O documento discute a importância da amizade e como cultivar bons amigos. Ele destaca que amigos verdadeiros nos valorizam pelo quem somos, não pelo que temos, e que devemos semear amigos sendo sinceros e mostrando o que sentimos. Também alerta para ter cuidado com amigos falsos ou interessados e que na velhice precisaremos da solidariedade de todos os tipos de amigos.

3. Falar de amigos, a muitos provoca risadas.
É que existe o egoísmo selvagem, a falta de educação, a arrogância e
o desdém. Razão porque muitos idosos já chamam aos Lares os
“salões dos recusados”, porque
falta-lhes os amigos.

5. Todo o homem precisa de amigos. Mas os amigos conquistam-se,
cultivam-se. E cuidado: os amigos não são aqueles que circulam à
nossa volta ou que nos sorriem pelo que temos. Amigos, são
aqueles que nos valorizam pelo que somos.

7. Podemos fazer da vida como que um monte de crosta
queimada ou um jardim com as mais belas flores. Compete
a cada um saber semear amigos. Só basta ser sincero: ter
coração e se fale de forma que os outros sintam o que nós
próprios sentimos.
E isso é justo!

9. Pelo comportamento e pelos actos de cada homem, podemos
concluir se possuímos bons ou banais amigos, maus ou
hipócritas amigos. Mas na desgraça, na velhice e na morte,
temos de ser solidários com os banais, os maus e os hipócritas
amigos.

11. Há quem viva distraído. E o homem que parou, para ver em
que terminavam as coisas, não passa de um jogador no vácuo.
É que pode verificar mais tarde que perdeu demasiado tempo e,
tão atrasado está, que jamais é ou tem amigos.

13. Recusa certas sabedorias e sabe tudo que puderes de Deus e do
que Ele espera de ti. Verás depois que jamais sofres e terás Luz;
jamais serás escravo ou amo; jamais fugirás e, quanto a amigos, tê-
los-ás sempre, garanto-te!

15. São sempre para estudar, os amigos silenciosos ou os que
vivem nas sombras. Não sejas inocente ou demasiado
vivaço.
É que uns amigos parecem garrafas pretas, onde não se vê
o conteúdo; outros, tanto mais duvidosos, parecem balas
sob a alça: picam, e só depois se sente o furo.

17. Os amigos e os inimigos, são pessoas de terrenos opostos,
que facilmente se sentem no coração ou nas sobrancelhas,
causando rugas e reacções em todo o nosso ser.
Logo, convém recordar que ambos, jamais florescerão na
mesma horta.
Artur Soares
Escritor d’Aldeia- Braga, Portugal
(O autor não escreve segundo o novo acordo ortográfico)

19. Formatação e Criação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Texto: Artur Soares
E-mail: soaresas@sapo.pt
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Henry Pollack Amigos Para Sempre Violino
http://www.slideshare.net/luziagabriele
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Data : 25 de Março de 2019
Fortaleza-Ceará-Brasil