SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 96
Baixar para ler offline
• POLOS AUTOMOTIVOS: 
O MAPA DA PRODUÇÃO 
• LANÇAMENTO: CHEGAM 
KA, SANDERO E TROLLER 
• ZF MOSTRA A LEVEZA NA 
MANOBRA DOS PESADOS 
Automotive AGOSTO DE 2014 
A GUERRA 
ANO 6 • NÚMERO 28 
DAS AUTOPEÇAS 
O INOVAR-AUTO LEVA O SETOR AUTOMOTIVO AO MOMENTO DE 
MAIOR TRANSFORMAÇÃO E PROVOCA UMA DISPUTA ACIRRADA ENTRE 
COMPONENTES NACIONAIS E IMPORTADOS NAS LINHAS DE PRODUÇÃO
TANQUE METÁL I CO: A S O LUÇÃO DO FUTURO. 
A m a n e i ra d e p e n s a r o m u n d o e stá s e m p re em 
t ransformação, ex i g i n d o s o l u çõe s d i feren c i a d a s . 
A i d e i a q u e n o s m o v e é c o n s t r u i r, co m a n o s s a 
tecnologia, um futuro cada vez melhor para o nosso 
país e para o mundo.
:LILILYUqVKPYPQH NYWVaJVTIY 
AETHRA 
S I S T E M A S AUTOMOT IVOS 
Tecnologia de Vanguarda
ÍNDICE 
4 • AutomotiveBUSINESS 
A GUERRA DAS 
AUTOPEÇAS 
No momento de maior transformação, 
provocado pelo programa Inovar-Auto, o 
setor automotivo muda seu perfil enquanto 
assiste a uma disputa acirrada entre 
autopeças nacionais e importadas nas 
linhas de montagem 
8 FERNANDO CALMON 
ALTA RODA 
Para disciplinar o tráfego 
10 NO PORTAL 
12 CARREIRA 
16 NEGÓCIOS 
36 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
O AVANÇO DO RFID NAS FÁBRICAS 
Tecnologia localiza peças 
40 POLOS AUTOMOTIVOS 
A GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO 
Novas montadoras e fornecedores 
78CAPA | INDÚSTRIA 
PROJETO FOTON, em 
Guaíba (RS), dá prioridade aos 
parceiros chineses 
ARQUIVO FOTON 
N 
p 
se 
a 
a 
li 
LUIS PRADO
AutomotiveBUSINESS • 5 
AUTOPEÇAS 
82 Aftermarket 
84 Fundidos 
85 Forjados 
86 Estampados 
87 Interiores 
88 Rolamentos 
89 Transmissões//eixos 
90 Turbos 
92 Arrefecimento 
46 TECNOLOGIA 
A LEVEZA DOS PESADOS 
Manobra por controle remoto 
50 CAMINHÕES 
ANO DE DIFICULDADES 
Fabricantes à espera da retomada 
54 MÉXICO 
DESTAQUE NOS INVESTIMENTOS 
Produção em alta, mercado reduzido 
58 VEÍCULOS 
O NOVO FORD KA 
Pacote completo e bom preço 
62 INDÚSTRIA 
A ARRANCADA DA TROLLER 
Fábrica recebeu R$ 215 milhões 
66 LANÇAMENTO 
RENAULT CAPRICHA NO SANDERO 
Carro fica melhor até no preço 
70 FÁBRICA 
INAUGURAÇÃO DA CHERY 
Primeira montadora chinesa no País 
72 WORKSHOP 
O PLANEJAMENTO DE 2015 
As dicas dos especialistas 
94 COBIÇA 
LAR HI-TECH 
A ajuda dos eletrônicos 
O ZF INNOVATION TRUCK 
é um exemplo de integração 
de tecnologias existentes que 
projetam o futuro 
ARQUIVO ZF 
ARQUIVO FORDTROLLER 
ARQUIVO DELPHI
EDITORIAL 
Paulo Ricardo Braga 
Editor 
paulobraga@automotivebusiness.com.br 
BUSCA DE IDENTIDADE 
6 • AutomotiveBUSINESS 
REVISTA 
www.automotivebusiness.com.br 
Editada por Automotive Business, empresa 
associada à All Right! Comunicação Ltda. 
Tiragem de 12.000 exemplares, com 
distribuição direta a executivos de fabricantes 
de veículos, autopeças, distribuidores, 
entidades setoriais, governo, consultorias, 
empresas de engenharia, transporte e logística 
e setor acadêmico. 
Diretores 
Maria Theresa de Borthole Braga 
Paula Braga Prado 
Paulo Ricardo Braga 
Editor Responsável 
Paulo Ricardo Braga 
(Jornalista, MTPS 8858) 
Editora-Assistente 
Giovanna Riato 
Redação 
Camila Franco, Mário Curcio, Pedro Kutney e 
Sueli Reis 
Editor de Notícias do Portal 
Pedro Kutney 
Colaboradores desta edição 
Alexandre Akashi, Gustavo Ruffo, Edileuza 
Soares, Rodrigo Lara, Sérgio Oliveira de Melo 
'HVLJQJUiÀFR 
Ricardo Alves de Souza 
RS Oficina de Arte 
)RWRJUDÀD_DSD 
Estúdio Luis Prado 
Publicidade 
Carina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves 
Atendimento ao leitor 
Patrícia Pedroso 
WebTV 
Marcos Ambroselli 
Comunicação e eventos 
Carolina Piovacari 
Impressão 
Margraf 
Distribuição 
MTLOG 
Administração, redação e publicidade 
Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 
04082-001, São Paulo, SP, 
tel. 11 5095-8888 
contato@automotivebusiness.com.br 
Em busca de componentes para se recompor, o Autobot da capa desta 
revista, um transformer que tem o poder de alternar a aparência como 
robô ou veículo, compartilha com a indústria automobilística brasileira a 
mesma dúvida: utilizar autopeças nacionais ou importadas? O dilema, 
no mundo real, está em encontrar um ponto de equilíbrio saudável 
entre o emprego de componentes nacionais e importados na produção 
dos veículos e, ao mesmo tempo, atender o ambicioso programa de 
rastreabilidade, que demonstra a origem das partes para efeito de 
recolhimento de impostos. 
De um lado, as autopeças importadas, aparentemente no papel de vilãs, 
podem significar redução de custo e opção por conteúdo tecnológico 
avançado, já disponível nas prateleiras; de outro, o uso de autopeças 
nacionais representa a tábua de salvação para os fornecedores locais, que 
têm assistido a uma verdadeira invasão de peças fabricadas no exterior. 
A disputa pelo mercado de autopeças, que mexe com a identidade das 
empresas do setor, tem peso expressivo e a balança comercial setorial acusa 
déficit da ordem de US$ 10 bilhões anuais. A aposta na reversão desse 
quadro desfavorável vem do programa Inovar-Auto, que estimula o produto 
nacional, por meio da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI). A matéria de capa desta edição ilustra essa questão e estende-se pela 
análise setorial de forjados, fundidos, estampados, interiores, rolamentos, 
transmissões, eixos, turbos e componentes para arrefecimento. 
Matéria de fôlego, fruto de levantamento conduzido pelo jornalista 
Gustavo Ruffo, revela o avanço dos polos automotivos, definindo sua 
vocação e principais sistemistas. Por meio do jornalista Sérgio Oliveira, 
brasileiro que reside no México, avaliamos a evolução da indústria 
automobilística daquele país que, embora tenha um mercado interno 
limitado, vai se equiparando ao Brasil na produção de veículos. 
Voltamos à carga com a análise do segmento de caminhões, que ainda 
espera pela recuperação das vendas no mercado interno. Outro destaque 
vai para o lançamento de veículos nacionais, com a avaliação do Troller 
T4, Sandero e Ford Ka. Reservamos também espaço para descrever a 
experiência do editor Pedro Kutney, do Portal Automotive Business, em 
extensa sessão para conhecer as novas tecnologias da ZF na Alemanha 
como forma de otimizar o desempenho de veículos pesados. 
Até a próxima edição.
Na Stock Car é cada um por si. 
E Mobil Super por todos. 
Mobil Super, o lubrifi cante 
de todas as equipes da Stock Car. 
mobil.cosan.com 
/cosan.mobil 
Encontre também em: BA - Espaço do Óleo Navega (47) 3319-5707; CE - Da Nóbrega (85) 3494-3737; DF - Mega Lub (61) 3361-5023; PI - Edi Serviços 
Automotivos (86) 3232-7617; PR - Luciano Mendes (41) 3086-0072; RJ - Jotas ZR (Truck Car) (21) 2415-0651; SP - Giacomin  Cia Ltda. (19) 3834-2002. 
Mobil e Mobil Super são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation ou uma de suas subsidiárias, utilizadas por Cosan Lubrifi cantes e Especialidades S.A., ou uma de suas 
subsidiárias, sob licença. Outras marcas ou nomes de produtos utilizados neste material são de propriedade de seus respectivos donos.
8 • AutomotiveBUSINESS 
LUIS PRADO 
FERNANDO CALMON é 
jornalista especializado na 
indústria automobilística 
fernando@calmon.jor.br 
Leia a coluna Alta Roda 
também no portal 
Automotive Business. 
PATROCINADORAS 
disciplinar o tráfego de 
superfície. Uma vem de 
Celso Franco, que já dirigiu 
o antigo Departamento de 
Trânsito do Rio de Janeiro. 
Ele propôs, há mais de 
cinco anos, um estímulo 
indireto para que pessoas 
partilhem seus carros em 
caronas. O pedágio urbano 
de R$ 50,00/mês isentaria 
quem se voluntariasse 
ao transporte solidário. 
Mais recentemente, a 
americana Uber lançou 
um aplicativo, já em 30 
países, para que pessoas 
oferecessem caronas 
mediante pagamento. 
Isso despertou a ira dos 
taxistas em cidades 
europeias e também no Rio 
e São Paulo. Difícil é banir 
aplicativos desse tipo. 
Outra proposição vem 
do consultor ambiental 
e transporte sustentável 
Olímpio Álvares, que 
apresentou o conceito do 
pedágio urbano inteligente 
(PUI) para a capital 
paulista em substituição 
ao rodízio (bom frisar). 
A tarifa média seria de 
R$ 7,00/dia ou 50% do 
que se cobra em Milão, 
que tem regulamentação 
complexa e várias 
exceções. Sua vantagem: 
limitar cobrança aos eixos 
de trânsito congestionados 
e apenas se a velocidade 
da via ficasse abaixo 
de um limite regulado. 
Aplicativos para celulares 
que traçam rotas 
alternativas ajudariam a 
aproveitar de modo mais 
racional as vias. 
Álvares acredita numa 
implantação gradativa 
do PUI que poderia ser 
proporcional ao valor 
do IPVA e consumo/ 
emissões de cada veículo. 
Seus cálculos apontam 
arrecadação para 
construir, anualmente, 
7 km de metrô ou 
100 km de BRT (corredor 
de ônibus avançado, não a 
enganação de faixas 
do lado direito). 
O grande problema 
de qualquer solução 
que envolva mais um 
imposto disfarçado, como 
pedágio urbano, é garantir 
dinheiro carimbado para 
o transporte coletivo que 
realmente funciona: metrô 
ou monotrilho. Soluções 
de superfície apresentam 
sérias limitações pelo 
crescimento desordenado 
das cidades brasileiras. 
Outro ângulo a 
coluna sempre enfatiza. 
Fabricação de veículos 
responde por 5% do 
PIB brasileiro e 12% dos 
impostos arrecadados, 
sem contar a derrama que 
continua ao longo da sua 
vida. Portanto, há dinheiro 
de sobra para mobilidade 
urbana, não aplicado por 
má gestão administrativa 
e política dos recursos. 
Ninguém deve se sentir 
culpado por usar um carro 
para ir ao trabalho. 
Um debate que 
mais cedo ou mais 
tarde acontecerá 
no Brasil é a maneira 
de utilizar, de forma 
mais racional, as vias de 
superfície nas grandes 
cidades. Ideias surgem 
no rastro de soluções 
implantadas em outras 
áreas metropolitanas no 
mundo. Pedágio urbano 
não é novidade, 
mas sua aplicação 
pode-se reconhecer como 
bastante restrita. Apenas 
Cingapura, Londres, Milão 
e Estocolmo cobram 
para que cidadãos 
motorizados adentrem o 
centro histórico. Em geral 
usa-se o sofisma de taxa 
de congestionamento. 
Roma impõe restrições 
de acesso, sem cobrança. 
Outras, como Cidade 
do México, proíbem 
circulação de veículos 
poluidores, mais antigos. 
Há exemplos de pagar 
para uso em algumas 
vias expressas (Santiago) 
ou túneis (Nova York). 
O que parece realmente 
pouco inteligente é limitar 
a circulação, sem fins 
ambientais, por meio de 
finais de placas, como 
acontece em São Paulo. 
Essa ideia, de tão ruim, se 
limita à capital paulista, 
mas alguns espertos a 
“venderam” para 
Bogotá e Caracas. 
Existem algumas 
propostas brasileiras para 
ALTA RODA 
USAR SEM CULPA
FERNANDO CALMON 
AutomotiveBUSINESS • 9 
HONDA prepara uma 
surpresa aos apreciado-res 
de SUVs compac-tos, 
antecipa a coluna. 
Em meados de 2015 já 
terá em produção o Ve-zel 
(com outro nome) na 
fábrica atual de Suma-ré 
(SP), sem esperar con-clusão 
da nova unidade 
de Itirapina (SP), no final 
do próximo ano. Quando 
esta ficar pronta, produ-zirá 
o CR-V em Sumaré. 
MOTOR do BMW 320i 
demonstra: turbocom-pressor/ 
injeção direta é a 
melhor combinação pos-sível 
para o etanol. Em-bora 
não tenha alterado 
valores de potência (184 
cv) e torque (27,6 mkg.f), 
a diferença com etanol 
aparece em acelerações 
de retomada, principal-mente, 
além de pequena 
melhora no consumo em 
relação à gasolina. Inex-plicável 
é o sistema des-liga- 
liga o motor ser ini-bido, 
quando se usa eta-nol. 
PESQUISA da J.D. 
Power com consumido-res 
nos EUA aponta mau 
funcionamento de al-guns 
comandos de voz, 
que avançam nos siste-mas 
avançados de mul-timídia. 
Possivelmente 
por interferências de ruí-dos 
normais do veículo e 
vozes a bordo. Para me-lhorar 
essa deficiência, a 
Ford deslocou do rádio 
para o teto o microfone no 
novo Ka. 
GRUPO PSA Peugeot 
Citroën decidiu importar 
toda a linha DS da China. 
Os carros estarão no Sa-lão 
do Automóvel de São 
Paulo, começando pelo 
DS5 com motor turbo de 
1,8 l/200 cv. Preços serão 
realmente competitivos. 
Grupo francês enquadrou 
a linha DS como nova 
submarca, sem ligação à 
Citroën ou à Peugeot. 
PARA quem achava que 
no Brasil sempre se ganha 
dinheiro fácil vendendo au-tomóveis 
precisa ver balan-ços 
regionais das compa-nhias. 
Ford perdeu quase 
US$ 300 milhões neste se-gundo 
trimestre, na Améri-ca 
do Sul, onde o País re-presenta 
quase 2/3 do fatu-ramento. 
GM também es-tá 
no negativo. Fiat já ha-via 
registrado queda de lu-cro 
de 80% em 2013 e ago-ra 
mais 23%. 
MINI Cooper S exibe de-sempenho 
nem um pou-co 
minúsculo. Nova gera-ção 
do modelo inglês tem 
motor turbo 2 litros/192 cv, 
mas o torque impressiona 
muito: 30,6 kgf.m a apenas 
1.250 rpm. O interior ga-nhou 
espaço atrás e o no-vo 
quadro de instrumentos 
ficou bem melhor. Suspen-são 
é firme um pouco além 
da conta (para o piso bra-sileiro), 
mesmo na regula-gem 
suave. 
APESAR de problemas 
em alguns mercados, Gru-po 
VW prevê vender pela 
primeira vez mais de 10 mi-lhões 
de unidades no mun-do 
este ano. A Toyota tam-bém 
projeta romper essa 
barreira. Briga pela lideran-ça 
mundial está acirrada, 
mas projeções de analistas 
apontam tendência de os 
alemães chegarem ao topo 
em 2014, quatro anos an-tes 
da meta anunciada. 
SINDICATO de servido-res 
federais da área de ci-ência 
e tecnologia do se-tor 
aeroespacial apoiou 
a publicação de um livro 
sobre a história de de-senvolvimento 
do mo-tor 
a álcool no Brasil. De 
autoria de Fernanda An-drade, 
reporta com por-menores 
e documentos 
o esforço desde 1975 do 
professor Urbano Stum-pf 
e sua equipe do então 
Centro Técnico Aeroes-pacial, 
de São José dos 
Campos (SP). 
GOVERNO FEDE-RAL 
adiou por dois 
anos os rastreadores em 
veículos à venda no Bra-sil 
não apenas por difi-culdades 
técnicas. Há 
duas ações na Justiça 
questionando quanto 
ao direito de privacida-de. 
Por outro lado, cerca 
de 200 empresas ofere-cem 
o serviço. Quem se 
interessar estará servido. 
Não tem sentido impor 
esse acessório. 
DIVULGAÇÃO 
RODA VIVA 
BMW 320I: 
turbocompressor/injeção 
direta é a melhor 
combinação para 
o etanol
AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR 
EXPORTAÇÕES COMPENSAM 
QUEDA NA 
VOLVO BUS 
A divisão de ônibus 
da Volvo no Brasil 
enfrenta a baixa do 
mercado com um 
reforço nas exportações. A companhia 
estima a venda de 800 unidades 
em outros países em 2014, a maior 
parte para a Colômbia. Com isso a 
montadora deve manter este ano o 
nível de produção registrado em 2013 
na planta de Curitiba (PR), próximo 
de 3,2 mil unidades, apesar de ter 
reduzido a atividade na fábrica para 
apenas um turno de trabalho desde 
agosto do ano passado. 
SCANIA DESENVOLVE 
pesados no País, motivada pelo 
enfraquecimento da economia, 
a Scania aproveita a expertise 
com produtos customizados para 
fechar novos negócios. A empresa 
entregou o primeiro lote de 33 
caminhões de combate a incêndio 
aeroportuário, desenvolvidos 
em parceria com a Lavrita 
Engenharia, para a Secretaria 
de Aviação Civil. 
www.automotivebusiness.com.br/abtv 
CAMINHÃO 
PARA 
AEROPORTOS 
Diante da 
retração nos 
licenciamentos de 
EXCLUSIVO REDES SOCIAIS 
QUEM É QUEM 
A ferramenta exclusiva e 
gratuita traz os contatos 
de quem comanda o setor 
automotivo. 
automotivebusiness.com.br/ 
quemquem.aspx 
10 • AutomotiveBUSINESS 
ESTATÍSTICAS 
Acompanhe a evolução 
das estatísticas das 
principais organizações 
do setor. 
automotivebusiness.com.br/ 
estatisticas.aspx 
TWITTER 
Siga o Portal AB na rede 
social e acompanhe os 
links e novidades postados 
pela nossa equipe. 
@automotiveb 
PINTEREST 
Acompanhe os painéis 
com as principais 
novidades do Portal, 
Revista e AB webTV. 
pinterest.com/automotiveb 
MOBILE WEBSITE 
Formato leve e adequado 
para quem acompanha 
as notícias pelo 
smartphone ou tablet. 
m.automotivebusiness.com.br 
WEB TV 
MOTOS GRANDES E 
SCOOTERS 
GANHAM 
ESPAÇO 
Em movimento 
contrário ao do 
mercado de motos 
como um todo, a venda de scooters e 
de modelos de alta cilindrada cresceu 
no primeiro semestre de 2014. De 
janeiro a junho foram repassados 
das fábricas aos concessionários 20,4 
mil scooters, alta de 31,8% sobre 
igual período de 2013. No caso das 
motocicletas acima de 450 cc, as 25,5 
mil unidades repassadas na primeira 
metade do ano resultaram 
em crescimento de 11,5%. 
PORTAL | AUTOMOTIVE BUSINESS 
MULHERES AUTOMOTIVAS ENTREVISTA 90 SEGUNDOS 
VALTER 
PIERACCIANI 
E ALFONSO 
ABRAMI, da 
Pieracciani 
Consultoria, avaliam os desafios 
e vitórias do Inovar-Auto 
RENATA PERUCCI, 
gerente-executiva 
de caminhões 
da Scania Latin 
America, revela 
os desafios de trabalhar no 
segmento de veículos pesados 
Descubra em 
um minuto e 
meio os fatores 
que devem ser 
levados em conta 
no momento de fazer o 
planejamento de 2015
LUMIA 
UNIDADE SUL 
Caxias do Sul - RS 
Telefone: (54) 2101.3800 
coventya.rs@coventya.com.br 
www.coventya.com.br 
UNIDADE SUDESTE 
São Paulo - SP 
Telefone: (11) 4055.6600 
coventya@coventya.com.br 
Ecologicamente correta 
Suporte técnico mundial 
3 unidades no Brasil 
UNIDADE INTERIOR 
Sumaré - SP 
Telefone: (19) 3922.8423 
coventya.spi@coventya.com.br 
Beyond the Surface 
Alta tecnologia química 
Constante inovação de processos 
Foco em Pesquisa e Desenvolvimento 
333 
333 
A constante inovação é uma das forças do Grupo COVENTYA, que fundamenta-se 
no desenvolvimento de processos de alta tecnologia e ambientalmente corretos. 
O grande objetivo da equipe mundial de PD é assegurar soluções e processos 
que venham a garantir a parceria ideal para um negócio de sucesso.
CARREIRA 
MILTON REGO: 
ABAL BUSCA NOVA VISÃO PARA 
SEGMENTO DE METALURGIA 
AUTOMOTIVE BUSINESS – Por 
que decidiu se juntar à Abal? 
MILTON REGO – O convite foi 
feito meses atrás. O processo todo 
foi um pouco longo, o que seria 
esperado em uma associação que é 
presidida por um conselho. A Abal 
tem buscado profissionais de fora 
de um setor específico, o que acho 
oportuno, por trazer a possibilidade 
de incorporar uma nova visão ao 
segmento de metalurgia. 
AB – Quais serão seus principais 
desafios na nova função? 
MR – Estão relacionados com 
a competitividade da cadeia. A 
indústria do alumínio, assim como 
a automotiva, está pressionada por 
importações de asiáticos ao mesmo 
tempo em que perde exportações. 
Está muito oneroso produzir no Brasil 
e isso tem de ser enfrentado, pois o 
alumínio é um insumo estratégico 
para os principais segmentos da 
economia. Seu consumo cresce em 
ritmo maior do que o do PIB. 
AB – Como aumentar o uso 
do alumínio na indústria 
automobilística? 
MR – O Brasil está muito atrás na 
utilização de alumínio. Na Europa 
e nos Estados Unidos, a média 
está entre 140 e 170 quilos por 
veículo, enquanto estamos em um 
terço desse valor. A tendência de 
substituição por materiais mais leves 
e resistentes, como o alumínio, é 
inevitável nesta indústria, que têm 
objetivos desafiadores de 
eficiência energética. Q 
EXECUTIVO, QUE 
TROCOU A DIRETORIA 
DE COMUNICAÇÃO 
CORPORATIVA E 
RELAÇÕES EXTERNAS DA 
CNH INDUSTRIAL PELA 
PRESIDÊNCIA EXECUTIVA 
DA ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DO 
ALUMÍNIO, APONTA OS 
NOVOS DESAFIOS 
CAMILA FRANCO 
EXECUTIVOS 
AUDI – Contratou Herlander Zola (foto 1), ex-BMW, para a nova diretoria de marketing que ajudará a expandir 
a marca no País. 
NISSAN – Murilo Moreno (foto 2), deixa a diretoria de marketing da montadora e é substituído interinamente 
por Arnaud Charpentier, diretor de desenvolvimento de rede e satisfação do cliente. 
PEUGEOT – Companhia tem novo diretor geral para o Brasil. O chileno Miguel Figari (foto 3) está no lugar de 
Frédéric Drouin, transferido para a Suíça pelo Grupo PSA. 
SCANIA – Anuncia diretor-geral de operações comerciais. Mathias Carlbaum (foto 4), que atuava na região 
Ibérica, assume no lugar de Roberto Leoncini, agora na Mercedes-Benz. 
VOLKSWAGEN – Osmair Garcia (foto 5) é o novo VP de finanças, em substituição a Carsten Isensee, 
que foi para China. Ivan Segal (foto 6) assumiu a diretoria de vendas no lugar de Jochen Funk, que retorna à 
Alemanha. Ronaldo Znidarsis (foto7) ficou com a direção de desenvolvimento de rede e veículos comerciais 
leves, enquanto Dieter Strass terá novas funções na empresa.
SABE O QUE É FREIO MOTOR 
MAIS POTENTE DA CATEGORIA? 
É DAF XF105. Mais potência com menor consumo de combustível. 
Frenagem com estabilidade em baixa e alta velocidades. Freios a tambor 
nos eixos frontal e traseiro que garantem excelente desempenho na estrada. 
• Motor PACCAR MX de 12,9 litros. 
• Freio motor de 430 CV a 2.100 rpm. 
• Disponível nas configurações 410 e 460 CV, 6x2 e 6x4. 
• Cabine com amplo espaço interno e extremo conforto. 
• Exclusiva trava de segurança Night Lock. 
• Farol com lentes Lexxan, mais resistente a impactos. 
DAF é outra categoria. 
Cinto de segurança salva vidas. 
DRIVEN BY QUALITY 
TRUCKS | PARTS | FINANCE 
WWW.DAFCAMINHOES.COM.BR 
EUROPEU 
MADE 
IN BRASIL 
EUROPEU 
FABRICADO 
NO BRASIL 
F I N A N C I A M E N T O FINAME
NEGÓCIOS 
O INOVAR-AUTO É O PRIMEIRO PASSO, NÃO É UMA OBRA 
ACABADA E É MUITO MAIS COMPLEXO DO QUE SE VISLUMBRA 
QUANDO SE ESCREVE O PROJETO. ESPERO QUE AO FIM DESTE 
BALANÇO TENHAMOS ESSA CLAREZA DE QUE AVANÇAMOS 
EM UM ANO, MAS AINDA HÁ MUITO A SER FEITO 
COMPACTO 
SUZUKI SWIFT ESTÁ DE VOLTA AO BRASIL 
TECNOLOGIA 
16 • AutomotiveBUSINESS 
A Suzuki volta a trazer ao Brasil 
o compacto Swift, importado 
anteriormente nos anos 1990. O 
carrinho chega em duas versões, 
Sport, por R$ 74.990, e Sport R, 
com preço sugerido de R$ 81.990. 
As duas são equipadas com o 
motor 1.6 a gasolina, de quatro 
cilindros e 142 cavalos. O câmbio 
é manual de seis marchas. O Swift 
mede 3,89 metros e tem recursos 
eletrônicos para segurança como 
programa de estabilidade (ESP) 
combinado a controle de tração, 
que podem ser desativados. 
O interior inclui bancos em forma 
de concha, sistema de partida 
sem chave, ar-condicionado digital 
automático, comandos de áudio, 
Bluetooth e piloto automático no 
volante, além de som com 
CD player e entrada USB. 
PONTO DE VISTA 
MARGARETE GANDINI, do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), 
ao falar do desafio de desenvolver o Inovar-Auto durante apresentação no Simea, 
simpósio de engenharia automotiva promovido pela AEA em agosto. 
NOVO UNO É O 1º CARRO 
BRASILEIRO COM START-STOP 
A nova geração do Fiat Uno chegou ao mercado no início de 
setembro com o título de primeiro carro brasileiro equipado 
com start-stop, tecnologia que desliga e liga o motor automatica-mente 
em pequenas paradas, como no semáforo, por exemplo. 
Fornecido pela Bosch, o sistema promete redução no consumo 
de combustível de 20% e até então só estava disponível nos carros 
importados. Aparentemente, a estratégia é uma das armas da fa-bricante 
para alcançar a melhoria de eficiência energética exigida 
no Inovar-Auto. A novidade vem de série na versão Evolution do 
carro, equipada com motor 1.4. 
SUZUKI / SERGIO CHVAICER 
DIVULGAÇÃO / FIAT
NEGÓCIOS 
QUEDA 
BRASIL PERDE UMA 
POSIÇÃO ENTRE 
MERCADOS GLOBAIS 
A contração de 7,3% nas vendas de automóveis e comerciais 
leves no primeiro semestre de 2014 puxou o Brasil para 
baixo no ranking dos maiores mercados globais. O País ficou 
na quinta posição, atrás da Alemanha, que subiu para a quarta. 
Os números foram divulgados pela Jato Dynamics, que 
levou em conta dados de 27 países. A China permaneceu na 
liderança global, com mais de 10 milhões de emplacamentos 
entre janeiro e junho. 
FUSÃO 
FEDERAL-MOGUL COMPRA 
DIVISÃO DA HONEYWELL 
CRÉDITO 
GOVERNO INCENTIVA FINANCIAMENTOS 
18 • AutomotiveBUSINESS 
VENDAS DE VEÍCULOS LEVES 
1º SEMESTRE DE 2014 
País Emplacamentos 
1º China 10,15 milhões 
2º EUA 8,16 milhões 
3º Japão 2,97 milhões 
4º Alemanha 1,64 milhão 
5º Brasil 1,58 milhão 
6º Grã Bretanha 1,44 milhão 
7º Índia 1,43 milhão 
8º Rússia 1,22 milhão 
9º França 1,14 milhão 
10º Canadá 909,7 mil 
A fabricante de autopeças Federal-Mogul 
comprou da Honeywell Friction Materials 
