CRI Genética: Inseminação Artificial como ferramenta para Evolução Genética

1. A decisão está
em nossas mãos...
Corte
www.CRIgenetica.com.br

2. Repetidamente em nossa atividade,
conversamos com produtores e técnicos
sobre biotecnologias utilizadas no setor
agropecuário e me parece evidente que
a inseminação artificial é largamente
utilizada nos rebanhos que buscam uma
consistente e rápida evolução genética.
Não pretendemos discutir os consagrados
benefícios da IA, mas como técnicos
que aconselham o uso de determinados
reprodutores, surge uma velha pergunta:
todo o sêmen é igual?
Caminhando para o fim do ano e após
importantes mostras agropecuárias, a mais
recente Expointer, onde pudemos ver
fenotipicamente extraordinários animais
de diversas raças, traço um paralelo
com o Beef Tour (visitas à propriedades
americanas selecionadoras de touros
comercializados pela CRI). Nesta viagem,
pudemos ver os touros e suas progênies,
que para um selecionador de genética e
técnicos, é muito importante, pois é possível
avaliar o que os reprodutores transmitem
e imprimem em seus descendentes.
Claro que, aliado à isto, 100% destes
reprodutores possuem DEPs de pedigree
e filhos. Nestas visitas, podemos avaliar os
animais fenotipicamente e constatamos que,
dentro de um processo de seleção baseado
em DEPs de desempenho e performance,
o tipo racial se mostra extremamente
satisfatório.
Dentro deste raciocínio, quando recebemos
nosso catálogo de touros para aconselhar
os produtores no uso de determinada
genética, olhamos os desempenhos
dos touros em suas progênies e as
DEPs são uma valiosa ferramenta para
indicar a escolha em cada situação. Não
só sob o ponto de vista de famílias e
consanguinidades (rebanhos de gado
registrado), mas por exemplo facilidade
de parto direto e peso ao nascer para
programas de IA em novilhas.
... a inseminação artificial é largamente utilizada
nos rebanhos que buscam uma consistente e
rápida evolução genética.
“ “

3. Quando falo que os rebanhos americanos (dos quais retiramos o sêmen que oferecemos
aos nossos clientes) são baseados em desempenho, mas isto não exclui que teremos, por
exemplo, um Traveler 004, que entre tantos filhos provados é pai de Net Worth (premiado em
diversas exposições) e Density (pai da atual grande campeã e reservada de grande campeã de
Palermo 2015). Porém, no catálogo não existe referência alguma sobre tipo para exposições,
mas pela consistência genética naturalmente surgem animais com tipo excepcional.
Um dos maiores genearcas da raça.
SAV004Density4336,Filho
SAVDominant5405,Filho
TRAVELER 004

4. Marcelo Maronna Dias
Supervisor da CRI Genética no
RS/SC
mmaronna@crigenetica.com.br
Sabemos que podemos escolher animais que ainda não são provados
com fenótipos impecáveis, mas que tipo de animal queremos
produzir? A inseminação artificial no Brasil cresceu muito no centro do
país pelo cruzamento industrial, em um mercado que observa muito a
questão das DEPs. Quem produz genética não pode perder o foco na
venda de touros e sabemos que a venda de reprodutores do Rio Grande
do Sul para Paraná e São Paulo tem crescido e pode haver incremento
neste setor (melhoria no manejo do carrapato). Além disso, para os
produtores de touros, facilidade de parto e índices econômicos (kg de
terneiro) tem grande relevância nos processos de seleção.
Sendo assim, pensamos que, obviamente, sêmen não é tudo
igual. No momento em que conseguirmos entender todo o processo
de seleção de famílias com mães superiores e provadas com
filhos de pedigree consistente, DEPs superiores e melhoradores e
fenótipos impecáveis, estaremos dando um primeiro, mas grande
passo, para constatar que dentro de uma palheta de sêmen está um
material genético que influenciará nos resultados de um programa de
melhoramento e alguém será responsável por esta escolha.
*Adaptado da publicação no Angus News edição agosto 2015.