Lição sobre Elias e Eliseu confrontando a idolatria

www.escoladominical.com.br
dicas de lições bíblicas

Lição 3 – Juniores – CPAD
Data da Lição: 16/10/05

LIÇÃO 3 – O SÁBIO PEDIDO

Para memorizar: “Sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra
do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1 Co
15.58)

Leia em sua Bíblia: 2 Re 2.11-18

Objetivos:
Ministre sua aula de forma que seu aluno:
Ø Compreenda a importância de imitar bons exemplos, dê ênfase à
necessidade de adquirir-se bons hábitos.
Ø Entenda a necessidade de buscar o Batismo com o Espírito Santo, tão
necessário para a Obra do Senhor.

Introdução
Professor (a), mais uma vez desejo enfatizar acerca da necessidade de nós
professores (as), nos conscientizarmos acerca de nossa responsabilidade de
ensinar. Precisamos estar cientes que a Pedagogia, (que é a ciência e a arte
de ensinar e educar) nos instrui a usar técnicas para se obter êxito no ensino
à infância, pois precisamos explorar todos os meios possíveis para
entendermos as leis que regem o crescimento e o comportamento do ser
humano. No conceito moderno, ensinar não é apenas transmitir
conhecimento, mas também promover aprendizagem por parte dos alunos.
Essa aprendizagem não pode ser forçada nem introduzida no aluno como o
ato de vestir uma peça de roupa.Portanto, ensinar não é apenas ler ou falar
diante da classe mas primeiro despertar, motivar e interessar a mente do
aluno e em seguida dirigi-la ao aprendizado. Não pode haver real ensino sem
aprendizagem por parte do aluno, é um privilégio para o professor, conduzir
o aluno de tal forma que ele possa viver vitoriosa e sabiamente, diante de
Deus e de seus semelhantes. Vamos falar um pouco acerca do professor e o
ensino:
• Ensinar é despertar a mente do aluno e guiá-la no processo da
aprendizagem, pois aprendemos através da mente.
• Ensinar é mostrar – explicar – guiar – comunicar.
• Ensinar é ajudar a aprender, o professor é apenas um facilitador da
aprendizagem.
• Ensinar é moldar vidas (veja que responsabilidade temos diante de
Deus).
• Ensinar é motivar mudança de comportamento.

Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, e não traduzem necessariamente a
opinião deste Site e/ou de seus patrocinadores.
www.escoladominical.com.br - Pag. 1


Professor (a) espiritual e preparado (a), é hoje a nossa maior necessidade, o
êxito de nossas Escolas Dominicais depende disso. O professor (a) espiritual
e preparado(a), completa o trabalho do evangelista ou pregador, e é aquele
caminha ombro a ombro com o Pastor, quanto ao ensino, pois através da
Palavra de Deus, podemos moldar o caráter cristão em nossos alunos.
Por isso, amado (a), oremos para que o Senhor nos capacite de forma que
sejamos preparados para alcançar êxito, naquilo que Ele nos confiou (2 Tm
2.2,15).

I. Atravessando uma época difícil
Embora o Reino de Israel estivesse “unido” nos governos de Davi e Salomão,
as tensões entre o Norte e o Sul nunca foram resolvidas. O ciúme a
hostilidade por trás da guerra civil não começaram quando se deu o cisma,
com Roboão e Jeroboão, mas tiveram seu inicio no período dos juizes,
quando o povo estava mais interessado na lealdade tribal do que na unidade
nacional. A tensão surgiu facilmente entre Efraim, a tribo mais proeminente
no Norte e Judá a mais destacada no Sul.
v Efraim reinvidicou as promessas contidas em Gn 48.17-22 e 49.22-26
pelo seu papel de liderança.
v Josué, que conquistou a Terra prometida, era efraimita – Nm 13.8.
v Samuel, o maior juiz de Israel era de Efraim – 1 Sm 1.1.
v Davi, um pastor da tribo de Judá tornou-se rei sobre todo o Israel,
inclusive Efraim, que já não apresentava nenhuma reivindicação pela
liderança.
v Efraim aliou-se a Isbosete em revolta contra Davi (2 Sm 2.8-11).
v Embora Davi tenha ajudado a apaziguar os sentimentos ruins, o
pesado jugo sob Salomão e Roboão levou as tribos do Norte à cisão.
Tal tensão desenvolveu-se porque Efraim era a principal tribo do
Norte.Eles ressentiam-se pela liderança estar com Judá, e também pelo
fato de a capital e o centro de adoração da nação estarem localizados em
Jerusalém. Assim ao menor sinal da falta de diplomacia da parte de
Roboão, houve a separação - 10 tribos formaram o Reino do Norte
(Israel), e apenas 2 tribos formaram o Reino do Sul ( Judá).
O Reino do Norte, amargou as conseqüências desastrosas de ter maus
reis governando, “que faziam o que era mau aos olhos do Senhor.”
Por outro lado, no Reino do Sul, às vezes havia alivio, quando entre os
reis ímpios, surgiam alguns piedosos, como o rei Ezequias (2 Re caps. 18-
21) e o rei Josias ((2 Re caps. 22-23), que se esforçaram para levar a
nação de volta a Deus, mas não conseguiram, que a nação abandonassem
permanentemente a prática prevalecente da idolatria, da imoralidade e
da violência.

