O documento discute o potencial da web 2.0 em bibliotecas escolares com base em um seminário e exemplo de um blogue. Ele destaca como as ferramentas da web 2.0 podem desenvolver competências nos alunos, expor o trabalho de todos para avaliação, e fomentar autonomia e cooperação. Também ressalta que blogs permitem referências cruzadas entre canais e fornecem uma ideia imediata do conteúdo disponível, além de possibilitarem análise estatística sobre usuários.

1. A propósito do seminário “Utilização da web 2.0 numa biblioteca de uma instituição de ensino -
um caso de estudo”, com a participação do Doutor André Vieira, a exemplificação levada a
cabo pelo palestrante elucidou sobre o manancial de recursos ao dispor dos docentes, quer em
contexto de biblioteca escolar, quer no objetivo de promover junto dos seus alunos uma
aprendizagem autêntica. Embora o exemplo do IPAM seja bem elucidativo sobre o poder
destas ferramentas, uma breve referência à simples aplicação da web 2.0 em contexto de sala
de aula já permite a constatação de vários aspetos: possibilita desenvolver competências nas
várias áreas, incute nos alunos a ideia de uma sociedade plural, aberta e em permanente
expansão, “expõe” o trabalho de todos para todos, com a inerente crítica e permanente
avaliação, fomenta a autonomia e a cooperação, trabalha-se mais ou menos
inconscientemente num grande grupo que é… o mundo.
Mas dando um pouco mais de ênfase ao papel destes recursos na biblioteca escolar, e
tomando como referência o blogue apresentado pelo orador, ressalta desde logo uma
potencialidade desta ferramenta: os apontadores para outros canais, tais como facebook e
twitter. Assim, permite uma referência cruzada entre canais sendo, simultaneamente
agregadora de informação. É uma ferramenta facilitadora da criação e da publicação. A
visualização das etiquetas transmite uma ideia quase imediata daquilo com que o utilizador
“pode contar”, facilitando a busca de informação.
Sem se pretender ver nesta ferramenta a “máquina perfeita”, pelo menos reconheça-se que
tem muitas “peças interessantes”. Uma delas é a possibilidade de se poder fazer um
levantamento e posterior análise estatística do número e proveniência dos utilizadores. Não se
trata de contar o “número de exemplares vendidos” mas antes obter um feedback de como está
a ser transmitido o que se pretende e, mais do que isso, os efeitos que está a produzir. Note-se
que o comentário, a sugestão, enfim, a avaliação, são quase imediatos.
Em suma, terá ficado bem patente o poder, a versatilidade e a abrangência da web 2.0,
tomando como exemplo o blogue, na instituição Escola e a sua importância na gestão e
utilização de um centro de recursos como é uma biblioteca escolar. Nos tempos atuais não se
deve dizer que a web 2.0 ajuda a gerir a biblioteca. A web 2.0 é parte integrante da biblioteca.
Sandra Fontes (19110055)