Este documento é uma oração de Paulo pelos efésios, pedindo que sejam fortalecidos pelo Espírito de Deus e enraizados no amor. Paulo ora para que Cristo habite neles através da fé e para que compreendam plenamente o amor de Cristo, que excede todo entendimento.
2. A oração de Paulo pelos efésios
Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,
Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com
poder pelo seu Espírito no homem interior;
Para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e
fundados em amor,
Poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a
largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade,
E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais
cheios de toda a plenitude de Deus.
Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além
daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera,
A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o
sempre. Amém.
Efésios 3: 14 - 21
3. Se você passar por uma guerra no trabalho, mas
tiver paz quando chegar em casa, será um ser
humano feliz. Mas, se você tiver alegria fora de
casa e viver uma guerra na sua família, a
infelicidade será sua amiga.
Augusto Cury
4. Esta é a segunda oração de Paulo pelos efésios, e tal como a
anterior em Ef. 1, relaciona-se principalmente com seu bem-
estar espiritual. Enquanto a primeira oração se centraliza no
conhecimento, esta focaliza o amor.
Por esta causa. Isto retoma o pensamento começado em 3:1.
Evidentemente o pensamento principal deste capítulo é a
oração, e 3:2-13 é explanatório. Me ponho de joelhos.
Embora as Escrituras não indiquem nenhuma posição
corporal necessária à oração, o pôr-se de joelhos indica
sincera reverência.
5. Toda a família. Há duas possíveis explicações para isto.
Alguns preferem cada família, com a idéia de que o conceito
de família ou paternidade vem de Deus. Isto é verdade, é
claro, embora menos comum. Gramaticalmente a outra
explicação parece encaixar-se melhor no contexto das
Escrituras de um modo geral; isto é, toda a família. A
expressão tanto no céu como sobre a terra parece favorecê-
la. Isto é, toda a família dos redimidos – aqueles que já
partiram e aqueles que Efésios
ainda estão vivos aqui na terra – têm um só Pai, que é o Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo.
6. Segundo a riqueza. Novamente a referência à abundância do que
temos de Deus (cons. 1:7; 2:4; Fp. 4:19). Que sejais fortalecidos
com poder. Paralelo da outra oração, a qual muito falou sobre o
poder de Deus.
Mediante o seu Espírito. O Espírito é o agente da Deidade,
aplicando-nos a redenção. No homem interior. Isto é, nossa parte
imaterial, a verdadeira personalidade.
E assim habite Cristo. Não meramente viva, mas esteja em sua
casa – habite. Disso é que cada cristão precisa sempre, não orar
que Cristo entre pela primeira vez, pois Ele já habita em cada
crente, mas, que esteja à vontade no sentido de que o crente já Lhe
entregou toda a sua vida.
Estando vós arraigados e alicerçados em amor. Uma metáfora
mista referindo-se àquilo que foi plantado e àquilo que foi
edificado (cons. Cl. 2:2, mais ou menos paralelo a esta passagem).
7. A fim de poderdes compreender, com todos os santos. Um conhecimento
que todo crente deve ter.
Qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade. Esse
tipo de conhecimento deveria crescer continuamente, pois caso contrário
jamais poderíamos medir essas dimensões.
Conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento. Algumas
coisas não podemos conhecer inteiramente; freqüentemente temos
experiências que não podemos entender ou explicar. Entretanto, a mesma
raiz foi usada aqui no infinitivo e no substantivo, e a idéia parece ser de
conhecer aquilo que é essencialmente impossível de conhecer – e
conhecê-lO o suficiente para nos regozijarmos nEle.
Tomados de toda a plenitude de Deus. Deus é infinito e nós somos
finitos. Isto é um paradoxo, é claro, mas é uma tentativa de transmitir
através da linguagem aquilo que significa algo para nós.
superabundância da graça colocada à nossa disposição pelo Pai celestial.
através de nosso Senhor Jesus Cristo
8. Esta plenitude torna a ser descrita na bênção que introduz o
final da primeira grande divisão desta epístola. Ora, àquele.
É claro que o verbo e o predicado estão no versículo seguinte.
Poderoso. Não há limite para o que Deus pode fazer.
Infinitamente mais. Os superlativos se amontoam uns sobre
os outros a fim de nos impressionar com esta verdade.
Tudo quanto pedimos, ou pensamos. Somos geralmente
limitados em nosso pedir, achando que Deus não fará
determinada coisa por nós. Ele é capaz de fazer muito mais
do que pedimos; na verdade, mais até do que podemos
imaginar. E Ele o faz conforme o seu poder que opera em nós.
Isto é, fomos fortalecidos pelo Seu Espírito.
Consequentemente, este poder está sendo ativado em nós.
9. A ele seja a glória pode ser tomado como uma declaração –
a Ele é a glória; ou como uma sentença imperativa – a ele
seja a glória. Na igreja. A glória de Deus está sendo
manifesta por toda a eternidade no corpo que Ele redimiu.
Por todas as gerações, para todo o sempre. Literalmente, por
todas as gerações, pelo século dos séculos.
Uma expressão muito forte para a eternidade. Com esta
oração e bênção Paulo conclui esta porção da epístola, que
nos fala sobre o que Deus fez por nós e sobre a nossa posição
em Cristo.