O documento discute os principais aspectos de um Sistema de Gestão em Segurança e Saúde no Trabalho (SST), incluindo: 1) A importância de garantir a segurança e saúde dos empregados; 2) O uso de métodos preventivos para controlar acidentes; 3) Os requisitos para um Sistema de Gestão em SST segundo a Norma OHSAS.
2. Sistema de Gestão em Segurança
e Saúde do Trabalho
Washington Viegas
Tecnólogo em Segurança do Trabalho
Técnico em Segurança do Trabalho
3. Sistema de Gestão em Segurança e
Saúde do Trabalho
• As organizações devem garantir que suas
operações e atividades sejam realizadas de
maneira segura e saudável para os seus
empregados, atendendo aos requisitos legais de
saúde e segurança, regidos pela Consolidação das
Leis Trabalhistas (CLT) e Normas Regulamentadoras
que tratam de Segurança e Saúde ocupacional.
4. Sistema de Gestão em Segurança e
Saúde do Trabalho
• Acidentes constituem em eventos que devem ser controlados de
maneira preventiva através do planejamento, organização e
avaliação do desempenho dos meios de controles
implementados;
• Estes eventos estão, muitas vezes, associados a inúmeras causas,
e não apenas a uma causa específica.
5. Sistema de Gestão em Segurança e
Saúde do Trabalho
• Muitas empresas vêm mudando seus princípios e
valores, expressando formalmente em seu código
de ética e que devem nortear todas as suas
relações, planos, programas e decisões, buscando
implementar uma gestão socialmente responsável.
6. Sistema de Gestão em Segurança e
Saúde do Trabalho
• O exercício destes princípios e valores se dá em
duas dimensões:
– A gestão da responsabilidade social interna;
– A gestão da responsabilidade social externa.
7. Sistema de Gestão em Segurança e
Saúde do Trabalho
• Os sistemas de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho é
um conjunto de iniciativas da organização, formalizado
através de políticas, programas, procedimentos e processos
de negócio da organização para auxiliá-la a estarem em
conformidade com as exigências legais e demais partes
interessadas, conduzindo suas atividades com ética e
responsabilidade social.
9. Política PDCA
• A política PDCA possui
quatro etapas:
– Planejar;
– Executar;
– Verificar;
– Agir
10. PLAN (Planejar)
Consiste em estabelecer os objetivos e os
processos necessários para apresentar
resultados de acordo com os requisitos das
partes interessadas, os requisitos legais, as
políticas internas da organização e a
definição de objetivos e metas ambientais.
11. PLAN (Planejar)
• Necessitando para tanto:
– Fazer uma Avaliação Inicial: Para compreender a posição atual da
empresa em relação à SST, as exigências legais impostas a ela, os
riscos relevantes, suas práticas, posturas e etc.;
– Realizar uma Análise dos Problemas: Através de técnicas como
brainstorming, diagrama de dispersão, diagrama de Ishikawa
(espinha de peixe) e do diagrama de pareto, será possível encontrar
as soluções mais apropriadas para cada problema;
– Estabelecer uma Política, ou plano de ação, de SST: Definir como a
empresa irá reagir às questões se SST atuais e futuras, se
antecipado a elas.
12. DO (Executar)
• É a fase de implementar os processos, ou seja, é a fase
de execução das ações definidas anteriormente;
• Nesta etapa são feitas a educação e o treinamento
para capacitar as pessoas a realizarem as atividades,
desenvolvendo capacidades e mecanismos necessários
à realização dos objetivos.
13. DO (Executar)
• Todos os perigos significativos devem agora ser
gerenciados. Para isso, existem as opções:
– Podem ser agendados como projetos de melhoria e
submetidos a Objetivos, Metas e Programas de Gestão;
– Podem ser controlados por procedimentos de Controle
Operacional (em determinadas situações, podem e
devem ser aplicados ambos os mecanismos).
