O poema descreve uma tarde cinzenta e branda, com uma leve brisa trazendo o cheiro de flores. O eu lírico chora a saudade de alguém que partiu, assim como de outros que nunca chegou a abraçar. Agora resta apenas a quietude e a nostalgia da ausência.

16. O céu trazia uma aparência vítreo de um azul
que caminhava lentamente para o cinza.
Era uma tarde prateada, bizantina.
Uma débil claridade tocou a borda
da minha alma e um cheiro de flor
pairou no ar dizendo que havias partido.
Chorei tua falta como chorei por tantos outros.
Como chorei por aqueles que sequer abracei,
toquei o calor das mãos ou ouvi a voz.
De todos, sorvi a emoção contida nos versos.
Gravados nas pedras do chão.
Nos degraus dos passos incertos.
No adeus desenhado nas janelas com o
hálito das bocas e a música das vozes
flutuando no vazio.
Agora, resta a quietude, brancura aberta-
nostalgia um ar claro, quieto e brando.
Marcia Portella
Goiânia – Go
Brasil
31/03/17
Prelúdio

17. Formatação e Criação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Texto: Marcia Portella
http://marciaportellago.blogspot.com
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Enrique Chia Lara's Theme - Instrumental
http://www.slideshare.net/luziagabriele
https://www.youtube.com/channel/UCAdCeCGHGTxtx
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Data: 02 de Maio de 2017