O documento discute como as pessoas tendem a reclamar de suas vidas, mas na verdade são responsáveis por sua própria infelicidade. Ele argumenta que muitas vezes as pessoas não mudam situações desagradáveis porque inconscientemente não querem mudar, e que escolhem assumir o papel de vítima em vez de tomar a responsabilidade por suas próprias ações.
2. Pessoas reclamam que não têm liberdade dentro do namoro, reclamam que são sempre perseguidas no ambiente de trabalho, reclamam que não têm tempo para fazer tudo o que gostam. Pessoas, enfim, reclamam.
3. É uma maneira de dizer que estão contrariadas com suas vidas e que, se dependesse delas, as coisas seriam diferentes. Se dependesse delas??? E depende de quem mais? Somos todos uns acomodados em nossas queixas.
4. Transferimos para os céus e as estrelas a responsabilidade de nossos "azares". É difícil enfrentar de cara limpa a verdade: muita coisa a gente não muda porque, inconscientemente, não nos interessa mudar. Nossa infelicidade é construída com nossas próprias mãos. Recebi, dia desses, uma carta desaforada de uma mulher por causa de uma crônica que publiquei no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde defendi o futebolzinho dos maridos e condenei o grude nas relações matrimoniais.
5. "É, mas só eles têm esta liberdade: se eu quiser sair com minhas amigas, meu marido não deixa". Papo pré-histórico, mas ainda existe. O que esta mulher não quer enxergar é que ela não sai com as amigas porque não quer. Só porque não quer. Em vez de descolar seu próprio "futebolzinho", prefere assumir o papel de vítima. É mais confortável, menos desgastante.
6. Outra mulher, eu soube, apanhava do marido, coisa que infelizmente também não é rara. Ao mostrar seus hematomas para um médico, ele reparou que ela costumava ser espancada com um objeto. Ela confirmou: ele batia com uma bengala.
7. Bengala??? Sim, ele é deficiente físico, mal consegue caminhar. Você entendeu bem: a mulher ficava paradinha enquanto levava a surra. Qualquer um explica, nem é preciso convocar Freud.
8. Excetuando-se as tragédias que não podemos evitar (acidentes, enchentes, incêndios), tudo o que nos acontece tem nossa participação. Se você não consegue tirar a ex-namorada da cabeça, é porque ainda precisa dela dentro de você. Se acha que todos estão contra você no trabalho, é porque você tem sido o primeiro a se boicotar.
9. Não somos anjinhos. Somos o que sempre sonhamos ser: os donos da situação. Infelizmente, um cargo de confiança que nem todos se sentem preparados para assumir.
11. FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: In my life (The Beatles) Interpretação: Kevin Kern (Não altere o conteúdo e repasse com os devidos créditos)