Ir. Angela Vallese foi uma pioneira missionária das Filhas de Maria Auxiliadora que partiu para a América em 1877. No centenário de sua morte em 17 de agosto de 2014, o documento pede às irmãs que reflitam sobre sua vida e o apoio recebido de Madre Mazzarello, e que se comprometam com a missão de alcançar os jovens, especialmente os mais pobres.

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Lu Monferrato, 8.01.1854 – Nizza, 17.08.1914
Roma, 14.08. 2014
Queridas Irmãs,
O mês de agosto é muito significativo para todo o Instituto, de modo
particular para o Âmbito das Missões. No próximo dia 17 de agosto,
celebraremos o CENTENÁRIO da morte de Ir. ANGELA VALLESE. Como
não recordar, como não fazer memória e aprofundar a vida desta grande
missionária da primeira hora, de índole delicada e forte, humilde e
corajosa, simples e audaz, igual ao coração de Madre Mazzarello e de Dom
Bosco?
Ir. Angela partiu para a América como responsável pela primeira expedição missionária no dia 14 de
novembro de 1877. Por trás desta grande mulher, audaz e empreendedora, havia uma grande Santa!
É bonito refletir sobre a relação entre Madre Mazzarello e Ir. Angela Vallese, especialmente sobre o seu
atencioso acompanhamento. Alguns trechos da carta de 8 de dezembro de 1878 nos ajudam a
compreender esta relação materna e filial.
«Viva Jesus e Maria!
Minha sempre querida Irmã Angiolina,
já faz um ano que não nos vemos, não é mesmo? Como o tempo passa! É preciso que aproveitemos de
verdade, adquirindo muitos merecimentos, e assim podermos estar prontas, quando o Senhor nos
chamar. Fico contente de que essas Irmãs sejam boas e trabalhem; cabe a nós fazê-las crescer sempre
na virtude, primeiro com o exemplo, porque as coisas ensinadas com o exemplo ficam muito mais
impressas no coração, e fazem um bem muito maior; depois, com as palavras. Anime-as sempre a ser
humildes, obedientes e amantes do trabalho; a agir com reta intenção, a ser francas e sinceras,
sempre e com todos. Conserve-as sempre alegres; corrija-as sempre com caridade, mas não perdoe
nunca nenhum defeito. Um defeito corrigido logo, às vezes é nada; ao invés, se a gente deixa que crie
raízes, depois é preciso muito esforço para arrancá-lo.»
No centenário da morte desta grande e heroica missionária da primeira hora, o Senhor suscite no
coração de cada Filha de Maria Auxiliadora um renovado compromisso missionário segundo o Da mihi
animas cetera tolle e o A ti as confio, para ir ao encontro, como Instituto, às expectativas dos jovens,
especialmente dos mais pobres.
Para tornar ainda mais viva esta data e envolver as comunidades, oferecemos – como Âmbito das
Missões – um tríduo de preparação, que gostaríamos de que fosse um momento de revitalização
missionária em cada uma das nossas realidades.
Permaneçamos unidas na oração recíproca e, juntas, invoquemos os dons do Espírito Santo para o
próximo CG XXIII, para que possamos ser, com os jovens, casa que evangeliza!
Com carinho, um grande abraço,
Ir. Alaíde Deretti
Conselheira para as Missões ad/inter gentes