II. Governado por maus reis



Fonte: Publicações Sociedade Bíblica do Brasil

No Reino Norte, foi construída a nova Capital - Samaria - pelo rei Onri, a
cidade oferecia algumas vantagens políticas, pois além de ter total
controle sobre ela, sua elevada posição também facilitava sua defesa. O
rei Onri morreu antes de concluir a obra. Seu filho Acabe, que sucedeu ao
trono a terminou, e construiu não apenas um lindo palácio de marfim
(1 Re 22.39), mas também um templo para o deus pagão Baal. A
maldosa esposa do rei Acabe, Jezabel veio da cidade fenícia de Tiro onde
seu pai era rei e sumo sacerdote de Baal, e assim ela adorava a Baal, por
isso Acabe construiu um templo e um altar para Baal para agradá-la, e


irritar a Deus (1 Re 16.31-33) e promoveu de tal modo a idolatria que
levou toda a nação ao pecado.

Baal - Fonte: Imagens bíblicas –

Neste período surgiu o profeta Elias, o primeiro de uma longa linhagem de
importantes profetas que Deus enviou a Israel e Judá. O Reino do Norte, ao
longo de sua história não teve nem sequer um rei que fosse fiel ao Senhor,
todos levaram o povo à idolatria. Existiam poucos sacerdotes da tribo de
Levi, a maioria foi para Judá e os lideres indicados pelos reis de Israel, eram
corruptos e ineficaz, assim o povo ficava sem rei e sacerdote que trouxesse a
Palavra de Deus. Assim, Deus elegeu os profetas, para tentar resgatar Israel
de seu declínio espiritual e moral. Assim, surgiu Elias... os adoradores de
Baal, criam que ele era o deus que mandava chuvas e colheitas abundantes,
Elias se apresentou diante do rei Acabe e disse que não choveria por três
anos meio, tanto Acabe como o povo ficaram chocados, Elias retirou-se para
o Ribeiro de Querite, onde foi alimentado pelos corvos com pão e carne,
quando o ribeiro secou-se (2 Re 17.1-7), Deus o enviou a Serepta,
onde ficou ali com uma viúva e seu filho, e ali o azeite e a farinha foram
multiplicados – comia-se dia após dia e a farinha e o azeite não se acabava
( 1 Re 17.8-15).



Depois destes dias, Elias confrontou corajosamente o rei Acabe, falando-lhe
acerca do poder de Deus, e lançou um desafio: “Que o Deus Verdadeiro
respondesse ao seu profeta com fogo”, quando a rebelião e as heresias
estavam em seu nível mais alto, Deus não respondia somente com palavras
mas também com ações. A Batalha aconteceu no monte Carmelo – Elias
profeta do Deus Altíssimo contra 850 profetas de Baal (1 Re 18.19). Nesta
luta, Elias provou à Israel e ao perverso rei Acabe, que o Senhor Deus é o
único Deus, o Senhor respondeu com fogo, e os profetas de Baal foram
mortos, no ribeiro de Quisom (1 Re 18.40) – assim novamente choveu em
Israel ( 1 Re 18.45). Depois destas coisas... Deus ordenou a Elias que
tomasse Eliseu por seu discípulo (aluno), para ser profeta.

