1. COLÉGIO E CURSO GALILEU
AV: DAS ALAGOAS, 2913 PIRANGI – NATAL RN
FONE:(084) 3217-5545
e-mail: colegioecursogalileu1@hotmail.com
ALUNO(a)_____________________________________________________ Nº________DATA____/___/____
PROFESSOR(a):_____________________________Nota:________________OBS:______________________
LISTA DEFÍSICA- 4º BIMESTRE - 3º SÉRIE
EVOLUÇÃO DO MODELO ATÔMICO
A idéia de átomo é antiga, e seus registros datam do século V a.C. Demócrito é considerado o pai
do atomismo, ao propor que a matéria era composta de partículas indivisíveis. Porém, Aristóteles, que
acreditava na continuidade da matéria, foi maisinfluente e esta visão perdurou durante séculos.
Dalton (1766-1844), no início do séculoXIX, 1803, retomou a idéia de Demócrito dando
prosseguimento à Teoria Atômica moderna. Para ele, o átomo era maciço e indivisível. Algo como uma bola
de bilhar minúscula.
J.J. Thomson (1856-1940 – Nobel de Física em1906), interpretando experiências com os famosos
raios catódicos, propôs que estes seriam formados por partículas negativas, os elétrons, em 1897. Assim,
inovou descrevendo um modelo em que a carga positiva estivesse diluída por todo o átomo com a
carga negativa, os elétrons, incrustados e distribuídos uniformemente. Seu modelo ganhou o apelido de
pudim.
Tendo em mente este modelo, o neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937 – Nobel de Química em 1908) fez
sua famosa experiência de bombardear uma finíssima lâmina de ouro com partículas α . Tive oportunidade de
pegar em mãos lâminas do tipo utilizado por ele, e realmente são tão finas que chegam a ser translúcidas! Sendo
as partículas α compactas e atingindo até 20.000 km/s, ele esperava que todas passassem com facilidade.
Experiência de Rutherfor. Fonte: IF-UFRGS, em 13/09/2008.
Porém, notou que para cada 10.000 partículas incidentes, uma refletia ou se desviava consideravelmente. Sua conclusão
foi de que o átomo deveria ter um núcleo, e este deveria ser cerca de 10.000 vezes menor que o diâmetro do átomo. Este
núcleo deveria ser positivo, para repelir as partículasα, também positivas. E, segundo ele, os elétrons estariam em
volta do núcleo, num modelo até hojemuito utilizado em representações em livros e inspirado no sistema planetário.
2. Apesar de seu modelo trazer a importantíssima contribuição da idéia de núcleo atômico, Rutherford sofreu críticas devido
a algumas inconsistências. Principalmente porque ele previa que o elétron poderia estar em qualquer órbita. Ao sofrer
uma transição eletrônica, saltando de um nível mais interno para o mais externo, o elétron ganharia energia. Ao
contrário, de um nível externo para outro mais interno, o elétron deveria perder energia, que seria emitida sob a forma de
radiação eletromagnética, por exemplo, luz. A cada órbita corresponderia uma energia. Como qualquer órbita era
permitida neste modelo, o elétron poderia perder qualquer energia, emitindo luz de todas ascores, o que é chamado
Espectro Contínuo, como um arco-íris.
No entanto, ao observar o espectro de emissãode átomos de vários materiais distintos, o espectro observado era sempre
discreto, descontínuo ou quantizado.
Isto levou outro brilhante físico a dar sua contribuição, o dinamarquês Niels Bohr (1885-1962 – Nobel de Física em
1922). Aproveitando as idéias da base da teoria quântica de Planck (1858-1947 – Nobel de Física em 1918) para a
radiação do corpo negro, ele postulou que os elétrons orbitavam em torno do núcleo apenas em algumas órbitas,
chamadas “estados estacionários”. Além disto, numa mesma órbita-estado, o elétron não ganhava nem perdia energia. Ao
sofrer transição para um nível mais interno, a diferença de energia entre duas órbitas era dada por:
ΔE=Efinal−Einicial = hF