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ERA
UMA
VEZ...
Uma história curta
ocorrida em um reino
peculiar. Um reino
que pertence a esta
distante galáxia, de
G u t e m b e r g ,
p o s s u i n d o m a i s
súditos que todo o
Reino Unido da Grã-
Bretanha.
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se inicia em março de
2013, por volta do
dia 12, mas ganhou
notoriedade e valor
histórico na manhã
s e g u i n t e , p e l o s
jornais da época,
noticiando que um
grande fabricante de alimentos, precisamente
bebidas nutritivas a base de soja, flavorizadas com
maças vermelhas, mobilizou um pequeno
destacamento logístico para recolher 96 unidades
de sua bebida saudável, contaminadas com
detergente de limpeza. Estas bebidas saudáveis a
base de soja, são produzidas e acondicionadas em
embalagens tetrapak, recheadas com imagens de
maças exuberantes, apetitosas e suculentas, um
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para simbolizar as propriedades nutrientes da soja
para a saúde humana. Naquele mesmo dia, em
nosso peculiar reinado, os súditos começaram a se
perguntar sobre as notícias, que se espalharam
rápido como fogo.
Assim, as mensagens ganharam
rapidamente o fluxo através do
Re i n o . C a d a u m a d e l a s
trazendo alguma compreensão
sobre o que acontecia no reino.
Velhos ícones do Castelo
Midiático da Publicidade,
apareceram até mais do que
poderiam imaginar quando
eram cavaleiros armados e
brilhantes da referência de
consumo na sociedade do
século passado.
A esta altura, todos os grandes
cavaleiros midiáticos estavam de
partida para o campo de batalha,
conduzidos fielmente pela mágoa e
certa raiva dos súditos ao fato de que
uma certa fabricante global de
alimentos e bebidas escorregou em seus
p r o c e s s o s p r o d u t i vo s e m u m a
milionésima fração de seu faturamento,
através das 96 embalagens de bebidas
de soja infectadas. Os esforços de
marca de maneira a restaurar algo de
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por completo diante da corrida que
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dimensão, estamos aqui falando sobre
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Uma rebelião, ainda um tanto atípica no terreno das marcas globais, pelo alcance e estrago realizado. A
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Pois quando a subjetividade é sustentada principalmente pelo que associa como produtos, é quase um
acontecimento perceber que a confiança em sí próprio descansa em uma prateleira, opaca pela
duradoura embalagem em forma de jaqueta colorida que a abraça e um suco que cheira como maçã,
tem sabor de maçã,mas é na realidade, uma mistura de soja, flavorizantes e: detergentes.
A planície de mídia social que atualmente assegura a todos os seus súditos o direito mandatório à felicidade
cotidiana, em alguns casos, de hora em hora, se transforma em um liquidificador de angústia e frustração
contra os valores de marca, que revelam, na maioria dos casos, um simulacro em toda sua glória, um vácuo,
brilhante o suficiente pra esconder sua pálida cor real. Perceba, a coleção de imagens que nos rodeia nesta
pequena história foi totalmente colhida da mídia social em uma semana após o incidente ter ocorrido e se
transformado em notícia.
Assim como na mídia tradicional, o tecido
da mídia social opera através da
simplicidade, alcance e repetição. O
p o n t o é q u e , q u a n d o t o d o s o s
consumidores podem produzir suas
próprias mensagens sobre as marcas que
consomem e as marcas normalmente
dialogam através de imagens de bem
estar, o diálogo passa a envolver réplicas
de consumidores carregadas em ironia e
criticismo no mesmo jogo de valores
utilizados pelas marcas. Castells construiu
uma matriz considerando localismo versus
globalização cruzando-se com outra
polaridade social, que é o comunalismo
versus o individualismo. Todo o movimento
dos consumidores sobre o suco Ades
pode ser um bom exemplo onde
encantadoras imagens retóricas não
podem se manter per si nas questões de
marketing nutricional.
ENTÃO:Nosso ponto de reflexão se volta não para a questão de o quanto a Unilever foi de fato rápida e eficiente para
retirar de circulação todo o lote danificado do mercado, ou ainda o quão amargos se tornaram os consumidores
quando se sentiram inseguros sobre o último dos valores tidos como assegurado. Mesmo assim, considerando que o
consumo é uma interface clara entre a marca, a carteira e a confiança líquida social, talvez devêssemos prestar mais
atenção sobre o que de fato significa ser no reino da mídia social.
