1) As eleições presidenciais serão disputadas entre Lula e Bolsonaro, com todos os indicativos apontando que esse cenário está definido.
2) A dinâmica do segundo turno será antecipada para o primeiro turno devido aos dois candidatos estarem isolados dos demais.
3) Há um alto risco de Bolsonaro contestar os resultados caso perca e tentar uma ruptura da ordem democrática.
2. Essa semana — a segunda de maio de 2022 — tive a oportunidade
de ter uma longa conversa com Marco Ruediger, Sociólogo e Diretor
de Análise de Políticas Públicas na FGV, sobre as eleições
presidenciais de 2022. Marco é um dos maiores pensadores
brasileiros na área política, ouvido com frequência pela
comunidade internacional.
3. O material está sendo
editado e irá ao ar no
canal do YouTube do
Política Viva. Vamos dividi-
lo em tópicos para facilitar
o entendimento e a
disseminação da
mensagem, nesse momento
crucial para a nossa
democracia.
4. Antecipo aqui
os principais
pontos:
1) Finalistas definidos: as eleições
serão disputadas entre Lula e
Bolsonaro. Todos os fatores e
variáveis indicam que esse quadro
está cristalizado
2) Antecipação do segundo turno: com os dois
candidatos cada vez mais isolados do resto, a
dinâmica do segundo turno será antecipado
para o primeiro. Continuar a gastar energias
em improváveis alternativas é perda de foco
com o desafio maior para quem quer assegurar
uma mínima normalidade democrática no
Brasil: não termos a releição de Bolsonaro
5. 3) Risco de contestação: é muito provável que
Bolsonaro, perdendo, questionará os resultados das
eleições e tentará uma ruptura da ordem democrática.
Mesmo não conseguindo, o estrago será grande
6. 4) Ruim no primeiro e pior no segundo: devemos
passar por um período de grandes turbulências pós-
eleitoral em função das contestações. Se as eleições
acabassem no primeiro turno, a força da
contestação diminui
4) Ruim no primeiro e pior no
segundo: devemos passar
por um período de grandes
turbulências pós-eleitoral
em função das
contestações. Se as eleições
acabassem no primeiro
turno, a força da
contestação diminui
7. 5) Ruídos que atrapalham: um dos fatores que ajudam a manter
Bolsonaro competitivo deve-se a mensagem totalmente
unificada no lado dele, enquanto o campo democrático (que
inclui Lula) teima em fazer atraques intramuros. Cada um desses
ataques acaba servindo muito mais a Bolsonaro do que a
qualquer outro objetivo