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4. o drama dos refigirados e os atentados na europa.
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2. Na Alemanha, país que mais recebe refugiados na UE, o ministério do Interior calcula que em 2015
os pedidos de asilo vão quadruplicar, passando de 200.000 para 800.000. São milhares de novas
residências, hospitais e escolas que devem ser construídos para abrigar pessoas desprovidas de
quase tudo. Independente desde 2008 após uma guerra cruel com o exército da Sérvia, o Kosovo
mergulhou numa sucessão de crises políticas e econômicas que também provocam um êxodo
nesta parte dos Balcãs.
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4. Atualmente, os sírios representam o primeiro contingente dos solicitadores de asilo na UE, seguidos
pelos kosovares, afegãos, albaneses, iraquianos, paquistaneses, eritreus, sérvios, ucranianos e
nigerianos. Sírios, iraquianos e eritreus tem tido prioridade na concessão do direito de asilo.
Todavia, como demonstra a lista, nem todos os pedidos de asilo vêm de pessoas oriundas de zonas
de guerra civil.
5. Tal circunstância, deu lugar a um debate na mídia e nas ONGs europeias sobre o sentido
da palavra "refugiado". De fato, todos os refugiados são migrantes, mas nem todos
migrantes são refugiados. O migrante sai de seu país voluntariamente, por diversas
razões. O refugiado é diretamente constrangido a emigrar por causa da opressão sofrida
em sua terra. Ao receber o asilo político, ele não pode ser mandado de volta para o lugar
de onde veio, conforme a Convenção de Genebra de 1951, ratificada por 145 países, entre
os quais o Brasil. Inversamente, o migrante sem documentos pode ser coercitivamente
mandado de volta para o seu país. Na realidade, as situações individuais são às vezes
ambíguas. No ano passado, os Estados Unidos se viram às voltas com o mesmo problema
quando se tratou de definir se os grupos, incluindo milhares de crianças, vindos
clandestinamente da América Central para o Texas, via a fronteira mexicana, eram
migrantes ou refugiados.
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8. "A França é hoje,
claramente, o país
mais ameaçado. Um
dos números da
revista em francês do
Estado Islâmico, Dar al
Islam, tinha a seguinte
manchete: Que Alá
amaldiçoe a França",
afirmou em maio
Patrick Calvar, diretor-
geral da Segurança
Interna (DGSI) da
França, o serviço de
inteligência do país, a
uma Comissão
Parlamentar de
Inquérito sobre os
atentados de 2015 no
país.
Alvo
Há várias razões que explicam por que a França se tornou
um alvo constante de ataques de jihadistas.
Uma delas são as recentes operações militares em países
como a Síria e o Iraque contra o Estado Islâmico, e no Mali,
que também visam radicais islâmicos.
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11. Neste contexto, há muitas reações de
rejeição e até ameaças de grupos racistas
contra a chegada de refugiados nos países da
UE. Num editorial em que critica a inação do
governo francês, o egoísmo do Reino Unido
e a atitude de certos países da Europa
Central que só acolhem refugiados cristãos, o
jornal Le Monde escreve num editorial,
"Essas reações são indignas da Europa, de
sua história e de sua identidade".