FONTE: JATO DYNAMICS 
a unidade produtora de componentes de freios 
(pastilhas, sapatas e fluidos) das marcas Jurid e 
Bendix localizada em Sorocaba (SP). A operação 
permitirá à Federal-Mogul ampliar a atuação 
na América do Sul. Além do fornecimento às 
montadoras, a companhia reforçará presença 
no pós-venda e acredita em possibilidade de 
crescimento como consequência da implantação 
do programa Inovar-Auto. 
Para contornar o desaquecimento das vendas, Banco 
Central e Ministério da Fazenda adotaram medidas 
para estimular a concessão de crédito para a compra de 
veículos. Foram liberados mais R$ 10 bilhões do depósito 
compulsório dos bancos e houve redução das provisões 
de risco em R$ 15 bilhões. Dessa forma, R$ 25 bilhões 
foram injetados no mercado de financiamentos. 
O governo atacou também a falta de garantia dos 
bancos nesse tipo de contrato, já que havia dificuldade 
para retomar o veículo em caso de inadimplência. Será 
editada medida provisória para facilitar a recuperação do 
bem. A iniciativa atende pleito da Fenabrave, federação 
dos distribuidores de veículos. A entidade calcula que 
apenas 15% dos carros com pagamento atrasado são 
localizados e que, com o atual processo de retomada, 
as instituições levam, em média, 210 dias para reaver o 
bem. A mudança deve motivar o interesse das instituições 
financeiras em emprestar, com redução dos juros. 
DIVULGAÇÃO / FEDERAL-MOGUL
No trânsito, somos todos pedestres. 
Prevenir que 
acidentes aconteçam. 
Proteger as pessoas, 
caso eles ocorram. 
Direção livre de acidentes e lesões, acessível para veículos de todas as categorias e em todos os mercados do mundo, 
fazem parte dos objetivos do Grupo Continental ao desenvolver tecnologias inovadoras para a prevenção de acidentes de trânsito. 
Dirigir com segurança significa utilizar todos os dispositivos de segurança ativa para prevenir os acidentes. E, se não puder 
evitá-los, usar todos os dispositivos de segurança passiva para fornecer aos motoristas e passageiros a máxima proteção. 
www.continental-automotive.com
NEGÓCIOS 
COMERCIAL 
A Ford confirmou que vai parar de vender a Transit no 
Brasil. Desde 2008 a linha de vans era importada 
da Turquia. Ainda há estoque do modelo na rede de 
concessionárias da marca, que deve acabar nos próximos 
meses. O projeto inicial era lançar no Brasil ainda este 
ano a nova geração do veículo, mas a empresa decidiu 
PREFERIDA 
HYUNDAI É ELEITA A MELHOR PELOS PROPRIETÁRIOS 
A Hyundai Brasil, fabricante da família HB20, foi eleita a empresa com maior índice de satisfação entre proprietários 
de veículos novos no País. A conclusão é do estudo “Voss Brasil 2014 – Vehicle Ownership Satisfaction StudySM”, 
realizado pela J.D. Power. O levantamento avalia a experiência vivenciada por proprietários de veículos novos (12 a 
36 meses após a compra). Esta é a primeira vez que a Hyundai aparece no estudo. No segundo lugar entre as favoritas 
dos proprietários ficou a Toyota. Entre as marcas que obtiveram pontuações acima da média da indústria brasileira, 
encontram-se outras cinco asiáticas: Honda, Kia, Nissan, Mitsubishi, Hyundai-Caoa e uma europeia, a Volkswagen (738). 
ZERO EMISSÃO 
U m esportivo elétrico 
brasileiro poderá se tornar 
realidade nos próximos dois 
anos. O projeto da Electric 
Dreams, empresa instalada 
no polo tecnológico de São 
José dos Campos (SP), é de 
um carro com quatro motores 
adiar o projeto por causa das condições desfavoráveis do 
mercado. “Não vamos importar outro lote deste modelo 
e ainda não temos previsão de quando a nova geração 
chega ao Brasil”, admite o diretor de operações, Guy 
Rodrigues. Segundo ele, a alta do dólar também tornou 
inviável a continuidade das vendas da van. 
FORD 
INTERROMPE 
IMPORTAÇÃO 
DA TRANSIT 
BRASIL DESENVOLVE ESPORTIVO ELÉTRICO 
elétricos, um por roda, capaz 
de acelerar de 0 a 100 km/h em 
menos de três segundos, com 
velocidade máxima de 300 km/h. 
O desenvolvimento tem custo 
estimado em R$ 25 milhões. 
Desse total, R$ 6,3 milhões 
virão de um financiamento do 
BNDES concedido ao Centro de 
Pesquisa e Desenvolvimento em 
Telecomunicação (CPqD). Essa 
fundação criará a bateria e os 
inversores que serão utilizados 
pela fabricante do carro. 
A Electric Dreams contará 
com capital próprio, externo 
e subvenção da Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de 
São Paulo (Fapesp). O projeto 
foi aprovado pelo BNDES Fundo 
Tecnológico (BNDES Funtec). 
“Será um carro para um mercado 
de luxo, para pessoas que gostam 
de alto desempenho e recursos 
tecnológicos”, afirma o diretor da 
companhia, Fábio Guillaumon, 
sem revelar o preço estimado 
para o carro. Ele reconhece 
que o projeto parece anti-intuitivo 
(já que o natural seria 
levar os avanços obtidos a mais 
consumidores), mas acredita ser 
viável com a venda de cerca de 
20 unidades por ano. 
DIVULGAÇÃO / FORD 
MÁRIO CURCIO
NEGÓCIOS 
REESTREIA 
FORD FAZ NOVA INVESTIDA 
NO MERCADO COM SÉRIE F 
D epois de 
interromper a 
produção por quase 
três anos, a Ford 
volta a fabricar os 
caminhões da Série F 
em São Bernardo do 
Campo (SP). Segundo 
a montadora, o retorno 
da linha é resposta à 
demanda dos clientes, 
que não encontraram 
substitutos para o 
veículo. “Sinal claro da 
falta que a Série F fez 
foi a valorização dos 
veículos usados na revenda. O preço 
disparou”, conta Guy Rodriguez, 
diretor de operações 
da Ford Caminhões. 
A rede de 140 concessionárias da 
marca oferece agora três versões 
do caminhão: F-350, F-4000 4x2 
e F-4000 4x4, com preços que 
vão de R$ 101.290 a R$ 133.290. 
22 • AutomotiveBUSINESS 
A linha tem garantia total de 12 
meses e de 24 meses para o motor, 
sem limite de quilometragem. 
Há condição de compra com 
financiamento pelo Finame/BNDES 
e pelo Consórcio Ford. A expectativa 
é por maior demanda pelo F-350 
em regiões urbanas, principalmente 
autônomos interessados em baixo 
custo operacional. O 
F-4000 4x2, segundo 
a fabricante, deve 
ter uso misto, no 
campo e na cidade, 
por causa de sua 
robustez. Já o F-4000 
4x4 tem aplicações 
mais específicas 
como o segmento de 
manutenção (redes 
elétricas, telefonia, 
água, esgoto, 
aplicações rurais) e, 
segundo a Ford, vai 
atrair frotistas. 
Os veículos são equipados com 
motores 25% mais potentes quando 
comparados aos da geração anterior: 
2.8 de 4 cilindros, com até 150 cv de 
potência, fabricado pela Cummins 
com sistema SCR de pós-tratamento. 
O propulsor, segundo a montadora, 
é ainda compatível com diesel B20, 
combustível com 20% de biodiesel. 
GM ANUNCIA R$ 6,5 BILHÕES PARA O BRASIL 
D epois de encerrar aporte de R$ 5,7 bilhões em 
2013, a General Motors está pronta para nova 
etapa de investimentos no Brasil. Em reunião com 
a presidente Dilma Rousseff, a CEO da organização, 
Mary Barra, anunciou que serão aplicados R$ 6,5 
bilhões de 2014 a 2018. O foco estará no desenvolvi-mento 
de novos produtos, melhoria dos existentes e 
manutenção das instalações locais. “Estamos no Bra-sil 
há quase 90 anos e este é um importante mercado. 
Continuaremos por aqui. Nosso compromisso é de 
longo prazo”, declarou a executiva ao ser questionada 
sobre a situação atual do mercado brasileiro. 
Em comunicado, Jaime Ardila, presidente da 
GM América do Sul, detalhou que o “investimento 
permitirá à marca Chevrolet continuar a renovação 
de sua linha de automóveis com foco em tecnologia 
e qualidade. Outro grande propósito é elevar o 
porcentual de nacionalização dos componentes dos 
carros feitos no Brasil, numa ação que envolverá 
também fornecedores instalados no País”. Embora 
a montadora não revele quais novos produtos serão 
desenvolvidos localmente, sabe-se que está em 
andamento o Projeto Âmbar, carro de baixo custo 
encabeçado pela engenharia brasileira. 
INVESTIMENTO 
DIVULGAÇÃO / FORD
Para rodar com mais segurança, nosso país tem a força 
do aço Gerdau. A força da transformação. 
www.gerdau.com 
/gerdau /gerdausa 
O aço da Gerdau tem a força da transformação. 
A indústria automotiva vem evoluindo na construção de veículos mais 
H¿FLHQWHVFRQ¿iYHLVHVHJXURV6HPSUHDRVHXODGRRDoRGD*HUGDXVH 
WUDQVIRUPDHPSURGXWRVGHDOWDWHFQRORJLDTXHID]HPSDUWHGRVFDUURV 
FDPLQK}HVH{QLEXVTXHURGDPSHOR%UDVLOHSHORPXQGR
NACIONALIZAÇÃO 
SINOTRUK É HABILITADA AO 
INOVAR-AUTO COMO INVESTIDORA 
D epois de ter os planos abalados pelo Inovar-Auto, 
a fabricante de caminhões de origem chinesa 
Sinotruk dá sequência ao plano de se estabelecer 
no Brasil. A companhia foi habilitada no programa 
na categoria de investidora. Com isso, passa a ter 
direito à apuração de crédito presumido de IPI e 
poderá importar 312 caminhões da família A7 entre 
1o de agosto deste ano e 31 de janeiro de 2015 sem 
o adicional de 30 pontos porcentuais na alíquota. 
A fábrica brasileira da Sinotruk ficará em Lages 
(SC), com início da operação previsto para 2016. 
O investimento inicial será de R$ 300 milhões, com 
possibilidade de alcançar R$ 1 bilhão no médio prazo, 
segundo a empresa. 
DIVULGAÇÃO / SINOTRUK 
US$ 663 MILHÕES 
REMESSAS DE LUCROS DAS MONTADORAS ENCOLHEM 70% 
ARCELORMITTAL 
BONS RESULTADOS COM 
AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA 
DIVULGAÇÃO / ARCELORMITTAL 
A ArcelorMittal nem começou 
a fabricar no Brasil o Usibor, 
aço de alta resistência desenvolvido 
para a indústria automobilística, e já 
percebe aumento da demanda pelo 
material. Em 2011, quando passou a 
importá-lo da Europa, foram trazidas 
mil toneladas. Este ano, a previsão 
é de 12 mil a 13 mil toneladas. A 
partir de 2016, deverão ser fabricadas 
localmente 100 mil toneladas do 
Usibor por ano na unidade de São 
Francisco do Sul (SC), que recebeu 
investimento de US$ 15 milhões. 
Marcelo Federici, especialista em 
desenvolvimento de projeto automotivo 
da ArcelorMittal, conta que todas as 
montadoras instaladas no Brasil têm 
demonstrado interesse em utilizá-lo. 
“As empresas que ainda não decidiram 
pelo material no Brasil já o utilizam na 
Europa e nos Estados Unidos e, em 
questão de tempo, vão passar a usá-lo 
aqui.” Fiat, GM, Ford e Volkswagen 
já têm projetos com o aço. Duas 
empresas de autopeças instaladas no 
País também são clientes. E outras 
estão em negociação.(Camila Franco) 
C omo resultado direto da queda das vendas de 
veículos no mercado brasileiro, as remessas 
de lucros de dividendos das montadoras instaladas 
no País às suas matrizes no exterior despencaram. 
Dados do Banco Central mostram que, de janeiro a 
julho, os fabricantes remeteram US$ 663 milhões, 
com expressivo declínio de 70% em comparação ao 
mesmo período de 2013, quando foram enviados 
US$ 2,2 bilhões. Apesar do recuo, as montadoras 
representam este ano o quarto setor que mais 
enviou lucros ao exterior e surpreendem pelo fato de 
continuar a fazer remessas quando reclamam que a 
rentabilidade no País acabou como consequência da 
queda das vendas. (Pedro Kutney)
Mobil 1. 
/XEULÀFDQWHRÀFLDOGD3RUVFKH 
*7XSKDOOHQJH 
LÍDER MUNDIAL EM LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS. 
mobil.cosan.com 
Mobil, Mobil 1 e o ícone 1 são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation 
RXXPDGHVXDVVXEVLGLiULDVXWLOL]DGDVSRURVDQ/XEULÀFDQWHVH(VSHFLDOLGDGHV6$RX 
uma de suas subsidiárias, sob licença. Outras marcas ou nomes de produtos utilizados 
neste material são de propriedade de seus respectivos donos.
NEGÓCIOS 
SEGURANÇA 
CHEVROLET ONIX DECEPCIONA 
EM TESTE DO LATIN NCAP 
U ma nova bateria de testes de impacto do Latin NCAP 
evidenciou que a segurança é um ponto fraco do 
Chevrolet Onix. O modelo, equipado com airbag duplo, 
recebeu três de cinco estrelas possíveis no quesito proteção 
dos adultos. O desempenho foi pior quando avaliada 
a segurança das crianças transportadas: apenas duas 
estrelas. Alejandro Furas, diretor técnico do Global NCAP, 
admitiu ter ficado surpreso e desapontado com o resultado, 
já que a plataforma do hatchback é totalmente nova. 
Na mesma bateria de testes foram avaliados também 
26 • AutomotiveBUSINESS 
Chevrolet Spark fabricado na Coreia do Sul, Fiat 
Novo Palio feito na Argentina (tanto a versão com 
airbag vendida atualmente no Brasil quanto a sem o 
equipamento, que saiu de linha), além do Peugeot 208, 
produzido na fábrica da PSA em Porto Real (RJ). O 
Spark, que não é vendido no Brasil, teve avaliação ainda 
pior e não conquistou sequer uma estrela em proteção 
para adultos. O Palio com airbags obteve três estrelas. 
Já o modelo da Peugeot recebeu quatro estrelas em 
proteção para adultos e três para crianças. 
BRASMETAL: aços e conjuntos metálicos 
THYSSENKRUPP: forjados 
SCHULZ: fundidos 
NORTE FIOS: materiais não metálicos 
SANDVIK DO BRASIL: materiais indiretos 
VALLOUREC TUBOS: sustentabilidade 
AUTOPEÇAS 
ZF RECONHECE 
FORNECEDORES 
DA AMÉRICA 
DO SUL 
A ZF América do Sul promoveu 
o 11º encontro com seus 
fornecedores da região no dia 
26 de agosto, em São Paulo 
(SP). O evento reuniu 200 
convidados e premiou os seis 
parceiros que mais se destacaram 
no último ano em inovação 
tecnológica, competitividade e 
sustentabilidade. No encontro 
a companhia enfatizou ainda a 
necessidade de os fornecedores 
se prepararem para competir 
globalmente e para acompanhar o 
crescimento da companhia. 
MELHORES PARCEIROS DA ZF 
DIVULGAÇÃO / GLOBAL NCAP 
DIVULGAÇÃO / ZF
Volvo. Líder mundial em inovação, tecnologia e segurança.
NEGÓCIOS 
INVESTIMENTO 
HVCC INAUGURA 
1ª FÁBRICA NO BRASIL 
A Halla Visteon Climate Control 
(HVCC), empresa nascida 
em 2013 com a integração 
das operações de sistemas de 
climatização automotiva da Halla 
e Visteon, inaugurou sua primeira 
fábrica no Brasil e no Hemisfério 
Sul em agosto. A unidade, que fica 
em Atibaia (SP), é a 35ª planta da 
companhia no mundo e vai montar 
módulos de controle HVAC (sigla em 
inglês para aquecimento, ventilação 
e ar-condicionado), instalados 
atrás do painel dos carros. Os dois 
primeiros clientes no mercado 
brasileiro são Ford, que já era 
atendida pela Visteon, e a chinesa 
INCENTIVOS 
ZONA 
FRANCA DE 
MANAUS 
GARANTIDA 
POR MAIS 
50 ANOS 
O Congresso Nacional pror-rogou 
por mais 50 anos 
– até 2073 – os incentivos fiscais 
especiais para a Zona Franca de 
Manaus (ZFM). A política tributária 
diferenciada do restante do País, 
que garante custos de produção 
mais baixos na região, se encer-raria 
em 2023. As condições es-peciais 
foram instituídas em 1967 
pelo Decreto de Lei 288. 
PREMIUM 
CLASSE C: CLÁSSICO GANHOU REBELDIA 
28 • AutomotiveBUSINESS 
Chery, que inaugurou fábrica em 
Jacareí (SP). 
“O Brasil é estratégico para nosso 
crescimento, é o quarto maior 
mercado de veículos do mundo e 
abriga quase todos os fabricantes 
globais. Precisávamos desta 
fábrica para ser competitivos para 
nossos clientes instalados aqui”, 
afirma Yong-Hwan Park, presidente 
mundial HVCC. Apesar de estar no 
início das atividades, a companhia 
tem grandes expectativas de 
crescimento. “Atendemos muitos 
clientes que estão trazendo seus 
projetos globais para cá.” 
(Pedro Kutney) 
ASSISTA À 
REPORTAGEM 
O novo Mercedes-Benz Classe 
C chegou às concessionárias 
em agosto com o slogan “O 
clássico ganhou um toque de 
rebeldia”. O modelo tem quatro 
versões, com preços que variam de 
R$ 138,9 mil até R$ 189,9 mil. De 
fato, a frase tem tudo a ver com 
a quinta geração do automóvel, 
o mais vendido pela marca no 
Brasil e no mundo. O design ficou 
mais irreverente e houve mudança 
também na motorização. Além 
do propulsor 1.6 turbo de 156 
cavalos, o mesmo da geração 
anterior, há oferta do motor 2.0 
turbo de 184 cavalos. 
A estrutura do novo Classe 
C é totalmente nova, feita em 
grande parte de alumínio, além 
de contar com aços mais leves 
e resistentes. Comparado com o 
modelo antecessor, o conteúdo 
de alumínio aumentou de menos 
de 10% para quase 50%. Como 
resultado, o carro, que também 
ganhou direção elétrica no lugar 
da hidráulica, ficou 60 quilos mais 
leve, apesar de ter crescido 80 
milímetros na distância entre eixos 
e de estar 95 milímetros mais 
longo e 40 milímetros mais largo. 
A redução de peso deixou o sedã 
até 20% mais econômico. 
De agosto a dezembro a marca 
espera vender 2,5 mil unidades do 
novo Classe C, com média de 
500 unidades por mês. 
DIVULGAÇÃO / MERCEDES-BENZ / MALAGRINE
CONFIDENCIALIDADE: 
QUANDO O SIGILO É A MELHOR INFORMAÇÃO. 
Em um cenário dinâmico e de concorrência acirrada, a con¿dencialidade 
é essencial para a prestação de serviços em Pesquisa e Desenvolvimento. 
A MAHLE Powertrain garante o sigilo das informações estratégicas de 
cada cliente por meio de uma estrutura especialmente projetada, com 
acesso controlado, câmeras de monitoramento nos corredores, bloqueio 
visual nos laboratórios, identi¿cação de locais restritos e, acima de tudo, 
pro¿ssionais treinados e absolutamente comprometidos. 
www.mahlepowertrain.com
NEGÓCIOS 
EVENTO 
CONGRESSO FENABRAVE PÕE 
EM DISCUSSÃO DESAFIOS DA DISTRIBUIÇÃO 
C om o tema “Superação”, o 24o Congresso 
e ExpoFenabrave debateu os desafios dos 
concessionários entre 13 e 14 de agosto, em Curitiba 
(PR). Na abertura do evento o presidente da entidade dos 
distribuidores de veículos, Flávio Meneghetti, falou da 
necessidade de as redes renovarem as estratégias para 
encarar a nova realidade: mais marcas disputando o mesmo 
mercado que, ao menos este ano, deve encolher. Também 
voltou à carga contra um velho conhecido expediente das 
montadoras em época de vendas magras: o aumento das 
vendas diretas, que tiram rentabilidade dos concessionários. 
Segundo ele, este tratamento é inaceitável para os 
concessionários que “são ou deveriam ser os principais 
parceiros das montadoras”. O dirigente conta que o 
problema vem sendo discutido há mais de uma década sem 
solução. “Existe aqui um tremendo desequilíbrio comercial 
que temos de procurar nivelar em termos aceitáveis para 
todas as partes envolvidas”, defende. Nesse tom, Meneghetti 
cobrou das montadoras a oferta de condições para que 
as redes se mantenham financeiramente saudáveis. 
“Trabalhamos para que nossas marcas prosperem, mas, da 
mesma forma, queremos também prosperar nos realizando 
profissionalmente e remunerando nossos investimentos.” 
A Fenabrave também continua a enfatizar a 
necessidade de diversificar as receitas dos negócios. 
“As margens das vendas de novos vêm caindo e 
precisamos seguir o exemplo dos nossos colegas dos 
Estados Unidos”, apontou, lembrando a necessidade 
de investir na divisão de serviços e em vendas de 
TESTES 
CAMPO DE PROVAS DA GM COMPLETA 40 ANOS 
30 • AutomotiveBUSINESS 
usados. “Superação passa a ser a palavra de ordem para 
qualquer concessionário que queira sobreviver, se manter 
e prosperar nesse concorrido mercado”, determina. 
ESTOQUES 
A redução do ritmo de vendas chamou a atenção para a 
rápida evolução dos estoques. Meneghetti calcula que o 
nível de carros armazenados nas concessionárias atingiu 
pico de 54 dias em junho deste ano e vem caindo desde 
então. O executivo avalia que este volume continuará 
em queda, já que as montadoras têm adotado medidas 
para reduzir a produção. Há também a expectativa de 
crescimento de 5% das vendas no segundo semestre na 
comparação com o primeiro. Ainda assim, Meneghetti 
lembra que os distribuidores sustentam estoques 
elevados há bastante tempo. “Faz quase um ano que 
administramos volume de carros armazenados superior ao 
normal, que seria de 20 a 30 dias.” 
CONCESSIONÁRIAS NO BRASIL 
Meneghetti destacou a importância da distribuição 
automotiva para a economia brasileira. Segundo 
ele, o segmento movimenta 5,7% do PIB nacional 
e responde por 400 mil empregos diretos. “Somos 
responsáveis não só pela distribuição e venda, mas 
pela manutenção dos veículos que fazem o Brasil 
crescer e se desenvolver sobre rodas. Somos o 
principal elo entre a marca e seus consumidores”, 
reforçou. (Giovanna Riato) 
H á 40 anos a General Motors inaugurava em 
Indaiatuba (SP) o Campo de Provas da Cruz Alta, 
hoje um complexo com 16 pistas de testes totalizando 
42 quilômetros. A área total do terreno, uma 
fazenda adquirida em 1972, é de 2,7 mil hectares, 
o equivalente a 160 mil campos de futebol. A GM 
começou a tirar proveito da aquisição antes mesmo 
do champanhe da inauguração. 
“O primeiro carro testado aqui foi o Chevette, lançado 
em 1973. Ele rodava na pista de durabilidade acelerada, 
uma longa reta de terra batida”, afirma o diretor de 
performance, segurança e operação do campo de provas 
e laboratórios, Luciano Santos. “Atualmente, a GM gasta 
por ano cerca de US$ 10 milhões para manter o campo 
e atualizar os equipamentos”, diz. Hoje, a estrutura tem 
mais de 600 profissionais e desenvolve modelos para 
o Brasil e também para outros mercados distantes. “ 
(Mário Cúrcio)
CONFIANÇA PARA A VIDA REAL 
SOLUÇÕES DE PONTA A PONTA PARA A CADEIA AUTOMOTIVA 
Do tier 3 ao pós-venda, do carro novo ao usado, nossa expertise na indústria 
automotiva incorpora as melhores práticas do setor, entregando soluções 
que vão mantê-lo um passo à frente da concorrência. 
Ŷ Certificação compulsória de componentes automotivos de acordo com as 
Portarias do INMETRO (DCONF - Diretoria de Avaliação da Conformidade); 
Ŷ Laboratórios de última geração para testes e análises; 
Ŷ Certificação de veículos usados; 
Ŷ Serviços customizados: certificação de rede de concessionárias, auditorias de 
desempenho, auditorias processuais, auditorias de garantia de veículos, verificação 
dos incentivos e bônus e cliente mistério filmado ou por meio de relatórios. 
A SGS é líder mundial em inspeção, verificação, testes e certificação. Somos reconhecidos 
como referência global em qualidade e integridade. Com mais de 80 mil funcionários, 
a SGS opera uma rede de 1650 escritórios e laboratórios ao redor do mundo. 
SAIBA MAIS EM WWW.SGSGROUP.COM.BR OU LIGUE 11 2664-9595.
NEGÓCIOS 
PRODUÇÃO 
MANAUS CHEGA A 20 MILHÕES 
DE MOTOS HONDA 
A Honda comemorou a 
fabricação de 20 milhões de 
motocicletas em sua fábrica de 
Manaus (AM), a maior da montadora 
para veículos de duas rodas em todo 
o mundo. Ainda que utilize cerca de 
140 fornecedores, a unidade tem 
estrutura bastante verticalizada, que 
produz até mesmo as próprias rodas 
de aço estampado ou liga leve, 
bancos, escapamentos e peças de 
plástico injetado para os modelos 
de maior volume de produção. 
Inaugurada em 1976, a Honda 
de Manaus tem hoje dois grandes 
setores de montagem, HDA1 e 
HDA2. A sigla é Honda 
da Amazônia. 
O HDA1 tem quatro linhas, sendo 
a primeira delas a mais ágil do Brasil: 
uma moto a cada 26 segundos, 
quase 140 numa hora. O HDA2 foi 
inaugurado em 2010. Consumiu R$ 
90 milhões e elevou a capacidade 
total da fábrica de 1,5 milhão para 2 
milhões de motos por ano. 
O setor foi pensado para 
motonetas, scooters e fabrica peças 
de aço, alumínio e plástico para 
equipar esses pequenos veículos, 
como se fosse uma indústria 
menor dentro da outra. “O HDA2 
é todo climatizado e a montagem 
ocorre de modo sincronizado, 
32 • AutomotiveBUSINESS 
o que evita o fluxo de carrinhos 
com peças”, afirma o gerente-geral 
da unidade, Rômulo Feijão. 
Os chassis e os tanques recebem 
pintura a pó. Quadriciclos e 
motores estacionários também são 
produzidos no HDA2. 
A autonomia de Manaus não vem 
só da produção verticalizada, mas 
de um centro de desenvolvimento 
tecnológico (CDT) de R$ 20 milhões 
inaugurado em 2013. “Ele segue o 
conceito One Floor e a equipe está 
distribuída de acordo com o fluxo 
de desenvolvimento da motocicleta. 
São mais de 300 pessoas”, afirma 
o gerente-geral do CDT, Fausto 
Tanigawa. O desenvolvimento dos 
componentes pode ocorrer entre a 
equipe da fábrica e os fornecedores. 
A estrutura também atende 
demandas de diferentes mercados: 
“O suporte técnico para as outras 
fábricas da América do Sul é feito 
por aqui”, recorda Tanigawa. 
Mais recentemente, a fabricante 
investiu R$ 3,4 milhões para o 
lançamento da CG 150 Titan com 
freios CBS. Desse total, R$ 650 
mil foram aplicados na adequação 
da linha de montagem número 
1. A sigla CBS vem de Combined 