O curso MARKETING DE
ALIMENTOS, VENDAS E CONSUMO
no ÂMBITO INTERNACIONAL
endereça diversos assuntos em
torno da intersecção destes dois
universos, unidos PELA VISão
eexperiência de profissionais e
acadêmicos de expressão no
mercado europeu.
Conduzido pela Verakis em sua quarta edição espanhola, o Curso
Marketing de Alimentos, Vendas e Consumo no Âmbito Internacional será
oferecido pela Universidad Rey Juan Carlos em Madrid, durante o mês
de julho de 2013.
Acadêmicos e profissionais europeus e brasileiros conduzem as discussões
teóricas e as visitas a campo, onde os alunos terão a condição de análise
in loco de diversas situações onde marketing e nutrição se colocam de
forma clara, inequívoca, e ao mesmo tempo, sem a perspectiva de
conflitos.
São apenas 15 vagas oferecidas a profissionais de marketing, nutrição,
gastronomia, educação alimentar que desejam atualizar, aprimorar e
redimensionar suas carreiras no cenário atual, onde a mídia se torna um
reino particular, com mais súditos que diversas nações presentes no
mundo, com maior volume de movimentação financeira e ideológica, do
que diversos blocos econômicos jamais sonharam.

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  • 1. ERA UMA VEZ... Uma história curta ocorrida em um reino peculiar. Um reino que pertence a esta distante galáxia, de G u t e m b e r g , p o s s u i n d o m a i s súditos que todo o Reino Unido da Grã- Bretanha. Bem, nossa história se inicia em março de 2013, por volta do dia 12, mas ganhou notoriedade e valor histórico na manhã s e g u i n t e , p e l o s jornais da época, noticiando que um
  • 2. grande fabricante de alimentos, precisamente bebidas nutritivas a base de soja, flavorizadas com maças vermelhas, mobilizou um pequeno destacamento logístico para recolher 96 unidades de sua bebida saudável, contaminadas com detergente de limpeza. Estas bebidas saudáveis a base de soja, são produzidas e acondicionadas em embalagens tetrapak, recheadas com imagens de maças exuberantes, apetitosas e suculentas, um brilho solar, e toda a saúde e natureza possível para simbolizar as propriedades nutrientes da soja para a saúde humana. Naquele mesmo dia, em nosso peculiar reinado, os súditos começaram a se perguntar sobre as notícias, que se espalharam rápido como fogo.
  • 3. Assim, as mensagens ganharam rapidamente o fluxo através do Re i n o . C a d a u m a d e l a s trazendo alguma compreensão sobre o que acontecia no reino. Velhos ícones do Castelo Midiático da Publicidade, apareceram até mais do que poderiam imaginar quando eram cavaleiros armados e brilhantes da referência de consumo na sociedade do século passado.
  • 4.
  • 5. A esta altura, todos os grandes cavaleiros midiáticos estavam de partida para o campo de batalha, conduzidos fielmente pela mágoa e certa raiva dos súditos ao fato de que uma certa fabricante global de alimentos e bebidas escorregou em seus p r o c e s s o s p r o d u t i vo s e m u m a milionésima fração de seu faturamento, através das 96 embalagens de bebidas de soja infectadas. Os esforços de marca de maneira a restaurar algo de sua anterior dignidade, esvanesceram por completo diante da corrida que dominou o reinado à época. A cada hora, novos relatos vindos de todas as partes do reino arrancavam ainda mais alguns pedaços do que havia sobrado da marca. Perceba, em alguma dimensão, estamos aqui falando sobre uma espécie de rebelião por entre os habitantes do reino.
  • 6. Uma rebelião, ainda um tanto atípica no terreno das marcas globais, pelo alcance e estrago realizado. A justiça dos comuns determinou uma alta soma a pagar, semanticamente, um justo valor monetário como punição à companhia global, de forma a clarear qual era a lei, e quem a fazia cumprir naquele reinado.
