poesia

4. Ao olhar o tempo filtrado através da
cortina,
vejo apenas uma nesga de luz, um
pedaço
azul e cinza enquanto chove.

6. Nele vejo refletido seu rosto como se
o céu
fosse não outro espaço mas um simples
espelho de tudo quanto perdemos.

8. Assim, desfaço minha mortalha puxando
o fio um a um, desmanchando antigas
dores
e guardando essa linha interminável
como um
novelo imenso e valioso, do meu eterno
passado...

10. Como as estações que cumpri seus
milagres,
brotarei em primavera reconciliando com
a vida que tanto aplacou minhas idas e
vindas.

12. Sei que nunca voltará fechou os
olhos
e o anjo da morte desceu e o
levou.
Às vezes, penso que jamais vou
morrer
...esse é meu castigo.

14. Ao olhar o tempo filtrado através da
cortina,
vejo apenas uma nesga de luz, um pedaço
azul e cinza enquanto chove.
Nele vejo refletido seu rosto como se o
céu
fosse não outro espaço mas um simples
espelho de tudo quanto perdemos.
Assim, desfaço minha mortalha puxando
o fio um a um, desmanchando antigas
dores
e guardando essa linha interminável como
um
novelo imenso e valioso, do meu eterno passado...
Como as estações que cumpri seus milagres,
brotarei em primavera reconciliando com
a vida que tanto aplacou minhas idas e vindas.
Sei que nunca voltará fechou os olhos
e o anjo da morte desceu e o levou.
Às vezes, penso que jamais vou morrer
...esse é meu castigo.
Marcia Portella
Goiânia – Goiás –
Brasil
23/09/2018
Enovelando

15. Formatação e Criação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Texto: Marcia Portella
http://marciaportellago.blogspot.com
http://www.pinterest.com/marciaportella4/
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Ernesto Cortazar Ballerina Piano
http://www.slideshare.net/luziagabriele
https://www.youtube.com/channel/UCAdCeCGHGTxtxQs
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Data: 07 de Agosto de 2023
Fortaleza-Ceará-Brasil