Braking System, em que a pressão 
no pedal de freio traseiro faz 
atuar também o dianteiro por um 
dispositivo hidráulico relativamente 
simples, com custo para o 
consumidor final de R$ 180. 
Em motos convencionais, os 
freios dianteiro e traseiro têm 
acionamento independente. O 
CBS não impede o travamento das 
rodas como o ABS, mas reduz as 
distâncias de parada em diferentes 
condições de uso dos freios. A 
vigésima milionésima Honda feita 
em Manaus foi uma Titan com CBS. 
(Mário Curcio) 
20ª milionésima Honda 
feita em Manaus foi uma 
Titan com freios CBS 
Com setor MVA2, fábrica 
elevou capacidade anual 
para 2 milhões de motos 
FOTOS: DIVULGAÇÃO / HONDA
Menos consumo de combustível, menos emissões e mais 
dinamismo. Depois de muitos anos de experiência como parceiros 
de engenharia da indústria automobilística, aprendemos a conciliar 
tendências aparentemente contrastantes. Desenvolvemos e 
fabricamos componentes de precisão e sistemas para motores, 
transmissões e chassis sob as marcas INA, FAG e LuK. Isso abrange 
produtos para comandos variáveis de válvulas e variadores de 
fase do eixo comando, componentes para transmissões de dupla 
embreagem e acionamentos híbridos, bem como rolamentos de 
roda de atrito reduzido. Tudo isso para fazer deste planeta um 
lugar melhor para se viver. Afi nal, confi abilidade é tudo. 
Para conhecer melhor nossos produtos e tecnologias acesse: 
www.schaeffl er.com.br
A Volkswagen começa a vender 
a terceira geração do Fox e a 
Saveiro Cabine Dupla. O automóvel 
ganhou design mais refinado, 
alinhado ao Golf 7. Agora são 
quatro motores (dois 1.0 e dois 
1.6, incluindo os dois modernos 
1.0 e 1.6 da família EA 211) e 
três transmissões (manual ou 
automatizada de cinco velocidades 
ou a nova manual de seis marchas). 
Também foram incluídas tecnologias 
de conforto e segurança, como a 
central multimídia/navegador com 
tela de 5,5 polegadas sensível ao 
toque embutida no painel e controle 
eletrônico de estabilidade e tração. 
O problema é que poucos terão 
acesso, pois a maior parte disso 
só está disponível como opcional 
para a versão mais cara do carro, a 
Highline, equipada com motor 1.6 
de 120 cavalos (bloco e cabeçote de 
alumínio), que tem preço básico a 
partir de R$ 48.490 (câmbio manual 
de seis marchas), mas com tudo 
incluído pode custar mais de 
R$ 53 mil (manual) ou quase 
R$ 58 mil (automatizado). 
A versão mais barata, Trendline, 
com motor 1.0 de quatro cilindros e 
76 cavalos (etanol) e câmbio manual 
de cinco marchas, tem tabela de 
R$ 35,9 mil, incluindo direção com 
assistência elétrica. Mas esse valor 
sobe para salgados R$ 41.450 
se ford instalado o módulo com 
sistema de som, computador de 
bordo e volante multifuncional, mais 
o pacote completo de conforto que 
inclui ar-condicionado, acionamento 
elétrico dos vidros e travas com 
34 • AutomotiveBUSINESS 
ESTRATÉGIA 
VOLKSWAGEN DRIBLA A 
CRISE COM NOVO FOX E 
SAVEIRO CABINE DUPLA 
controle remoto, entre outros itens 
de menor serventia. 
Os emplacamentos do Fox caíram 
28% de 2012 para 2013, para 130 
mil unidades, fazendo o carro descer 
da quarta para a quinta colocação 
no ranking dos mais vendidos do 
País. Nos sete primeiros meses de 
2014 foram emplacados 57,7 mil 
Fox e ele perdeu mais três posições: 
fica em oitavo de janeiro a julho. 
Com a renovação, os executivos de 
vendas da Volkswagen esperam que 
o modelo volte a vender acima dos 
10 mil por mês. Contudo, os preços 
cobrados não facilitam essa tarefa. 
PICAPE 
Com a versão cabine dupla da 
Saveiro, a Volkswagen pretende 
diminuir muito a distância da maior 
rival do modelo no mercado, a Fiat 
Strada, líder de vendas com o dobro 
do volume de emplacamentos. “A 
melhor ação para driblar uma crise 
é o lançamento de novos produtos 
e estamos lançando um em um dos 
segmentos que mais vão crescer”, 
pondera o presidente da Volkswagen 
do Brasil, Thomas Schmall. 
Agora são sete versões da Saveiro 
(uma com cabine simples, três 
com estendida e três com dupla). A 
configuração CD será vendida em três 
versões de acabamento: Trendline 
(R$ 47.490), Highline (R$ 52.720) e 
Cross (R$ 59.990). Todas têm preços 
ligeiramente mais altos que os da 
Strada, que parte de R$ 45.990 com 
motor 1.4. Para a Volkswagen, essa 
diferença (R$ 1,5 mil) é plenamente 
compensável pelo maior número de 
itens de série, que somam 
R$ 1,8 mil se fossem incluídos no 
concorrente, há ainda com o motor 
1.6 mais potente. 
Assim como já ocorre no resto da 
linha, a Saveiro CD será oferecida 
com dois tipos de motorização: as 
versões Trendline e Highline usam 
o EA 111 de 1,6 litro e oito válvulas, 
bloco de ferro, que gera até 104 
cavalos com etanol, enquanto a 
Cross usa o moderno EA 211 1.6 
16V de 120 cavalos com etanol, 
com bloco e cabeçote de alumínio. 
Todas as três versões vêm de 
série com direção hidráulica e 
vidros com acionamento elétrico. 
O ar-condicionado é opcional na 
Trendline (R$ 3.080) e de série na 
Highline e Cross. (Pedro Kutney) 
FOX 2015 tem estilo 
semelhante ao do novo Golf 
DIVULGAÇÃO / VOLKSWAGEN / MALAGRINE 
SAVEIRO ganha cabine dupla para 
se aproximar da concorrência
TECNOLOGIAS INOVADORAS DA ZF FAZEM 
O MUNDO GIRAR COM MAIS EFICIÊNCIA 
Pessoas viajam em busca de seus objetivos. Seja indo para a casa, o trabalho, a escola ou o clube, diversos destinos são 
alcançados por diferentes meios de transporte. A ZF não se limita a enxergar a conservação dos recursos naturais, o 
aumento da segurança e a conveniência como requisitos fundamentais para quem viaja. Mas também os vê como uma 
oportunidade de criar soluções inovadoras e sustentáveis. Como uma das principais fornecedoras mundiais de sistemas 
de transmissão e tecnologia de chassis, a ZF faz parte – e é isto que nos impulsiona – deste desenvolvimento. Nosso 
objetivo é muito mais que criar produtos inovadores e eficientes. É melhorar a qualidade de vida e ajudar a moldar o 
futuro de forma sustentável. 
nucleotcm
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
MONTADORAS LEVAM 
TECNOLOGIA DE RFID PARA FÁBRICAS 
RECURSO PROMETE LOCALIZAR PEÇAS CERTAS NAS LINHAS 
DE PRODUÇÃO E APRIMORAR GESTÃO DE ATIVOS 
36 • AutomotiveBUSINESS 
EDILEUZA SOARES 
M ais conhecida no Brasil pela 
cobrança automática nos 
pedágios “Sem Parar”, a 
tecnologia de identificação por radio-frequência 
ou RFID (Radio Frequency 
Identification) está atraindo mais 
investimentos da indústria automo-bilística. 
Sua adesão em maior esca-la 
é para reduzir custos, aprimorar 
processos de produção, rastreabilida-de 
e afinar a gestão de ativos. 
Montadoras como Toyota, BMW, 
Volvo e Ford adotam esses sistemas 
em suas plantas no exterior para 
ganhar eficiência e velocidade nos 
negócios. No Brasil, os projetos ca-minham 
mais lentamente por causa 
do preço das tags, etiquetas inteli-gentes 
que substituem o tradicional 
código de barras. Esses microchips 
são fixados em peças ou objetos para 
transmitir informações quando pas-sam 
por ambientes com antenas de 
radiofrequência. Uma das vantagens 
do sistema é a leitura rápida dos da-dos 
e localização dos itens de forma 
automática. 
NA NUVEM 
“Com a evolução da tecnologia, 
ampliação das redes de comunica-ção 
no País e serviços em nuvem, 
a indústria está demandando mais 
projetos de RFID”, constata Carlos 
Ribeiro, diretor da divisão Machine to 
Machine (M2M)  Innovation Progra-ms 
da T-Systems do Brasil. Ele cons-tata 
que o preço das tags está em 
queda, variando entre R$ 2 e R$ 10, 
dependendo da aplicação, tornando 
a utilização mais acessível. 
A combinação com sistemas M2M, 
Internet das Coisas e a tendência 
do carro conectado também devem 
impulsionar a adoção da tecnologia 
de identificação por radiofrequência 
pelas montadoras, acredita Ribeiro. 
Atenta a esse movimento, a T-Sys-tems 
lançou no mercado brasileiro a 
plataforma iVes (Visibility Enterprise 
Service), que permite a contratação 
de solução de RFID na nuvem pelo 
modelo de serviço. 
A Volkswagen e MAN estão entre 
as montadoras que testam a solu-ção 
da T-Systems para gestão de 
embalagens retornáveis, como racks 
especiais e caixas que movem peças 
de fornecedores para montadoras. 
Ribeiro explica que muitas vezes es-ses 
ativos se perdem e diminuem 
a produtividade na cadeia de supri-mentos, 
além de trazer riscos fiscais. 
DANNIAS, DA CONFIDEX: 
Plantas ganham velocidade na 
hora de fazer o inventário 
Com uso das etiquetas inteligentes, 
ele diz que o ecossistema passa a ter 
controle exato desse inventário, redu-zindo 
custos e tempo de expedição. 
AGILIDADE 
Alexander Dannias, diretor-geral no 
Brasil da finlandesa Confidex, com-plementa 
que a tecnologia de RFID 
pode ser adotada em toda a cadeia 
de produção da indústria automotiva 
e também para fidelizar clientes, re-duzindo 
falhas dos veículos e recall. 
Um dos clientes da empresa é Volvo, 
na Suécia, que instalou dois milhões 
de tags em sua fábrica para rastrear 
ativos, desde solda e oficina de pin-tura 
até o ponto de montagem final. 
Um dos benefícios do sistema, se-gundo 
Dannias, é a velocidade na ho-ra 
de fazer o inventário. “Tinha uma 
planta que levava de um a dois dias 
para fazer esse trabalho. Com RFID o 
tempo caiu para questão de horas.” 
RIBEIRO, DA T-SYSTEMS: queda 
de preços das etiquetas inteligentes 
e nuvem incentivam projetos 
ARQUIVO: CONFIDEX 
ARQUIVO: T-SYSTEMS
3$5(5,$(175(7667(06(6$/(6)25( 
A T-Systems, líder em prover serviços de IT para o setor automotivo e a 
salesforce.com - líder mundial em plataforma de gestão de relacionamento 
com cliente (CRM) oferecem juntas uma solução completa de gestão de 
processos de vendas e marketing. 
Quer saber mais sobre essa solução? 
Consulte um de nossos especialistas através do e-mail: 
t-systems@t-systems.com.br ou fone: (11) 2360-6046
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
GOOGLE 
PROJETA 
NOVO CARRO 
INTELIGENTE 
SEM VOLANTE 
AUTOMÓVEL ELÉTRICO FAZ 
COMUNICAÇÃO PELA NUVEM 
A Ford e mais sete montadoras estudam com 15 empresas de eletricidade dos Estados Unidos o 
desenvolvimento de uma plataforma de comunicação na nuvem para carros elétricos. O objetivo é tornar 
o uso dos veículos mais eficiente e econômico. O sistema vai avisar os motoristas sobre quando devem parar 
temporariamente a recarga para não sobrecarregar a rede, desde que aceitem participar do programa. A 
contrapartida são tarifas de energia mais baixas. O serviço usará padrões e tecnologias de comunicação já 
existentes, como o MyFord Mobile App. 
LINUX DISPUTA VAGA NOS CARROS 
38 • AutomotiveBUSINESS 
Sem pedais de freio, acelerador nem volante. Assim 
é o protótipo do novo carro inteligente do Google, 
projetado para transportar duas pessoas. O modelo 
é uma evolução do primeiro veículo autônomo, que 
dispensa motorista, anunciado pela empresa de internet 
em 2010 e em teste nos Estados Unidos. 
Movido a energia elétrica e com capacidade para 
rodar a uma velocidade de até 40 quilômetros por 
hora, o novo carro é 100% controlado por software 
e sensores. Assim, o único trabalho que o motorista 
terá é o de informar ao veículo seu destino e apertar 
um botão. Chris Urmson, diretor das pesquisas de 
self-driving do Google, diz que o veículo é simples e 
sem luxo, mas seguro. No seu interior há apenas dois 
assentos e local para os pertences dos passageiros. 
Depois da Apple, Microsoft e Google anunciarem 
sistemas operacionais para carro, agora é vez 
de a Fundação Linux entrar na batalha para garantir 
espaço no mercado automotivo. A organização trabalha 
no desenvolvimento do sistema de código aberto 
Automotive Grade Linux (AGL). 
A nova plataforma a ser projetada por desenvolve-dores 
Linux já conta com apoio da Hyundai, Jaguar 
Land Rover, Nissan e Toyota. Entre os fornecedores 
de TI estão envolvidos no projeto a Advanced Tele-matic 
Systems, Fujitsu, Harman, Intel, LG, NEC, Pa-nasonic 
e Samsung. 
ARQUIVO: GOOGLE
CONCESSIONÁRIA 
CONECTADA 
COM CLIENTE 
A plataforma on-line Conecte Rápido, lançada pela 
4 Life, coloca clientes em contato com vendedores 
de concessionárias. Depois de concluir suas pesquisas 
pelo site, o consumidor que precisa de mais informações 
pode incluir em um campo na página seu telefone e 
dizer se deseja receber ligação. O sistema abre uma 
linha direta para conversa. 
Segundo Igor Kalassa, CEO da 4 Life Sistemas, 
menos de 40% das concessionárias brasileiras 
respondem um e-mail ao ser questionadas de forma 
virtual sobre algum veículo. “A maioria das interações 
entre clientes e concessionárias depende de um contato 
mais objetivo, com informações completas e técnicas de 
venda”, diz o executivo. 
ARQUIVO: 4 LIFE SISTEMAS 
UM NEGÓCIO LIMPO A Dürr Ecoclean fornece máquinas de lavar para as mais 
diversas aplicações na produção industrial de autopeças. 
Processos e sistemas de produção em série compactos e 
padronizados são nossa base para o desenvolvimento de 
soluções personalizadas. Dürr Ecoclean: benefícios para o 
cliente devido ao seu mais alto nível de expertise. 
www.durr-ecoclean.com.br
POLOS AUTOMOTIVOS 
O ATUAL DESENHO DO 
BRASIL AUTOMOTIVO 
ENTENDA AS ESTRATÉGIAS DOS NOVOS PLAYERS NO 
MAPA DA PRODUÇÃO E SAIBA QUEM SÃO OS PARCEIROS DE 
40 • AutomotiveBUSINESS 
NEGÓCIOS NA ÁREA DE SUPRIMENTO 
GUSTAVO HENRIQUE RUFFO 
O Inovar-Auto impôs a diver-sos 
importadores a neces-sidade 
de se instalar indus-trialmente 
no Brasil para ser compe-titivo. 
Mas, ao contrário do que 
poderia parecer, muitos se fixaram 
em polos de produção relativamen-te 
recentes, como fez a Land Rover, 
no Estado do Rio de Janeiro. Ou até 
partiu para a criação de novos polos, 
caso da Fiat, que se instalará em 
Pernambuco, e da BMW, que esco-lheu 
Santa Catarina. 
Pernambuco, sem tradição au-tomotiva, 
exigiu da Fiat um esfor-ço 
grande na atração de fornecedo-res 
para seu ambicioso projeto. Para 
avançar, a montadora italiana criou 
o que chama de Parque de Fornece-dores 
em Goiana, composto por 16 
empresas, instaladas em 12 edifícios 
construídos pela Fiat em área de 270 
mil m² e cedidos a eles em regime de 
comodato. Esses fornecedores e sis-temistas 
criarão 17 linhas estratégi-cas 
de componentes. A previsão para 
a conclusão das obras é no segun-do 
semestre de 2014. A inauguração 
está prevista para março de 2015. 
“As obras civis (prédio e utilidades) 
terão um custo de R$ 1 bilhão, a car-go 
da Fiat Chrysler. A isso se soma-rão 
os equipamentos de processo, 
com custo de mais R$ 1 bilhão, so-matório 
dos investimentos a cargo 
dos fornecedores”, diz Antonio Da-mião, 
diretor adjunto de Gestão de 
Projetos Estratégicos da Fiat Chrys-ler 
para a América Latina. O financia-mento 
das obras se deu por meio do 
BNDES, do Banco do Nordeste do 
Brasil (BNB) e do Fundo de Desen-volvimento 
do Nordeste (FDNE). 
Entre os fornecedores, a Magne-ti 
Marelli terá seis unidades de pro-dução 
distintas: peças estampadas, 
conjuntos soldados de suspensão 
(eixos), sistema de exaustão, monta-gem 
de componentes de suspensão 
anterior e posterior, peças pequenas 
e médias injetadas em plástico e, por 
fim, tanque de combustível, bocal de 
enchimento de combustível e pedais 
de comando para acelerador, freio e 
embreagem. Em joint venture com a 
Faurecia, a Magneti Marelli terá ainda 
uma linha de peças plásticas maiores 
para acabamento interior e exterior. 
Para os bancos, a Lear estará pre-sente. 
Isolamentos, tapetes e forra-ção 
de teto ficarão a cargo da Adler. 
A Pirelli entregará o conjunto pneus/ 
rodas. A Saint-Gobain cuidará da pre-paração 
e montagem dos vidros. As 
demais empresas serão Powercoat 
(pintura de peças metálicas), Denso 
(sistema de arrefecimento de motor, 
ventilação e ar condicionado - HVAC), 
PMC (conjuntos soldados estruturais 
de chassis e estrutura dos bancos), Ti-berina 
(conjuntos soldados estruturais 
de chassis) e Brose (mecanismo de 
levantamento de vidros das portas). 
Com essa estrutura, a Fiat garanti-rá 
450 das 2 mil novas peças exigidas 
para a montagem dos veículos que 
serão fabricados em Goiana, como o 
novo Jeep Renegade. Esses 450 itens 
equivalem a 40% do valor total de pe-ças 
que os automóveis utilizarão. “Os 
outros itens virão das demais regiões 
do país, predominantemente do Su-deste. 
Com o parque, ganhamos si-nergia, 
flexibilidade, redução de esto-ques 
e abastecimento just-in-time e 
just-in-sequence”, diz Damião. 
ANTONIO DAMIÃO, diretor adjunto 
de Gestão de Projetos Estratégicos da 
Fiat Chrysler para a América Latina 
ARQUIVO FIAT CHRYSLER
FÁBRICA DE VEÍCULOS  MOTORES 
FÁBRICA DE MOTORES 
AutomotiveBUSINESS • 41 
COMPLEXO AUTOMOTIVO INSTALADO 
COMPLEXO AUTOMOTIVO EM 
EXPANSÃO 
Fonte: Anfavea
POLOS AUTOMOTIVOS 
42 • AutomotiveBUSINESS 
CONSOLIDAÇÃO 
Para as peças que virão de fora, a Fiat terá o Centro de 
Consolidação. A empresa estima uma movimentação 
de mais de mil entregas por dia. Internamente, só com 
os fornecedores e sistemistas do Parque de Fornecedo-res, 
o fluxo anual inicial será de 27 milhões de opera-ções 
logísticas. 
A separação física entre fornecedores e montadora, ain-da 
que em um mesmo terreno, oferece a vantagem de di-minuir 
riscos trabalhistas. Outras empresas, que colocaram 
operários e funcionários de fornecedores trabalhando jun-tos 
na linha de montagem, enfrentaram processo de equi-paração 
salarial, por exemplo. Segundo a Fiat, o Parque de 
Fornecedores caracteriza muito bem a identidade jurídica 
de cada empresa, o que preveniria problemas trabalhistas. 
O parque criado pela Fiat até poderia ser um novo polo 
automotivo, com a possibilidade de atrair outras monta-doras, 
mas não será bem assim. “Não há exclusividade no 
fornecimento de peças para nós, mas o dimensionamen-to 
é feito para atender à demanda da Fiat Chrysler, sem 
espaço para outros processos ou estoque. De qualquer 
forma, para fornecer para outra companhia, as empresas 
precisarão de anuência da Fiat Chrysler”, diz Damião. 
FIAT: fornecedores se 
instalam no complexo 
industrial de Goiana (PE) 
ARQUIVO FIAT 
BMW, LAND ROVER E MERCEDES-BENZ: 
LUXO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS 
A for-necedores, 
fábrica da BMW em Araquari, SC, segue mais ou menos a receita da Fiat Chrysler. Será preciso atrair mas a empresa ainda negocia com a maioria deles e não divulga nenhum. Descobrimos que 
eles já fecharam com a Tegma, para transportes, e com a Benteler, que fará conjuntos de suspensão. A planta, 
de 252 mil m² construídos, ficará em terreno de 492 mil m² no km 66 da BR-101. O investimento será de 200 
milhões, o equivalente a pouco mais de R$ 600 milhões. 
Da Land Rover, que se estabelecerá em Itatiaia, no Rio de Janeiro, pouco se sabe. A empresa, também em 
fase de tratativas, fabricará modelos fora-de-estrada, com sistemas de tração nas quatro rodas, e terá demandas 
diferentes das demais montadoras instaladas no país. A fábrica terá aporte de R$ 750 milhões até 2020, capacidade 
de produzir 24 mil carros ao ano, a partir de 2016, e será instalada em um terreno de 590 mil m². 
O mesmo sigilo vale para a Mercedes-Benz, que terá fábrica em Iracemápolis, SP, com capacidade para 20 
mil veículos por ano, entre os quais o novo GLA, SUV compacto da marca, e a nova geração do Classe C. Já 
existiriam quatro fornecedores em negociações com a marca alemã. Segundo o prefeito de Iracemápolis, Valmir 
de Almeida (PT), são empresas grandes, que solicitaram terrenos de até 20 mil m². Elas ficarão do lado oposto 
ao da Mercedes-Benz na rodovia Luis Ometto (SP-306), que liga a cidade a Santa Bárbara d’Oeste. 
As fabricantes de modelos de luxo, segundo Paulo Butori, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de 
Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), são beneficiadas por condições especiais oferecidas pelo Inovar- 
Auto para empresas de baixo volume de produção. O governo entende que não pode querer dessas empresas um 
índice de nacionalização alto pelo nível de eletrônica embarcada. “Quando tiverem volume, elas nacionalizam”, explica.
E ntre os novos fabricantes de caminhões, ainda se 
sabe pouco sobre os fornecedores e sistemistas que 
os atenderão. A maior parte deles está em processo de 
contatos e acordos. Os que já estão operando ou pron-tos 
para produzir recorreram a soluções locais. A Pac-car, 
dona da DAF, não precisou atrair fornecedores di-retamente 
a sua fábrica de Ponta Grossa, no Paraná, 
que já está em operação. A produção começou com 
a parceria da ZF, Meritor, Suspensys, Metalsa, Flamma 
(antiga Automotiva Usiminas), Jost, Faurecia e Pilking-ton. 
A Foton Caminhões, que irá para Guaíba, RS, es-pera 
atrair fornecedores chineses na empreitada, mas 
ainda não fechou contratos. “Em um primeiro momen-to, 
estamos em contato com empresas chinesas, uma 
vez que já produzem peças para nossos caminhões 
RFID 
INDUSTRIAL 
Comunicação de dados sem contato 
O sistema RFID Industrial Balluff é uma solução completa para 
rastreabilidade em todo o processo logístico desde a produção 
até o fornecedor. Garantia de rastreamento e transparência de 
todos os dados com alta fl exibilidade e confi abilidade. 
Dados certos na hora e local certos! 
ARQUIVO DAF/ RODRIGO CZEKALSKI 
Tel. 19 3876.9999 
DAF: Fabricante holandesa 
já começou a produzir em 
Ponta Grossa (PR) 
www.balluff.com.br 
‡Intralogística 
‡Controle da Produção 
‡E-Kanban 
‡Rastreamento de Ativos 
‡Contêineres 
ENTRE OS CAMINHÕES, 
DAF SAI NA FRENTE 
na China, facilitando a nacionalização do produto. 
Neste processo, têm nos procurado empresas da Ín-dia, 
do México e do Brasil”, afirma Marcio Vita, dire-tor 
de operações da Foton Caminhões, explicando que 
são atrativos o pacote estratégico proposto, incluindo a 
área, benefícios fiscais, mão de obra qualificada, total 
apoio da Secretaria de Desenvolvimento do Estado do 
Rio Grande do Sul e da Foton para todas as questões 
ambientais e governamentais, além do potencial de for-necimento 
para projeto e para distribuição na América 
do Sul. Yunlihong e Shacman, sem assessorias de im-prensa, 
não deram retorno a nossos pedidos de entre-vista. 
A Sinotruk, que afirma ter um departamento de 
relações públicas em seu site, também não respondeu 
a nossas perguntas.
POLOS AUTOMOTIVOS 
CONFIANÇA NOS PARCEIROS COMERCIAIS 
Q uem chega de fora quer ter parceiros de 
confiança ao lado. É o que explica o fato de 
a Hyundai, mesmo tendo se estabelecido em São 
Paulo, com o parque de fornecedores e sistemistas 
mais amplo do Brasil, ter trazido da Coreia nove 
empresas com as quais pode contar. Todas estão 
instaladas perto da fábrica de Piracicaba. A Mobis faz 
painéis de instrumento e para-choques. A Dymos, os 
44 • AutomotiveBUSINESS 
bancos. Há também Hysco (corte de chapas de aço), 
MS Autotech (peças estampadas), Hwashin (peças 
estampadas), Doowon (sistemas de ar-condicionado), 
Hanil (revestimentos de porta e painéis de teto) e a THN 
(chicotes e componentes elétricos). Motores e câmbios 
ainda são importados da Coreia do Sul. Para cuidar da 
logística, uma parte fundamental do negócio, a Hyundai 
tem a Glovis, que também controla os estoques. 
NISSAN 
A Nissan, que colocou a fábrica 
de Resende em operação 
recentemente, trouxe do Japão a 
Yorozu (suspensões), CalsonicKansei 
(sistemas de climatização), Sanoh 
(tubos, linhas de injeção e de freios), 
Kinugawa (componentes de borracha) 
e MitsuiSteel (chapas de aço), todas 
instaladas no Parque de Fornecedores 
da empresa, ao lado da fábrica. Em 
Porto Real ficaram Tachi-S (bancos) e 
Nitco (logística). Magneto, Faurecia e 
Benteler, também em Porto Real, são 
outros fornecedores da fábrica, mas 
sem origem japonesa. 
Além dos fornecedores citados, 
a Nissan compra componentes de 
empresas de Taubaté, Caçapava, 
São José dos Campos, São 
Paulo, São Bernardo do Campo e 
Campinas, em São Paulo; Curitiba 
e São José dos Pinhais, no Paraná; 
Porto Alegre; Betim, Contagem e 
Varginha, em Minas Gerais. 
A Honda terá uma fábrica nova 
em Itirapina, em São Paulo, para a 
produção dos novos Fit, City e HR-V, 