14. CHECK (Verificar)
• Consiste em monitorar e medir os
processos e produtos em comparação com
padrões ou requisitos legais, políticas,
objetivos e reportar os resultados;
• Também se realiza a avaliação da eficácia
da sua implantação e da maturidade do
Sistema de Gestão da SST.
15. CHECK (Verificar)
• Inclui procedimentos de medição, monitoramento e
calibração, para garantir que os controles e os programas
executados na etapa anterior estão a funcionando como se
pretende;
• Outro processo da verificação é a Auditoria Interna do SST
onde o sistema desenvolvido é auditado de forma
detalhada, com o objetivo de verificar se está
implementando o que se pretende e se tal continua
adequado à "realidade de segurança e saúde no trabalho"
da organização.
16. ACT (Agir)
• Consiste na busca da melhoria contínua dos
processos e serviços da organização no que
tange a sua relação com o meio ambiente e,
consequentemente, o desempenho ambiental
da empresa; envolve a busca de soluções para
eliminar o problema, a escolha da solução
mais efetiva e o desenvolvimento desta
solução, com a devida normalização, quando
invade o ciclo P do PDCA.
18. Normas (OHSAS)
A Norma da Série de Avaliação da Segurança e Saúde
no Trabalho (OHSAS) especifica os requisitos para um
sistema de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
(SST), para permitir a uma organização controlar os
seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e
melhorar o seu desempenho da SST.
19. Campos de Aplicação da Norma OHSAS
• A Norma OHSAS se aplica a qualquer organização que deseje:
– Estabelecer um sistema de gestão da SST para eliminar ou minimizar
riscos às pessoas e a outras partes interessadas que possam estar
expostas aos perigos de SST associados a suas atividades;
– Implementar, manter e melhorar continuamente um sistema de
gestão da SST;
– Assegurar-se da conformidade com sua política de SST definida;
– Demonstrar conformidade com a Norma OHSAS.
21. Requisitos do Sistema de Gestão da SST
Estabelecer
Documentar
Implementar
Manter
Melhorar
22. Política de SST
• Estabelece uma orientação geral coerente com as
características da organização, dos seus processos e
produtos, assim como com a cultura e personalidade
da organização e os objetivos estabelecidos pela
Direção.
23. Política de SST
• Compreendida como o conjunto das grandes linhas de
orientação, estabelecidas pela alta administração (ou gestão
de topo ou simplesmente diretoria) da empresa, para todos
os processos do negócio com potencial impacto em saúde e
segurança do trabalho;
• Precisa ser coerente com os riscos, com a legislação vigente
em segurança do trabalho, com o propósito de melhoria
contínua e deve poder ser facilmente compreendida e
comunicada a toda a organização.
24. Política de SST
• As exigências materializadas na Política dividem-se
em dois aspectos:
– O primeiro de natureza operacional;
– O segundo relacionado com a gestão da
organização.
25. Política de SST
• Nos aspectos operacionais incluem-se:
– Ser documentada e atualizada;
– Ser comunicada;
– Estar disponível às partes interessadas;
– Ser periodicamente revista.
26. Política de SST
• Em termos da gestão da organização, pelo menos,
três compromissos devem ser claramente assumidos:
– Compromisso de revisão e melhoria contínua do
sistema SST;
– Compromisso de cumprir a legislação de SST
aplicável à organização;
– Adequação à natureza e à escala dos riscos da
organização.
27. Prevenção de Riscos
• Identificar os perigos associados de todas as
atividades (de rotina e ocasionais);
• Avaliá-los, classificá-los (avaliação de riscos);
• Planejar o modo como serão controlados
(determinação de controles).
28. Prevenção de Riscos
• A finalidade geral do processo da avaliação de risco é
compreender quais os perigos que puderam ser
levantados no andamento das atividades da
organização e assegurar-se de que os riscos
levantados sejam avaliados, priorizando e
controlando num nível que seja considerado risco
aceitável.