  • 7. Então, o ponto aqui é trazer alguma luz sobre o fato de que no curto espaço de dois anos, duas grandes companhias globais, Pepsico e Unilever, tiveram praticamente a mesma ocorrência em suas linhas de montagem alimentícias. As multas e penalidades aplicadas, ambas pela justiça comum e também pelo mercado, pareceram ser de igual dimensão, embora os números houveram crescido quando da situação de Unilever. Mas, no reinado da mídia social, a revolta, as paródias, o escárnio com que a marca foi vitimada, apareceram de forma ainda mais vigorosa. Não apenas as pessoas produziam seus próprios conteúdos a respeito, como principalmente deixaram claro o que de fato sentiram sobre a marca e o ocorrido.
  • 8. Ok,sabemos que e s t a s c o i s a s acontecem aqui e ali, em diferentes m e r c a d o s e segmentos. Mas, quando se trata da indústria de a l i m e n t o s e bebidas, leva por terra uma das c r e n ç a s m a i s fortes penduradas n a s o c i e d a d e líquida, baseada n o q u e u m a marca sustenta em seu âmago, e m b a l a g e m e posicionamento.
  • 9. Pois quando a subjetividade é sustentada principalmente pelo que associa como produtos, é quase um acontecimento perceber que a confiança em sí próprio descansa em uma prateleira, opaca pela duradoura embalagem em forma de jaqueta colorida que a abraça e um suco que cheira como maçã, tem sabor de maçã,mas é na realidade, uma mistura de soja, flavorizantes e: detergentes. A planície de mídia social que atualmente assegura a todos os seus súditos o direito mandatório à felicidade cotidiana, em alguns casos, de hora em hora, se transforma em um liquidificador de angústia e frustração contra os valores de marca, que revelam, na maioria dos casos, um simulacro em toda sua glória, um vácuo, brilhante o suficiente pra esconder sua pálida cor real. Perceba, a coleção de imagens que nos rodeia nesta pequena história foi totalmente colhida da mídia social em uma semana após o incidente ter ocorrido e se transformado em notícia.
  • 10. Assim como na mídia tradicional, o tecido da mídia social opera através da simplicidade, alcance e repetição. O p o n t o é q u e , q u a n d o t o d o s o s consumidores podem produzir suas próprias mensagens sobre as marcas que consomem e as marcas normalmente dialogam através de imagens de bem estar, o diálogo passa a envolver réplicas de consumidores carregadas em ironia e criticismo no mesmo jogo de valores utilizados pelas marcas. Castells construiu uma matriz considerando localismo versus globalização cruzando-se com outra polaridade social, que é o comunalismo versus o individualismo. Todo o movimento dos consumidores sobre o suco Ades pode ser um bom exemplo onde encantadoras imagens retóricas não podem se manter per si nas questões de marketing nutricional.
  • 11.
  • 12. ENTÃO:Nosso ponto de reflexão se volta não para a questão de o quanto a Unilever foi de fato rápida e eficiente para retirar de circulação todo o lote danificado do mercado, ou ainda o quão amargos se tornaram os consumidores quando se sentiram inseguros sobre o último dos valores tidos como assegurado. Mesmo assim, considerando que o consumo é uma interface clara entre a marca, a carteira e a confiança líquida social, talvez devêssemos prestar mais atenção sobre o que de fato significa ser no reino da mídia social. O curso MARKETING DE ALIMENTOS, VENDAS E CONSUMO no ÂMBITO INTERNACIONAL endereça diversos assuntos em torno da intersecção destes dois universos, unidos PELA VISão eexperiência de profissionais e acadêmicos de expressão no mercado europeu.
  • 13. Conduzido pela Verakis em sua quarta edição espanhola, o Curso Marketing de Alimentos, Vendas e Consumo no Âmbito Internacional será oferecido pela Universidad Rey Juan Carlos em Madrid, durante o mês de julho de 2013. Acadêmicos e profissionais europeus e brasileiros conduzem as discussões teóricas e as visitas a campo, onde os alunos terão a condição de análise in loco de diversas situações onde marketing e nutrição se colocam de forma clara, inequívoca, e ao mesmo tempo, sem a perspectiva de conflitos. São apenas 15 vagas oferecidas a profissionais de marketing, nutrição, gastronomia, educação alimentar que desejam atualizar, aprimorar e redimensionar suas carreiras no cenário atual, onde a mídia se torna um reino particular, com mais súditos que diversas nações presentes no mundo, com maior volume de movimentação financeira e ideológica, do que diversos blocos econômicos jamais sonharam.