nome do novo utilitário pequeno 
da marca. A empresa diz que, por 
questões estratégicas, não fala dos 
fornecedores que a atenderão, mas 
eles devem ser os mesmos que 
já atendem a fábrica de Sumaré. 
Segundo a Honda, eles estão em um 
raio de 150 km das duas unidades. 
HYUNDAI: suprimento da 
planta de Piracicaba (SP) é feito 
por parceiros conhecidos da 
matriz coreana 
NISSAN: fornecedores 
vieram do Japão para 
abastecer as linhas de 
montagem em Resende (RJ) 
ARQUIVO NISSAN ARQUIVO HYUNDAI/ FERNANDO GENARO
AutomotiveBUSINESS • 45 
JAC MOTORS 
Quem não seguirá essa receita é a JAC, em 
Camaçari. O projeto, que inicialmente contava com 
um terço de participação dos chineses e dois terços do 
empresário Sergio Habib, teve uma inversão nos papéis 
em razão das exigências do governo brasileiro para 
financiamento. O maquinário tinha de ser nacional para 
poder ser financiado, mas a JAC conseguiria as mesmas 
ferramentas na China a um preço muito menor, com 
financiamento do governo chinês. Este foi o motor da 
mudança societária. 
Os fornecedores da JAC, entretanto, serão velhos 
conhecidos dos mercados brasileiro e mundial. O 
primeiro a fechar contrato com a montadora foi a 
Usiminas, que fornecerá as chapas de aço para a 
estamparia. A Valeo será a sistemista de componentes 
elétricos. Os para-choques virão da Plascar, com 
baterias da Tudor, acabamentos de borracha da 
Hutchinson, vidros da Pilkington, subconjuntos 
soldados da Weldmatic. Peças plásticas e painéis de 
portas serão da Autolin. 
CHERY 
A Chery também trará 
fornecedores de sua terra 
natal, a China. Com fábrica 
em Jacareí (SP), ela destinou 
metade de seu terreno, de 1 
milhão de metros quadrados, a 
60 fornecedores e sistemistas, 
sendo 20 deles de origem 
chinesa. A fábrica, com 
capacidade para 150 mil carros, 
teve investimento de 
US$ 400 milhões (cerca de 
R$ 960 milhões) e fica às 
margens da Via Dutra, já perto 
de São José dos Campos. 
Futuramente, será inaugurada 
na região a fábrica da Acteco, 
divisão de motores da Chery. 
LUIS CURI e ROGER PENG: 
principais executivos da Chery no 
Brasil dão a largada da produção 
SÃO PAULO TERÁ 40% DA PRODUÇÃO 
T odo esse movimento de novas empresas, que inclui fábricas de caminhões, mudou pouco a distribuição de 
produção entre os Estados, ainda que tenha incluído no mapa dois novos integrantes: Pernambuco e Santa 
Catarina. O Ceará, que conta com a fábrica da Troller, não aparece nas estatísticas por causa da produção 
pequena do jipe T4, que não chega a 2.700 unidades por ano. 
Em 2013, nove Estados brasileiros registravam produção de automóveis e veículos de carga e São Paulo 
detinha 42,8% da produção total efetiva, segundo os dados da Anfavea. Em 2016, serão onze Estados. 
Levantamento feito por Automotive Business com base na capacidade de produção total instalada para fábricas 
atuais e já anunciadas até 2016 revela que São Paulo deve ter 40,3% de toda a produção. 
ARQUIVO CHERY/ THIAGO HENRIQUE
ELETRÔNICA DÁ LEVEZA 
AOS PESADOS 
NOVOS SISTEMAS DA ZF TORNAM POSSÍVEL MANOBRAR 
CAMINHÕES POR CONTROLE REMOTO, EM UM TABLET 
A operação de manobrar enor-mes 
carretas em espaços 
apertados pode ser trans-formada 
em um simples videogame 
após boa dose da sempre criativa 
engenharia alemã. Quem visitar o 
próximo Salão de Veículos Comer-ciais 
de Hannover (o IAA Nutzfahr-zeuge), 
na Alemanha, poderá mano-brar 
por controle remoto um conjun-to 
biarticulado de cavalo mecânico e 
bitrem, de pouco mais de 25 metros 
de comprimento e 40 toneladas de 
carga. Tudo ao simples toque do 
dedo indicador sobre um tablet. 
A invenção é da ZF, que aplicou 
em um protótipo de caminhão híbri-do, 
batizado Innovation Truck, tecno-logias 
que permitem o atrevimento 
futurístico e revelam o alto potencial 
46 • AutomotiveBUSINESS 
da eletrônica para tornar veículos pe-sados 
mais leves de dirigir do que um 
quadriciclo, além de trazer maior se-gurança 
e economia de combustível. 
A ZF mostrou seus mais novos sis-temas 
para veículos comerciais no 
início de julho em um campo de pro-vas 
na pequena Aachen, na Alema-nha, 
onde algumas dessas tecnolo-gias 
são desenvolvidas em convênio 
com a universidade local. 
A eletrônica usada na mecânica 
pesada traz à tona novas possibilida-des 
tecnológicas para atender fatores 
competitivos como redução do custo 
de propriedade, robustez, maior efi-ciência 
energética e eletrificação do 
powertrain, mas sem perder de vista 
a economia de escala. “Os fornece-dores 
devem oferecer essa diferen-ciação 
e, ao mesmo tempo, colocar 
diversos fabricantes no mesmo cesto 
para ganhar escala de produção e 
reduzir os custos das novas funcio-nalidades”, 
avalia Fredrik Staedtler, 
vice-presidente executivo sênior da 
ZF Friedrichafen AG responsável pela 
divisão de desenvolvimento de tec-nologia 
para veículos comerciais. 
INTEGRAÇÃO 
O ZF Innovation Truck é um exem-plo 
de integração de tecnologias 
existentes que projetam o futuro. O 
protótipo aglutina os novos sistemas 
de direção assistida eletro-hidráulica 
Servotwin – desenvolvida pela ZF 
Lenksysteme, joint venture em partes 
iguais da ZF com a Bosch – e trans-missão 
automatizada TraXon Hybrid 
PEDRO KUTNEY | DE AACHEN (ALEMANHA) 
O ZF INNOVATION TRUCK, 
manobrado por um tablet, é 
um exemplo de integração 
de tecnologias existentes que 
projetam o futuro 
FOTOS: ARQUIVO ZF
AutomotiveBUSINESS • 47 
com motor elétrico, ambos controla-dos 
por uma central eletrônica com 
programa de telemática desenvolvi-do 
pela Openmatics. 
Direção e transmissão acionados 
eletronicamente tornam possível o 
controle remoto das manobras. O 
câmbio TraXon Hybrid aciona o mo-tor 
elétrico de 160 cavalos, que junto 
com o sistema eletro-hidráulico de 
direção Servotwin recebe comandos 
da central eletrônica acionada por um 
tablet. O motorista pode ficar ao lado 
do caminhão para ter melhor visão da 
manobra. Ele escolhe se quer mano-brar 
para frente ou para trás e arrasta 
o dedo na tela do tablet no sentido 
que deseja movimentar o veículo. Pa-ra 
parar é só tirar o dedo da tela. E 
para evitar acidentes o implemento é 
equipado com câmeras em todas as 
extremidades, que mostram as ima-gens 
no tablet e acionam os freios ca-so 
qualquer obstáculo seja detectado. 
Fonte: ZF 
SISTEMAS COMPONENTES DO ZF INNOVATION TRUCK 
INVERSOR 
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA 
TRAXON HYBRID 
PAINEL COM CONEXÃO 
DE TABLET 
UNIDADE EMBARCADA 
OPENMATICS 
(TELEMÁTICA) 
UNIDADE DE CONTROLE 
SISTEMA DE DIREÇÃO 
SERVOTWIN 
DIREÇÃO 
ELETRO-HIDRÁULICA deixa a 
condução precisa e confortável
DIREÇÃO ELÉTRICA CHEGA AOS CAMINHÕES 
Assim como já acontece nos carros, a eletrificação de sistemas também 
é uma tendência nos caminhões para economizar combustível. Con-tudo, 
as forças envolvidas são bem diferentes. “A direção elétrica tem bom 
potencial para aumentar a economia, mas em um veículo pesado o motor 
elétrico de assistência precisa fazer mais força e isso requer voltagem maior, 
o que não é possível com baterias comuns”, explica Walter Kogel, diretor de 
desenvolvimento de sistemas de direção da ZF Lenksysteme. 
A mais recente evolução nesse caminho foi batizada Servotwin, a primei-ra 
direção eletroassistida do mundo para caminhões pesados, que pode ser 
usada em qualquer modelo. Em vez de usar a força do motor para ajudar o 
motorista a reduzir esforço ao volante, a bomba hidráulica de óleo é aciona-da 
por um pequeno motor elétrico, que consome pouca energia. Com isso, 
não é necessária alta voltagem. A Servotwin pode evitar o consumo de até 
0,6 litro de diesel a cada 100 km, segundo testes feitos pela ZF. 
Na prática, a direção eletroeletrônica não só deixa as manobras muito 
mais precisas e confortáveis (é possível esterçar o volante com um dedo), 
mas também pavimenta o caminho para a integração de modernos siste-mas 
de assistência, como compensação automática de vento lateral e re-tomada 
do rumo correto quando o veículo “desgarra” da faixa de rodagem 
(Lane Keeping Assistance). No futuro, de acordo com a vontade dos fabri-cantes, 
será possível agregar sistemas de direção parcialmente autônoma. 
Mais adiante, o módulo de controle poderá ser operado por computador, 
para condução sem interferência do motorista. 
48 • AutomotiveBUSINESS 
Além de tornar tudo mais simples, 
a propulsão elétrica evita emissão de 
poluentes e gasto de combustível du-rante 
as manobras. No futuro, os téc-nicos 
da ZF avaliam que será possí-vel 
deixar o caminhão na entrada do 
armazém para carga ou descarga e 
simplesmente acionar um programa 
de estacionamento automático. 
HÍBRIDO 
A utilização de trem-de-força elétrico 
em veículos comerciais tem-se limi-tado 
a furgões e caminhões leves, 
pois as baterias não têm autonomia 
para longas distâncias. Com seu In-novation 
Truck, a ZF quebra esse pa-radigma 
ao aplicar pela primeira vez 
a propulsão elétrica híbrida em um 
caminhão pesado. 
“Estudos de nossa equipe com-provam 
que o uso de powertrain hí-brido 
em caminhões pesados reduz o 
consumo acima de 5%”, diz Winfried 
Gründler, responsável pelo desenvol-vimento 
de tecnologias de rodagem 
para caminhões e furgões da ZF. “É 
verdade que 5% é bem menos do que 
a economia obtida por híbridos no 
tráfego urbano (em torno de 20%), 
mas é preciso considerar que a quilo-metragem 
e o consumo dos veículos 
PESADO HÍBRIDO pode 
economizar até 5% de 
combustível, diz a ZF 
TECNOLOGIA 
FOTOS: ARQUIVO ZF
The Group 
UMA TRANSMISSÃO E CINCO MÓDULOS 
TECNOLOGIA DE BALANCEAMENTO 
Máxima precisão para produção de autopeças 
t Máquinas de balancear manuais, semi- e automáticas para suas peças: induzidos, 
discos de freio, embreagens, turbocompressores, eixos cardan,... 
t Centragem de massa e balanceamento de virabrequins 
t Linha de montagem, inflagem e balanceamento de rodas 
t Correção de massa de peças não rotativas, tais como bielas 
www.schenck-rotec.br 
RA 1056 br 
pesados são muito maiores”, lembra. 
A transmissão TraXon Hydbrid aco-plada 
ao motor elétrico foi desenvol-vida 
pela ZF como um módulo, para 
ser instalado em caminhões pesados 
sem necessidade de modificar proje-tos. 
A tração puramente elétrica é utili-zada 
em situações de baixa velocidade. 
O sistema recupera a energia ciné-tica 
das frenagens, para recarregar as 
baterias, e agrega funções start-stop 
e coasting, que desliga o motor diesel 
nas paradas ou em velocidade cons-tante. 
Nesta situação, as rodas em 
movimento se transformam em gera-dor. 
Para poupar diesel, a energia ge-rada 
pelo motor elétrico e armazena-da 
nas baterias pode ser direcionada 
a implementos refrigerados ou equi-pamentos 
de cabine, como rádio, 
navegação e ar-condicionado. Tudo 
com muita inteligência artificial. Q 
Impressiona a versatilidade da transmissão automatizada modular TraXon. 
São cinco módulos diferentes. Além da opção híbrida com motor elétrico, 
existem quatro versões para utilização em motorização diesel: TraXon bá-sica 
de 12 ou 16 velocidades, Dual (embreagem dupla), Torque (conversor 
para marchas reduzidas) e PTO (tomada de força para implementos). 
De acordo com a ZF, a TraXon básica já garante economia de 4% a 5% 
em relação ao câmbio manual. Para caminhões pesados de longo per-curso 
que adotam relações de marchas longas, para reduzir o consumo 
por meio da menor velocidade de rotação do motor, a ZF desenvolveu a 
versão Dual. É a primeira transmissão automatizada para caminhões pe-sados 
a usar embreagem dupla, que torna as mudanças de marcha muito 
mais rápidas e precisas. Praticamente não há “buracos” entre as trocas e 
o giro permanece constante. 
Sem perda de rotação, não é preciso acelerar para retomar o torque e 
a economia aumenta ainda mais, em torno de 7% na comparação com 
câmbio manual e de 3% a 4% em relação à TraXon básica. 
ARQUIVO ZF / BODEMARC
MERCADO 
TEM ALÍVIO COM 
NOVA REGRA DO PSI 
POSSIBILIDADE DE FINANCIAR 100% DO VALOR DO BEM TENDE A 
IMPULSIONAR VENDAS PARA 141 MIL UNIDADES ESTE ANO 
CAMILA FRANCO E GIOVANNA RIATO 
O mercado de caminhões 
deve ter queda menor 
do que era esperado até 
então para 2014. Os emplacamen-tos 
podem alcançar 141 mil unida-des, 
segundo projeção da Carcon 
Automotive. Caso se concretize, o 
volume será 6,6% inferior ao regis-trado 
em 2013. Ainda assim, os 
negócios vão superar o projetado 
pela Anfavea, associação que repre-senta 
os fabricantes de veículos, que 
anunciou em julho a expectativa de 
que fossem vendidos 133 mil cami-nhões 
este ano, com retração de 
mais de 13%. 
A mudança do cenário para o setor 
é resultado da alteração anunciada 
para o Finame PSI. A linha especial 
de crédito ganhou mais um atrativo: 
agora é possível financiar até 100% 
do valor do veículo. A oferta serve 
para outros bens de capital além de 
caminhões, como ônibus, máquinas 
agrícolas e de construção. Até então 
o porcentual financiável era de 80% 
para empresas com receita opera-cional 
bruta (ROB) superior a R$ 90 
milhões por ano e de 90% para orga-nizações 
com ROB até esse valor. Os 
juros permanecem em 6% ao ano e, 
portanto, abaixo da inflação. 
“A mudança é extremamente im-portante. 
Certamente fará com que 
muita gente volte a comprar cami-nhão 
para aproveitar a oportunida-de, 
já que a condição, em princípio, 
vale apenas até o fim deste ano”, 
avalia Carlos Reis, sócio-diretor da 
Carcon Automotive. Ele espera que, 
além de melhorar o resultado de 
2014, a medida impulsionará tam-bém 
os emplacamentos do início 
do próximo ano. “Teremos efeito a 
partir de outubro que vai durar até 
fevereiro”, avalia. 
Alcides Braga, presidente da Anfir, 
associação que representa os fabri- 
CAMINHÕES 
50 • AutomotiveBUSINESS
R 
A PAR MURAO 
MERCA 
BRASILEIR 
RATIVO, A 
cantes de implementos rodoviários, 
concorda que o efeito positivo da 
mudança do Finame PSI não será 
capaz de reverter as perdas do início 
do ano. “Trata-se de uma medida 
que poderá trazer reflexos positivos 
às vendas de implementos, mas 
não terá capacidade para reverter a 
expectativa de balanço negativo em 
2014.” Segundo a entidade, o setor 
acumulou queda de 9% nos negó-cios 
de janeiro a julho. 
2015 
Reis, da Carcon, enfatiza que “nin-guém 
compra caminhão se não 
houver demanda de carga”. Den-tro 
desse raciocínio, 2015 pode se 
revelar como mais um ano desa-fiador, 
já que o cenário ainda não 
indica crescimento mais robusto da 
economia e, consequentemente, 
do transporte de carga. A consul-toria 
prevê leve crescimento dos 
negócios, mas ainda sem um nú-mero 
definido. A Anfir salienta a 
necessidade de o próximo governo 
continuar a apostar em incentivos 
às vendas do setor. “É preciso estar 
atento à importância da manuten-ção 
dessas medidas de incentivo à 
indústria”, pondera Mario Rinaldi, 
diretor executivo da organização. 
Ainda assim, Reis, da Carcon, lem-bra 
que mesmo que as vendas de 
caminhões mantenham certa estabi-lidade 
no próximo ano, o mercado 
nacional ainda é bastante expressivo. 
“Em 2005 nossas vendas totais eram 
de apenas 77 mil unidades”, apon-ta. 
O consultor defende que, antes 
mesmo da criação de uma política 
de renovação, a idade média da frota 
de caminhões vem caindo por causa 
das empresas, que ficam com os ve-ículos 
por período cada vez menor. 
“Boa parte dos frotistas programa 
compra de caminhões para 2015, já 
que a renovação mais recente foi fei-ta 
em 2012, quando as companhias 
investiram na última leva de modelos 
com tecnologia Euro 3”, recorda. 
Para Reis, há mudança clara na 
segmentação das vendas nos últi-mos 
anos. O especialista aponta que 
os semipesados e pesados ganham 
força, enquanto os médios perdem 
terreno. A transformação, segundo 
ele, é resultado da busca por mais 
eficiência no transporte. O papel do 
caminhão médio é feito pelos leves 
nos centros urbanos em que há res-trições 
à circulação de pesados. Fora 
das cidades, os semipesados têm si-do 
os substitutos. 
O consultor aponta que as fabri-cantes 
de caminhões instaladas no 
Brasil terão de superar uma série de 
desafios nos próximos anos. Entre 
eles estão o agravamento da cri-se 
global, que reflete na economia 
brasileira, a tendência por corte de 
incentivos do governo, o aumento 
da taxa de juros e a forte depen-dência 
que o mercado nacional tem 
do Finame. Além disso, há a ques-tão 
dos preços elevados dos veícu-los 
usados, que impedem que um 
profissional autônomo que tem um 
caminhão muito antigo faça a subs-tituição 
por outro modelo usado, po-rém 
mais atual. 
Com visão otimista para o médio 
prazo Reis enfatiza que “a indústria 
nacional nunca teve tanta capaci-dade 
produtiva e tecnologia”. Ele 
lembra que o setor tem uma série 
de oportunidades. Entre elas está a 
perspectiva de que o governo anun-cie 
um programa de renovação de 
frota, os investimentos para melho-ria 
da infraestrutura do País e o au-mento 
das exportações. 
PARA REIS, MERCADO 
BRASILEIRO É 
ATRATIVO, APESAR 
DA RETRAÇÃO 
PREVISTA PARA 2014 
CARLOS REIS, 
sócio-diretor da Carcon Automotive 
AutomotiveBUSINESS • 51
CAMINHÕES 
TRANSPORTE DO FUTURO 
A Daimler trabalha no que acredita 
ser o futuro dos caminhões. O 
conceito Future Truck 2015 roda de 
forma autônoma, sem interferência do 
motorista, e foi demonstrado em es-trada 
na Alemanha. O modelo é um 
dos destaques da companhia no IAA, 
principal salão de veículos comerciais 
do mundo, que ocorre em setembro 
na cidade de Hannover. 
No panorama desenhado pela fa-bricante, 
o modelo com a tecnologia 
deve chegas às estradas europeias em 
2025 e representará “revolução em 
eficiência e segurança no transporte”, 
segundo a Mercedes-Benz. O desen-volvimento 
do caminhão é parte do projeto da monta-dora 
para preservar os recursos naturais e reduzir todos 
os tipos de emissões. O objetivo é buscar a máxima 
eficiência no transporte de longa distância. Além dis-so, 
o investimento no veículo demonstra a ambição da 
companhia de se posicionar na liderança do desenvolvi-mento 
tecnológico da categoria. 
O modelo é baseado no extrapesado Actros 1845. O 
caminhão é equipado com motor até 449 cv. A trans-missão 
é automática PowerShift 3, de 12 velocidades. 
O design do veículo busca eficiência aerodinâmica. 
Para rodar sem participação tão ativa do motorista, o 
Future Truck 2025 conta com sensores nas laterais e na 
dianteira com alcance até 250 metros. Para controlar o 
52 • AutomotiveBUSINESS 
FOTOS: DIVULGAÇÃO / MERCEDES-BENZ / DAIMLER AG 
caminhão, o sistema utiliza dispositivos já existentes na 
versão atual do Actros, como o sistema de controle de 
proximidade e o servofreio de emergência. 
Uma câmera estereoscópica instalada atrás do para-brisa 
também monitora a área adiante, com alcance de 
100 metros. O dispositivo é capaz de identificar pistas 
da estrada, pedestres, obstáculos estáticos ou em mo-vimento. 
O equipamento percebe tudo o que se dis-tingue 
do fundo e, a partir dessa informação, calcula 
o espaço livre disponível. As informações da câmera 
e dos sensores são combinadas e fornecem imagem 
completa do entorno do veíulo. 
Na prática, o motorista só precisa levar o caminhão 
até a estrada e ocupar a pista da direita. Quando al-cança 
a velocidade máxima de 80 km/h, o siste-ma 
oferece a opção de condução autônoma, a 
“Highway Pilot.” Com o recurso ativado, o veícu-lo 
passa a manter distância dos outros de forma 
totalmente independente. Ele se orienta pela pis-ta, 
não pelos outros carros e, portanto, dispensa 
a necessidade de formação de comboio. 
A Mercedes-Benz constata que a tecnologia te-rá 
forte impacto na carreira de motorista de cami-nhão. 
Estes profissionais devem passar de con-dutores 
para gestores do transporte, já que terão 
a possibilidade de desempenhar outras atividades 
enquanto o veículo roda no modo autônomo. „
MÉXICO 
PRODUÇÃO ACELERA, 
MAS MERCADO INTERNO 
TEM O PÉ NO FREIO 
OS INVESTIMENTOS SE MULTIPLICAM NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA 
DO MÉXICO, DE OLHO NAS EXPORTAÇÕES, QUE REPRESENTAM 82% 
DA PRODUÇÃO. ENQUANTO ISSO, OS MEXICANOS CONTINUAM 
SEM PODER COMPRAR OS CARROS QUE FABRICAM 
A detonação começou em 
1994, com a entrada em vi-gor 
do North American Free 
Trade Agreement (Nafta), desenha-do 
pelo então presidente mexicano 
Carlos Salinas de Gortari. Naquele 
momento o México começou a fi-car 
internacionalmente muito mais 
competitivo e a atrair investimentos 
massivos do exterior. O tempo trou-xe 
mais acordos parecidos, com a 
54 • AutomotiveBUSINESS 
Europa, o Japão e o Mercosul, que 
foi restringido em 2012, mas deve 
voltar à normalidade em março de 
2015. Some-se a tudo isto uma mão 
de obra considerada de qualidade, 
com um custo muito baixo, e surgirá 
a receita que o México usa para atrair 
o investimento estrangeiro no setor 
automotivo, que em 2012 represen-tou 
21% do total, chegando a US$ 
5,02 bilhões. E o futuro parece tão 
promissor que os mexicanos já estão 
quase seguros de que vão ultrapas-sar 
o Brasil para conseguir o sétimo 
lugar no ranking mundial da produ-ção 
de automóveis. 
Apesar de todos os acordos co-merciais, 
o principal motor da produ-ção 
de veículos no México ainda se 
chama Estados Unidos. Movida pela 
forte demanda americana, a produ-ção 
mexicana em 2013 alcançou o 
SÉRGIO OLIVEIRA DE MELO, DO MÉXICO 
HONDA abriu sua segunda 
fábrica no México, para 
200 mil carros por ano 
ARQUIVO HONDA
AutomotiveBUSINESS • 55 
recorde de 2.933.465 unidades, o 
que representou um crescimento de 
1,7% comparado a 2012. Desse to-tal, 
mais da metade (1.646.950 uni-dades) 
teve como destino seu vizinho 
do norte, que comprou 9,5% mais 
veículos mexicanos do que em 2012. 
O Canadá manteve o segundo lugar 
como destino exportador do México, 
com 194.851 unidades, um cresci-mento 
de 21,7%. Os embarques para 
a América Latina, com o fechamento 
parcial dos mercados brasileiro e ar-gentino, 
recuaram 16% em 2013 em 
relação ao ano anterior. 
OS MEXICANOS 
ESPERAM 
ULTRAPASSAR O 
BRASIL PARA CHEGAR 
AO SÉTIMO LUGAR 
NO RANKING 
MUNDIAL DA 
PRODUÇÃO DE 
AUTOMÓVEIS 
INVESTIMENTOS 
Em 2014 as coisas começaram a me-lhorar 
ainda mais para os mexicanos. 
O primeiro semestre registrou uma 
produção de 1,59 milhão de unida-des, 
de acordo com a Asociación 
Mexicana de la Industria Automotriz 
(Amia), ante 1,57 milhão de unidades 
produzidas pelo Brasil, segundo a As-sociação 
Nacional dos Fabricantes de 
Veículos Automotores (Anfavea). Cla-ro 
que parte disso se deve ao fato de 
o Brasil ter sofrido as consequências 
do fechamento do mercado argentino 
e dos feriados pela Copa do Mundo. 
Mas não é tudo. Em fevereiro des-te 
ano, o México viu a Honda abrir 
sua segunda fábrica no país, que 
terá capacidade de produzir até 200 
mil automóveis, além da primeira 
fábrica da Mazda, que montará 230 
mil veículos, uma parcela destinada 
ao Brasil. Em novembro de 2013, a 
Nissan já havia aberto sua terceira 
fábrica no país, que colocará mais 
175 mil carros nos mercados mexi-cano 
e de exportação. 
Entre a última semana de junho e 
a primeira de julho foram anunciados 
mais dois expressivos investimentos. 
Um deles é da BMW, que vai construir 
fábrica no estado de San Luis Potosí, 
para montar 150 mil unidades por 
ano, fruto de um investimento de 
US$ 1 bilhão. Outro aporte será feito 
em conjunto por Nissan e Daimler, 
que farão no estado de Aguascalien-tes 
outro centro de produção, com 
capacidade para 300 mil carros por 
ano, consequência de uma aplica-ção 
de US$ 1,36 bilhão. Só a Nissan, 
que detém mais de 25% do mercado 
mexicano, projeta montar 1,1 milhão 
NOVAS FÁBRICAS NO MÉXICO 
BMW –150 mil veículos/ano 
HONDA – 200 mil veículos/ano 
MAZDA – 230 mil veículos/ano 
NISSAN –175 mil veículos/ano 
NISSAN E DAIMLER – 300 mil veículos/ano 
A MAZDA inaugurou sua primeira fábrica no México, para 230 mil veículos/ano 
A VOLKSWAGEN também está 
presente no México, onde produz o 
moderno Golf geração 7 
ARQUIVO MAZDA 
ARQUIVO VOLKSWAGEN
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano
Ideias para disciplinar o tráfego urbano