29. Prevenção de Riscos
• A prevenção é possível quando:
– Desenvolvendo uma metodologia para a identificação do perigo
e a avaliação de risco;
– Identificando os perigos;
– Estimando os níveis de risco associados, fazendo a avaliação e
explicando a adequação de todos os controles existentes;
– Determinando se estes riscos são aceitáveis;
– Determinando os controles apropriados do risco, onde estes se
encontram e são necessários.
30. Planejamento das Ações de SST
• Uma ferramenta que pode ser utilizada nessa etapa é a
5W2H.
• A 5W2H funciona como um checklist, e deve ser utilizada para
garantir que as atividades de avaliação dos riscos sejam
conduzidas sem nenhuma dúvida por parte dos gestores e dos
colaboradores.
31. Planejamento das Ações de SST
• Os 5W correspondem às seguintes palavras do
inglês:
– WHAT (o que);
– WHO (quem);
– WHERE (onde);
– WHEN (quando);
– WHY (por que).
• Os 2H são:
– HOW (como);
– HOW MUCH (quanto custa).
32. Planejamento das Ações de SST
MÉTODO DA FERRAMENTA 5W2H
5 W Pergunta Resposta Palavra chave
WHAT? O QUE? Que ação será executada Etapas
WHO QUEM? Quem irá executar/participar
da ação
Responsabilidade
WHERE ONDE? Onde será executada a ação? Local
WHEN QUANDO? Quando a ação será
executada?
Tempo
WHY POR QUE? Por que a ação será
executada?
Justificativa
2H HOW? COMO? Como será executada a
ação?
Método
HOW MUCH? QUANTO CUSTA? Quanto custa para executar a
ação?
Custo
33. Identificação dos Perigos
• As metodologias da identificação do perigo e da
avaliação de risco variam muito em função do tipo de
indústria, variando das simples avaliações
qualitativas às análises quantitativas complexas com
uma documentação extensiva.
34. Identificação dos Perigos
• Metodologia qualitativa baseada na matriz de risco, onde a estimação do risco é
feita através da probabilidade da ocorrência e a gravidades das consequências.
35. Identificação dos Perigos
• Cada organização deve escolher as aproximações que lhe
são apropriadas a seus espaços, natureza e tamanho, e
que vão de encontro com as suas necessidades nos
termos de detalhe, da complexidade, da época, do custo
e da disponibilidade de dados de confiáveis.
36. Identificação dos Perigos
• Para serem eficazes, os procedimentos da organização para a
identificação do perigo e a avaliação de risco devem fazer uma
análise detalhada do seguinte:
– Perigos;
– Riscos;
– Controles;
– Gestão da mudança;
– Documentação;
– Revisão contínua das análises aplicadas.
37. Identificação dos Perigos
• Três perguntas possibilitam a identificação de
perigos:
I. Há uma fonte de dano?
II. Quem (ou o que) poderia sofrer o dano?
III. Como o dano poderia ocorrer?
38. Identificação dos Perigos
• Para ajudar no processo de identificar os perigos, é
útil categorizá-los em diferentes maneiras, por
exemplo, por tópico, como:
a) Mecânico;
b) Elétrico;
c) Radiação;
d) Substâncias;
e) Incêndio e explosão.
39. Identificação dos Perigos
• Escorregões ou quedas no piso;
• Quedas de pessoas de alturas;
• Quedas de ferramentas, materiais, de
alturas;
• Pé direito inadequado;
• Perigos associados com o manuseio ou
levantamento manual de ferramentas,
materiais, etc.;
• Perigos da planta e de máquinas
associadas com a montagem, modificação,
reparo e desmontagem;
• Perigos de veículos, cobrindo tanto o
transporte no local e os percursos em
estrada;
Durante as atividades
de trabalho os
seguintes perigos
podem existir?
40. Identificação dos Perigos
• Incêndio e explosão;
• Violência contra o pessoal;
• Substâncias que podem ser inaladas;
• Substâncias ou agentes que podem
causar danos aos olhos;
• Substâncias que podem causar danos
ao entrar em contato ou sendo
absorvidas pela pele;
• Substâncias que podem causar danos
sendo ingeridas;
• Energias prejudiciais (por exemplo,
eletricidade, radiação, ruído,
vibração);
Durante as atividades
de trabalho os
seguintes perigos
podem existir?
