamos em república; Madame de Jouarre,
que chegou da Rocha com menos cabelos brancos, mas mais cruel, convidou alguns desventurados (dos
quais eu o maior) para escutarem três capítulos dum novo atentado do barão de Fernay sobre a Grécia; os
jornais publicam outro prefácio do sr. Renan, todo cheio do sr. Renan, e em que ele se mostra, como
sempre, o enternecido e erudito vigário de Nossa Senhora da razão; e temos, enfim, um casamento de
paixão e de luxo, o do nosso escultural visconde de Fonblant com mademoiselle Degrave, aquela
nariguda, magrinha e de maus dentes, que herdou, milagrosamente, os dois milhões do cervejeiro e que
tem tão lindamente engordado e ri com dentes tão lindos. Eis tudo, minha adorada... E é tempo que te
mande, em montão, nesta linha, as saudades, os desejos e as coisas ardentes e suaves e sem nome de que
meu coração está cheio, sem que se esgote por mais que plenamente as arremesse aos teus pés adoráveis,
que beijo com submissão e com fé.
Fradique
Quarta Carta a Clara
8. Minha amiga.
É verdade que eu parto, e para uma viagem muito longa e remota, que será como um desaparecimento. E
é verdade ainda que a empreendo assim bruscamente, não por curiosidade de um espírito que já não tem
curiosidades – mas para findar do modo mais condigno e mais belo uma ligação, que, como a nossa, não
deveria nunca ser maculada por uma agonia tormentosa e lenta.
Decerto, agora que eu dolorosamente reconheço que sobre o nosso tão viçoso e forte amor se vai em
breve exercer a lei universal de perecimento e fim das coisas – eu poderia, poderíamos ambos, tentar, por
um esforço destro e delicado do coração e da inteligência, o seu prolongamento fictício. Mas seria essa
tentativa digna de si, de mim, da nossa lealdade – e da nossa paixão? Não! Só nos prepararíamos assim
um arrastado tormento, sem a beleza dos tormentos que a alma apetece e aceita, nos puros momentos de
fé e todo deslustrado e desfeado por impaciências, recriminações, inconfessados arrependimentos, falsa
ressurreições do desejo, e de todos os enervamentos as saciedade. Não conseguiríamos deter a marcha da
lei inexorável – e um dia nos encontraríamos, um diante do outro, como vazios, irreparavelmente tristes, e
cheios do amargor da luta inútil. E de uma cousa tão pura e sã e luminosa, como foi o nosso amor, só nos
ficaria, presente e pungente, a recordação de destroços e farrapos feitos por nossas mãos, e por elas
rojados com desespero no pó derradeiro de tudo.
Não! Tal acabar seria intolerável. E depois como toda a luta é ruidosa, e se ano pode nunca disciplinar
e enclausurar no segredo do coração, nós deixaríamos decerto entrever enfim ao mundo um sentimento
que dele escondemos por altivez, não por cautela – e o mundo conheceria o nosso amor justamente
quando ele já perdera a elevação e a grandeza que quase o santificam... De resto, que importa o mundo?
Só para nós, que fomos um para o outro e amplamente o mundo todo, é que devemos evitar ao nosso
amor a lenta decomposição que degrada.
Para perpétuo orgulho do nosso coração é necessário que desse amor, que tem de perecer como tudo o
que vive, mesmo o Sol – nos fique uma memória tão límpida e perfeita que ela só por si nos possa dar,
durante o porvir melancólico, um pouco dessa felicidade e encanto que o próprio amor nos deu quando
era em nós uma sublime realidade governando o nosso ser.
A morte, na plenitude da beleza e da força, era considerada pelos antigos como o melhor benefício dos
deuses – sobretudo para os que sobreviviam, porque sempre a face amada que passara lhes permanecia na
memória com o seu natural viço e sã formosura, e não mirrada e deteriorada pela fadiga, pelas lágrimas,
pela desesperança, pelo amor. Assim deve ser também com o nosso amor.
Por isso mal lhe surpreendi os primeiros desfalecimentos, e, desolado, verifiquei que o tempo o roçara
com a frialdade da sua foice – decidi partir, desaparecer. O nosso amor, minha amiga, será assim como
uma flor milagrosa que cresceu, desabrochou, deu todo o seu aroma – e, nunca cortada, nem sacudida dos
ventos ou das chuvas, nem de leve emurchecida, fica na sua haste solitária, encantando ainda com as suas
cores os nossos olhos quando para ela de longe se volvem, e para sempre, através da idade, e perfumando
a nossa vida.
Da minha vida sei, pelo menos, que ela perpetuamente será iluminada e perfumada pela sua
lembrança. Eu sou na verdade como um desses pastores que outrora, caminhando pensativamente por
uma colina da Grécia, viam de repente, ante os seus olhos extáticos, Vênus magnífica e amorosa que lhes
abria os braços brancos. Durante um momento o pastor mortal repousava sobre o seio divino, e sentia o
murmúrio do divino suspirar. Depois havia um leve frêmito – e ele só encontrava ante si uma nuvem
recendente que se levantavam se sumia nos ares por entre o vôo claro das pombas. Apanhava seu cajado,
descia a colina... Mas para sempre, através da vida, conservava um deslumbramento inefável. Os anos
poderiam rolar, e o seu gado morrer, e a ventania levar o colmo da sua choupana, e todas as misérias da
velhice sobre ele caírem – que sem cessar sua alma resplandecia, e um sentimento de glória ultra-humano
o elevava acima do transitório e do perecível, porque na fresca manha de Maio, além, sobre o cimo da
colina, ele tivera o seu momento de divinização entre o mirto e o tomilho!
Adeus, minha amiga. Pela felicidade incomparável que me deu – seja perpetuamente bendita.
Fradique
FIM