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Ideias para disciplinar o tráfego urbano

Semelhante a Ideias para disciplinar o tráfego urbano (20)

Industria automobilistica
Industria automobilisticaIndustria automobilistica
Industria automobilistica
 
Mitsibushi Brief
Mitsibushi BriefMitsibushi Brief
Mitsibushi Brief
 
Revista ab2
Revista ab2Revista ab2
Revista ab2
 
Carta de Conjuntura - (12/01/2016) - Rodrigo Morem
Carta de Conjuntura - (12/01/2016) - Rodrigo MoremCarta de Conjuntura - (12/01/2016) - Rodrigo Morem
Carta de Conjuntura - (12/01/2016) - Rodrigo Morem
 
Modelo trabalho carro_chines
Modelo trabalho carro_chinesModelo trabalho carro_chines
Modelo trabalho carro_chines
 
ProIndústria 2018 - dia 23 - H201 - A02
ProIndústria 2018 - dia 23 - H201 - A02ProIndústria 2018 - dia 23 - H201 - A02
ProIndústria 2018 - dia 23 - H201 - A02
 
Pesquisa
PesquisaPesquisa
Pesquisa
 
Pesquisa
PesquisaPesquisa
Pesquisa
 
Indústria Automobilística
Indústria AutomobilísticaIndústria Automobilística
Indústria Automobilística
 
816-2521-1-PB.pdf
816-2521-1-PB.pdf816-2521-1-PB.pdf
816-2521-1-PB.pdf
 
Dc auto
Dc autoDc auto
Dc auto
 
A indústria automobilística (1)
A indústria automobilística (1)A indústria automobilística (1)
A indústria automobilística (1)
 
A indústria automobilística
A indústria automobilísticaA indústria automobilística
A indústria automobilística
 
A indústria automobilística
A indústria automobilísticaA indústria automobilística
A indústria automobilística
 
Revista Carstereo 174 - março
Revista Carstereo 174 - marçoRevista Carstereo 174 - março
Revista Carstereo 174 - março
 
Reporter capixaba 54
Reporter capixaba 54Reporter capixaba 54
Reporter capixaba 54
 
Reporter capixaba 54
Reporter capixaba 54Reporter capixaba 54
Reporter capixaba 54
 
Análise das Estratégias de Lançamento - HB20 Brasil
Análise das Estratégias de Lançamento - HB20 BrasilAnálise das Estratégias de Lançamento - HB20 Brasil
Análise das Estratégias de Lançamento - HB20 Brasil
 
Desenvolvimento de Produto - SUV FIAT
Desenvolvimento de Produto - SUV FIATDesenvolvimento de Produto - SUV FIAT
Desenvolvimento de Produto - SUV FIAT
 
Revista Drift - Catalogo 07 Julho 2016
Revista Drift - Catalogo 07 Julho 2016Revista Drift - Catalogo 07 Julho 2016
Revista Drift - Catalogo 07 Julho 2016
 

Mais de Luiz Paulo dos Santos

JUNTAS ILLINOIS - TECNOLOGIA EM VEDAÇÃO AUTOMOTIVA
JUNTAS ILLINOIS - TECNOLOGIA EM VEDAÇÃO AUTOMOTIVAJUNTAS ILLINOIS - TECNOLOGIA EM VEDAÇÃO AUTOMOTIVA
JUNTAS ILLINOIS - TECNOLOGIA EM VEDAÇÃO AUTOMOTIVALuiz Paulo dos Santos
 
Folder aplicações E57KPD73 e E68KP01D73
Folder aplicações E57KPD73 e E68KP01D73Folder aplicações E57KPD73 e E68KP01D73
Folder aplicações E57KPD73 e E68KP01D73Luiz Paulo dos Santos
 
CATÁLOGO HENGST 2015 LINHA PESADA - COMPLETO
CATÁLOGO HENGST 2015 LINHA PESADA - COMPLETOCATÁLOGO HENGST 2015 LINHA PESADA - COMPLETO
CATÁLOGO HENGST 2015 LINHA PESADA - COMPLETOLuiz Paulo dos Santos
 
Desempenho da Indústria Automobílistica Brasileira
Desempenho da Indústria Automobílistica Brasileira Desempenho da Indústria Automobílistica Brasileira
Desempenho da Indústria Automobílistica Brasileira Luiz Paulo dos Santos
 
REPRESENTADAS - LPS REPRESENTAÇÕES
REPRESENTADAS - LPS REPRESENTAÇÕESREPRESENTADAS - LPS REPRESENTAÇÕES
REPRESENTADAS - LPS REPRESENTAÇÕESLuiz Paulo dos Santos
 
Transportadores e Frota registrados 2010a2014
Transportadores e Frota registrados 2010a2014Transportadores e Frota registrados 2010a2014
Transportadores e Frota registrados 2010a2014Luiz Paulo dos Santos
 
Tabela de Aplicacao Barras e Terminais de Direção - ATTOW
Tabela de Aplicacao Barras e Terminais de Direção - ATTOW Tabela de Aplicacao Barras e Terminais de Direção - ATTOW
Tabela de Aplicacao Barras e Terminais de Direção - ATTOW Luiz Paulo dos Santos
 

Mais de Luiz Paulo dos Santos (20)

JUNTAS ILLINOIS - TECNOLOGIA EM VEDAÇÃO AUTOMOTIVA
JUNTAS ILLINOIS - TECNOLOGIA EM VEDAÇÃO AUTOMOTIVAJUNTAS ILLINOIS - TECNOLOGIA EM VEDAÇÃO AUTOMOTIVA
JUNTAS ILLINOIS - TECNOLOGIA EM VEDAÇÃO AUTOMOTIVA
 
Catálogo HITECH
Catálogo HITECH Catálogo HITECH
Catálogo HITECH
 
FROTA CIRCULANTE 2017 SINDIPEÇAS
FROTA CIRCULANTE  2017 SINDIPEÇASFROTA CIRCULANTE  2017 SINDIPEÇAS
FROTA CIRCULANTE 2017 SINDIPEÇAS
 
Folder aplicações E57KPD73 e E68KP01D73
Folder aplicações E57KPD73 e E68KP01D73Folder aplicações E57KPD73 e E68KP01D73
Folder aplicações E57KPD73 e E68KP01D73
 
Fersa Rolamentos - Brasil
Fersa Rolamentos - BrasilFersa Rolamentos - Brasil
Fersa Rolamentos - Brasil
 
FERSA Rolamentos
FERSA Rolamentos FERSA Rolamentos
FERSA Rolamentos
 
CATÁLOGO HENGST 2015 LINHA PESADA - COMPLETO
CATÁLOGO HENGST 2015 LINHA PESADA - COMPLETOCATÁLOGO HENGST 2015 LINHA PESADA - COMPLETO
CATÁLOGO HENGST 2015 LINHA PESADA - COMPLETO
 
Bilstein Group Brasil
Bilstein Group  Brasil Bilstein Group  Brasil
Bilstein Group Brasil
 
Hengst Automotive
Hengst AutomotiveHengst Automotive
Hengst Automotive
 
Desempenho da Indústria Automobílistica Brasileira
Desempenho da Indústria Automobílistica Brasileira Desempenho da Indústria Automobílistica Brasileira
Desempenho da Indústria Automobílistica Brasileira
 
REPRESENTADAS - LPS REPRESENTAÇÕES
REPRESENTADAS - LPS REPRESENTAÇÕESREPRESENTADAS - LPS REPRESENTAÇÕES
REPRESENTADAS - LPS REPRESENTAÇÕES
 
Catalogo Takamaya (fan clutch maya)
Catalogo Takamaya (fan clutch maya)Catalogo Takamaya (fan clutch maya)
Catalogo Takamaya (fan clutch maya)
 
Mangueiras Intercooler
Mangueiras IntercoolerMangueiras Intercooler
Mangueiras Intercooler
 
Catálogo de Produtos FlexFab
Catálogo de Produtos FlexFabCatálogo de Produtos FlexFab
Catálogo de Produtos FlexFab
 
HENGST AUTOMOTIVE - POLÔNIA
HENGST AUTOMOTIVE - POLÔNIA HENGST AUTOMOTIVE - POLÔNIA
HENGST AUTOMOTIVE - POLÔNIA
 
Visão Mercado Automotivo
Visão Mercado AutomotivoVisão Mercado Automotivo
Visão Mercado Automotivo
 
Transportadores e Frota registrados 2010a2014
Transportadores e Frota registrados 2010a2014Transportadores e Frota registrados 2010a2014
Transportadores e Frota registrados 2010a2014
 
Tabela de Aplicacao Barras e Terminais de Direção - ATTOW
Tabela de Aplicacao Barras e Terminais de Direção - ATTOW Tabela de Aplicacao Barras e Terminais de Direção - ATTOW
Tabela de Aplicacao Barras e Terminais de Direção - ATTOW
 
Catalogo ATTOW AUTOMOTIVE
Catalogo ATTOW AUTOMOTIVECatalogo ATTOW AUTOMOTIVE
Catalogo ATTOW AUTOMOTIVE
 
Lançamento Defletor - Anti Chama
Lançamento Defletor - Anti ChamaLançamento Defletor - Anti Chama
Lançamento Defletor - Anti Chama
 