41. Avaliação de Riscos
• O processo de avaliação de risco é constituído pelas seguintes
fases:
– Classificar as atividades de trabalho;
– Identificar os perigos;
– Determinar o risco decidir se o risco é aceitável;
– Preparar o plano de ação para o controle de risco (se
necessário);
– Revisar o cumprimento do plano de ação.
43. Avaliação de Riscos
• Essas fases são de realçar os seguintes conceitos:
– “Perigo” – fonte ou situação com potencial para o dano, em termos de
lesões ou ferimentos para o corpo humano ou danos para a saúde, para o
patrimônio, para o ambiente do local de trabalho.
– “Risco” – combinação da probabilidade e da(s) consequência(s) da
ocorrência de um determinado acontecimento perigoso.
– R= P x S
– R – Risco
– P – Probabilidade
– S – Severidade (consequência, gravidade).
44. Avaliação de Riscos
• Podemos definir “Risco Aceitável” da seguinte forma:
– Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela
organização, tomando em atenção as suas obrigações
legais e a sua própria política da SST.
• A gestão dos riscos é um dos aspectos fundamentais
de toda a função da segurança.
45. Avaliação de Riscos
• Risco Potencial x Risco Efetivo:
– O risco potencial está associado ao fato de a resistência do
corpo, eventualmente atingido, ser inferior a uma
determinada energia (causadora do acidente).
– O risco efetivo é a probabilidade do Homem, estar exposto
a um risco potencial.
46. Avaliação de Riscos
• Os critérios a seguir poderão ser utilizados pelas organizações,
para executarem uma avaliação de risco eficaz:
– Caracterizar as atividades de trabalho, sugerindo-se que
seja preparada uma lista das atividades de trabalho
contemplando os recintos, a fábrica, as pessoas e
procedimentos, e recolher informações a seu respeito;
– Identificar os perigos, ou seja, devem ser identificados
todos os perigos significativos relacionados com cada
atividade de trabalho, devendo ser identificado quem
pode ser prejudicado e como;
47. Avaliação de Riscos
• Determinar o risco, ou seja, fazer uma estimativa do
risco associado com cada perigo, assumindo que os
controles planejados ou existentes estão a postos. Os
avaliadores devem também considerar a eficácia dos
controles e as consequências de suas falhas;
• Decidir se o risco é tolerável, julgando se as
precauções existentes ou planejadas de SST (se
houver) são suficientes para manter os perigos sob
controle e se atendem a requisitos legais;
48. Avaliação de Riscos
• Preparar um plano de ação de controle de risco (se
necessário), ou seja, preparar um plano para lidar
com quaisquer assuntos identificados na avaliação
que requeiram em particular monitoramento;
• Rever a adequabilidade do plano de ação,
reavaliando os riscos com base nos controles revistos
e verificar se os riscos são toleráveis.
50. Implementação das medidas de SST
• A Implementação e o acompanhamento das medidas
de prevenção em SST, ou de um programa de gestão
de segurança, deverá ser realizada após a verificação
de que a implementação das medidas de prevenção
e respectivos ajustes estão de fato funcionando
como o planejado.
51. Implementação das medidas de SST
• O desempenho das medidas de prevenção deve ser
acompanhado de forma planejada e contemplar as
seguintes etapas:
– A verificação da execução das ações planejadas;
– As inspeções dos locais e equipamentos de trabalho; e
– O monitoramento das condições ambientais e exposições a
agentes nocivos, quando aplicável.
52. Implementação das medidas de SST
• As medidas de prevenção devem ser corrigidas
quando os dados obtidos no acompanhamento
indicarem ineficácia em seu desempenho;
• A fiscalização e revisão de todas as etapas do
processo é de fundamental importância para garantir
que o processo de implementação seja correto.