III. Conversas desagradáveis
Os “filhos dos profetas”constituíam uma escola, uma reunião de discípulos
em volta de um homem de Deus conhecido (como Elias). Estes grupos,
localizados em todo o Israel, ajudaram a impedir a onda de declínio espiritual
e moral da nação que começou no reinado de Jeroboão. Nos dias de Elias e
de Eliseu existiam várias “escolas de profetas”, não se faz claro, exatamente
o que nelas se estudava, mas compreende-se que eram centros de
treinamento espiritual, provavelmente, sob a autoridade de Elias, a “escola
de profetas” em Gilgal tinha uma vida comunitária completa e independente
(2 Re 4.38-44). Nesta ocasião do texto, Elias parece estar fazendo uma visita
de despedida a três escolas: Gilgal, Betel e Jericó.
Os comentários dos filhos (alunos) dos profetas, parece-me que tinha por
finalidade desanimar Eliseu. Professor (a), aproveitando esta oportunidade,
enfatize aos seus alunos acerca do cuidado que devem ter quanto à
comentários e más conversações, dê ênfase quanto a necessidade de sermos
prudentes quanto às conversas que ouvimos, principalmente àquelas que
difamam nosso próximo, diga-lhes que não podemos nos deixar levar por tais
costumes. A resposta de Eliseu para os alunos dos profetas
foi:”Também o sei, calai-vos”. Mas para Elias Eliseu disse: “Não te deixarei,
onde fores também eu irei” – o teste de fidelidade de Eliseu estava sendo
efetuado antes de sua nomeação definitiva como sucessor de Elias (1 Re
19.16), o ponto culminante do teste seria o de presenciar o arrebatamento
de seu líder.

IV. O Pedido
“Que haja porção dobrada do teu espírito sobre mim” (2 Re 2.9). Isso, não
quer dizer que Eliseu pretendia ter duas vezes mais o poder de Elias, e sim


que estava querendo ser herdeiro da missão profética de Elias, e por isso a
porção dupla, isso era a herança dos primogênitos comparada aos demais
filhos (Dt 21.17), nisto vemos que Eliseu pediu pra ser o “sucessor legitimo”
de Elias, isto é, o herdeiro do ministério de Elias, ele seria aquele que poderia
dar continuidade ao trabalho que Elias fazia. Deus atendeu o pedido de
Eliseu, pois seus motivos eram puros, seu principal objetivo não era ser
melhor que Elias e sim realizar a Obra do Senhor.

V. A separação
Um carro de fogo os separou – o carro era naquela época a mais poderosa
máquina de guerra, e o fogo a força mais destruidora que se conhecia.
Podemos concluir que esta era manifestação do poder de Deus numa forma
visível, que impressionou profundamente a Eliseu. E foi uma despedida digna
de um homem que invocara fogo dos céus em duas épocas cruciais.
E assim, Elias foi levado por um redemoinho ao céu, sem ver a morte, ao
subir deixou a capa, simbolizando que o pedido de Eliseu fora atendido.

“O espírito de Elias repousa sobre Eliseu” (2 Re 2.15) – prova visível disso foi
a autoridade que agora Eliseu passara a exercer. O Espírito e a Autoridade
eram iguais para ambos, mas suas personalidades eram diferentes. Elias
ascendeu ao céu, em seu auge, quanto as lutas contra o pecado e a idolatria
– Eliseu, não vivia muito acima do nível do povo, mas identifica-se com as
pessoas dando-lhes conselhos, curando-os, aliviando-os de suas
dificuldades.Eliseu agiu com a finalidade de demonstrar a Poderosa Natureza
de Deus, cuidadoso para com todos aqueles que vieram a ele em busca de
ajuda. A Bíblia registra 18 encontros de Eliseu e pessoas necessitadas. Eliseu
teve uma visão mais ampla e de maior alcance na vida, porque reconheceu
que em Deus há bençãos a favor da vida – ele sabia que todo o que somos e
temos vem de Deus.

Aplicação da Lição
Amado (a), procure com entusiasmo, enfatizar aos seus alunos o exemplo
desses servos de Deus, dizendo que nós também, devemos resistir as
tendências de pensarmos em nossa limitação, antes devemos pedir a Deus
que nos use em seus propósitos – talvez como Elias tomando posição contra
os erros e a idolatria - ou como Eliseu, ajudando nas necessidades diárias
aqueles que nos cercam.
Ore com seus “pequenos” e peça à Deus que vos use como somente Ele pode
fazer. Amém.

Colaboração para o Portal Escola Dominical: Porfa. Jaciara da Silva

Lição sobre Elias e Eliseu confrontando a idolatria

Recomendados

Recomendados

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Destaque

Destaque (20)

Semelhante a Lição sobre Elias e Eliseu confrontando a idolatria

Semelhante a Lição sobre Elias e Eliseu confrontando a idolatria (20)

Mais de Sandra Fuso

Mais de Sandra Fuso (20)

Lição sobre Elias e Eliseu confrontando a idolatria