Ideias para disciplinar o tráfego urbano

  • 1. • POLOS AUTOMOTIVOS: O MAPA DA PRODUÇÃO • LANÇAMENTO: CHEGAM KA, SANDERO E TROLLER • ZF MOSTRA A LEVEZA NA MANOBRA DOS PESADOS Automotive AGOSTO DE 2014 A GUERRA ANO 6 • NÚMERO 28 DAS AUTOPEÇAS O INOVAR-AUTO LEVA O SETOR AUTOMOTIVO AO MOMENTO DE MAIOR TRANSFORMAÇÃO E PROVOCA UMA DISPUTA ACIRRADA ENTRE COMPONENTES NACIONAIS E IMPORTADOS NAS LINHAS DE PRODUÇÃO
  • 2. TANQUE METÁL I CO: A S O LUÇÃO DO FUTURO. A m a n e i ra d e p e n s a r o m u n d o e stá s e m p re em t ransformação, ex i g i n d o s o l u çõe s d i feren c i a d a s . A i d e i a q u e n o s m o v e é c o n s t r u i r, co m a n o s s a tecnologia, um futuro cada vez melhor para o nosso país e para o mundo.
  • 3. :LILILYUqVKPYPQH NYWVaJVTIY AETHRA S I S T E M A S AUTOMOT IVOS Tecnologia de Vanguarda
  • 4. ÍNDICE 4 • AutomotiveBUSINESS A GUERRA DAS AUTOPEÇAS No momento de maior transformação, provocado pelo programa Inovar-Auto, o setor automotivo muda seu perfil enquanto assiste a uma disputa acirrada entre autopeças nacionais e importadas nas linhas de montagem 8 FERNANDO CALMON ALTA RODA Para disciplinar o tráfego 10 NO PORTAL 12 CARREIRA 16 NEGÓCIOS 36 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO O AVANÇO DO RFID NAS FÁBRICAS Tecnologia localiza peças 40 POLOS AUTOMOTIVOS A GEOGRAFIA DA PRODUÇÃO Novas montadoras e fornecedores 78CAPA | INDÚSTRIA PROJETO FOTON, em Guaíba (RS), dá prioridade aos parceiros chineses ARQUIVO FOTON N p se a a li LUIS PRADO
  • 5. AutomotiveBUSINESS • 5 AUTOPEÇAS 82 Aftermarket 84 Fundidos 85 Forjados 86 Estampados 87 Interiores 88 Rolamentos 89 Transmissões//eixos 90 Turbos 92 Arrefecimento 46 TECNOLOGIA A LEVEZA DOS PESADOS Manobra por controle remoto 50 CAMINHÕES ANO DE DIFICULDADES Fabricantes à espera da retomada 54 MÉXICO DESTAQUE NOS INVESTIMENTOS Produção em alta, mercado reduzido 58 VEÍCULOS O NOVO FORD KA Pacote completo e bom preço 62 INDÚSTRIA A ARRANCADA DA TROLLER Fábrica recebeu R$ 215 milhões 66 LANÇAMENTO RENAULT CAPRICHA NO SANDERO Carro fica melhor até no preço 70 FÁBRICA INAUGURAÇÃO DA CHERY Primeira montadora chinesa no País 72 WORKSHOP O PLANEJAMENTO DE 2015 As dicas dos especialistas 94 COBIÇA LAR HI-TECH A ajuda dos eletrônicos O ZF INNOVATION TRUCK é um exemplo de integração de tecnologias existentes que projetam o futuro ARQUIVO ZF ARQUIVO FORDTROLLER ARQUIVO DELPHI
  • 6. EDITORIAL Paulo Ricardo Braga Editor paulobraga@automotivebusiness.com.br BUSCA DE IDENTIDADE 6 • AutomotiveBUSINESS REVISTA www.automotivebusiness.com.br Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda. Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias, empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico. Diretores Maria Theresa de Borthole Braga Paula Braga Prado Paulo Ricardo Braga Editor Responsável Paulo Ricardo Braga (Jornalista, MTPS 8858) Editora-Assistente Giovanna Riato Redação Camila Franco, Mário Curcio, Pedro Kutney e Sueli Reis Editor de Notícias do Portal Pedro Kutney Colaboradores desta edição Alexandre Akashi, Gustavo Ruffo, Edileuza Soares, Rodrigo Lara, Sérgio Oliveira de Melo 'HVLJQJUiÀFR Ricardo Alves de Souza RS Oficina de Arte )RWRJUDÀD_DSD Estúdio Luis Prado Publicidade Carina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves Atendimento ao leitor Patrícia Pedroso WebTV Marcos Ambroselli Comunicação e eventos Carolina Piovacari Impressão Margraf Distribuição MTLOG Administração, redação e publicidade Av. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema, 04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888 contato@automotivebusiness.com.br Em busca de componentes para se recompor, o Autobot da capa desta revista, um transformer que tem o poder de alternar a aparência como robô ou veículo, compartilha com a indústria automobilística brasileira a mesma dúvida: utilizar autopeças nacionais ou importadas? O dilema, no mundo real, está em encontrar um ponto de equilíbrio saudável entre o emprego de componentes nacionais e importados na produção dos veículos e, ao mesmo tempo, atender o ambicioso programa de rastreabilidade, que demonstra a origem das partes para efeito de recolhimento de impostos. De um lado, as autopeças importadas, aparentemente no papel de vilãs, podem significar redução de custo e opção por conteúdo tecnológico avançado, já disponível nas prateleiras; de outro, o uso de autopeças nacionais representa a tábua de salvação para os fornecedores locais, que têm assistido a uma verdadeira invasão de peças fabricadas no exterior. A disputa pelo mercado de autopeças, que mexe com a identidade das empresas do setor, tem peso expressivo e a balança comercial setorial acusa déficit da ordem de US$ 10 bilhões anuais. A aposta na reversão desse quadro desfavorável vem do programa Inovar-Auto, que estimula o produto nacional, por meio da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A matéria de capa desta edição ilustra essa questão e estende-se pela análise setorial de forjados, fundidos, estampados, interiores, rolamentos, transmissões, eixos, turbos e componentes para arrefecimento. Matéria de fôlego, fruto de levantamento conduzido pelo jornalista Gustavo Ruffo, revela o avanço dos polos automotivos, definindo sua vocação e principais sistemistas. Por meio do jornalista Sérgio Oliveira, brasileiro que reside no México, avaliamos a evolução da indústria automobilística daquele país que, embora tenha um mercado interno limitado, vai se equiparando ao Brasil na produção de veículos. Voltamos à carga com a análise do segmento de caminhões, que ainda espera pela recuperação das vendas no mercado interno. Outro destaque vai para o lançamento de veículos nacionais, com a avaliação do Troller T4, Sandero e Ford Ka. Reservamos também espaço para descrever a experiência do editor Pedro Kutney, do Portal Automotive Business, em extensa sessão para conhecer as novas tecnologias da ZF na Alemanha como forma de otimizar o desempenho de veículos pesados. Até a próxima edição.
  • 7. Na Stock Car é cada um por si. E Mobil Super por todos. Mobil Super, o lubrifi cante de todas as equipes da Stock Car. mobil.cosan.com /cosan.mobil Encontre também em: BA - Espaço do Óleo Navega (47) 3319-5707; CE - Da Nóbrega (85) 3494-3737; DF - Mega Lub (61) 3361-5023; PI - Edi Serviços Automotivos (86) 3232-7617; PR - Luciano Mendes (41) 3086-0072; RJ - Jotas ZR (Truck Car) (21) 2415-0651; SP - Giacomin Cia Ltda. (19) 3834-2002. Mobil e Mobil Super são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation ou uma de suas subsidiárias, utilizadas por Cosan Lubrifi cantes e Especialidades S.A., ou uma de suas subsidiárias, sob licença. Outras marcas ou nomes de produtos utilizados neste material são de propriedade de seus respectivos donos.
  • 8. 8 • AutomotiveBUSINESS LUIS PRADO FERNANDO CALMON é jornalista especializado na indústria automobilística fernando@calmon.jor.br Leia a coluna Alta Roda também no portal Automotive Business. PATROCINADORAS disciplinar o tráfego de superfície. Uma vem de Celso Franco, que já dirigiu o antigo Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro. Ele propôs, há mais de cinco anos, um estímulo indireto para que pessoas partilhem seus carros em caronas. O pedágio urbano de R$ 50,00/mês isentaria quem se voluntariasse ao transporte solidário. Mais recentemente, a americana Uber lançou um aplicativo, já em 30 países, para que pessoas oferecessem caronas mediante pagamento. Isso despertou a ira dos taxistas em cidades europeias e também no Rio e São Paulo. Difícil é banir aplicativos desse tipo. Outra proposição vem do consultor ambiental e transporte sustentável Olímpio Álvares, que apresentou o conceito do pedágio urbano inteligente (PUI) para a capital paulista em substituição ao rodízio (bom frisar). A tarifa média seria de R$ 7,00/dia ou 50% do que se cobra em Milão, que tem regulamentação complexa e várias exceções. Sua vantagem: limitar cobrança aos eixos de trânsito congestionados e apenas se a velocidade da via ficasse abaixo de um limite regulado. Aplicativos para celulares que traçam rotas alternativas ajudariam a aproveitar de modo mais racional as vias. Álvares acredita numa implantação gradativa do PUI que poderia ser proporcional ao valor do IPVA e consumo/ emissões de cada veículo. Seus cálculos apontam arrecadação para construir, anualmente, 7 km de metrô ou 100 km de BRT (corredor de ônibus avançado, não a enganação de faixas do lado direito). O grande problema de qualquer solução que envolva mais um imposto disfarçado, como pedágio urbano, é garantir dinheiro carimbado para o transporte coletivo que realmente funciona: metrô ou monotrilho. Soluções de superfície apresentam sérias limitações pelo crescimento desordenado das cidades brasileiras. Outro ângulo a coluna sempre enfatiza. Fabricação de veículos responde por 5% do PIB brasileiro e 12% dos impostos arrecadados, sem contar a derrama que continua ao longo da sua vida. Portanto, há dinheiro de sobra para mobilidade urbana, não aplicado por má gestão administrativa e política dos recursos. Ninguém deve se sentir culpado por usar um carro para ir ao trabalho. Um debate que mais cedo ou mais tarde acontecerá no Brasil é a maneira de utilizar, de forma mais racional, as vias de superfície nas grandes cidades. Ideias surgem no rastro de soluções implantadas em outras áreas metropolitanas no mundo. Pedágio urbano não é novidade, mas sua aplicação pode-se reconhecer como bastante restrita. Apenas Cingapura, Londres, Milão e Estocolmo cobram para que cidadãos motorizados adentrem o centro histórico. Em geral usa-se o sofisma de taxa de congestionamento. Roma impõe restrições de acesso, sem cobrança. Outras, como Cidade do México, proíbem circulação de veículos poluidores, mais antigos. Há exemplos de pagar para uso em algumas vias expressas (Santiago) ou túneis (Nova York). O que parece realmente pouco inteligente é limitar a circulação, sem fins ambientais, por meio de finais de placas, como acontece em São Paulo. Essa ideia, de tão ruim, se limita à capital paulista, mas alguns espertos a “venderam” para Bogotá e Caracas. Existem algumas propostas brasileiras para ALTA RODA USAR SEM CULPA
  • 9. FERNANDO CALMON AutomotiveBUSINESS • 9 HONDA prepara uma surpresa aos apreciado-res de SUVs compac-tos, antecipa a coluna. Em meados de 2015 já terá em produção o Ve-zel (com outro nome) na fábrica atual de Suma-ré (SP), sem esperar con-clusão da nova unidade de Itirapina (SP), no final do próximo ano. Quando esta ficar pronta, produ-zirá o CR-V em Sumaré. MOTOR do BMW 320i demonstra: turbocom-pressor/ injeção direta é a melhor combinação pos-sível para o etanol. Em-bora não tenha alterado valores de potência (184 cv) e torque (27,6 mkg.f), a diferença com etanol aparece em acelerações de retomada, principal-mente, além de pequena melhora no consumo em relação à gasolina. Inex-plicável é o sistema des-liga- liga o motor ser ini-bido, quando se usa eta-nol. PESQUISA da J.D. Power com consumido-res nos EUA aponta mau funcionamento de al-guns comandos de voz, que avançam nos siste-mas avançados de mul-timídia. Possivelmente por interferências de ruí-dos normais do veículo e vozes a bordo. Para me-lhorar essa deficiência, a Ford deslocou do rádio para o teto o microfone no novo Ka. GRUPO PSA Peugeot Citroën decidiu importar toda a linha DS da China. Os carros estarão no Sa-lão do Automóvel de São Paulo, começando pelo DS5 com motor turbo de 1,8 l/200 cv. Preços serão realmente competitivos. Grupo francês enquadrou a linha DS como nova submarca, sem ligação à Citroën ou à Peugeot. PARA quem achava que no Brasil sempre se ganha dinheiro fácil vendendo au-tomóveis precisa ver balan-ços regionais das compa-nhias. Ford perdeu quase US$ 300 milhões neste se-gundo trimestre, na Améri-ca do Sul, onde o País re-presenta quase 2/3 do fatu-ramento. GM também es-tá no negativo. Fiat já ha-via registrado queda de lu-cro de 80% em 2013 e ago-ra mais 23%. MINI Cooper S exibe de-sempenho nem um pou-co minúsculo. Nova gera-ção do modelo inglês tem motor turbo 2 litros/192 cv, mas o torque impressiona muito: 30,6 kgf.m a apenas 1.250 rpm. O interior ga-nhou espaço atrás e o no-vo quadro de instrumentos ficou bem melhor. Suspen-são é firme um pouco além da conta (para o piso bra-sileiro), mesmo na regula-gem suave. APESAR de problemas em alguns mercados, Gru-po VW prevê vender pela primeira vez mais de 10 mi-lhões de unidades no mun-do este ano. A Toyota tam-bém projeta romper essa barreira. Briga pela lideran-ça mundial está acirrada, mas projeções de analistas apontam tendência de os alemães chegarem ao topo em 2014, quatro anos an-tes da meta anunciada. SINDICATO de servido-res federais da área de ci-ência e tecnologia do se-tor aeroespacial apoiou a publicação de um livro sobre a história de de-senvolvimento do mo-tor a álcool no Brasil. De autoria de Fernanda An-drade, reporta com por-menores e documentos o esforço desde 1975 do professor Urbano Stum-pf e sua equipe do então Centro Técnico Aeroes-pacial, de São José dos Campos (SP). GOVERNO FEDE-RAL adiou por dois anos os rastreadores em veículos à venda no Bra-sil não apenas por difi-culdades técnicas. Há duas ações na Justiça questionando quanto ao direito de privacida-de. Por outro lado, cerca de 200 empresas ofere-cem o serviço. Quem se interessar estará servido. Não tem sentido impor esse acessório. DIVULGAÇÃO RODA VIVA BMW 320I: turbocompressor/injeção direta é a melhor combinação para o etanol
  • 10. AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR EXPORTAÇÕES COMPENSAM QUEDA NA VOLVO BUS A divisão de ônibus da Volvo no Brasil enfrenta a baixa do mercado com um reforço nas exportações. A companhia estima a venda de 800 unidades em outros países em 2014, a maior parte para a Colômbia. Com isso a montadora deve manter este ano o nível de produção registrado em 2013 na planta de Curitiba (PR), próximo de 3,2 mil unidades, apesar de ter reduzido a atividade na fábrica para apenas um turno de trabalho desde agosto do ano passado. SCANIA DESENVOLVE pesados no País, motivada pelo enfraquecimento da economia, a Scania aproveita a expertise com produtos customizados para fechar novos negócios. A empresa entregou o primeiro lote de 33 caminhões de combate a incêndio aeroportuário, desenvolvidos em parceria com a Lavrita Engenharia, para a Secretaria de Aviação Civil. www.automotivebusiness.com.br/abtv CAMINHÃO PARA AEROPORTOS Diante da retração nos licenciamentos de EXCLUSIVO REDES SOCIAIS QUEM É QUEM A ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/ quemquem.aspx 10 • AutomotiveBUSINESS ESTATÍSTICAS Acompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor. automotivebusiness.com.br/ estatisticas.aspx TWITTER Siga o Portal AB na rede social e acompanhe os links e novidades postados pela nossa equipe. @automotiveb PINTEREST Acompanhe os painéis com as principais novidades do Portal, Revista e AB webTV. pinterest.com/automotiveb MOBILE WEBSITE Formato leve e adequado para quem acompanha as notícias pelo smartphone ou tablet. m.automotivebusiness.com.br WEB TV MOTOS GRANDES E SCOOTERS GANHAM ESPAÇO Em movimento contrário ao do mercado de motos como um todo, a venda de scooters e de modelos de alta cilindrada cresceu no primeiro semestre de 2014. De janeiro a junho foram repassados das fábricas aos concessionários 20,4 mil scooters, alta de 31,8% sobre igual período de 2013. No caso das motocicletas acima de 450 cc, as 25,5 mil unidades repassadas na primeira metade do ano resultaram em crescimento de 11,5%. PORTAL | AUTOMOTIVE BUSINESS MULHERES AUTOMOTIVAS ENTREVISTA 90 SEGUNDOS VALTER PIERACCIANI E ALFONSO ABRAMI, da Pieracciani Consultoria, avaliam os desafios e vitórias do Inovar-Auto RENATA PERUCCI, gerente-executiva de caminhões da Scania Latin America, revela os desafios de trabalhar no segmento de veículos pesados Descubra em um minuto e meio os fatores que devem ser levados em conta no momento de fazer o planejamento de 2015
  • 11. LUMIA UNIDADE SUL Caxias do Sul - RS Telefone: (54) 2101.3800 coventya.rs@coventya.com.br www.coventya.com.br UNIDADE SUDESTE São Paulo - SP Telefone: (11) 4055.6600 coventya@coventya.com.br Ecologicamente correta Suporte técnico mundial 3 unidades no Brasil UNIDADE INTERIOR Sumaré - SP Telefone: (19) 3922.8423 coventya.spi@coventya.com.br Beyond the Surface Alta tecnologia química Constante inovação de processos Foco em Pesquisa e Desenvolvimento 333 333 A constante inovação é uma das forças do Grupo COVENTYA, que fundamenta-se no desenvolvimento de processos de alta tecnologia e ambientalmente corretos. O grande objetivo da equipe mundial de PD é assegurar soluções e processos que venham a garantir a parceria ideal para um negócio de sucesso.
  • 12. CARREIRA MILTON REGO: ABAL BUSCA NOVA VISÃO PARA SEGMENTO DE METALURGIA AUTOMOTIVE BUSINESS – Por que decidiu se juntar à Abal? MILTON REGO – O convite foi feito meses atrás. O processo todo foi um pouco longo, o que seria esperado em uma associação que é presidida por um conselho. A Abal tem buscado profissionais de fora de um setor específico, o que acho oportuno, por trazer a possibilidade de incorporar uma nova visão ao segmento de metalurgia. AB – Quais serão seus principais desafios na nova função? MR – Estão relacionados com a competitividade da cadeia. A indústria do alumínio, assim como a automotiva, está pressionada por importações de asiáticos ao mesmo tempo em que perde exportações. Está muito oneroso produzir no Brasil e isso tem de ser enfrentado, pois o alumínio é um insumo estratégico para os principais segmentos da economia. Seu consumo cresce em ritmo maior do que o do PIB. AB – Como aumentar o uso do alumínio na indústria automobilística? MR – O Brasil está muito atrás na utilização de alumínio. Na Europa e nos Estados Unidos, a média está entre 140 e 170 quilos por veículo, enquanto estamos em um terço desse valor. A tendência de substituição por materiais mais leves e resistentes, como o alumínio, é inevitável nesta indústria, que têm objetivos desafiadores de eficiência energética. Q EXECUTIVO, QUE TROCOU A DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO CORPORATIVA E RELAÇÕES EXTERNAS DA CNH INDUSTRIAL PELA PRESIDÊNCIA EXECUTIVA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO, APONTA OS NOVOS DESAFIOS CAMILA FRANCO EXECUTIVOS AUDI – Contratou Herlander Zola (foto 1), ex-BMW, para a nova diretoria de marketing que ajudará a expandir a marca no País. NISSAN – Murilo Moreno (foto 2), deixa a diretoria de marketing da montadora e é substituído interinamente por Arnaud Charpentier, diretor de desenvolvimento de rede e satisfação do cliente. PEUGEOT – Companhia tem novo diretor geral para o Brasil. O chileno Miguel Figari (foto 3) está no lugar de Frédéric Drouin, transferido para a Suíça pelo Grupo PSA. SCANIA – Anuncia diretor-geral de operações comerciais. Mathias Carlbaum (foto 4), que atuava na região Ibérica, assume no lugar de Roberto Leoncini, agora na Mercedes-Benz. VOLKSWAGEN – Osmair Garcia (foto 5) é o novo VP de finanças, em substituição a Carsten Isensee, que foi para China. Ivan Segal (foto 6) assumiu a diretoria de vendas no lugar de Jochen Funk, que retorna à Alemanha. Ronaldo Znidarsis (foto7) ficou com a direção de desenvolvimento de rede e veículos comerciais leves, enquanto Dieter Strass terá novas funções na empresa.
  • 13. SABE O QUE É FREIO MOTOR MAIS POTENTE DA CATEGORIA? É DAF XF105. Mais potência com menor consumo de combustível. Frenagem com estabilidade em baixa e alta velocidades. Freios a tambor nos eixos frontal e traseiro que garantem excelente desempenho na estrada. • Motor PACCAR MX de 12,9 litros. • Freio motor de 430 CV a 2.100 rpm. • Disponível nas configurações 410 e 460 CV, 6x2 e 6x4. • Cabine com amplo espaço interno e extremo conforto. • Exclusiva trava de segurança Night Lock. • Farol com lentes Lexxan, mais resistente a impactos. DAF é outra categoria. Cinto de segurança salva vidas. DRIVEN BY QUALITY TRUCKS | PARTS | FINANCE WWW.DAFCAMINHOES.COM.BR EUROPEU MADE IN BRASIL EUROPEU FABRICADO NO BRASIL F I N A N C I A M E N T O FINAME
  • 14.
  • 15.
  • 16. NEGÓCIOS O INOVAR-AUTO É O PRIMEIRO PASSO, NÃO É UMA OBRA ACABADA E É MUITO MAIS COMPLEXO DO QUE SE VISLUMBRA QUANDO SE ESCREVE O PROJETO. ESPERO QUE AO FIM DESTE BALANÇO TENHAMOS ESSA CLAREZA DE QUE AVANÇAMOS EM UM ANO, MAS AINDA HÁ MUITO A SER FEITO COMPACTO SUZUKI SWIFT ESTÁ DE VOLTA AO BRASIL TECNOLOGIA 16 • AutomotiveBUSINESS A Suzuki volta a trazer ao Brasil o compacto Swift, importado anteriormente nos anos 1990. O carrinho chega em duas versões, Sport, por R$ 74.990, e Sport R, com preço sugerido de R$ 81.990. As duas são equipadas com o motor 1.6 a gasolina, de quatro cilindros e 142 cavalos. O câmbio é manual de seis marchas. O Swift mede 3,89 metros e tem recursos eletrônicos para segurança como programa de estabilidade (ESP) combinado a controle de tração, que podem ser desativados. O interior inclui bancos em forma de concha, sistema de partida sem chave, ar-condicionado digital automático, comandos de áudio, Bluetooth e piloto automático no volante, além de som com CD player e entrada USB. PONTO DE VISTA MARGARETE GANDINI, do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), ao falar do desafio de desenvolver o Inovar-Auto durante apresentação no Simea, simpósio de engenharia automotiva promovido pela AEA em agosto. NOVO UNO É O 1º CARRO BRASILEIRO COM START-STOP A nova geração do Fiat Uno chegou ao mercado no início de setembro com o título de primeiro carro brasileiro equipado com start-stop, tecnologia que desliga e liga o motor automatica-mente em pequenas paradas, como no semáforo, por exemplo. Fornecido pela Bosch, o sistema promete redução no consumo de combustível de 20% e até então só estava disponível nos carros importados. Aparentemente, a estratégia é uma das armas da fa-bricante para alcançar a melhoria de eficiência energética exigida no Inovar-Auto. A novidade vem de série na versão Evolution do carro, equipada com motor 1.4. SUZUKI / SERGIO CHVAICER DIVULGAÇÃO / FIAT
  • 17.
  • 18. NEGÓCIOS QUEDA BRASIL PERDE UMA POSIÇÃO ENTRE MERCADOS GLOBAIS A contração de 7,3% nas vendas de automóveis e comerciais leves no primeiro semestre de 2014 puxou o Brasil para baixo no ranking dos maiores mercados globais. O País ficou na quinta posição, atrás da Alemanha, que subiu para a quarta. Os números foram divulgados pela Jato Dynamics, que levou em conta dados de 27 países. A China permaneceu na liderança global, com mais de 10 milhões de emplacamentos entre janeiro e junho. FUSÃO FEDERAL-MOGUL COMPRA DIVISÃO DA HONEYWELL CRÉDITO GOVERNO INCENTIVA FINANCIAMENTOS 18 • AutomotiveBUSINESS VENDAS DE VEÍCULOS LEVES 1º SEMESTRE DE 2014 País Emplacamentos 1º China 10,15 milhões 2º EUA 8,16 milhões 3º Japão 2,97 milhões 4º Alemanha 1,64 milhão 5º Brasil 1,58 milhão 6º Grã Bretanha 1,44 milhão 7º Índia 1,43 milhão 8º Rússia 1,22 milhão 9º França 1,14 milhão 10º Canadá 909,7 mil A fabricante de autopeças Federal-Mogul comprou da Honeywell Friction Materials FONTE: JATO DYNAMICS a unidade produtora de componentes de freios (pastilhas, sapatas e fluidos) das marcas Jurid e Bendix localizada em Sorocaba (SP). A operação permitirá à Federal-Mogul ampliar a atuação na América do Sul. Além do fornecimento às montadoras, a companhia reforçará presença no pós-venda e acredita em possibilidade de crescimento como consequência da implantação do programa Inovar-Auto. Para contornar o desaquecimento das vendas, Banco Central e Ministério da Fazenda adotaram medidas para estimular a concessão de crédito para a compra de veículos. Foram liberados mais R$ 10 bilhões do depósito compulsório dos bancos e houve redução das provisões de risco em R$ 15 bilhões. Dessa forma, R$ 25 bilhões foram injetados no mercado de financiamentos. O governo atacou também a falta de garantia dos bancos nesse tipo de contrato, já que havia dificuldade para retomar o veículo em caso de inadimplência. Será editada medida provisória para facilitar a recuperação do bem. A iniciativa atende pleito da Fenabrave, federação dos distribuidores de veículos. A entidade calcula que apenas 15% dos carros com pagamento atrasado são localizados e que, com o atual processo de retomada, as instituições levam, em média, 210 dias para reaver o bem. A mudança deve motivar o interesse das instituições financeiras em emprestar, com redução dos juros. DIVULGAÇÃO / FEDERAL-MOGUL
  • 19. No trânsito, somos todos pedestres. Prevenir que acidentes aconteçam. Proteger as pessoas, caso eles ocorram. Direção livre de acidentes e lesões, acessível para veículos de todas as categorias e em todos os mercados do mundo, fazem parte dos objetivos do Grupo Continental ao desenvolver tecnologias inovadoras para a prevenção de acidentes de trânsito. Dirigir com segurança significa utilizar todos os dispositivos de segurança ativa para prevenir os acidentes. E, se não puder evitá-los, usar todos os dispositivos de segurança passiva para fornecer aos motoristas e passageiros a máxima proteção. www.continental-automotive.com
  • 20. NEGÓCIOS COMERCIAL A Ford confirmou que vai parar de vender a Transit no Brasil. Desde 2008 a linha de vans era importada da Turquia. Ainda há estoque do modelo na rede de concessionárias da marca, que deve acabar nos próximos meses. O projeto inicial era lançar no Brasil ainda este ano a nova geração do veículo, mas a empresa decidiu PREFERIDA HYUNDAI É ELEITA A MELHOR PELOS PROPRIETÁRIOS A Hyundai Brasil, fabricante da família HB20, foi eleita a empresa com maior índice de satisfação entre proprietários de veículos novos no País. A conclusão é do estudo “Voss Brasil 2014 – Vehicle Ownership Satisfaction StudySM”, realizado pela J.D. Power. O levantamento avalia a experiência vivenciada por proprietários de veículos novos (12 a 36 meses após a compra). Esta é a primeira vez que a Hyundai aparece no estudo. No segundo lugar entre as favoritas dos proprietários ficou a Toyota. Entre as marcas que obtiveram pontuações acima da média da indústria brasileira, encontram-se outras cinco asiáticas: Honda, Kia, Nissan, Mitsubishi, Hyundai-Caoa e uma europeia, a Volkswagen (738). ZERO EMISSÃO U m esportivo elétrico brasileiro poderá se tornar realidade nos próximos dois anos. O projeto da Electric Dreams, empresa instalada no polo tecnológico de São José dos Campos (SP), é de um carro com quatro motores adiar o projeto por causa das condições desfavoráveis do mercado. “Não vamos importar outro lote deste modelo e ainda não temos previsão de quando a nova geração chega ao Brasil”, admite o diretor de operações, Guy Rodrigues. Segundo ele, a alta do dólar também tornou inviável a continuidade das vendas da van. FORD INTERROMPE IMPORTAÇÃO DA TRANSIT BRASIL DESENVOLVE ESPORTIVO ELÉTRICO elétricos, um por roda, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de três segundos, com velocidade máxima de 300 km/h. O desenvolvimento tem custo estimado em R$ 25 milhões. Desse total, R$ 6,3 milhões virão de um financiamento do BNDES concedido ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicação (CPqD). Essa fundação criará a bateria e os inversores que serão utilizados pela fabricante do carro. A Electric Dreams contará com capital próprio, externo e subvenção da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O projeto foi aprovado pelo BNDES Fundo Tecnológico (BNDES Funtec). “Será um carro para um mercado de luxo, para pessoas que gostam de alto desempenho e recursos tecnológicos”, afirma o diretor da companhia, Fábio Guillaumon, sem revelar o preço estimado para o carro. Ele reconhece que o projeto parece anti-intuitivo (já que o natural seria levar os avanços obtidos a mais consumidores), mas acredita ser viável com a venda de cerca de 20 unidades por ano. DIVULGAÇÃO / FORD MÁRIO CURCIO
  • 21.
  • 22. NEGÓCIOS REESTREIA FORD FAZ NOVA INVESTIDA NO MERCADO COM SÉRIE F D epois de interromper a produção por quase três anos, a Ford volta a fabricar os caminhões da Série F em São Bernardo do Campo (SP). Segundo a montadora, o retorno da linha é resposta à demanda dos clientes, que não encontraram substitutos para o veículo. “Sinal claro da falta que a Série F fez foi a valorização dos veículos usados na revenda. O preço disparou”, conta Guy Rodriguez, diretor de operações da Ford Caminhões. A rede de 140 concessionárias da marca oferece agora três versões do caminhão: F-350, F-4000 4x2 e F-4000 4x4, com preços que vão de R$ 101.290 a R$ 133.290. 22 • AutomotiveBUSINESS A linha tem garantia total de 12 meses e de 24 meses para o motor, sem limite de quilometragem. Há condição de compra com financiamento pelo Finame/BNDES e pelo Consórcio Ford. A expectativa é por maior demanda pelo F-350 em regiões urbanas, principalmente autônomos interessados em baixo custo operacional. O F-4000 4x2, segundo a fabricante, deve ter uso misto, no campo e na cidade, por causa de sua robustez. Já o F-4000 4x4 tem aplicações mais específicas como o segmento de manutenção (redes elétricas, telefonia, água, esgoto, aplicações rurais) e, segundo a Ford, vai atrair frotistas. Os veículos são equipados com motores 25% mais potentes quando comparados aos da geração anterior: 2.8 de 4 cilindros, com até 150 cv de potência, fabricado pela Cummins com sistema SCR de pós-tratamento. O propulsor, segundo a montadora, é ainda compatível com diesel B20, combustível com 20% de biodiesel. GM ANUNCIA R$ 6,5 BILHÕES PARA O BRASIL D epois de encerrar aporte de R$ 5,7 bilhões em 2013, a General Motors está pronta para nova etapa de investimentos no Brasil. Em reunião com a presidente Dilma Rousseff, a CEO da organização, Mary Barra, anunciou que serão aplicados R$ 6,5 bilhões de 2014 a 2018. O foco estará no desenvolvi-mento de novos produtos, melhoria dos existentes e manutenção das instalações locais. “Estamos no Bra-sil há quase 90 anos e este é um importante mercado. Continuaremos por aqui. Nosso compromisso é de longo prazo”, declarou a executiva ao ser questionada sobre a situação atual do mercado brasileiro. Em comunicado, Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul, detalhou que o “investimento permitirá à marca Chevrolet continuar a renovação de sua linha de automóveis com foco em tecnologia e qualidade. Outro grande propósito é elevar o porcentual de nacionalização dos componentes dos carros feitos no Brasil, numa ação que envolverá também fornecedores instalados no País”. Embora a montadora não revele quais novos produtos serão desenvolvidos localmente, sabe-se que está em andamento o Projeto Âmbar, carro de baixo custo encabeçado pela engenharia brasileira. INVESTIMENTO DIVULGAÇÃO / FORD
  • 23. Para rodar com mais segurança, nosso país tem a força do aço Gerdau. A força da transformação. www.gerdau.com /gerdau /gerdausa O aço da Gerdau tem a força da transformação. A indústria automotiva vem evoluindo na construção de veículos mais H¿FLHQWHVFRQ¿iYHLVHVHJXURV6HPSUHDRVHXODGRRDoRGD*HUGDXVH WUDQVIRUPDHPSURGXWRVGHDOWDWHFQRORJLDTXHID]HPSDUWHGRVFDUURV FDPLQK}HVH{QLEXVTXHURGDPSHOR%UDVLOHSHORPXQGR
