O documento discute o rápido degelo do Ártico, com a temperatura média global aumentando 0,41 graus Celsius a cada 24 anos. O derretimento das geleiras do Ártico pode desaparecer completamente neste século, ameaçando espécies como os ursos polares e causando uma elevação dramática do nível do mar. A expedição descrita tem como objetivo alertar as pessoas sobre a necessidade urgente de reduzir as emissões de CO2 para evitar catástrofes ambientais de grandes proporções.
2. A questão do aquecimento global tem sido manchete
em todos os jornais por ser um dos maiores problemas
que a Terra enfrenta actualmente.
3. Um dos maiores factores que contribui para o aquecimento global é a
emissão de CO² na atmosfera da Terra através, principalmente, de
queimadas, indústrias, carros, enfim, na queima de combustíveis
fósseis. Na tentativa de diminuir as consequências da emissão do
sobredito gás, grandes empresas têm investido pesado em busca de
novas tecnologias, tais como carros movidos a energia solar ou a
hidrogénio, busca de fontes alternativas de energia eléctrica, como a
energia eólica, a solar e a geotérmica.
4. Segundo a ONU enquanto as concentrações de CO² sobem, também se
eleva a temperatura da Terra. Entre 1975 e 1999, a temperatura média
aumentou de 13,94 graus centígrados, para 14,35 graus, ou um aumento
de 0,41 graus em 24 anos. Ainda mais perturbador, o próprio degelo
poderá acelerar o aumento da temperatura. Á medida que as massas de
neve e gelo encolhem, menos luz solar é reflectida de volta ao espaço.
Com maior luz solar sendo absorvida pelas superfícies menos
reflectoras, a temperatura aumenta ainda mais rapidamente e o degelo
acelera
O mar gelado no Pólo Norte pode simplesmente desaparecer no final
deste século e, para já, os cientistas comprovam que a massa de gelo já
regrediu entre 15 a 20 por cento nos últimos 30 anos.
Observações via-satélite do Pólo Norte permitiram estabelecer um
degelo do Árctico entre 8% e 10% durante o verão nos últimos 30 anos.
Observações feitas por submarinos norte-americanos, no final da
década passada, sugerem uma redução de até 40% na espessura das
geleiras no mesmo período.
Se o derretimento do Oceano Árctico continuar nesse ritmo, em
algumas décadas suas geleiras desaparecerão durante o
verão, provocando graves desordens climáticas e ambientais, incluindo
uma dramática elevação do nível do mar, o provável desaparecimento
de milhares de espécies, entre elas o urso polar.
5.
6. O aumento do nível dos mares irá ameaçar pessoas
afectando directamente a agricultura, a pecuária e a
pesca, já que as correntes marítimas irão mudar, além de
destruir os lares de milhões de pessoas que moram nas
regiões costeiras, os principais centros económicos do
planeta. O considerável aquecimento do Árctico irá afectar
milhões de pessoas e, em 2100, poderá causar a extinção dos
ursos polares, entre outras espécies.
Para se ter uma ideia do que a devastação vem
causando, caso qualquer explorador se dirigisse ao Pólo
Norte no verão de 2006, teria que nadar os últimos
quilómetros. A descoberta de mar aberto no Pólo por um
navio quebra-gelo de cruzeiro em meados de
agosto, surpreendeu muitos na comunidade científica.
Dados como esse, aliados às fotos de satélite indicam uma
grande possibilidade de que a Expedição tenha sucesso e
consiga se aproximar quase
7.
8. A área em vermelho da foto acima representa uma área de gelo
espessa, as áreas mais claras representam pouca concentração de gelo e
revelam a fissura de Svalbard até o Polo Norte
A Expedição pretende tornar ainda mais evidente que o acelerado
ritmo de degelo Árctico está permitindo a navegação a lugares onde
eram repletos de uma espessa manta de gelo.
Uma vez concluída a etapa Pólo Norte, a Expedição irá contorná-
lo, passar pelo Mar de Barents na Noruega e seguir em direcção à
Rússia, passar pelo Mar de Beaufont no Alasca e seguir navegando até
Prudhoe Bay uma cidade do Alasca com apenas 5 habitantes conforme
o senso de 2000, último porto até a Expedição se aventurar, mais uma
vez, em busca do desconhecido, visto que não existem dados que
comprovem exactamente como estão os fiordes do local, por ser uma
área remota, extremamente fria e desabitada. Apenas explorada para a
retirada de petróleo.
Dessa forma, iremos nos aproximar o máximo possível da
Groenlândia, região onde nos últimos anos o degelo triplicou, causando
perdas anuais de aproximadamente 240 quilómetros cúbicos de gelo, o
que provocou um aumento global do nível do mar de 0,6 mm.
A maior de todas as justificativas da Expedição é de alertar as pessoas
sobre a necessidade iminente de lutar pela preservação do meio
ambiente com a diminuição da emissão de CO² para a atmosfera
terrestre, uma vez que, caso isso não aconteça, o mundo irá
enfrentar catástrofes de proporções inimagináveis.