  • 24. NACIONALIZAÇÃO SINOTRUK É HABILITADA AO INOVAR-AUTO COMO INVESTIDORA D epois de ter os planos abalados pelo Inovar-Auto, a fabricante de caminhões de origem chinesa Sinotruk dá sequência ao plano de se estabelecer no Brasil. A companhia foi habilitada no programa na categoria de investidora. Com isso, passa a ter direito à apuração de crédito presumido de IPI e poderá importar 312 caminhões da família A7 entre 1o de agosto deste ano e 31 de janeiro de 2015 sem o adicional de 30 pontos porcentuais na alíquota. A fábrica brasileira da Sinotruk ficará em Lages (SC), com início da operação previsto para 2016. O investimento inicial será de R$ 300 milhões, com possibilidade de alcançar R$ 1 bilhão no médio prazo, segundo a empresa. DIVULGAÇÃO / SINOTRUK US$ 663 MILHÕES REMESSAS DE LUCROS DAS MONTADORAS ENCOLHEM 70% ARCELORMITTAL BONS RESULTADOS COM AÇO DE ALTA RESISTÊNCIA DIVULGAÇÃO / ARCELORMITTAL A ArcelorMittal nem começou a fabricar no Brasil o Usibor, aço de alta resistência desenvolvido para a indústria automobilística, e já percebe aumento da demanda pelo material. Em 2011, quando passou a importá-lo da Europa, foram trazidas mil toneladas. Este ano, a previsão é de 12 mil a 13 mil toneladas. A partir de 2016, deverão ser fabricadas localmente 100 mil toneladas do Usibor por ano na unidade de São Francisco do Sul (SC), que recebeu investimento de US$ 15 milhões. Marcelo Federici, especialista em desenvolvimento de projeto automotivo da ArcelorMittal, conta que todas as montadoras instaladas no Brasil têm demonstrado interesse em utilizá-lo. “As empresas que ainda não decidiram pelo material no Brasil já o utilizam na Europa e nos Estados Unidos e, em questão de tempo, vão passar a usá-lo aqui.” Fiat, GM, Ford e Volkswagen já têm projetos com o aço. Duas empresas de autopeças instaladas no País também são clientes. E outras estão em negociação.(Camila Franco) C omo resultado direto da queda das vendas de veículos no mercado brasileiro, as remessas de lucros de dividendos das montadoras instaladas no País às suas matrizes no exterior despencaram. Dados do Banco Central mostram que, de janeiro a julho, os fabricantes remeteram US$ 663 milhões, com expressivo declínio de 70% em comparação ao mesmo período de 2013, quando foram enviados US$ 2,2 bilhões. Apesar do recuo, as montadoras representam este ano o quarto setor que mais enviou lucros ao exterior e surpreendem pelo fato de continuar a fazer remessas quando reclamam que a rentabilidade no País acabou como consequência da queda das vendas. (Pedro Kutney)
  • 25. Mobil 1. /XEULÀFDQWHRÀFLDOGD3RUVFKH *7XSKDOOHQJH LÍDER MUNDIAL EM LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS. mobil.cosan.com Mobil, Mobil 1 e o ícone 1 são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation RXXPDGHVXDVVXEVLGLiULDVXWLOL]DGDVSRURVDQ/XEULÀFDQWHVH(VSHFLDOLGDGHV6$RX uma de suas subsidiárias, sob licença. Outras marcas ou nomes de produtos utilizados neste material são de propriedade de seus respectivos donos.
  • 26. NEGÓCIOS SEGURANÇA CHEVROLET ONIX DECEPCIONA EM TESTE DO LATIN NCAP U ma nova bateria de testes de impacto do Latin NCAP evidenciou que a segurança é um ponto fraco do Chevrolet Onix. O modelo, equipado com airbag duplo, recebeu três de cinco estrelas possíveis no quesito proteção dos adultos. O desempenho foi pior quando avaliada a segurança das crianças transportadas: apenas duas estrelas. Alejandro Furas, diretor técnico do Global NCAP, admitiu ter ficado surpreso e desapontado com o resultado, já que a plataforma do hatchback é totalmente nova. Na mesma bateria de testes foram avaliados também 26 • AutomotiveBUSINESS Chevrolet Spark fabricado na Coreia do Sul, Fiat Novo Palio feito na Argentina (tanto a versão com airbag vendida atualmente no Brasil quanto a sem o equipamento, que saiu de linha), além do Peugeot 208, produzido na fábrica da PSA em Porto Real (RJ). O Spark, que não é vendido no Brasil, teve avaliação ainda pior e não conquistou sequer uma estrela em proteção para adultos. O Palio com airbags obteve três estrelas. Já o modelo da Peugeot recebeu quatro estrelas em proteção para adultos e três para crianças. BRASMETAL: aços e conjuntos metálicos THYSSENKRUPP: forjados SCHULZ: fundidos NORTE FIOS: materiais não metálicos SANDVIK DO BRASIL: materiais indiretos VALLOUREC TUBOS: sustentabilidade AUTOPEÇAS ZF RECONHECE FORNECEDORES DA AMÉRICA DO SUL A ZF América do Sul promoveu o 11º encontro com seus fornecedores da região no dia 26 de agosto, em São Paulo (SP). O evento reuniu 200 convidados e premiou os seis parceiros que mais se destacaram no último ano em inovação tecnológica, competitividade e sustentabilidade. No encontro a companhia enfatizou ainda a necessidade de os fornecedores se prepararem para competir globalmente e para acompanhar o crescimento da companhia. MELHORES PARCEIROS DA ZF DIVULGAÇÃO / GLOBAL NCAP DIVULGAÇÃO / ZF
  • 27. Volvo. Líder mundial em inovação, tecnologia e segurança.
  • 28. NEGÓCIOS INVESTIMENTO HVCC INAUGURA 1ª FÁBRICA NO BRASIL A Halla Visteon Climate Control (HVCC), empresa nascida em 2013 com a integração das operações de sistemas de climatização automotiva da Halla e Visteon, inaugurou sua primeira fábrica no Brasil e no Hemisfério Sul em agosto. A unidade, que fica em Atibaia (SP), é a 35ª planta da companhia no mundo e vai montar módulos de controle HVAC (sigla em inglês para aquecimento, ventilação e ar-condicionado), instalados atrás do painel dos carros. Os dois primeiros clientes no mercado brasileiro são Ford, que já era atendida pela Visteon, e a chinesa INCENTIVOS ZONA FRANCA DE MANAUS GARANTIDA POR MAIS 50 ANOS O Congresso Nacional pror-rogou por mais 50 anos – até 2073 – os incentivos fiscais especiais para a Zona Franca de Manaus (ZFM). A política tributária diferenciada do restante do País, que garante custos de produção mais baixos na região, se encer-raria em 2023. As condições es-peciais foram instituídas em 1967 pelo Decreto de Lei 288. PREMIUM CLASSE C: CLÁSSICO GANHOU REBELDIA 28 • AutomotiveBUSINESS Chery, que inaugurou fábrica em Jacareí (SP). “O Brasil é estratégico para nosso crescimento, é o quarto maior mercado de veículos do mundo e abriga quase todos os fabricantes globais. Precisávamos desta fábrica para ser competitivos para nossos clientes instalados aqui”, afirma Yong-Hwan Park, presidente mundial HVCC. Apesar de estar no início das atividades, a companhia tem grandes expectativas de crescimento. “Atendemos muitos clientes que estão trazendo seus projetos globais para cá.” (Pedro Kutney) ASSISTA À REPORTAGEM O novo Mercedes-Benz Classe C chegou às concessionárias em agosto com o slogan “O clássico ganhou um toque de rebeldia”. O modelo tem quatro versões, com preços que variam de R$ 138,9 mil até R$ 189,9 mil. De fato, a frase tem tudo a ver com a quinta geração do automóvel, o mais vendido pela marca no Brasil e no mundo. O design ficou mais irreverente e houve mudança também na motorização. Além do propulsor 1.6 turbo de 156 cavalos, o mesmo da geração anterior, há oferta do motor 2.0 turbo de 184 cavalos. A estrutura do novo Classe C é totalmente nova, feita em grande parte de alumínio, além de contar com aços mais leves e resistentes. Comparado com o modelo antecessor, o conteúdo de alumínio aumentou de menos de 10% para quase 50%. Como resultado, o carro, que também ganhou direção elétrica no lugar da hidráulica, ficou 60 quilos mais leve, apesar de ter crescido 80 milímetros na distância entre eixos e de estar 95 milímetros mais longo e 40 milímetros mais largo. A redução de peso deixou o sedã até 20% mais econômico. De agosto a dezembro a marca espera vender 2,5 mil unidades do novo Classe C, com média de 500 unidades por mês. DIVULGAÇÃO / MERCEDES-BENZ / MALAGRINE
  • 29. CONFIDENCIALIDADE: QUANDO O SIGILO É A MELHOR INFORMAÇÃO. Em um cenário dinâmico e de concorrência acirrada, a con¿dencialidade é essencial para a prestação de serviços em Pesquisa e Desenvolvimento. A MAHLE Powertrain garante o sigilo das informações estratégicas de cada cliente por meio de uma estrutura especialmente projetada, com acesso controlado, câmeras de monitoramento nos corredores, bloqueio visual nos laboratórios, identi¿cação de locais restritos e, acima de tudo, pro¿ssionais treinados e absolutamente comprometidos. www.mahlepowertrain.com
  • 30. NEGÓCIOS EVENTO CONGRESSO FENABRAVE PÕE EM DISCUSSÃO DESAFIOS DA DISTRIBUIÇÃO C om o tema “Superação”, o 24o Congresso e ExpoFenabrave debateu os desafios dos concessionários entre 13 e 14 de agosto, em Curitiba (PR). Na abertura do evento o presidente da entidade dos distribuidores de veículos, Flávio Meneghetti, falou da necessidade de as redes renovarem as estratégias para encarar a nova realidade: mais marcas disputando o mesmo mercado que, ao menos este ano, deve encolher. Também voltou à carga contra um velho conhecido expediente das montadoras em época de vendas magras: o aumento das vendas diretas, que tiram rentabilidade dos concessionários. Segundo ele, este tratamento é inaceitável para os concessionários que “são ou deveriam ser os principais parceiros das montadoras”. O dirigente conta que o problema vem sendo discutido há mais de uma década sem solução. “Existe aqui um tremendo desequilíbrio comercial que temos de procurar nivelar em termos aceitáveis para todas as partes envolvidas”, defende. Nesse tom, Meneghetti cobrou das montadoras a oferta de condições para que as redes se mantenham financeiramente saudáveis. “Trabalhamos para que nossas marcas prosperem, mas, da mesma forma, queremos também prosperar nos realizando profissionalmente e remunerando nossos investimentos.” A Fenabrave também continua a enfatizar a necessidade de diversificar as receitas dos negócios. “As margens das vendas de novos vêm caindo e precisamos seguir o exemplo dos nossos colegas dos Estados Unidos”, apontou, lembrando a necessidade de investir na divisão de serviços e em vendas de TESTES CAMPO DE PROVAS DA GM COMPLETA 40 ANOS 30 • AutomotiveBUSINESS usados. “Superação passa a ser a palavra de ordem para qualquer concessionário que queira sobreviver, se manter e prosperar nesse concorrido mercado”, determina. ESTOQUES A redução do ritmo de vendas chamou a atenção para a rápida evolução dos estoques. Meneghetti calcula que o nível de carros armazenados nas concessionárias atingiu pico de 54 dias em junho deste ano e vem caindo desde então. O executivo avalia que este volume continuará em queda, já que as montadoras têm adotado medidas para reduzir a produção. Há também a expectativa de crescimento de 5% das vendas no segundo semestre na comparação com o primeiro. Ainda assim, Meneghetti lembra que os distribuidores sustentam estoques elevados há bastante tempo. “Faz quase um ano que administramos volume de carros armazenados superior ao normal, que seria de 20 a 30 dias.” CONCESSIONÁRIAS NO BRASIL Meneghetti destacou a importância da distribuição automotiva para a economia brasileira. Segundo ele, o segmento movimenta 5,7% do PIB nacional e responde por 400 mil empregos diretos. “Somos responsáveis não só pela distribuição e venda, mas pela manutenção dos veículos que fazem o Brasil crescer e se desenvolver sobre rodas. Somos o principal elo entre a marca e seus consumidores”, reforçou. (Giovanna Riato) H á 40 anos a General Motors inaugurava em Indaiatuba (SP) o Campo de Provas da Cruz Alta, hoje um complexo com 16 pistas de testes totalizando 42 quilômetros. A área total do terreno, uma fazenda adquirida em 1972, é de 2,7 mil hectares, o equivalente a 160 mil campos de futebol. A GM começou a tirar proveito da aquisição antes mesmo do champanhe da inauguração. “O primeiro carro testado aqui foi o Chevette, lançado em 1973. Ele rodava na pista de durabilidade acelerada, uma longa reta de terra batida”, afirma o diretor de performance, segurança e operação do campo de provas e laboratórios, Luciano Santos. “Atualmente, a GM gasta por ano cerca de US$ 10 milhões para manter o campo e atualizar os equipamentos”, diz. Hoje, a estrutura tem mais de 600 profissionais e desenvolve modelos para o Brasil e também para outros mercados distantes. “ (Mário Cúrcio)
  • 31. CONFIANÇA PARA A VIDA REAL SOLUÇÕES DE PONTA A PONTA PARA A CADEIA AUTOMOTIVA Do tier 3 ao pós-venda, do carro novo ao usado, nossa expertise na indústria automotiva incorpora as melhores práticas do setor, entregando soluções que vão mantê-lo um passo à frente da concorrência. Ŷ Certificação compulsória de componentes automotivos de acordo com as Portarias do INMETRO (DCONF - Diretoria de Avaliação da Conformidade); Ŷ Laboratórios de última geração para testes e análises; Ŷ Certificação de veículos usados; Ŷ Serviços customizados: certificação de rede de concessionárias, auditorias de desempenho, auditorias processuais, auditorias de garantia de veículos, verificação dos incentivos e bônus e cliente mistério filmado ou por meio de relatórios. A SGS é líder mundial em inspeção, verificação, testes e certificação. Somos reconhecidos como referência global em qualidade e integridade. Com mais de 80 mil funcionários, a SGS opera uma rede de 1650 escritórios e laboratórios ao redor do mundo. SAIBA MAIS EM WWW.SGSGROUP.COM.BR OU LIGUE 11 2664-9595.
  • 32. NEGÓCIOS PRODUÇÃO MANAUS CHEGA A 20 MILHÕES DE MOTOS HONDA A Honda comemorou a fabricação de 20 milhões de motocicletas em sua fábrica de Manaus (AM), a maior da montadora para veículos de duas rodas em todo o mundo. Ainda que utilize cerca de 140 fornecedores, a unidade tem estrutura bastante verticalizada, que produz até mesmo as próprias rodas de aço estampado ou liga leve, bancos, escapamentos e peças de plástico injetado para os modelos de maior volume de produção. Inaugurada em 1976, a Honda de Manaus tem hoje dois grandes setores de montagem, HDA1 e HDA2. A sigla é Honda da Amazônia. O HDA1 tem quatro linhas, sendo a primeira delas a mais ágil do Brasil: uma moto a cada 26 segundos, quase 140 numa hora. O HDA2 foi inaugurado em 2010. Consumiu R$ 90 milhões e elevou a capacidade total da fábrica de 1,5 milhão para 2 milhões de motos por ano. O setor foi pensado para motonetas, scooters e fabrica peças de aço, alumínio e plástico para equipar esses pequenos veículos, como se fosse uma indústria menor dentro da outra. “O HDA2 é todo climatizado e a montagem ocorre de modo sincronizado, 32 • AutomotiveBUSINESS o que evita o fluxo de carrinhos com peças”, afirma o gerente-geral da unidade, Rômulo Feijão. Os chassis e os tanques recebem pintura a pó. Quadriciclos e motores estacionários também são produzidos no HDA2. A autonomia de Manaus não vem só da produção verticalizada, mas de um centro de desenvolvimento tecnológico (CDT) de R$ 20 milhões inaugurado em 2013. “Ele segue o conceito One Floor e a equipe está distribuída de acordo com o fluxo de desenvolvimento da motocicleta. São mais de 300 pessoas”, afirma o gerente-geral do CDT, Fausto Tanigawa. O desenvolvimento dos componentes pode ocorrer entre a equipe da fábrica e os fornecedores. A estrutura também atende demandas de diferentes mercados: “O suporte técnico para as outras fábricas da América do Sul é feito por aqui”, recorda Tanigawa. Mais recentemente, a fabricante investiu R$ 3,4 milhões para o lançamento da CG 150 Titan com freios CBS. Desse total, R$ 650 mil foram aplicados na adequação da linha de montagem número 1. A sigla CBS vem de Combined Braking System, em que a pressão no pedal de freio traseiro faz atuar também o dianteiro por um dispositivo hidráulico relativamente simples, com custo para o consumidor final de R$ 180. Em motos convencionais, os freios dianteiro e traseiro têm acionamento independente. O CBS não impede o travamento das rodas como o ABS, mas reduz as distâncias de parada em diferentes condições de uso dos freios. A vigésima milionésima Honda feita em Manaus foi uma Titan com CBS. (Mário Curcio) 20ª milionésima Honda feita em Manaus foi uma Titan com freios CBS Com setor MVA2, fábrica elevou capacidade anual para 2 milhões de motos FOTOS: DIVULGAÇÃO / HONDA
  • 33. Menos consumo de combustível, menos emissões e mais dinamismo. Depois de muitos anos de experiência como parceiros de engenharia da indústria automobilística, aprendemos a conciliar tendências aparentemente contrastantes. Desenvolvemos e fabricamos componentes de precisão e sistemas para motores, transmissões e chassis sob as marcas INA, FAG e LuK. Isso abrange produtos para comandos variáveis de válvulas e variadores de fase do eixo comando, componentes para transmissões de dupla embreagem e acionamentos híbridos, bem como rolamentos de roda de atrito reduzido. Tudo isso para fazer deste planeta um lugar melhor para se viver. Afi nal, confi abilidade é tudo. Para conhecer melhor nossos produtos e tecnologias acesse: www.schaeffl er.com.br
  • 34. A Volkswagen começa a vender a terceira geração do Fox e a Saveiro Cabine Dupla. O automóvel ganhou design mais refinado, alinhado ao Golf 7. Agora são quatro motores (dois 1.0 e dois 1.6, incluindo os dois modernos 1.0 e 1.6 da família EA 211) e três transmissões (manual ou automatizada de cinco velocidades ou a nova manual de seis marchas). Também foram incluídas tecnologias de conforto e segurança, como a central multimídia/navegador com tela de 5,5 polegadas sensível ao toque embutida no painel e controle eletrônico de estabilidade e tração. O problema é que poucos terão acesso, pois a maior parte disso só está disponível como opcional para a versão mais cara do carro, a Highline, equipada com motor 1.6 de 120 cavalos (bloco e cabeçote de alumínio), que tem preço básico a partir de R$ 48.490 (câmbio manual de seis marchas), mas com tudo incluído pode custar mais de R$ 53 mil (manual) ou quase R$ 58 mil (automatizado). A versão mais barata, Trendline, com motor 1.0 de quatro cilindros e 76 cavalos (etanol) e câmbio manual de cinco marchas, tem tabela de R$ 35,9 mil, incluindo direção com assistência elétrica. Mas esse valor sobe para salgados R$ 41.450 se ford instalado o módulo com sistema de som, computador de bordo e volante multifuncional, mais o pacote completo de conforto que inclui ar-condicionado, acionamento elétrico dos vidros e travas com 34 • AutomotiveBUSINESS ESTRATÉGIA VOLKSWAGEN DRIBLA A CRISE COM NOVO FOX E SAVEIRO CABINE DUPLA controle remoto, entre outros itens de menor serventia. Os emplacamentos do Fox caíram 28% de 2012 para 2013, para 130 mil unidades, fazendo o carro descer da quarta para a quinta colocação no ranking dos mais vendidos do País. Nos sete primeiros meses de 2014 foram emplacados 57,7 mil Fox e ele perdeu mais três posições: fica em oitavo de janeiro a julho. Com a renovação, os executivos de vendas da Volkswagen esperam que o modelo volte a vender acima dos 10 mil por mês. Contudo, os preços cobrados não facilitam essa tarefa. PICAPE Com a versão cabine dupla da Saveiro, a Volkswagen pretende diminuir muito a distância da maior rival do modelo no mercado, a Fiat Strada, líder de vendas com o dobro do volume de emplacamentos. “A melhor ação para driblar uma crise é o lançamento de novos produtos e estamos lançando um em um dos segmentos que mais vão crescer”, pondera o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall. Agora são sete versões da Saveiro (uma com cabine simples, três com estendida e três com dupla). A configuração CD será vendida em três versões de acabamento: Trendline (R$ 47.490), Highline (R$ 52.720) e Cross (R$ 59.990). Todas têm preços ligeiramente mais altos que os da Strada, que parte de R$ 45.990 com motor 1.4. Para a Volkswagen, essa diferença (R$ 1,5 mil) é plenamente compensável pelo maior número de itens de série, que somam R$ 1,8 mil se fossem incluídos no concorrente, há ainda com o motor 1.6 mais potente. Assim como já ocorre no resto da linha, a Saveiro CD será oferecida com dois tipos de motorização: as versões Trendline e Highline usam o EA 111 de 1,6 litro e oito válvulas, bloco de ferro, que gera até 104 cavalos com etanol, enquanto a Cross usa o moderno EA 211 1.6 16V de 120 cavalos com etanol, com bloco e cabeçote de alumínio. Todas as três versões vêm de série com direção hidráulica e vidros com acionamento elétrico. O ar-condicionado é opcional na Trendline (R$ 3.080) e de série na Highline e Cross. (Pedro Kutney) FOX 2015 tem estilo semelhante ao do novo Golf DIVULGAÇÃO / VOLKSWAGEN / MALAGRINE SAVEIRO ganha cabine dupla para se aproximar da concorrência
  • 35. TECNOLOGIAS INOVADORAS DA ZF FAZEM O MUNDO GIRAR COM MAIS EFICIÊNCIA Pessoas viajam em busca de seus objetivos. Seja indo para a casa, o trabalho, a escola ou o clube, diversos destinos são alcançados por diferentes meios de transporte. A ZF não se limita a enxergar a conservação dos recursos naturais, o aumento da segurança e a conveniência como requisitos fundamentais para quem viaja. Mas também os vê como uma oportunidade de criar soluções inovadoras e sustentáveis. Como uma das principais fornecedoras mundiais de sistemas de transmissão e tecnologia de chassis, a ZF faz parte – e é isto que nos impulsiona – deste desenvolvimento. Nosso objetivo é muito mais que criar produtos inovadores e eficientes. É melhorar a qualidade de vida e ajudar a moldar o futuro de forma sustentável. nucleotcm
  • 36. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO MONTADORAS LEVAM TECNOLOGIA DE RFID PARA FÁBRICAS RECURSO PROMETE LOCALIZAR PEÇAS CERTAS NAS LINHAS DE PRODUÇÃO E APRIMORAR GESTÃO DE ATIVOS 36 • AutomotiveBUSINESS EDILEUZA SOARES M ais conhecida no Brasil pela cobrança automática nos pedágios “Sem Parar”, a tecnologia de identificação por radio-frequência ou RFID (Radio Frequency Identification) está atraindo mais investimentos da indústria automo-bilística. Sua adesão em maior esca-la é para reduzir custos, aprimorar processos de produção, rastreabilida-de e afinar a gestão de ativos. Montadoras como Toyota, BMW, Volvo e Ford adotam esses sistemas em suas plantas no exterior para ganhar eficiência e velocidade nos negócios. No Brasil, os projetos ca-minham mais lentamente por causa do preço das tags, etiquetas inteli-gentes que substituem o tradicional código de barras. Esses microchips são fixados em peças ou objetos para transmitir informações quando pas-sam por ambientes com antenas de radiofrequência. Uma das vantagens do sistema é a leitura rápida dos da-dos e localização dos itens de forma automática. NA NUVEM “Com a evolução da tecnologia, ampliação das redes de comunica-ção no País e serviços em nuvem, a indústria está demandando mais projetos de RFID”, constata Carlos Ribeiro, diretor da divisão Machine to Machine (M2M) Innovation Progra-ms da T-Systems do Brasil. Ele cons-tata que o preço das tags está em queda, variando entre R$ 2 e R$ 10, dependendo da aplicação, tornando a utilização mais acessível. A combinação com sistemas M2M, Internet das Coisas e a tendência do carro conectado também devem impulsionar a adoção da tecnologia de identificação por radiofrequência pelas montadoras, acredita Ribeiro. Atenta a esse movimento, a T-Sys-tems lançou no mercado brasileiro a plataforma iVes (Visibility Enterprise Service), que permite a contratação de solução de RFID na nuvem pelo modelo de serviço. A Volkswagen e MAN estão entre as montadoras que testam a solu-ção da T-Systems para gestão de embalagens retornáveis, como racks especiais e caixas que movem peças de fornecedores para montadoras. Ribeiro explica que muitas vezes es-ses ativos se perdem e diminuem a produtividade na cadeia de supri-mentos, além de trazer riscos fiscais. DANNIAS, DA CONFIDEX: Plantas ganham velocidade na hora de fazer o inventário Com uso das etiquetas inteligentes, ele diz que o ecossistema passa a ter controle exato desse inventário, redu-zindo custos e tempo de expedição. AGILIDADE Alexander Dannias, diretor-geral no Brasil da finlandesa Confidex, com-plementa que a tecnologia de RFID pode ser adotada em toda a cadeia de produção da indústria automotiva e também para fidelizar clientes, re-duzindo falhas dos veículos e recall. Um dos clientes da empresa é Volvo, na Suécia, que instalou dois milhões de tags em sua fábrica para rastrear ativos, desde solda e oficina de pin-tura até o ponto de montagem final. Um dos benefícios do sistema, se-gundo Dannias, é a velocidade na ho-ra de fazer o inventário. “Tinha uma planta que levava de um a dois dias para fazer esse trabalho. Com RFID o tempo caiu para questão de horas.” RIBEIRO, DA T-SYSTEMS: queda de preços das etiquetas inteligentes e nuvem incentivam projetos ARQUIVO: CONFIDEX ARQUIVO: T-SYSTEMS
  • 37. 3$5(5,$(175(7667(06(6$/(6)25( A T-Systems, líder em prover serviços de IT para o setor automotivo e a salesforce.com - líder mundial em plataforma de gestão de relacionamento com cliente (CRM) oferecem juntas uma solução completa de gestão de processos de vendas e marketing. Quer saber mais sobre essa solução? Consulte um de nossos especialistas através do e-mail: t-systems@t-systems.com.br ou fone: (11) 2360-6046
  • 38. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO GOOGLE PROJETA NOVO CARRO INTELIGENTE SEM VOLANTE AUTOMÓVEL ELÉTRICO FAZ COMUNICAÇÃO PELA NUVEM A Ford e mais sete montadoras estudam com 15 empresas de eletricidade dos Estados Unidos o desenvolvimento de uma plataforma de comunicação na nuvem para carros elétricos. O objetivo é tornar o uso dos veículos mais eficiente e econômico. O sistema vai avisar os motoristas sobre quando devem parar temporariamente a recarga para não sobrecarregar a rede, desde que aceitem participar do programa. A contrapartida são tarifas de energia mais baixas. O serviço usará padrões e tecnologias de comunicação já existentes, como o MyFord Mobile App. LINUX DISPUTA VAGA NOS CARROS 38 • AutomotiveBUSINESS Sem pedais de freio, acelerador nem volante. Assim é o protótipo do novo carro inteligente do Google, projetado para transportar duas pessoas. O modelo é uma evolução do primeiro veículo autônomo, que dispensa motorista, anunciado pela empresa de internet em 2010 e em teste nos Estados Unidos. Movido a energia elétrica e com capacidade para rodar a uma velocidade de até 40 quilômetros por hora, o novo carro é 100% controlado por software e sensores. Assim, o único trabalho que o motorista terá é o de informar ao veículo seu destino e apertar um botão. Chris Urmson, diretor das pesquisas de self-driving do Google, diz que o veículo é simples e sem luxo, mas seguro. No seu interior há apenas dois assentos e local para os pertences dos passageiros. Depois da Apple, Microsoft e Google anunciarem sistemas operacionais para carro, agora é vez de a Fundação Linux entrar na batalha para garantir espaço no mercado automotivo. A organização trabalha no desenvolvimento do sistema de código aberto Automotive Grade Linux (AGL). A nova plataforma a ser projetada por desenvolve-dores Linux já conta com apoio da Hyundai, Jaguar Land Rover, Nissan e Toyota. Entre os fornecedores de TI estão envolvidos no projeto a Advanced Tele-matic Systems, Fujitsu, Harman, Intel, LG, NEC, Pa-nasonic e Samsung. ARQUIVO: GOOGLE
  • 39. CONCESSIONÁRIA CONECTADA COM CLIENTE A plataforma on-line Conecte Rápido, lançada pela 4 Life, coloca clientes em contato com vendedores de concessionárias. Depois de concluir suas pesquisas pelo site, o consumidor que precisa de mais informações pode incluir em um campo na página seu telefone e dizer se deseja receber ligação. O sistema abre uma linha direta para conversa. Segundo Igor Kalassa, CEO da 4 Life Sistemas, menos de 40% das concessionárias brasileiras respondem um e-mail ao ser questionadas de forma virtual sobre algum veículo. “A maioria das interações entre clientes e concessionárias depende de um contato mais objetivo, com informações completas e técnicas de venda”, diz o executivo. ARQUIVO: 4 LIFE SISTEMAS UM NEGÓCIO LIMPO A Dürr Ecoclean fornece máquinas de lavar para as mais diversas aplicações na produção industrial de autopeças. Processos e sistemas de produção em série compactos e padronizados são nossa base para o desenvolvimento de soluções personalizadas. Dürr Ecoclean: benefícios para o cliente devido ao seu mais alto nível de expertise. www.durr-ecoclean.com.br
  • 40. POLOS AUTOMOTIVOS O ATUAL DESENHO DO BRASIL AUTOMOTIVO ENTENDA AS ESTRATÉGIAS DOS NOVOS PLAYERS NO MAPA DA PRODUÇÃO E SAIBA QUEM SÃO OS PARCEIROS DE 40 • AutomotiveBUSINESS NEGÓCIOS NA ÁREA DE SUPRIMENTO GUSTAVO HENRIQUE RUFFO O Inovar-Auto impôs a diver-sos importadores a neces-sidade de se instalar indus-trialmente no Brasil para ser compe-titivo. Mas, ao contrário do que poderia parecer, muitos se fixaram em polos de produção relativamen-te recentes, como fez a Land Rover, no Estado do Rio de Janeiro. Ou até partiu para a criação de novos polos, caso da Fiat, que se instalará em Pernambuco, e da BMW, que esco-lheu Santa Catarina. Pernambuco, sem tradição au-tomotiva, exigiu da Fiat um esfor-ço grande na atração de fornecedo-res para seu ambicioso projeto. Para avançar, a montadora italiana criou o que chama de Parque de Fornece-dores em Goiana, composto por 16 empresas, instaladas em 12 edifícios construídos pela Fiat em área de 270 mil m² e cedidos a eles em regime de comodato. Esses fornecedores e sis-temistas criarão 17 linhas estratégi-cas de componentes. A previsão para a conclusão das obras é no segun-do semestre de 2014. A inauguração está prevista para março de 2015. “As obras civis (prédio e utilidades) terão um custo de R$ 1 bilhão, a car-go da Fiat Chrysler. A isso se soma-rão os equipamentos de processo, com custo de mais R$ 1 bilhão, so-matório dos investimentos a cargo dos fornecedores”, diz Antonio Da-mião, diretor adjunto de Gestão de Projetos Estratégicos da Fiat Chrys-ler para a América Latina. O financia-mento das obras se deu por meio do BNDES, do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Fundo de Desen-volvimento do Nordeste (FDNE). Entre os fornecedores, a Magne-ti Marelli terá seis unidades de pro-dução distintas: peças estampadas, conjuntos soldados de suspensão (eixos), sistema de exaustão, monta-gem de componentes de suspensão anterior e posterior, peças pequenas e médias injetadas em plástico e, por fim, tanque de combustível, bocal de enchimento de combustível e pedais de comando para acelerador, freio e embreagem. Em joint venture com a Faurecia, a Magneti Marelli terá ainda uma linha de peças plásticas maiores para acabamento interior e exterior. Para os bancos, a Lear estará pre-sente. Isolamentos, tapetes e forra-ção de teto ficarão a cargo da Adler. A Pirelli entregará o conjunto pneus/ rodas. A Saint-Gobain cuidará da pre-paração e montagem dos vidros. As demais empresas serão Powercoat (pintura de peças metálicas), Denso (sistema de arrefecimento de motor, ventilação e ar condicionado - HVAC), PMC (conjuntos soldados estruturais de chassis e estrutura dos bancos), Ti-berina (conjuntos soldados estruturais de chassis) e Brose (mecanismo de levantamento de vidros das portas). Com essa estrutura, a Fiat garanti-rá 450 das 2 mil novas peças exigidas para a montagem dos veículos que serão fabricados em Goiana, como o novo Jeep Renegade. Esses 450 itens equivalem a 40% do valor total de pe-ças que os automóveis utilizarão. “Os outros itens virão das demais regiões do país, predominantemente do Su-deste. Com o parque, ganhamos si-nergia, flexibilidade, redução de esto-ques e abastecimento just-in-time e just-in-sequence”, diz Damião. ANTONIO DAMIÃO, diretor adjunto de Gestão de Projetos Estratégicos da Fiat Chrysler para a América Latina ARQUIVO FIAT CHRYSLER
  • 41. FÁBRICA DE VEÍCULOS MOTORES FÁBRICA DE MOTORES AutomotiveBUSINESS • 41 COMPLEXO AUTOMOTIVO INSTALADO COMPLEXO AUTOMOTIVO EM EXPANSÃO Fonte: Anfavea
  • 42. POLOS AUTOMOTIVOS 42 • AutomotiveBUSINESS CONSOLIDAÇÃO Para as peças que virão de fora, a Fiat terá o Centro de Consolidação. A empresa estima uma movimentação de mais de mil entregas por dia. Internamente, só com os fornecedores e sistemistas do Parque de Fornecedo-res, o fluxo anual inicial será de 27 milhões de opera-ções logísticas. A separação física entre fornecedores e montadora, ain-da que em um mesmo terreno, oferece a vantagem de di-minuir riscos trabalhistas. Outras empresas, que colocaram operários e funcionários de fornecedores trabalhando jun-tos na linha de montagem, enfrentaram processo de equi-paração salarial, por exemplo. Segundo a Fiat, o Parque de Fornecedores caracteriza muito bem a identidade jurídica de cada empresa, o que preveniria problemas trabalhistas. O parque criado pela Fiat até poderia ser um novo polo automotivo, com a possibilidade de atrair outras monta-doras, mas não será bem assim. “Não há exclusividade no fornecimento de peças para nós, mas o dimensionamen-to é feito para atender à demanda da Fiat Chrysler, sem espaço para outros processos ou estoque. De qualquer forma, para fornecer para outra companhia, as empresas precisarão de anuência da Fiat Chrysler”, diz Damião. FIAT: fornecedores se instalam no complexo industrial de Goiana (PE) ARQUIVO FIAT BMW, LAND ROVER E MERCEDES-BENZ: LUXO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS A for-necedores, fábrica da BMW em Araquari, SC, segue mais ou menos a receita da Fiat Chrysler. Será preciso atrair mas a empresa ainda negocia com a maioria deles e não divulga nenhum. Descobrimos que eles já fecharam com a Tegma, para transportes, e com a Benteler, que fará conjuntos de suspensão. A planta, de 252 mil m² construídos, ficará em terreno de 492 mil m² no km 66 da BR-101. O investimento será de 200 milhões, o equivalente a pouco mais de R$ 600 milhões. Da Land Rover, que se estabelecerá em Itatiaia, no Rio de Janeiro, pouco se sabe. A empresa, também em fase de tratativas, fabricará modelos fora-de-estrada, com sistemas de tração nas quatro rodas, e terá demandas diferentes das demais montadoras instaladas no país. A fábrica terá aporte de R$ 750 milhões até 2020, capacidade de produzir 24 mil carros ao ano, a partir de 2016, e será instalada em um terreno de 590 mil m². O mesmo sigilo vale para a Mercedes-Benz, que terá fábrica em Iracemápolis, SP, com capacidade para 20 mil veículos por ano, entre os quais o novo GLA, SUV compacto da marca, e a nova geração do Classe C. Já existiriam quatro fornecedores em negociações com a marca alemã. Segundo o prefeito de Iracemápolis, Valmir de Almeida (PT), são empresas grandes, que solicitaram terrenos de até 20 mil m². Elas ficarão do lado oposto ao da Mercedes-Benz na rodovia Luis Ometto (SP-306), que liga a cidade a Santa Bárbara d’Oeste. As fabricantes de modelos de luxo, segundo Paulo Butori, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), são beneficiadas por condições especiais oferecidas pelo Inovar- Auto para empresas de baixo volume de produção. O governo entende que não pode querer dessas empresas um índice de nacionalização alto pelo nível de eletrônica embarcada. “Quando tiverem volume, elas nacionalizam”, explica.
  • 43. E ntre os novos fabricantes de caminhões, ainda se sabe pouco sobre os fornecedores e sistemistas que os atenderão. A maior parte deles está em processo de contatos e acordos. Os que já estão operando ou pron-tos para produzir recorreram a soluções locais. A Pac-car, dona da DAF, não precisou atrair fornecedores di-retamente a sua fábrica de Ponta Grossa, no Paraná, que já está em operação. A produção começou com a parceria da ZF, Meritor, Suspensys, Metalsa, Flamma (antiga Automotiva Usiminas), Jost, Faurecia e Pilking-ton. A Foton Caminhões, que irá para Guaíba, RS, es-pera atrair fornecedores chineses na empreitada, mas ainda não fechou contratos. “Em um primeiro momen-to, estamos em contato com empresas chinesas, uma vez que já produzem peças para nossos caminhões RFID INDUSTRIAL Comunicação de dados sem contato O sistema RFID Industrial Balluff é uma solução completa para rastreabilidade em todo o processo logístico desde a produção até o fornecedor. Garantia de rastreamento e transparência de todos os dados com alta fl exibilidade e confi abilidade. Dados certos na hora e local certos! ARQUIVO DAF/ RODRIGO CZEKALSKI Tel. 19 3876.9999 DAF: Fabricante holandesa já começou a produzir em Ponta Grossa (PR) www.balluff.com.br ‡Intralogística ‡Controle da Produção ‡E-Kanban ‡Rastreamento de Ativos ‡Contêineres ENTRE OS CAMINHÕES, DAF SAI NA FRENTE na China, facilitando a nacionalização do produto. Neste processo, têm nos procurado empresas da Ín-dia, do México e do Brasil”, afirma Marcio Vita, dire-tor de operações da Foton Caminhões, explicando que são atrativos o pacote estratégico proposto, incluindo a área, benefícios fiscais, mão de obra qualificada, total apoio da Secretaria de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul e da Foton para todas as questões ambientais e governamentais, além do potencial de for-necimento para projeto e para distribuição na América do Sul. Yunlihong e Shacman, sem assessorias de im-prensa, não deram retorno a nossos pedidos de entre-vista. A Sinotruk, que afirma ter um departamento de relações públicas em seu site, também não respondeu a nossas perguntas.
  • 44. POLOS AUTOMOTIVOS CONFIANÇA NOS PARCEIROS COMERCIAIS Q uem chega de fora quer ter parceiros de confiança ao lado. É o que explica o fato de a Hyundai, mesmo tendo se estabelecido em São Paulo, com o parque de fornecedores e sistemistas mais amplo do Brasil, ter trazido da Coreia nove empresas com as quais pode contar. Todas estão instaladas perto da fábrica de Piracicaba. A Mobis faz painéis de instrumento e para-choques. A Dymos, os 44 • AutomotiveBUSINESS bancos. Há também Hysco (corte de chapas de aço), MS Autotech (peças estampadas), Hwashin (peças estampadas), Doowon (sistemas de ar-condicionado), Hanil (revestimentos de porta e painéis de teto) e a THN (chicotes e componentes elétricos). Motores e câmbios ainda são importados da Coreia do Sul. Para cuidar da logística, uma parte fundamental do negócio, a Hyundai tem a Glovis, que também controla os estoques. NISSAN A Nissan, que colocou a fábrica de Resende em operação recentemente, trouxe do Japão a Yorozu (suspensões), CalsonicKansei (sistemas de climatização), Sanoh (tubos, linhas de injeção e de freios), Kinugawa (componentes de borracha) e MitsuiSteel (chapas de aço), todas instaladas no Parque de Fornecedores da empresa, ao lado da fábrica. Em Porto Real ficaram Tachi-S (bancos) e Nitco (logística). Magneto, Faurecia e Benteler, também em Porto Real, são outros fornecedores da fábrica, mas sem origem japonesa. Além dos fornecedores citados, a Nissan compra componentes de empresas de Taubaté, Caçapava, São José dos Campos, São Paulo, São Bernardo do Campo e Campinas, em São Paulo; Curitiba e São José dos Pinhais, no Paraná; Porto Alegre; Betim, Contagem e Varginha, em Minas Gerais. A Honda terá uma fábrica nova em Itirapina, em São Paulo, para a produção dos novos Fit, City e HR-V, nome do novo utilitário pequeno da marca. A empresa diz que, por questões estratégicas, não fala dos fornecedores que a atenderão, mas eles devem ser os mesmos que já atendem a fábrica de Sumaré. Segundo a Honda, eles estão em um raio de 150 km das duas unidades. HYUNDAI: suprimento da planta de Piracicaba (SP) é feito por parceiros conhecidos da matriz coreana NISSAN: fornecedores vieram do Japão para abastecer as linhas de montagem em Resende (RJ) ARQUIVO NISSAN ARQUIVO HYUNDAI/ FERNANDO GENARO
  • 45. AutomotiveBUSINESS • 45 JAC MOTORS Quem não seguirá essa receita é a JAC, em Camaçari. O projeto, que inicialmente contava com um terço de participação dos chineses e dois terços do empresário Sergio Habib, teve uma inversão nos papéis em razão das exigências do governo brasileiro para financiamento. O maquinário tinha de ser nacional para poder ser financiado, mas a JAC conseguiria as mesmas ferramentas na China a um preço muito menor, com financiamento do governo chinês. Este foi o motor da mudança societária. Os fornecedores da JAC, entretanto, serão velhos conhecidos dos mercados brasileiro e mundial. O primeiro a fechar contrato com a montadora foi a Usiminas, que fornecerá as chapas de aço para a estamparia. A Valeo será a sistemista de componentes elétricos. Os para-choques virão da Plascar, com baterias da Tudor, acabamentos de borracha da Hutchinson, vidros da Pilkington, subconjuntos soldados da Weldmatic. Peças plásticas e painéis de portas serão da Autolin. CHERY A Chery também trará fornecedores de sua terra natal, a China. Com fábrica em Jacareí (SP), ela destinou metade de seu terreno, de 1 milhão de metros quadrados, a 60 fornecedores e sistemistas, sendo 20 deles de origem chinesa. A fábrica, com capacidade para 150 mil carros, teve investimento de US$ 400 milhões (cerca de R$ 960 milhões) e fica às margens da Via Dutra, já perto de São José dos Campos. Futuramente, será inaugurada na região a fábrica da Acteco, divisão de motores da Chery. LUIS CURI e ROGER PENG: principais executivos da Chery no Brasil dão a largada da produção SÃO PAULO TERÁ 40% DA PRODUÇÃO T odo esse movimento de novas empresas, que inclui fábricas de caminhões, mudou pouco a distribuição de produção entre os Estados, ainda que tenha incluído no mapa dois novos integrantes: Pernambuco e Santa Catarina. O Ceará, que conta com a fábrica da Troller, não aparece nas estatísticas por causa da produção pequena do jipe T4, que não chega a 2.700 unidades por ano. Em 2013, nove Estados brasileiros registravam produção de automóveis e veículos de carga e São Paulo detinha 42,8% da produção total efetiva, segundo os dados da Anfavea. Em 2016, serão onze Estados. Levantamento feito por Automotive Business com base na capacidade de produção total instalada para fábricas atuais e já anunciadas até 2016 revela que São Paulo deve ter 40,3% de toda a produção. ARQUIVO CHERY/ THIAGO HENRIQUE
  • 46. ELETRÔNICA DÁ LEVEZA AOS PESADOS NOVOS SISTEMAS DA ZF TORNAM POSSÍVEL MANOBRAR CAMINHÕES POR CONTROLE REMOTO, EM UM TABLET A operação de manobrar enor-mes carretas em espaços apertados pode ser trans-formada em um simples videogame após boa dose da sempre criativa engenharia alemã. Quem visitar o próximo Salão de Veículos Comer-ciais de Hannover (o IAA Nutzfahr-zeuge), na Alemanha, poderá mano-brar por controle remoto um conjun-to biarticulado de cavalo mecânico e bitrem, de pouco mais de 25 metros de comprimento e 40 toneladas de carga. Tudo ao simples toque do dedo indicador sobre um tablet. A invenção é da ZF, que aplicou em um protótipo de caminhão híbri-do, batizado Innovation Truck, tecno-logias que permitem o atrevimento futurístico e revelam o alto potencial 46 • AutomotiveBUSINESS da eletrônica para tornar veículos pe-sados mais leves de dirigir do que um quadriciclo, além de trazer maior se-gurança e economia de combustível. A ZF mostrou seus mais novos sis-temas para veículos comerciais no início de julho em um campo de pro-vas na pequena Aachen, na Alema-nha, onde algumas dessas tecnolo-gias são desenvolvidas em convênio com a universidade local. A eletrônica usada na mecânica pesada traz à tona novas possibilida-des tecnológicas para atender fatores competitivos como redução do custo de propriedade, robustez, maior efi-ciência energética e eletrificação do powertrain, mas sem perder de vista a economia de escala. “Os fornece-dores devem oferecer essa diferen-ciação e, ao mesmo tempo, colocar diversos fabricantes no mesmo cesto para ganhar escala de produção e reduzir os custos das novas funcio-nalidades”, avalia Fredrik Staedtler, vice-presidente executivo sênior da ZF Friedrichafen AG responsável pela divisão de desenvolvimento de tec-nologia para veículos comerciais. INTEGRAÇÃO O ZF Innovation Truck é um exem-plo de integração de tecnologias existentes que projetam o futuro. O protótipo aglutina os novos sistemas de direção assistida eletro-hidráulica Servotwin – desenvolvida pela ZF Lenksysteme, joint venture em partes iguais da ZF com a Bosch – e trans-missão automatizada TraXon Hybrid PEDRO KUTNEY | DE AACHEN (ALEMANHA) O ZF INNOVATION TRUCK, manobrado por um tablet, é um exemplo de integração de tecnologias existentes que projetam o futuro FOTOS: ARQUIVO ZF
  • 47. AutomotiveBUSINESS • 47 com motor elétrico, ambos controla-dos por uma central eletrônica com programa de telemática desenvolvi-do pela Openmatics. Direção e transmissão acionados eletronicamente tornam possível o controle remoto das manobras. O câmbio TraXon Hybrid aciona o mo-tor elétrico de 160 cavalos, que junto com o sistema eletro-hidráulico de direção Servotwin recebe comandos da central eletrônica acionada por um tablet. O motorista pode ficar ao lado do caminhão para ter melhor visão da manobra. Ele escolhe se quer mano-brar para frente ou para trás e arrasta o dedo na tela do tablet no sentido que deseja movimentar o veículo. Pa-ra parar é só tirar o dedo da tela. E para evitar acidentes o implemento é equipado com câmeras em todas as extremidades, que mostram as ima-gens no tablet e acionam os freios ca-so qualquer obstáculo seja detectado. Fonte: ZF SISTEMAS COMPONENTES DO ZF INNOVATION TRUCK INVERSOR TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA TRAXON HYBRID PAINEL COM CONEXÃO DE TABLET UNIDADE EMBARCADA OPENMATICS (TELEMÁTICA) UNIDADE DE CONTROLE SISTEMA DE DIREÇÃO SERVOTWIN DIREÇÃO ELETRO-HIDRÁULICA deixa a condução precisa e confortável
  • 48. DIREÇÃO ELÉTRICA CHEGA AOS CAMINHÕES Assim como já acontece nos carros, a eletrificação de sistemas também é uma tendência nos caminhões para economizar combustível. Con-tudo, as forças envolvidas são bem diferentes. “A direção elétrica tem bom potencial para aumentar a economia, mas em um veículo pesado o motor elétrico de assistência precisa fazer mais força e isso requer voltagem maior, o que não é possível com baterias comuns”, explica Walter Kogel, diretor de desenvolvimento de sistemas de direção da ZF Lenksysteme. A mais recente evolução nesse caminho foi batizada Servotwin, a primei-ra direção eletroassistida do mundo para caminhões pesados, que pode ser usada em qualquer modelo. Em vez de usar a força do motor para ajudar o motorista a reduzir esforço ao volante, a bomba hidráulica de óleo é aciona-da por um pequeno motor elétrico, que consome pouca energia. Com isso, não é necessária alta voltagem. A Servotwin pode evitar o consumo de até 0,6 litro de diesel a cada 100 km, segundo testes feitos pela ZF. Na prática, a direção eletroeletrônica não só deixa as manobras muito mais precisas e confortáveis (é possível esterçar o volante com um dedo), mas também pavimenta o caminho para a integração de modernos siste-mas de assistência, como compensação automática de vento lateral e re-tomada do rumo correto quando o veículo “desgarra” da faixa de rodagem (Lane Keeping Assistance). No futuro, de acordo com a vontade dos fabri-cantes, será possível agregar sistemas de direção parcialmente autônoma. Mais adiante, o módulo de controle poderá ser operado por computador, para condução sem interferência do motorista. 48 • AutomotiveBUSINESS Além de tornar tudo mais simples, a propulsão elétrica evita emissão de poluentes e gasto de combustível du-rante as manobras. No futuro, os téc-nicos da ZF avaliam que será possí-vel deixar o caminhão na entrada do armazém para carga ou descarga e simplesmente acionar um programa de estacionamento automático. HÍBRIDO A utilização de trem-de-força elétrico em veículos comerciais tem-se limi-tado a furgões e caminhões leves, pois as baterias não têm autonomia para longas distâncias. Com seu In-novation Truck, a ZF quebra esse pa-radigma ao aplicar pela primeira vez a propulsão elétrica híbrida em um caminhão pesado. “Estudos de nossa equipe com-provam que o uso de powertrain hí-brido em caminhões pesados reduz o consumo acima de 5%”, diz Winfried Gründler, responsável pelo desenvol-vimento de tecnologias de rodagem para caminhões e furgões da ZF. “É verdade que 5% é bem menos do que a economia obtida por híbridos no tráfego urbano (em torno de 20%), mas é preciso considerar que a quilo-metragem e o consumo dos veículos PESADO HÍBRIDO pode economizar até 5% de combustível, diz a ZF TECNOLOGIA FOTOS: ARQUIVO ZF
  • 49. The Group UMA TRANSMISSÃO E CINCO MÓDULOS TECNOLOGIA DE BALANCEAMENTO Máxima precisão para produção de autopeças t Máquinas de balancear manuais, semi- e automáticas para suas peças: induzidos, discos de freio, embreagens, turbocompressores, eixos cardan,... t Centragem de massa e balanceamento de virabrequins t Linha de montagem, inflagem e balanceamento de rodas t Correção de massa de peças não rotativas, tais como bielas www.schenck-rotec.br RA 1056 br pesados são muito maiores”, lembra. A transmissão TraXon Hydbrid aco-plada ao motor elétrico foi desenvol-vida pela ZF como um módulo, para ser instalado em caminhões pesados sem necessidade de modificar proje-tos. A tração puramente elétrica é utili-zada em situações de baixa velocidade. O sistema recupera a energia ciné-tica das frenagens, para recarregar as baterias, e agrega funções start-stop e coasting, que desliga o motor diesel nas paradas ou em velocidade cons-tante. Nesta situação, as rodas em movimento se transformam em gera-dor. Para poupar diesel, a energia ge-rada pelo motor elétrico e armazena-da nas baterias pode ser direcionada a implementos refrigerados ou equi-pamentos de cabine, como rádio, navegação e ar-condicionado. Tudo com muita inteligência artificial. Q Impressiona a versatilidade da transmissão automatizada modular TraXon. São cinco módulos diferentes. Além da opção híbrida com motor elétrico, existem quatro versões para utilização em motorização diesel: TraXon bá-sica de 12 ou 16 velocidades, Dual (embreagem dupla), Torque (conversor para marchas reduzidas) e PTO (tomada de força para implementos). De acordo com a ZF, a TraXon básica já garante economia de 4% a 5% em relação ao câmbio manual. Para caminhões pesados de longo per-curso que adotam relações de marchas longas, para reduzir o consumo por meio da menor velocidade de rotação do motor, a ZF desenvolveu a versão Dual. É a primeira transmissão automatizada para caminhões pe-sados a usar embreagem dupla, que torna as mudanças de marcha muito mais rápidas e precisas. Praticamente não há “buracos” entre as trocas e o giro permanece constante. Sem perda de rotação, não é preciso acelerar para retomar o torque e a economia aumenta ainda mais, em torno de 7% na comparação com câmbio manual e de 3% a 4% em relação à TraXon básica. ARQUIVO ZF / BODEMARC
  • 50. MERCADO TEM ALÍVIO COM NOVA REGRA DO PSI POSSIBILIDADE DE FINANCIAR 100% DO VALOR DO BEM TENDE A IMPULSIONAR VENDAS PARA 141 MIL UNIDADES ESTE ANO CAMILA FRANCO E GIOVANNA RIATO O mercado de caminhões deve ter queda menor do que era esperado até então para 2014. Os emplacamen-tos podem alcançar 141 mil unida-des, segundo projeção da Carcon Automotive. Caso se concretize, o volume será 6,6% inferior ao regis-trado em 2013. Ainda assim, os negócios vão superar o projetado pela Anfavea, associação que repre-senta os fabricantes de veículos, que anunciou em julho a expectativa de que fossem vendidos 133 mil cami-nhões este ano, com retração de mais de 13%. A mudança do cenário para o setor é resultado da alteração anunciada para o Finame PSI. A linha especial de crédito ganhou mais um atrativo: agora é possível financiar até 100% do valor do veículo. A oferta serve para outros bens de capital além de caminhões, como ônibus, máquinas agrícolas e de construção. Até então o porcentual financiável era de 80% para empresas com receita opera-cional bruta (ROB) superior a R$ 90 milhões por ano e de 90% para orga-nizações com ROB até esse valor. Os juros permanecem em 6% ao ano e, portanto, abaixo da inflação. “A mudança é extremamente im-portante. Certamente fará com que muita gente volte a comprar cami-nhão para aproveitar a oportunida-de, já que a condição, em princípio, vale apenas até o fim deste ano”, avalia Carlos Reis, sócio-diretor da Carcon Automotive. Ele espera que, além de melhorar o resultado de 2014, a medida impulsionará tam-bém os emplacamentos do início do próximo ano. “Teremos efeito a partir de outubro que vai durar até fevereiro”, avalia. Alcides Braga, presidente da Anfir, associação que representa os fabri- CAMINHÕES 50 • AutomotiveBUSINESS
  • 51. R A PAR MURAO MERCA BRASILEIR RATIVO, A cantes de implementos rodoviários, concorda que o efeito positivo da mudança do Finame PSI não será capaz de reverter as perdas do início do ano. “Trata-se de uma medida que poderá trazer reflexos positivos às vendas de implementos, mas não terá capacidade para reverter a expectativa de balanço negativo em 2014.” Segundo a entidade, o setor acumulou queda de 9% nos negó-cios de janeiro a julho. 2015 Reis, da Carcon, enfatiza que “nin-guém compra caminhão se não houver demanda de carga”. Den-tro desse raciocínio, 2015 pode se revelar como mais um ano desa-fiador, já que o cenário ainda não indica crescimento mais robusto da economia e, consequentemente, do transporte de carga. A consul-toria prevê leve crescimento dos negócios, mas ainda sem um nú-mero definido. A Anfir salienta a necessidade de o próximo governo continuar a apostar em incentivos às vendas do setor. “É preciso estar atento à importância da manuten-ção dessas medidas de incentivo à indústria”, pondera Mario Rinaldi, diretor executivo da organização. Ainda assim, Reis, da Carcon, lem-bra que mesmo que as vendas de caminhões mantenham certa estabi-lidade no próximo ano, o mercado nacional ainda é bastante expressivo. “Em 2005 nossas vendas totais eram de apenas 77 mil unidades”, apon-ta. O consultor defende que, antes mesmo da criação de uma política de renovação, a idade média da frota de caminhões vem caindo por causa das empresas, que ficam com os ve-ículos por período cada vez menor. “Boa parte dos frotistas programa compra de caminhões para 2015, já que a renovação mais recente foi fei-ta em 2012, quando as companhias investiram na última leva de modelos com tecnologia Euro 3”, recorda. Para Reis, há mudança clara na segmentação das vendas nos últi-mos anos. O especialista aponta que os semipesados e pesados ganham força, enquanto os médios perdem terreno. A transformação, segundo ele, é resultado da busca por mais eficiência no transporte. O papel do caminhão médio é feito pelos leves nos centros urbanos em que há res-trições à circulação de pesados. Fora das cidades, os semipesados têm si-do os substitutos. O consultor aponta que as fabri-cantes de caminhões instaladas no Brasil terão de superar uma série de desafios nos próximos anos. Entre eles estão o agravamento da cri-se global, que reflete na economia brasileira, a tendência por corte de incentivos do governo, o aumento da taxa de juros e a forte depen-dência que o mercado nacional tem do Finame. Além disso, há a ques-tão dos preços elevados dos veícu-los usados, que impedem que um profissional autônomo que tem um caminhão muito antigo faça a subs-tituição por outro modelo usado, po-rém mais atual. Com visão otimista para o médio prazo Reis enfatiza que “a indústria nacional nunca teve tanta capaci-dade produtiva e tecnologia”. Ele lembra que o setor tem uma série de oportunidades. Entre elas está a perspectiva de que o governo anun-cie um programa de renovação de frota, os investimentos para melho-ria da infraestrutura do País e o au-mento das exportações. PARA REIS, MERCADO BRASILEIRO É ATRATIVO, APESAR DA RETRAÇÃO PREVISTA PARA 2014 CARLOS REIS, sócio-diretor da Carcon Automotive AutomotiveBUSINESS • 51
  • 52. CAMINHÕES TRANSPORTE DO FUTURO A Daimler trabalha no que acredita ser o futuro dos caminhões. O conceito Future Truck 2015 roda de forma autônoma, sem interferência do motorista, e foi demonstrado em es-trada na Alemanha. O modelo é um dos destaques da companhia no IAA, principal salão de veículos comerciais do mundo, que ocorre em setembro na cidade de Hannover. No panorama desenhado pela fa-bricante, o modelo com a tecnologia deve chegas às estradas europeias em 2025 e representará “revolução em eficiência e segurança no transporte”, segundo a Mercedes-Benz. O desen-volvimento do caminhão é parte do projeto da monta-dora para preservar os recursos naturais e reduzir todos os tipos de emissões. O objetivo é buscar a máxima eficiência no transporte de longa distância. Além dis-so, o investimento no veículo demonstra a ambição da companhia de se posicionar na liderança do desenvolvi-mento tecnológico da categoria. O modelo é baseado no extrapesado Actros 1845. O caminhão é equipado com motor até 449 cv. A trans-missão é automática PowerShift 3, de 12 velocidades. O design do veículo busca eficiência aerodinâmica. Para rodar sem participação tão ativa do motorista, o Future Truck 2025 conta com sensores nas laterais e na dianteira com alcance até 250 metros. Para controlar o 52 • AutomotiveBUSINESS FOTOS: DIVULGAÇÃO / MERCEDES-BENZ / DAIMLER AG caminhão, o sistema utiliza dispositivos já existentes na versão atual do Actros, como o sistema de controle de proximidade e o servofreio de emergência. Uma câmera estereoscópica instalada atrás do para-brisa também monitora a área adiante, com alcance de 100 metros. O dispositivo é capaz de identificar pistas da estrada, pedestres, obstáculos estáticos ou em mo-vimento. O equipamento percebe tudo o que se dis-tingue do fundo e, a partir dessa informação, calcula o espaço livre disponível. As informações da câmera e dos sensores são combinadas e fornecem imagem completa do entorno do veíulo. Na prática, o motorista só precisa levar o caminhão até a estrada e ocupar a pista da direita. Quando al-cança a velocidade máxima de 80 km/h, o siste-ma oferece a opção de condução autônoma, a “Highway Pilot.” Com o recurso ativado, o veícu-lo passa a manter distância dos outros de forma totalmente independente. Ele se orienta pela pis-ta, não pelos outros carros e, portanto, dispensa a necessidade de formação de comboio. A Mercedes-Benz constata que a tecnologia te-rá forte impacto na carreira de motorista de cami-nhão. Estes profissionais devem passar de con-dutores para gestores do transporte, já que terão a possibilidade de desempenhar outras atividades enquanto o veículo roda no modo autônomo. „
  • 53.
  • 54. MÉXICO PRODUÇÃO ACELERA, MAS MERCADO INTERNO TEM O PÉ NO FREIO OS INVESTIMENTOS SE MULTIPLICAM NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA DO MÉXICO, DE OLHO NAS EXPORTAÇÕES, QUE REPRESENTAM 82% DA PRODUÇÃO. ENQUANTO ISSO, OS MEXICANOS CONTINUAM SEM PODER COMPRAR OS CARROS QUE FABRICAM A detonação começou em 1994, com a entrada em vi-gor do North American Free Trade Agreement (Nafta), desenha-do pelo então presidente mexicano Carlos Salinas de Gortari. Naquele momento o México começou a fi-car internacionalmente muito mais competitivo e a atrair investimentos massivos do exterior. O tempo trou-xe mais acordos parecidos, com a 54 • AutomotiveBUSINESS Europa, o Japão e o Mercosul, que foi restringido em 2012, mas deve voltar à normalidade em março de 2015. Some-se a tudo isto uma mão de obra considerada de qualidade, com um custo muito baixo, e surgirá a receita que o México usa para atrair o investimento estrangeiro no setor automotivo, que em 2012 represen-tou 21% do total, chegando a US$ 5,02 bilhões. E o futuro parece tão promissor que os mexicanos já estão quase seguros de que vão ultrapas-sar o Brasil para conseguir o sétimo lugar no ranking mundial da produ-ção de automóveis. Apesar de todos os acordos co-merciais, o principal motor da produ-ção de veículos no México ainda se chama Estados Unidos. Movida pela forte demanda americana, a produ-ção mexicana em 2013 alcançou o SÉRGIO OLIVEIRA DE MELO, DO MÉXICO HONDA abriu sua segunda fábrica no México, para 200 mil carros por ano ARQUIVO HONDA
  • 55. AutomotiveBUSINESS • 55 recorde de 2.933.465 unidades, o que representou um crescimento de 1,7% comparado a 2012. Desse to-tal, mais da metade (1.646.950 uni-dades) teve como destino seu vizinho do norte, que comprou 9,5% mais veículos mexicanos do que em 2012. O Canadá manteve o segundo lugar como destino exportador do México, com 194.851 unidades, um cresci-mento de 21,7%. Os embarques para a América Latina, com o fechamento parcial dos mercados brasileiro e ar-gentino, recuaram 16% em 2013 em relação ao ano anterior. OS MEXICANOS ESPERAM ULTRAPASSAR O BRASIL PARA CHEGAR AO SÉTIMO LUGAR NO RANKING MUNDIAL DA PRODUÇÃO DE AUTOMÓVEIS INVESTIMENTOS Em 2014 as coisas começaram a me-lhorar ainda mais para os mexicanos. O primeiro semestre registrou uma produção de 1,59 milhão de unida-des, de acordo com a Asociación Mexicana de la Industria Automotriz (Amia), ante 1,57 milhão de unidades produzidas pelo Brasil, segundo a As-sociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Cla-ro que parte disso se deve ao fato de o Brasil ter sofrido as consequências do fechamento do mercado argentino e dos feriados pela Copa do Mundo. Mas não é tudo. Em fevereiro des-te ano, o México viu a Honda abrir sua segunda fábrica no país, que terá capacidade de produzir até 200 mil automóveis, além da primeira fábrica da Mazda, que montará 230 mil veículos, uma parcela destinada ao Brasil. Em novembro de 2013, a Nissan já havia aberto sua terceira fábrica no país, que colocará mais 175 mil carros nos mercados mexi-cano e de exportação. Entre a última semana de junho e a primeira de julho foram anunciados mais dois expressivos investimentos. Um deles é da BMW, que vai construir fábrica no estado de San Luis Potosí, para montar 150 mil unidades por ano, fruto de um investimento de US$ 1 bilhão. Outro aporte será feito em conjunto por Nissan e Daimler, que farão no estado de Aguascalien-tes outro centro de produção, com capacidade para 300 mil carros por ano, consequência de uma aplica-ção de US$ 1,36 bilhão. Só a Nissan, que detém mais de 25% do mercado mexicano, projeta montar 1,1 milhão NOVAS FÁBRICAS NO MÉXICO BMW –150 mil veículos/ano HONDA – 200 mil veículos/ano MAZDA – 230 mil veículos/ano NISSAN –175 mil veículos/ano NISSAN E DAIMLER – 300 mil veículos/ano A MAZDA inaugurou sua primeira fábrica no México, para 230 mil veículos/ano A VOLKSWAGEN também está presente no México, onde produz o moderno Golf geração 7 ARQUIVO MAZDA ARQUIVO VOLKSWAGEN